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CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
PRODUÇÃO TEXTUAL EM GRUPO
Itacoatiara -AM
2020
8
Fabio Cruz dos Santos (2086352603)
Faiane Gomes dos Santos ( 2099015105)
Herllen Suzy de Araújo Farias (2076056103)
Leydiane Nunes Farias (2105008003)
Luciléia Paes Monteiro (21077027)
Mauro de Oliveira Lopes ( 2076021805)
Milena Ribeiro Tamer ( 2083471905)
TEMÁTICA INTERDISCIPLINAR: Complicações em pós-operatório de cirurgias ortopédicas.
Trabalho de Conclusão de Semestre apresentado como requisito parcial para a obtenção de nota semestral na disciplina de Enfermagem e Trabalho, Microbiologia, Habilidades, Fundamentos semiológicos de enfermagem, Seminário interdisciplinar IV.
Orientadora: Elainne Chris Ferreira
.
Itacoatiara -AM
2020
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO...................................................................................................04
2. DESENVOLVIMENTO.....................................................................................06
2.1 DESAFIO 1 : Enfermagem na saúde do adulto..............................................06
 2.2 DESAFIO 2 : Terapia Medicamentosa.................................................................07
2.3 DESAFIO 3 : Fundamentos técnicos de enfermagem.....................................08
2.4 DESAFIO 4: Didática aplicada á enfermagem.................................................12
3. CONCLUSÃO............................................................................................................15
4. REFERÊNCIAS...................................................................................................16
INTRODUÇÃO
Os desafios propostos pela Situação Geradora de Aprendizagem (SGA) no portfólio interdisciplinar é de grande importância na atuação da enfermagem, trata-se das “complicações em pós operatórias de cirurgias ortopédicas“ O desenvolvimento do trabalho foi conforme o roteiro proposto SGA, seguindo a seguinte ordem que nos leva a compressão da importância do cuidado na assistência e conceituando cada tema para melhor entendimento da enfermagem, humanizada e capacitada que apresenta as disciplinas: Fundamentos técnicos de enfermagem, enfermagem na saúde do adulto, terapia medicamentosa, didática aplicada enfermagem.
Os Pontos abordados são compostos pelo entendimento de cada aluno a partir do conhecimento, adquiridos através dos assuntos abordados durante as tele aulas do semestre bem como, na web aula e todos os materiais de apoio fornecidos como fonte de conhecimento pelos professores.
SITUAÇÃO GERADORA
 L.I.N., sexo masculino, 50 anos, está no 5º PO de cirurgia de fêmur em MID, recebeu alta hospitalar há 3 dias, com orientações de seguir com os cuidados pós-operatórios na UBS (Unidade Básica de Saúde) e prescrição médica de Enoxaparina Sódica 40 mg SC 1 x ao dia, Cloridrato de Tramadol 100 mg VO 6/6 horas 
 L.I.N. tem recebido os cuidados da esposa, que levou a contra referência do Hospital Ortopédico para a UBS do bairro onde mora, orientada pela Agente Comunitária de Saúde (ACS) a aguardar pela visita domiciliar. Porém, até o momento (3 dias após a alta hospitalar), ninguém foi atender seu marido. Ela retornou à UBS e descobriu junto à enfermeira Janete que a contra referência estava no arquivo de visitas domiciliares realizadas, portanto, devido ao engano, a enfermeira Janete foi imediatamente até a casa do L.I.N. Ao chegar, encontrou L.I.N. consciente, comunicativo, acamado, com curativo semi-oclusivo extenso em MID e odor fétido. 
 Quando questionado sobre o curativo, o paciente disse não ter recebido nenhuma orientação pós-alta, e devido dor em incisão cirúrgica não permitiu que a esposa realizasse a troca. Durante o atendimento, queixou-se várias vezes de dor moderada em MID mesmo em uso de Tramadol 100 mg VO 6/6 horas. Ao examiná-lo foi possível observar edema 3+/4+ em MID, perfusão periférica com tempo de enchimento capilar maior que três segundos, temperatura fria, pulso poplíteo, tibial e pedioso filiforme, pouco palpável, empastamento da panturrilha, sinal de Homas e de bandeira positivos.
 Verificou também que devido ao engano ocorrido na UBS, ele ficou sem uso de anticoagulante prescrito, desde a alta. Janete deu continuidade ao atendimento domiciliar realizando a troca do curativo em MID de aproximadamente 13 cm de comprimento, que embora não apresentasse secreção purulenta, apenas secreção serosa de aspecto transparente em pequena quantidade, havia presença de hiperemia local, bem como sujidade aparente e deiscência em primeiro ponto cirúrgico em região proximal. Após finalizar o atendimento, Janete solicitou agendamento rápido com o médico a fim de confirmar suas suspeitas em relação aos sinais e sintomas estarem associados a uma complicação pós-cirúrgica.
Desafio 1
ENFERMAGEM NA SAÚDE DO ADULTO
De acordo com a Situação Geradora de Aprendizagem (SGA), houve erros importantes em relação aos cuidados pós-operatórios do L.I.N., provavelmente houve alguma falha na comunicação no momento da alta, quando são fornecidas as orientações sobre cuidados pós-operatórios, uso de medicamentos, além da falha que ocorreu na UBS, e falta de uso do anticoagulante. Esses fatores contribuíram para o seguinte quadro de saúde: MID com edema 3+/4+ e MIE sem edemas, MID com perfusão periférica ruim, temperatura fria, pulso poplíteo, tibial e pedioso filiforme, pouco palpável, panturrilha apresentava ingurgitamento, sinal de Homans e de bandeira positivos.
 Esses sinais e história clínica são sugestivos de trombose venosa profunda (TVP), explique sobre essa patologia abordando sobre definição, fisiopatologia e etiologia, manifestações clínicas, avaliação diagnóstica, manejo, diagnóstico de enfermagem e intervenções de enfermagem. 
Quais complicações essa patologia pode acarretar? Explique-as.
O desprendimento do coágulo pode provocar complicações a curto ou longo prazo. Em curto prazo, ele pode deslocar-se até o pulmão e obstruir uma artéria. Esse episódio é chamado de pulmonares, conforme o tamanho do coágulo e a extensão da área comprometida podem ser mortais.
Em longo prazo, o risco é a insuficiência venosa crônica ou síndrome pós-flebítica, que ocorre em virtude da destruição das válvulas situadas no interior das veias encarregadas de levar o sangue venoso de volta para o coração.
Definição 
A trombose ocorre quando há formação de um coágulo sanguíneo em uma ou mais veias grandes das pernas e das coxas. Esse coágulo bloqueia o fluxo de sangue e causa inchaço e dor na região. O problema maior é quando um coágulo se desprende e se movimenta na corrente sanguínea, em um processo chamado de embolia. Uma embolia pode ficar presa no cérebro, nos pulmões, no coração ou em outra área, levando a lesões graves.
A trombose ocorre, geralmente, após cirurgia, corte ou falta de movimento por muito tempo, sendo mais frequente após procedimentos cirúrgicos ortopédicos, oncológicos e ginecológicos. 
Manifestações clínicas 
A sintomatologia clínica pode ser atípica sem sinais evidentes, porém algumas vezes o paciente se queixa de dores intensas na região comprometida, com edema difuso, cianose local e impotência funcional. Apenas 20% das TVP apresentam essa sintomatologia. Na maioria das vezes os sintomas podem ser provocados por testes clínicos indicativos: 1) dor à pressão na face interna da coxa (m. sartório e gracilles); 2) dor à pressão na face posterior do tornozelo; 3) dor à pressão na musculatura plantar; 4) dor à pressão na panturrilha; 5) dor à flexão dorsal do pé.
Sexo. Parece haver predominância pelo feminino, de acordo com a maioria das estatísticas. Com o emprego de medicação anticoncepcional o risco aumenta drasticamente. Obesidade. Embora alguns autores admitam maior incidência, não existem, na realidade, provas conclusivas. Imobilidade. De todos os fatores de risco é, sem dúvida, o mais importante. É fato amplamente comprovado, em todas as estatísticas, que a permanência prolongada no leito é extremamente nociva, aumentando a incidênciae a gravidade dos acidentes tromboembólicos. Sem a mobilização precoce do paciente, nenhuma medicação profilática será de grande valia.
Doenças intercorrentes. Algumas afecções podem contribuir para aumentar o risco de trombose, tais como lesões tumorais malignas, antecedentes de tromboses venosas profundas, varizes, lesão da parede dos vasos, fraturas dos membros inferiores e da pelve. São considerados como grupo de grande risco os pacientes submetidos a prótese total do quadril. Há, sem sombra de dúvida, maior incidência nos pacientes idosos com fraturas do colo do fêmur, submetidos a autoplastia total, principalmente nas cimentadas.
Traumatismo cirúrgico. Parece que não existem controvérsias quanto à influência do traumatismo operatório no desencadeamento do processo tromboembólico. A maioria dos autores admite que a maior duração do ato, o grau de complexidade cirúrgica, a perda sanguínea, a extensão das lesões dos tecidos e sua localização anatômica podem também contribuir para o aumento de sua incidência, embora não exista comprovação real. Na prótese total do quadril, o tipo da exposição pode contribuir para o aumento de sua incidência. A abordagem posterior apresenta incidência bem menor do que a anterior ou a anterolateral. 
Para (TOMAZ 2017)A explicação para esse fato parece estar relacionada com uma torção da veia femoral profunda, durante as manobras de adução e rotação externas forçadas. A maior incidência desses acidentes tromboembólicos é observada nas próteses cimentadas e parece estar relacionada com o aumento da pressão no nível do canal medular durante a introdução do cimento acrílico, impulsionando a gordura medular a penetrar na circulação venosa. Por essa razão, acredita-se que hipercoagubilidade sanguínea observada após PTQ resulta da penetração dessa gordura na veia femoral.
Fatores de Risco: 
- Idade- sabe- se que é mais prevalente em indivíduos cirúrgicos acima dos 40 anos e clínicos acima dos 50 anos ; 
- Imobilização ao leito- pacientes acamados, cirúrgicos, em uso de aparelhos gessados de membros inferiores ; 
- Presença de neoplasia- decorrente do alto grau de hipercoagubilidade; 
- Uso de quimioterápicos - por lesão direta do vaso p ela droga o que ocasiona redução dos níveis de antitrombina III; 
- Presença de doença cardiovascular- decorrente ao aumento da pressão venosa central, estas e sanguínea; 
- Presença de veias varicosas; 
- Obesidade- devido a dificuldade de mobilização e peso abdominal que com as veias ilíacas e diminui o retorno venoso dos membros inferiores ; 
- Gestantes- devido a diminuição do tônus venoso induz ido por hormônios e compressão abdominal das ilíacas; 
-Uso oral de anticoncepcionais; 
-Pacientes poli traumatizados.
 Quadro clínico
O diagnóstico deve ser suspeitado em qualquer paciente com dor ou edema em membros inferiores, principalmente se unilateral ou assimétrico. O edema é usualmente depressível. Quando a diferença do diâmetro entre as duas panturrilhas é maior do que 3 cm a probabilidade e TVP aumenta significativamente, sendo esse o achado clínico de maior capacidade de predição da presença de TVP. Os pacientes podem ainda ter dor e eritema na extremidade envolvida, mas esses são achados inespecíficos e de pouco valor diagnóstico. A presença de fatores precipitantes potenciais deve ser investigada sistematicamente. A dor à dorsiflexão do pé, embora represente um achado propedêutico clássico, tem pouco valor diagnóstico, já a palpação de musculatura de panturrilha é sugestiva do diagnóstico, outro achado sugestivo é presença de um cordão venoso palpável, que pode representar uma veia trombosada.
Tempo de tratamento
Após o evento trombótico, o tratamento consiste no uso parenteral de heparina ou outros anticoagulantes concomitante ao uso de antagonistas da vitamina K que são administrados por um período de 3-6 meses, com objetivo de manter INR entre 2,0 e 3,0. 
 	Cuidados de Enfermagem ao Paciente com TVP 
-Deve-se estar atenta a queixas de tosse, dispneia, hemoptise; 
-Observar presença de cianose; 
-Ficar atento a quedas de saturação de oxigênio
-Medir diariamente a circunferência do membro afetado; 
-Avaliar a perfusão do membro afetado; 
-Sabe-se que todo paciente de UT I permanece no leito, mas o repouso absoluto é necessário; 
-Manter o paciente em Trendelemburg (pois diminui a pressão hidrostática, diminui o edema e alivia dor); 
-Colocar meios elásticas de média c om pressão; 
-Rodiziar o local de aplicação de heparina subcutânea; 
-Se o paciente estiver usando heparina endovenosa, utilizar sempre bomba de infusão; 
-Ficar atento a sinais de hemorragia; 
-Acompanhar diariamente os níveis de plaquetas no sangue ( risco de trombocitopenia) 
-Na presença de trombocitopenia, evitar punções arteriais , venosas e es c ovação dentária pelo risco de sangramento, devendo a higiene oral ser realizada c om água e bochecho com antisséptico; 
Aplicar pomadas antitrombóticas nos hematomas.
Diagnostico de enfermagem
Hipertermia relaciona da à flebite caracterizada por aumento da temperatura. 
Assistência de Enfermagem 
- Orientar o paciente quanto às complicações da doença; 
- Atentar aos sinais e sintomas das doenças e condições associadas à TVP; 
- Prover conforto e bem estar ao paciente
Perfusão tissular periférica ineficaz relacionada a trombos e venosa profunda caracterizada pela dilatação do sistema venoso superficial. 
Assistência de Enfermagem: 
- Manter membros elevados a 45 graus; 
- Aplicar terapia compressiva com meia elástica as sim que possível ou conforme prescrição médica; 
- Estimular exercícios para ativação da bomba muscular da panturrilha em parceria com o Fisioterapeuta.
Dor aguda relacionada ao processo infeccioso do sistema venoso periférico caracterizado por EVA 10 (Escala Visual Analógica que determina a intensidade da dor do paciente). 
Assistência de Enfermagem:
- Observar e anotar características da dor; 
- Administrar analgesia conforme prescrição médica; 
- Ava liar sinais vitais de 1 em 1 hora.
Mobilidade física prejudicada relaciona da restrição dos movimentos caracterizada por enfraquecimento musculo esquelético e dor. 
Assistência de Enfermagem: 
- Estimular movimentação ativa e/ou passiva no leito; 
- Administrar analgesia regular conforme prescrição médica; 
- fornecer conforto ao paciente.
DESAFIO 2
TERAPIA MEDICAMENTOSA
A profilaxia é muito importante para a prevenção da Trombose Venosa Profunda (TVP). Diante da Situação Geradora de Aprendizagem (SGA), após o exame físico e a coleta de dados realizados pela enfermeira Janete, vimos que alguns passos dessa profilaxia não foram cumpridos. Sendo assim, a profilaxia farmacológica é realizada por meio da utilização de anticoagulantes. Dessa forma, descreva o que são medicamentos anticoagulantes. Em seguida, descreva sobre a via de administração de medicamentos utilizada para a administração do anticoagulante da nossa SGA, a via subcutânea.
Os anticoagulantes são medicamentos que impedem a formação de coágulos no sangue, porque bloqueiam a ação de substâncias que fazem a coagulação. Os coágulos são fundamentais para cicatrizar feridas e parar sangramentos, mas existem situações em que podem impedir a circulação do sangue, causando sérias doenças, como AVC, trombose e embolia pulmonar, por exemplo.( CASTRO 2012)
Assim, os anticoagulantes permitem que o sangue se mantenha sempre líquido dentro dos vasos e possa circular livremente, sendo recomendados para pessoas que sofreram doenças provocadas por coágulos ou que tenham maior risco de desenvolvê-las. Os mais comumente usados são a heparina, varfarina e rivaroxabana, que devem ser usados com cuidado e sempre com acompanhamento médico, já que o seu uso incorreto, pode levar à ocorrência de hemorragias graves.(Iza, 2017)
Os anticoagulantes devem ser usados por pessoas que têm maior risco de desenvolver um trombo, como aquelas com arritmias cardíacas ou que usam próteses em valva cardíaca. Também são usados paraeliminar um trombo que já se formou, como em casos de pessoas com trombose, embolia pulmonar ou infarto.
Os anticoagulantes podem ser divididos de acordo com a via de administração e a sua forma de ação:
· Injetáveis, como heparina ou fondaparinux: são injetadas por via intravenosa ou subcutânea. São mais usadas em situações de emergência, no hospital, como em casos de trombose venosa profunda, embolia pulmonar ou infarto do miocárdio. A heparina pode ser usada em gestantes que tiveram trombose, pois não interferem na formação do bebê;
· Orais, como Marevan, Xarelto e Pradaxa: são comprimidos usados em casa, diariamente, para evitar a formação de coágulos ou para dissolver coágulos que estão impedindo a circulação sanguínea.
CLEXANE Uso subcutâneo ou intravenoso.
CLEXANE diminui o risco de desenvolvimento de uma trombose venosa profunda e sua consequência mais grave, a embolia pulmonar. CLEXANE previne e tratam estas duas patologias, evitando sua progressão ou recorrência, além de tratar angina instável e o infarto do miocárdio. CLEXANE também evita a coagulação do sangue no circuito de hemodiálise. A duração do tratamento com CLEXANE pode variar de um indivíduo para o outro. A máxima atividade anti-Xa (antitrombótica) média no sangue é observada 3 a 5 horas após a administração subcutânea.
DESAFIO 3 
FUNDAMENTOS TÉCNICOS DE ENFERMAGEM
Sabe-se que o pós-operatório de osteossíntese de fratura de fêmur deve ser rigoroso devido às altas taxas de complicações. Por se tratar de uma cirurgia extensa e de complexa reabilitação, a enfermagem tem papel fundamental nas orientações em saúde no que se refere ao uso de medicamentos, realização de curativos, bem como os cuidados em relação à mobilidade do membro afetado devido possíveis lesões por pressão. Neste sentido, responda os questionamentos a seguir: 
1) Em relação à situação apresentada anteriormente, quais orientações deveriam ter sido dadas pelo(a) enfermeiro(a), referentes ao curativo de MID, no momento da alta hospitalar? 
2) Diante da situação presenciada pela Enfª Janete, qual deve ser sua conduta em relação ao curativo? Descreva passo a passo os processos de limpeza e cobertura para a efetivação do curativo, destacando quais instrumentos e materiais devem ser utilizados para tal.
O planejamento de alta se dá a partir das necessidades do paciente, incluindo suas necessidades de aprendizado, abrangendo o período compreendido entre o momento da admissão até o momento da alta hospitalar, com abordagem multiprofissional. Dentre as atividades do enfermeiro, o planejamento de alta é etapa importante da sistematização da assistência de enfermagem.
A orientação do enfermeiro começa com o cuidar da ferida cirúrgica que inicia com o banho diariamente, da cabeça aos pés, limpando a ferida cirúrgica com sabão neutro e enxaguando bem; Depois, seque a ferida cirúrgica e limpe-a com Soro Fisiológico, colocando Gaze e Atadura de Crepe ou Esparadrapo se necessário (se estiver saindo secreção ou ambiente sujo); Não apoie o peso do corpo sobre o membro operado. Ande com o auxílio de muletas até a liberação médica; Não realize movimentos rotatórios na perna operada; Evite ficar deitado o dia todo. Procure ficar sentado em poltrona ou sofá, desde que não seja muito baixo ou mole; Procure movimentar o membro operado (joelho e o pé), para evitar atrofia e inchaço, o que prejudica a circulação; Fique atento a sinais como inchaço e coloração roxa. Se tiver algumas dessas alterações elevarem a perna. Qualquer anormalidade procurar o hospital.
Alimentação
 O estado nutricional é seguramente um dos fatores independentes que mais influenciaram nos resultados pós-operatórios. Uma nutrição adequada matem o metabolismo e a cicatrização da ferida operatória e a resposta imunológica eficiente, favorecendo ao paciente uma recuperação rápida e sem maiores transtornos.
A situação geradora nos leva a descrever o passo a passo e os processos de limpeza e cobertura para uma efetivação de curativo.
A lavação das mãos com água e sabão, que deve ser feita antes e depois de cada curativo. O instrumental a ser utilizado deve ser esterilizado; deve ser composto de pelo menos uma pinça anatômica, duas hemostáticas e um pacote de gazina; e toda a manipulação deve ser feita através de pinças e gazes, evitando o contato direto e consequentemente menor risco de infecção.
Deve ser feita uma limpeza da pele adjacente à ferida, utilizando uma solução que contenha sabão, para desengordurar a área, o que removerá alguns patógenos e vai também melhorar a fixação do curativo à pele. A limpeza deve ser feita da área menos contaminada para a área mais contaminada, evitando-se movimentos de vai e vêm. Nas feridas cirúrgicas, a área mais contaminada é a pele localizada ao redor da ferida, enquanto que nas feridas infectadas a área mais contaminada é a do interior da ferida.
Devem-se remover as crostas e os detritos com cuidado; lavar a ferida com soro fisiológico em jato, ou com PVPI aquoso (em feridas infectadas, quando houver sujidade e no local de inserção dos cateteres centrais); por fim fixar o curativo com atadura ou esparadrapo.
Em certos locais o esparadrapo não deve ser utilizado, devido à motilidade (articulações), presença de pêlos (couro cabeludo) ou secreções. Nesses locais deve-se utilizar ataduras. Esta deve ser colocada de maneira que não afrouxe nem comprima em demasia. O enfaixamento dos membros deve iniciar-se da região dista para a proximal e não deve trazer nenhum tipo de desconforto ao paciente.
O esparadrapo deve ser inicialmente colocado sobre o centro do curativo e, então, pressionando suavemente para baixo em ambas as direções. Com isso evita-se o tracionamento excessivo da pele e futuras lesões.
O esparadrapo deve ser fixado sobre uma área limpa, isenta de pêlos, desengordurada e seca; deve-se pincelar a pele com tintura de benjoim antes de colocar o esparadrapo. As bordas do esparadrapo devem ultrapassar a borda livre do curativo em 3 a 5 cm; a aderência do curativo à pele deve ser completa e sem dobras. Nas articulações o esparadrapo deve ser colocado em ângulos retos, em direção ao movimento.
Durante a execução do curativo, as pinças devem estar com as pontas para baixo, prevenindo a contaminação; deve-se usar cada gaze uma só vez e evitar conversar durante o procedimento técnico.
DESAFIO 4 
DIDÁTICA APLICADA À ENFERMAGEM
Educação em saúde é fundamental no atendimento à comunidade em geral, e aplica-se ao caso de L.I.N. Nesse sentido, expor as informações de maneira que o paciente entenda é uma das habilidades que o enfermeiro deve desenvolver, pois utiliza em seu trabalho constantemente.
Considerando então que L.I.N. deve aplicar medidas visando evitar novos eventos como esse cuja taxa de recidiva chega a 25% nos cinco anos subsequentes ao primeiro, quais seriam as orientações ligadas à profilaxia da patologia em questão que você faria a essa família?
O fêmur é o maior osso do corpo humano e dá sustentabilidade para a coxa. Articula-se na sua porção superior com a bacia e na inferior com o joelho, sendo responsável direto pela movimentação dos membros inferiores e pela caminhada. A fratura do fêmur é potencialmente devastadora para o organismo tendo em vista o alto risco de sequelas e infecção, é uma lesão grave, apesar disso, após tratamento adequado, a maioria dos idosos retorna ao nível de atividade ou vive prazerosamente após o tratamento.( CAMARU 2015)
 A recuperação depende de diversos fatores, tais como idade, saúde geral, tipo de fratura e outros. A reabilitação após uma cirurgia de fêmur tem tempo médico de 180 dias variando de acordo com o tipo de prótese utilizada e condições clínicas do paciente
A prevenção é a melhor opção, as orientações em educação em saúde realizadas por enfermeiros a família e ao paciente melhora a qualidade de vida na prevenção de novos acidentes.( COMARU 2000)
· Não apoiar o peso do corpo sobre o membro operado. Ande com o auxílio de muletas até a liberação médica;
· Não realize movimentos rotatórios na perna operada
· Evitarficar deitado o dia todo. Procurar ficar sentado em poltrona ou sofá, desde que não seja muito baixo ou Moleta ou ajuda de um familiar.
· Procure movimentar o membro operado (joelho e o pé), para evitar atrofia e inchaço, o que prejudica a circulação:
· Orientar a família e paciente que fique atento a sinais como inchaço e coloração roxa. Se tiver algumas dessas alterações elevarem a perna.
· Uma nutrição adequada matem o metabolismo e a cicatrização da ferida operatória e a resposta imunológica eficiente.
· Respeitar as orientações da equipe medica e a orientação do profissional nutricionista a recuperações será calma e tranquila, fazendo com que em pouco tempo, você voltará às suas atividades e rotinas habituais.
· Qualquer anormalidade procurar o hospital.
O Uso de cintos de segurança no trânsito, equipamentos de seguranças em atividades em altura, cuidados com pisos molhados, falta de corrimão para se apoiar tapetes com dobras levantadas, animais de estimação e iluminação do ambiente. Recomenda-se também sempre manter a avaliação da qualidade óssea em dia com orientações médicas.
CONCLUSÃO 
A educação em saúde tem o objetivo de diminuir o déficit de conhecimento dos pacientes e seus familiares por meio da orientação realizados pelo enfermeiro, com o objetivo de diminuir o tempo da internação e promover o autocuidado. Além dos aspectos físicos, há destaque para as necessidades psicoemocionais que podem ser evidenciadas no momento e influenciar negativamente na recuperação do paciente, o que requer intervenção.
Cabe aos enfermeiros promoverem o atendimento das necessidades dos pacientes, consideradas humanas e básicas, trabalhando na perspectiva da interdisciplinaridade. A influência no nível de conhecimento desses pacientes para o desenvolvimento das atividades de vida diária, irá melhorar sua autonomia e independência para cuidado, vivenciando menos problemas após a alta hospitalar em domicílio. As orientações ao paciente, familiares e cuidadores contidas no plano de alta detalhado é fundamental para uma recuperação adequada e melhoria na qualidade de vida do mesmo.
Desse modo, é observada a importância do acompanhamento contínuo do paciente por parte dos enfermeiros e implantação de uma assistência integral e individualizada, voltada às necessidades do paciente durante todas as fases do seu tratamento. É necessário repensar estratégias de cuidados a fim de promover o auto-cuidado.
REFERÊNCIAS:
CASTRO SILVA M. Tromboembolismo venoso - epidemiologia e fatores de risco. In: Brito CJ et al. (eds.). Cirurgia Vascular. Rio de Janeiro: Editora Revinter; 2012. p. 1123-34
CAMPOS, M. G. C. A, et. al. Feridas complexas e estomas. João Pessoa: Ideia, 2016. Disponível em: http://www.corenpb.gov.br/wp-content/uploads/2016/11/E-book-coren-final-1.pdf. Acesso em: 28 jan. 2020.
CAMARÚ, M.N. - Atuação da enfermeira na Unidade de Traumatologia - Rev. Bras. Enf., RJ, 28: 81-87, 2015
COMARÚ. M.N. - Paciente hospitalizado - Atuação da enfermeira na prevenção de limitações físicas. Rev. Bras. Enf., RJ - 28: 22-29, 2000
CHEEVER, K. H. Brunner e Suddarth: tratado de enfermagem médico-cirúrgica. 13 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. 
BRUM, L. F. S. Farmacologia básica. Porto Alegre: SAGAH, 2018. (Minha Biblioteca) 
IZAR, M. C. et al. Situações especiais com relação a anticoagulantes orais. Revista da SOCESP, v. 27, n. 3, jul./set., 2017
OLIVEIRA, L. D. R. Didática aplicada à enfermagem. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S. A., 2017.
RAMOS, A. R. Terapia Medicamentosa. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2017.
 THOMAZ, M. C. A. Enfermagem na saúde do adulto. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S. A., 2017. NETTINA, S. M. Prática de enfermagem / Sandra M. Nettina; revisão técnica Isabel Cruz; tradução Carlos Henrique de Araújo Cosendey, Patrícia Lydie Voeux. – 10. ed. – [Reimpr.] - Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017.
CAMARÚ, M.N. - Atuação da enfermeira na Unidade de Traumatologia - Rev. Bras. Enf., RJ, 28: 81-87, 2015

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