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Neonatologia Intensiva

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DOCÊNCIA EM 
SAÚDE 
 
 
 
 
 
NEONATOLOGIA INTENSIVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 
 
Copyright © Portal Educação 
2012 – Portal Educação 
Todos os direitos reservados 
 
R: Sete de setembro, 1686 – Centro – CEP: 79002-130 
Telematrículas e Teleatendimento: 0800 707 4520 
Internacional: +55 (67) 3303-4520 
atendimento@portaleducacao.com.br – Campo Grande-MS 
Endereço Internet: http://www.portaleducacao.com.br 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Dados Internacionais de Catalogação na Publicação - Brasil 
 Triagem Organização LTDA ME 
 Bibliotecário responsável: Rodrigo Pereira CRB 1/2167 
 Portal Educação 
P842n Neonatologia intensiva / Portal Educação. - Campo Grande: Portal 
Educação, 2012. 
 206 p.: il. 
 
 Inclui bibliografia 
 ISBN 978-85-66104-42-4 
 1. Neonatologia. 2. Recém-nascido – Cuidado. I. Portal Educação. II. Título. 
 CDD 618.9201 
 
 
 
2 
 
SUMÁRIO 
 
1 NEONATOLOGIA ...................................................................................................................... 5 
2 CARACTERÍSTICAS FISIOLÓGICAS DO RECÉM-NASCIDO ................................................. 7 
2.1 Sistema cardiovascular ............................................................................................................... 7 
2.2 Sistema respiratório .................................................................................................................... 8 
2.3 Sistema hematopoiético ............................................................................................................. 8 
2.4 Sistema hepático ........................................................................................................................ 9 
2.5 Sistema renal ............................................................................................................................. 11 
2.6 Sistema digestório ..................................................................................................................... 11 
2.7 Sistema imunológico.................................................................................................................. 13 
2.8 Sistema neurológico .................................................................................................................. 14 
2.9 Sistema tegumentar................................................................................................................... 18 
2.10 Sistema musculoesquelético ..................................................................................................... 19 
2.11 Sistema reprodutor .................................................................................................................... 19 
3 INTERAÇÃO ENTRE O NEONATO E O AMBIENTE ............................................................... 20 
4 PADRÕES CARACTERÍSTICOS DE SONO E REPOUSO ...................................................... 23 
5 ANAMNESE DO RECÉM-NASCIDO ........................................................................................ 27 
6 MODELO DE ANAMNESE EM ENFERMAGEM ...................................................................... 29 
7 EXAME FÍSICO DO RECÉM-NASCIDO ................................................................................... 31 
8 MODELO DE EXAME FÍSICO .................................................................................................. 43 
9 AVALIAÇÃO DO PESO E DA IDADE GESTACIONAL ........................................................... 48 
10 APNEIA DA PREMATURIDADE ............................................................................................... 53 
11 TAQUIPNEIA TRANSITÓRIA DO RECÉM-NASCIDO ............................................................. 58 
 
 
3 
12 PNEUMONIA NEONATAL ........................................................................................................ 60 
13 SÍNDROME DE ASPIRAÇÃO MECONIAL ............................................................................... 61 
14 HIPERTENSÃO PULMONAR ................................................................................................... 64 
15 SÍNDROME DO DESCONFORTO RESPIRATÓRIO (SDR) DOENÇA DA MEMBRANA 
HIALINA .............................................................................................................................................. 67 
16 DISPLASIA BRONCOPULMONAR .......................................................................................... 72 
17 ANEMIA DA PREMATURIDADE .............................................................................................. 74 
18 POLICITEMIA ........................................................................................................................... 76 
19 HEMORRAGIA NO PERÍODO NEONATAL ............................................................................. 78 
20 HIPOGLICEMIA ........................................................................................................................ 79 
21 HIPERGLICEMIA ...................................................................................................................... 81 
22 HIPOCALCEMIA ....................................................................................................................... 82 
23 HIPOMAGNESEMIA ................................................................................................................. 83 
24 OSTEOPENIA DA PREMATURIDADE ..................................................................................... 84 
25 ICTERÍCIA ................................................................................................................................. 85 
26 INFECÇÃO NO RECÉM-NASCIDO .......................................................................................... 89 
27 SEPSE NEONATAL .................................................................................................................. 91 
28 CHOQUE SÉPTICO .................................................................................................................. 95 
29 ENCEFALOPATIA HIPOXIA-ISQUÊMICA ............................................................................... 97 
30 CONVULSÕES NO PERÍODO NEONATAL ............................................................................ 101 
31 HEMORRAGIA INTRACRANIANA .......................................................................................... 103 
32 ENTEROCOLITE NECROSANTE ............................................................................................ 106 
33 INSUFICIÊNCIA RENAL .......................................................................................................... 110 
34 PATOLOGIAS CIRÚRGICAS .................................................................................................. 113 
35 CARDIOPATIAS CONGÊNITAS.............................................................................................. 125 
36 ATENDIMENTO AO RN NA SALA DE PARTO ....................................................................... 131 
 
 
4 
37 NASCIMENTO MÚLTIPLO ...................................................................................................... 145 
38 TERMORREGULAÇÃO DE RECÉM-NASCIDO ...................................................................... 146 
39 ALEITAMENTO MATERNO ..................................................................................................... 148 
40 ATRIBUIÇÕES DO AUXILIAR OU TÉCNICO DE ENFERMAGEM ......................................... 149 
41 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO CATETERISMO VENOSO CENTRAL ..................... 156 
42 FOTOTERAPIA ........................................................................................................................168 
43 EXSANGUÍNEO TRANSFUSÃO ............................................................................................. 170 
44 CUIDADOS DE ENFERMAGEM NA TERAPÊUTICA TRANSFUSIONAL .............................. 175 
45 ISOLAMENTO .......................................................................................................................... 176 
46 PROTOCOLO DE INTERVENÇÃO MÍNIMA............................................................................ 180 
47 PROTOCOLO DE MÉTODO CANGURU ................................................................................. 183 
48 O BANHO ................................................................................................................................. 185 
49 LIMPEZA CONCORRENTE DA INCUBADORA ..................................................................... 190 
50 ALTA DO PACIENTE NEONATAL .......................................................................................... 192 
51 TRATAMENTO DA DOR EM UNIDADE NEONATAL ............................................................. 195 
52 BIOÉTICA NA PRÁTICA NEONATAL ..................................................................................... 201 
53 MANEJO DA MORTE EM UNIDADE NEONATAL .................................................................. 203 
54 SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM .................................................. 205 
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................. 207 
 
 
 
 
 
 
5 
 
1 NEONATOLOGIA 
 
É a área da saúde que presta assistência ao recém-nato até 28 dias. 
Histórico 
No século XIX as crianças eram ignoradas pelos médicos, não existiam hospitais 
infantis e eram muito altas as taxas de mortalidade infantil, especialmente entre os prematuros. 
Havia um sentimento de que a seleção natural se encarregaria das crianças “menos adaptadas”. 
Pela alta mortalidade e baixa natalidade, criou-se então um receio de despovoamento e 
vulnerabilidade da defesa nacional europeia, surgindo então um movimento pela saúde da 
criança, passando-se a praticar o cuidado preventivo e a ampliação das maternidades. 
Em 1978 foi criada por um funcionário do zoológico de Paris uma incubadora a pedido 
do professor e obstetra Stephane Etiemme Tarnier, que a instalou na maternidade de Paris 
diminuindo a taxa de mortalidade entre os bebês menores de 200gr de 66 para 38%. 
A Neonatologia, porém teve seu início concreto com o obstetra francês Pierre Budin 
que estendeu sua preocupação com os recém-nascidos além das salas de parto, criando um 
ambulatório de Puericultura em 1892. 
Na primeira década do século XX observa-se um aumento da contribuição dos 
pediatras para a medicina neonatal, especialmente com o estudo sobre alimentação e 
prematuridade. Os avanços na Neonatologia reduziram a taxa de mortalidade e a infecção 
hospitalar foi controlada com o isolamento do recém-nascido na maternidade, porém tais 
medidas ocasionaram a separação entre mãe e filho, prejudicando o vínculo afetivo e o 
aleitamento materno. 
A enfermagem exerceu papel fundamental no início da Neonatologia, Júlio Hess 
(autoridade americana em prematuridade) trouxe em um de seus artigos a informação que os 
melhores resultados obtidos nos cuidados aos recém-nascidos prematuros eram alcançados 
quando enfermeiros bem treinados estavam à frente do serviço como supervisores. Crescendo 
desta forma o incentivo para a especialização da enfermagem para o cuidado com recém-
nascidos prematuros. 
 
 
6 
 
Adaptação do Neonato 
Imediatamente após o nascimento, o neonato precisa assumir as funções vitais 
realizadas pela placenta, período denominado de período de transição que engloba as primeiras 
24 horas. 
O processo de transição da vida intra para a vida extrauterina é muito complexo, pois 
envolve alterações anatômicas e funcionais que, se não forem devidamente compreendidas, 
avaliadas e acompanhadas poderão aumentar o risco de morbidade neonatal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
2 CARACTERÍSTICAS FISIOLÓGICAS DO RECÉM-NATO 
 
2.1 Sistema cardiovascular 
 
A conversão da circulação fetal para neonatal ocorre quando há o clampeamento do 
cordão umbilical e o neonato tem sua primeira respiração. O volume sanguíneo do RN a termo 
varia de 80 a 90 ml/Kg de peso corporal, em contraste com o volume do RN prematuro, que varia 
de 90 a 105ml/Kg. 
FIGURA 1 - SISTEMA CARDIOVASCULAR DO RN 
 
FONTE: OLIVEIRA, 2005. 
 
O clampeamento tardio do cordão umbilical aumenta o volume de sangue, causando 
aumento de frequência respiratória, cardíaca e da pressão arterial, isso pode levar a crepitações 
e cianose. 
 
 
8 
A frequência cardíaca cai de 160 bpm, verificada aos 5 –10 minutos de vida, para 130 
bpm aos 60 minutos de vida. 
A pressão arterial encontra-se discretamente baixa nas primeiras horas de vida e pode 
elevar-se de acordo com o tipo de parto, grau de transfusão placentária, temperatura corpórea, 
atividade, postura, estado de alerta e sucção. 
 
2.2 Sistema Respiratório 
 
Durante a gestação, características respiratórias bioquímicas se desenvolvem 
progressivamente, preparando o feto para as alterações respiratórias abrutas trazidas pelo 
nascimento. Entre as 24 e 30 semanas de gestação, os pneumócitos do tipo II começam a 
secretar surfactante. O surfactante é um fosfolipídio, que diminui a tensão superficial e evita o 
colapso alveolar ao final da expiração, essa redução facilita as trocas gasosas e diminui o 
trabalho respiratório. 
Com as primeiras respirações desencadeia-se uma série de eventos simultâneos: a 
conversão da circulação fetal para o tipo adulto, esvaziamento do líquido pulmonar, 
estabelecimento do volume pulmonar e das características da circulação pulmonar. Os 
movimentos respiratórios passam de um padrão intermitente (fetal) para um processo contínuo. 
A frequência respiratória nos primeiros dez minutos de vida pode variar de 25 a 105 
movimentos respiratórios por minuto, com média de 60 movimentos respiratórios por minuto, 
permanecendo assim nas primeiras 6 horas de vida, caindo gradativamente para 40 movimentos 
respiratórios por minuto depois do primeiro dia de vida. Nos primeiros três dias de vida podem 
ocorrer algumas pausas respiratórias que não devem ultrapassar 18 segundos. 
 
2.3 Sistema Hematopoiético 
 
Tal como os outros sistemas corporais, o sistema hematopoiético não está totalmente 
desenvolvido após o nascimento e as características hematológicas que garantiram a 
 
 
9 
oxigenação tissular adequada intraútero precisam ser substituídas por alguns elementos mais 
maduros após o nascimento. 
A principal determinante do volume sanguíneo nos primeiros dias de vida é a 
transfusão placentária, que depende das contrações uterinas, da posição do recém-nascido em 
relação à placenta e do momento do clampeamento umbilical. 
Um importante aspecto da adaptação hematológica diz respeito aos fatores de 
coagulação. O recém-nascido possui uma deficiência de vitamina K e dos fatores vitamina – K 
dependentes (II, VII, IX,X), e se tal deficiência não for corrigida logo após o nascimento com a 
administração de tal vitamina pode levar ao aparecimento da Doença Hemorrágica do Recém–
nascido. 
HEMÁCEAS: 
A eritropoiese (produção de eritrócitos, ou hemácias) é estimulada pelo hormônio renal 
eritropoietina, no feto a baixa saturação de oxigênio causa aumento da liberação de 
eritropoietina, garantindo a oxigenação tissular adequada e a produção de hemácias. A 
saturação aumentada que segue o início da respiração, inibe a liberação de eritropoietina 
reduzindo a produção de hemácias. As hemácias fetais têm uma vida útil de cerca de 90 dias, 
comparadas com 120 dias em hemácias normais do adulto isso geralmente pode causar uma 
anemia fisiológica. 
Hemoglobinas: a hemoglobina é o componentetransportador do oxigênio no sangue 
e é produzida pelas hemácias em desenvolvimento, a hemoglobina fetal possui maior afinidade 
com o oxigênio do que a hemoglobina do adulto, esse mecanismo compensatório ajuda a 
garantir uma oxigenação adequada intraútero. O nível normal de hemoglobina para um neonato 
a termo é de 17,5g/dl com um hematócrito médio de 53,5%, já no recém-nascido prematuro com 
26 a 30 semanas o nível normal de hemoglobina é de 13,4g/dl e do hematócrito é de 41,5%. 
 
2.4 Sistema Hepático 
 
O sistema hepático no neonato é imaturo, a bilirrubina é pigmento biliar amarelo e 
subproduto da degradação das hemácias. À medida que envelhecem, as hemácias tornam-se 
 
 
10 
frágeis e eventualmente são eliminadas da circulação pelo sistema fagocitário mononuclear que 
removem as porções de ferro e proteínas e as reciclam para uso posterior. Após deixar o 
sistema fagocitário mononuclear, a bilirrubina se liga à albumina plasmática e é chamada de 
bilirrubina indireta (não conjugada). 
A bilirrubina indireta precisa ser conjugada (convertida em bilirrubina direta) para ser 
excretada, a conjugação ocorre no fígado quando a bilirrubina se junta ao ácido glicurônico. Com 
a assistência da enzima glicuronil transferase o resultado é uma bilirrubina hidrossolúvel. O 
urobilinogênio e o estercobilinogênio são compostos bilirrubínicos que resultam da degradação e 
podem ser excretados na urina e nas fezes. 
Se a bilirrubina não conjugada (indireta) se acumular mais rapidamente do que o 
fígado pode eliminar, o recém-nascido pode desenvolver uma coloração amarela conhecida 
como icterícia. Alguns fatores podem aumentar o risco de hiperbilirrubinemia no recém-nascido 
como: asfixia e estresse por frio e hipoglicemia. 
Tipos de icterícia: 
 Icterícia fisiológica: manifesta-se 48 a 72 horas pós o nascimento e o 
nível sérico de bilirrubina atingem o pico de 4 a 12mg/dl, as causas são: circulação 
hepática diminuída, carga de bilirrubina aumentada, captação hepática de bilirrubina 
plasmática reduzida, conjugação da bilirrubina diminuída e excreção de bilirrubina 
diminuída. 
 Icterícia patológica: manifesta nas primeiras 24 horas após nascimento e 
o nível de bilirrubina sérica se eleva acima de 13mg/dl, e as causas são: 
incompatibilidade sanguínea ABO ou RH, anormalidades hepáticas, biliares, metabólicas 
ou infecção. 
 Encefalopatia bilirrubínica: (Kernicterus ou icterícia nuclear) níveis de bilirrubina 
sérica (medida no sangue) não conjugada (indireta) de aproximadamente 20mg/dl ou mais 
podem levar a encefalopatia por bilirrubina, uma condição potencialmente fatal caracterizada por 
depósitos de bilirrubina nos gânglios basais do cérebro. A condição de hiperbilirrubinemia pode 
ser tratada com fototerapia ou nos casos mais graves exsanguineotransfusões. 
Metabolismo 
A asfixia relativa do trabalho de parto, o choque térmico do nascimento e a 
necessidade de fontes de energia independentes, bem como de oxigênio, levam aos principais 
 
 
11 
distúrbios metabólicos do nascimento: hipóxia, hipoglicemia e hipotermia. O feto depende 
integralmente de sua mãe para o fornecimento de glicose para o metabolismo energético e para 
síntese metabólica. Com o nascimento há uma brusca interrupção do fornecimento de glicose, 
fazendo com que durante as primeiras horas de vida o recém-nascido atinja os menores níveis 
de glicemia. 
 
2.5 Sistema Renal 
 
O Rim desempenha um importante papel na transição da vida fetal para a vida pós-
natal, uma vez que o fluxo sanguíneo renal corresponde a cerca de 6% do débito cardíaco. Ao 
fim da primeira semana de vida e a 15% ao final do primeiro mês de vida. A urina é formada pelo 
feto a partir da décima semana de gestação, contribuindo para a formação do líquido amniótico. 
Em média 12% dos recém-nascidos eliminam sua primeira urina na sala de parto e com 24 horas 
de vida 97% já tiveram sua primeira eliminação. Nos dias subsequentes ao nascimento ocorre 
um aumento do débito urinário com perda de 5 a 10% do peso corpóreo, ocasionado pela perda 
de líquido, a função renal estabiliza-se em poucos dias, mas somente durante o primeiro ano de 
vida é que o rim da criança iguala-se ao do adulto. 
 
2.6 Sistema Digestório 
 
Embora o feto possa deglutir o líquido amniótico, a coordenação entre sucção e 
deglutição ocorre em torno da 34ª - 35ª semanas de idade gestacional, de modo que o recém-
nascido a termo consegue sugar e deglutir o leite adequadamente para suprir suas necessidades 
nutricionais. 
A capacidade gástrica é de 40 a 60 ml no primeiro dia após o nascimento, assim as 
alimentações são mais frequentes e o tempo de esvaziamento gástrico leva em média 2 a 4 
horas variando conforme o tipo de alimentação, a idade do neonato e a peristalse. 
Muitos recém-nascidos regurgitam pequenas quantidades (1 a 2 ml) de matéria 
ingerida por uma frouxidão do esfíncter esofagiano (um anel muscular que contrai o esôfago), 
 
 
12 
porém esse refluxo gastresofágico é transitório e resolve-se com a idade. A regurgitação 
persistente, forçada ou de grandes volumes é anormal e indica necessidade de investigação. 
Comparado com o intestino de um adulto, o intestino do recém-nascido é mais longo, 
possui mais glândulas secretórias e maior superfície de absorção. A capacidade do recém-
nascido de digerir nutrientes depende da atividade enzimática e da acidez gástrica, sendo que a 
digestão do leite começa no estômago e continua no intestino delgado. 
A síntese da vitamina K por meio da atividade bacteriana é outra função gastrintestinal 
importante embora de início seja estéril. O trato gastrintestinal estabelece uma colônia 
bacteriana normal dentro da primeira semana após o nascimento, permitindo uma síntese 
adequada da vitamina K. 
A alimentação deve ser iniciada logo que o recém-nascido esteja fisicamente estável e 
exiba coordenação adequada dos reflexos de sucção e deglutição. Uma longa demora para 
iniciar a alimentação pode esgotar as reservas limitadas de glicogênio do neonato, já bastante 
exigidas pelo aumento da demanda energética do período de transição, isso pode resultar em 
hipoglicemia (refletida por um nível de glicose sérica abaixo de 35mg/dl), colocando em risco o 
cérebro altamente dependente de glicose. 
Inicialmente o intestino do recém-nascido contém mecônio, uma substância fecal 
espessa, verde-escura e inodora que consiste em líquido amniótico, bile, células epiteliais e 
cabelo (da queda de lanugem no útero os pelos finos e macios que recobrem os ombros e as 
costas do recém-nascido). Geralmente, o recém-nascido elimina o primeiro mecônio dentro de 
24 horas após o nascimento. 
Depois da presença de alimento no intestino, a cor, o odor e a consistência das fezes 
se alteram, para marrom-esverdeado e o teor de água é maior do que no mecônio. O tipo de 
alimentação determina as características das fezes subsequentes, o neonato alimentado com 
fórmulas lácteas, às fezes são pastosas, amareladas e de odor forte já o neonato alimentado 
com leite materno às fezes são amarelo-vivo, mais liquefeitas e de odor adocicado. 
 
 
 
 
 
13 
2.7 Sistema Imunológico 
 
É deficiente ao nascer, com o parto vem à exposição a substâncias como bactérias e 
vírus que não estão presentes comumente no útero. Tal exposição ativa componentes da 
resposta imunológica, geralmente o primeiro ano é o período de maior vulnerabilidade às 
infecções graves. Às vezes as barreiras de proteção (pele e membranas mucosas) não impedem 
a invasão antigênica e o sistema imunológico inicia sua resposta humoral ou celular. 
Imunidade humoral é mediada por anticorpos humorais, também chamadas de 
imunoglobulinas que são proteínas sintetizadas pelas células B, as imunoglobulinas específicas 
reagem com o antígeno ativando o sistema complemento e uma série de reações químicas que 
remove o antígeno do corpo. A imunidade humoral é mais importante contra reinfecçõesbacterianas e virais. 
Imoglobulina G (IgG) é a imunoglobulina mais abundante e é sintetizada em resposta 
as bactérias, vírus e fungos. A IgG materna, transferida para o feto por meio da placenta, confere 
imunidade passiva adquirida (uma imunidade de curta duração na qual não há produção de 
anticorpos), já a IgG fetal apareça em torno da 12º semana de gestação e os níveis crescem 
significativamente no último trimestre. A IgG é ativa contra cocos Gram-positivos (pneumococos 
e estreptococos). 
O recém-nascido tem proteção contra a maioria das doenças infantis desde que a mãe 
tenha anticorpos contra essas doenças, como a IgG não age contra bacilos Gram-negativos 
(Escherichia coli e Enterobacter), o neonato é mais suscetível a infecções por esses agentes. E 
em torno de três meses, a IgG da mãe se esgota. Imunoglobulina IgM) é a primeira 
imunoglobulina produzida pela estimulação antigênica, a IgM é o principal anticorpo na 
incompatibilidade do tipo sanguíneo e em infecções por bactérias Gram-negativas. A IgM 
materna não atravessa a placenta e em torno da 20ª semana de gestação o feto produz IgM em 
resposta à exposição ao antígeno ela também provê uma imunidade ativa ou seja uma 
imunidade permanente resultante da estimulação antigênica por meio de inoculação ou da 
imunidade natural, níveis elevados de IgM no neonato podem indicar infecção perinatal. 
Imunoglobulina A (IgA) é o principal anticorpo do revestimento mucoso dos intestinos e 
brônquios, IgA aparece nas secreções corpóreas, não atravessa a placenta e comumente está 
ausente no recém-nascido. Combinada com uma proteína mucosa, a IgA é secretada sobre as 
 
 
14 
superfícies mucosas como um anticorpo secretório, além do que está presente no leite materno 
conferindo uma imunidade passiva ao lactente. A IgA secretória também limita o crescimento 
bacteriano no trato gastrointestinal. 
Imunidade celular indireta é mais aparente nas inflamações e é realizada pelas células 
T, essas reconhecem o antígeno, mobilizam os macrófagos tissulares e na presença de fator de 
inibição migratória desencadeia reações químicas que converte os macrófagos em fagócitos que 
irão destruir os antígenos. A imunidade celular indireta também é adquirida passivamente ao 
neonato pelo aleitamento materno. 
As infecções congênitas são aquelas adquiridas ainda no útero e resultam da 
exposição a vírus como citomegalovírus, rubéola, hepatite B, herpes simples, herpes-zoester, 
varicela e Epstein-Barr ou agentes nas virais como: toxoplasmose, sífilis, tuberculose, 
tripanossomíase e malária, coletivamente esses agentes são denominados de TORCH. As 
infecções por TORCH podem causar uma ampla faixa de sequelas, desde aborto espontâneo e 
morte fetal até infecções explícitas ou assintomáticas ao nascer. O feto pode ser infectado por 
organismo que chegam à bolsa amniótica por meio da cérvice materna ou pela placenta. Um 
neonato infectado pode estar gravemente enfermo ao nascer. 
 
2.8 Sistema Neurológico 
 
Embora não totalmente desenvolvido, o sistema neurológico do recém-nascido pode 
realizar funções complexas necessárias para regular a adaptação do neonato como: estimular as 
respirações iniciais, manter o equilíbrio acidobásico e regular a temperatura corporal. A função 
neurológica do recém-nascido é controlada principalmente pelo tronco cerebral e pela medula 
espinhal, o sistema autônomo e o tronco cerebral coordenam as funções respiratórias e 
cardíacas. Todos os nervos cranianos estão presentes ao nascimento; contudo, os nervos não 
são totalmente recobertos com mielina, substância essencial para uma transmissão suave do 
impulso nervoso. O neonato tem um córtex cerebral funcionante, embora o grau que ele é usado 
permaneça desconhecido. Ao nascer, o cérebro mede cerca de ¼ do tamanho do cérebro adulto, 
o cérebro cresce e amadurece na direção cefalocaudal. O cérebro necessita de um suprimento 
constante de glicose como fonte de energia e de um nível relativamente alto de oxigênio para 
manter um metabolismo celular adequado. Por esse motivo, o estado de oxigenação do neonato 
 
 
15 
e os níveis de glicose sérica devem ser avaliados e monitorados cuidadosamente, a fim de se 
detectarem o comprometimento das trocas gasosas e sinais de hipoglicemia. No 
desenvolvimento do trato nervoso as vias nervosas sensorial, cerebelar e extrapiramidal são as 
primeiras a se desenvolverem, isto responde pelo forte senso de audição, paladar e olfato do 
neonato. O cerebelo governa os movimentos voluntários e ajuda a manter o equilíbrio, o trato 
extrapiramidal controla os movimentos reflexos grosseiros e o ajuste postural pela regulação da 
flexão e extensão recíproca de grupos musculares, desse modo mantendo um movimento 
coordenado suave. Os reflexos neonatais classificados como alimentares, protetores, posturais e 
sociais incluem reflexos primitivos como a sucção e o reflexo de procura (que leva o recém-
nascido a se virar em direção ao mamilo e procurá-lo). Cruciais para a sobrevivência, esses 
reflexos servem de base ao exame neurológico do recém-nascido, a persistência de reflexos 
neonatais, além da idade em que eles comumente desaparecem pode indicar anormalidades 
neurológicas. 
Adaptação Térmica: A manutenção da temperatura corporal é essencial para uma 
adaptação extrauterina bem-sucedida; ela é regulada por interações complexas entre a 
temperatura ambiental e a perda e produção de calor corporal. A compreensão e o uso 
adequado da termorregulação foram um dos primeiros avanços da neonatologia, prevenindo e 
diminuindo a morbidade e a mortalidade neonatal. O neonato tem uma capacidade 
termorreguladora limitada, obtida por mecanismos de aquecimento e esfriamento corporal, 
quando o recém-nascido não pode mais manter a temperatura corporal ocorre o resfriamento ou 
superaquecimento e a exaustão do mecanismo de termorregulação leva à morte. 
A prevenção da hipotermia está entre os objetivos mais importantes nos cuidados de 
enfermagem neonatal, tal como apresenta a figura, a hipotermia não tratada pode ter sérias 
consequências culminando em morte. 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
 
FIGURA 2 - HIPORTEMIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: OLIVEIRA, 2005. 
 
O ambiente térmico neutro (ATN) engloba uma estreita faixa de temperaturas 
ambientais, o ambiente térmico neutro requer a menor quantidade de energia para manter uma 
temperatura central estável para um recém-nascido a termo, despido no primeiro dia após o 
nascimento, o ambiente térmico neutro varia de 32 a 34ºC. Dentro dessa faixa de temperatura, o 
consumo de oxigênio e a produção de dióxido de carbono são menores e a temperatura central é 
normal. Para manter a temperatura dentro do ambiente térmico neutro, o recém-nascido faz 
ajustes vasomotores, vasoconstrição para conservar o calor e vasodilatação para liberar calor. 
Temperaturas ambientais acima ou abaixo do ambiente térmico neutro aumentam o consumo de 
oxigênio e a taxa de metabolismo. Algumas características colocam o recém-nascido em 
desvantagem fisiológica para a termorregulação, aumentando o risco de hipotermia: 
 Uma grande superfície corporal em relação à massa; 
 
 
17 
 Deposição limitada de gordura subcutânea para prover isolamento; 
 Instabilidade vasomotora; 
 Capacidade metabólica limitada. 
A perda de calor, que começa no parto, pode ocorrer por quatro mecanismos – 
evaporação, condução, radiação e convecção. 
Evaporação: a perda de calor por evaporação ocorre quando fluidos (água insensível, 
perspiração visíveis e fluidos pulmonares) tornam-se vapor no ar seco. Quanto mais seco o 
ambiente, maior a perda de calor por evaporação a perda acentuada de calor por evaporação 
que ocorre com o parto pode ser minimizada secando-se imediatamente o recém-nascido e 
removendo-se os campos molhados. 
Condução: esta forma de perda de calor ocorre quando a pele entraem contato direto 
com um objeto mais frio, por exemplo, uma bancada ou balanças frias, portanto qualquer 
superfície sobre a qual o recém-nascido será colocado deve ser forrada. 
Radiação: uma superfície sólida mais fria sem contato direto com o neonato pode 
causar perda de calor através de radiação. Fontes comuns de perda de calor radiante incluem as 
paredes e janelas da incubadora, ocorrendo mesmo a temperaturas quentes, a perda de calor 
radiante pode ser minimizada pelo uso de uma cobertura de calor termoplástica. 
Convecção: a perda de calor da superfície corporal para o ar circunjacente mais frio 
ocorre pela convecção, ela é maior em ambientes resfriados assim a sala de parto resfriada para 
o conforto da equipe de saúde pode causar perda significativa de calor convectivo no recém-
nascido. 
Em um ambiente frio ou em outras circunstâncias estressantes o recém-nascido se 
defende contra a perda de calor por meio de controle vasomotor, do isolamento térmico, da 
atividade muscular e da termogênese sem tremor de frio. O estímulo nervoso periférico ativa o 
controle vasomotor e os processos metabólicos para regular o controle térmico. O recém-nascido 
conserva o calor por meio de vasoconstrição periférica e dissipa calor pela vasodilatação 
periférica. O isolamento térmico fornecido pela gordura subcutânea (branca), o isolamento 
térmico protege contra a perda rápida de calor. A quantidade de gordura subcutânea determina o 
grau de isolamento térmico (a gordura subcutânea é responsável por 11 a 17% do peso recém-
 
 
18 
nascido a termo), e ela não se desenvolve até a 26ª à 30ª semana gestacional, comprometendo 
assim a capacidade do neonato prematuro de manter ou estabilizar a temperatura. A atividade 
muscular aumenta a produção de calor inicialmente, o recém-nascido reage ao ambiente frio 
com um aumento dos movimentos (frequentemente percebidos como irritabilidade). 
A termogênese não espasmogênica é definida como a produção de calor pela lipólise 
da gordura marrom, trata-se do mecanismo de produção de calor mais eficaz do recém-nascido 
porque aumenta minimamente a taxa metabólica. Um tipo de tecido adiposo, a gordura marrom 
responde por até 1,5% do peso total do recém-nascido a termo, assim chamada devido sua cor 
marrom. Como resultado do seu rico suprimento vascular, do conteúdo vascular denso e das 
inúmeras terminações nervosas, a gordura marrom é depositada em torno do pescoço, da 
cabeça, do coração, dos grandes vasos, dos rins, das glândulas suprarrenais, entre as 
escápulas, atrás do esterno e nas axilas. 
O cérebro, o fígado e os músculos esqueléticos tomam parte na termogênese não 
espasmogênica em resposta à perda de calor, os nervos simpáticos estimulam a liberação de 
norepinefrina, o principal mediador da termogênese levando a um aumento da produção de 
calor. A produção de calor pela oxidação da gordura marrom é distribuída no corpo pelo sangue, 
que absorve o calor ao passar pelo tecido gorduroso. 
 
2.9 Sistema tegumentar 
 
O recém-nascido saudável é úmido e quente ao toque, lanugem, um cabelo fino e 
felpudo pode existir sobre as costas e os ombros, a pele do recém-nascido serve também como 
a primeira linha de defesa contra infecções e a camada mais externa. O estrato córneo é fundido 
com o verniz caseoso (substância gordurosa branca produzida pelas glândulas sebáceas e que 
protege a pele fetal do fluido amniótico), que devido as suas propriedades protetoras não deve 
ser retirado. A pele do recém-nascido a termo pode parecer eritematosa (avermelhada) por 
várias horas após o nascimento, mas logo assume a sua cor normal, em muitos neonatos a 
instabilidade vasomotora, a estase capilar e os níveis elevados de hemoglobina levam à 
acrocianose, caracterizada pela coloração azulada das mãos e dos pés. A cor da pele e a 
circulação em geral melhoram com o aquecimento das mãos e dos pés (acrocianose é uma 
 
 
19 
condição comum e não deve ser confundida com cianose central, que reflete troca gasosa 
comprometida). Ao contrário a pele do recém-nascido prematuro é frágil, transparente, com veias 
visíveis e sem lanugem e o verniz caseoso também está ausente. 
 
2.10 Sistema Musculoesquelético 
 
A ossificação (desenvolvimento ósseo) é incompleta ao nascer. O crânio é composto 
por seis ossos finos e desunidos. Separando os ossos estão às suturas que são articulações 
fibrosas. As fontanelas são áreas de tecidos moles cobertos com membranas rígidas que 
separam as suturas e geralmente o parto normal causa uma sobreposição das suturas, uma 
condição que se resolve espontaneamente. Os músculos são anatomicamente completos no 
nascimento a termo, com a idade a massa, a força e o tamanho muscular aumentam e isto é 
crucial para o desenvolvimento do controle postural e da mobilidade. 
 
2.11 Sistema reprodutor 
 
O sistema reprodutor é anatomicamente e funcionalmente imaturo ao nascer, porém 
devido aos elevados níveis de estrogênio materno podem causar efeitos adversos transitórios e 
sem importância clínica como: hipertrofia mamária com ou sem leite da bruxa (uma secreção 
aquosa, fina, semelhante ao colostro) pode aparecer tanto no recém-nascido do sexo feminino e 
do masculino. Já as meninas podem ter pseudomenstruação uma secreção vaginal mucoide ou 
manchada de sangue, causada pela queda brusca de hormônio após o nascimento, tais 
situações se resolvem espontaneamente. 
 
 
 
 
 
 
20 
3 INTERAÇÕES ENTRE O NEONATO E O AMBIENTE 
 
O recém-nascido a termo não só percebe o ambiente como também tenta controlá-lo 
pelo comportamento. Capaz de ver, ouvir e distinguir entre gostos e cheiros, o recém-nascido 
responde ao toque e aos movimentos se defende de estímulos e dá sinais que quando 
interpretados por um cuidador atento, podem satisfazer às suas necessidades. 
Visão 
Embora o recém-nascido possa ver, a acuidade visual é limitada a uma distância de 
aproximadamente 23 a 30,5 cm. O neonato tem uma preferência por formas geométricas como 
quadrados, retângulos ou círculos. Imagens em preto e branco prendem o olhar do neonato por 
mais tempo do que as imagens coloridas, o controle muscular incompleto dos movimentos 
oculares, às vezes, causa estrabismo transitório. O recém-nascido parece achar a face humana 
curiosa, e normalmente fixa o olhar intencionalmente em uma face próxima, como durante a 
amamentação e o acariciamento, tal comportamento reforça intensamente a ligação entre pais e 
filho. A acuidade visual melhora rapidamente e em torno dos seis meses o bebê alcança a 
acuidade visual do nível do adulto, no neonato exposto a vários objetos agradáveis em uma 
gama de cores, formas e contrastes, a acuidade visual pode melhorar até mais rapidamente. A 
colocação de brinquedos, móbiles e figuras no berço, dentro do seu campo de visão, pode ajudar 
a estimular o desenvolvimento visual. 
O recém-nascido é sensível à luz e reage fazendo caretas ou franze as sobrancelhas e 
vira a cabeça para longe do brilho da luz dirigida aos seus olhos e abre os olhos prontamente em 
um quarto na penumbra. Assim, reduzindo a luz, os pais podem melhorar o contato visual com o 
recém-nascido, facilitando a interação. 
Audição 
O recém-nascido pode ouvir ao nascer, de fato a audição começa até mais cedo, o feto 
pode ouvir sons extrauterinos (por exemplos, vozes ou música), bem como ruídos que se 
originam nos sistemas corporais maternos, inclusive sons variáveis de baixa frequência do 
sistema cardiovascular materno e do sistema digestório. A audição é bem estabelecida após a 
aeração das trompas de Eustáquio e drenagem de sangue, verniz caseoso, fluido amniótico e 
muco do ouvido externo. Logo após o nascimento, o recém-nascido se vira em direção a sons e 
 
 
21 
se assusta com ruídos altos como: campainha do telefone, a queda de objetos e o bater de uma 
porta. Capaz de distinguir sons com base na frequência, na intensidade e no padrão, o recém-
nascido respondemais rapidamente a sons abaixo de 4.000Hz. (A fala humana em geral está 
entre 500 e 900 Hz). O neonato responde de maneira variada a diferentes tons de vozes. A 
maioria das mulheres tem voz de maior frequência quando fala com um bebê, uma voz de alta 
frequência atrai a atenção do recém-nascido, que se vira em direção ao som com maior 
agilidade em contraste, a voz masculina de baixa frequência parece ter um efeito mais calmante. 
Toque 
O recém-nascido tem uma percepção tátil bem desenvolvida, que serve como um 
estímulo para a primeira respiração às áreas corporais mais sensíveis inclui: a face 
(especialmente em torno da boca), as mãos e as plantas dos pés. As vias da dor e os centros 
corticais e subcorticais cruciais à percepção da dor são bem desenvolvidos e os sistemas 
neuroquímicos à transmissão da dor estão intactos e funcionais. As alterações fisiológicas 
associadas à dor no neonato incluem aumento da pressão arterial e frequência cardíaca durante 
e após os procedimentos dolorosos. 
Durante os procedimentos dolorosos o nível de PaCO2 do neonato flutua amplamente 
e a sudorese palmar aumenta, pesquisadores também documentam acentuadas alterações 
hormonais, incluindo aumento dos níveis de renina plasmática logo após punção venosa e níveis 
de cortisol plasmático. Estímulos dolorosos produzem respostas motoras simples (flexão e 
adução das extremidades), expressões faciais distintas (dor, tristeza e surpresa) e choro 
característico. Alguns estudos preliminares sugerem que os recém-nascidos têm memória para a 
dor, bem como para a percepção da dor. O estímulo cutâneo agradável por outro lado, induz o 
relaxamento muscular e é outro fator importante na ligação entre pais e filhos à medida que a 
mãe se familiariza com o neonato. Tocando-lhe levemente a face às extremidades e o tronco, o 
tônus muscular, os movimentos do neonato diminuem e o choro para ou reduz de intensidade 
reforçando o elo materno. 
O manuseio do recém-nascido proporciona estimulação sensorial a partir de 
movimentos e do toque, produzindo vigilância e respostas de atenção e de orientação, que por 
sua vez influenciam o desenvolvimento neonatal e a interação entre pais e o recém-nascido; 
contudo o recém-nascido pode ficar cansado se for muito manuseado. Com o bebê prematuro o 
contato pele a pele proporciona uma oportunidade para o toque, as pesquisas têm mostrado que 
 
 
22 
o uso do toque resulta em estabilidade dos sinais vitais, padrões de crescimento positivo e 
termorregulação. 
Paladar 
O neonato distingue os sabores em torno do 1º ou 2º dia após o nascimento em 
resposta a uma solução insalubre (como água esterilizada), a expressão facial do recém-nascido 
permanece inalterada, uma solução doce, por ouro lado, produz uma sucção satisfeita, uma 
solução azeda induz uma careta e a cessação da sucção já uma solução amarga provoca uma 
expressão facial zangada, cessação da sucção e em muitos casos o distanciamento da cabeça. 
Olfato 
Embora tenham sido feitas poucas pesquisas a respeito da olfação neonatal, sabe-se 
que o neonato reage a odores fortes ou nocivos, afastando a cabeça do odor e a sensibilidade 
aos estímulos olfatórios aumenta nos primeiros quatro dias após o nascimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
4 PADRÕES CARACTERÍSTICOS DE SONO E ATIVIDADE 
 
Durante o período transicional, o recém-nascido experimenta uma série de alterações 
que englobam o estado de consciência, a resposta comportamental aos estímulos e parâmetros 
fisiológicos, além disso, vários estados neonatais de sono e vigília também foram identificados. 
Períodos de Reatividade Neonatal 
As primeiras horas do neonato são marcadas por uma série de características 
comportamentais e fisiológicas identificáveis e previsíveis, descritas coletivamente como 
períodos de reatividade neonatal, todos os recém-nascidos experimentam a mesma sequência 
de períodos, contudo o início de cada período e o tempo de duração varia de um recém-nascido 
para outro. Medicações maternas, anestesia, duração do trabalho de parto e qualquer estresse 
que afetam o recém-nascido podem influenciar a duração de um dado período. 
Primeiro Período de Reatividade 
Começando logo após o nascimento, esse período dura grosso modo 60 minutos, 
nessa fase de intensa atividade e consciência de estímulos externos, o neonato está alerta e 
atento ao ambiente e pode exibir atividade vigorosa, choro e frequência cardíaca e respiratória 
rápidas. O recém-nascido tem um forte desejo de sugar nesse período, de modo que a 
amamentação pode ser iniciada e aos poucos o recém-nascido torna-se menos alerta e menos 
ativo e dorme. 
As adaptações neonatais durante esse período inicial são reguladas, sobretudo pelo 
sistema simpático, respirações irregulares, taquipneia e abertura nasal sem relação com 
estresse podem ocorrer. Outras características visíveis nesse período incluem sustos 
espontâneos, o reflexo de Moro (no qual o neonato se estende e move os membros para longe 
do corpo quando a cabeça cai subitamente para trás). Caretas, movimentos de sucção, choro 
súbito que cessa abruptamente, tremores finos do queixo ou das extremidades, piscar dos olhos 
e movimentos oculares. Nesse primeiro período de reatividade é o momento ideal para promover 
a interação entre os pais e o recém-nascido, a enfermeira pode melhorar o vínculo, permitindo 
que a mãe e o neonato permaneçam juntos nesse período (desde que o recém-nascido seja 
saudável). A temperatura precisa ser monitorada e mantida cuidadosamente durante esse 
período para prevenir o estresse por frio. 
 
 
24 
Estágio de Sono 
O recém-nascido geralmente dorme cerca de 2 a 3 horas após o nascimento e 
permanecem adormecidos de alguns minutos até 4 horas, alguns especialistas classificam o 
sono como um período de reatividade autocontido distinto, outros o consideram uma fase 
transicional ligando o primeiro e o segundo período. Enquanto adormecido, a frequência 
respiratória do recém-nascido aumenta, enquanto a frequência cardíaca varia de 120 a 140 
batimentos por minuto, a cor da pele melhora embora persista alguma acrocianose. Como o 
recém-nascido tem pouca resposta a estímulos externos durante o período de sono, tentativas 
de amamentá-lo não irão produzir respostas. 
Segundo Período de Reatividade 
Iniciado com o despertar do recém-nascido caracteriza-se por uma resposta exagerada 
a estímulos externos e internos, a frequência cardíaca é lábil e ocorrem episódios de bradicardia 
e taquicardia. A pele do recém-nascido em geral parece rosada ou avermelhada, secreções orais 
espessas costumam causar engasgos e vômitos, a frequência respiratória varia de 30 a 60 
respirações por minuto, sendo irregular e pode incluir breves pausas, apneias e taquipneia 
periódica. O recém-nascido em geral expele mecônio do trato gastrintestinal nesse período, o 
segundo período pode durar 4 a 6 horas quando ele termina o recém-nascido torna-se mais 
estável e as frequências cardíacas e respiratórias se normalizam. E um equilíbrio dinâmico 
emerge com o recém-nascido alternando entre atividade alerta e o sono, estabelecendo um 
padrão de sono, choro, atividade e alimentação. 
Estados de Sono e Vigília do Recém-Nascido 
Brazelton (1979) classificou o estado de consciência do recém-nascido em seis 
estados: dois estados de sono e quatro de vigília, a capacidade que o neonato tem de regular o 
estado de consciência reflete a integridade do sistema nervoso central. O estado de consciência 
pode ser afetado por medicações, pela fome, pelos ciclos diurnos, por estresse (como ruído, dor, 
luz forte), e qualquer outro desconforto físico. Comumente o recém-nascido em um estado de 
sono responde a estímulos com atividade aumentada, enquanto um recém-nascido no estado de 
choro responde com atividade diminuída. De acordo com Brazelton, quando confrontado com 
interferências externas como uma picada no calcanhar ou outro estímulodoloroso, o recém-
nascido, tenta controlar o estado de consciência utilizando as seguintes maneiras: 
 
 
25 
 Tentando retirá-lo fisicamente; 
 Tentando afastar o estímulo com as mãos ou com os pés; 
 Tentando retirar-se emocionalmente (por exemplo, desviando-se do estímulo ou 
dormindo); 
 Chorando ou fazendo ruídos, em um esforço de interromper o estímulo. 
Usando essa informação a enfermeira pode avaliar mais habilidosamente o neonato, 
planejar os cuidados neonatais e ajudar a promover a interação entre pais e recém-nascido. 
Sono Profundo 
No estado de sono profundo, os olhos do recém-nascido ficam fechados e não 
aparecem movimentos oculares rápidos (REMs), exceto por reflexos de susto ocasionais não 
ocorre qualquer atividade espontânea. As respirações são iguais e regulares, o recém-nascido 
em sono profundo em geral não pode ser acordado por estímulos externos nem ser 
amamentado, qualquer tentativa da mãe de alimentar o recém-nascido será frustrada. 
Sono Leve 
Durante o período de sono leve os olhos do neonato estão fechados e ocorrem REMs, 
padrões respiratórios variáveis movimentos aleatórios e movimentos de sucção caracterizam o 
sono leve e estímulos externos podem acordar o recém-nascido nesse estado. 
Estado de Sonolência 
No estado de sonolência transicional, o recém-nascido tenta se tornar completamente 
alerta, os olhos podem estar abertos ou fechados e as pálpebras podem agitar-se 
frequentemente. Os movimentos musculares são suaves com atividades espontâneas e sustos 
intermitentes, os estímulos táteis ou auditivos podem estimular uma resposta, mas a resposta 
pode ser lenta até que o recém-nascido se aproxime do próximo estágio. 
Estado de Vigília 
No estado de vigília ou alerta os olhos estão abertos, brilhantes e o recém-nascido 
focaliza a fonte de estímulos consciente, é responsivo ao ambiente, faz movimentos propositais 
 
 
26 
e mostra uma boa coordenação dos olhos com as mãos. O recém-nascido tenta atingir e manter 
esse estado. É um ótimo momento para iniciar a amamentação. 
Estado Ativo 
Nesse estado os movimentos neonatais aumentam devido aos estímulos externos 
causando movimentos oculares e corporais. 
Estado de choro 
No estado de choro o neonato responde a estímulos internos e externos em geral 
começando com choramingos leves e mínima atividade motora aumentada, com movimentos de 
empurrar as extremidades e sustos espontâneos. As chances de alimentação ou interação bem-
sucedida podem aumentar se os pais ou a enfermeira puderem acalmar o recém-nascido com 
movimentos de embalo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
5 ANAMNESE E EXAME FÍSICO DO RECÉM-NASCIDO 
ANAMNESE 
A história pregressa materna, pré-natal e intraparto são informações importantes para 
uma avaliação adequada do recém-nascido, de modo que a equipe possa dessa forma antecipar 
mais precisamente problemas perinatais potenciais e tomar condutas mais adequadas obtendo 
assim, resultados mais satisfatórios. Tais tópicos são descritos no quadro abaixo: 
QUADRO 1 -ANAMNESE 
Identificação do RN  Nome da mãe, idade, procedência, grau de instrução, 
estado civil, residência, registro da mãe e do RN (quando 
estiver internado). 
Antecedentes familiares  Familiares: doenças geneticamente transmissíveis, 
infectocontagiosas e consanguinidade. 
 Mãe: condições de saúde da mãe (diabetes, doenças 
infecciosas, hipertensão arterial, nefropatias, cardiopatias, 
distúrbios metabólicos, glandulares, neurológicos e uso de 
drogas). 
 HISTÓRIA GESTACIONAL 
Antecedentes obstétricos  Número de gestações e abortos, números de nascidos 
vivos com peso menor de 2500g e natimortos, números de 
filhos mortos e tipo de parto. Anotar a época dos óbitos (na 
1º semana e depois da 1º semana). 
Gestação atual  Data da última menstruação, duração da gestação em 
semanas, início, término e número de consultas no pré-
natal, vacina antitetânica, grupo sanguíneo, fator Rh, 
sorologia para lues e HIV, fumo e número de cigarros por 
dia, ocorrências, durante a gestação (gravidez múltipla, 
hipertensão prévia, pré-eclâmpsia, eclâmpsia, cardiopatia, 
diabetes, infecção urinária. Outra infecção, parasitoses, 
ameaça de parto prematuro, hemorragias no 1º, 2º e no 3º 
trimestre, anemia crônica e outras). 
Trabalho de parto  Ocorrências - alterações de frequência cardíaca, 
aspecto do líquido amniótico, tempo de roturas de 
membranas, uso de medicação, tipo de parto (espontâneo; 
operatório e outros), apresentação (cefálica, pélvica, 
pelvipodalíca, córmica e face). 
 
 
28 
 Data e hora do nascimento, nível de atenção (primária, 
secundária e terciária), profissional que atendeu o parto e o 
RN. 
 SALA DE PARTO 
RN  Sexo, APGAR do 1º e 5º minutos, reanimação (oxigênio 
inalatório, máscara, VPP, intubação, uso de medicação), 
exame físico sumário, profilaxia da oftalmia gonocócica 
Cordão umbilical  Cordão umbilical: tempo de ligadura do cordão, nº de 
artérias e veia e presença de anomalias no cordão (nó, 
circular e hemangiomas). 
Líquido amniótico  Aspecto (claro, meconial, sanguinolento) odor e 
quantidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
6 MODELO DE ANAMNESE DE ENFERMAGEM 
 
IDENTIFICAÇÃO DO RN: 
NOME DA MÃE: 
IDADE: 
PROCEDÊNCIA: 
INSTRUÇÃO: 
ESTADO CIVIL: 
 
ANTECEDENTES FAMILIARES: 
( ) DOENÇAS GENETICAMENTE TRANSMISSÍVEIS ( ) INFECTOCONTAGIOSA 
( ) CONSANGUINIDADE 
 
CONDIÇÕES DE SAÚDE DA MÃE: 
( ) DIABETES ( ) NEFROPATIAS ( ) CARDIOPATIAS 
( ) HIPERTENSÃO ARTERIAL ( ) DISTÚRBIO METABÓLICO ( ) TABAGISTA 
( ) DISTÚRBIO GLANDULAR ( ) DISTÚRBIO NEUROLÓGICO ( ) ETILISTA 
( ) INFECÇÃO 
 
HISTÓRIA GESTACIONAL 
GESTA: ABORTOS: NATIMORTO: 
Nº DE FILHOS VIVOS: Nº DE FILHOS MORTOS: 
 
GESTAÇÃO ATUAL: 
DUM: I.G: Nº DE CONSULTAS DE PRÉ-NATAL: 
GRUPO SANGUÍNEO: ( ) AMEAÇA DE PARTO PREMATURO 
HEMORRAGIAS ( ) 1º TRIMESTRE 
 
 
30 
 ( ) 2º TRIMESTRE 
 ( ) 3° TRIMESTRE 
 
TRABALHO DE PARTO: 
ASPECTO DO LÍQUIDO AMNÍOTICO: ( ) CLARO ( ) C/GRUMOS 
 ( ) PURULENTO ( ) MECONIAL 
 ( ) SANGUINOLENTO 
 
TIPO DE APRESENTAÇÃO: ( ) CEFÁLICA ( ) PÉLVICA 
 ( ) PELVI-PODÁLICA ( )CÓRMICA 
 ( ) FACE 
 
TIPO DE PARTO: ( ) NORMAL ( ) CESÁREA 
 ( ) FORCÉPS ( ) CIRCULAR DE 
CORDÃO 
 
TEMPO DE ROTURAS DE MEMBRANAS: 
 
RECÉM-NATO: 
APGAR 1º MINUTO: SEXO: REANIMAÇÃO: 
 5º MINUTO: ( ) O2 INALATÓRIO ( ) MÁSCARA 
 ( ) VPP ( ) INTUBAÇÃO 
 ( ) USO DE MEDICAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
31 
7 EXAME FÍSICO DO RN 
 
Deve ser realizado após 2 – 6 horas do nascimento. 
Sinais vitais: 
Temperatura: geralmente é aferida a temperatura axilar e a faixa de normalidade está entre 
36,5ºC e 37,5ºC e considera-sehipotermia quando a temperatura está abaixo de 36,5ºC, 
podendo ser: 
 Leve: 36ºC a 36,4ºC. 
 Moderada: 32ºC a 35,9ºC. 
 Grave: abaixo de 32ºC. 
Frequência respiratória: depende do período de reatividade do recém-nascido, mas varia de 40 
a 80 respirações por minuto, uma frequência anormalmente elevada indica taquipneia e pode ser 
um sinal de problema perinatal já um lapso de 15 segundos ou mais, um ciclo respiratório 
completo (uma expiração e uma inspiração) indica apneia. Um padrão irregular como respiração 
forçada, expansão torácica assimétrica, batimento de asas do nariz, retração torácicas visíveis, 
gemidos expiratórios e estridor podem indicar disfunção respiratória. 
Frequência cardíaca: colocando o estetoscópio sobre o impulso apical do quarto ou quinto 
espaço intercostal na linha hemiclavicular esquerda, sobre o ápice cardíaco, será avaliado o 
ritmo, frequência (120 a 160 bpm) e sons anormais como sopro cardíaco. 
Pressão arterial: instalar o manguito diretamente sobre a artéria braquial ou poplítea para 
garantir uma leitura acurada se for aferido pelo biomonitor. A largura do manguito deve ser 
metade da circunferência no braço do recém-nascido, um manguito muito grande ou muito 
pequeno pode causar uma leitura enganosa. 
 
 
 
 
 
32 
Medidas Antropométricas: 
 
Peso: realize a pesagem antes e não após a alimentação, com o recém-nascido despido. Antes 
de pesar coloque uma ou duas folhas de papel descartável sobre a balança para prevenir 
estresse por frio, quando estiver realizando a pesagem mantenha uma das mãos diretamente 
acima do recém-nascido, contudo evite tocar o recém-nascido o que poderia afetar a exatidão da 
pesagem. O peso ao nascer de um recém-nascido a termo varia de 2.500 A 4.000G. 
FIGURA 3 -PESAGEM 
 
Fonte: OLIVEIRA, 2005. 
 
Material: 
 Papel toalha (2 folhas); 
 Balança; 
 Luva de procedimento (1 par). 
Procedimento: 
1. Lavar as mãos; 
2. Tarar a balança com o papel toalha; 
3. Calçar as luvas; 
 
 
33 
4. Colocar o RN sobre a balança (sem roupa); 
5. Aferir e anotar o peso em impresso próprio. 
Estatura: coloque o recém-nascido em posição de supina, com as pernas estendidas, e meça 
da cabeça ao calcanhar, o comprimento varia de 45 a 53 cm. 
FIGURA 4 - ESTATURA 
 
Fonte: OLIVEIRA, 2005. 
 
Material: 
 Régua móvel; 
 Mesa (superfície plana e rígida); 
 Lençol; 
 Luva de procedimento. 
 
Procedimento: 
1. Lavar as mãos; 
2. Calçar as luvas; 
3. Deslocar o cursor da régua até os pés do RN; 
4. Deixar O RN em ângulo reto; 
5. Fazer leve pressão sobre os joelhos; 
6. Ler a cifra situada sobre a régua; 
7. Aferir e anotar a medida em impresso próprio. 
 
 
 
34 
Perímetro cefálico: observe que se o parto causou moldagem ou edema da cabeça à medida 
obtida pode ser enganosa. 
FIGURA 5 – PERÍMETRO CEFÁLICO 
 
Fonte: OLIVEIRA, 2005. 
 
 
Material: 
 Luva de procedimento; 
 Fita métrica. 
Procedimento: 
1. Lavar as mãos; 
2. Calçar as luvas; 
3. Envolver a fita métrica em torno do crânio, passando os três polos proeminentes: 
occipital, parietal e frontal; 
4. Ler a cifra no ponto de encontro das duas partes da fita; 
5. Aferir e anotar a medida em impresso próprio. 
 
Perímetro torácico: faça a medida após o recém-nascido ter inspirado, antes do início da 
expiração, o perímetro torácico em geral mede cerca de 2 cm menos que o perímetro cefálico, 
em média 30 a 33 cm. 
 
 
 
 
35 
FIGURA 6 – PERÍMETRO TORÁCICO 
 
Fonte: OLIVEIRA, 2005 
 
 
Material: 
 Luva de procedimento; 
 Fita métrica. 
Procedimento: 
1. Lavar as mãos; 
2. Calçar as luvas; 
3. Envolver a fita em torno do tórax, passando sob as axilas no nível dos mamilos; 
4. Ler a cifra situada no ponto de encontro das duas partes da fita métrica; 
5. Aferir e anotar o valor em impresso próprio. 
Perímetro abdominal: 
Material: 
 Luva de procedimento; 
 Fita métrica. 
 
Procedimento: 
1. Lavar as mãos; 
2. Calçar as luvas; 
3. Envolver a fita em torno do abdômen, acima do coto umbilical; 
 
 
36 
4. Ler a cifra situada no ponto de encontro das duas partes da fita métrica; 
5. Aferir e anotar o valor em impresso próprio. 
Obs.: realizar limpeza da balança, régua e fita métrica a cada 24h com água e sabão, e 
após cada procedimento com álcool a 70%. 
 
Altura ombro-umbigo: tem objetivo para avaliar o comprimento da inserção dos cateteres 
umbilical venoso e arterial. Tal valor é colocado em uma tabela em que teremos em valores 
numéricos o comprimento exato dos cateteres umbilical. 
 
Material: 
 Luva de procedimento; 
 Fita métrica. 
 
Procedimento: 
1. Lavar as mãos; 
2. Calçar as luvas; 
3. Posicionar uma das pontas da fita métrica em cima da clavícula, seguindo sentido 
transversal até o coto umbilical; 
4. Ler a cifra e anotar o valor em impresso próprio. 
 
Observação geral Avaliar postura, atividade espontânea, reatividade, tônus 
muscular, tipo de respiratório, fácies, estado de hidratação e 
estado de consciência. 
PELE 
Coloração RN de raça branca são rosados e os de raça negra são 
avermelhados. 
Pletora pode ocorrer em RN com poliglobulina( RN de mãe 
diabética, cardiopatia cianótica ligadura tardia de cordão e 
gemelaridade). 
 
 
37 
Palidez Anemia, pré-choque, hipóxia grave ou RN edemasiado. 
Alteração vasomotora (pele de alerquim): quando há palidez em 
um hemicorpo e vermelho no lado oposto. 
Cianose Generalizada: geralmente por problemas cardiorrespiratórios. 
Localizada: Cianose de extremidades (acrocianose) pode ser 
devido à hipotermia; 
Cianose peribucal associada à palidez pode ocorrer em 
infecção. 
Icterícia Coloração amarelada da pele que pode ou não estar associada 
à patologia de hiperbilirrubinemia. 
Eritema tóxico São pequenas lesões eritemato-papulosas observadas nos 
primeiros dias de vida, que regridem em poucos dias e não têm 
valor clínico. 
Milium sebáceo Pequenos pontos branco-amarelados localizados no nariz, na 
face, na testa e no queixo. 
Hemangioma capilar Comum, principalmente em fronte, pálpebra superior e nuca e 
desaparece em alguns meses. 
Edema Principalmente no prematuro e localiza-se em região palpebral, 
pré-tibial, dorso dos pés e sacral e desaparece em 24 a 48 
horas. A anasarca aparece em RN com hidropisia fetal, 
insuficiência cardíaca congestiva, nefrose congênita, anemia 
intensa, hipoproteinemia, insuficiência renal e hipernatremia. 
Outras alterações Hematomas, petéquias e equimoses podem ser encontrados no 
polo de apresentação. Quando localizados na face, a 
denominação é de máscara cianótica, petéquias e púrpuras 
quando não localizadas podem ocorrer devido à plaquetopenia 
secundária à hipóxia, infecção, doenças hemolíticas graves e 
drogas administradas à mãe (anticonvulsivantes e diuréticos). 
CABEÇA 
Forma Pode apresentar deformidades transitórias dependentes da 
apresentação e do próprio parto. 
Perímetro Deve ser medido por fita métrica, geralmente é 2 a 3 cm maior 
que o perímetro torácico. Avaliar a presença de macrocefalia ou 
microcefalia. 
 
 
38 
Fontanelas O tamanho é variável, a fontanela anterior tem forma de losango 
e mede 2 cm nos dois sentidos (variação de 1 a 5 cm), a 
posterior é triangular e puntiforme. 
Suturas Podem estar afastadas ou com cavalgamento, e deve ser 
diferenciado da cranioestenose, responsável por deformidades 
do crânio com hipertensão intracraniana já o afastamento 
grande de suturas está associado a perímetro cefálico 
aumentado e ocorre em hidrocefalia. 
Bossa serossanguínea É uma massa mole, mal limitada, edemaciada e equimótica 
localizada ao nível da apresentação que desaparece nos 
primeiros dias de vida. 
Céfalo-hematoma É um derrame sanguíneo subperióstico que apareça como uma 
coleção de consistência cística, volume variável, limitando-se ao 
osso atingido. Pode-se calcificar e a regressão é espontânea, 
podendo demorar semanas ou meses para ser reabsorvido e 
aindapode ser causa de hiperbilirrubinemia. 
Alterações ósseas A craniotables é uma zona de tábua óssea depressível, com 
consistência diminuída, comparada à de uma bola de pingue-
pongue, encontrada em RN normais, principalmente no 
prematuro. 
Olhos Observar: sobrancelhas, cílios, movimentos palpebrais, edema, 
direção da comissura palpebral (oblíqua e transversal), 
afastamento de pálpebras e epicanto. 
Pesquisar microftalmia (microcórnea), catarata (reflexo 
esbranquiçado da pupila), coloboma iridiano (persistência de 
uma fenda inferior da íris), tamanho da pupila (midríase e 
miose), igualdade (isocoria ou anisocoria), glaucoma congênito 
e reação à luz. 
Hemorragias conjuntivais são comuns. 
Presença de estrabismo não tem significado nesta idade e pode 
persistir por 3 a 6 meses. 
Nistagmo lateral é frequente. 
Sinal do sol poente é encontrado em RN com hidrocefalia 
encefalopatia bilirrubínica e em lesões do tronco encefálico. 
Orelhas Pesquisar apêndice e fístula pré-auricular. 
Anomalias do pavilhão podem estar associadas à malformação 
 
 
39 
do trato urinário e anormalidades cromossômicas. 
Pesquisar acuidade auditiva. 
Nariz Forma. 
Permeabilidades de coanas. 
Presença de secreção (coriza intensa – uso de reserpina pela 
mãe e mucossanguinolenta - sífilis congênita). 
 
Boca 
 
Pérolas de Epstein: pequenas formações esbranquiçadas no 
palato e, às vezes, na gengiva. 
Aftas de Bednar: lesões erosivas com halo avermelhado no 
palato. 
Salivação: excesso de saliva leva a pensar em atresia de 
esôfago. 
Presença de dentes. 
Conformação do palato (ogival). 
Presença de fenda palatina. 
Fissura labial (lábio leporino). 
Desvio da comissura labial (paralisia facial). 
Hipoplasia (micrognatia). 
Posição da mandíbula (retrognatia). 
Visualizar a úvula e avaliar tamanho da língua e do freio lingual. 
PESCOÇO Detectar a presença de bócio, fístulas, cistos, restos de arcos 
branquiais, hematoma do esternocleidomastoídeo. 
Palpar as clavículas (fraturas). 
Explorar a mobilidade e o tônus. 
TÓRAX Assimetria pode ocorrer por malformações de coração, 
pulmões, coluna ou arcabouço costal. 
Tamanho da aréola e tecido mamário e/ou presença de leite, 
podem ocorrer em ambos os sexos, e a presença de glândulas 
supranumerárias. 
 
 
40 
Pulmões Frequência respiratória normal: varia de 40 a 60 movimentos 
por minuto. 
Verificar a presença de simetria torácica, retração, estertores, 
estridor, roncos, crepitação e diminuição do murmúrio vesicular. 
Cardiovascular Frequência cardíaca normal: varia entre 100 a 160 batimentos 
por minuto. 
Batimentos cardíacos são melhor audíveis no bordo esquerdo 
do esterno. 
Presença de sopro nos primeiros dias é comum, porém, se 
persistirem por algumas semanas é provável manifestação de 
cardiopatia congênita. 
Palpação dos pulsos nos quatro membros é obrigatório: já que 
ausência dos pulsos femorais deve-se pensar em coartação da 
aorta e pulso amplo sugere Permanência do Canal Arterial 
(PCA). 
Verificar a pressão arterial. 
 
ABDÔMEN 
Inspeção Distensão abdominal indica presença de líquido, 
visceromegalia, obstrução ou perfuração intestinal. 
Abdômen escavado indica hérnia diafragmática. 
Diástase de reto abdominal. 
Agenesia de musculatura abdominal. 
Extrofia de bexiga. 
Hérnia inguinal e umbilical. 
Onfalocele. 
Cisto e hemorragia de cordão. 
Visualizar o orifício anal. 
Secreção, edema e hiperemia periumbilical indicam onfalite. 
Palpação Fígado é palpável até 2 cm do rebordo costal. 
Uma ponta de baço pode ser palpável na primeira semana 
 
 
41 
sendo que o aumento deve ser investigado. 
Detectar a presença de massas abdominais. 
GENITÁLIA 
Masculina Palpação da bolsa escrotal: verificar a presença dos testículos 
que podem encontrar-se também nos canais inguinais (comum 
em RN prematuro extremo). 
Distopia testicular é a ausência de testículos na bolsa escrotal 
ou no canal inguinal. 
Presença de hidrocele não comumente é frequente e 
reabsorverá com o tempo. 
Fimose é fisiológica ao nascimento. 
Observar a localização do meato urinário: terminal (normal), 
ventral (hipopádia) ou dorsal (epispádia). 
Presença de hipospádia associada à criptorquia pesquisar 
cromatina sexual e cariótipo. 
Equimose e edema traumático do escroto podem ocorrer em 
alguns partos vaginais. 
Feminina Os pequenos lábios e clitóris estão proeminentes. 
Pode aparecer nos primeiros dias uma secreção esbranquiçada 
mais ou menos abundante e às vezes hemorrágica. 
Edema traumático de vulva pode ocorrer no parto vaginal 
distócico. 
Pesquisar: imperfuração himenal, hidrocolpos, aderência de 
pequenos lábios. 
Fusão posterior dos grandes lábios e hipertrofia clitoriana 
indicam a pesquisa de cromatina sexual e cariótipo. 
 
EXTREMIDADES Dedos: polidactilia, sindactila, malformações ungueais. 
Articulações coxofemurais: realizar manobras de Ortolani pela 
abdução das coxas, tendo as pernas fletidas quando positiva 
indica displasia coxofemural. 
Pesquisar simetria das pregas da face das coxas e subglúteas. 
 
 
42 
Presença de fraturas ou lesão nervosa (paralisia) será avaliada 
pela atividade espontânea ou provocada dos membros. 
Observar as pregas de flexão palmares e as localizadas no 5º 
dedo prega palmar única e falta de uma prega no dedo 
presença de S. de Down. 
COLUNA VERTEBRAL Examinar especialmente a área sacrolombar, percorrendo com 
os dedos a linha média em busca de espinha bífida, 
mielomeningacele e outros defeitos (sinus sacral acima do 
promontório). 
Presença de hipertricose lombossacra sugere espinha bífida 
oculta. 
EXAME NEUROLÓGICO Observar atitude, reatividade, choro, tônus, movimentos e 
reflexos. 
Pesquisar os reflexos de Moro, sucção, busca, preensão palmar 
e plantar, tônus do pescoço, extensão cruzada dos membros 
inferiores, endireitamento do tronco e marcha automática. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
43 
8 MODELO DE EXAME FÍSICO DE ENFERMAGEM 
 
SINAIS VITAIS 
T: Fc: Fr: P.A: Spo2: 
 
MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS 
Peso: Estatura: PC: PT: PA: 
 
SISTEMA NERVOSO 
Fontanelas: Suturas: Tono: Cabeça: 
( ) normotensa ( ) tensa ( ) normal ( ) separadas ( ) normal ( ) hipotônico 
( ) bossa 
( ) abaulada ( ) deprimida ( ) sobrepostas ( ) flácido ( ) hipertônico 
Fraturas: 
Anormalidades: 
 
Atividade predominante: Choro: Atividade Motora: 
( ) alerta ( ) chorando ( ) sono ativo ( ) normal ( ) simétrico ( ) assimétrico 
( ) sono aprofundo ( ) fraco ( ) convulsões ( ) letargia 
 ( ) irritabilidade ( ) tremores 
 
Resposta ao estímulo: Reflexos: CÓDIGO: Normal = N; fraco = F 
( ) vocal ( ) toque sucção: Ausente = A 
( ) dor ( ) luz apreensão: Não avaliado = NA 
 Moro: 
 
PELE 
 
 
44 
Condições: Turgor: 
( ) fria ( ) quente ( ) úmida ( ) bom ( ) regular ( ) ruim 
( ) gelatinosa ( ) descamada 
( ) estrias de mecônio ( ) lanugem 
( ) vérnix caseoso ( ) petéquias 
( ) equimoses 
Local: 
OLHOSBOCA FOSSAS NASAIS 
Geral: Reflexo de náuseas: Permeáveis: 
( ) abertura espontânea ( ) normal ( ) ausente ( ) sim ( ) não 
( ) fechados ( ) edema ( ) hipoativo ( ) hiperativo 
( ) secreção ( ) fixo ( ) sialorreia excessiva ORELHAS 
 ( ) implantação baixa 
 
Esclera: Palato: 
Pupilas: ( ) completo ( ) incompleto Malformação: 
( ) isocóricas ( ) anisocóricas Lábio Leporino: 
Reflexo à luz: ( ) presente ( ) ausente 
( ) presente ( ) ausente 
 
 
SISTEMA RESPIRATÓRIO 
Respiração: Retração: Ausculta Pulmonar: 
( ) regular ( ) irregular ( ) esternal ( ) intercostal ( ) bilat. limpos ( ) 
roncos bolhosos 
( ) apneia ( ) superficial ( ) subcostal ( ) diminuídos ( ) 
roncos 
 
 
45 
( ) batimento de asa de nariz Configuração do tórax: ( ) estertores ( 
) sibilos 
( ) gemente ( ) taquipneia ( ) simétrico ( ) assimétrico 
Secreção vias 
( ) bradipneia aéreas 
 ( ) sim ( ) não 
Necessidade de oxigênio: 
( ) ar ambiente ( ) ventilador 
( ) caixa de hood ( ) CPAP nasal 
( ) CPAP endotraqueal 
( ) tubo endotraqueal nº 
Fixado nº 
 
SISTEMA CARDIOVASCULAR 
Pulso apical: Sopro: 
( ) ritmo regular ( ) arritmia ( ) ausente ( ) presente 
Cor: Perfusão capilar: 
( ) corado ( ) pletórico ( ) hipocorado ( ) normal ( 1 a 3 s) 
( ) moteado ( ) ictérico ( ) lento ( < 3 s ) 
( ) acrocianose ( ) cianose circoral Edema: 
( ) cianose central ( ) ausente ( ) pés ( ) mãos 
 ( ) olhos ( ) generalizado 
Pulso: 
Braquial: ( ) presente ( ) igual ( ) ausente 
 ( ) cheio/amplo ( ) filiforme 
Femoral: ( ) presente ( ) igual ( ) ausente 
 ( ) cheio/amplo ( ) filiforme 
 
 
46 
Radial: ( ) presente ( ) igual ( ) ausente 
 ( ) cheio/amplo ( ) filiforme ( ) ausente 
Pedial: ( ) presente ( ) igual ( ) ausente 
 ( ) cheio/amplo ( ) filiforme ( ) ausente 
 
 
SISTEMA GASTROINTESTINAL 
( ) evacuou ( ) não observado 
Ausculta intestinal: Abdome: 
( ) não evacuou ( ) RHA diminuído ( ) RHA ativos ( ) flácido ( ) tenso 
( ) RHA aumentado ( ) RHA ausentes ( ) semigloboso ( ) globoso 
( ) distendido ( ) escavado 
Anormalidades: 
( ) hiperemia e/ou sensível ao toque 
( ) hepatomgalia 
( ) esplenomegalia 
 
Deglutição / sucção: Resíduo Gástrico: Cordão umbilical: 
( ) coordenada ( ) insuficiente ( ) claro ( ) amarelo ( ) verde aspecto: 
( ) ausente ( ) não avaliado ( ) sanguinolento ( ) líquido de estase 
 
SISTEMA GENITURINÁRIO 
Urina: Genitais: 
( ) espontânea ( ) sonda vesical ( ) normal ( ) edemasiada 
( ) claro ( ) turva ( ) genitália ambígua ( ) hidrocele 
( ) hematúria ( ) concentrada ( ) outros 
 
 
 
47 
EXTREMIDADES 
( ) distocia de ombro ( ) lesão de plexo braquial 
( ) luxação ANORMALIDADES: 
 
ACESSO VASCULAR 
( ) AVP: local: aspecto 
( ) AVC: local: aspecto 
( ) cateter umbilical venoso aspecto 
( ) cateter umbilical arterial aspecto 
 
COLUNA VERTEBRAL 
Anormalidades: 
 
 
Data: Hora: Enf ª: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
48 
9 AVALIAÇÃO DO PESO E IDADE GESTACIONAL 
 
A avaliação do peso e da idade gestacional é de suma importância para que possamos 
planejar uma assistência adequada e que traga uma recuperação rápida e sem sequelas. 
Peso ao nascimento (PN): é o primeiro peso obtido após o nascimento, se este não for 
determinado à pesagem mais tardia e mesmo o peso posterior à morte deverá ser considerado 
como peso ao nascimento. 
 Baixo peso: peso ao nascimento menor de 2.500g; 
 Muito baixo peso: peso ao nascimento menor de 1.500g; 
 Extremo baixo peso: peso ao nascimento menor de 1000g. 
A idade gestacional: compreende o período entre o primeiro dia do último período 
menstrual e a data do nascimento, e que deve ser expressas em dias ou semanas completas. 
 RN pré-termo: é o concepto com idade gestacional menor que 37 semanas (259 
dias); 
 RN termo: é o concepto com idade gestacional de 37 semanas a 41 semanas e seis 
dias (259 a 293 dias); 
 RN pós-termo: é o concepto com idade gestacional igual ou maior do que 42 
semanas (294 dias ou mais). 
No RN, a idade gestacional pode ser verificada clinicamente pelos métodos de New 
Ballard e Capurro. Esses métodos utilizam a avaliação de combinações de características 
somáticas e neurológicas que permitem estimar a idade gestacional do RN com erro de uma ou 
duas semanas. 
 
MÉTODO DE CAPURRO 
Capurro e cols. Utilizam apenas cinco parâmetros somáticos e dois neurológicos, porém a 
verificação desses parâmetros em crianças deprimidas, doentes ou de difícil acesso fica limitada às 
variáveis somáticas. 
 
 
 
 
49 
 TEXTURA DA PELE 
0 = muito fina, gelatinosa. 
5 = fina e lisa. 
10 = algo mais grossa, discreta descamação superficial. 
15 = grossa, rugas superficiais, descamação nas mãos e pés. 
20 = grossa, apergaminhada, com rugas profundas. 
 
 FORMA DA ORELHA 
0 = chata, disforme, pavilhão não encurvado. 
8 = pavilhão parcialmente encurvado na borda. 
16 = pavilhão parcialmente encurvado em toda parte superior. 
24 = pavilhão totalmente encurvado. 
 
 GLÂNDULA MAMÁRIA 
0 = não palpável. 
5 = palpável, menor de 5 mm. 
10 = entre 5 e 10 mm. 
15 = maior de 10 mm. 
 PREGAS PLANTARES 
0 = sem pregas. 
5 = marcas mal definidas sobre a parte anterior. 
10 = marcas bem definidas sobre a metade anterior e sulcos no terço anterior. 
15 = sulcos na metade anterior da planta. 
20 = sulcos em mais da metade anterior da planta. 
 
 
50 
 SINAL DO XALE 
0 = o cotovelo alcança a linha axilar anterior do lado oposto. 
6 = o cotovelo situado entre a linha anterior do lado oposto

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