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Fisiologia Gastrointestinal

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UC 5 | P2 | Problema 3 | por Laís Raposo 
[tutoria-prob.|3] 
TERMOS DESCONHECIDOS 
→ Meteorismo: distensão promovida pelo 
acúmulo excessivo de gases nas alças 
intestinais. 
→ Síndrome de Dumping: pode ser uma 
consequência da realização de operações 
bariátricas. 
 Sintomas gastrointestinais precoces: 
esvaziamento gástrico rápido, 
exposição súbita do intestino 
delgado aos nutrientes. 
 Sintomas vasomotores tardios: 
aumento dos níveis de insulina, 
seguidos por hipoglicemia reativa, 
causando a perda de peso no 
paciente submetido ao 
procedimento cirúrgico. 
OBJETIVOS 
→ Descrever o funcionamento fisiológico 
dos processos de digestão, absorção e 
excreção. 
 Trato gastrointestinal/nutrientes 
→ Compreender o funcionamento dos 
sistemas endócrino e nervoso no processo 
digestivo. 
 Esvaziamento, motilidade... 
→ Explicar a participação do sistema 
digestório na manutenção do equilíbrio 
hidroeletrolítico (foco no gastrointestinal). 
→ Conhecer sobre a cirurgia bariátrica: 
 Critérios/requisitos 
 Tipos 
→ Entender as complicações clínicas pós 
operatórias da cirurgia bariátrica. 
→ Entender a dieta enteral monomérica por 
sonda. 
FISIOLOGIA DIGESTIVA 
O processo digestivo acontece no trato 
gastrointestinal, que executa seis processos 
básicos: 
 Ingestão: colocar os alimentos e 
líquidos na cavidade oral. 
 Secreção: através das células das 
paredes do canal alimentar e dos 
órgãos digestórios acessórios. 
 Mistura e propulsão: contração e 
relaxamento alternados do músculo 
liso das paredes do canal alimentar – 
misturar e mover (motilidade). 
 Digestão: mecânica (cortar e triturar 
o alimento) e química 
(macromoléculas transformadas em 
monômeros). 
 Absorção: absorção dos monômeros 
através das células epiteliais de 
revestimento do lúmen do canal 
alimentar. 
 Defecação: eliminação de escórias 
metabólicas (fezes). 
 
 UC 5 | P2 | Problema 3 | por Laís Raposo 
CAVIDADE ORAL 
→ Digestão mecânica: mastigação – 
transforma o alimento no bolo alimentar. 
→ Digestão química: saliva (secretada 
pelas glândulas salivares sublinguais, 
submandibulares e parótidas). 
A saliva (99,5% de água – 0,5% de outros 
componentes) contém: 
1. Enzima amilase salivar, responsável por 
iniciar a degradação do amido na boca 
em maltose. 
2. Íons: 
 Cloreto: ativa a amilase salivar 
 Bicarbonato e fosfato: tamponam os 
alimentos ácidos que entram na 
boca. 
3. Muco: lubrifica o alimento para que ele 
possa ser movimentado, modelado e 
deglutido. 
4. Imunoglobulina A (IgA): impede a 
ligação de microorganismos no bolo 
alimentar. 
5. Lisozima: elimina as bactérias. 
6. Enzima lipase lingual: secretada pelas 
glândulas linguais. É ativada pela acidez 
estomacal, e é responsável por clivar os 
triglicerídeos em ácidos graxos e 
diglicerídios (glicerol + 2 ácidos graxos) 
Os itens 4 e 5 não estão presentes em 
quantidade o suficiente para eliminar todas 
as bactérias da boca. 
SALIVAÇÃO 
Controlada pela divisão autônoma do 
sistema nervoso. 
 A estimulação parassimpática 
promove a secreção contínua de 
uma quantidade moderada de 
saliva para manter as túnicas 
mucosas úmidas e lubrificadas, 
viabilizando os movimentos da língua 
e dos lábios durante a fala. 
 A estimulação simpática durante o 
estresse resulta no ressecamento da 
boca. 
→ Os alimentos também atuam como 
estímulo para a salivação. 
Sensação, sabor: 
 Estímulo dos receptores nas papilas 
gustativas. 
 Impulsos transmitidos para os núcleos 
salivatórios superior e inferior no 
tronco encefálico. 
Cheirar, ver, ouvir ou pensar em alimentos 
também estimulam a salivação. 
DEGLUTIÇÃO 
Viabiliza a transferência do alimento da 
boca para o estômago. 
Realizada através dos reflexos de 
deglutição: 
→ Fase voluntária: o bolo alimentar é 
forçado para a parte posterior da cavidade 
oral e movimentado contra o palato pela 
língua. 
 
→ Fase faríngea: passagem do bolo 
alimentar pela faringe até o esôfago. 
 O bolo alimentar estimula os 
receptores da orofaringe, que 
enviam impulsos para o centro de 
deglutição (bulbo e parte inferior da 
ponte do tronco encefálico). 
 Os impulsos de retorno movimentam 
o palato mole e a úvula para 
 UC 5 | P2 | Problema 3 | por Laís Raposo 
fecharem a nasofaringe, além de 
promover o fechamento da laringe 
através do movimento da epiglote 
(evitam a entrada do alimento no 
trato respiratório). 
 O esfíncter esofágico superior relaxa 
e o bolo alimentar se move para o 
esôfago. 
 
ESÔFAGO 
Onde ocorre a fase esofágica da 
deglutição. 
 
→ O alimento é empurrado através do 
peristaltismo (progressão de contrações e 
relaxamentos coordenados das camadas 
circular e longitudinal da muscular externa – 
controlado pelo bulbo). 
 Acima do bolo alimentar, a circular 
interna se contrai, comprimindo a 
parede esofágica e empurrando o 
bolo alimentar em direção ao 
estômago. 
 Abaixo do bolo alimentar, a 
longitudinal externa se contrai, 
encurtando a camada para receber 
o deslocamento do bolo. 
 O esfíncter esofágico inferior relaxa e 
o bolo alimentar se move para o 
estômago. 
 
ESTÔMAGO 
Antes da chegada do bolo alimentar, a 
fase cefálica induz o início da atividade 
através de um reflexo vagal. 
Após a chegada do bolo no estômago, 
inicia-se a fase gástrica, onde os estímulos 
no lúmen iniciam uma série de reflexos 
curtos, que levam à motilidade e secreção 
(iniciadas por hormônios, 
neurotransmissores e moléculas parácrinas) 
através da estimulação de células 
endócrinas e neurônios entéricos pela 
presença de peptídeos ou aminoácidos. 
 UC 5 | P2 | Problema 3 | por Laís Raposo 
 Reflexos longos: integrados ao SNC – 
alguns se originam fora do trato GI, 
mas outros se originam no SNE. 
 Reflexos curtos: originados no SNE e 
executados por neurônios 
localizados inteiramente na parede 
do trato GI. 
 
ARMAZENAMENTO E DIGESTÃO 
Quando o alimento chega ao estômago, o 
mesmo relaxa e expande através do 
relaxamento receptivo para acomodar o 
volume do bolo alimentar. 
A parte superior do estômago (fundo 
gástrico) é responsável por reter o alimento 
até que ele esteja disponível para ser 
digerido. 
As ondas peristálticas são responsáveis por 
promover a mistura do conteúdo gástrico 
com o suco gástrico (enzimas digestórias e 
HCl) na região inferior do estômago, 
resultando no quimo. 
 Cada onda contrátil (motilidade) 
ejeta uma pequena quantidade de 
quimo no duodeno através do piloro. 
 Controle neural – estimulado pela 
distensão do estômago. 
ESVAZIAMENTO GÁSTRICO 
Quando ingerimos mais do que 
necessitamos, o estômago administra a 
velocidade que o quimo passa para o 
intestino delgado para que o mesmo possa 
digeri-lo e absorvê-lo. Caso não houvesse 
essa regulação, o intestino delgado não 
seria capaz de absorver a carga do quimo 
que chega, e essa quantidade passaria 
para o intestino grosso sem ser absorvido, 
resultando em diarreia. 
 Esse é o mecanismo do 
esvaziamento, que leva à Síndrome 
de Dumping. 
SECREÇÕES GÁSTRICAS 
→ As glândulas gástricas secretam o 
conteúdo nas criptas gástricas. 
 
Secreção de gastrina → células G 
 Promove a liberação de HCl – 
estimula as células parietais. 
 Reflexos curtos – neurotransmissores: 
peptídeo liberador de gastrina. 
Estimulado pela presença de 
aminoácidos e peptídeos. 
 Reflexos longos – neurônios 
parassimpáticos do nervo vago 
Secreção ácida → células parietais 
Secretam o HCl no lúmen do estômago na 
forma de íons H+ e Cl- 
 O H+ do citosol da célula parietal é 
bombeado para o lúmen, ao passo 
que o K+ entra na célula por uma H+-
K+-ATPase através de um sistema de 
bombas de prótons. 
 O Cl- segue o gradiente e move-se 
para o lúmen através dos canais de 
cloreto abertos. 
 UC 5 | P2 | Problema 3 | por Laís Raposo 
 A enzima anidrase carbônica 
catalisaa formação de ácido 
carbônico (H2CO3) a partir de H2O e 
CO2. Ao dissociar-se, esse ácido 
fornece H+ para as bombas de 
prótons e íons bicarbonato (HCO3-). 
 Ao acumularem-se no citosol, os íons 
bicarbonato saem da célula em 
uma troca por Cl- via antiportadores 
Cl- - HCO3-. 
 O HCO3- se difunde nos capilares 
próximos, elevando o pH do sangue 
(maré alcalina). 
 
 
Funções do HCl 
 Estimula a liberação e ativação de 
pepsina (digestão de proteínas) – 
reflexo curto. 
 Estimula a liberação de 
somatostatina (inibe a secreção de 
gastrina, ácido gástrico e pepsina) – 
células D. 
 Desnaturação de proteínas – 
desenovelamento das estruturas 
terciárias para viabilizar a ação da 
pepsina. 
 Destruição de bactérias e 
microrganismos ingeridos. 
 Inativação da amilase salivar – fim da 
digestão de carboidratos (iniciada 
na cavidade oral). 
Secreção enzimática → células principais 
 Pepsina: digestão proteica – 
secretada na forma de 
pepsinogênio (inativa), que é clivado 
à pepsina pela ação do H+. 
 Lipase gástrica: pequena digestão 
de triglicerídeos (menos de 1/3 é 
digerido no estômago). 
Secreção parácrina → mucosa gástrica 
 Histamina: secretada pelas células 
semelhantes às enterocromafins 
(células ECL) em resposta à 
estimulação por gastrina ou 
acetilcolina. Atua nas células 
parietais, estimulando a secreção 
ácida (receptores de H2 nas células). 
 Fator intrínseco: proteína secretada 
pelas células parietais. Forma um 
complexo com a vitamina B12 para 
viabilizar a absorção no intestino. 
 Somatostatina (SS): secretado pelas 
células D. Sinal de retroalimentação 
negativa primário da secreção na 
fase gástrica – reduz a secreção 
ácida diretamente (inibe a secreção 
de pepsinogênio), e indiretamente 
por diminuir a secreção de histamina 
e gastrina. Também conhecido 
como inibidor do hormônio do 
crescimento. 
 UC 5 | P2 | Problema 3 | por Laís Raposo 
 
DEFESA 
Células mucosas – protegem a mucosa 
contra a acidez estomacal. Secretam muco 
(barreira física) e bicarbonato (barreira 
tamponante química). 
 A secreção aumenta quando o 
estômago é irritado 
 O excesso de secreção ácida resulta 
em úlceras peptídicas. 
INTESTINO DELGADO 
O quimo entra no intestino delgado através 
do esvaziamento viabilizado pelo óstio 
pilórico do estômago, iniciando a fase 
intestinal da digestão. 
→ Nesse ponto do trato gastrointestinal, o 
quimo sofreu pouca digestão química, logo 
a passagem para o intestino deve ser 
controlada pelo óstio pilórico para evitar a 
sobrecarga. 
A motilidade no intestino delgado é 
controlada pelo plexo mioentérico 
(Auerbach) e promove a mistura do quimo 
com as enzimas digestivas (secreção 
hepática, pancreática e intestinal), que 
expõem os nutrientes para serem 
absorvidos pelo epitélio mucoso (jejuno-
íleo) de superfície em borda de escova 
(microvilosidades). 
 Estímulo da motilidade: inervação 
parassimpática e hormônios gastrina 
e CCK (colecistocinina). 
 Inibição da motilidade: inervação 
simpática. 
Esse tipo de peristaltismo é denominado 
complexo mioelétrico migratório (CMM) – 
iniciado na parte inferior do estômago, e 
empurra o quimo para a frente ao longo de 
um trecho curto do intestino delgado antes 
de cessar. 
O CMM desce lentamente pelo intestino 
delgado, alcançando o final do íleo em 90-
120 min. 
 Com o fim de um, outro CMM 
começa no estômago. 
 Ao todo, o quimo permanece no 
intestino delgado entre 3 a 5 horas. 
SECREÇÕES INTESTINAIS 
Enzimas digestórias → produzidas pelo 
epitélio intestinal e pelo pâncreas exócrino. 
 Vias de controle: sinais neurais, 
hormonais e parácrinos. 
 Estímulo: neurônios parassimpáticos 
do nervo vago. 
Bile → produzida no fígado e secretada 
pela vesícula biliar no duodeno. 
 Solução não-enzimática que facilita 
a digestão de gorduras. 
 UC 5 | P2 | Problema 3 | por Laís Raposo 
Bicarbonato → produzido no pâncreas e 
liberado na porção do duodeno. 
 Neutraliza o quimo proveniente do 
estômago. 
 Liberado em resposta a estímulos 
neurais e à secretina. 
Muco → secretado pelas células 
caliciformes intestinais. 
 Proteção do epitélio. 
 Lubrificação do conteúdo intestinal. 
Solução isotônica de NaCl → células das 
criptas do intestino e do cólon. 
 Mistura-se com o muco para auxiliar 
na lubrificação do conteúdo 
intestinal. 
 O cloreto do líquido extracelular 
entra nas células via transportadores. 
DIGESTÃO DE CARBOIDRATOS 
O quimo entra no intestino delgado com os 
macronutrientes parcialmente digeridos 
com a ação da amilase salivar. 
As moléculas de amido não digeridas nesse 
processo serão digeridas no intestino 
através da ação da amilase pancreática 
(suco pancreático). 
 Sacarase: sacarose → glicose + 
frutose 
 Lactase: lactose → glicose + 
galactose 
 Maltase: maltose → glicose + glicose 
DIGESTÃO DE PROTEÍNAS 
→ Iniciada no estômago (fragmentação 
em peptídeos). 
 Enzimas do suco pancreático continuam a 
clivar as proteínas em peptídeos. 
 Tripsina, quimotripsina, dipeptidase, 
carboxipeptidase e elastase. 
 Cada enzima cliva as proteínas em 
posições de aminoácidos diferentes 
entre si. 
 
DIGESTÃO DE LIPÍDIOS 
No estômago há a ação da lipase lingual 
(secretada na cavidade oral) e lipase 
gástrica. 
Intestino → lipase pancreática (suco 
pancreático) 
 Os triglicerídeos são emulsificados 
pela bile (contendo os sais biliares) 
antes de serem clivados. 
 Triglicerídeos → ácidos graxos e 
monoglicerídeos (micelas). 
DIGESTÃO DE ÁCIDOS NUCLEICOS 
Através de nucleases contidas no suco 
pancreático. 
 Ribonuclease → RNA 
 Desoxirribonuclease → DNA 
ABSORÇÃO DE NUTRIENTES 
Nutrientes → capilares situados nas 
vilosidades do intestino delgado → 
distribuição nos tecidos do corpo por meio 
do sistema circulatório. 
 UC 5 | P2 | Problema 3 | por Laís Raposo 
 Exceção: gorduras → transportadas 
pelo sistema linfático. 
O sangue venoso proveniente do TGI vai 
para o sistema porta-hepático, que pode 
captar os nutrientes diretamente ou enviá-
los para o fígado. 
 Os hepatócitos possuem enzimas 
que metabolizam fármacos e 
xenobióticos, evitando que os 
mesmos cheguem à circulação 
sistêmica. 
 
ABSORÇÃO DE ELETRÓLITOS 
Íons provenientes das secreções 
gastrointestinais, alimentos e líquidos 
ingeridos. 
São recuperados para não serem 
eliminados pelas fezes. 
 Sódio – os íons são transportados 
ativamente para fora das células 
absortivas por bombas de sódio-
potássio basolaterais (NA+-K+ 
ATPases) depois que se moverem 
para as células absortivas por difusão 
e transporte ativo secundário. 
 Bicarbonato, cloreto, iodeto e nitrato 
– seguem passivamente o Na+ ou 
são transportados ativamente. 
 Ferro, potássio, magnésio e fosfato – 
absorvidos via transporte ativo. 
ABSORÇÃO DE VITAMINAS 
Lipossolúveis: são incluídas nas micelas e 
absorvidas por difusão simples. 
 A,D,E e K. 
Hidrossolúveis: difusão simples. 
 B e C. 
 Obs: B12 – combina-se ao fator 
intrínseco e é absorvida no íleo por 
transporte ativo. 
ABSORÇÃO DE ÁGUA 
Via osmose do lúmen do intestino por meio 
das células absortivas e em seguida para o 
sangue. 
 Depende da absorção de eletrólitos 
e nutrientes para manter um 
equilíbrio osmótico com o sangue. 
 Os eletrólitos, monossacarídeos e 
aminoácidos absorvidos 
estabelecem um gradiente de 
concentração que promove a 
absorção da água por osmose. 
REGULAÇÃO DA FASE INTESTINAL 
1. Quimo ao entrar no intestino 
 SNE – reduz a motilidade gástrica e a 
secreção → retarda o esvaziamento 
gástrico junto ao CCK e o peptídeo 
inibidor gástrico (GIP). 
2. Secretina 
 Liberada pela presença de quimo 
ácido no duodeno. 
 Inibe a produção ácida e diminui a 
motilidade gástrica. 
 Estimula a produção de bicarbonato 
pancreático para neutralizar o 
quimo ácido. 
3. CCK (colecistocinina) Secretada quando uma refeição 
contém gorduras. 
 UC 5 | P2 | Problema 3 | por Laís Raposo 
 Diminui a motilidade gástrica e a 
secreção de ácido. 
Obs: como a digestão de gordura 
ocorre mais lentamente que a digestão 
de proteínas ou carboidratos, é 
fundamental que o estômago permita 
que apenas pequenas quantidades de 
gordura entrem no intestino em um 
determinado momento. 
4. Hormônios incretinas (regulam o 
metabolismo da glicose) GIP e o 
peptídeo similar ao glucagon 1 (GLP-1) 
 Atuam por antecipação 
 Promovem a liberação de insulina 
pelo pâncreas endócrino 
 As células se preparam para 
receber a glicose que será 
absorvida 
 Retardam a entrada de quimo no 
intestino → diminuição da 
motilidade e secreção ácida. 
5. Mistura de ácidos, enzimas e alimentos 
digeridos no quimo 
 Formam uma solução hiperosmótica. 
 Os osmorreceptores são estimulados 
pela alta osmolaridade, inibindo o 
esvaziamento gástrico. 
INTESTINO GROSSO 
No final do íleo, resta apenas 1,5L de quimo 
não absorvido. 
 O cólon absorve a maior parte desse 
volume, restando apenas 0,1L de 
água para ser excretado nas fezes. 
O quimo passa para o intestino grosso 
através do óstio ileal (válvula ileocecal). 
 Reflexo gastroileal → quando há 
intensificação do peristaltismo. 
Promove o relaxamento da papila 
ileal em ondas peristálticas e quando 
o quimo deixa o estômago. Também 
é estimulado pelo hormônio gastrina 
(relaxamento da válvula ileocecal). 
MOTILIDADE 
O quimo entra no cólon e continua a ser 
misturado. 
 As saculações do cólon se enchem e 
se contraem para enviar o conteúdo 
para a próxima saculação. 
 Movimento para frente → 
movimento de massa (contração 
colônica única) – leva o conteúdo 
do cólon para o reto. 
 Peristaltismo – reflexo gastrocólico. 
DIGESTÃO E ABSORÇÃO 
A digestão ocorre através das bactérias 
que habitam o lúmen. 
 Secreção de muco 
 Sem ação enzimática 
 As bactérias fermentam quaisquer 
carboidratos restantes, liberam 
hidrogênio, CO2 e metano 
(contribuem para os flatos no colo – 
flatulência). 
 Proteínas restantes → aminoácidos → 
substâncias mais simples (indol e 
escatol [eliminados nas fezes – odor 
característico] sulfeto de hidrogênio 
e ácidos graxos [absorvidos e 
transportados para serem 
metabolizados no fígado]). 
 Bilirrubina → pigmentos mais simples 
(estercobilina – coloração marrom 
das fezes). 
 Viabilização da absorção de 
vitaminas (B e K) como produtos 
bacterianos. 
FORMAÇÃO E EXCREÇÃO DAS FEZES 
Formação: se dá após a absorção da água 
(consistência sólida). 
 Composição: água, sais inorgânicos, 
células epiteliais da túnica mucosa 
do canal alimentar, bactérias, 
produtos da decomposição 
bacteriana, materiais digeridos e 
não absorvidos e partes não 
absorvidas de alimentos. 
 UC 5 | P2 | Problema 3 | por Laís Raposo 
Reflexo de defecação: iniciado pela 
distensão da parede retal. 
→ Os receptores enviam impulsos nervoso 
sensitivos para a medula espinal sacral. 
Impulsos motores da medula viajam ao 
longo dos nervos parassimpáticos de volta 
para o cólon descendente, sigmoide, reto e 
ânus. A contração dos músculos 
longitudinais retais encurta o reto, 
aumentando a pressão no interior. 
 Resulta na defecação. 
 O controle do esfíncter externo do 
ânus é voluntário. 
REGULAÇÃO DAS FASES DA DIGESTÃO 
FASE CEFÁLICA 
Estímulos: olfato, a visão, o pensamento ou 
o gosto inicial da comida. 
Local: centros neurais no córtex cerebral, 
hipotálamo e tronco encefálico. 
Ação: o tronco encefálico ativa os nervos 
facial e glossofaríngeo que estimulam as 
glândulas salivares a secretar saliva. Ativa 
também o nervo vago, que estimula as 
glândulas gástricas a secretarem o suco 
gástrico. 
Objetivo: preparar a boca e o estômago 
para o alimento que está prestes a ser 
ingerido. 
FASE GÁSTRICA 
REGULAÇÃO NEURAL 
Estímulos: distensão e aumento do pH do 
estômago com a chegada do bolo 
alimentar. 
Local: quimiorreceptores (monitoram o pH) 
e receptores de estiramento → os impulsos 
se propagam para o plexo submucoso, 
onde ativam neurônios parassimpáticos e 
entéricos. 
Ação: ciclo de feedback negativo neural, 
ondas de peristaltismo e estímulo do fluxo 
de suco gástrico. 
Objetivo: misturar o bolo alimentar com o 
suco gástrico, diminuir o pH do quimo para 
viabilizar a digestão enzimática e diminuir a 
distensão das paredes do estômago para 
enviar o alimento para o intestino delgado. 
REGULAÇÃO HORMONAL 
Estímulos: distensão do estômago, proteínas 
parcialmente digeridas, pH elevado em 
decorrência da presença do quimo no 
estômago, cafeína no quimo gástrico e 
acetilcolina liberada pelos neurônios 
parassimpáticos. 
Local: células parietais. 
Ação: secreção de gastrina. 
Objetivo: estímulo da secreção de suco 
gástrico, contração do esfíncter esofágico 
para impedir o refluxo, aumento da 
motilidade do estômago, relaxamento do 
esfíncter pilórico (esvaziamento gástrico). 
Inibição da secreção de gastrina: pH<2,0 
Estímulo da secreção de gastrina: aumento 
do pH. 
 Mecanismo de feedback negativo. 
FASE INTESTINAL 
REGULAÇÃO NEURAL 
Estímulos: distensão do duodeno pela 
presença de quimo. 
Local: receptores de estiramento da 
parede duodenal → enviam impulsos 
nervosos para o bulbo, inibindo estímulo 
parassimpático e estimulam os nervos 
simpáticos que inervam o estômago. 
Ação: reflexo enterogástrico. 
Objetivo: diminuir a motilidade gástrica 
para não sobrecarregar o intestino 
(diminuição do esvaziamento), aumento na 
contração do esfíncter pilórico. 
REGULAÇÃO HORMONAL 
Estímulos: presença de aminoácidos de 
proteínas parcialmente digeridas e ácidos 
graxos de triglicerídeos parcialmente 
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digeridos no quimo (CCK) / Presença do pH 
ácido do quimo no duodeno (secretina). 
Ação: secreção de CCK e secretina. 
Objetivo: estimulação da secreção de suco 
pancreático e bile, contração do esfíncter 
pilórico, sensação de saciedade (ativação 
do hipotálamo), crescimento normal e 
manutenção do pâncreas (CCK)/ Estímulo 
do fluxo do suco pancreático para 
tamponar a acidez com o bicarbonato. 
Inibe a secreção de suco gástrico, promove 
o crescimento normal e manutenção do 
pâncreas (secretina). 
CIRURGIA BARIÁTRICA 
Objetivo: tratamento da obesidade 
mórbida ou grave e das doenças 
associadas ao excesso de gordura corporal 
ou agravadas por ele. 
REQUESITOS 
Independentes de comorbidades: IMC>40 
kg/m² 
Presença de comorbidades: IMC entre 35 e 
40 kg/m² 
Presença de comorbidades consideradas 
graves por médico especialista: IMC entre 
30 e 35 kg/m². 
Idade: entre 18 e 65 anos 
 Acima de 65 anos – avaliação 
individual 
 Abaixo de 16 anos – consentimento 
da família/responsável legal e 
acompanhamento durante a 
recuperação. 
TIPOS DE PROCEDIMENTOS 
Restritivos: diminuem a quantidade de 
alimentos que o estômago é capaz de 
receber. Restringem a quantidade e 
induzem a sensação de saciedade 
precoce. 
Disabsortivas: alteram principalmente a 
absorção dos nutrientes a nível de intestino 
delgado – cirurgias de by-pass ou desvio 
intestinal. 
 Reduzem o tempo do alimento no 
transito intestinal, reduzindo a 
capacidade de absorção e levando 
ao emagrecimento. 
 Também podem realizar uma 
intervenção na parte gástrica. 
Mistas: restrição da capacidade de 
receber o alimento pelo estômago 
(diminuição no volume) e desvio curto do 
intestino com disabsorção. Cirurgia de by-
pass gástrico ou cirurgia de fobi-capella. 
TÉCNICAS CIRÚRGICAS 
BYPASS GÁSTRICO 
Tipo mais comum de 
intervenção cirúrgica. 
Procedimento misto. 
→ Consiste no 
grampeamento do 
estômago (redução 
do volume) e desvio 
do intestino. 
 Aumento da saciedade e 
diminuição da fome. 
GASTRECTOMIA VERTICAL 
Procedimento restritivo. 
→ O estômago é 
transformado em um 
tubo (diminuiçãoda 
capacidade) de 
capacidade de 80-100 
ml. 
 
DUODENAL SWITCH 
Associação entre gastrectomia vertical e 
desvio intestinal. 
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→ Consiste na 
retirada de 60% do 
estômago com a 
manutenção da 
anatomia básica e 
fisiologia do 
esvaziamento. 
→ O desvio intestinal 
reduz a absorção 
dos nutrientes, 
levando ao 
emagrecimento. 
BANDA GÁSTRICA AJUSTÁVEL 
Procedimento 
restritivo. 
→ Um anel de 
silicone inflável e 
ajustável é instalado 
ao redor do 
estômago, 
possibilitando o 
controle do 
esvaziamento. 
CIRURGIA LAPAROSCÓPICA 
Cirurgia feita através de pequenos orifícios 
com o uso de longas pinças cirúrgicas e 
televisão ou monitor cirúrgico. 
Aplicada em todas as técnicas. 
COMPLICAÇÕES CLÍNICAS PÓS-
OPERATÓRIAS 
Distúrbios nutricionais: desnutrição proteica, 
deficiências de ferro e zinco e deficiências 
vitamínicas (tiamina, niacina, cobalamina, 
ácido fólico, vit. D, A e E). 
 Causados pela ingestão nutricional 
deficiente e má absorção 
decorrente da técnica cirúrgica. 
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