Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
* * * ESTAFILOCOCOS Profª: Jane M. Costa Infectologia Medicina 5° Semestre * * * * * * * * * * * * * * * * * * ESTAFILOCOCOS 1.Morfologia 1.1 Microorganismo Células esféricas que se dispõem em cachos irregulares, cocos isolados, aos pares, em tétrades. * * * Estafilococos Produzem várias enzimas dentre elas a coagulase que permite diferenciar S. aureus das outras espécies. Frequentemente colonizam pele (axilas, períneo, narinas) e mucosas. * * * Principais espécies: S. aureus (Coagulase positiva) S. epidermidis S. haemolyticus S. saprophyticus * * * * * * * * * Os estafilococos apresentam proteínas de superfície que facilitam sua aderência e permanência em tecidos e corpos estranhos. Os estafilococos coagulase-negativos produzem um biofilme de exopolis-sacarídeo que os tornam inacessíveis às defesas do hospedeiro e aos antibióticos quando ligados a corpo estranho. * * * * * * Generalidades Coagulase negativo – S. epidermidis Coagulase positivo – S. aureus S. aureus Persistente na flora – 10% a 20 % Forma transitória – 30% a 50% Sítios de colonização - Narinas - Axilas - Períneo - Faringe - Mãos ESTAFILOCOCCIAS * * * * * * Staphylococcus aureus * * * * * * * * * Componentes estafilocócicos Toxinas 33-kd alfa-proteína formação de poros e indução de reação inflamatória dano celular sepse Toxinas esfoliativas síndrome da pele escaldada Toxina 1 síndrome do choque tóxico 20 % dos S. aureus Leucoccidina penta-valente infecções cutâneas graves (CA-MRSA) * * * Componentes estafilocócicos Enzimas e outros componentes Protease, lipase e hialuronidase destruição tecidual facilitam disseminação da infecção para tecidos adjacentes papel ainda mal definido β-lactamase Proteína de ligação da penicilina Coagulase ativadora de protrombina fibrinogênio em fibrina papel incerto na virulência * * * Epidemiologia Colonização e infecção Humanos reservatórios naturais 30 a 50 % de adultos saudáveis são colonizados 10 a 20 % colonização persistente MSSA e MRSA Colonizados risco aumentado para infecção subseqüente 11 a 43 % * * * Staphylococcus aureus Até 70% da população hospitalar é colonizada. As populações mais susceptíveis às infecções: Pacientes com lesões de pele, queimados, usuários de agulhas, diabéticos, pacientes em diálise, pacientes pós-operatório, etc. * * * Epidemiologia Colonização e infecção Risco aumentado para infecção: DM tipo I Usuários de drogas intravenosas Hemodiálise Pacientes cirúrgicos SIDA Defeitos na função leucocitária * * * Transmissão: Normalmente se dá por contato das mãos que são transitoriamente contaminadas. Pode ocorrer pelo ar, através de partículas suspensas, emitidas por pacientes (p/ ex.) traqueostomizados. As áreas de maior risco são as CTIs, unidades de queimados, berçários, etc. Os maiores fatores de risco são: Internação prolongada, uso de dispositivo intravascular, uso prévio de antibióticos, lesões de pele, etc. * * * Epidemiologia Transmissão Auto-infecção Infecções nosocomiais mãos dos profissionais de saúde colonizados com cepas autógenas ou de pacientes infectados Exposição única a carreador persistente Fontes ambientais * * * Epidemiologia Mudanças ↑ das infecções comunitárias e nosocomiais nos últimos 20 anos ↑ do uso de dispositivos intravasculares ↑ das infecções por MRSA pressão seletiva por uso de ATB Infecções em UTI persistem aumentando Epidemias ↑ de cepas MRSA rápida disseminação para outras regiões geográficas * * * Epidemiologia Mudanças * * * * * * * * * Condições predisponentes - Dermatite atópica - Diabetes mellitus tipo - Diálise - Uso de drogas intravenosas - Infecção pelo HIV ESTAFILOCOCCIAS * * * Patogênese - Produção de coagulase - Leucocidina - Alfa toxina x fatores de defesa do hospedeiro ESTAFILOCOCCIAS * * * Patogênese Colonização comensal de axilas, vagina, faringe ou pele danificada quebra de barreira de pele e/ou mucosa acesso a tecidos adjacentes e/ou corrente sanguínea Virulência X defesa do hospedeiro Mucina * * * Enterotoxinas B e C – TSS Toxina da síndrome do choque tóxico 1 (TSST1) – TSS e escarlatina estafilocócica Toxinas esfoliativas A e B – SSSS e impetigo bolhoso ESTAFILOCOCCIAS Exotoxinas (superantígenos) Formas de transmissão * * * Patogênese Resposta do hospedeiro PMN principal defesa formação de abscessos Defesa X Dano tecidual Ratos sem molécula intracelular de adesão de leucócitos 1 ↑ mortalidade ↓ infecção estafilocócica grave (menor dano tecidual) * * * ESTAFILOCOCOS 5. Patologia Furúnculo ( modelo da infecção estafilocócica ) S.aureus no folículo piloso Formação de parede + células inflamatórias + tecido fibroso Drenagem Tecido de granulação e cicatrização final Necrose tecidual + produção de fibrina No centro da lesão ocorre liquefação * * * Infecções Localizadas: Foliculites Furúnculos Impetigo Paroníquia Celulites Linfadenites Antraz Hordéolo Hidradenite Mastites * * * * * * Conceito - Infecção superficial da pele Epidemiologia - 60% das piodermites - Crianças em idade pré-escolar e escolar - Falta de higiene, doença cutânea pré-existente, fatores predisponentes Etiologia - Staphylococcus aureus - Streptococcus (clima quente e úmido): Grupo A IMPETIGO * * * * * * * * * * * * Impetigo vesiculopustules Impetigo vesiculopustules with crusting. Courtesy of Larry M Baddour, MD. * * * Staphylococcus aureus Bolhas mais persistentes Crostas finas Confluências das lesões (configuração circinada) Adenite regional (rara) IMPETIGO Bolhoso * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * Clínica Sorologia: anti-DNAse B Exame bacterioscópico e cultura IMPETIGO Diagnóstico * * * IMPETIGO Diagnóstico diferencial Micoses superficiais Herpes simples * * * Higiene Compressas com antisséptico - Permanganato de potássio - Água boricada IMPETIGO Tratamento * * * Antibiótico tópico (3 x dia) - Mupirocin - Ác. fusídico - Neomicina + bacitracina - Gentamicina Antibiótico oral (7 a 10 dias) - Cefalexina - Cefadroxil - Eritromicina e macrolídeos - Penicilina IMPETIGO Tratamento * * * Impetiginização * * * * * * * * * PIODERMITES PREDOMINANTEMENTE ESTAFILOCÓCICAS * * * Infecção do folículo piloso (S. aureus) Superficial (foliculite ostiofolicular) Profunda (sicose e hordéolo) Variantes - Foliculite decalvante - Foliculite queloidiana da nuca - Pseudofoliculite FOLICULITE * * * Tratamento - Higiene - Afastar fatores predisponentes - Compressas com antissépticos - Antibiótico tópico - Antibiótico oral: cefalexina, eritromicina ou tetraciclina - Cirurgia e Laser (light sheer) FOLICULITE * * * * * * Foliculite Foliculite superficial comum por S. aureus Corticóides tópicos (alta potência) podem ser fator predisponente Pústulas com halo eritematoso se agrupam, podem cicatrizar em 7-10 dias ou se tornar crônica Pode aprofundar com cicatriz * * * Foliculite Superficial * * * Pseudofoliculite * * * * * * Sicose Infecção subaguda ou crônica purulenta da porção inferior do folículo piloso É comum na barba 3a. e 4a. décadas Staph. aureus Associado a pele oleosa, dermatite seborreica e blefarite * * * Sicose da Barba * * * * * * Ectima Infecção de pele caracterizada pela formação de crosta aderente e espessa sob a qual aparece uma ulceração purulenta a irregular Strepto e staphylo Comum em glúteos e MMII Deixa cicatriz * * * * * * * * * Hordéolo * * * Hordéolo * * * * * * * * * Furúnculo Características Clínicas Furúnculo: pequeno nódulo eritematoso que evolui com pústula, necrose e cicatrização após eliminação do centro necrótico Deixa uma área violácea que evolui com cicatriz permanente Infecção aguda e geralmente necrótica do folículo piloso por Staphylo aureus * * * Furúnculo Necrose em poucos dias a semanas São dolorosos e latejantes tardiamente Únicos ou múltiplos – podem aparecer em grupos Febre e mal estar geral podem ocorrer Ocorrem em face e pescoço, membros, glúteos e região anogenital * * * Infecção do folículo piloso e glândula sebácea (S. aureus) Pescoço, face, axilas e nádegas Nódulo endurecido, eritema, calor, dor, flutuação e drenagem Fatores sistêmicos - Obesidade - Discrasia sanguínea - Defeitos na função neutrofílica - Imunossupressores - Diabetes mellitus FURÚNCULO * * * * * * * * * * * * Furúnculo – Diagnóstico diferencial Foliculites: mais superficiais Herpes simples: vesículas Acne: polimorfismo, cômedo, face e tronco Rosácea Miíases furunculóide: orifício Hidrosadenite: dobras * * * Furúnculo - Complicações Podem coalescer – antraz Celulite Trombose de seio cavernoso pode ocorrer em lesões de lábio superior e malar Septicemia em desnutridos * * * Ausência de cepas específicas Avaliar co-morbidades Cuidado geral com a pele e vestuário Ácido fusídico 2x/d por 4 semanas (pacientes e familiares) Rifampicina 600 mg/d por 10 dias FURUNCULOSE DE REPETIÇÃO * * * * * * * * * Infecção de folículos pilosos e glândulas sebáceas em placa única (S. aureus) Imunossuprimidos ou Diabetes mellitus Nuca, dorso e coxas Febre e toxemia Área eritematosa, endurecida com múltiplos orifícios de drenagem de pus Diagnóstico diferencial – Acne grau III, hidrosadenite, cisto epidermóide infectado e miíase furunculóide ANTRAZ * * * * * * * * * Diagnóstico - Clínico, gram e cultura Complicações - Celulite, bacteremia (osteomielite, endocardite aguda ou abscesso cerebral), infecção do seio cavernoso e recorrência da infecção ANTRAZ Tratamento - Medidas locais - Antibióticos sistêmicos: Oxacilina - 100 mg Kg/d EV 4/4h Clindamicina - 150 a 300 mg VO 6/6h Eritromicina - 250 a 500 mg VO 6/6h Vancomicina - 250 a 500 mg EV 6/6h - Drenagem cirúrgica * * * Foliculite, furúnculo, antraz, trauma, corpo estranho ou queimaduras Nódulo eritematoso – cavidade purulenta Tratamento: incisão e drenagem ABSCESSO * * * Obstrução das glândulas apócrinas (dilatação dos ductos, ruptura e colonização bacteriana) Mulheres / puberdade Uso de desodorantes, raspagem e depilação mecânica, roupas justas Fatores sistêmicos: Diabetes mellitus, anemia e obesidade FOLICULITES SECUNDÁRIAS Hidrosadenite * * * Pápula, nódulo eritematoso profundo e doloroso, agrupados com drenagem de secreção purulenta, cicatrizes retráteis Diagnóstico diferencial: furúnculo, actinomicose, escrofuloderma e linfogranuloma venéreo Tratamento - Evitar traumatismos - Antissépticos - Antibióticos tópicos e sistêmicos - Corticóide - Drenagem - Cirurgia do cavo axilar FOLICULITES SECUNDÁRIAS Hidrosadenite * * * * * * * * * Grave / homens Comedões, pápulas e pústulas, nódulos, abscessos intercomunicantes e fístulas, bridas e quelóides Face, pescoço e tórax Tratamento: isotretinoína oral FOLICULITES SECUNDÁRIAS Acne conglobata * * * Nódulos e abscessos intercomunicantes com drenagem de secreção purulenta. Cicatrizes queloideanas e alopecia Foliculite dissecante do couro cabeludo FOLICULITES SECUNDÁRIAS * * * Diagnóstico diferencial - Foliculite queloideana - Kerion Tratamento: - Antibiótico sistêmico - Isotretinoína oral: (0.5 a 2.0 mg/kg/d) Foliculite dissecante do couro cabeludo FOLICULITES SECUNDÁRIAS * * * Foliculite Queloidiana * * * Foliculite Decalvante * * * Infecção dobra ungueal após injúria local (roer unhas, remoção cutícula, umidade) Tratamento: - Compressas com antisséptico - Antibiótico tópico/sistêmico - Cirurgia PARONÍQUIA * * * PARONÍQUIA * * * * * * * * * * * * Exotoxina Febre Desconforto e dor ao contato Rash escarlatiniforme generalizado, linhas de Pastia +, descamação inicial em face após 2 a 5 dias Faringite, língua em framboesa Enantema do palato ausente ERUPÇÃO ESCARLATINIFORME ESTAFILOCÓCICA * * * ERUPÇÃO ESCARLATINIFORME ESTAFILOCÓCICA * * * * * * Piodermites - Bacteriologia * * * Complicações – Infecção do TCSC Abcesso Celulite Necrose * * * PIOMIOSITE É a infecção de músculos esqueléticos, sendo causada pelo S. aureus em mais de 80% dos casos. Deve ser lembrada como diagnóstico diferencial em crianças com aparência de quadro séptico e naquelas com dores musculares ou articulares * * * EPIDEMIOLOGIA Tem prevalência em países tropicais, por isso o nome Piomiosite Tropical, acometendo principalmente adultos sem doença de base associada. Em países temperados tem maior prevalência em crianças ou adultos com doença de base * * * QUADRO CLÍNICO Febre Dor local Edema na região do músculo afetado Pode estar sem sinais inflamatórios locais Envolvimento freqüente de mais de um grupo muscular não contíguo Envolvimento articular Dor em flanco (abcesso de psoas) * * * QUADRO CLÍNICO Associado a traumas musculares em metade dos casos (porta de entrada para a bactéria) O abcesso primário de Psoas pode ser relacionado também com: Doença inflamatória intestinal; à traumas gastrintestinais e genito-urinários; como complicação de espondilite tuberculosa; Anemia Falciforme; HIV ou outra imunodeficiência; usuários de drogas intravenosas. * * * DIAGNÓSTICO Quadro Clínico Exame Físico Exames de Imagem Punção por agulha do material purulento (guiada por Tomografia), seguido de bacterioscópico e cultura positivos. Eosinofilia é comum em indivíduos com Piomiosite em países tropicais (papel de parasitas na gênese do processo?). * * * EXAMES DE IMAGEM Radiografia de Abdome Ultra-som de Abdome Tomografia Computadorizada Ressonância Nuclear Magnética * * * * * * * * * * * * TRATAMENTO Drenagem por cateter percutâneo guiada por TC Drenagem cirúrgica Antibioticoterapia Caso não ocorra melhora do quadro após antibioticoterapia e debridamento cirúrgico, considerar recorrência do foco inicial ou foco secundário não detectado inicialmente. * * * Infecções Sistêmicas: São aquelas que envolvem disseminação hematogênica com bacteremias e sinais sistêmicos da infecção: Sepse ( Temp, FC, FR, Leuc ) Endocardite. * * * Infecções Sistêmicas: Pneumonia. Pericardite Empiema Abscessos viscerais. Artrites sépticas, Osteomielites, Espondilodiscite. Infecções associadas a corpo estranho. * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * ARTRITE DOR: CALOR RUBOR AUMENTO DE VOLUME IMPOTÊNCIA FUNCIONAL * * * ARTRITE SÉPTICA Artrite instalação aguda com: FEBRE .... Comprometimento do estado geral Bacteremia Paciente com: sp Infecção Imunodeprimido Artropatia * * * MICROORGANISMOS NA ARTRITE SÉPTICA * * * * * * * * * * * * * * * Manchas de Janeway Nódulos de Osler Hemorragias subungueais Manchas de Roth BACTEREMIA ESTAFILOCÓCICA E ENDOCARDITE * * * * * * * * * Pneumonia estafilocócica Epidemiologia Doença grave Rapidamente progressiva Menos freqüente que as pneumonias virais e pneumocócicas Meio do outono e início da primavera Geralmente precedida por infecção viral das VAS < 3 meses 30 % < 1ano 70 % Meninos mais acometidos que meninas * * * Pneumonia estafilocócica Patogenia Broncopneumonia confluente Maioria unilateral ou mais proeminente em um lado Extensas áreas de necrose hemorrágica Áreas irregulares de cavitação Pleura exudato fibrinipurulento Abscessos aglomerados de bactérias, leucócitos, hemácias e restos necróticos * * * Pneumonia estafilocócica Manifestações clínicas Menores de 1 ano: IVAS de vários dias há 1 semana Mudança abrupta de estado geral Febre alta Tosse Toxemia Letargia ou irritabilidade Estado semelhante ao choque Evidências de dificuldade respiratória: Taquipnéia Respiração gemente Retrações esternais e subcostais Batimento de asa de nariz Cianose Ansiedade * * * Pneumonia estafilocócica Manifestações clínicas Progressão rápida dos sintomas Perturbações gastrointestinais: Vômitos Anorexia Diarréia Distensão abdominal íleo paralítico Exame físico: ↓ da expansão do lado afetado MV ↓ Roncos e estertores esparsos Derrame pleural, piopneumotórax macicez, MV e FTV abolidos Exames enganosos * * * Pneumonia estafilocócica Diagnóstico Pneumonia de início abrupto e progressão rápida em lactentes História de furunculose Internação recente Abscesso de seio materno Diagnósticos diferenciais: Outras pneumonias: S. pneumoniae Streptococcus do grupo A Klebsiella H. influenzae (tipo B e não-tipável) Tuberculose Corpo estranho com formação de abscesso * * * Pneumonia estafilocócica Achados laboratoriais Leucocitose: Neutrofilia Desvio à esquerda Anemia leve a moderada Culturas: Hemocultura Aspirado traqueal Punção pleural Orofaringe sem valor diagnóstico Coloração Gram cocos Gram + em cachos Líquido pleural: Exudato pH < 7,2 Glicose ↓ Proteína > 2,5 g/dl PMN 300-100000 * * * Pneumonia estafilocócica Achados radiográficos Início broncopneumonia inespecífica Infiltrado: Limitado em extensão Denso e homogêneo Envolve todo o lobo ou hemitórax Pulmão direito 65 % Bilateral < 20 % Derrame pleural ou empiema evolução da maioria dos pacientes Piopneumotórax 25 % Pneumatoceles comuns persistem por meses Melhora clínica precede a radiológica * * * Pneumonia estafilocócica Achados radiográficos * * * Pneumonia estafilocócica Achados radiográficos * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * Pneumonia estafilocócica C0mplicações Empiema, piopneumotórax e pneumatoceles evolução natural da doença Lesões sépticas fora do trato respiratório: Raras, exceto em lactentes jovens Pericardite Meningite Osteomielite Numerosos abscessos de partes moles * * * Pneumonia estafilocócica Prognóstico ↑ da sobrevida com tratamentos atuais Mortalidade 10 a 30 % Duração da doença antes da internação Idade Adequação do tratamento Outras doenças ou complicações Crianças normais boa chance de recuperação completa Curso prolongado hospitalização por várias semanas * * * Doenças Mediadas por Toxinas: Síndrome do Choque Tóxico. Síndrome da Pele Escaldada. Intoxicação Alimentar. * * * * * * * * * * * * * * * * * * Intoxicação Alimentar: Relacionada a Enterotoxina B. Alimentos que entram em contato com as mãos de manipuladores de alimentos, parcialmente cozidos, com inadequada refrigeração. Inicio da doença 2-6 hs após a ingestão dos alimentos. Salivação, náuseas, vômitos, diarréia aquosa, ocasionalmente diarréia com muco e sangue, cólicas abdominais e desidratação. Testes para pesquisa de Enterotoxinas nos alimentos. * * * Tratamento: Reposição hidro-eletrolítica adequada. Anti-eméticos. Melhora em 12 hs. * * * Síndrome do Choque Tóxico Diversas toxinas envolvidas: TSST 1, enterotoxinas A e B. 2/3 dos casos em mulheres. Muitos casos relacionados com período menstrual e/ou uso de tampões de alta absorvência/permanência. Casos relacionados com infecção pós-operatória, mastites, queimaduras, lesões cutâneas, osteomielites * * * * * * Exotoxina 1 Mulheres (uso de tampões vaginais) Febre, hipotensão, rash eritematoso, eritema escarlatiniforme generalizado (aumentado em torno do sítio infectado) Descamação de palmas e plantas (após 1 a 2 semanas) Tratamento: - Remoção do tampão - Drenagem de abscesso - Hidratação venosa - Antibiótico sistêmico Precoce – gamaglobulina EV e plasma fresco SÍNDROME DO CHOQUE TÓXICO ESTAFILOCÓCICO (TSS) * * * Quadro Clínico: Hipertermia ( >38,9 Cº ). Hipotensão Ortostática. Rash (Eritrodermia macular difusa). Descamação (Após duas semanas). Envolvimento Multissistêmico: GI, Muscular, Mucosas, Renal, Hepático, Hematológico, SNC. Culturas normalmente negativas * * * * * * * * * Tratamento: Oxacilina 2g EV 4/4 hs. Clindamicina 600mg EV 6/6 hs (?). Mupirucina nasal. Tratamento de suporte. Retirada de corpo estranho, desbridamentos, e drenagens quando necessário. * * * * * * SSSS Criança Adulto imunocomprometido Mortalidade: 2-3% Tratamento Medidas gerais Antibioticoterapia? * * * * * * Síndrome da pele escaldada estafilocócica -Sinal de Nikolski +: Descama em lâminas de “papel molhado’’, deixa superfície úmida e brilhante; -Formação de crostas e fissuras em torno da boca e olhos. Diagnóstico: -Clínico; -Cultura de S. aureus. Tratamento: Oxacilina. * * * Síndrome da pele escaldada estafilocócica Agente: Staphylococcus aureus; Faixa etária: RN e lactentes; Foco infeccioso: Otite, conjuntivite e piodermite; Manifestações clínicas: -Choro e irritabilidade; -Febre ou afebril; -Eritema escarlatiforme dolorido periorbital, perioral, flexural (poupa mucosas); -Esfoliação após 24 a 48h; * * * Síndrome da Pele Escaldada * * * Síndrome da Pele Escaldada: Doença rara entre adultos. Nefropatas ou Imunodeprimidos. Eritema Difuso que se segue de bolhas (24 hs). Lesões bolhosas que lembram queimaduras. Sinal de Nikolski. Exotoxina – Toxina esfoliativa. Normalmente as culturas das lesões bolhosas são negativas. * * * * * * Piodermites SÍNDROME DA PELE ESCALDADA ESTAFILOCÓCICA (SSSS) * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * Tratamento: Oxacilina 200-400mg/kg/dia EV 4/4 hs. Tratamento local do foco da infecção. Adequada reposição hidro-eletrolítica. Tratamento de suporte. Cuidados com as lesões da pele e infecções secundárias. * * * * * * Staphylococcus epidermidis São habitantes naturais da pele. Normalmente são associados à infecções hospitalares. São os agentes mais freqüentes quando associados à infecções em válvula artificial, infecção associada a cateter vascular, diálise peritoneal e shunt do SNC. * * * * * * Staphylococcus saprophyticus Germe freqüentemente associado a ITU de mulheres jovens e sexualmente ativas. * * * * * * ESTAFILOCOCOS 6. Diagnóstico 6.1.Esfregaços: Indistinguível os microrganismos saprófitas ( S.epidermidis ) dos patogênicos ( S.aureus ). 6.2.Cultura : Semeados em placa de ágar-sangue a 37º C. 6.3.Teste da catalase H2o2 + crescimento bacteriano Formação de bolhas (teste positivo) Diferencia Staphylococcus (+) de Streptococcus(-) * * * ESTAFILOCOCOS 6. Diagnóstico 6.4.Teste da coagulase Plasma citratado de coelho (1:5) + cultura Coágulos 37°C (teste positivo) Diferencia os S. aureus (coagulase +) dos S. epidermidis (coagulase -) * * * ESTAFILOCOCOS 6. Diagnóstico 6.5.Teste de sensibilidade : Difusão de antimicrobianos em discos. 6.6.Provas sorológicas Pouco valor prático. Possibilidade de detectar a presença de anticorpos contra ácidos teicóicos em infecções profundas e prolongadas. * * * ESTAFILOCOCOS 7.Epidemiologia Principais fontes: Lesões humanas, fômites contaminados, vias respiratórias e pele humana. Importância do estado de portador crônico ( nariz e pele ) de S.aureus resistente a antibióticos. Nos hospitais, as áreas de maior risco de infecções estafilocócicas são berçários, U.T.I., centro cirúrgico e enfermarias de quimioterapia de câncer * * * Resistência bacteriana Introdução MRSA > 50 % em pacientes de UTI (CDC) Brasil MRSA – 40 a 80 % (UTI) Índices de mortalidade mais altos com MRSA (49 a 55 %) que com MSSA (20 a 32 %) 2,5 vezes maior com MRSA * * * * * * * * * * * * Resistência bacteriana Grupos de risco para GISA e GRSA Terapia prolongada com vancomicina Colonização prévia por MRSA ou VRE Infecção documentada por MRSA Pacientes em hemodiálise portadores de MRSA e que recebem tratamento freqüente com glicopeptídeos * * * Resistência à Vancomicina inicialmente relatada no Japão (1997), EUA, França e outros. Síntese da parede celular aumentada. Uso prévio de Vancomicina ( seleção de mutantes ). GISA ( MIC entre 8 e 16 μg/mL ). GRSA ( MIC acima de 32 μg/mL ). MRSA da Comunidade * * * * * * Resistência bacteriana MRSA adquirido na comunidade Infecção de indivíduos saudáveis, sem fatores de risco Diferentes das cepas nosocomiais Crianças e adultos jovens sem fatores de risco associados a infecção por MRSA 1988 – 90 X 1993 – 95 10 : 100000 X 259 : 100000 (8 X 35) p < 0,001 (Herold BC; Chicago;1998) * * * Resistência bacteriana AC-MRSA – significância clínica Pele e partes moles mais acometidos Infecção invasiva Morte Lesões de pele crianças DM e tabaco adultos Infecções de pele e pneumonia graves tratamento adequado * * * Drogas disponíveis: Penicilinas associadas ou não aos inibidores de betalactamases. Penicilinas antiestafilocócicas. Cefalosporinas de 1º e 2º e 4ºgeração. Vancomicina e Teicoplamina. Linesolida. Quinupristina/dalfopristina. Rifampicina. Clindamicina. Ciprofloxacina. Aminglicosídeos (?).
Compartilhar