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Dermatoses Infecciosas Dermatologia @isabeldantasdias Impetigo não bolhoso: S.aureus; S.pyogenes. Localização pref.: em torno do nariz e da boca e nas extremidades. Ocorre no local de pequenos traumatismos - escoriações, queimaduras e picadas de insetos. Inicialmente - macula eritematosa, que evolui rapidamente para bolha e/ou vesícula efêmeras de paredes finas, a crosta é espessa e amarela (lembra mel - melicérica). Sintomas gerais normalmente ausentes. Pode ser acompanhado de linfadenite-satélite. Impetigo bolhoso: Exclusivamente estafilocócica. Ocorre mais em neonatos e também em crianças. Vesículas que se transformam em bolhas grandes que pustuliza; Crostas finas e acastanhadas. Localização pref.: face, períneo, nádegas e extremidades. Clínico; Exame bacterioscópico e cultura para identificação do agente etiológico. Varicela; Candidíase Herpes simples; Escabiose Prurigo estrófulo 1° linha: Limpeza com água morna e sabão para remoção das crostas; Aplicação de antibióticos tópicos, como mupirocina, retapamulina, neomicina, bacitracina e ácido fusídico, 2 a 3x/dia. 2° linha: Nos casos mais extensos, antibioticoterapia sistêmica é mandatória - Amoxacilina associada ao ácido clavulânico; Dicloxacilina; Cloxacilina; Cefalexina; Clindamicina. Impetigo Definição: infecções piogênicas primárias da pele, contagiosas, superficiais. Acometem preferencialmente a face e os membros superiores, embora, com disseminação por autoinoculação, possam comprometer qualquer região. Etiologia: Staphylococcus aureus, Streptococcus beta- hemolitico do grupo A ou infecção mista. Epidemiologia: + frequente em crianças e nos meses de + calor. Formas clínicas: impétigo bolhoso e o não bolhoso. 1. 2. Diagnóstico: Diagnóstico diferencial: Tratamento: PS:. Deve-se considerar o risco de glomerulonefrite pós- estreptocócica, complicação que ocorre três semanas após o início do quadro cutâneo. Curso lento e doloroso Inicia-se por pústula, que se aprofunda originando uma lesão ulcerada recoberta por crosta espessa, duras, secas e muito aderida; deixando, ao involuir, cicatriz. As bordas são eritematosas, podendo ser infiltradas. Pode ser única, mas, em geral, há várias lesões. Ectima Definição: Infecção bacteriana que acomete mais crianças, frequentemente como evolução de lesões de impetigo mal tratadas. Etiologia: Streptococcus pyogenes e Staphylococcus aureus. Manifestações clínicas: Clínico; Exame bacterioscópico e cultura. 1° linha: cuidados locais - Limpeza com remoção das crostas e uso de antibióticos tópicos. 2° linha: muitas vezes utiliza-se antibiótico sistêmico contra estreptococos. Diagnóstico: Diagnóstico diferencial: Leishmaniose cutânea; Pioderma gangrenoso. Tratamento: PS:. A infecção determina cicatrizes e complicações, como celulite; Podem ocorrer linfangite e glomerulonefrite. A infecção primaria inicia-se, em geral com - Faringite, otite média e conjuntivite e outras infecções estafilocócicas acompanhadas de febre, irritabilidade e mal-estar geral precedem a doença. Cerca de 24 a 48h - bolhas flácidas, de preferência nas flexuras e ao redor de orifícios. Quando se rompem - extensas áreas exulceroexsudativas (pct parece um grande queimado). Raramente - comprometimento de mucosas. Sinal de Nikolsky é positivo. Descamação resultante revela base eritematosa de rápida cicatrização. Clínica - eritrodermia, descamação ou formação de bolhas; Isolamento do S. aureus produtor de toxina esfoliativa; Histopatologia - clivagem intraepidérmica na altura da camada granulosa. Síndrome da pele escaldada estafilocócica Definição: ou impetigo neonatal de Ritter von Ritterschein é uma doença bolhosa superficial produzida pela toxina esfoliativa do Staphylococcus aureus. Epidemiologia: Acomete recém-nascidos, lactentes, crianças e raramente adultos (60% de mortalidade, podendo chegar a 100% - quando alguma doença de base); Maioria - benigno. Etiologia: 2 exotoxinas - toxina esfoliativa A (ETA) e toxina esfoliativa B. Manifestações clínicas: Diagnóstico: 3 critérios Diagnóstico diferencial: Necrólise epidérmica tóxica; Síndrome de Stevens-Johnson. Pct. deve ser hospitalizado Antibioticoterapia - uso intravenoso de Penicilinas resistentes à penicilinase: oxacilina. Controle hidroeletrolítico rigoroso. Terapêutica local - compressas, antibióticos tópicos, lubrificação (diminuir dor e prurido). Corticosteroides são contraindicados. Tratamento: PS:.O impetigo bolhoso é a forma localizada da doença. Apesar do quadro clínico exuberante, o processo evolui para a cura sem deixar cicatrizes em cinco a sete dias. A mortalidade baixa deve-se a septicemia e distúrbios hidroeletrolíticos. Erisipela - infecção aguda e disseminada da derme Celulite - extensão desse processo inflamatório ate o tecido subcutâneo, acometendo caracteristicamente o local de entrada do agente infeccioso. Início agudo acompanhado de febre, calafrios, mal-estar e náuseas. As regiões mais acometidas são os membros inferiores e a face. Área eritematoedematosa com aumento de temperatura e dor local. Na erisipela, as lesões são mais bem delimitadas e podem apresentar bolhas. Linfadenopatia regional e linfangite são frequentes. Clínico; Hemograma: leucocitose com desvio para a esquerda. Cultura para identificar agentes infecciosos - casos resist. Erisipela e Celulite Definição: Etiologia: Estreptococo beta-hemolítico do grupo A e eventualmente Staphylococcus aureus. Manifestações clínicas: Diagnóstico: Repouso com elevação do membro; Cuidados locais - antibióticos tópicos: mupirocina e acido fusídico. Antibioticoterapia sistêmica: penicilina G 5-10 milhoes U, IM, 2x/dia, Despacilina 400.000 U, IM, 2x/dia e Cefalexina 500 mg, VO, 4x/dia, durante 10 a 14 dias. Associação estreptoestafilocócica: oxacilina 500 mg, VO, a cada 4 a 6h. Quadros + graves: vancomicina ou linezolida. Identificar e tratar condições locais e sistêmicas que facilitam o desenvolvimento da infecção. Diagnóstico diferencial: Trombose venosa profunda; Tromboflebite; Fasciite necrotizante; Picada de inseto. Tratamento: PS:. Na maioria das vezes, não há separação nítida entra celulite e erisipela, existindo alternância entre as duas formas de infecção. A recidiva é a complicação frequente atingindo 25% dos casos. Infecções bacterianas que se iniciam no folículo piloso. Podem ser superficiais (osteofoliculite, sicose e hordéolo) e profundas (furúnculo e antraz). Antraz - conglomerado de furúnculos coalescentes Furunculose - sucessão de múltiplos furúnculos. As foliculites superficiais apresentam pápulas eritematosas e pústulas associadas a prurido e leve desconforto. As foliculites profundas apresentam nódulos com intensa reação inflamatória e dor local. Osteofoliculite (impetigo de Bockhart) apresenta numerosas pústulas foliculares de base eritematosa e crostas no couro cabeludo, coxas, axilas e região inguinal; No inicio pode ser extremamente pruriginosas. Foliculites Definição: Etiologia: Staphylococcus aureus (mais frequente) e bactérias Gram-negativas (Enterobacter, Klebsiella, Escherichia, Serratia e Proteus). Manifestações clínicas: Foliculite de barba ou Sicose: As pústulas podem apresentar-se isoladas ou confluentes; formam-se placas vegetantes e infiltradas; É exclusiva do adulto masculino. Hordéolo (terçol): infecção profunda dos folículos ciliares e glândulas de Meibomius; localiza-se nas pálpebras acompanhado de intenso edema. O furúnculo apresenta nódulos eritematosos quentes com pus amarelo-esverdeado, material necrótico (carnegão) e abscesso local nas áreas de maior atrito e sudorese (pescoço, axilas e nádegas). É clínico; Exame bacteriológico com antibiograma para escolha do antibiótico específico. Foliculites superficiais: sabonetes antissépticos e antibióticos locais (mupirocina, retapamulina, etc). Furúnculos - calor local, antibióticos tópicos, incisão e drenagem. Foliculites superficiais disseminadas: antibioticos sistemicos - cefalosporinas, dicloxacilinas, sulfametoxazol/trimetoprima, minociclina e clindamicina. Foliculitesprofundas: utiliza-se cloxacilina 500 mg, a cada 6 horas, associada à rifampicina 600 mg/dia, durante 10 dias, e nos casos resistentes, rifampicina 600 mg/dia e clindamicina 150 mg/dia, por três meses. Diagnóstico: Diagnóstico diferencial: Miliária; Foliculite pitirospórica; Foliculite eosinofílica. Tratamento: PS:. As foliculites de repetição podem estar associadas à contaminação bacteriana nas narinas, no períneo, nas dobras cutâneas e à presença de comorbidades que induzam à imunossupressão. É indicado o uso de antibióticos tópicos nas regiões flexurais, interior das narinas e subungueais.
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