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LIVRO_fonetica_e_fonologia_da_lingua_inglesa

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Prévia do material em texto

Fonética e Fonologia
da Língua Inglesa
Elen Azambuja
2010
IESDE Brasil S.A. 
Al. Dr. Carlos de Carvalho, 1.482. CEP: 80730-200 
Batel – Curitiba – PR 
0800 708 88 88 – www.iesde.com.br
Todos os direitos reservados.
© 2010 – IESDE Brasil S.A. É proibida a reprodução, mesmo parcial, por qualquer processo, sem autorização 
por escrito dos autores e do detentor dos direitos autorais.
Capa: IESDE Brasil S.A.
Imagem da capa: IstockPhoto
A991f Azambuja, Elen. / Fonética e Fonologia da Língua Inglesa. /
Elen Azambuja. — Curitiba : IESDE Brasil S.A., 2010.
176 p.
ISBN: 978-85-387-0967-1
1. Fonética. 2. Fonologia. 3. Pronúncia. 4. Inglês. 5. Fonema. 
I. Título. 
CDD 414
Elen Azambuja
Mestre em Letras pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). 
Graduada em Letras pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
Sumário
Sons e símbolos das vogais ................................................. 11
Vogais ............................................................................................................................................ 11
Sons e símbolos das consoantes ....................................... 27
Vogais versus consoantes ...................................................................................................... 27
Consoantes da língua inglesa .............................................................................................. 27
Vibração ou não das cordas vocais .................................................................................... 32
Consoantes fortes e fracas .................................................................................................... 32
Consoantes silábicas ............................................................................................................... 36
O Alfabeto Fonético Internacional .................................... 49
Transcrição fonética ................................................................................................................ 50
A pronúncia do passado 
dos verbos regulares e irregulares .................................... 65
As três possíveis pronúncias para o morfema –ed ....................................................... 65
A pronúncia dos verbos irregulares no passado ........................................................... 69
Acento .......................................................................................... 79
O acento em palavras ............................................................................................................. 80
Prefixos ......................................................................................................................................... 81
Sufixos .......................................................................................................................................... 83
Palavras compostas ................................................................................................................. 85
Verbos frasais ............................................................................................................................. 87
Fala encadeada ........................................................................ 99
Ligação .......................................................................................................................................100
Contração ..................................................................................................................................102
Assimilação ...............................................................................................................................103
Apagamento ............................................................................................................................105
Epêntese ....................................................................................................................................106
Redução de vogal ...................................................................................................................107
Entonação .................................................................................115
Entonação ascendente e descendente ..........................................................................117
Entonação ascendente .........................................................................................................118
Outros padrões .......................................................................................................................120
A relação escrita/pronúncia 
nas palavras com silent letters ...........................................129
Silent letters ................................................................................................................................130
A relação grafia/pronúncia nas palavras 
com silent “e”, letras duplas e outros casos ....................145
Silent “e” .......................................................................................................................................147
Palavras emprestadas de outras línguas .........................................................................150
Homófonos ..............................................................................159
Anotações .................................................................................175
Apresentação
Este livro traz, de forma bastante simples, elementos de fonética e de fonolo-
gia da língua inglesa. Apesar de seu caráter introdutório, consegue dar ao leitor os 
instrumentos necessários para conhecer o inventário de sons do inglês e enten-
der como esses sons se organizam.
É possível dividir essa obra em dois blocos – no primeiro deles, são abordadas 
questões referentes aos sons e à pronúncia de palavras isoladas e na fala encade-
ada. No segundo bloco, são tratadas questões relativas à famosa relação grafia/
pronúncia no inglês. Assim, as dez aulas seguem uma ordem que pretende auxi-
liá-lo a construir pouco a pouco seu conhecimento acerca do funcionamento do 
padrão de sons e da pronúncia do inglês. 
Os primeiros dois capítulos apresentam o inventário de sons da língua inglesa. 
Nos capítulos I e II, respectivamente, as vogais e as consoantes são apresentadas. 
Veremos que há muito mais vogais no inglês do que em português, o que expli-
ca, em parte, a incapacidade que alguns aprendizes têm de distinguir e produzir 
palavras com vogais semelhantes como live e leave, por exemplo. O capítulo III 
aborda algo muito importante para os estudantes de língua estrangeira: os sím-
bolos do Alfabeto Fonético Internacional e transcrições fonéticas. O domínio dos 
símbolos que são usados para representar os sons dá ao aprendiz autonomia, 
pois, quando não sabe ou está em dúvida sobre a pronúncia adequada de uma 
palavra, pode recorrer às transcrições, facilmente encontradas em dicionários. No 
capítulo IV, analisamos um aspecto da língua inglesa que, apesar de ser simples, é 
problemático para muitos estudantes: a pronúncia do passado dos verbos regu-
lares. Nesse capítulo, também estudamos as regularidades encontradas na pro-
núncia dos verbos irregulares. No capítulo V, abordamos o acento. Veremos que a 
tonicidade é uma característica importante da identidade das palavras e do sig-
nificado das frases. No capítulo seguinte, analisamos o que acontece com os sons 
na fala encadeada. Veremos que os sons têm comportamentos diferentes quando 
em palavras isoladas e quando articulados num fluxo contínuo, típico da fala en-
cadeada. No capítulo VII, veremos os padrões entonacionais gerais do inglês. Nos 
capítulos VIII e IX, a relação grafia/pronúncia é analisada. Veremos que, apesar da 
típica irregularidade e frequente imprevisibilidade dessa relação, é possível en-
contrarmos regularidades. Por fim, no capítulo X, homófonos, palavras com grafia 
diferente mas mesma pronúncia, serão abordados.
Esperoque você aprecie as aulas e que elas contribuam não só para sua for-
mação, mas também para despertar seu espírito investigativo e a paixão pelos 
estudos relacionados à fonética e à fonologia da língua inglesa.
Um grande abraço,
Elen
Sons e símbolos das vogais 
Nesta aula estudaremos as vogais da língua inglesa a partir dos símbo-
los do Alfabeto Fonético Internacional (IPA)1 usados para representá-las 
e de exemplos de palavras em que aparecem. Num primeiro momento, 
caracterizaremos vogais e apresentaremos aquelas presentes na fonolo-
gia da língua portuguesa para que você tenha um parâmetro em que se 
basear. A seguir, abordaremos as vogais da língua inglesa, mais especifi-
camente aquelas do inglês americano, e, então, faremos uma discussão 
sobre as vogais curtas e longas, sua relação com a grafia e sua possibilida-
de de ocorrência na palavra.
Vogais
Para produzirmos sons, precisamos de ar. Esse ar vem dos nossos pulmões. 
Ao articularmos os sons, a corrente de ar pulmonar pode encontrar algum 
tipo de obstrução na cavidade oral ou sair livremente, sem encontrar qualquer 
tipo de obstrução. Na produção das vogais, diferentemente do que acontece 
na articulação das consoantes, a corrente de ar passa livremente pela cavida-
de oral. Além disso, as vogais são o elemento central de uma sílaba, ou seja, 
são o núcleo ou “pico” silábico. Isso quer dizer que sem vogais não há sílaba. 
As vogais são classificadas de acordo com três parâmetros: altura, ante-
rioridade e arredondamento. Dessa forma, as vogais distinguem-se umas 
das outras de acordo com quão alta a língua está no momento de sua pro-
dução (alta, média ou baixa), que parte da língua está envolvida (frontal, 
central ou posterior) e se há ou não arredondamento dos lábios. Assim, a 
vogal /o/, por exemplo, é definida como baixa posterior arredondada. Isso 
quer dizer que, ao articularmos essa vogal, a parte da língua envolvida é a 
parte posterior, a língua encontra-se abaixada e os lábios, arredondados. 
A quantidade total de vogais varia de uma língua para outra. Há lín-
guas que apresentam um número bastante reduzido de vogais, como é o 
caso do árabe, com as vogais /, , /, e outras com um sistema bem mais 
numeroso, como é o caso do inglês.
1 A sigla IPA vem do nome inglês International Phonetic Alphabet.
12
Sons e símbolos das vogais 
Podemos, então, iniciar nossos estudos das vogais do inglês. Para isso, fare-
mos uma comparação entre as vogais encontradas no português brasileiro e 
aquelas encontradas em inglês norte-americano.
As vogais da língua portuguesa 
Abaixo, encontramos um quadro com símbolos do IPA que representam as 
vogais orais tônicas do português.
Quadro 1 – Vogais tônicas orais do português brasileiro
anterior
arred não arred
central
arred não arred
posterior
arred não arred
alta i u
média-alta c O
média-baixa  o
baixa a
(S
IL
VA
, 2
00
7,
 p
. 7
9)
O quadro acima revela que há sete vogais orais tônicas em português. Os sím-
bolos usados remetem ao som que representam. Assim, o símbolo // represen-
ta a vogal da palavra vê, por exemplo. Os únicos símbolos diferentes daqueles 
que usamos na escrita regular são o que representa a vogal média-baixa anterior 
// e o que representa a vogal média-baixa posterior /o/. Vejamos alguns exem-
plos de palavras com os sons que os símbolos do quadro acima representam.
Som Exemplos Som Exemplos
/i/ ilha, bico /o/ pó, ópera
/c/ ema, bebê /O/ hoje, boca, 
// fé, ela /u/ uva, uma
/a/ mata, ave
As vogais da língua inglesa 
A seguir, encontramos uma figura com símbolos do IPA que representam as 
vogais simples do inglês2.
2 Vogais encontradas no inglês norte-americano. Para ver um quadro com as vogais do inglês britânico, sugiro uma visita ao site <www.phonetics.
ucla.edu/vwels/chapter3/chapter3.html>..
Sons e símbolos das vogais 
13
Figura 1 – Vogais do inglês norte-americano.
High i
c
c
u

O
o



I
Front Central Back
Rounded
Mid
Low
Ao compararmos as vogais das duas línguas, um fato nos chama a atenção: 
há mais vogais em inglês do que em português. Enquanto encontramos apenas 
sete vogais em português, encontramos doze em inglês3. 
Vejamos, então, que vogais existem na língua inglesa. Para isso, utilizaremos 
os símbolos do IPA e exemplos de palavras em que as vogais correspondentes a 
esses símbolos são encontradas.
Som Exemplos Som Exemplos
/i/ be, see, leave // but, sun, love 
/I/ sit, ship, live /u/ boot, shoe, moon
// eight, aid, maid // book, should, good
// bet, bed, met /O/ gold, boat, goal 
// apple, act, ask /o/ law, paw, ball
// ashore, afraid, later // hot, clock, mop
Uma comparação entre as vogais do português e aquelas do inglês nos 
mostra que há algumas vogais que fazem parte das duas línguas, e outras, que 
estão presentes apenas no inglês. Em termos articulatórios, podemos dizer que 
as vogais que estão presentes nas duas línguas não nos oferecem problemas, 
pois sabemos como articulá-las. Nossa tarefa é, então, aprender a produzir os 
sons que não fazem parte da sua língua nativa e captar as sutilezas que distin-
guem sons que parecem muito semelhantes para nós, aprendizes4. 
3 Embora as vogais // // e // não sejam fonológicas no português, alguns autores, como Silva (2007), afirmam que esses segmentos aparecem 
em posição postônica final como variantes das vogais /, /, // e //, como nas palavras júri, jure, gota e mato, em que as pronúncias júr ~ 
júr; jur ~ jur; got ~ got e mat ~ mat são encontradas.
4 Para ver outras diferenças em relação à articulação das vogais, mais especificamente em relação à posição dos lábios, ver a tabela 1 do texto 
complementar.
14
Sons e símbolos das vogais 
As diferenças entre algumas vogais do inglês, como é o caso das vogais /i/ e 
/I/, encontradas em sheep e ship, respectivamente, parecem muito sutis para nós, 
falantes de português, já que temos apenas a vogal /i/ no nosso sistema. Isso faz 
com que muitos aprendizes produzam e até mesmo percebam esses segmentos 
como se fossem o mesmo. Contudo, como essas diferenças são marcadas e per-
cebidas por falantes nativos, também têm de ser marcadas por não nativos, sob 
pena de haver falhas na comunicação.
Uma análise do quadro das vogais nos mostra que a vogal /I/ está posiciona-
da entre as vogais /i/ e /c/. Essa posição no quadro não é aleatória. Ela mostra 
exatamente o que a vogal /I/ é: um segmento articulado em uma posição inter-
mediária entre dois outros segmentos. /I/, por estar entre /i/ e /c/ carrega traços 
de ambos. Assim, de uma forma bem simplificada, podemos dizer que a vogal 
/I/ é um /i/ com características de //. Em termos práticos, isso quer dizer que 
a vogal /I/ é articulada com a língua em uma posição mais baixa em relação à 
articulação da vogal /i/. 
Outros segmentos que apresentam o mesmo tipo de dificuldade são as vogais 
// e //. Para nós que temos apenas a vogal //, as diferenças entre esses dois 
segmentos parecem nem existir ou ser irrelevantes, por isso, muitos estudantes 
falantes de português não percebem a diferença entre //, encontrado na pala-
vra bet, por exemplo, e //, de bat. A vogal //, como pode ser visto no quadro 
das vogais do inglês, está entre // e //, por isso, é um som que tem característi-
ca dessas duas vogais. Dessa forma, a vogal //, embora nos pareça semelhante 
à vogal //, é, de fato, articulada com a língua em uma posição mais baixa. 
As diferenças existentes entre as vogais /i/ e /I/ e // e //, além de serem 
meramente articulatórias, são, também, fonológicas, pois não são apenas um 
detalhe de pronúncia, uma vez que levam a uma mudança de significado. Dessa 
forma, é importante respeitá-las. 
Outro som que não faz parte da fonologia do português também é a vogal 
//. Essa vogal é também um som intermediário. Por estar entre /u/ e /O/, apre-
senta características dessas duas vogais, ou seja, é um /u/ com característicasde 
/O/. Em termos articulatórios, a vogal // é produzida com a língua em uma po-
sição mais baixa em relação à articulação da vogal /u/. As diferenças entre essas 
duas vogais é mais fonética do que fonológica, pois não leva a uma mudança de 
significado. No entanto, essas diferenças precisam ser entendidas e, na medida 
do possível, marcadas, pois, afinal, saber pronunciar as palavras adequadamente 
também deve fazer parte do conhecimento de uma língua estrangeira.
Sons e símbolos das vogais 
15
Por fim, vejamos o schwa, a vogal representada pelo símbolo //. Esse símbo-
lo é usado para representar vogais não tônicas. É articulada como um // leve-
mente nasalizado e mais alto do que a vogal nasal ã do português. Essa vogal 
pode aparecer sozinha, como em allow, ou ser seguida da consoante //, como 
em farmer. Note que o schwa representa uma vogal não tônica, mesmo que se-
guida de //. Quando queremos representar a vogal tônica de palavras como 
first, earth, fur, usamos o símbolo //5. 
Ditongos 
Celce-Murcia et al. (2000, p. 95) apresentam um quadro um tanto diferente do 
mostrado na figura 2 para a classificação das vogais do inglês americano. Veja-
mos como as autoras representam as possíveis vogais do inglês.
front
iy uw
w
o

ihigh
mid
low
jaw
 opens 
and closes
central back 
to
ng
ue
 ri
se
s a
nd
 
dr
op
sy



ae
Figura 2 – Quadrante das vogais do inglês norte-americano e 
corte sagital da cavidade oral.
(C
EL
CE
-M
U
RC
IA
, 2
00
0)
Segundo as autoras, as vogais do inglês americano dividem-se em simples, 
vogais com um glide adjacente e ditongos6.
As vogais /I/, //, /, //, //, /o/, // pertencem ao grupo das vogais simples. 
Get e cut são exemplos de palavras com esse tipo de segmento. Pain (/y/) e go 
(/w/) são exemplos de palavras com vogais com glides adjacentes. Boy é um 
exemplo de ditongo: um encontro de vogal e um glide não adjacente dentro da 
mesma sílaba. 
5 Atenção! Não confunda o símbolo //, que representa algumas vogais seguidas de –r em sílaba tônica, como mercy, dirty (mcy, dty) 
com o símbolo //, de bed, head (bd, hd).
6 Glide é outra palavra para semivogal. /y/ e /w/ são glides. O glide /y/ é frequentemente representado pelo símbolo // em dicionários. 
16
Sons e símbolos das vogais 
Abaixo, temos os possíveis ditongos encontrados em inglês, o movimento 
feito em sua articulação e alguns exemplos de palavras que os contêm, segundo 
Celce-Murcia et al. (2000, p. 94)7.
Som Movimento exemplos 
/y/ central-baixa para alta anterior pie, fine
/aw/ central-baixa para alta posterior blouse, how
/y/ baixa posterior para alta anterior boy, choice
Para as autoras, a diferença entre um ditongo e um encontro de vogal e glide 
adjacente deve-se ao fato de que os ditongos exigem um movimento maior 
para ir de uma vogal produzida em um ponto mais baixo na cavidade oral para 
um glide produzido em um ponto mais alto.
Vogais longas e curtas 
Ainda outra distinção que devemos fazer em relação às vogais refere-se à sua 
característica como segmento longo ou curto8. Segundo Celce-Murcia (2000, p. 
96), as vogais longas, como /iy, y, , o, w, w/), são executadas com maior 
tensão nos músculos do que as vogais curtas /, , , , /9. 
Além disso, as vogais longas podem ocorrer tanto em sílabas tônicas abertas 
quanto em sílabas tônicas fechadas. As sílabas abertas são aquelas que não ter-
minam em consoante, é o caso das palavras see, bay, ma, paw, so, moo. As sílabas 
fechadas, por outro lado, terminam em consoante, como nas palavras scene, bait, 
mob, pawn, sole e mood. 
As vogais curtas, por sua vez, são produzidas com os músculos mais relaxa-
dos. Em palavras monossilábicas ou quando acentuadas, aparecem somente em 
sílabas fechadas, como em fit, get, cat, fuss, cut, jamais em sílabas abertas.
O estudo das vogais da língua inglesa nos mostra que, muitas vezes, as dife-
renças que existem entre as vogais longas e curtas do inglês não causam proble-
mas de comunicação, pois não levam a uma mudança de significado, apenas re-
velam que o falante não é nativo. É o que acontece com as vogais // e //. Outras 
vezes, contudo, essas diferenças são relevantes, como é o caso das propriedades 
que contrastam a vogal curta // e a vogal longa //. Essas vogais são diferentes 
7 Esse quadro foi traduzido por mim.
8 Os termos longo e curto estão sendo usados como equivalentes aos termos tense e lax do inglês.
9 As vogais longas /y/ e /w/ são frequentemente representadas como /:/ e /:/ em transcrições encontradas em dicionários.
Sons e símbolos das vogais 
17
tanto qualitativa quanto quantitativamente. Mais do que uma distinção apenas 
fonética, essa diferença é também fonológica, pois leva a uma mudança de sig-
nificado. Afinal, é possível imaginar o estranhamento que podemos causar em 
nosso interlocutor quando, em uma situação em que o que pretendemos dizer é 
I have a white ship, acabamos dizendo I have a white sheep, por exemplo. 
Essas são diferenças que devem ser mais respeitadas, já que podem causar 
interferências na comunicação. Entretanto, em qualquer caso, a busca por uma 
pronúncia adequada deve fazer parte dos objetivos do aprendiz de uma língua 
estrangeira. 
Relação entre grafia e pronúncia 
nas vogais longas /, / e curtas /, / 
A relação entre grafia e pronúncia das palavras do inglês é muito irregular. 
Há uma gama de letras diferentes que podem representar o mesmo fonema, 
como é o caso dos fonemas // e // e, por outro lado, diferentes fonemas que 
podem ser representados pela mesma letra, como acontece com o grupo oo, 
que pode representar os fonemas /o, , , /. No entanto, no que concerne à 
distinção entre as vogais longas /, / e as curtas /, /, é possível chegarmos a 
uma sistematização.
A vogal curta // pode ser representada pelas letras i (live, tin), e (eleven, 
exaggerate), a (chocolate, beverage), ui (biscuit, build), u (business, busy) e até 
mesmo o (women). A vogal longa //, por sua vez, é geralmente representada 
pelas letras ee (see, teeth), ea (sea, tea), ey (key, honey) e y (heathy, funny). A vogal 
// pode ser representada pelas letras u (put, push), oo (wood, book) e oul (como 
nos modais would, should). A vogal longa //, por seu turno, é geralmente repre-
sentada pelas letras oo (boot, food), u ( nude, rude), o (to, do), ui (fruit, juice) e ew 
(thew, flew) 10.
Quanto à possibilidade de ocorrência, as vogais // e // têm comportamen-
tos diferentes: a primeira pode aparecer no início (exam, encourage) ou no meio 
de palavra (sit, fig), jamais no final; a segunda pode aparecer no início (eagle, 
eat), no meio (scene, feet) e no final de palavra (see, flea). As vogais // e //, por 
sua vez, também apresentam diferenças: // só ocorre no meio de palavra (pull, 
full)), nunca no início ou no final; já // pode ser encontrado em qualquer posi-
ção: no início (ooze), no meio (mood, goose) ou no final de palavra (flu, glue).
10 Nedel. e Fronza, C. trazem outras possibilidades de letras que podem representar os fonemas longos /, / e curtos /, / em seu artigo, que 
pode ser encontrado no endereço <www.letras.ufmg.br/labfon/congresso_2006/11-As_vogais_breves_e_longas.pdf>.
18
Sons e símbolos das vogais 
A partir da análise da relação entre os fonemas e as letras que os podem re-
presentar e as posições na palavra em que podem ocorrer, podemos chegar a 
algumas generalizações. 
Em relação às vogais // e //, é possível perceber que o fonema //, dife-
rentemente do fonema //, nunca vai aparecer em final de palavra e jamais será 
representado graficamente pelas letras ee, ea, ey, y. Apesar de a vogal // poder 
ser representada por diferentes letras, em contextos de contraste, parece que 
a única letra que o representa é i, como em live e sit () versus leave e seat 
(:), por exemplo. Portanto, o aprendiz deve prestar atenção especial a esses 
contextos. 
A relação entre letra e fonema nas palavras com as vogais // e //, entre-
tanto,não é tão direta, uma vez que tanto o fonema // quanto o fonema // 
podem ser representados pelas letras u (nude: //; put: //) , o (do: //; woman: 
//), oo (mood: //, good: //). Dessa forma, a única generalização que é possível 
fazer em relação a esses segmentos é aquela que se refere à sua possibilidade de 
ocorrência. Enquanto // pode aparecer em todas as posições na palavra – ini-
cial, medial e final – // pode ocorrer apenas em posição medial. Assim, é essa a 
posição que deve receber mais atenção por parte do aprendiz.
Texto complementar 
Summary of the characteristics of NAE 
vowels and diphthongs
(CELCE-MURCIA et al. 2000)
We can summarize the primary characteristics of NAE vowels as follows:
Vowels are classified as high, mid, or low, referring to the level of the �
tongue within the oral cavity and the accompanying raised or lowered 
position of the jaw. 
Vowels are also classified as front, central, or back, depending on how �
far forward or back the tongue is positioned within the oral cavity du-
ring articulation and which part of the tongue is involved.
Sons e símbolos das vogais 
19
Vowels can be either tense or lax. These terms refer to the amount of �
muscle tension used to produce the vowel, the tendency of the vow-
el to glide, its distribution in closed or open syllables, and its relative 
place of articulation (i.e., its position in the center or on the periphery 
of the vowel quadrant).
Vowels are simple or glided. The latter term refers to vowels with �
tongue movement occasioned by an accompanying /y/ or /w/ glide. 
Of these glided vowels, those with an adjacent glide are distinguished 
from the three phonemic diphthongs, which involve a nonadjacent 
glide.
Vowels are characterized by the degree of lip rounding or spreading �
that occurs during their articulation.
Obviously, no one characteristic is sufficient to describe a given vowel; 
rather, only the constellation of these factors can adequately characterize a 
vowel’s articulatory features. 
Table 1 visually depicts the key differences in NAE vowel articulation. 
Reading from left to right, the sounds move in a U-shape from the high front 
vowels down to the low central /α/ and back up to the high back /w/, con-
cluding with the mid-central vowel // and the three diphthongs. Note how 
the positions of the tongue, jaw, and lips change from the left to the right of 
this chart. Note also how the tongue and jaw are gradually lowered from the 
highest front position /iy/ to the lowest central position // Then both the 
tongue and the jaw begin to rise through the back vowels until the highest 
back vowel /uw/ is reached. The lips show similar changes, beginning with 
their most spread position for /iy/, and parting gradually into the wide open 
position of //. Whereas the lips are more spread for the front vowels, they 
are more rounded for the back vowels. The lip positions for the tense vowels 
/y/ and /w/ involve a rise to an adjacent glide and are therefore marked 
with an arrow. The lips in the articulation of the three diphthongs also move 
from one position to another, but the movement is so great that two lip dia-
grams are used to represent this movement.
20
Sons e símbolos das vogais 
Table1 – Classification of vowels
/iy /
pea 
feet
/I/ 
pin
fit
/ y / 
paint
fate
/ / 
pen 
fed
/ ac/ 
pan
fad
/ /
pa
fob
/o / 
paul
fought
Tense or
lax
Tense Lax Tense Lax Lax Tense Tense
Tongue 
position
Highest
front
near top
of mouth
High front, 
but lower 
and more 
centered 
than /iy/
Mid
front,
gliding up 
toward /iy/
Mid 
front
centered
Lower
front
than //,
centered
Lowest,
central 
lying
flat on 
bottom
Low 
back
Jaw 
Position
High
closed
Slightly 
lower 
than /iy/
Begins 
lower 
than /I/ 
but rises 
during glide
Open 
wider 
than /ey/
Slightly 
more 
open than
// may 
drop a bit
lower during
articulation
Open 
widest
Closed 
slightly
Lip 
Position
Widely
spread, 
smiling
Relaxed, 
slightly 
parted and 
spread
Spread 
more 
during 
glide to /iy/
Slightly
spread
Spread Yawn Oval
Sons e símbolos das vogais 
21
/w / 
pole
foe
//
put
foot
/uw / 
pool
fool
// 
pun
fun
/ay/ 
pine
fight
/aw / 
pound
foul
/y / 
poise
foil
Tense Lax Tense Lax
Diph-
thong
Diph-
thong
Diph-
thong
Mid-back,
gliding up
toward /uw/
High back
and more
centered
than /w/
Highest 
back of 
tongue 
pushed up
Relaxed 
mid-level
Moves low 
central 
to high 
front
Moves
low
central 
to high 
back
Moves 
low back 
to high 
front
Begins 
higher than 
/o/ rises 
more during
glide
Slightly
higher
High 
closed
Relaxed
Rises 
with 
tongue,
 closes
Rises 
with 
tongue 
closes
Rises 
with 
tongue 
closes
Very 
rounded, 
closing 
like a 
camera 
shutter
Relaxed 
slightly 
parted.
weakly 
rounded
Closed 
and 
rounded, 
as for 
whistling
Relaxed,
slightly 
parted
Moves 
from open 
to slightly 
parted and 
spread
Moves 
from 
open to 
slightly 
parted 
and round
Moves 
from 
open 
to slightly 
parted 
and spread
22
Sons e símbolos das vogais 
Dicas de estudo 
Uma forma interessante e instrutiva de praticar os sons das vogais da língua 
inglesa, mais especificamente aqueles do inglês americano, é fazer uma visita 
ao site da Universidade de Iowa, cujo endereço eletrônico é <www.uiowa.
edu/~acadtech/phonetics/>. Nesse site, é possível relacionar os símbolos do IPA 
aos segmentos e também visualizar sua articulação.
Atividades 
1. Que símbolo representa o som das vogais das palavras dadas? Associe as 
colunas adequadamente para responder a essa questão.
a) // ( ) live 
b) /:/ ( ) leave 
c) /:/ ( ) shut
d) // ( ) book
e) /o:/ ( ) food
f) // ( ) fat
g) // ( ) raw
h) // ( ) occur
i) // ( ) occur
j) // ( ) mouth
k) // ( ) apply
l) // ( ) earth
 ( ) get
 ( ) put
 ( ) culture
Sons e símbolos das vogais 
23
2. Coloque as palavras abaixo na coluna que representa a pronúncia da vogal. 
Siga o modelo.
// // /u:/ /ju:/ /a/ /o/ /:/ //
mood
mood mud mute floor blood
pour puddle flood down dawn
done dune poodle mower lawn
loan lone cousin town tow
put pure doom book shoe
should sure own curse
boot
course
3. Marque as afirmações abaixo com V ou F.
a) Shoe rima com toe. ( )
b) Shoe rima com flu. ( )
c) Some rima com sum. ( )
d) Work rima com pork. ( )
e) Floor rima com more. ( )
f) Done rima com son. ( )
g) Cover rima com lover. ( )
h) Quite rima com quiet. ( )
i) Book rima com food. ( )
j) Feet rima com fit. ( )
k) Mud rima com flood. ( )
l) Put rima com foot. ( )
m) First rima com thirst. ( )
n) Put rima com but. ( )
o) Fan rima com fun. ( )
24
Sons e símbolos das vogais 
Referências 
CELCE-MURCIA, Marianne et al. Teaching Pronunciation: a reference for tea-
chers of English to speakers of other languages. Cambridge: Cambridge Univer-
sity Press, 2000, pg. 102-103.
LADEFOGED, Peter. Vowels and Consonants. Disponível em: <www.phonetics.
ucla.edu/vowels/chapter3/chapter3.html>. Acesso em: 4 dez. 2009.
NEDEL, Eduardo; FRONZA, Cátia. As Vogais Breves e Longas da Língua Inglesa: 
características e reflexões sobre seu uso por falantes brasileiros. Disponível em: 
<www.letras.ufmg.br/labfon/congresso_2006/11-As_vogais_breves_e_longas.
pdf>. Acesso em: 9 dez. 2009.
SILVA, Thais Cristófaro. Fonética e Fonologia do Português: roteiro de estudos 
e guia de exercícios. São Paulo: Contexto, 2007.
STEINBERG, Martha. Pronúncia do Inglês Norte-Americano. São Paulo: Ática, 1985.
Gabarito 
1.
 A
 B
 H
 D
 C
 G
 E
 F
 J
 I
 F
 J
 L
 D
 H
2.
// // /u:/ /ju:/ /a/ /o/ /:/ //
mud put mood mute down mower floor curse
flood book doom dune town low pour
blood should boot pure loan course
puddle sure shoe lone dawn
Sons e símbolos das vogais 
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// // /u:/ /ju://a/ /o/ /:/ //
cousin poodle own lawn
done tow
3.
a) F
b) V
c) V
d) F
e) V
f) V
g) V
h) F
i) F
j) F
k) V
l) V
m) V
n) F
o) F
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