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EAE0206 – Teoria Macroeconoˆmica I Resoluc¸a˜o Lista 3 Prof. Marcio I. Nakane Monitores: Leonardo Ferreira e Ligia Lopes Gomes 10 de abril de 2012 Questa˜o 1. (a) O produto de equil´ıbrio e´ Y = [1/(1 − c1)] ∗ [c0 − c1T + I + G]. O multiplicador e´ 1/(1− c1). (b) O produto de equil´ıbrio e´ Y = [1/(1−c1−b1)]∗[c0−c1T+b0−b2i+G]. O multiplicador e´ 1/(1−c1−b1). Como o multiplicador e´ maior, o efeito de um incremento no gasto autoˆnomo agora e´ maior, pois ale´m de elevar o consumo, tambe´m aumenta o investimento. (c) Isolando i e substituindo na resposta da letra (b): Y = [1/(1 − c1 − b1 + b2d1/d2)] ∗ [c0 − c1T + b0 + (b2 ∗M/P )/d2 + G]. O multiplicador e´ 1/(1− c1 − b1 + b2d1/d2). (d) O multiplicador e´ maior (menor) do que o multiplicador da letra (a) se b1 + b2d1/d2 e´ maior (menor) do que zero. Assim, o multiplicador sera´ maior se b1 e´ grande (investimento e´ sens´ıvel a` renda), b2 e´ pequeno (investimento e´ pouco sens´ıvel a` taxa de juros), d1 e´ pequeno (a demanda por moeda na˜o e´ muito sens´ıvel a` renda) e d2 e´ grande (demanda por moeda e´ muito sens´ıvel a taxa de juros). Questa˜o 2. (a) A IS de desloca para a esquerda. Produto e taxa de juros caem. O efeito sobre o investimento e´ amb´ıguo porque o produto e a taxa de juros agem em sentidos opostos: a queda na produto tende a diminuir o investimento, mas a queda no juros tende a aumenta´-lo. 1 (b) Assim como na letra (c) da questa˜o anterior: Y = [1/(1− c1 − b1 + b2d1/d2)] ∗ [c0 − c1T + b0 + (b2 ∗M/P )/d2 + G] (c) Substituindo o Y da letra (b) na LM: i = Y ∗ d1/d2 − (M/P )/d2 =⇒ i = [1/(1− c1 − b1 + b2d1/d2)] ∗ [c0 − c1T + b0 + (b2 ∗M/P )/d2 + G] ∗ d1/d2 − (M/P )/d2 (d) Substituindo i e Y de equil´ıbrio na equac¸a˜o do investimento: I = b0 + b1Y − b2i = b0 + (b1 − b2d1/d2) ∗ [1/(1 − c1 − b1 + b2d1/d2)] ∗ [c0 − c1T + b0 + (b2 ∗M/P )/d2 + G] + b2(M/P )/d2 em que Y ∗ denota o Y de equil´ıbrio encontrado na letra (b). (e) Mantendo M/P constante, se G aumenta 1 unidade, I aumenta (b1 − b2d1/d2) ∗ [1/(1 − c1 − b1 + b2d1/d2)] unidades. Se a mudanc¸a em G for negativa, a mudanc¸a em I sera´ positiva quando b1 < b2d1/d2 (f) O multiplicador e´ maior (menor) do que o multiplicador da letra (a) se b1− b2d1/d2 e´ maior (menor) do que zero. Assim, o multiplicador sera´ maior se b1 e´ grande (investimento e´ sens´ıvel a` renda), b2 e´ pequeno (investimento e´ pouco sens´ıvel a` taxa de juros), d1 e´ pequeno (a demanda por moeda na˜o e´ muito sens´ıvel a` renda) e d2 e´ grande (demanda por moeda e´ muito sens´ıvel a taxa de juros). Questa˜o 3. (a) Y = C+ I+G = 200+0, 25∗ (Y −200)+150+0, 25Y −1000i+250 Y = 1100− 2000i (b) M/P = 1600 = 2Y − 8000i i = Y/4000− 0, 2 (c) Substituindo (b) em (a): Y = 1.000. (d) Substituindo (c) em (b): i = 0, 05. (e) C = 400; I = 350;G = 250;C + I + G = 1000. (f) M/P = 1840 = 2Y − 8000i ⇐⇒ i = Y/4000− 0, 23 Substituindo em (a): Y = 1040. Substituindo Y na nova relac¸a˜o LM: i = 0, 03. Por fim: C = 410 e I = 380. A expansa˜o moneta´ria reduz a taxa de juros e aumenta o produto. O aumento do produto aumenta o consumo. O aumento do produto e a queda dos juros aumentam o investimento. 2 (g) Y = 1200. Substituindo Y em (b): i = 0, 10. C = 450 e I = 350. A expansa˜o fiscal aumenta o produto e a taxa de juros. O aumento do produto eleva o consumo. Questa˜o 4. (a) As pessoas iriam querer reter apenas moeda, pois a moeda seria uma melhor reserva de valor do que os t´ıtulos. (b) A resposta e´ a pro´pria dica: a demanda por moeda se torna hori- zontal a` medida que a taxa de juros se aproxima muito de zero. (c) Ela se torna muito plana. (d) Efeito e´ mı´nimo. E se a taxa de juros e´ zero, o aumento da oferta moneta´ria na˜o tem nenhum efeito. (e) Na˜o. Se o efeito na taxa de juros e´ nulo, na˜o ha´ acre´scimo no investimento e o produto, por sua vez, tambe´m permanece inalterado. Questa˜o 5. (a) Aumentar G (ou diminuir T) e aumentar M. (b) Diminuir G (ou aumentar T) e aumentar M. A taxa de juros cai. O investimento aumenta, pois a taxa de juros caiu e o produto permaneceu constante. Questa˜o 6. (a) A queda na confianc¸a do consumidor desloca a IS para a esquerda sem afetar a LM. No novo equil´ıbrio, o produto e a taxa de juros sa˜o menores. (b) O consumo cai enquanto o efeito sobre o investimento e´ amb´ıguo. Como, em equil´ıbrio, devemos ter investimento igual a poupanc¸a, tambe´m ha´ ambiguidade sobre a poupanc¸a. Questa˜o 7. 3 (a) No equil´ıbrio temos: Y = C + I + G Y = a + b(Y − T¯ ) + c− di + hY + G¯ Y ∗ [1− b− h] = a + c− d ∗ i + G¯− bT¯ Y = 1 1− b− h [a + c− di] + 1 1− b− hG¯− b 1− b− hT¯ Portanto o multiplicador dos gastos (G) e´ | 1 1− b− h |, enquanto o multipli- cador de tributos (T ) e´ | b 1− b− h |. Assim como ambos os denominadores sa˜o iguais, sera´ o numerador que determinara´ qual multiplicador sera´ maior e, consequentemente, qual a pol´ıtica mais eficaz para a expansa˜o de renda. Como b < 1, por definic¸a˜o do modelo, enta˜o o multiplicador de gastos e´ maior. Dessa forma a pol´ıtica de gastos e´ mais eficaz. (b) No item anterior encontramos: Y = 1 1− b− h [a + c− di] + 1 1− b− hG¯− b 1− b− hT¯ Se estamos interessados na variac¸a˜o da equac¸a˜o acima e sabemos que ∆G = ∆T : ∆Y = ∆G− b∆T 1− b− h − d∆i 1− b− h ∆Y = ∆G(1− b) 1− b− h − d∆i 1− b− h Assim se ∆G = ∆T = 1 e ∆i = 0, o aumento de uma unidade de gastos e uma unidade de tributos gera na renda um aumento de 1− b 1− b− h unidades. (c) Substituindo os valores dados na equac¸a˜o IS, temos: Y = a + b(Y − 0, 25Y ) + c− di + hY + G¯ Y = 15 + 0, 8(0, 75Y ) + 7− 20i + 0, 2Y + 20 0, 2Y = 42− 20i Y = 210− 100i Se i = 0, 1, enta˜o Y = 200. Agora vamos descobrir a popupanc¸a privada. O PIB pode ser definida tanto pela o´tica do produto (YP = C + I + G), quanto pela o´tica da renda (YR = C+Spriv +T ), e obviamente YP = YR. Usando essas 4 informac¸o˜es e´ poss´ıvel mostrar que o investimento e´ igual a soma da poupanc¸a privada e da poupanc¸a pu´blica. YP = C + I + G I = YP − C −G Como YP = YR = C + Spriv + T I = C + Spriv + T − C −G = Spriv + (T −G) = Spriv + Spub Utilizando a identidade acima e substituindo os valores que encontramos no equil´ıbrio temos que: Spriv = I − Spub = c− di + hY − (0, 25Y −G) = 7− 20 ∗ 0, 1 + 0, 2 ∗ 200− (0, 25 ∗ 200− 20) = 15 Questa˜o 8. (a) Relac¸a˜o IS: Y = C + I + G Y = 200 + 0, 5(Y − 200) + 500− 1000i + 250 0, 5Y = 850− 1000i A equac¸a˜o que representa a combinac¸a˜o de taxas de juros e rendas que repre- sentam situac¸o˜es de equil´ıbrio no mercado de bens e´: Y = 1700− 2000i (1) 5 Relac¸a˜o LM: (M/P )s = (M/P )d 1520 = 2Y − 8000i A equac¸a˜o que representa as situac¸o˜es em que ha´ equil´ıbrio no mercado mo- neta´rio e´: i = 0, 00025Y − 0, 19 (2) (b) No equil´ıbrio i = i∗ e y = y∗. Substituindo (2) em (1) temos: Y = 1700− 2000[0, 00025Y − 0, 19] Y = 1700− 0, 5Y + 380 Y ∗ = 1386, 67 Agora substituindo Y ∗ na LM. i∗ = 1386, 67 4000 − 0, 19 = 0, 1566 Por fim, o investimento e´: I∗ = 500− 1000 ∗ 0, 1566 = 343, 4 (c) A mudanc¸a na oferta de moeda so´ ira´ deslocar a curva LM. Assim, a relac¸a˜o IS segue a mesma. LM : 1760 = 2Y − 8000i⇒ i = 0, 00025Y − 0, 22 (3) Substituindo a nova relac¸a˜o LM, na equac¸a˜o (1) deriva no item (a), temos: Y = 1700− 2000[0, 00025Y − 0, 22] Y = 1700− 0, 5Y + 440 Y ∗ = 1426, 67 Agora basta substituir a renda de equil´ıbrio na equac¸a˜o LM para encontrar a 6 Figura 1: Deslocamento para baixo da curva LM taxa de juros de equil´ıbrio. i∗ = 0, 00025 ∗ 1426, 67− 0, 22 = 0, 1367 Assim o consumo e o investimento de equil´ıbrio sa˜o respectivamente: C∗ = 200 + 0, 5 ∗ (1426, 67− 200) = 813, 335 I∗ = 500− 1000 ∗ 0, 1367 = 363, 3 Note que com o aumento da oferta de moeda atrave´s de operac¸o˜es no mercado aberto fazem com que a taxa de juros caia em relac¸a˜o a situac¸a˜o que tinhamos no item (b), e com que a renda de equil´ıbrio aumente. A figura 1 mostra o deslocamento da curva na figura (1). (d) Agora, neste item, o deslocamente ocorre na curva IS. Vamos recalcula-la com G = 400. Y = C + I + G Y = 200 + 0, 5(Y − 200) + 500− 1000i + 400 0, 5Y = 1000− 1000i A nova equac¸a˜o que representa a combinac¸a˜o de taxas de juros e rendas que 7 representam situac¸o˜es de equil´ıbrio no mercado de bens e´: Y = 2000− 2000i (4) Enquanto isso, a curva LM permanece a mesma: i = 0, 00025Y − 0, 19 (5) Substituindo (5) em (4), temos: Y = 2000− 2000[0, 00025Y − 0, 19] Y = 2000− 0, 5Y + 380 Y ∗ = 1586, 67. Agora basta substituir a renda de equil´ıbrio na equac¸a˜o LM para encontrar a taxa de juros de equil´ıbrio. i∗ = 0, 00025 ∗ 1626, 67− 0, 19 = 0, 2167 Assim o consumo e o investimento de equil´ıbrio sa˜o respectivamente: C∗ = 200 + 0, 5 ∗ (1626, 67− 200) = 913, 335 I∗ = 500− 1000 ∗ 0, 2167 = 283, 3 Quando o governo aumenta os gastos, tanto o juros quanto a renda de equil´ıbrio aumentam. A figura 2 mostra a relac¸a˜o gra´fica. (e) Quando o governo decide realizar uma expansa˜o fiscal, nesse caso atrave´s de um aumento de gastos, ele aumenta sua demanda por bens da econo- mia impulsionando assim, de forma direta e indireta (atrave´s do multiplicador de gastos autoˆnomos), o n´ıvel de produto. No entanto, o aumento do produto leva os agentes econoˆmicos a demandarem mais moeda, o que faz com que a taxa de juros suba dado n´ıvel de oferta de moeda. O aumento dos juros, por sua vez, provoca reduc¸a˜o do investimento privado(afetando negativamente o pro- duto), ou seja, ocorre o efeito deslocamento. Isso acontece porque o governo compete com os agentes privados pelos recursos da economia fazendo com que o aumento de participac¸a˜o pu´blica ”expulse”parte do investimento privado, o que reduz a efica´cia da pol´ıtica fiscal. 8 Figura 2: Deslocamento para cima da curva IS Para compensar o aumento de gastos o governo poderia ao mesmo tempo aumentar a oferta de moeda. O objetivo e´ ajustar a oferta de moeda ate´ o ponto em que a taxa de juros alcance o patamar original, ou seja,aquele anterior ao aumento de gastos: era : 0, 1566. Para tanto, utilizaremos as relac¸o˜es IS e LM, so´ que agora vamos fixar i∗ = 0, 1566 e deixar M/P s variar. IS : Y ∗ = 2000− 2000i⇒ Y = 2000− 2000 ∗ 0, 1566 = 1686, 8 (6) LM : (M/P )s = 2Y ∗ − 8000i∗ ⇒ (M/P )s = 2 ∗ 1686, 8− 8000 ∗ 0, 1566 = 2120, 8 (7) Assim a oferta de moeda deve aumentar 600,8 u.m. Questa˜o 9. (a) Antes de mais nada devemos impor que dg = 0 e dM/P = 0, pois am- bas sa˜o varia´veis exo´genas que queremos manter constante para isolar apenas o efeito sobre as varia´veis endo´genas da mudanc¸a nos tributos. Dessa forma diferenciando totalmente as relac¸o˜es IS e LM, assim como feito em aula: IS : dy = c ′(dy − dT ) + ∂I ∂y dy + ∂I ∂i di (8) LM : 0 = ∂L ∂y dy + ∂L ∂i di (9) Manipulando alge´bricamente, assim como feito no caderno, chegamos a´: 9 (1− c′ − ∂I ∂y ) −∂I ∂i ∂L ∂y ∂L ∂i dydTdi dT = [−c′ 0 ] Pela Regra de Cramer: di dT = 1 (1− c′ − ∂I ∂y ) ∂L ∂i + ∂L ∂y ∂I ∂i ∗ det (1− c′ − ∂I ∂y ) −c′ ∂L ∂y 0 Assim: di dT = c′ ∂L ∂y (1− c′ − ∂I ∂y ) ∂L ∂i + ∂L ∂y ∂I ∂i (10) Para definir o sinal do denominador considere as seguintes informac¸o˜es: (1)Como para que a inclinac¸a˜o da demanda agregada seja positiva pore´m menor que a unidade na vizinhanc¸a temos que ter 1 > c′+ ∂I ∂y > 0, enta˜o (1−c′−∂I ∂y ) > 0; (2) ∂L ∂i < 0;(3) ∂L ∂y > 0;(4) ∂I ∂i < 0. Dessa forma podemos inferir que o denominador e´ negativo. Para definir o sinal do numerador considere que: (1) c′ > 0 e (2) ∂L ∂y > 0. Podemos inferir, enta˜o, que o numerador e´ positivo. O efeito final e´ portanto negativo. di dT < 0 (11) Agora que conhecemos di dT < 0 e dy dT < 0, podemos encontrar dC dT , dI dT e dDM dT . (i) dC dT Diferenciando totalmente C,e supondo que C(y, T ). Ale´m disso ∂C ∂T < 0, pois aumento de tributos reduz a renda dispon´ıvel que consequentemente reduz consumo e ∂C ∂Y > 0, ja´ que se a renda aumenta, aumenta a renda dis- 10 pon´ıvel. Temos: dC = ∂C ∂T dT + ∂C ∂y dy Dividindo ambos os lados por dT : dC dT = ∂C ∂y dy dT + ∂C ∂T < 0 (12) (ii) dI dT Diferenciando totalmente I(y, i) dI = ∂I ∂i di + ∂I ∂y dy Dividindo ambos os lados por dT : dI dT = ∂I ∂y dy dT + ∂I ∂i di dt (13) Substituindo dy dT e di dT pelas expresso˜es encontradas no caderno e neste exerc´ıcio respectivamente, teremos: dI dT = ∂I ∂y −c′∂L ∂i (1− c′ − ∂I ∂y ) ∂L ∂i + ∂L ∂y ∂I ∂i + ∂I ∂i c′ ∂L ∂y (1− c′ − ∂I ∂y ) ∂L ∂i + ∂L ∂y ∂I ∂i ?0 (14) O sinal e´ indeterminado. (iii) dDM dT Diferenciando totalmente L(y, i) dL = ∂L ∂i di + ∂L ∂y dy Dividindo ambos os lados por dT : dL dT = ∂L ∂y dy dT + ∂L ∂i di dt (15) Substituindo dy dT e di dT pelas expresso˜es encontradas no caderno e neste exerc´ıcio 11 respectivamente, teremos: dDM dT = ∂L ∂y −c′∂L ∂i (1− c′ − ∂I ∂y ) ∂L ∂i + ∂L ∂y ∂I ∂i + ∂L ∂i c′ ∂L ∂y (1− c′ − ∂I ∂y ) ∂L ∂i + ∂L ∂y ∂I ∂i = 0 (16) (b) Agora dg = dT 6= 0 enquanto permanecemos com a hipo´tese de que dM/P = 0. Diferenciando totalmente as relac¸o˜es IS e LM, assim como feito em aula: IS : dy = c ′(dy − dT ) + ∂I ∂y dy + ∂I ∂i di + dG (17) LM : 0 = ∂L ∂y dy + ∂L ∂i di (18) Substituindo dT por dG na equac¸a˜o (15), teremos: dy = c ′(dy − dG) + ∂I ∂y dy + ∂I ∂i di + dG (19) dy ( 1− c′ − ∂I ∂y ) − ∂I ∂i di = dG(1− c′) (20) Para encontrar o multiplicador divide-se a equac¸a˜o acima por dG e supo˜e-se que di = 0: dy dG ( 1− c′ − ∂I ∂y ) − ∂I ∂i di dG = (1− c′) dy dG ( 1− c′ − ∂I ∂y ) = (1− c′) dy dG = 1( 1− c′ − ∂I ∂y ) − c′( 1− c′ − ∂I ∂y ) (21) Como o multiplicador derivado no cap´ıtulo 3 era mcap3 = 1( 1− c′ − ∂I ∂y ) , enta˜o: dy dG = mcap3 − c′( 1− c′ − ∂I ∂y ) (22) Portanto o novo multiplicador e´ menor que o anterior. 12 Agora para encontrar dy dG de acordo com o equil´ıbrio da IS e LM temos que seguir o mesmo processo realizado no caderno para chegarmos a um resul- tado semelhante ao encontrado no item (a), com a diferenc¸a de que agora onde tinhamos apenas −c′, teremos 1− c′. (1− c′ − ∂I ∂y ) −∂I ∂i ∂L ∂y ∂L ∂i dydGdi dG = [1− c′ 0 ] Pela Regra de Cramer: dy dG = 1 (1− c′ − ∂I ∂y ) ∂L ∂i + ∂L ∂y ∂I ∂i ∗ det (1− c′ −∂I∂i 0 ∂L ∂i Assim: dy dG = (1− c′)∂L ∂i (1− c′ − ∂I ∂y ) ∂L ∂i + ∂L ∂y ∂I ∂i (23) Para definir o sinal do denominador considere as seguintes informac¸o˜es: (1)Como para que a inclinac¸a˜o da demanda agregada seja positiva pore´m menor que a unidade na vizinhanc¸a temos que ter 1 > c′ + ∂I ∂y > 0, assim (1 − c′ − ∂I ∂y ) > 0; (2) ∂L ∂i < 0;(3) ∂L ∂y > 0;(4) ∂I ∂i < 0. Podemos inferir, enta˜o, que o denominador e´ negativo. Para definir o sinal do numerador considere que: (1) 1 − c′ > 0 e (2) ∂L ∂i < 0. Podemos inferir, enta˜o, que o numerador e´ negativo. O efeito final e´ portanto positivo. (c) O primeiro passo e´ diferenciar totalmente a relac¸a˜o IS e a LM. Ade- mais consideraremos que dg = 0 e dT = 0, pois ambas sa˜o varia´veis exo´genas que queremos manter constante para isolar apenas o efeito sobre as varia´veis endo´genas da mudanc¸a na oferta real de moeda. IS : dy = c ′(dy) + ∂I ∂y dy + ∂I ∂i di (24) 13 LM : dM/P = ∂L ∂y dy + ∂L ∂i di (25) Manipulando algebricamente, assim como feito no caderno, chegamos a´: (1− c′ − ∂I ∂y ) −∂I ∂i ∂L ∂y ∂L ∂i dy dM/P di dM/P = [ 0 1 ] Pela Regra de Cramer: di dT = 1 (1− c′ − ∂I ∂y ) ∂L ∂i + ∂L ∂y ∂I ∂i ∗ det (1− c′ − ∂I∂y ) −c′ 0 1 Assim: di dM/P = (1− c′ − ∂I ∂y ) (1− c′ − ∂I ∂y ) ∂L ∂i + ∂L ∂y ∂I ∂i (26) Note que o denominador e´ o mesmo que encontramos no exerc´ıcio (a), portanto, seu sinal e´ negativo. O sinal do numerador sabemos que e´ positivo pois 0 < (c′ − ∂I ∂y ) < 1 e´ uma condic¸a˜o imposta para que a demanda agre- gada tenha inclinac¸a˜o positiva, pore´m menor que a unidade na vizinhanc¸a do equil´ıbrio. Conclui-se que: di dM/P < 0 (27) Como conhecemos didM/P < 0 e dy dM/P < 0, podemos encontrar os sinais de dC dM/P , dI dM/P e dDM dM/P . (i) dC dM/P Um modo alternativo ao que usamos no item (a) seria diferenciar C(Y D), ou seja, tomar o consumo como uma func¸a˜o da renda dispon´ıvel como foi feito 14 no caderno. Lembrando que dT = 0: dC = c ′dy Dividindo ambos os lados por dM/P : dC dM/P = c′ dy dM/P > 0 (28) (ii) dI dM/P Diferenciando totalmente I(y, i) dI = ∂I ∂i di + ∂I ∂y dy Dividindo ambos os lados por dM/P : dI dT = ∂I ∂y dy dM/P + ∂I ∂i di dM/P > 0 (29) Como ∂I ∂y dy dM/P > 0 e ∂I ∂i di dM/P > 0 o sinal e´ positivo. (iii) dDM dM/P Diferenciando totalmente L(y, i) dL = ∂L ∂i di + ∂L ∂y dy Dividindo ambos os lados por dM/P : dL dM/P = ∂L ∂y dy dM/P + ∂L ∂i di dM/P > 0 (30) Como ∂L ∂y dy dM/P > 0 e ∂L ∂i di dM/P > 0 o sinal e´ positivo. Note, no entanto, que se substituirmos dy dM/P e di dM/P pela expresso˜es que encontramos no caderno e no exerc´ıcio, teremos: dL dM/P = ∂L ∂y ∂I ∂i (1− c′ − ∂I ∂y ) ∂L ∂i + ∂L ∂y ∂I ∂i + ∂L ∂i 1− c′ − ∂I ∂y (1− c′ − ∂I ∂y ) ∂L ∂i + ∂L ∂y ∂I ∂i = 1 (31) 15 (d) (e) Nota: o enunciado do exerc´ıcio estava errado. O correto seria calcu- lar dY dG e dM/P dG . A soluc¸a˜o se encontra no item (e’). O primeiro passo e´ definir as varia´veis exo´genas que na˜o apresentaram variac¸a˜o. No nosso caso elas sera˜o: oferta de moeda e tributos, portanto dT = 0 e dM/P = 0. O pro´ximo sera´ diferenciar totalmente as relac¸o˜es IS e LM: IS : dy = c ′(dy) + ∂I ∂y dy + ∂I ∂i di + dG (32) LM : 0 = ∂L ∂y dy + ∂L ∂i di (33) Manipulando alge´bricamente: IS : [1− c′ − ∂I ∂y ]dy − ∂I ∂i di = dG (34) LM : 0 = ∂L ∂y dy + ∂L ∂i di (35) Dividindo as duas equac¸o˜es por dG IS : [1− c′ − ∂I ∂y ] dy dG − ∂I ∂i di dG = 1 (36) LM : ∂L ∂y dy dG + ∂L ∂i di dG = 0 (37) (1− c′ − ∂I ∂y ) −∂I ∂i ∂L ∂y ∂L ∂i dydGdi dG = [1 0 ] (i)Para encontrar dY dG : Pela Regra de Cramer: di dG = 1 (1− c′ − ∂I ∂y ) ∂L ∂i + ∂L ∂y ∂I ∂i ∗ det (1 −∂I∂i 0 ∂L ∂i 16 Assim: dy dG = ∂L ∂i (1− c′ − ∂I ∂y ) ∂L ∂i + ∂L ∂y ∂I ∂i (38) Ja´ sabemos que o sinal do denominador e´ negativo. Para definir o sinal do numerador basta considerar que ∂L ∂i < 0. Enta˜o podemos inferir, que o efeito final e´ positivo. dy dG > 0 (39) (ii)Para encontrar di dG : Pela Regra de Cramer: di dG = 1 (1− c′ − ∂I ∂y ) ∂L ∂i + ∂L ∂y ∂I ∂i ∗ det (1− c′ − ∂I ∂y ) 1 ∂L ∂y 0 Assim: di dT = −∂L ∂y (1− c′ − ∂I ∂y ) ∂L ∂i + ∂L ∂y ∂I ∂i (40) Ja´ sabemos que o sinal do denominador e´ negativo. Para definir o sinal do numerador basta considerar que ∂L ∂y > 0. Enta˜o podemos inferir, que o numerador e´ negativo. O efeito final e´ portanto positivo. di dG > 0 (41) e’)O primeiro passo e´ definir as varia´veis exo´genas que na˜o apresentaram variac¸a˜o. No nosso caso elas sera˜o: oferta de moeda e tributos, portanto dT = 0 e di = 0. O pro´ximo sera´ diferenciar totalmente as relac¸o˜es IS e LM: IS : dy = c ′(dy) + ∂I ∂y dy + dG (42) 17 LM : dM/P = ∂L ∂y dy (43) Manipulando alge´bricamente: IS : [1− c′ − ∂I ∂y ]dy = dG (44) LM : dM/P − ∂L ∂y dy = 0 (45) Dividindo as duas equac¸o˜es por dG IS : [1− c′ − ∂I ∂y ] dy dG = 1 (46) LM : d(M/P ) dG − ∂L ∂y dy dG = 0 (47) (1− c′ − ∂I ∂y ) 0 −∂L ∂y 1 dy dG dM/P dG = [1 0 ] (i)Para encontrar dY dG : Pela Regra de Cramer: dy dG = 1 1− c′ − ∂I ∂y ∗ det ([ 1 0 0 1 ]) Assim: dy dG = 1 1− c′ − ∂I ∂y > 1 (48) Ou seja, o multiplicador de gastos autoˆnomos. (ii)Para encontrar di dG : 18 Pela Regra de Cramer: dM/P dG = 1 (1− c′ − ∂I ∂y ∗ det (1− c′ − ∂I ∂y ) 1 −∂L ∂y 0 Assim: dM/P dT = ∂L ∂y 1− c′ − ∂I ∂y > 0 (49) Questa˜o 10. (0) V. Uma queda nos prec¸os faz com que a oferta real de moeda au- mente. Esse aumento desloca para a direita a curva LM pressionando os juros reais para baixo. Assim quanto maior for a sensibilidade do investimento aos juros maior sera´ o efeito sobre o produto. Ou seja quanto mais ela´stico o in- vestimento for em relac¸a˜o a taxa de juros, maior o impacto sobre a demanda. (1) V. Um choque real afeta o mercado de bens, representado pela re- lac¸a˜o IS. Dessa forma o choque desloca a curva IS pore´m na˜o descolca a curva LM caso a autoridade fixe a quantidade de moeda, pois neste caso o choque e´ acomodado atrave´s da taxa de juros e do produto. Assim no equil´ıbrio tanto os juros quanto o produto sera˜o diferentes daqueles antes do choque. Quando a autoridade moneta´ria fixa a taxa de juros, na˜o e´ permitida qualquer variac¸a˜o na taxa de juros na˜o e´ permitida, portanto e´ necessa´rio que haja expansa˜o ou contrac¸a˜o da oferta de moeda para acomodar alterac¸o˜es na demanda por moeda, de modo a evitar que no equil´ıbrio a taxa de juros seja maior que a observada no instante inicial. Esse ajuste impactara´ mais uma vez a demanda fazendo com que a volatilidade da renda seja maior nesse caso. (2)F. Se a elasticidade juro da demanda por moeda for nula a curva LM e´ vertical e se a elasticidade juro do invertimento for infinita a curva IS e´ horizontal. Assim uma expansa˜o moneta´ria deslocaria curva LM para a direita o que, dada a IS, aumentaria o produto sem alterar a taxa de juros. 19 (3)F. Quanto maior for a propensa˜o me´dia a poupar da sociedade menor sera´ o multiplicador de gastos e portanto mais inclinada sera´ a IS. Como a politica moneta´ria e´ mais potente quanto menos inclinada for a IS, a afirmac¸a˜o e´ falsa. (4)V. Em uma situac¸a˜o de armadilha de liquidez a elasticidade da de- manda por moeda e´ infinitamente ela´stica em relac¸a˜o a taxa de juros e dessa forma a curva LM e´ horizontal. Assim se o governo promover aumento de gas- tos, o juros na˜o aumentara˜o, o que maximiza o efeito da pol´ıtica fiscal sobre o produto. Questa˜o 11. A relac¸a˜o IS e´ definida por Y = C + I, portanto: Y = 10 + 0, 75Y + 15− 0, 25i Y = 100− i i = 100− Y (50) A relac¸a˜o LM e´ definida por M/Po = M/Pd. Supondo que M/Po e´ dado e constante, temos: (M/P )o = Y − 0, 2i i = 5Y − 5(M/P )o (51) Somando a inclinac¸a˜o da IS (igual a −1) com a inclinac¸a˜o da LM (igual a 5), o resultado final e´ 4. Questa˜o 12. (a) V. O aumento dos gastos pu´blicos estimula a demanda agregada, o que faz aumentar o produto e a demanda por moeda. Para uma dada oferta de moeda, ocorre um aumento de juros, o que desestimula o investimento. O 20 produto final, maior que o inicial, tera´ uma participac¸a˜o relativa maior dos gastos do governo e menor do investimento, que e´ o crowding out. (b) F. O efeito ocorre se considerarmos que o consumo e´ influenciado pela riqueza dos indiv´ıduos e que esta e´ func¸a˜o dos encaixes de moeda (M/P). Neste caso, uma deflac¸a˜o, que deslocaria a LM para a direita, tambe´m desloca a IS para a direita, na medida em que aumenta a renda e, portanto, o consumo dos agentes. Em tal contexto, a curva de demanda agregada e´ mais inclinada - mais ela´stica a variac¸o˜es na taxa de juros. (c) F. A pol´ıtica fiscal so´ tera´ efeito nulo sobre a renda quando a de- manda por moeda for insens´ıvel a variac¸o˜es na taxa de juros. Esse e´ o chamado caso cla´ssico. (d) V. Representamos a IS como: Y = a(A− bi) (52) em que Y e´ o n´ıvel de renda, a o multiplicador, A os gastos autoˆnomos, b a sensibilidade da demanda agregada a taxa de juros e i a taxa de juros. Dessa forma, a elasticidade-juro da IS e´ dada por: | ∂Y ∂Y i Y |= ab ∗ i Y (53) Assim, quanto maior a, maior a elasticidade-juro da IS, o que a torna me- nos inclinada (mais sens´ıvel a variac¸o˜es da taxa de juros). Esse resultado, entretanto, independe do efeito crowding out. (e) F. Este e´ o caso da Armadilha da Liquidez, situac¸a˜o em que a taxa de juros deixa de surtir efeito sobre a demanda por moeda e t´ıtulos. Neste caso o efeito da pol´ıtica fiscal e´ ma´ximo. Questa˜o 13. (0)F. Na presenc¸ade armadilha de liquidez a demanda por moeda e´ infinita- mente ela´stica a taxa de juros e portanto a LM e´ horizontal. Um deslocamento da curva IS devido aumento de gastos pu´blicos na˜o afeta a taxa de juros. Nesse caso o efeito deslocamento e´ nulo. (1)V. A LM e´ vertical no caso cla´ssico e portanto a pol´ıtica fiscal e´ incapaz de alterar a renda. (2)V. Quanto maior o multiplicador mais horizontal e´ a IS e consequen- temente mais eficaz sera´ a pol´ıtica moneta´ria. 21 Figura 3: A renda cai, mas efeito sobre juros e´ incerto (3)F. Note que a inclinac¸a˜o LM, ou seja, di dy |LM e´: dM/P = ∂L ∂Y dY + ∂L ∂i di Mantendo a oferta de moeda constante dM/P = 0, − ∂L ∂Y dY = ∂L ∂i di Isolando di dy , chegamos a´: − ∂L ∂Y ∂L ∂i = di dY Assim quanto maior ∂L ∂i , menor a inclinac¸a˜o da curva LM ( di dY ). (4)F. A renda ira´ certamente cair, mas o impacto sobre os juros e´ incerto. Ver figura (3). Questa˜o 14. Resolvendo o modelo, do equil´ıbrio no mercado de moeda (LM), temos: M P = Md P (54) 600 = 2Y − 4000r ⇒ r = −0, 15 + 0, 0005Y (55) 22 Do equil´ıbrio no mercado de bens (IS): Y = C + I + G (56) Y = 400 + 0, 5(Y − 100− 0, 2Y ) + 300− 600(−0, 15 + 0, 0005Y ) + 250 (57) Y = 990 + 0, 1Y (58) Y = 1100 (59) r = 0, 4 (60) T = 320 (61) C = 790 (62) (63) (a) F. Apoupanc¸a privada e´ dada por: Sp = Y d − C Sp = Y − T − C = 1100− 320− 790 = −10 (64) (b) V. Y=1100 (c) F. r=0,4 (d) V. Apo´s a mudanc¸a, teremos: r = −0, 3 + 0, 0005Y Y = 1200 (65) (e) F. Nesse caso: Y = 990 + 0, 2Y ⇒ Y = 1237, 5 (66) que e´ 12,5% maior. Questa˜o 15. (0)V. A inclinac¸a˜o da IS e´ dada por: di dY |IS = (multiplicador) −1 ∂I ∂i Quanto maior ∂I ∂i mais horizontal sera´ a curva IS. O mesmo acontece quanto maior for c’, isso porque maior sera´ o multiplicador. 23 Figura 4: Para compensar o efeito sobre a renda no equil´ıbrio de uma expansa˜o fiscal, o governo pode contrair em montante suficiente a oferta de moeda. (1)V. Quanto maior a sensibilidade da demanda por moeda a renda, maior sera´ o impacto de um aumento de gastos pu´blicos sobre a taxa de juros e portanto maior sera´ o efeito deslocamento. (2)F. Uma reduc¸a˜o da oferta de moeda desloca para a esquerda a curva LM o que faz com que haja reduc¸a˜o do produto dado que a curva IS permanece constante. Assim havera´ reduc¸a˜o da arrecadac¸a˜o de tributos. Como os gastos do governo seguem constantes enta˜o deve haver um aumento do de´ficit pu´blico. (3)V. Ver figura (4). (4)F. Quanto menor a sensibilidade do investimento a taxa de juros mais inclinada sera´ a IS e quanto maior a sensibilidade da demanda por moeda em relac¸a˜o a taxa de juros menos inclinada e´ a LM. Este e´ o caso em que a pol´ıtica fiscal e´ mais eficaz que a pol´ıtica moneta´ria. Questa˜o 16. Este e´ um exerc´ıcio cla´ssico para encontrar o produto de equil´ıbrio. Resolvendo primeiro a IS: Y = C + I + G Y = 20 + 0, 25(Y − 20) + 10 + 0, 25Y − 100r + 20 0, 5Y = 45− 100r 24 IS : Y = 90− 200r (67) A relac¸a˜o LM e´ dada por: LM : r = Y − 60 400 (68) Substituindo (44) em (43), temos: Y = 90− 200 ( Y − 60 400 ) 1, 5Y = 120 Y ∗ = 80 O produto de equilibrio e´ 80. Questa˜o 17. (0)F. A magnitude do deslocamento da curva LM devido variac¸o˜es em (M¯/P¯ )na˜o depende de k. Ela depende da inclinac¸a˜o da curva de demanda por moeda, representada por h. (1)V. A relac¸a˜o IS e´ dada por: Y = C¯ + c(Y − tY ) + I − bi + G¯ Y = C¯ + I + G¯ 1− c(1− t) − bi 1− c(1− t) (69) Assim, a inclinac¸a˜o da IS, ou seja, di dY e´ em mo´dulo ∣∣∣∣1− c + ct)b ∣∣∣∣. Quanto menor t, menor a inclinac¸a˜o da IS. Ale´m disso quanto menor t maior sera´ o multiplicador de gastos. Dessa forma um aumento nos gastos autoˆnomos (G¯ neste caso) leva a um maior deslocamento da IS. Para responder os itens (2) e (3) e´ preciso encontrar a expressa˜o de renda de equil´ıbrio em func¸a˜o dos paraˆmetros do modelo e das varia´veis exo´- genas. A relac¸a˜o LM e´ dada por: i = k h y − M¯/P¯ h (70) 25 Substituindo (46) em (45) e manipulando alge´bricamente chegamos a`: Y = h h[1− c(1− t)] + bk (C¯ + I + G¯) + b h[1− c(1− t)] + bkM¯/P¯ (71) (2)F. Pois: ∂Y ∂G = h h[1− c(1− t)] + bk (72) e ∂Y ∂M¯/P¯ = b h[1− c(1− t)] + bk (73) Assim como c aparece da mesma forma nos dois casos, variac¸o˜es de c afetam igualgualmente o efeito sobre o n´ıvel de renda de equilibrio acarretado pelo aumento em G¯ ou pelo aumento em M¯/P¯ . (3)V. Note que em ∂Y ∂M¯/P¯ apenas o denominador cresce, o que significa que quanto maior h, menor o efeito sobre a renda do aumento de uma unidade em M¯/P¯ . Como em ∂Y ∂G , h tambe´m aparece no numerador o efeito sobre o n´ıvel de renda de equil´ıbrio acarretado pelo aumento de uma unidade em G¯ e´ relativamente maior que no caso anterior. (4)V. Substituindo (45) em (46) chegamos a`: i = k h[1− c(1− t)] + bk (C¯ + I + G¯)− 1− c(1− t) h[1− c(1− t)] + bkM¯/P¯ (74) ∂i ∂G = k h[1− c(1− t)] + bk (75) ∂ ( ∂i ∂G ) ∂k = h[1− c(1− t)] {h[1− c(1− t)] + bk}2 > 0 (76) Assim, quanto maior k, tudo o mais constante, maior sera´ o efeito sobre a taxa de juro de equil´ıbrio acarretada pelo aumento de G¯. 26
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