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Anestesia Local 
 As duas principais classes de anestésicos locais injetáveis são as amidas e os ésteres. As amidas são usadas 
mais amplamente e incluem a lidocaína (Xylocaína) e a bupivacaína (Marcaína). Os ésteres, representados 
pela procaína (Novocaína), têm um início de ação mais lento do que as amidas e uma frequência maior de 
reações alérgicas. 
 Muitos pacientes referem alergia aos fármacos “caínas”, mas na verdade eles apresentam uma resposta 
vagal ou outra resposta sistêmica à injeção. Se a natureza exata da reação anterior não puder ser verificada, 
a administração de hidrocloreto de difenidramina (Benadryl*) pode proporcionar anestesia suficiente para 
pequenos procedimentos cirúrgicos. Entre 1 e 2 mL de solução de difenidramina (25 mg/ mL) são diluídos em 
1 a 4 mL de soro fisiológico para injeção intradérmica (não subdérmica). 
 Um adulto médio (70 kg) pode receber com segurança até 28 mL (4 mg/kg) de lidocaína a 1% e até 49 mL (7 
mg/kg) de lidocaína a 1% com epinefrina. 
 Os anestésicos locais podem ser injetados por via intradérmica ou subdérmica. A administração intradérmica 
produz uma elevação visível na pele, e o início de ação do anestésico é quase imediato. 
 As injeções subdérmicas agem mais lentamente, mas em geral produzem muito menos desconforto para o 
paciente. Alguns médicos recomendam administrar inicialmente um anestésico em uma localização 
subdérmica (menos dolorosa) e depois tracionar a ponta da agulha para a injeção intradérmica. A 
administração subdérmica inicial frequentemente reduz o desconforto da injeção intradérmica. 
O PROCEDIMENTO 
1. Limpar a pele com álcool se ela já não tiver sido preparada com solução de iodopovidona ou clorexidina. 
Esticar a pele com a mão não dominante antes de inserir a agulha. Os pacientes temem a picada da agulha; o 
desconforto é reduzido se os sensores de dor da pele forem estirados. 
2. A seringa é segurada com a sua mão dominante na posição de injetar. O polegar deve estar próximo ao 
êmbolo, mas não sobre ele. Depois que a agulha é inserida na pele, alguns médicos preferem puxar o êmbolo 
para verificar se a ponta da agulha não está em uma localização intravascular. O polegar pode ser deslizado 
sob a borda posterior do êmbolo e puxado para trás, observando se há entrada de sangue na seringa para 
garantir que a ponta da agulha não esteja em um vaso sanguíneo. O polegar então desliza sobre o êmbolo 
para uma injeção suave. Contudo, é muito improvável que uma agulha curta, 30G, entre em um vaso 
importante, e muitos médicos preferem injetar sem aspirar porque puxar o êmbolo produz movimento da 
agulha e causa desconforto para o paciente. 
3. Inserir a agulha na pele em um ângulo de 15 ou 30 graus. A profundidade da agulha é mais difícil de controlar 
em um ângulo de 90 graus de entrada. 
4. Ao injetar em locais lacerados para reparo, inserir a agulha na borda do ferimento, e não na pele intacta. A 
inserção de uma agulha em uma borda de ferimento causa menos desconforto. 
5. Fazer uma pausa após a entrada da agulha na pele. Tentar fazer com que o paciente fale ou ria. Os pacientes 
temem a entrada da agulha e, depois que se conscientizam de que o desconforto foi menor do que o 
esperado, eles frequentemente relaxam. Manter o estiramento da pele com a mão não dominante para a 
injeção. 
COMPLICAÇÕES 
José Vitor Cambuí Cordeiro – Acadêmico de Medicina UniFASB - Resumos 2 
 
2 
 
 Sangramento e formação de hematoma. 
 A reação alérgica é rara. Os pacientes que acreditam ser alérgicos à lidocaína são mais provavelmente 
alérgicos ao conservante metilparabeno. Há disponível uma lidocaína livre de conservantes. 
 Infecção. 
 Palpitações ou sensação de calor (devido ao componente epinefrina). 
CONSIDERAÇÕES PEDIÁTRICAS 
 As crianças maiores de 6 anos recebem doses de adultos, mas a dose máxima se baseia no peso. A dose 
máxima recomendada para a lidocaína em crianças é de 3 a 5 mg/kg, e 7 mg/kg quando combinada com a 
epinefrina. 
 Lembrar que lidocaína a 1% é 10 mg/mL. 
ANESTESIA POR BLOQUEIO NERVOSO DIGITAL 
 O bloqueio nervoso digital é realizado comumente para fornecer anestesia a todo um dedo. O bloqueio 
nervoso digital anestesia simultaneamente os quatro nervos digitais que cruzam as laterais dos dedos. Esta 
técnica propicia uma duração maior da anestesia do que a infiltração local e não distorce as marcas 
anatômicas para cirurgia dos dedos. 
 Historicamente, a técnica tem sido chamada de “bloqueio em anel” devido à infiltração circunferencial do 
anestésico. A administração de 1 a 3 mL de lidocaína a 2% fornece anestesia adequada sem o uso de um 
grande volume. 
 O hálux e o polegar também podem receber alguma inervação superficial adicional proximalmente, e um 
volume discretamente maior da solução pode ser necessário para esses dedos. Todos os bloqueios digitais 
precisam de algum tempo para que o anestésico faça efeito através da bainha nervosa. 
Indicações 
 Reparo de lacerações digitais 
 Procedimentos ungueais (p. ex., cirurgia de unhas encravadas, biópsia do leito ungueal, remoção de unhas) 
 Incisão e drenagem de abscessos (p. ex., cirurgia de panarício, cirurgia de paroníquia) 
 Anestesia para manipulação de fratura ou deslocamento de lesões ortopédicas dos dedos 
 Remoção ou ablação de tumores ou cistos (p. ex., cistos mucosos dos dedos, tumores de células gigantes das 
bainhas, verrugas) 
O PROCEDIMENTO 
1. A secção transversa do dedo revela os nervos cruzando lateralmente de cada lado do dedo. Um nervo cursa 
no aspecto plantar ou palmar e um é mais dorsal; 
2. Limpar a área com álcool. Inserir a agulha próximo à junção das superfícies dorsal e lateral do dedo. Deslizar 
a agulha ao longo da superfície lateral, injetando à medida que se traciona a ponta para o local de inserção; 
3. Sem retirar a agulha da pele, redirecionar a ponta da agulha ao longo do dorso do dedo e novamente 
administrar o anestésico à medida que a agulha é puxada para trás; 
4. Administrar o anestésico ao longo do lado oposto do dedo da mesma forma; 
José Vitor Cambuí Cordeiro – Acadêmico de Medicina UniFASB - Resumos 3 
 
3 
 
o Não tentar qualquer avaliação da eficácia do anestésico 
ou o próprio procedimento até que o bloqueio tenha 
pelo menos cinco minutos para agir 
5. Dedos menores podem ser infiltrados por meio de um único local 
de injeção. Penetrar na pele na linha média do dedo, distal ao 
local no qual o artelho se conecta ao pé. Deslizar a agulha para 
baixo de uma superfície lateral, injetando à medida que se 
traciona a ponta da agulha até o local de inserção. Sem retirar a 
agulha da pele, redirecionar a agulha para o lado oposto do dedo e 
administrar o anestésico à medida que se puxa a agulha; 
6. Uma técnica alternativa de bloqueio digital insere a agulha 
lateralmente na base (porção proximal) do dedo, cerca de metade da 
distância entre a articulação interfalângica proximal e a articulação 
interfalângica carpal; 
7. Inserir a agulha no osso e infundir o anestésico. Angular a agulha em 
direção volar e dorsal. Repetir esta técnica no lado oposto

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