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LegislaçãoLegislação D A T A 1 8 - 0 6 - 2 0 2 1 Em 1969, entrou em vigor o Código de Deontologia e Ética Profissional Veterinário. O Código é considerado um conjunto de leis que estabelece a conduta ética e moral do profissional de medicina veterinária O Código de Ética Profissional foi atualizado em 15/01/1981, pela publicação da Resolução nº 322. Em 16 de agosto de 2002, foi aprovada nova atualização do Código de Ética do Médico Veterinário, pela Resolução nº 722. O atual Código de Ética do Médico Veterinário está regulamentado pela Resolução nº 1138, de 16 de dezembro de 2016. Código de Ética CAPÍTULO I: PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS CAPÍTULO II: DOS DEVERES CAPÍTULO III: DOS DIREITOS CAPÍTULO IV: DO COMPORTAMENTO CAPÍTULO V: DA RESPONSABILIDADE PROFISSIONAL CAPÍTULO VI: DA RELAÇÃO COM OS OUTROS MÉDICO VETERINÁRIOS CAPÍTULO VII: DO SIGILO PROFISSIONAL CAPÍTULO VIII: DOS HONORÁRIOS PROFISSIONAIS CAPÍTULO IX: DA RELAÇÃO COM O CIDADÃO CONSUMIDOR DE SEUS SERVIÇOS CAPÍTULO X: DAS RELAÇÕES COM O ANIMAL E O MEIO AMBIENTE CAPÍTULO XI: DA RESPONSABILIDADE TÉCNICA CAPÍTULO XII: DAS RELAÇÕES COM A JUSTIÇA CAPÍTULO XIII: DA PUBLICIDADE E DOS TRABALHOS CIENTÍFICOS CAPÍTULO XIV: DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES CAPÍTULO XV: DA APLICAÇÃO DAS PENALIDADES CAPÍTULO XVI: DA OBSERVÂNCIA E APLICAÇÃO DO CÓDIGO Associações da Categoria Entende-se como órgãos ou entidades de classe o agrupamento de pessoas com as mesmas aspirações, que lutam pelos interesses de uma categoria profissional ou de mesmos ideais filosóficos. Sindicatos; Associações e Sociedades; Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público. Sindicatos Os Sindicatos cuidam da defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria dos Veterinários, inclusive em questões judiciais ou administrativas. O modelo sindical brasileiro foi disciplinado pela Consolidação das¤ Leis do Trabalho (CLT) (Decreto-Lei nº 5.452, de 1º/05/1943,- (Arts. 511 a 610). Os sindicatos obtinham o reconhecimento legal junto ao Estado, através da obtenção da Carta Sindical, fornecida pela Secretaria de Relações do Trabalho do MT. A partir do estabelecido na CF/1988, o reconhecimento dependia do registro em Cartório de Pessoas Jurídicas. LegislaçãoLegislação D A T A 1 8 - 0 6 - 2 0 2 1 A CF/1988 trouxe avanços para o direito de sindicalização, dentre eles: A declaração que “é livre a associação profissional ou sindical”. “é vedada ao Poder Publico a interferência e a intervenção na organização sindical”. Assegura a estabilidade do dirigente sindical ao declarar: “é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro de sua candidatura a carga de direção ou representação sindical e, se eleito, ainda que suplente, até um ano após o fim do mandato, salvo se cometer falta grave nos termos da lei”. Transfere para os trabalhadores o direito de definir a sua base territorial sindical: “será definida pelos trabalhadores ou empregadores interessados, não podendo ser inferior à área de um município.” A Lei 13.467/2017 (Reforma Trabalhista) extinguiu a exigência obrigatória do desconto da contribuição sindical dos trabalhadores, bem como o recolhimento compulsório das empresas para entidades laborais. As contribuições devidas aos sindicatos pelos participantes das categorias econômicas ou profissionais ou das profissões liberais somente serão devidas desde que prévia e expressamente autorizadas. Associações e Sociedades A Lei 10.406/2002 (Novo Código Civil) rege as Associações e Sociedades. Art. 44 - São pessoas jurídicas de direito privado: I - as associações; II - as sociedades; III - as fundações; IV - as organizações religiosas; (Acrescentado pelo art. 02, da Lei¤ 10.825/03). V - os partidos políticos. (Acrescentado pelo art. 02, da Lei¤ 10.825/03). Na área da Medicina Veterinária, as Associações e Sociedades visam proporcionar cultura, qualificação técnica e profissional e lazer aos seus associados, aspectos hoje relevantes na vida de um profissional de nível superior. Alguns exemplos de entidades de categoria: SBMV = Sociedade Brasileira de Medicina Veterinária. SMVRS = Sociedade de Medicina Veterinária do RS. ANCLIVEPA = Associação Nacional de Clínicos Veterinários de Pequenos Animais. ABRV = Associação Brasileira de Radiologia Veterinária. ABRAVEQ = Associação Brasileira de Veterinários de Equinos. ABRAVAS = Associação Brasileira de Veterinários de Animais Silvestres. CBRV = Colégio Brasileiro de Radiologia Veterinária. LegislaçãoLegislação D A T A 1 8 - 0 6 - 2 0 2 1 Organizações da sociedade civil de interesse público A lei n. 9.790 de março de 1999, rege as Organizações da sociedade civil de interesse público (OSCIP) são regidas pela Lei n. 9.790, de 23 de março de 1999. Dispõe sobre a qualidade de pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos como organizações da sociedade civil de interesse público, institui e disciplina o termo de parceria e dá outros. Promoção da assistência social Promoção da cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico. Promoção gratuita da educação, observando-se a forma complementar de participação das organizações de que trata visto lei. Promoção gratuita da saúde, observando-se a forma complementar de participação das organizações de que trata esta lei. Promoção da segurança alimentar e nutricional. Defesa, preservação e conservação de meio ambiente e promoção do desenvolvimento sustentável. Promoção do voluntariado. Promoção do desenvolvimento econômico e social e combate a pobreza. As OSCIP devem ter um estatuto que analisado e aprovado pelo ministério da justiça. Para ser reconhecida, as OSCIP devem ter pelo menos uma das seguintes finalidades: Experimentação, não lucrativa, de novos modelos sócio-produtivos de sistemas alternativos de produção, comércio, emprego e crédito. Promoção de direitos estabelecidos, constituição de novos direitos e assessoria jurídica gratuita de interesse suplementar. Promoção da ética, da paz, da cidadania, dos direitos lucrativos, da democracia e de outros valores universais. Estudos e pesquisas, desenvolvimento de tecnologias alternativas, produção e divulgação de informação e conhecimentos técnicos e científicos que digam respeito às atividades mencionadas acima. Direito Ambiental O Direito Ambiental é a área do conhecimento jurídico que estuda as interações do homem com a natureza e os mecanismos legais para proteção do meio ambiente. É uma ciência holística que estabelece relações intrínsecas e transdisciplinares entre campos diversos, como antropologia, biologia, ciências sociais, engenharia, geologia, economia, ciências políticas e os princípios fundamentais do direito internacional, dentre outros. No Brasil o direito ambiental, como disciplina jurídica, é recente. Surgiu a partir da problematização da questão ambiental, no contexto nacional e internacional. LegislaçãoLegislação D A T A 1 8 - 0 6 - 2 0 2 1 Princípios do Direito Ambiental Os Princípios do Direito Ambiental visam proporcionar para as presentes e futuras gerações, as garantias de preservação da qualidade de vida, em qualquer forma que esta se apresente, conciliando elementos econômicos e sociais, isto é, crescendo de acordo com a ideia de desenvolvimento sustentável. Princípio do Direito Humano Fundamental O direito ao meio ambiente protegido é um direito difuso, já que pertence a todos e é um direito humano fundamental, consagrado nos Princípios 1 e 2 da Declaração de Estolcomo e reafirmado na Declaração do Rio. Graças a esse Princípio, a disponibilização de certos produtos é por muitas vezes criticada pelos vários segmentos sociais e o próprio Poder Público, como aconteceu no recente episódio dos transgênicos e das células tronco. Princípio Democrático Assegura ao cidadão o direito à informação e à participação na elaboração das políticas públicas ambientais, de modo que a ele deve ser assegurado os mecanismos judiciais, legislativos e administrativos que efetivam o princípio. Esse Princípioé encontrado não só no capítulo destinado ao meio ambiente, como também no capítulo que trata os direitos e deveres individuais e coletivos. Princípio da Precaução Estabelece a vedação de intervenções no meio ambiente, salvo se houver a certeza que as alterações não causaram reações adversas, já que nem sempre a ciência pode oferecer à sociedade respostas conclusivas sobre a inocuidade de determinados procedimentos. Princípio da Prevenção É muito semelhante ao Princípio da Precaução, mas com este não se confunde. Sua aplicação se dá nos casos em que os impactos ambientais já são conhecidos, restando certo a obrigatoriedade do licenciamento ambiental e do estudo de impacto ambiental (EIA), estes uns dos principais instrumentos de proteção ao meio ambiente. Princípio da Responsabilidade Pelo Princípio da Responsabilidade o poluidor, pessoa física ou jurídica, responde por suas ações ou omissões em prejuízo do meio ambiente, ficando sujeito a sanções cíveis, penais ou administrativas. Logo, a responsabilidade por danos ambientais é objetiva, conforme prevê o §3º do Art. 225 CF/88 Princípio do Usuário Pagador Estabelece que quem utiliza o recurso ambiental deve suportar seus custos, sem que essa cobrança resulte na imposição taxas abusivas. Então, não há que se falar em Poder Público ou terceiros suportando esses custos, mas somente naqueles que dele se beneficiaram. LegislaçãoLegislação D A T A 1 8 - 0 6 - 2 0 2 1 Princípio do Poluidor Pagador Quem poluiu o meio ambiente é obrigado a pagar pelo dano causado ou que pode ser causado. Princípio do Equilíbrio Este Princípio é voltado para a Administração Pública, a qual deve pensar em todas as implicações que podem ser desencadeadas por determinada intervenção no meio ambiente, devendo adotar a solução que busque alcançar o desenvolvimento sustentável. Princípio do Limite Também voltado para a Administração Pública, cujo dever é fixar parâmetros mínimos a serem observados em casos como emissões de partículas, ruídos, sons, destinação final de resíduos sólidos, hospitalares e líquidos, dentre outros, visando sempre promover o desenvolvimento sustentável. Urbanização da população. Formação de grandes centros populosos. Aumento da poluição causada pelas indústrias. Irracional e descontrolada exploração dos recursos não-renováveis da natureza. Destruição da natureza e surgimento de problemas de saúde e violência. O Problema Ambiental O homem, para garantir a sobrevivência, teve que interagir com o meio ambiente. Desde o surgimento do homem na terra que se houve falar em agressão ao meio ambiente. O avanço industrial possibilitou a utilização da tecnologia alcançada. A tecnologia permitiu um domínio da natureza, com a utilização de máquinas, insumos, combustíveis e diferentes fontes energéticas. Desenvolvimento do capitalismo como modo de produção. Aumento na produção e na produtividade. Devastação de florestas, Erosão dos solos e desertificação de grandes áreas, Escassez de água potável, Poluição do ar, da terra e da água, Extinção de várias espécies de animais, Mudanças climáticas, Proliferação de inúmeras doenças que levam à morte, etc. A modernização da agricultura significou a artificialização do meio natural. Visão dominante do avanço tecnológico. A busca do lucro capitalista. Prevaleceu uma visão econômica do crescimento infinito. O meio ambiente foi utilizado por muito tempo como fonte de recursos naturais inesgotáveis, para atender aos anseios desenvolvimentistas dos homens. O Debate Ambiental no Plano Internacional Diversos organismos internacionais contribuíram para internacionalizar as leis e as concepções modernas sobre o meio ambiente: Organização das Nações Unidas (ONU), Banco Mundial (BM), Fundo Monetário Internacional (FMI), LegislaçãoLegislação D A T A 1 8 - 0 6 - 2 0 2 1 Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), Movimentos Ambientalistas, Organizações Não Governamentais e Partidos Políticos: Fundo Mundial da Natureza (WWF), Greenpeace, Partido Verde. Relatório de Bruntland - 1987 (Comissão Mundial do Meio Ambiente e do Desenvolvimento) A primeira-ministra da Noruega, Gro Harlen Brudtland, dirigiu a Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, cujo documento final chamou-se Nosso Futuro Comum; Definição do conceito de desenvolvimento sustentável: “a satisfação das necessidades da geração presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras para satisfazer suas próprias necessidades” Conferência Rio - 1992 (Conferência sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento) Carta da Terra (Agenda 21). Código de comportamento a ser seguido no século XXI. Carta Climática (Convênio Climático). Encarar as alterações do Meio Ambiente como consequência da mudança climática. Convênio da Biodiversidade. Atuar em relação à ocupação crescente pela espécie humana dos habitats de outras espécies . Conferência de Estocolmo -1972 As sociedades avançadas descobrem a existência de um só mundo. Um primeiro aviso da deterioração ambiental. Trabalhos do Clube de Roma – 1972-1974 É impossível o crescimento infinito com recursos finitos. Primeiros estudos sobre a deterioração ambiental. São elaborados dois relatórios com fundamentação empírica. Relatório Global 2000 (a cargo do presidente Carter) Ameaça da sobrevivência da vida humana sobre o planeta. O estilo de vida do Norte não é extensível a todo o mundo. Primeiro diagnóstico sobre a deterioração ambiental da Biosfera. Protocolo de Kyoto – 1997 Tratado internacional com compromissos mais rígidos para a redução da emissão dos gases que agravam o efeito estufa, causador do aquecimento global. Cúpula de Joanesburgo – 2002 (Conferência Rio + 10) Aumentar o uso de fontes renováveis de energia. Ampliar o acesso das pessoas ao saneamento básico. Reduzir as agressões à biodiversidade. Reduzir as emissões de gases. LegislaçãoLegislação D A T A 1 8 - 0 6 - 2 0 2 1 Cúpula de Joanesburgo – 2002 (Conferência Rio + 10) ... Garantir o acesso equitativo a serviços de saúde e a medicamentos essenciais e seguros. Reduzir a proporção de pessoas com fome e com renda inferior a 1 dólar por dia. Aumentar a cooperação internacional (Os países desenvolvidos devem destinar 0,7% do seu PIB Bruto para assistência oficial ao mundo em desenvolvimento). A Rio+20: Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável. Reunião da ONU para discutir como o mundo poderá crescer economicamente, tirar pessoas da pobreza e preservar o meio ambiente. Foram escolhidos dois temas centrais: A economia verde, com um novo modelo de produção que degrada menos o meio ambiente, A governança internacional, que indicará estruturas para alcançar este futuro desejado. Acordo de Paris (2015 – Paris, França) Aprovado pelos 195 países Parte, durante a 21ª Conferência das Partes (COP21). Tratado no âmbito da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (CQNUMC), que rege medidas de redução de emissão de gases estufa a partir de 2020, para conter o aquecimento global e reforçar a capacidade dos países de responder ao desafio, num contexto de desenvolvimento sustentável. Constituição e proteção ambiental A Constituição Federal, de 1988, tornou- se um importante marco para a proteção do meio ambiente. Antes de 1988, não existiam menções expressas de arrimo constitucional para proteger a biota: visão homocêntrica da questão ambiental. As Constituições Federais em 3 fases: A primeira fase, denominada de "exploração" ou "laissez-faire ambiental". Marcada pela quase inexistência de salvaguarda jurídica do meio ambiente, transcorrendo-se do período colonial e imperial ao republicano, caminhando-se até a década de 60. As ações governamentais eram isoladas, com o sentido de se conservar determinadas culturas do que propriamente buscar a preservação A conquista de novas fronteiras era o que importava na relação do homem para com natureza. Segunda fase, denominada “fragmentária”, 1960-1980. Marcada pela preocupação não ainda com o mundo natural em si, mas sim com as diversas categorias de recursos naturais existentes. Ao legislador cabia o controle das atividades exploradoras. Constituição de 1967 não abordou especificamente o tema Direito Ambiental em um capítulo. Atribuiu responsabilidade à União de continuar legislando sobre: LegislaçãoLegislação D A T A 1 8 - 0 6 - 2 0 2 1 Desapropriação, jazidas, minas, metalurgia, florestas, caça e pesca, águas (art. 8). Desapropriação por interesse social como exceção ao direito de propriedade (art. 153, § 22). soberania nacional propriedade privada função social da propriedade; livre concorrência; defesa do consumidor; defesa do meio ambiente; Legislação Ambiental no Brasil Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios: aproveitamento racional e adequado; utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do meio ambiente; observância das disposições que regulam as relações de trabalho; exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores. Constituição e proteção ambiental Art. 186. A função social é cumprida quando a propriedade rural atende, simultaneamente, segundo critérios e graus de exigência estabelecidos em lei, aos seguintes requisitos: Terceira fase, chamada de "holística", de 1980 a atualidade. O ambiente passa a ser protegido de maneira integral, como sistema ecológico integrado (resguardando-se as partes a partir do todo) e com autonomia valorativa (é, em si mesmo, bem jurídico). O Artigo 225 da Constituição Federal garante: Todos têm direito ao meio ambiente¤ ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
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