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Eduarda silvano 12/5/20 Entrevistas psicológicas O que é uma entrevista psicológica? · Instrumento de investigação, um dos procedimentos que o profissional, no caso, o psicólogo, dispõe em seu trabalho a fim de alcançar objetivos como investigação de um problema ou elaboração de diagnóstico. · A entrevista psicológica é utilizada em todas as áreas da psicologia. Em especial, na psicologia clínica e na psicologia organizacional. Quais os tipos de entrevistas? Modelo de entrevista aberta ou semi estruturada · Visa ampliar casa vez mais as questões que o sujeito está trazendo · Explorar junto com ele os temas sobre ele mesmo · Pode até ter um alicerce · Da a possibilidade do sujeito transitar pela resposta de uma maneira mais confortável A entrevista inicial ou escuta inicial · Nas entrevistas iniciais o paciente deve ter liberdade para dizer livremente de seus problemas, a partir do ponto que preferir e incluindo os pontos que desejar. · Embora a entrevista seja pautada basicamente em cima da fala do sujeito, há algumas coisas que ele não é capaz de transmitir sob a forma de um conhecimento, mas as deixa emergir de outras maneiras, através de lapsos, comportamentos não-verbais, contradições no discurso. · Pode se tanta a estruturada quanto a semi estruturada · A entrevista inicial é o primeiro contato com a pessoa · Entender o que a pessoa está querendo dizer com as coisas ditas e não ditas · Procurar entender nas entrelinhas · A hora que a pessoa faz uma pausa para respirar, é a hora de fazer outra pergunta (ou para entender melhor o assunto, ou para mudar de assunto · A intervenção (hora da pergunta) devem ser amplas sem necessariamente implicar na possibilidade de calar o paciente (ao menos que seja um comportamento hostil - cortes) · A intervenção pode ser útil quando o sujeito apresenta resistência Quanto à condução... · O entrevistador deve intervir o mínimo possível. Isto deve ocorrer apenas quando o sujeito não sabe como começar ou continuar um assunto, quando ocorre uma paralisação do discurso em função do aumento de ansiedade, ou para pedir que o sujeito fale mais sobre o assunto. Essas intervenções devem ser feitas da maneira mais ampla possível. Os objetivos e os formatos de entrevistas psicológicas: a) Diagnóstica – Visa estabelecer o diagnóstico e o prognóstico do paciente, bem como as indicações terapêuticas adequadas. Assim, faz-se necessário uma coleta de dados sobre a história do paciente e sua motivação para o tratamento. Quase sempre, a entrevista diagnóstica é parte de um processo mais amplo de avaliação clínica que inclui testagem psicológica; b) Psicoterápica – Procura colocar em prática estratégia de intervenção psicológica nas diversas abordagens - rogeriana (C. Rogers), jungiana (C. Jung), gestalt (F. Perls), bioenergética (A. Lowen), logoterapia (V. Frankl) e outras -, para acompanhar o paciente, esclarecer suas dificuldades, tentando ajudá-lo à solucionar seus problemas; c) De Encaminhamento – Logo no início da entrevista, deve ficar claro para o entrevistado, que a mesma tem como objetivo indicar seu tratamento, e que este não será conduzido pelo entrevistador. Devem-se obter informações suficientes para se fazer uma indicação e, ao mesmo tempo evitar que o entrevistado desenvolva um vínculo forte, uma vez que pode dificultar o processo de encaminhar; d) De Seleção – O entrevistador deve ter um conhecimento prévio do currículo do entrevistado, do perfil do cargo, deve fazer uma sondagem sobre as informações que o candidato tem a respeito da empresa, e destacar os aspectos mais significativos do examinando em relação à vaga pleiteada, etc.; e) De Desligamento – Identifica os benefícios do tratamento por ocasião da alta do paciente, examina junto com ele os planos da pós-alta ou a necessidade de trabalhar algum problema ainda pendente. Essa entrevista também é utilizada com o funcionário que está deixando a empresa, e tem como o objetivo obter um feedback sobre o ambiente de trabalho, para providenciais intervenções do psicólogo em caso, por exemplo, de alta rotatividade de demissão num determinado setor; f) De Pesquisa – Investiga temas em áreas das mais diversas ciências, somente se realiza a partir da assinatura do entrevistado ou paciente, do documento: Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Resolução CNS no 196/96), no qual estará explícita a garantia ao sigilo das suas informações e identificação, e liberdade de continuar ou não no processo. Algumas considerações... · A entrevista, em geral, não deve ser confundida com uma anamnese. A anamnese é uma compilação de dados da história do sujeito, e a entrevista vai além, configurando um campo de investigação de um problema e seus entornos. · Na entrevista, o problema apresentado é delineado por variáveis que dependem do entrevistado, por isso uma única entrevista não é suficiente para esgotar um assunto; · Muitos fatores estão em jogo na situação de entrevista, por exemplo a ansiedade e o fator tempo, fazendo com que seja necessário um prosseguimento. Ainda assim não se objetiva esgotar um assunto, mas ampliá-lo ao máximo. O contato com o paciente · No processo diagnostico o termo contato contém um significado metafórico, já que o psicólogo terá que tatear as resistências e angustias do paciente diante do processo; · O sintoma se faz presente no momento anterior ao agendamento da consulta, e as resistências podem se manifestar através das fantasias pessoais e sociais referente ao Psicólogo. · É necessário o acolhimento do paciente mesmo que ele não venha a desenvolver uma psicoterapia, para que o mesmo estabeleça um vínculo de segurança ao processo. · Rappot – explicar para o paciente o que vai acontecer com ele naquele espaço · Pergunte quem solicitou a avaliação psicológica e por que? Feita assim que o paciente marca a avaliação (pode ser até mesmo pelo watts). Assim pode ter base para preparar as perguntas iniciais Acolhimento O psicólogo tem a opção de gravar a entrevista (paciente precisa assinar um termo de consentimento) ou o psicólogo anota todas as respostas desses pacientes, o aconselhado é mostrar para o sujeito o que está sendo anotado sobre ele. Na anotação é somente uma coleta de dados, a interpretação do terapeuta não cabe aqui. Supondo que um paciente se suicide e a família pede para você os registros das sessões. Você deve montar um relatório ou um parecer psicológico Recomendação da psicanalise – no final das sessões, utilizar 10min para anotações Observações importantes Entrevista inicial · É o contato mais importante a ser estabelecido juntamente com o rapport; · Nesta entrevista ocorre a exposição do motivo da procura ao profissional e deve ser breve (até 30 min.) · É semi-dirigida para o melhor aproveitamento da entrevista; · O psicólogo devera conduzir o processo, iniciando com a questão: Em que posso ajudá-lo? · Após a entrevista inicial, é estabelecido o contrato. · No caso de se avaliar uma criança ou adolescente, a entrevista inicial ocorre com os pais e deve-se focalizar: dificuldades do menor, como os pais entendem o problema. · No caso dos pais serem separados, respeita-se a vontade de virem separadamente. Entrevistas posteriores Entrevista de aquecimento Avaliação infantil · Preparatória para a aplicação de testes (serve para preparar o avaliando a situação de testagem); · Psicossocial: entrevista livre e não estruturada, porém com algumas orientações para auxiliar a vencer a resistência do avaliando e ao mesmo tempo trabalhar a relação interpessoal com o entrevistador (questões sobre relacionamentos interpessoais); Sugestão: · Deixar uma mesa com materiais que possibilitem a projeção expressiva: · papel A4; · lápis de cor; · canelinha; · giz cera; · lápis grafite; · borracha; · cola; · revista; · tesoura sem ponta; · massinha de modelar; · Acolher a criança; · Conversar com ela entre 5 min. E 10 min. Com o objetivo de estabelecer o rapport e o contrato de trabalho com ela; · Solicitar que ela escolha alguns materiais da mesa e que desenvolvada melhor forma possível uma atividade manual: pode ser desenho, colagem, ou ainda a produção de algum objeto com a massinha. · Durante a atividade, promover interação social com a criança (solicitar que ela conte uma história com base no que ela pôde produzir); · Caso a criança solicite o material (levar para casa), poderá ser permitido desde que ela autorize que a equipe tire uma foto de sua produção; Atividade lúdica · Geralmente é realizada no primeiro contato com a criança. · Sua função é estruturar o campo de avaliação junto da criança, tendo a possibilidade dela se expressar em um campo particular, com o enquadramento dado que inclui espaço, tempo e delimitação de papeis. · A atividade lúdica com fins diagnósticos, é diferente da ludoterapia em função de seus objetivos. · Esta distinção auxilia o psicólogo quanto ao procedimento: na atividade lúdica o mediador é o brinquedo. · O Psicólogo intervém o menos possível. Observa mais do que interpreta, pois seu objetivo não é auxiliar na elaboração, mas investigar a expressão infantil. · Sugestão: Na entrevista inicial com os pais, o Psicólogo elabora junto deles a preparação da criança para o processo (contrato e rapport). · Mesmo com o auxílio dos pais, sugere-se que o contrato e o rapport também seja repassado a criança pelo Psicólogo. Sala de jogo e materiais Instruções Ao entrar no consultório sugere-se que o profissional estabeleça: · Definição de papeis · Limitação do tempo · Material a ser utilizado · Objetivos esperados · Limites de ações perigosas ou agressivas (caso apareçam) Sugestão de instrução: Esclarecer que a criança poderá utilizar, como quiser, o material que está sobre a mesa, e que observaremos sua brincadeira como forma de conhece-la e de compreender suas dificuldades para ajuda-lo posteriormente. Tudo isto em um tempo determinado e naquele lugar. Indicadores de avaliação na atividade lúdica Escolha de brinquedos e de brincadeiras Levar em consideração: 1. Observação à distância; 2. Dependente (espera instruções) 3. Evitativa (de aproximação lenta ou à distância) 4. Dubitativa (pegar e largar os brinquedos) 5. De irrupção brusca sobre os materiais; 6. De irrupção caótica e impulsiva; 7. De aproximação (leva um tempo para iniciar a atividade.) 8. Tipo de brinquedo escolhido (escolar, ou que permitem a representação de papeis, significados agressivos, não estruturados – massinha, e se estão de acordo com a idade intelectual) Modalidade de brincadeira Personificação – atribuir papeis durante a brincadeira Ex: fingir ser o Batman Motricidade – observar se a criança brinca só com a com a mão direita ou só com a mão esquerda Criatividade Tolerância a frustração · Capacidade de receber instruções e limites quanto a hora diagnóstica. · Capacidade de desenvolver ações próprias as suas condições internas quanto a sua maturidade, desejar quebrar as regras ou desejar algo que não está presente, podem ser indicadores importantes. · Quanto mais prejudicada esta característica, menos plasticidade de ego existe, sendo que o prognóstico geralmente não é considerado positivo. Capacidade simbólica – quanto mais desenvolvido, mais saudável a criança é Pode ser avaliado da seguinte forma: · Riqueza expressiva no brincar; · A capacidade intelectual; · A qualidade do conflito expresso no brincar; Adequação a realidade O brincar da criança psicótica O brincar da criança neurótica O brincar da criança normal · O parâmetro para uma avaliação considerada normal, refere-se à capacidade adaptativa da criança; · Conflito não é sinônimo de doença... · O período evolutivo nos traz este parâmetro referente a situações conflituosas que podem ser superadas ou não. · O conflito psíquico em uma criança normal, opera como um motor e não como um inibidor; · Características: equilíbrio entre fantasia e realidade, possibilidades criativas e, portanto, reparatórias e capacidade de se adaptar a novas experiências (aprendizagem). · Assume diferentes papeis diante da personificação, dando livre recurso a fantasia, ampliando as possibilidades de comunicação. · Pode assumir várias possibilidades no brincar, passando por características de psicose e neurose, porém a plasticidade é maior, trazendo uma diferença quantitativa e qualitativa ao trabalho. (não há fixação) Entrevista de Devolução Entrevistas fechadas ou estruturadas As perguntas são previamente formuladas e ordenadas e o entrevistador não pode alterar esta disposição Não pode fazer intervenções. Não da muita abertura para que ele responda coisas além do que eu quero saber Entrevistas abertas ou não-estruturada O entrevistado tem ampla liberdade para discorrer sobre um assunto, e o entrevistador, liberdade para formular e/ou alterar as perguntas de acordo com o fluxo da entrevista Pode fazer intervenções Perguntas precisas; Perguntas de sim e não tbm fazem parte Está presente geralmente nas pesquisas Coletar dados pessoais Observação - observar a resistencia do paciente, limitação de horario; Percepção - olhar de compreensão sobre o que acontece com o outro; Escuta - não submeter o outro a ser obrigado a nada; Aproximação (estabelecimento do contrato) - lançar perguntas e quebrar resistencia; Evitar: ser coercitivo e inquiridor- convidar as pessoas a falar sobre certas coisas; Deve-se levar em conta o embasamento clinico (estabelecimento de contato, vinculo e defesas manifestas na primeira consulta) A sala devera ser diferenciada, com poucos estímulos, evitando que a criança se distraia com facilidade. Paredes e pisos laváveis. É importante oferecer a criança a possibilidade de brincar com água (pia pequena). Os brinquedos oferecidos devem estar expostos sobre a mesa, e ao lado, sugere-se uma caixa aberta, para que a criança possa depositar suas atividades desenvolvidas. A escolha dos brinquedos devera estar de acordo com o referencial teórico do profissional, mas sugere-se que sejam os mesmos oferecidos em um processo ludoterápico. Sugere-se a inclusão de materiais que estimulem expressões gráficas ou manuais como: papel, lápis de cor, lápis de cera, tesoura sem ponta, massas de modelar, borracha, cola, apontador, papel glacê, barbante, bonecos, famílias de animais selvagens e domésticos, carrinhos, aviões, jogo de xícara, colherinhas, cubos, trapinhos de pano, giz e bola. É importante que estejam em bom estado. Observar: A plasticidade no brincar - IMPORTANTE - é o que se espera de uma criança saudavel - transitar em varios brinquedos; A rigidez (inflexibilidade); Estereotipia e perseverança (movimentos ou ações repetitivas e bizarras sem finalidades comunicativas); Capacidade de assumir e atribuir papeis de forma dramática; Permite avaliar a dinâmica psíquica da criança, a rigidez superegoica, os impulsos atribuídos aos personagens e a sua relação com a realidade. É importante que o superego se mostre mais flexível, de forma menos conflituosa com a realidade. Se convida o profissional a brincar, a criança deve dizer como deve ser este papel atribuído. Entra em jogo a funcionalidade motora: Capacidade de deslocamento geográfico; Possibilidade de encaixe; Preensão e manejo; Alternância de membros; Lateralidade; Movimentos voluntários e involuntários; Movimentos bizarros; Ritmo do movimento; Hipercinesia; Hipocinesia; Ductibilidade ou maleabilidade motora; Criar é unir ou relacionar elementos dispersos num elemento novo e diferente. Exige um ego plástico, demonstrando abertura a novas experiências e tolerante a não-estruturação de objetos. Quanto maior a criatividade, melhor a organização e equilíbrio dos recursos mentais. Características importantes para a avaliação: Aceitação ou não do enquadramento espacial; Capacidade de se colocar em seu papel (cliente) e aceitar o papel do outro (Psicólogo); Possibilidade de expressão lúdica com reconhecimento parcial da realidade; A capacidade simbólica é desenvolvida, e o que deve ser avaliado é a qualidade da comunicação que é desenvolvidacom o Psicólogo e no brincar (projeção de seu mundo interno); a dinâmica do conflito se dá entre os impulsos internos e sua relação com a realidade; A insistência em defesas é uma característica que demonstra a fragilidade egóica; Baixo limiar da tolerância a frustração, superadaptação de certas áreas ou condutas (Defesas mais intensas); Os heróis são dramatizados de uma forma mais próxima ao modelos reais, com menos carga de onipotência e realidade. Objetivo: transmissão dos dados obtidos e preparação para encaminhamentos posteriores, caso houver necessidade; Informar aos responsáveis os elementos que apareceram na avaliação: Entrevista, anamnese, atividade projetiva e atividade lúdica; Para a entrevista será desenvolvido pela equipe uma síntese dos instrumentos, enfocando os pontos positivos e os pontos conflituosos observados; .MsftOfcThm_Accent1_Fill { fill:#4472C4; } .MsftOfcThm_Accent1_Stroke { stroke:#4472C4; } .MsftOfcThm_Accent1_Fill { fill:#4472C4; } .MsftOfcThm_Accent1_Stroke { stroke:#4472C4; } .MsftOfcThm_Accent1_Fill { fill:#4472C4; } .MsftOfcThm_Accent1_Stroke { stroke:#4472C4; } .MsftOfcThm_Accent1_Fill { fill:#4472C4; } .MsftOfcThm_Accent1_Stroke { stroke:#4472C4; } .MsftOfcThm_Accent1_Fill { fill:#4472C4; } .MsftOfcThm_Accent1_Stroke { stroke:#4472C4; } .MsftOfcThm_Accent1_Fill { fill:#4472C4; } .MsftOfcThm_Accent1_Stroke { stroke:#4472C4; } .MsftOfcThm_Accent1_Fill { fill:#4472C4; } .MsftOfcThm_Accent1_Stroke { stroke:#4472C4; } .MsftOfcThm_Accent1_Fill { fill:#4472C4; } .MsftOfcThm_Accent1_Stroke { stroke:#4472C4; } .MsftOfcThm_Accent1_Fill { fill:#4472C4; } .MsftOfcThm_Accent1_Stroke { stroke:#4472C4; } .MsftOfcThm_Accent1_Fill { fill:#4472C4; } .MsftOfcThm_Accent1_Stroke { stroke:#4472C4; } .MsftOfcThm_Accent1_Fill { fill:#4472C4; } .MsftOfcThm_Accent1_Stroke { stroke:#4472C4; } .MsftOfcThm_Accent1_Fill { fill:#4472C4; } .MsftOfcThm_Accent1_Stroke { stroke:#4472C4; } .MsftOfcThm_Accent1_Fill { fill:#4472C4; } .MsftOfcThm_Accent1_Stroke { stroke:#4472C4; } .MsftOfcThm_Accent1_Fill { fill:#4472C4; } .MsftOfcThm_Accent1_Stroke { stroke:#4472C4; } .MsftOfcThm_Accent1_Fill { fill:#4472C4; } .MsftOfcThm_Accent1_Stroke { stroke:#4472C4; } .MsftOfcThm_Accent1_Fill { fill:#4472C4; } .MsftOfcThm_Accent1_Stroke { stroke:#4472C4; }
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