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Enfermagem em Serviços Pediátricos e Neonatais

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Enfermagem em 
Serviços Pediátricos e Neonatais 
 
 
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SUMÁRIO 
NEONATOLOGIA ........................................................................................................ 5 
CARACTERÍSTICAS FISIOLÓGICAS DO RECÉM-NATO ......................................... 6 
Sistema cardiovascular ............................................................................................... 6 
Sistema Respiratório ................................................................................................... 8 
Sistema Hematopoiético .............................................................................................. 8 
Sistema Hepático ........................................................................................................ 9 
Tipos de icterícia: ...................................................................................................... 10 
Sistema Digestório .................................................................................................... 11 
Sistema Imunológico ................................................................................................. 12 
Sistema Neurológico ................................................................................................. 14 
Sistema tegumentar .................................................................................................. 19 
Sistema Musculoesquelético ..................................................................................... 20 
Sistema reprodutor .................................................................................................... 20 
INTERAÇÕES ENTRE O NEONATO E O AMBIENTE ............................................. 21 
PADRÕES CARACTERÍSTICOS DE SONO E ATIVIDADE ..................................... 23 
ANAMNESE E EXAME FÍSICO DO RECÉM-NASCIDO ........................................... 27 
MODELO DE ANAMNESE DE ENFERMAGEM ....................................................... 29 
EXAME FÍSICO DO RN ............................................................................................ 31 
MODELO DE EXAME FÍSICO DE ENFERMAGEM .................................................. 44 
MATURIDADE FÍSICA .............................................................................................. 51 
APNEIA DA PREMATURIDADE ............................................................................... 53 
TAQUIPNEIA TRANSITÓRIA DE RECÉM-NASCIDO .............................................. 57 
PNEUMONIA NEONATAL......................................................................................... 58 
HIPERTENSÃO PULMONAR.................................................................................... 62 
SÍNDROME DO DESCONFORTO RESPIRATÓRIO (SDR) - DOENÇA DE 
MEMBRANA HIALINA ............................................................................................... 64 
DISPLASIA BRONCOPULMONAR ........................................................................... 68 
ANEMIA DA PREMATURIDADE ............................................................................... 69 
POLICITEMIA 71 
HEMORRAGIA NO PERÍODO NEONATAL .............................................................. 72 
HIPOGLICEMIA ......................................................................................................... 73 
HIPERGLICEMIA ...................................................................................................... 74 
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HIPOCALCEMIA ....................................................................................................... 74 
HIPOMAGNESEMIA ................................................................................................. 75 
OSTEOPENIA DA PREMATURIDADE ..................................................................... 75 
ICTERÍCIA 76 
INFECÇÃO NO RECÉM-NASCIDO .......................................................................... 80 
SEPSE NEONATAL .................................................................................................. 81 
CHOQUE SÉPTICO .................................................................................................. 85 
ENCEFALOPATIA HIPOXIA-ISQUÊMICA ................................................................ 86 
CONVULSÕES NO PERÍODO NEONATAL.............................................................. 91 
HEMORRAGIA INTRACRANIANA ............................................................................ 92 
ENTEROCOLITE NECROSANTE ............................................................................. 95 
INSUFICIÊNCIA RENAL ........................................................................................... 98 
PATOLOGIAS CIRÚRGICAS .................................................................................. 100 
ATRESIA DE ESÔFAGO......................................................................................... 101 
MENINGOMIELOCELE ........................................................................................... 102 
HÉRNIA DIAFRAGMÁTICA..................................................................................... 105 
GASTROQUISE ...................................................................................................... 107 
ONFALOCELE 109 
CARDIOPATIAS CONGÊNITAS ............................................................................. 110 
PERSISTÊNCIA DO CANAL ARTERIAL ................................................................ 112 
ATENDIMENTO AO RN NA SALA DE PARTO ....................................................... 115 
OXIGENOTERAPIA ................................................................................................ 120 
VENTILAÇÃO COM PRESSÃO POSITIVA (VPP) .................................................. 121 
MASSAGEM CARDÍACA ........................................................................................ 122 
TRANSPORTE DO RECÉM-NASCIDO .................................................................. 122 
ASSISTÊNCIA AO RECÉM-NASCIDO SADIO NO BERÇÁRIO ............................. 127 
NASCIMENTOS MÚLTIPLOS ................................................................................. 128 
TERMORREGULAÇÃO NO RECÉM-NASCIDO ..................................................... 129 
ALEITAMENTO MATERMO .................................................................................... 130 
ATRIBUIÇÕES DO AUXILIAR OU TÉCNICO DE ENFERMAGEM ......................... 131 
MONTAGEM DO LEITO NEONATAL ..................................................................... 132 
ADMISSÃO DO RN EM UTI NEONATAL ................................................................ 134 
LAVAGEM DAS MÃOS ........................................................................................... 135 
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REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR ..................................................................... 136 
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO CATETERISMO VENOSO CENTRAL ..... 137 
CATETER CENTRAL DE INSERÇÃO PERIFÉRICA (PICC) .................................. 138 
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA CATETERIZAÇÃO UMBILICAL ............... 144 
CURATIVO DO CATETER UMBILICAL .................................................................. 145 
CURATIVO OCLUSIVO DE CATETER VENOSO CENTRAL ................................. 146 
SONDAGEM VESICAL NO RN ............................................................................... 147 
FOTOTERAPIA 149 
EXSANGUINOTRANSFUSÃO ................................................................................ 150 
SURFACTANTE ...................................................................................................... 152 
COLHEITA DE SANGUE CAPILAR ........................................................................ 154 
CUIDADOS DE ENFERMAGEMNA TERAPÊUTICA TRANSFUSIONAL .............. 154 
PRECAUÇÕES PADRÃO OU UNIVERSAL ............................................................ 156 
PRECAUÇÕES COM PARTÍCULAS (GOTÍCULAS) ............................................... 157 
PRECAUÇÕES EMPÍRICAS ................................................................................... 158 
PROTOCOLO DE INTERVENÇÃO MÍNIMA ........................................................... 158 
PROTOCOLO MÉTODO CANGURU ...................................................................... 161 
BANHO DE IMERSÃO/ASPERSÃO ........................................................................ 163 
BANHO NA INCUBADORA ..................................................................................... 165 
HIGIENIZAÇÃO COM ÓLEO DE GIRASSOL ......................................................... 166 
LIMPEZA CONCORRENTE DA INCUBADORA ..................................................... 167 
ALTA DO PACIENTE NEONATAL .......................................................................... 168 
DESINFECÇÃO TERMINAL DA UNIDADE............................................................. 170 
TRATAMENTO DA DOR EM UNIDADE NEONATAL ............................................. 170 
HUMANIZAÇÃO EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL ................ 171 
BIOÉTICA NA PRÁTICA NEONATAL ..................................................................... 175 
MANEJO DA MORTE EM UNIDADE NEONATAL .................................................. 177 
SISTEMATIZAÇÃO DA ASSITÊNCIA DE ENFERMAGEM..................................... 178 
 
 
 
 
 
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NEONATOLOGIA 
 
É a área da saúde que presta assistência ao recém-nato até 28 dias. 
 
Histórico 
No século XIX as crianças eram ignoradas pelos médicos, não existiam 
hospitais infantis e eram muito altas as taxas de mortalidade infantil, especialmente 
entre os prematuros. Havia um sentimento de que a seleção natural se encarregaria 
das crianças “menos adaptadas”. Pela alta mortalidade e baixa natalidade, criou-se 
então um receio de despovoamento e vulnerabilidade da defesa nacional europeia, 
surgindo então um movimento pela saúde da criança, passando-se a praticar o 
cuidado preventivo e a ampliação das maternidades. 
Em 1978 foi criada por um funcionário do zoológico de Paris uma incubadora a 
pedido do professor e obstetra Stephane Etiemme Tarnier, que a instalou na 
maternidade de Paris diminuindo a taxa de mortalidade entre os bebês menores de 
200gr de 66 para 38%. 
A Neonatologia, porém, teve seu início concreto com o obstetra francês Pierre 
Budin que estendeu sua preocupação com os recém-nascidos além das salas de 
parto, criando um ambulatório de Puericultura em 1892. 
Na primeira década do século XX observa-se um aumento da contribuição dos 
pediatras para a medicina neonatal, especialmente com o estudo sobre alimentação 
e prematuridade. Os avanços na Neonatologia reduziram a taxa de mortalidade e a 
infecção hospitalar foi controlada com o isolamento do recém-nascido na maternidade, 
porém tais medidas ocasionaram a separação entre mãe e filho, prejudicando o 
vínculo afetivo e o aleitamento materno. 
A enfermagem exerceu papel fundamental no início da Neonatologia, Júlio 
Hess (autoridade americana em prematuridade) trouxe em um de seus artigos a 
informação que os melhores resultados obtidos nos cuidados aos recém-nascidos 
prematuros eram alcançados quando enfermeiros bem treinados estavam à frente do 
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serviço como supervisores. Crescendo desta forma o incentivo para a especialização 
da enfermagem para o cuidado com recém-nascidos prematuros. 
 
Adaptação do Neonato 
Imediatamente após o nascimento, o neonato precisa assumir as funções vitais 
realizadas pela placenta, período denominado de período de transição que engloba 
as primeiras 24 horas. 
O processo de transição da vida intra para a vida extrauterina é muito complexo, 
pois envolve alterações anatômicas e funcionais que, se não forem devidamente 
compreendidas, 6 avaliadas e acompanhadas poderão aumentar o risco de morbidade 
neonatal. 
 
CARACTERÍSTICAS FISIOLÓGICAS DO RECÉM-NATO 
 
Sistema cardiovascular 
 
A conversão da circulação fetal para neonatal ocorre quando há o 
clampeamento o cordão umbilical e o neonato tem sua primeira respiração. O volume 
sanguíneo do RN a termo 7 varia de 80 a 90 ml/Kg de peso corporal, em contraste 
com o volume do RN prematuro, que varia de 90 a 105ml/Kg. 
 
FIGURA 1 - SISTEMA CARDIOVASCULAR DO RN 
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FONTE: OLIVEIRA, 2005. 
 
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O clampeamento tardio do cordão umbilical aumenta o volume de sangue, 
causando aumento de frequência respiratória, cardíaca e da pressão arterial, isso 
pode levar a crepitações e cianose. 
A frequência cardíaca cai de 160 bpm, verificada aos 5 –10 minutos de vida, 
para 130 bpm aos 60 minutos de vida. 
A pressão arterial encontra-se discretamente baixa nas primeiras horas de vida 
e pode elevar-se de acordo com o tipo de parto, grau de transfusão placentária, 
temperatura corpórea, atividade, postura, estado de alerta e sucção. 
 
Sistema Respiratório 
 
Durante a gestação, características respiratórias bioquímicas se desenvolvem 
progressivamente, preparando o feto para as alterações respiratórias abrutas trazidas 
pelo nascimento. Entre as 24 e 30 semanas de gestação, os pneumócitos do tipo II 
começam a secretar surfactante. O surfactante é um fosfolipídio, que diminui a tensão 
superficial e evita o colapso alveolar ao final da expiração, essa redução facilita as 
trocas gasosas e diminui o trabalho respiratório. 
Com as primeiras respirações desencadeia-se uma série de eventos 
simultâneos: a conversão da circulação fetal para o tipo adulto, esvaziamento do 
líquido pulmonar, estabelecimento do volume pulmonar e das características da 
circulação pulmonar. Os movimentos respiratórios passam de um padrão intermitente 
(fetal) para um processo contínuo. 
A frequência respiratória nos primeiros dez minutos de vida pode variar de 25 
a 105 movimentos respiratórios por minuto, com média de 60 movimentos 
respiratórios por minuto, permanecendo assim nas primeiras 6 horas de vida, caindo 
gradativamente para 40 movimentos respiratórios por minuto depois do primeiro dia 
de vida. Nos primeiros três dias de vida podem ocorrer algumas pausas respiratórias 
que não devem ultrapassar 18 segundos. 
 
Sistema Hematopoiético 
 
Tal como os outros sistemas corporais, o sistema hematopoiético não está 
totalmente desenvolvido após o nascimento e as características hematológicas que 
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garantiram a oxigenação tissular adequada intraútero precisam ser substituídas por 
alguns elementos mais maduros após o nascimento. 
A principal determinante do volume sanguíneo nos primeiros dias de vida é a 
transfusão placentária, que depende das contrações uterinas, da posição do recém-
nascido em relação à placenta e do momento do clampeamento umbilical. 
Um importante aspecto da adaptação hematológica diz respeito aos fatores de 
coagulação. O recém-nascido possui uma deficiência de vitamina K e dos fatores 
vitamina – K 9 dependentes (II, VII, IX,X), e se tal deficiência não for corrigida logo 
após o nascimento com a administração de tal vitamina pode levar ao aparecimento 
da Doença Hemorrágica do Recém– nascido. 
 
HEMÁCEAS: 
A eritropoiese (produção de eritrócitos, ou hemácias) é estimulada pelo 
hormônio renal eritropoietina, no feto a baixa saturação de oxigênio causa aumento 
da liberação de eritropoietina, garantindo a oxigenaçãotissular adequada e a 
produção de hemácias. A saturação aumentada que segue o início da respiração, 
inibe a liberação de eritropoietina reduzindo a produção de hemácias. As hemácias 
fetais têm uma vida útil de cerca de 90 dias, comparadas com 120 dias em hemácias 
normais do adulto isso geralmente pode causar uma anemia fisiológica. 
Hemoglobinas: a hemoglobina é o componente transportador do oxigênio no 
sangue e é produzida pelas hemácias em desenvolvimento, a hemoglobina fetal 
possui maior afinidade com o oxigênio do que a hemoglobina do adulto, esse 
mecanismo compensatório ajuda a garantir uma oxigenação adequada intraútero. O 
nível normal de hemoglobina para um neonato a termo é de 17,5g/dl com um 
hematócrito médio de 53,5%, já no recém-nascido prematuro com 26 a 30 semanas o 
nível normal de hemoglobina é de 13,4g/dl e do hematócrito é de 41,5%. 
 
Sistema Hepático 
 
O sistema hepático no neonato é imaturo, a bilirrubina é pigmento biliar amarelo 
e subproduto da degradação das hemácias. À medida que envelhecem, as hemácias 
tornam-se frágeis e eventualmente são eliminadas da circulação pelo sistema 
fagocitário mononuclear que removem as porções de ferro e proteínas e as reciclam 
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para uso posterior. Após deixar o sistema fagocitário mononuclear, a bilirrubina se liga 
à albumina plasmática e é chamada de bilirrubina indireta (não conjugada). 
A bilirrubina indireta precisa ser conjugada (convertida em bilirrubina direta) 
para ser excretada, a conjugação ocorre no fígado quando a bilirrubina se junta ao 
ácido glicurônico. Com a assistência da enzima glicuronil transferase o resultado é 
uma bilirrubina hidrossolúvel. O urobilinogênio e o estercobilinogênio são compostos 
bilirrubínicos que resultam da degradação e 10 podem ser excretados na urina e nas 
fezes. 
Se a bilirrubina não conjugada (indireta) se acumular mais rapidamente do que 
o fígado pode eliminar, o recém-nascido pode desenvolver uma coloração amarela 
conhecida como icterícia. Alguns fatores podem aumentar o risco de 
hiperbilirrubinemia no recém-nascido como: asfixia e estresse por frio e hipoglicemia. 
 
Tipos de icterícia: 
 
• Icterícia fisiológica: manifesta-se 48 a 72 horas pós o nascimento e o 
nível sérico de bilirrubina atingem o pico de 4 a 12mg/dl, as causas são: circulação 
hepática diminuída, carga de bilirrubina aumentada, captação hepática de bilirrubina 
plasmática reduzida, conjugação da bilirrubina diminuída e excreção de bilirrubina 
diminuída. 
• Icterícia patológica: manifesta nas primeiras 24 horas após nascimento 
e o nível de bilirrubina sérica se eleva acima de 13mg/dl, e as causas são: 
incompatibilidade sanguínea ABO ou RH, anormalidades hepáticas, biliares, 
metabólicas ou infecção. 
• Encefalopatia bilirrubínica: (Kernicterus ou icterícia nuclear) níveis de 
bilirrubina sérica (medida no sangue) não conjugada (indireta) de aproximadamente 
20mg/dl ou mais podem levar a encefalopatia por bilirrubina, uma condição 
potencialmente fatal caracterizada por depósitos de bilirrubina nos gânglios basais do 
cérebro. A condição de hiperbilirrubinemia pode ser tratada com fototerapia ou nos 
casos mais graves exsanguineotransfusões. 
 
Metabolismo 
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A asfixia relativa do trabalho de parto, o choque térmico do nascimento e a 
necessidade de fontes de energia independentes, bem como de oxigênio, levam aos 
principais distúrbios metabólicos do nascimento: hipóxia, hipoglicemia e hipotermia. O 
feto depende integralmente de sua mãe para o fornecimento de glicose para o 
metabolismo energético e para síntese metabólica. Com o nascimento há uma brusca 
interrupção do fornecimento de glicose, fazendo com que durante as primeiras horas 
de vida o recém-nascido atinja os menores níveis de glicemia. 
 
Sistema Renal 
 
O Rim desempenha um importante papel na transição da vida fetal para a vida 
pós-natal, uma vez que o fluxo sanguíneo renal corresponde a cerca de 6% do débito 
cardíaco. Ao fim da primeira semana de vida e a 15% ao final do primeiro mês de vida. 
A urina é formada pelo feto a partir da décima semana de gestação, contribuindo para 
a formação do líquido amniótico. Em média 12% dos recém-nascidos eliminam sua 
primeira urina na sala de parto e com 24 horas de vida 97% já tiveram sua primeira 
eliminação. Nos dias subsequentes ao nascimento ocorre um aumento do débito 
urinário com perda de 5 a 10% do peso corpóreo, ocasionado pela perda de líquido, 
a função renal estabiliza-se em poucos dias, mas somente durante o primeiro ano de 
vida é que o rim da criança iguala-se ao do adulto. 
 
Sistema Digestório 
 
Embora o feto possa deglutir o líquido amniótico, a coordenação entre sucção 
e deglutição ocorre em torno da 34ª - 35ª semanas de idade gestacional, de modo que 
o recém-nascido a termo consegue sugar e deglutir o leite adequadamente para suprir 
suas necessidades nutricionais. 
A capacidade gástrica é de 40 a 60 ml no primeiro dia após o nascimento, assim 
as alimentações são mais frequentes e o tempo de esvaziamento gástrico leva em 
média 2 a 4 horas variando conforme o tipo de alimentação, a idade do neonato e a 
peristalse. Muitos recém-nascidos regurgitam pequenas quantidades (1 a 2 ml) de 
matéria ingerida por uma frouxidão do esfíncter esofagiano (um anel muscular que 
contrai o esôfago), porém esse refluxo gastresofágico é transitório e resolve-se com a 
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idade. A regurgitação persistente, forçada ou de grandes volumes é anormal e indica 
necessidade de investigação. 
Comparado com o intestino de um adulto, o intestino do recém-nascido é mais 
longo, possui mais glândulas secretórias e maior superfície de absorção. A 
capacidade do recém nascido de digerir nutrientes depende da atividade enzimática 
e da acidez gástrica, sendo que a digestão do leite começa no estômago e continua 
no intestino delgado. 
A síntese da vitamina K por meio da atividade bacteriana é outra função 
gastrintestinal importante embora de início seja estéril. O trato gastrintestinal 
estabelece uma colônia bacteriana normal dentro da primeira semana após o 
nascimento, permitindo uma síntese adequada da vitamina K. 
A alimentação deve ser iniciada logo que o recém-nascido esteja fisicamente 
estável e exiba coordenação adequada dos reflexos de sucção e deglutição. Uma 
longa demora para iniciar a alimentação pode esgotar as reservas limitadas de 
glicogênio do neonato, já bastante exigidas pelo aumento da demanda energética do 
período de transição, isso pode resultar em hipoglicemia (refletida por um nível de 
glicose sérica abaixo de 35mg/dl), colocando em risco o cérebro altamente 
dependente de glicose. 
Inicialmente o intestino do recém-nascido contém mecônio, uma substância 
fecal espessa, verde-escura e inodora que consiste em líquido amniótico, bile, células 
epiteliais e cabelo (da queda de lanugem no útero os pelos finos e macios que 
recobrem os ombros e as costas do recém-nascido). Geralmente, o recém-nascido 
elimina o primeiro mecônio dentro de 24 horas após o nascimento. 
Depois da presença de alimento no intestino, a cor, o odor e a consistência das 
fezes se alteram, para marrom-esverdeado e o teor de água é maior do que no 
mecônio. O tipo de alimentação determina as características das fezes subsequentes, 
o neonato alimentado com fórmulas lácteas, às fezes são pastosas, amareladas e de 
odor forte já o neonato alimentado com leite materno às fezes são amarelo-vivo, mais 
liquefeitas e de odor adocicado. 
 
Sistema Imunológico 
 
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É deficiente ao nascer, com o parto vem à exposição a substâncias como 
bactérias evírus que não estão presentes comumente no útero. Tal exposição ativa 
componentes da resposta imunológica, geralmente o primeiro ano é o período de 
maior vulnerabilidade às infecções graves. Às vezes as barreiras de proteção (pele e 
membranas mucosas) não impedem a invasão antigênica e o sistema imunológico 
inicia sua resposta humoral ou celular. 13 
Imunidade humoral é mediada por anticorpos humorais, também chamadas de 
imunoglobulinas que são proteínas sintetizadas pelas células B, as imunoglobulinas 
específicas reagem com o antígeno ativando o sistema complemento e uma série de 
reações químicas que remove o antígeno do corpo. A imunidade humoral é mais 
importante contra reinfecções bacterianas e virais. 
Imoglobulina G (IgG) é a imunoglobulina mais abundante e é sintetizada em 
resposta as bactérias, vírus e fungos. A IgG materna, transferida para o feto por meio 
da placenta, confere imunidade passiva adquirida (uma imunidade de curta duração 
na qual não há produção de anticorpos), já a IgG fetal apareça em torno da 12º 
semana de gestação e os níveis crescem significativamente no último trimestre. A IgG 
é ativa contra cocos Gram-positivos (pneumococos e estreptococos). 
O recém-nascido tem proteção contra a maioria das doenças infantis desde que 
a mãe tenha anticorpos contra essas doenças, como a IgG não age contra bacilos 
Gram-negativos (Escherichia coli e Enterobacter), o neonato é mais suscetível a 
infecções por esses agentes. E em torno de três meses, a IgG da mãe se esgota. 
Imunoglobulina IgM) é a primeira imunoglobulina produzida pela estimulação 
antigênica, a IgM é o principal anticorpo na incompatibilidade do tipo sanguíneo e em 
infecções por bactérias Gram-negativas. A IgM materna não atravessa a placenta e 
em torno da 20ª semana de gestação o feto produz IgM em resposta à exposição ao 
antígeno ela também provê uma imunidade ativa ou seja uma imunidade permanente 
resultante da estimulação antigênica por meio de inoculação ou da imunidade natural, 
níveis elevados de IgM no neonato podem indicar infecção perinatal. 
Imunoglobulina A (IgA) é o principal anticorpo do revestimento mucoso dos 
intestinos e brônquios, IgA aparece nas secreções corpóreas, não atravessa a 
placenta e comumente está ausente no recém-nascido. Combinada com uma proteína 
mucosa, a IgA é secretada sobre as superfícies mucosas como um anticorpo 
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secretório, além do que está presente no leite materno conferindo uma imunidade 
passiva ao lactente. A IgA secretória também limita o crescimento bacteriano no trato 
gastrointestinal. 
Imunidade celular indireta é mais aparente nas inflamações e é realizada pelas 
células T, essas reconhecem o antígeno, mobilizam os macrófagos tissulares e na 
presença de fator de inibição migratória desencadeia reações químicas que converte 
os macrófagos em fagócitos que irão destruir os antígenos. A imunidade celular 
indireta também é adquirida passivamente ao neonato pelo aleitamento materno. 
 14 As infecções congênitas são aquelas adquiridas ainda no útero e resultam da 
exposição a vírus como citomegalovírus, rubéola, hepatite B, herpes simples, herpes-
zoester, varicela e Epstein-Barr ou agentes nas virais como: toxoplasmose, sífilis, 
tuberculose, tripanossomíase e malária, coletivamente esses agentes são 
denominados de TORCH. As infecções por TORCH podem causar uma ampla faixa 
de sequelas, desde aborto espontâneo e morte fetal até infecções explícitas ou 
assintomáticas ao nascer. O feto pode ser infectado por organismo que chegam à 
bolsa amniótica por meio da cérvice materna ou pela placenta. Um neonato infectado 
pode estar gravemente enfermo ao nascer. 
 
Sistema Neurológico 
 
Embora não totalmente desenvolvido, o sistema neurológico do recém-nascido 
pode realizar funções complexas necessárias para regular a adaptação do neonato 
como: estimular as respirações iniciais, manter o equilíbrio acidobásico e regular a 
temperatura corporal. A função neurológica do recém-nascido é controlada 
principalmente pelo tronco cerebral e pela medula espinhal, o sistema autônomo e o 
tronco cerebral coordenam as funções respiratórias e cardíacas. Todos os nervos 
cranianos estão presentes ao nascimento; contudo, os nervos não são totalmente 
recobertos com mielina, substância essencial para uma transmissão suave do impulso 
nervoso. O neonato tem um córtex cerebral funcionante, embora o grau que ele é 
usado permaneça desconhecido. Ao nascer, o cérebro mede cerca de ¼ do tamanho 
do cérebro adulto, o cérebro cresce e amadurece na direção cefalocaudal. O cérebro 
necessita de um suprimento constante de glicose como fonte de energia e de um nível 
relativamente alto de oxigênio para manter um metabolismo celular adequado. Por 
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esse motivo, o estado de oxigenação do neonato e os níveis de glicose sérica devem 
ser avaliados e monitorados cuidadosamente, a fim de se detectarem o 
comprometimento das trocas gasosas e sinais de hipoglicemia. No desenvolvimento 
do trato nervoso as vias nervosas sensorial, cerebelar e extrapiramidal são as 
primeiras a se desenvolverem, isto responde pelo forte senso de audição, paladar e 
olfato do neonato. O cerebelo governa os movimentos voluntários e ajuda a manter o 
equilíbrio, o trato extrapiramidal controla os movimentos reflexos grosseiros e o ajuste 
postural pela regulação da flexão e extensão recíproca de grupos musculares, desse 
modo mantendo um movimento coordenado suave. Os reflexos neonatais 
classificados como alimentares, protetores, posturais e 15 sociais incluem reflexos 
primitivos como a sucção e o reflexo de procura (que leva o recém nascido a se virar 
em direção ao mamilo e procurá-lo). Cruciais para a sobrevivência, esses reflexos 
servem de base ao exame neurológico do recém-nascido, a persistência de reflexos 
neonatais, além da idade em que eles comumente desaparecem pode indicar 
anormalidades neurológicas. 
Adaptação Térmica: A manutenção da temperatura corporal é essencial para 
uma adaptação extrauterina bem-sucedida; ela é regulada por interações complexas 
entre a temperatura ambiental e a perda e produção de calor corporal. A compreensão 
e o uso adequado da termorregulação foram um dos primeiros avanços da 
neonatologia, prevenindo e diminuindo a morbidade e a mortalidade neonatal. O 
neonato tem uma capacidade termorreguladora limitada, obtida por mecanismos de 
aquecimento e esfriamento corporal, quando o recém-nascido não pode mais manter 
a temperatura corporal ocorre o resfriamento ou superaquecimento e a exaustão do 
mecanismo de termorregulação leva à morte. 
A prevenção da hipotermia está entre os objetivos mais importantes nos 
cuidados de enfermagem neonatal, tal como apresenta a figura, a hipotermia não 
tratada pode ter sérias conequências culminando em morte. 
 
 
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HIPORTEMIA 
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Fonte: OLIVEIRA, 2005. 
 
O ambiente térmico neutro (ATN) engloba uma estreita faixa de temperaturas 
ambientais, o ambiente térmico neutro requer a menor quantidade de energia para 
manter uma temperatura central estável para um recém-nascido a termo, despido no 
primeiro dia após o nascimento, o ambiente térmico neutro varia de 32 a 34ºC. Dentro 
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dessa faixa de temperatura, o consumo de oxigênio e a produção de dióxido de 
carbono são menores e a temperatura central é normal. Para manter a temperatura 
dentro doambiente térmico neutro, o recém-nascido faz ajustes vasomotores, 
vasoconstrição para conservar o calor e vasodilatação para liberar calor. 
Temperaturas ambientais acima ou abaixo do ambiente térmico neutro aumentam o 
consumo de oxigênio e a taxa de metabolismo. Algumas características colocam o 
recém-nascido em desvantagem fisiológica para a termorregulação, aumentando o 
risco de hipotermia: 
• Uma grande superfície corporal em relação à massa; 
• Deposição limitada de gordura subcutânea para prover isolamento; 
• Instabilidade vasomotora; 
• Capacidade metabólica limitada. 
A perda de calor, que começa no parto, pode ocorrer por quatro mecanismos – 
evaporação, condução, radiação e convecção. 
Evaporação: a perda de calor por evaporação ocorre quando fluidos (água 
insensível, perspiração visíveis e fluidos pulmonares) tornam-se vapor no ar seco. 
Quanto mais seco o ambiente, maior a perda de calor por evaporação a perda 
acentuada de calor por evaporação que ocorre com o parto pode ser minimizada 
secando-se imediatamente o recém-nascido e removendo-se os campos molhados. 
Condução: esta forma de perda de calor ocorre quando a pele entra em contato 
direto com um objeto mais frio, por exemplo, uma bancada ou balanças frias, portanto 
qualquer superfície sobre a qual o recém-nascido será colocado deve ser forrada. 
Radiação: uma superfície sólida mais fria sem contato direto com o neonato 
pode causar perda de calor através de radiação. Fontes comuns de perda de calor 
radiante incluem as paredes e janelas da incubadora, ocorrendo mesmo a 
temperaturas quentes, a perda de calor radiante pode ser minimizada pelo uso de 
uma cobertura de calor termoplástica. 
Convecção: a perda de calor da superfície corporal para o ar circunjacente mais 
frio ocorre pela convecção, ela é maior em ambientes resfriados assim a sala de parto 
resfriada para o conforto da equipe de saúde pode causar perda significativa de calor 
convectivo no recém nascido. 
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Em um ambiente frio ou em outras circunstâncias estressantes o recém-
nascido se defende contra a perda de calor por meio de controle vasomotor, do 
isolamento térmico, da atividade muscular e da termogênese sem tremor de frio. O 
estímulo nervoso periférico ativa o controle vasomotor e os processos metabólicos 
para regular o controle térmico. O recém-nascido conserva o calor por meio de 
vasoconstrição periférica e dissipa calor pela vasodilatação periférica. O isolamento 
térmico fornecido pela gordura subcutânea (branca), o isolamento térmico protege 
contra a perda rápida de calor. A quantidade de gordura subcutânea determina o grau 
de isolamento térmico (a gordura subcutânea é responsável por 11 a 17% do peso 
recém nascido a termo), e ela não se desenvolve até a 26ª à 30ª semana gestacional, 
comprometendo assim a capacidade do neonato prematuro de manter ou estabilizar 
a temperatura. A atividade muscular aumenta a produção de calor inicialmente, o 
recém-nascido reage ao ambiente frio com um aumento dos movimentos 
(frequentemente percebidos como irritabilidade). 
A termogênese não espasmogênica é definida como a produção de calor pela 
lipólise da gordura marrom, trata-se do mecanismo de produção de calor mais eficaz 
do recém-nascido porque aumenta minimamente a taxa metabólica. Um tipo de tecido 
adiposo, a gordura marrom responde por até 1,5% do peso total do recém-nascido a 
termo, assim chamada devido sua cor marrom. Como resultado do seu rico suprimento 
vascular, do conteúdo vascular denso e das inúmeras terminações nervosas, a 
gordura marrom é depositada em torno do pescoço, da cabeça, do coração, dos 
grandes vasos, dos rins, das glândulas suprarrenais, entre as escápulas, atrás do 
esterno e nas axilas. 
O cérebro, o fígado e os músculos esqueléticos tomam parte na termogênese 
não espasmogênica em resposta à perda de calor, os nervos simpáticos estimulam a 
liberação de norepinefrina, o principal mediador da termogênese levando a um 
aumento da produção de calor. A produção de calor pela oxidação da gordura marrom 
é distribuída no corpo pelo sangue, que absorve o calor ao passar pelo tecido 
gorduroso. 
 
Sistema tegumentar 
 
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O recém-nascido saudável é úmido e quente ao toque, lanugem, um cabelo 
fino e felpudo pode existir sobre as costas e os ombros, a pele do recém-nascido serve 
também como a primeira linha de defesa contra infecções e a camada mais externa. 
O estrato córneo é fundido com o verniz caseoso (substância gordurosa branca 
produzida pelas glândulas sebáceas e que protege a pele fetal do fluido amniótico), 
que devido as suas propriedades protetoras não deve ser retirado. A pele do recém-
nascido a termo pode parecer eritematosa (avermelhada) por várias horas após o 
nascimento, mas logo assume a sua cor normal, em muitos neonatos a instabilidade 
vasomotora, a estase capilar e os níveis elevados de hemoglobina levam à 
acrocianose, caracterizada pela coloração azulada das mãos e dos pés. A cor da pele 
e a circulação em geral melhoram com o aquecimento das mãos e dos pés 
(acrocianose é uma condição comum e não deve ser confundida com cianose central, 
que reflete troca gasosa comprometida). Ao contrário a pele do recém-nascido 
prematuro é frágil, transparente, com veias visíveis e sem lanugem e o verniz caseoso 
também está ausente. 
 
Sistema Musculoesquelético 
 
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A ossificação (desenvolvimento ósseo) é incompleta ao nascer. O crânio é 
composto por seis ossos finos e desunidos. Separando os ossos estão às suturas que 
são articulações fibrosas. As fontanelas são áreas de tecidos moles cobertos com 
membranas rígidas que separam as suturas e geralmente o parto normal causa uma 
sobreposição das suturas, uma condição que se resolve espontaneamente. Os 
músculos são anatomicamente completos no nascimento a termo, com a idade a 
massa, a força e o tamanho muscular aumentam e isto é crucial para o 
desenvolvimento do controle postural e da mobilidade. 
 
Sistema reprodutor 
 
O sistema reprodutor é anatomicamente e funcionalmente imaturo ao nascer, 
porém devido aos elevados níveis de estrogênio materno podem causar efeitos 
adversos transitórios e sem importância clínica como: hipertrofia mamária com ou sem 
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leite da bruxa (uma secreção aquosa, fina, semelhante ao colostro) pode aparecer 
tanto no recém-nascido do sexo feminino e do masculino. Já as meninas podem ter 
pseudomenstruação uma secreção vaginal mucoide ou manchada de sangue, 
causada pela queda brusca de hormônio após o nascimento, tais situações se 
resolvem espontaneamente. 
 
INTERAÇÕES ENTRE O NEONATO E O AMBIENTE 
 
O recém-nascido a termo não só percebe o ambiente como também tenta 
controlá-lo pelo comportamento. Capaz de ver, ouvir e distinguir entre gostos e 
cheiros, o recém-nascido responde ao toque e aos movimentos se defende de 
estímulos e dá sinais que quando interpretados por um cuidador atento, podem 
satisfazer às suas necessidades. 
20 
Visão 
Embora o recém-nascido possa ver, a acuidade visual é limitada a uma 
distância de aproximadamente 23 a 30,5 cm. O neonato tem uma preferência por 
formas geométricas como quadrados, retângulos ou círculos. Imagens em preto e 
branco prendem o olhar do neonato por mais tempo do que as imagens coloridas, o 
controle muscular incompleto dos movimentos oculares, às vezes, causa estrabismo 
transitório. O recém-nascido parece achar a face humana curiosa, e normalmente fixa 
o olhar intencionalmente em uma face próxima, como durante a amamentação e o 
acariciamento, tal comportamento reforça intensamente a ligação entre pais e filho. A 
acuidade visual melhora rapidamente e em torno dos seis meses o bebêalcança a 
acuidade visual do nível do adulto, no neonato exposto a vários objetos agradáveis 
em uma gama de cores, formas e contrastes, a acuidade visual pode melhorar até 
mais rapidamente. A colocação de brinquedos, móbiles e figuras no berço, dentro do 
seu campo de visão, pode ajudar a estimular o desenvolvimento visual. 
O recém-nascido é sensível à luz e reage fazendo caretas ou franze as 
sobrancelhas e vira a cabeça para longe do brilho da luz dirigida aos seus olhos e 
abre os olhos prontamente em um quarto na penumbra. Assim, reduzindo a luz, os 
pais podem melhorar o contato visual com o recém-nascido, facilitando a interação. 
Audição 
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O recém-nascido pode ouvir ao nascer, de fato a audição começa até mais 
cedo, o feto pode ouvir sons extrauterinos (por exemplos, vozes ou música), bem 
como ruídos que se originam nos sistemas corporais maternos, inclusive sons 
variáveis de baixa frequência do sistema cardiovascular materno e do sistema 
digestório. A audição é bem estabelecida após a aeração das trompas de Eustáquio 
e drenagem de sangue, verniz caseoso, fluido amniótico e muco do ouvido externo. 
Logo após o nascimento, o recém-nascido se vira em direção a sons e se assusta 
com ruídos altos como: campainha do telefone, a queda de objetos e o bater de uma 
porta. Capaz de distinguir sons com base na frequência, na intensidade e no padrão, 
o recém nascido responde mais rapidamente a sons abaixo de 4.000Hz. (A fala 
humana em geral está entre 500 e 900 Hz). O neonato responde de maneira variada 
a diferentes tons de vozes. A maioria das mulheres tem voz de maior frequência 
quando fala com um bebê, uma voz de alta frequência atrai a atenção do recém-
nascido, que se vira em direção ao som com maior agilidade em contraste, a voz 
masculina de baixa frequência parece ter um efeito mais calmante. 
21 
Toque 
O recém-nascido tem uma percepção tátil bem desenvolvida, que serve como 
um estímulo para a primeira respiração às áreas corporais mais sensíveis inclui: a 
face (especialmente em torno da boca), as mãos e as plantas dos pés. As vias da dor 
e os centros corticais e subcorticais cruciais à percepção da dor são bem 
desenvolvidos e os sistemas neuroquímicos à transmissão da dor estão intactos e 
funcionais. As alterações fisiológicas associadas à dor no neonato incluem aumento 
da pressão arterial e frequência cardíaca durante e após os procedimentos dolorosos. 
Durante os procedimentos dolorosos o nível de PaCO2 do neonato flutua 
amplamente e a sudorese palmar aumenta, pesquisadores também documentam 
acentuadas alterações hormonais, incluindo aumento dos níveis de renina plasmática 
logo após punção venosa e níveis de cortisol plasmático. Estímulos dolorosos 
produzem respostas motoras simples (flexão e adução das extremidades), 
expressões faciais distintas (dor, tristeza e surpresa) e choro característico. Alguns 
estudos preliminares sugerem que os recém-nascidos têm memória para a dor, bem 
como para a percepção da dor. O estímulo cutâneo agradável por outro lado, induz o 
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relaxamento muscular e é outro fator importante na ligação entre pais e filhos à medida 
que a mãe se familiariza com o neonato. Tocando-lhe levemente a face às 
extremidades e o tronco, o tônus muscular, os movimentos do neonato diminuem e o 
choro para ou reduz de intensidade reforçando o elo materno. 
O manuseio do recém-nascido proporciona estimulação sensorial a partir de 
movimentos e do toque, produzindo vigilância e respostas de atenção e de orientação, 
que por sua vez influenciam o desenvolvimento neonatal e a interação entre pais e o 
recém-nascido; contudo o recém-nascido pode ficar cansado se for muito manuseado. 
Com o bebê prematuro o contato pele a pele proporciona uma oportunidade para o 
toque, as pesquisas têm mostrado que o uso do toque resulta em estabilidade dos 
sinais vitais, padrões de crescimento positivo e termorregulação. 
 
Paladar 
O neonato distingue os sabores em torno do 1º ou 2º dia após o nascimento 
em resposta a uma solução insalubre (como água esterilizada), a expressão facial do 
recém-nascido permanece inalterada, uma solução doce, por ouro lado, produz uma 
sucção satisfeita, uma solução azeda induz uma careta e a cessação da sucção já 
uma solução amarga provoca uma expressão facial zangada, cessação da sucção e 
em muitos casos o distanciamento da cabeça. 
 
Olfato 
Embora tenham sido feitas poucas pesquisas a respeito da olfação neonatal, 
sabe-se que o neonato reage a odores fortes ou nocivos, afastando a cabeça do odor 
e a sensibilidade aos estímulos olfatórios aumenta nos primeiros quatro dias após o 
nascimento. 
 
PADRÕES CARACTERÍSTICOS DE SONO E ATIVIDADE 
 
Durante o período transicional, o recém-nascido experimenta uma série de 
alterações que englobam o estado de consciência, a resposta comportamental aos 
estímulos e parâmetros fisiológicos, além disso, vários estados neonatais de sono e 
vigília também foram identificados. 
 
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Períodos de Reatividade Neonatal 
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As primeiras horas do neonato são marcadas por uma série de características 
comportamentais e fisiológicas identificáveis e previsíveis, descritas coletivamente 
como períodos de reatividade neonatal, todos os recém-nascidos experimentam a 
mesma sequência de períodos, contudo o início de cada período e o tempo de duração 
varia de um recém-nascido para outro. Medicações maternas, anestesia, duração do 
trabalho de parto e qualquer estresse que afetam o recém-nascido podem influenciar 
a duração de um dado período. 
 
Primeiro Período de Reatividade 
Começando logo após o nascimento, esse período dura grosso modo 60 
minutos, nessa fase de intensa atividade e consciência de estímulos externos, o 
neonato está alerta e atento ao ambiente e pode exibir atividade vigorosa, choro e 
frequência cardíaca e respiratória rápidas. O recém-nascido tem um forte desejo de 
sugar nesse período, de modo que a amamentação pode ser iniciada e aos poucos o 
recém-nascido torna-se menos alerta e menos ativo e dorme. 
As adaptações neonatais durante esse período inicial são reguladas, sobretudo 
pelo sistema simpático, respirações irregulares, taquipneia e abertura nasal sem 
relação com estresse podem ocorrer. Outras características visíveis nesse período 
incluem sustos espontâneos, o reflexo de Moro (no qual o neonato se estende e move 
os membros para longe do corpo quando a cabeça cai subitamente para trás). 
Caretas, movimentos de sucção, choro súbito que cessa abruptamente, tremores finos 
do queixo ou das extremidades, piscar dos olhos e movimentos oculares. Nesse 
primeiro período de reatividade é o momento ideal para promover a interação entre os 
pais e o recém-nascido, a enfermeira pode melhorar o vínculo, permitindo que a mãe 
e o neonato permaneçam juntos nesse período (desde que o recém-nascido seja 
saudável). A temperatura precisa ser monitorada e mantida cuidadosamente durante 
esse período para prevenir o estresse por frio. 
 
Estágio de Sono 
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O recém-nascido geralmente dorme cerca de 2 a 3 horas após o nascimento e 
permanecem adormecidos de alguns minutos até 4 horas, alguns especialistas 
classificam o sono como um período de reatividade autocontido distinto, outros o 
consideram uma fase transicional ligando o primeiro e o segundo período. Enquanto 
adormecido, a frequência respiratória do recém-nascido aumenta, enquanto a 
frequência cardíaca varia de 120 a 140 batimentos por minuto, a cor da pele melhora 
embora persista alguma acrocianose. Como o 24 recém-nascido tem pouca resposta 
a estímulos externos durante o períodode sono, tentativas de amamentá-lo não irão 
produzir respostas. 
 
Segundo Período de Reatividade 
Iniciado com o despertar do recém-nascido caracteriza-se por uma resposta 
exagerada a estímulos externos e internos, a frequência cardíaca é lábil e ocorrem 
episódios de bradicardia e taquicardia. A pele do recém-nascido em geral parece 
rosada ou avermelhada, secreções orais espessas costumam causar engasgos e 
vômitos, a frequência respiratória varia de 30 a 60 respirações por minuto, sendo 
irregular e pode incluir breves pausas, apneias e taquipneia periódica. O recém-
nascido em geral expele mecônio do trato gastrintestinal nesse período, o segundo 
período pode durar 4 a 6 horas quando ele termina o recém-nascido torna-se mais 
estável e as frequências cardíacas e respiratórias se normalizam. E um equilíbrio 
dinâmico emerge com o recém-nascido alternando entre atividade alerta e o sono, 
estabelecendo um padrão de sono, choro, atividade e alimentação. 
Estados de Sono e Vigília do Recém-Nascido 
Brazelton (1979) classificou o estado de consciência do recém-nascido em seis 
estados: dois estados de sono e quatro de vigília, a capacidade que o neonato tem de 
regular o estado de consciência reflete a integridade do sistema nervoso central. O 
estado de consciência pode ser afetado por medicações, pela fome, pelos ciclos 
diurnos, por estresse (como ruído, dor, luz forte), e qualquer outro desconforto físico. 
Comumente o recém-nascido em um estado de sono responde a estímulos com 
atividade aumentada, enquanto um recém-nascido no estado de choro responde com 
atividade diminuída. De acordo com Brazelton, quando confrontado com interferências 
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externas como uma picada no calcanhar ou outro estímulo doloroso, o recém-nascido, 
tenta controlar o estado de consciência utilizando as seguintes maneiras: 
• Tentando retirá-lo fisicamente; 
• Tentando afastar o estímulo com as mãos ou com os pés; 
• Tentando retirar-se emocionalmente (por exemplo, desviando-se do 
estímulo ou dormindo); 
• Chorando ou fazendo ruídos, em um esforço de interromper o estímulo. 
Usando essa informação a enfermeira pode avaliar mais habilidosamente o 
neonato, planejar os cuidados neonatais e ajudar a promover a interação entre pais e 
recém-nascido. 
 
Sono Profundo 
No estado de sono profundo, os olhos do recém-nascido ficam fechados e não 
aparecem movimentos oculares rápidos (REMs), exceto por reflexos de susto 
ocasionais não ocorre qualquer atividade espontânea. As respirações são iguais e 
regulares, o recém-nascido em sono profundo em geral não pode ser acordado por 
estímulos externos nem ser amamentado, qualquer tentativa da mãe de alimentar o 
recém-nascido será frustrada. 
 
Sono Leve 
Durante o período de sono leve os olhos do neonato estão fechados e ocorrem 
REMs, padrões respiratórios variáveis movimentos aleatórios e movimentos de 
sucção caracterizam o sono leve e estímulos externos podem acordar o recém-
nascido nesse estado. 
 
Estado de Sonolência 
No estado de sonolência transicional, o recém-nascido tenta se tornar 
completamente alerta, os olhos podem estar abertos ou fechados e as pálpebras 
podem agitar-se frequentemente. Os movimentos musculares são suaves com 
atividades espontâneas e sustos intermitentes, os estímulos táteis ou auditivos podem 
estimular uma resposta, mas a resposta pode ser lenta até que o recém-nascido se 
aproxime do próximo estágio. 
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Estado de Vigília 
No estado de vigília ou alerta os olhos estão abertos, brilhantes e o recém-
nascido focaliza a fonte de estímulos consciente, é responsivo ao ambiente, faz 
movimentos propositais e mostra uma boa coordenação dos olhos com as mãos. O 
recém-nascido tenta atingir e manter esse estado. É um ótimo momento para iniciar a 
amamentação. 
 
Estado Ativo 
Nesse estado os movimentos neonatais aumentam devido aos estímulos 
externos causando movimentos oculares e corporais. 
 
Estado de choro 26 
No estado de choro o neonato responde a estímulos internos e externos em 
geral começando com choramingos leves e mínima atividade motora aumentada, com 
movimentos de empurrar as extremidades e sustos espontâneos. As chances de 
alimentação ou interação bemsucedida podem aumentar se os pais ou a enfermeira 
puderem acalmar o recém-nascido com movimentos de embalo. 
 
ANAMNESE E EXAME FÍSICO DO RECÉM-NASCIDO 
 
ANAMNESE 
A história pregressa materna, pré-natal e intraparto são informações 
importantes para uma avaliação adequada do recém-nascido, de modo que a equipe 
possa dessa forma antecipar mais precisamente problemas perinatais potenciais e 
tomar condutas mais adequadas obtendo assim, resultados mais satisfatórios. Tais 
tópicos são descritos no quadro abaixo: 
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QUADRO 1 -ANAMNESE 
Identificação do RN • Nome da mãe, idade, procedência, grau de instrução, estado civil, 
residência, registro da mãe e do RN (quando estiver internado). 
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Antecedentes familiares • Familiares: doenças geneticamente transmissíveis, 
infectocontagiosas e consanguinidade. 
• Mãe: condições de saúde da mãe (diabetes, doenças 
infecciosas, hipertensão arterial, nefropatias, cardiopatias, distúrbios 
metabólicos, glandulares, neurológicos e uso de drogas). 
 HISTÓRIA GESTACIONAL 
Antecedentes obstétricos 
• Número de gestações e abortos, números de nascidos vivos 
com peso menor de 2500g e natimortos, números de filhos mortos e 
tipo de parto. Anotar a época dos óbitos (na 1º semana e depois da 
1º semana). 
Gestação atual • Data da última menstruação, duração da gestação em 
semanas, início, término e número de consultas no prénatal, vacina 
antitetânica, grupo sanguíneo, fator Rh, sorologia para lues e HIV, 
fumo e número de cigarros por dia, ocorrências, durante a gestação 
(gravidez múltipla, hipertensão prévia, pré-eclâmpsia, eclâmpsia, 
cardiopatia, diabetes, infecção urinária. Outra infecção, parasitoses, 
ameaça de parto prematuro, hemorragias no 1º, 2º e no 3º trimestre, 
anemia crônica e outras). 
Trabalho de parto • Ocorrências - alterações de frequência cardíaca, aspecto do 
líquido amniótico, tempo de roturas de membranas, uso de 
medicação, tipo de parto (espontâneo; operatório e outros), 
apresentação (cefálica, pélvica, pelvipodalíca, córmica e face). 
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 MODELO DE ANAMNESE DE ENFERMAGEM 
 
IDENTIFICAÇÃO DO RN: 
NOME DA MÃE: 
IDADE: 
PROCEDÊNCIA: 
INSTRUÇÃO: 
ESTADO CIVIL: 
 
ANTECEDENTES FAMILIARES: 
( ) DOENÇAS GENETICAMENTE TRANSMISSÍVEIS 
( ) INFECTOCONTAGIOSA ( ) CONSANGUINIDADE 
 
CONDIÇÕES DE SAÚDE DA MÃE: 
( ) DIABETES ( ) NEFROPATIAS 
( ) CARDIOPATIAS 
( ) HIPERTENSÃO ARTERIAL ( ) DISTÚRBIO METABÓLICO 
( ) TABAGISTA 
( ) DISTÚRBIO GLANDULAR ( ) DISTÚRBIO NEUROLÓGICO 
 ( ) ETILISTA ( ) INFECÇÃO 
 • Data e hora do nascimento, nível de atenção (primária, 
secundária e terciária), profissional que atendeu o parto e o 
RN. 
 SALA DE PARTO 
RN • Sexo, APGAR do 1º e 5º minutos, reanimação (oxigênio 
inalatório, máscara, VPP, intubação, uso de medicação), 
exame físico sumário, profilaxia da oftalmia gonocócica 
Cordão umbilical • Cordão umbilical: tempo de ligadura do cordão, nº de artérias 
e veia e presença de anomalias no cordão (nó, circular e 
hemangiomas). 
Líquido amniótico • Aspecto (claro, meconial, sanguinolento) odor e quantidade. 
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HISTÓRIA GESTACIONAL 
 
GESTA:ABORTOS: NATIMORTO: 
Nº DE FILHOS VIVOS: Nº DE FILHOS MORTOS: 
 
GESTAÇÃO ATUAL: 
DUM: I.G: Nº DE CONSULTAS DE PRÉ-NATAL: 
GRUPO SANGUÍNEO: ( ) AMEAÇA DE PARTO PREMATURO 
HEMORRAGIAS ( ) 1º TRIMESTRE 
 ( ) 2º TRIMESTRE 
 ( ) 3° TRIMESTRE 
 
TRABALHO DE PARTO: 
 
ASPECTO DO LÍQUIDO AMNÍOTICO: ( ) CLARO ( ) 
C/GRUMOS 
 ( ) PURULENTO ( ) MECONIAL 
 ( ) SANGUINOLENTO 30 
 
TIPO DE APRESENTAÇÃO: ( ) CEFÁLICA ( ) 
PÉLVICA 
 ( ) PELVI-PODÁLICA ( 
)CÓRMICA 
 ( ) FACE 
 
TIPO DE PARTO: ( ) NORMAL ( ) CESÁREA 
 ( ) FORCÉPS ( ) CIRCULAR DE CORDÃO 
 
TEMPO DE ROTURAS DE MEMBRANAS: 
 
RECÉM-NATO: 
Enfermagem em 
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APGAR 1º MINUTO: SEXO: 
REANIMAÇÃO: 
5º MINUTO: ( ) O2 INALATÓRIO ( ) MÁSCARA 
 ( ) VPP ( ) INTUBAÇÃO 
 ( )USO DE MEDICAÇÃO 
 
EXAME FÍSICO DO RN 
 
Deve ser realizado após 2 – 6 horas do nascimento. 
Sinais vitais: 
Temperatura: geralmente é aferida a temperatura axilar e a faixa de 
normalidade está entre 36,5ºC e 37,5ºC e considera-se hipotermia quando a 
temperatura está abaixo de 36,5ºC, 31 podendo ser: 
• Leve: 36ºC a 36,4ºC. 
• Moderada: 32ºC a 35,9ºC. 
• Grave: abaixo de 32ºC. 
Frequência respiratória: depende do período de reatividade do recém-
nascido, mas varia de 40 a 80 respirações por minuto, uma frequência anormalmente 
elevada indica taquipneia e pode ser um sinal de problema perinatal já um lapso de 
15 segundos ou mais, um ciclo respiratório completo (uma expiração e uma 
inspiração) indica apneia. Um padrão irregular como respiração forçada, expansão 
torácica assimétrica, batimento de asas do nariz, retração torácicas visíveis, gemidos 
expiratórios e estridor podem indicar disfunção respiratória. 
Frequência cardíaca: colocando o estetoscópio sobre o impulso apical do 
quarto ou quinto espaço intercostal na linha hemiclavicular esquerda, sobre o ápice 
cardíaco, será avaliado o ritmo, frequência (120 a 160 bpm) e sons anormais como 
sopro cardíaco. 
Pressão arterial: instalar o manguito diretamente sobre a artéria braquial ou 
poplítea para garantir uma leitura acurada se for aferido pelo biomonitor. A largura do 
manguito deve ser metade da circunferência no braço do recém-nascido, um manguito 
muito grande ou muito pequeno pode causar uma leitura enganosa. 
 
Medidas Antropométricas: 
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Peso: realize a pesagem antes e não após a alimentação, com o recém-
nascido despido. Antes de pesar coloque uma ou duas folhas de papel descartável 
sobre a balança para prevenir estresse por frio, quando estiver realizando a pesagem 
mantenha uma das mãos diretamente acima do recém-nascido, contudo evite tocar o 
recém-nascido o que poderia afetar a exatidão da pesagem. O peso ao nascer de um 
recém-nascido a termo varia de 2.500 A 4.000G. 
PESAGEM 
 
Fonte: http://www.maesdepeito.com.br/saiba-quais-exames-no-bebe-sao-
necessarios-e-dispensaveis-na-hora-do-parto/ 
 
Material: 
• Papel toalha (2 folhas); 
• Balança; 
• Luva de procedimento (1 par). 
Procedimento: 
1. Lavar as mãos; 
2. Tarar a balança com o papel toalha; 
3. Calçar as luvas; 
4. Colocar o RN sobre a balança (sem roupa); 
5. Aferir e anotar o peso em impresso próprio. 
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Estatura: coloque o recém-nascido em posição de supina, com as pernas 
estendidas, e meça da cabeça ao calcanhar, o comprimento varia de 45 a 53 cm. 
 
ESTATURA 
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http://ageitapetininga.blogspot.com/2016/04/primeiros-cuidados-com-o-recem-
nascido.html 
 
Material: 
• Régua móvel; 
• Mesa (superfície plana e rígida); 
• Lençol; 
• Luva de procedimento. 
 
Procedimento: 
1. Lavar as mãos; 
2. Calçar as luvas; 
3. Deslocar o cursor da régua até os pés do RN; 
4. Deixar O RN em ângulo reto; 
5. Fazer leve pressão sobre os joelhos; 
6. Ler a cifra situada sobre a régua; 
7. Aferir e anotar a medida em impresso próprio. 
 
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Perímetro cefálico: observe que se o parto causou moldagem ou edema da 
cabeça à medida obtida pode ser enganosa. 
 
PERÍMETRO CEFÁLICO 
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Fonte:http://blalinka.blogspot.com/2010/12/especial-sobre-perimetro-
efalico.html 
 
 
Material: 
• Luva de procedimento; 
• Fita métrica. 
Procedimento: 
1. Lavar as mãos; 
2. Calçar as luvas; 
3. Envolver a fita métrica em torno do crânio, passando os três polos 
proeminentes: occipital, parietal e frontal; 
4. Ler a cifra no ponto de encontro das duas partes da fita; 
5. Aferir e anotar a medida em impresso próprio. 
 
Perímetro torácico: faça a medida após o recém-nascido ter inspirado, antes 
do início da expiração, o perímetro torácico em geral mede cerca de 2 cm menos que 
o perímetro cefálico, em média 30 a 33 cm. 
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PERÍMETRO TORÁCICO 
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Fonte: https://www.ebah.com.br/content/ABAAAe7NgAG/apostila-enfermagem-tratado?part=5 
 
Material: 
• Luva de procedimento; 
• Fita métrica. 
 
Procedimento: 
1. Lavar as mãos; 
2. Calçar as luvas; 
3. Envolver a fita em torno do tórax, passando sob as axilas no nível dos 
mamilos; 
4. Ler a cifra situada no ponto de encontro das duas partes da fita métrica; 
5. Aferir e anotar o valor em impresso próprio. 
 
Perímetro abdominal: 
Material: 
• Luva de procedimento; 
• Fita métrica. 
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Procedimento: 
1. Lavar as mãos; 
2. Calçar as luvas; 
3. Envolver a fita em torno do abdômen, acima do coto umbilical; 
4. Ler a cifra situada no ponto de encontro das duas partes da fita métrica; 
5. Aferir e anotar o valor em impresso próprio. 
Obs.: realizar limpeza da balança, régua e fita métrica a cada 24h com água e 
sabão, e após cada procedimento com álcool a 70%. 
 
Altura ombro-umbigo: tem objetivo para avaliar o comprimento da inserção 
dos cateteres umbilical venoso e arterial. Tal valor é colocado em uma tabela em que 
teremos em valores numéricos o comprimento exato dos cateteres umbilical. 
 
Material: 
• Luva de procedimento; 
• Fita métrica. 
 
Procedimento: 
1. Lavar as mãos; 
2. Calçar as luvas; 
3. Posicionar uma das pontas da fita métrica em cima da clavícula, 
seguindo sentido transversal até o coto umbilical; 
4. Ler a cifra e anotar o valor em impresso próprio. 
 
Observação geral Avaliar postura, atividade espontânea, reatividade, 
tônus muscular, tipo de respiratório, fácies, estado de 
hidratação e estado de consciência. 
 PELE 
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Coloração RN de raça branca são rosados e os de raça negra 
são avermelhados. 
Pletora pode ocorrer em RN com poliglobulina( RN de 
mãe diabética,cardiopatia cianótica ligadura tardia de 
cordão e gemelaridade). 
Palidez Anemia, pré-choque, hipóxia grave ou RN 
edemasiado. 
Alteração vasomotora (pele de alerquim): quando há 
palidez em um hemicorpo e vermelho no lado oposto. 
Cianose Generalizada: geralmente por problemas 
cardiorrespiratórios. 
Localizada: Cianose de extremidades (acrocianose) 
pode ser devido à hipotermia; 
Cianose peribucal associada à palidez pode ocorrer 
em infecção. 
Icterícia Coloração amarelada da pele que pode ou não estar 
associada à patologia de hiperbilirrubinemia. 
Eritema tóxico São pequenas lesões eritemato-papulosas observadas 
nos primeiros dias de vida, que regridem em poucos 
dias e não têm valor clínico. 
Milium sebáceo Pequenos pontos branco-amarelados localizados no 
nariz, na face, na testa e no queixo. 
Hemangioma capilar Comum, principalmente em fronte, pálpebra superior e 
nuca e desaparece em alguns meses. 
Edema Principalmente no prematuro e localiza-se em região 
palpebral, pré-tibial, dorso dos pés e sacral e 
desaparece em 24 a 48 horas. A anasarca aparece em 
RN com hidropisia fetal, insuficiência cardíaca 
congestiva, nefrose congênita, anemia intensa, 
hipoproteinemia, insuficiência renal e hipernatremia. 
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Outras alterações Hematomas, petéquias e equimoses podem ser 
encontrados no polo de apresentação. Quando 
localizados na face, a denominação é de máscara 
cianótica, petéquias e púrpuras quando não 
localizadas podem ocorrer devido à plaquetopenia 
secundária à hipóxia, infecção, doenças hemolíticas 
graves e drogas administradas à mãe 
(anticonvulsivantes e diuréticos). 
CABEÇA 
Forma Pode apresentar deformidades transitórias 
dependentes da apresentação e do próprio parto. 
Perímetro Deve ser medido por fita métrica, geralmente é 2 a 3 
cm maior que o perímetro torácico. Avaliar a presença 
de macrocefalia ou microcefalia. 
7Fontanelas O tamanho é variável, a fontanela anterior tem forma 
de losango e mede 2 cm nos dois sentidos (variação 
de 1 a 5 cm), a posterior é triangular e puntiforme. 
Suturas Podem estar afastadas ou com cavalgamento, e deve 
ser diferenciado da cranioestenose, responsável por 
deformidades do crânio com hipertensão intracraniana 
já o afastamento grande de suturas está associado a 
perímetro cefálico aumentado e ocorre em hidrocefalia. 
Bossa 
serossanguínea 
É uma massa mole, mal limitada, edemaciada e 
equimótica localizada ao nível da apresentação que 
desaparece nos primeiros dias de vida. 
Céfalo-hematoma É um derrame sanguíneo subperióstico que apareça 
como uma coleção de consistência cística, volume 
variável, limitando-se ao osso atingido. Pode-se 
calcificar e a regressão é espontânea, podendo 
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demorar semanas ou meses para ser reabsorvido e 
ainda pode ser causa de hiperbilirrubinemia. 
Alterações ósseas A craniotables é uma zona de tábua óssea depressível, 
com consistência diminuída, comparada à de uma bola 
de pinguepongue, encontrada em RN normais, 
principalmente no prematuro. 
Olhos Observar: sobrancelhas, cílios, movimentos 
palpebrais, edema, direção da comissura palpebral 
(oblíqua e transversal), afastamento de pálpebras e 
epicanto. 
Pesquisar microftalmia (microcórnea), catarata (reflexo 
esbranquiçado da pupila), coloboma iridiano 
(persistência de uma fenda inferior da íris), tamanho da 
pupila (midríase e miose), igualdade (isocoria ou 
anisocoria), glaucoma congênito e reação à luz. 
Hemorragias conjuntivais são comuns. 
Presença de estrabismo não tem significado nesta 
idade e pode persistir por 3 a 6 meses. 
Nistagmo lateral é frequente. 
Sinal do sol poente é encontrado em RN com 
hidrocefalia encefalopatia bilirrubínica e em lesões do 
tronco encefálico. 
Orelhas Pesquisar apêndice e fístula pré-auricular. 
Anomalias do pavilhão podem estar associadas à 
malformação. 
Nariz Forma. 
Permeabilidades de coanas. 
Presença de secreção (coriza intensa – uso de 
reserpina pela mãe e mucossanguinolenta - sífilis 
congênita). 
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Boca Pérolas de Epstein: pequenas formações 
esbranquiçadas no palato e, às vezes, na gengiva. 
Aftas de Bednar: lesões erosivas com halo 
avermelhado no palato. 
Salivação: excesso de saliva leva a pensar em atresia 
de esôfago. 
Presença de dentes. 
Conformação do palato (ogival). 
Presença de fenda palatina. 
Fissura labial (lábio leporino). 
Desvio da comissura labial (paralisia facial). 
Hipoplasia (micrognatia). 
Posição da mandíbula (retrognatia). 
Visualizar a úvula e avaliar tamanho da língua e do 
freio lingual. 
PESCOÇO Detectar a presença de bócio, fístulas, cistos, restos de 
arcos branquiais, hematoma do 
esternocleidomastoídeo. 
Palpar as clavículas (fraturas). 
Explorar a mobilidade e o tônus. 
TÓRAX Assimetria pode ocorrer por malformações de coração, 
pulmões, coluna ou arcabouço costal. 
Tamanho da aréola e tecido mamário e/ou presença de 
leite, podem ocorrer em ambos os sexos, e a presença 
de glândulas supranumerárias. 
Pulmões Frequência respiratória normal: varia de 40 a 60 
movimentos por minuto. 
Verificar a presença de simetria torácica, retração, 
estertores, estridor, roncos, crepitação e diminuição do 
murmúrio vesicular. 
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Cardiovascular Frequência cardíaca normal: varia entre 100 a 160 
batimentos por minuto. 
Batimentos cardíacos são melhor audíveis no bordo 
esquerdo do esterno. 
Presença de sopro nos primeiros dias é comum, 
porém, se persistirem por algumas semanas é provável 
manifestação de cardiopatia congênita. 
Palpação dos pulsos nos quatro membros é 
obrigatório: já que ausência dos pulsos femorais deve-
se pensar em coartação da aorta e pulso amplo sugere 
Permanência do Canal Arterial (PCA). 
Verificar a pressão arterial. 
 
ABDÔMEN 
Inspeção Distensão abdominal indica presença de 
visceromegalia, obstrução ou perfuração intestinal. 
Abdômen escavado indica hérnia diafragmática. 
Diástase de reto abdominal. 
Agenesia de musculatura abdominal. 
Extrofia de bexiga. 
Hérnia inguinal e umbilical. 
Onfalocele. 
Cisto e hemorragia de cordão. 
Visualizar o orifício anal. 
Secreção, edema e hiperemia periumbilical indicam 
onfalite. 
Palpação Fígado é palpável até 2 cm do rebordo costal. 
Uma ponta de baço pode ser palpável na 
primeira semana sendo que o aumento deve ser 
investigado. 
Detectar a presença de massas abdominais. 
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GENITÁLIA 
Masculina Palpação da bolsa escrotal: verificar a presença dos 
testículos que podem encontrar-se também nos canais 
inguinais (comum em RN prematuro extremo). 
Distopia testicular é a ausência de testículos na bolsa 
escrotal ou no canal inguinal. 
Presença de hidrocele não comumente é frequente e 
reabsorverá com o tempo. 
Fimose é fisiológica ao nascimento. 
Observar a localização do meato urinário: terminal 
(normal), ventral (hipopádia) ou dorsal (epispádia). 
Presença de hipospádia associada à criptorquia 
pesquisar cromatina sexual e cariótipo. 
Equimose e edema traumático do escroto podem 
ocorrer em alguns partos vaginais 
Feminina Os pequenos lábios e clitóris estão proeminentes. 
Pode aparecer nos primeiros dias uma secreção 
esbranquiçada mais ou menos abundante e às vezes 
hemorrágica. 
Edema traumático de vulva pode ocorrer no parto 
vaginal distócico. 
Pesquisar: imperfuração himenal, hidrocolpos, 
aderência de pequenos lábios. 
Fusão posterior dos grandes lábios e hipertrofia 
clitoriana indicam a pesquisa de cromatina sexual e 
cariótipo. 
EXTREMIDADES Dedos: polidactilia, sindactila,malformações ungueais. 
Articulações coxofemurais: realizar manobras de 
Ortolani pela abdução das coxas, tendo as pernas 
fletidas quando positiva indica displasia coxofemural. 
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Pesquisar simetria das pregas da face das coxas e 
subglúteas. Presença de fraturas ou lesão nervosa 
(paralisia) será avaliada pela atividade espontânea ou 
provocada dos membros. 
Observar as pregas de flexão palmares e as 
localizadas no 5º dedo prega palmar única e falta de 
uma prega no dedo presença de S. de Down. 
COLUNA 
VERTEBRAL 
Examinar especialmente a área sacrolombar, 
percorrendo com os dedos a linha média em busca de 
espinha bífida, mielomeningacele e outros defeitos 
(sinus sacral acima do promontório). 
Presença de hipertricose lombossacra sugere 
espinha bífida oculta. 
EXAME 
NEUROLÓGICO 
Observar atitude, reatividade, choro, tônus, 
movimentos e reflexos. 
Pesquisar os reflexos de Moro, sucção, busca, 
preensão palmar e plantar, tônus do pescoço, extensão 
cruzada dos membros inferiores, endireitamento do 
tronco e marcha automática. 
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MODELO DE EXAME FÍSICO DE ENFERMAGEM 
 
SINAIS VITAIS 
T: Fc: Fr: P.A: Spo2: 
 
MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS 
43 
Peso: Estatura: PC: PT: PA: 
 
SISTEMA NERVOSO 
Fontanelas: Suturas: 
Tono: Cabeça: 
( ) normotensa ( ) tensa ( ) normal ( ) separadas ( ) normal ( ) hipotônico 
( ) bossa 
( ) abaulada ( ) deprimida ( ) sobrepostas ( ) flácido ( ) hipertônico 
 
Fraturas: 
Anormalidades: 
 
Atividade predominante: Choro: Atividade Motora: 
 
( ) alerta ( ) chorando ( ) sono ativo ( ) normal ( ) simétrico ( ) 
assimétrico 
( ) sono aprofundo ( ) fraco ( ) convulsões ( ) letargia 
( ) irritabilidade ( ) tremores 
 
Resposta ao estímulo: Reflexos: CÓDIGO: Normal = N; fraco = F 
 
( ) vocal ( ) toque sucção: Ausente = A ( ) dor ( ) 
luz apreensão: Não avaliado = NA 
Moro: 
 
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PELE 
Condições: Turgor: 
( ) fria ( ) quente ( ) úmida ( ) bom ( ) regular ( ) ruim 
( ) gelatinosa ( ) descamada 
( ) estrias de mecônio ( ) lanugem 
( ) vérnix caseoso ( ) petéquias 
( ) equimoses 
Local: 44 
 
OLHOS BOCA FOSSAS NASAIS 
Geral: Reflexo de náuseas: Permeáveis: 
( ) abertura espontânea ( ) normal ( ) ausente ( ) sim ( ) não 
( ) fechados ( ) edema ( ) hipoativo ( ) hiperativo 
( ) secreção ( ) fixo ( ) sialorreia excessiva 
ORELHAS 
( ) implantação baixa 
Esclera: Palato: 
Pupilas: ( ) completo ( ) incompleto Malformação: 
( ) isocóricas ( ) anisocóricas Lábio Leporino: 
Reflexo à luz: ( ) presente ( ) ausente 
( ) presente ( ) ausente 
 
 
SISTEMA RESPIRATÓRIO 
Respiração: Retração: Ausculta 
Pulmonar: 
( ) regular ( ) irregular ( ) esternal ( ) intercostal ( ) bilat. 
limpos ( ) roncos bolhosos 
( ) apneia ( ) superficial ( ) subcostal ( ) diminuídos 
( ) roncos 
( ) batimento de asa de nariz 
 
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Configuração do tórax: ( ) estertores ( ) sibilos 
( ) gemente ( ) taquipneia ( ) simétrico ( ) assimétrico 
 
Secreção vias 
( ) bradipneia 
 aéreas 
( ) sim ( ) não 
 
Necessidade de oxigênio: 
 45 
( ) ar ambiente ( ) ventilador 
( ) caixa de hood ( ) CPAP nasal 
( ) CPAP endotraqueal 
( ) tubo endotraqueal nº 
Fixado nº 
 
SISTEMA CARDIOVASCULAR 
Pulso apical: Sopro: 
( ) ritmo regular ( ) arritmia ( ) ausente ( ) presente 
Cor: Perfusão capilar: 
( ) corado ( ) pletórico ( ) hipocorado ( ) normal ( 1 a 3 s) 
( ) moteado ( ) ictérico ( ) lento ( < 3 s ) 
( ) acrocianose ( ) cianose circoral 
 
Edema: 
( ) cianose central ( ) ausente ( ) pés ( ) mãos 
( ) olhos ( ) generalizado 
 
Pulso: 
Braquial: ( ) presente ( ) igual ( ) ausente 
 ( ) cheio/amplo ( ) filiforme 
Femoral: ( ) presente ( ) igual ( ) ausente 
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 ( ) cheio/amplo ( ) filiforme 
Radial: ( ) presente ( ) igual ( ) ausente 
 ( ) cheio/amplo ( ) filiforme ( ) ausente 
Pedial: ( ) presente ( ) igual ( ) ausente 
 ( ) cheio/amplo ( ) filiforme ( ) ausente 
 
 
SISTEMA GASTROINTESTINAL 
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( ) evacuou ( ) não observado 
 
Ausculta intestinal: Abdome: 
( ) não evacuou ( ) RHA diminuído ( ) RHA ativos ( ) flácido ( ) tenso 
( ) RHA aumentado ( ) RHA ausentes ( ) semigloboso ( ) globoso 
( ) distendido ( ) escavado 
Anormalidades: 
( ) hiperemia e/ou sensível ao toque 
( ) hepatomgalia 
( ) esplenomegalia 
 
Deglutição / sucção: Resíduo Gástrico: Cordão umbilical: 
( ) coordenada ( ) insuficiente ( ) claro ( ) amarelo ( ) verde aspecto: 
( ) ausente ( ) não avaliado ( ) sanguinolento ( ) líquido de estase 
 
SISTEMA GENITURINÁRIO 
Urina: Genitais: 
( ) espontânea ( ) sonda vesical ( ) normal ( ) edemasiada

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