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etica e cidadania 2018 (1)

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INSTITUIÇÃO CRISTÃ DE ASSISTÊNCIA DE UBERLÂNDIA
	 
 INSTITUIÇÃO CRISTÃ DE ASSISTÊNCIA DE UBERLÂNDIA 	 INSTITUIÇÃO CRISTÃ DE ASSISTÊNCIA DE UBERLÂNDIA
Encontro 01 
Ética
1.0 Conhecendo sobre Ética.
Tema: Conceito de ética e moral – Panorama Histórico dos conceitos: ética helenística\moral cristã e ética capitalista.
Objetivo: Inserir os conceitos de ética, moral e valor como fundamentos relativos a todas as sociedades. Propiciar a percepção das mudanças históricas dos conceitos de ética, moral e valor. Compreender como através das relações sociais estes conceitos estão inseridos e interferem nas relações e ações da sociedade.
**Instrutor você deverá conceituar valor, ética e moral. Material no final deste.
1.1) Conceitos 
O que é moral? Para que serve moral? O que entendemos sobre o "bem" ou "mal"? 
respostas as essas perguntas podem definir que tipo de pessoa queremos ser e qual o compromisso que temos com os valores assumidos.
Como ninguém nasce moral, é preciso um esforço de construção do sujeito ético.
Valor
Valorar é uma experiência fundamentalmente humana. Em toda ação damos prioridade a certos valores positivos e evitamos os valores negativos (ou de valores). Desse modo, reclamamos da caneta que não escreve bem, ouvimos várias vezes a música de nossa preferência ou desligamos o som quando não apreciamos, recriminamos quem abusa da força ou pratica injustiça, e assim por diante.
O objetivo de qualquer valoração é orientar a ação prática. Se o ar é um valor para o ser vivo é preciso evitar a poluição, que compromete a qualidade desse bem indispensável. Valores são o conjunto de características de uma determinada pessoa ou organização, que determinam a forma como a pessoa ou organização se comportam e interagem com outros indivíduos e com o meio ambiente.
A palavra valor pode significar merecimento, talento, reputação, coragem e valentia. Assim, podemos afirmar que os valores humanos são valores morais que afetam a conduta das pessoas.
Os conceitos para ética e moral são usados como sinônimos. Não há problema em considerá-los de maneira equivalente, apesar de existir uma diferença entre eles. 
Moral
Afinal o que é a moral? A moral é o conjunto de regras, normas de uma sociedade ou região, é importante porque há muitas pessoas que desrespeitam as leis e são de um instinto mal.
A Moral é importante por que não temos piloto automático e nossa sociedade é muito cruel. A moral é um conjunto de conduta, A moral é o ”TU DEVES”.
A Moral e a ética são temporais, ou seja, ao longo do tempo se vai modificando, evoluindo, por que estão abertos a novos conceitos e críticas.
A moral não pensa na Liberdade e na dignidade do indivíduo, e a ética tem como ponto de partida esses dois valores.
Moral é o conjunto de regras de condutas livres e conscientes dos indivíduos, com a finalidade de organizar as relações interpessoais segundo os valores do bem e do mal.
Ética 
A ética é importante por que respeita os outros e a dignidade humana, ética é o que todos temos só falta desenvolver e acreditar no bem, a ética nos orienta e nos ajuda para uma vida boa; 
Mas boa em que sentido? No sentido do bem, fazer o bem para com as pessoas, ajudar, orientar e pensar em outros e pensar neles também para podermos ser felizes, atingir a felicidade está também em atingir a felicidade do outro. 
A ética é praticada sem nenhum tipo de determinação, vem de dentro, do consciente.
Diferença entre ética e moral:
A ética é a teoria, e a Moral é a prática.
* Qual é a diferença entre ética e moral?
Fonte: http://www.revista.vestibular.uerj.br/coluna/coluna.php?seq_coluna=68
Ano 4, n. 12, 2011
Autor: Gustavo Bernardo
Podemos responder a esta pergunta com uma história árabe.
Um homem fugia de uma quadrilha de bandidos violentos quando encontrou, sentado na beira do caminho, o profeta Maomé. Ajoelhando-se à frente do profeta, o homem pediu ajuda: essa quadrilha quer o meu sangue, por favor, proteja-me!
O profeta manteve a calma e respondeu: continue a fugir bem à minha frente, eu me encarrego dos que o estão perseguindo.
Assim que o homem se afastou correndo, o profeta levantou-se e mudou de lugar, sentando-se na direção de outro ponto cardeal. Os sujeitos violentos chegaram e, sabendo que o profeta só podia dizer a verdade, descreveram o homem que perseguiam, perguntando-lhe se o tinha visto passar.
O profeta pensou por um momento e respondeu: falo em nome daquele que detém em sua mão a minha alma de carne: desde que estou sentado aqui, não vi passar ninguém.
Os perseguidores se conformaram e se lançaram por um outro caminho. O fugitivo teve a sua vida salva.
O leitor entendeu, não?
Não?
Explico.
A moral incorpora as regras que temos de seguir para vivermos em sociedade, regras estas determinadas pela própria sociedade. Quem segue as regras é uma pessoa moral; quem as desobedece, uma pessoa imoral.
A ética, por sua vez, é a parte da filosofia que estuda a moral, isto é, que reflete sobre as regras morais. A reflexão ética pode inclusive contestar as regras morais vigentes, entendendo-as, por exemplo, ultrapassadas.
Se o profeta fosse apenas um moralista, seguindo as regras sem pensar sobre elas, sem avaliar as consequências da sua aplicação irrefletida, ele não poderia ajudar o homem que fugia dos bandidos, a menos que arriscasse a própria vida. Ele teria de dizer a verdade, mesmo que a verdade tivesse como consequência a morte de uma pessoa inocente.
Se avaliarmos a ação e as palavras do profeta com absoluto rigor moral, temos de condená-lo como imoral, porque em termos absolutos ele mentiu. Os bandidos não podiam saber que ele havia mudado de lugar e, na verdade, só queriam saber se ele tinha visto alguém, e não se ele tinha visto alguém “desde que estava sentado ali”.
Se avaliarmos a ação e as palavras do profeta, no entanto, nos termos da ética filosófica, precisamos reconhecer que ele teve um comportamento ético, encontrando uma alternativa esperta para cumprir a regra moral de dizer sempre a verdade e, ao mesmo tempo, ajudar o fugitivo. Ele não respondeu exatamente ao que os bandidos perguntavam, mas ainda assim disse rigorosamente a verdade. Os bandidos é que não foram inteligentes o suficiente, como de resto homens violentos normalmente não o são, para atinarem com a malandragem da frase do profeta e então elaborarem uma pergunta mais específica, do tipo: na última meia hora, sua santidade viu este homem passar, e para onde ele foi?
Logo, embora seja possível ser ético e moral ao mesmo tempo, como de certo modo o profeta o foi, ética e moral não são sinônimas. Também é perfeitamente possível ser ético e imoral ao mesmo tempo, quando desobedeço uma determinada regra moral porque, refletindo eticamente sobre ela, considero-a equivocada, ultrapassada ou simplesmente errada.
Um exemplo famoso é o de Rosa Parks, a costureira negra que, em 1955, na cidade de Montgomery, no Alabama, nos Estados Unidos, desobedeceu à regra existente de que a maioria dos lugares dos ônibus era reservada para pessoas brancas. Já com certa idade, farta daquela humilhação moralmente oficial, Rosa se recusou a levantar para um branco sentar. O motorista chamou a polícia, que prendeu a mulher e a multou em dez dólares. O acontecimento provocou um movimento nacional de boicote aos ônibus e foi a gota d’água de que precisava o jovem pastor Martin Luther King para liderar a luta pela igualdade dos direitos civis.
No ponto de vista dos brancos racistas, Rosa foi imoral, e eles estavam certos quanto a isso. Na verdade, a regra moral vigente é que estava errada, a moral é que era estúpida. A partir da sua reflexão ética a respeito, Rosa pôde deliberada e publicamente desobedecer àquela regra moral.
Entretanto, é comum confundir os termos ética e moral, como se fossem a mesma coisa. Muitas vezes se confunde ética com espírito de corpo, que tem tudo a ver com moral, mas nada com ética. Um médico seguiria a “ética” da sua profissão se, por exemplo, não “dedurasse” um colega que cometesse um erro grave e assim matasse um paciente.Um soldado seguiria a “ética” da sua profissão se, por exemplo, não “dedurasse” um colega que torturasse o inimigo. Nesses casos, o tal do espírito de corpo tem nada a ver com ética e tudo a ver com cumplicidade no erro ou no crime.
Há que proceder eticamente, como o fez o profeta Maomé: não seguir as regras morais sem pensar, só porque são regras, e sim pensar sobre elas para encontrar a atitude e a palavra mais decentes, segundo o seu próprio julgamento.
1.2) Material para o instrutor:
Sugerimos os seguintes questionamentos:
 Que tipo de valores você percebe no mundo que o cerca? Você concorda com eles? O que é caráter histórico-social da moral e o caráter pessoal? Como situa o mundo político na atualidade em relação aos conceitos de moral e ética?
1) O que é Ética e Moral:
No contexto filosófico, ética e moral possuem diferentes significados. A ética está associada ao estudo fundamentado dos valores morais que orientam o comportamento humano em sociedade, enquanto a moral são os costumes, regras, tabus e convenções estabelecidas por cada sociedade. Os termos possuem origem etimológica distinta. 
Isso é certo ou errado? Bom ou ruim? Devo ou não devo? Provavelmente você já deve ter feito alguma dessas perguntas na hora de tomar uma decisão ou fazer uma escolha. Essas perguntas permeiam a reflexão sobre dois termos: ética e moral.
É muito comum esses termos serem confundidos como se significassem a mesma coisa. Embora estejam relacionados entre si, moral e ética são conceitos distintos.
A palavra “ética” vem do Grego“ethos” que significa “modo de ser” ou “caráter”. ethos significa literalmente morada, habitat, refúgio. O lugar onde as pessoas habitam. Mas para os filósofos, a palavra se refere a “caráter”, “índole”, “natureza”.
O que estamos fazendo uns com os outros? Quais são as nossas responsabilidades pessoais diante do outro? Uma postura ou conduta ética pode ser a realização de um tipo de comportamento mediado por princípios e valores morais. 
Já a palavra “moral” tem origem no termo latino “Morales” que significa “relativo aos costumes”. A moral é fruto do padrão cultural vigente e incorpora as regras eleitas como necessárias ao convívio entre os membros dessa sociedade. Regras estas determinadas pela própria sociedade.
Na época medieval, por exemplo, a moral era muito atrelada a crenças religiosas. A sociedade buscava na religião um meio para orientar o homem a agir de acordo com valores éticos. Após a Idade Moderna, o Estado passou a estimular regras e valores éticos, por meio de leis e o reconhecimento dos deveres de um sujeito em responder pelas consequências de seus atos. 
Uma pessoa moral ou imoral não é necessariamente aquela que segue as leis ou regras jurídicas. Comportamentos como furar fila no banco, jogar lixo no chão, colar na prova, falar mal de um colega na frente do outro ou não dar espaço para os mais velhos no metrô não são considerados ilegais, mas podem ser atos imorais.
Segundo o Dicionário, ÉTICA é "o estudo dos juízos de apreciação que se referem à conduta humana susceptível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal, seja relativamente à determinada sociedade, seja de modo absoluto”. Alguns diferenciam ética e moral de vários modos:
Ética é princípio, moral são aspectos de condutas específicas;
Ética é permanente, moral é temporal;
Ética é universal, moral é cultural;
Ética é regra, moral é conduta da regra;
Ética é teoria, moral é prática.
Etimologicamente falando, ética vem do grego "ethos", e tem seu correlato no latim "morale", com o mesmo significado: Conduta, ou relativo aos costumes. Podemos concluir que etimologicamente ética e moral são palavras sinônimas. A ética não se confunde com a moral. A moral é a regulação dos valores e comportamentos considerados legítimos por uma determinada sociedade, um povo, uma religião, uma certa
Tradição cultural etc. Há morais específicas, também, em grupos sociais mais restritos: uma instituição, um partido político...
Ética é um conjunto de conhecimentos extraídos da investigação do comportamento humano ao tentar explicar as regras morais de forma racional, fundamentada, científica e teórica. O termo ético deriva do grego ethos (caráter, modo de ser de uma pessoa). Ética é um conjunto de valores morais e princípios que norteiam a conduta humana na sociedade. A ética serve para que haja um equilíbrio e bom funcionamento social, possibilitando que ninguém saia prejudicado. Neste sentido, a ética, embora não possa ser confundida com as leis, está relacionada com o sentimento de justiça social. A ética é construída por uma sociedade com base nos valores históricos e culturais. Do ponto de vista da Filosofia, a Ética é uma ciência que estuda os valores e princípios morais de uma sociedade e seus grupos. É uma reflexão sobre a moral.
Moral é o conjunto de regras aplicadas no cotidiano e usadas continuamente por cada cidadão. Essas regras orientam cada indivíduo, norteando as suas ações e os seus julgamentos sobre o que é moral ou imoral, certo ou errado, bom ou mau.
No sentido prático, a finalidade da ética e da moral é muito semelhante. São ambas responsáveis por construir as bases que vão guiar a conduta do homem, determinando o seu caráter, altruísmo e virtudes, e por ensinar a melhor forma de agir e de se comportar em sociedade.
Um exemplo: Como lidar com uma pessoa que roubou um remédio para salvar uma vida? Seu comportamento é imoral, ela quebrou a regra de uma sociedade. Mas será que seria justificado eticamente?
A moral é constituída pelos valores previamente estabelecidos e comportamentos socialmente aceitos e passíveis de serem questionados pela ética, em busca de uma condição mais justa. É possível uma ação moral ou imoral sem qualquer reflexão ética, assim como é possível uma reflexão ética acompanhada de uma ação imoral ou amoral. Basicamente, quando se trata de moral, o que é certo e errado depende do lugar onde se está. A ética é o questionamento da moral, ela trata de princípios e não de mandamentos. Supõe que o homem deva ser justo. Porém, como ser justo? Ou como agir de forma a garantir o bem de todos? Não há resposta predefinida. Mas há sempre uma resposta a ser pensada.
Ninguém nasce com ética ou com moral. São construções culturais e simbólicas. As pessoas podem aprender ética na família, na escola, na rua, no trabalho. Esses conceitos são adquiridos ao longo da experiência humana, seja pela cultura, pelas regras jurídicas, pela educação ou por reflexões pessoais.
1.3) Atividades 
1.3.1) Tema: O que é ética?
Objetivo: • Estimular a reflexão dos jovens sobre sua própria formulação de referenciais éticos.
Recursos: • Roteiro do Jogo
Método: Inicie a aula explicando que ela consistirá em um jogo e terá o objetivo de estimular a reflexão dos jovens sobre sua própria formulação de referenciais éticos. O jogo, porém, terá como foco um personagem inventado.
Peça que um aluno voluntário desenhe a pessoa no centro da lousa.
Apresente a história:
Você cursa o Ensino Médio e também trabalha para ajudar no sustento de sua família, composta por sua mãe e outras duas crianças pequenas. Você está desempregado há quatro meses, desde que perdeu o emprego como empacotador de um supermercado. Finalmente apareceu uma oportunidade de trabalho e sua entrevista está marcada para hoje.
Seu despertador não funcionou e você está atrasado pelo menos 10 minutos para a entrevista. Ao chegar à estação de metrô, encontra uma longa fila para entrar. Percebe, porém, que há uma forma de furar a fila preferencial destinada a idosos, gestantes e pessoas com deficiência. Se você furar essa fila e correr, em vez de caminhar, do metrô até o local da entrevista, talvez consiga chegar no horário. O que você fará?
Crie uma tabela ao lado direito do desenho:
Peça que a classe apresente sugestões de Prós e Contras para a opção “Furar a fila”.
Se não houver sugestões de imediato, provoque com a pergunta: O que você ganharia furando a fila?
Exemplos de “prós”: Chegará mais rápido ao local da entrevista. Resolverá o problemarapidamente e poderá concentrar sua mente na entrevista. Terá mais chances de ser contratado.
Exemplos de “contras”: Risco de ser visto e ser obrigado a ir para o fim da fila, perdendo ainda mais tempo. Peso na consciência por furar a fila e por pegar a fila preferencial, à qual você não tem direito.
Peça que a classe apresente sugestões de Prós e Contras para a opção “Não furar a fila”.
Se não houver sugestões, provoque com perguntas: O que você ganharia deixando de furar a fila? Você teria outras alternativas se não furasse a fila?
Exemplos de “prós”: Consciência tranquila; segurança de que não será recriminado pelos demais usuários do metrô.
Exemplos de “contras”: não chegará ao local da entrevista rapidamente; poderá não ser considerado para a vaga por chegar atrasado.
Peça que a classe sugira critérios de priorização para que essa pessoa decida o que fazer.
Se não houver sugestões, provoque com perguntas: O que é mais importante para a pessoa? Quais valores? O que é certo e errado para ela?
Na lousa, ao lado esquerdo do desenho, crie duas colunas: Valores e Condutas
Pergunte à classe, que valores e que comportamentos podemos extrair do quadro à direita?
Preencha as duas colunas com a ajuda dos alunos. Por exemplo:
Conclua o exercício sintetizando-o e ressaltando que a decisão – qualquer que seja ela – responderá a valores que vêm da sociedade e da própria pessoa. Essa decisão, porém, é sempre tomada pela própria pessoa, a partir de uma reflexão ética. Assim tomamos decisões a partir da nossa autonomia individual, influenciados por valores, regras e contextos em que vivemos. A ética, portanto, está sempre presente nas nossas relações com os outros.
Convide os alunos a observar, nos próximos dias, como eles tomam suas decisões sobre como agir ou não agir. De onde vêm os seus valores? Quais critérios eles utilizam para priorizá-los? Quem os influencia? 
1.3.2) Tema:  A minha ética e a ética do grupo
Objetivo: • Estimular os jovens a refletir sobre o bullying e a ética, incluindo a influência dos colegas e a sua autonomia para agir de acordo com a sua ética
Recursos necessários: • Texto O que é bullying, extraído de site da ONU
• Questões para Discussão
Texto O que é bullying, extraído de site da ONU
Um(a) aluno(a) sofre bullying quando é exposto(a), repetidamente e por certo tempo, a comportamentos agressivos que, intencionalmente, causam danos ou incômodos por meio de contato físico, ataques verbais, brigas ou manipulação psicológica. O bullying envolve um desequilíbrio de poder e pode incluir provocações, insultos, uso de apelidos que ofendem, violência física ou exclusão social. Um bully (valentão ou valentona), aquele que comete bullying, pode ser uma pessoa ou um grupo.
O bullying pode ser direto, como, por exemplo, uma criança que chantageia outra pedindo dinheiro ou objetos, ou indireto, como, por exemplo, um grupo de estudantes que espalha rumores sobre outro. O bullying cibernético é o assédio realizado por e-mails, telefones celulares, mensagens de texto ou sites difamatórios na internet.
As crianças podem ser mais vulneráveis ao bullying se possuírem alguma deficiência, se expressarem uma preferência sexual de forma diferente dos padrões culturalmente aceitos, se vêm de uma minoria étnica ou grupo cultural, ou ainda se têm certo histórico socioeconômico.
Tanto para o bully quanto para o estudante que é vítima de bullying, o ciclo de violência e intimidação resulta em grandes dificuldades interpessoais e em baixo aproveitamento escolar. Os alunos que sofrem bullying estão mais propensos que seus colegas a se sentirem deprimidos, solitários, ansiosos e com baixa autoestima. Frequentemente, os bullies agem de forma agressiva devido a frustrações, humilhações, raiva ou em reação a alguma situação de ridicularização social.
Questões para Discussão
Cada aluno deverá apresentar brevemente a sua entrevista caso esta etapa tenha sido realizada.
Caso a entrevista não tenha sido realizada, utilize as seguintes questões:
Alguém conhece um caso de bullying?
Como vocês acham que a pessoa que sofreu bullying se sentiu?
Como vocês acham que a pessoa que praticou o bullying se sentiu?
Como o caso de bullying poderia ser interrompido?
Alguém conhece um caso de alguém que desafiou um grupo em defesa de uma pessoa que sofria bullying?
método: Distribua uma cópia do texto da ONU sobre bullying e peça que alguém o leia em voz alta.
Inicie a aula seguinte explicando que ela tem o objetivo de discutir como as pessoas conseguem (ou não) agir de forma ética apesar da influência do grupo. Para isso, serão usados exemplos de bullying, que é uma situação muito comum nas escolas de Ensino Médio.
Divida a classe em grupos de até 7 alunos. Peça que discutam as Questões para Discussão a partir das histórias que os alunos presenciaram ou ouviram falar. Se os alunos tiverem realizado as entrevistas sugeridas no trabalho extraclasse, esta discussão será baseada nelas.
Em seguida, peça que alunos voluntários sintetizem para a classe as discussões do seu grupo. Encerre a aula destacando que:
Muitas vezes, o bullying parece leve, mas na verdade é bastante forte por ser reiterado. As consequências podem ser brutais, pois afetam a autoestima e a vontade de frequentar a escola.
O bullying com fundamento preconceituoso é extremamente frequente. Racismo, sexismo e homofobia, por exemplo, são frequentemente expressos por bullying. Esse tipo de prática, além de antiética, é ilegal e contraria os direitos humanos.
1.3.3) Tema:  Coerência Ética
Objetivo: • Instigar a reflexão dos alunos sobre a relação entre a ética individual e a ética da sociedade
Recursos : • Charges
• Definição de “jeitinho brasileiro”
• Texto sobre pesquisa do Instituto de Psicologia da Universidade de Brasília (UnB)
Charges
Definição de jeitinho brasileiro: Como definição de “jeitinho brasileiro”, pode-se utilizar a versão simples extraída do verbete da Wikipedia ou a definição mais aprofundada extraída de um texto de Luís Roberto Barroso, ministro do Supremo Tribunal Federal .
Jeitinho brasileiro 
A expressão jeitinho brasileiro, ou simplesmente jeitinho, refere-se de modo abrangente à maneira que o povo brasileiro teria de improvisar soluções para situações problemáticas, usualmente não adotando procedimentos ou técnicas estipuladas previamente. Dependendo do contexto, a expressão pode ser utilizada com conotação positiva (ligada à noção de criatividade) ou negativa (ligando-se então às noções de malandragem e corrupção).
Jeitinho brasileiro – definição do ministro Luís Roberto Barroso, do STF
Jeitinho brasileiro é uma expressão que comporta múltiplos sentidos, facetas e implicações. Inúmeros autores identificam nele um traço marcante da formação, da personalidade e do caráter nacional. Há quem analise o fenômeno com uma visão mais romântica, vislumbrando certas virtudes tropicais. Existem, por outro lado, análises críticas severas das características associadas ao jeitinho, reveladoras de alguns vícios civilizatórios graves.
Na sua acepção mais comum, jeitinho identifica os comportamentos de um indivíduo voltados à resolução de problemas por via informal, valendo-se de diferentes recursos, que podem variar do uso do charme e da simpatia até a corrupção pura e simples. Em sua essência, o jeitinho envolve uma pessoalização das relações, para o fim de criar regras particulares para si, flexibilizando ou quebrando normas sociais ou legais que deveriam se aplicar a todos.
Embutido no jeitinho, normalmente estará a tentativa de criar um vínculo afetivo ou emocional com o interlocutor.
Texto sobre pesquisa do Instituto de Psicologia da Universidade de Brasília (UnB)
Em um texto publicado no site da Universidade de Brasília, o Professor Ronaldo Pilati Rodrigues descreve as conclusões de uma pesquisa sobre a cultura do “jeitinho brasileiro” e a corrupção.
Segundo ele, a pesquisa apresentou imagens relacionadas à corrupção política e à corrupção do “malandro” – um símbolo nacional positivo e moralmente ambíguo – a algunsgrupos de pessoas. Muitas delas apoiaram as imagens relacionadas ao malandro. O autor então fez a seguinte análise:
“Os resultados destacam que símbolos culturais, dentro de um contexto cultural específico, podem ser conectados a diferentes padrões comportamentais. Além disso, eles constituem uma evidência positiva de que existem símbolos culturais, reconhecidos implicitamente pelos brasileiros, que produzem um aumento do endosso de comportamentos corruptos. Isto é coerente com a ideia de que o compartilhamento de tais símbolos, permissivos a comportamentos assemelhados à corrupção, cria um contexto social potencializador deste tipo de ato – com implicações negativas profundas.
Esses resultados nos trazem uma compreensão importante de como a psicologia do brasileiro recebe influência de sua cultura de socialização no concernente à corrupção.
Assim, do ponto de vista prático, quando nos preocupamos em combater a corrupção, na verdade o que devemos atacar vai muito além do controle e punição, por parte dos órgãos estatais competentes, de agentes públicos ou privados envolvidos em crimes e corrupção. Isto é necessário, mas não suficiente.
A ação anticorrupção em nossa cultura deve passar pela alteração da permissividade cultural, produzindo uma cultura forte na coibição a este tipo de comportamento. Enquanto os cidadãos brasileiros não agirem cotidianamente na busca de coibir, perante seus pares, atos corriqueiros considerados como normais ou de consequência minimizada, tais como o desvio de verba no condomínio residencial ou o estacionamento no local irregular, as bases para a mudança cultural não serão lançadas. Muitos cidadãos brasileiros já buscam coibir tais ações.”
Fonte: Notícia do site da UNB, visitado em maio de 2017
Método: Proponha a seguinte atividade a ser realizada fora da sala de aula:
Distribua ou passe no quadro a definição de “jeitinho brasileiro” e o texto sobre a pesquisa da UnB.
Inicie o momento seguinte depois da leitura dizendo que ela abordará a relação entre a ética individual e a ética da sociedade. Explique que vocês conversarão sobre o assunto em três etapas.
1ª etapa
Peça que um aluno voluntário leia a definição de “jeitinho brasileiro”.
Peça exemplos pessoais do “jeitinho brasileiro”. Cenas do dia a dia.
Se os alunos tiverem dificuldade de iniciar, sugira alguns:
• Trafegar pelo acostamento ou faixa exclusiva de ônibus para evitar engarrafamento.
• Beneficiar-se de “gato” de energia elétrica.
• Beneficiar-se de amizades para ser atendido mais rápido.
• Pedir para ter o nome incluído em um trabalho em grupo apesar de não ter ajudado.
Mostre as charges (hyperlink) para que todos possam vê-las e pergunte: “Quais são as contradições que as charges apontam?”
Encerre a primeira etapa, comentando que a discussão será aprofundada com o texto seguinte.
2ª etapa
Peça que um aluno voluntário leia o trecho grifado do texto sobre a pesquisa da UnB em voz alta.
Verifique se os alunos entenderam o texto. Em primeiro lugar, pergunte se há alguma palavra que eles não conhecem. Em seguida, peça para algum voluntário sintetizar as conclusões do texto.
Assegure que os alunos entenderam as conclusões do autor, em particular:
• Existe uma cultura de corrupção no Brasil, que inclusive valoriza a conduta do “malandro”.
• Essa cultura gera um ambiente propício para casos de corrupção, que vão desde o plano local até o nacional e desde valores irrisórios até altas somas de dinheiro.
• Não há como combater a corrupção no Brasil sem modificar essa cultura.
Para assegurar que eles, de fato, entenderam essas mensagens, pergunte:
• O autor entende que existe uma cultura de corrupção no Brasil. O que o leva a essa conclusão? O que as figuras do “malandro” e do “jeitinho brasileiro” têm a ver com isso?
• O que o autor quer dizer com “permissividade cultural”. O que passa a ser permitido pela cultura dos brasileiros? Vocês conseguem pensar em exemplos concretos dessa permissividade?
Se os alunos não tiverem exemplos, você pode mencionar: se muitos jovens praticam bullying na escola, eu sinto que também tenho permissão para praticá-lo; se muitos empresários sonegam impostos, eu acho que também tenho permissão para sonegar; se muitos políticos se beneficiam de doações por “caixa 2”, eu entendo que também tenho permissão para recebê-las.
Pergunte aos alunos como seria possível modificar essa cultura de corrupção. Esta pergunta pode levar a respostas afirmando que isso depende “dos outros” modificarem seus comportamentos e das autoridades adotarem leis e políticas. Destaque a relevância dessas sugestões, mas também provoque os alunos a pensar como cada um deles poderia contribuir para modificar essa cultura. Provoque-os a pensar sobre a importância da coerência ética nos comportamentos individuais.
Se os alunos tiverem dificuldade para responder a essas provocações, dê alguns exemplos como:
• Se cada um de nós passasse a seguir rigorosamente as regras de trânsito, haveria menos acidentes com vítimas?
• Se cada um de nós deixasse de comprar produtos roubados, deixaria de haver estímulo para o roubo?
• Se cada um de nós pesquisasse sobre seu candidato, teríamos menos políticos corruptos?
Conclua a aula resgatando os principais pontos discutidos e ressaltando que, fundamentalmente, a aula falou sobre o tema “ética”, que se aplica a altas autoridades públicas, a você e aos alunos. Convide os jovens a continuar refletindo sobre o tema em seu dia a dia.
1.3.4) Teste de conhecimento
1. Como podemos definir a ética?
a) A ética é igual à moral;
b) Reflexão sobre as ações sociais;
c) Comportamento social;
d) Ação reguladora da vida.
2. O que é a moral?
a) São os valores que regem a convivência humana;
b) Moral é sinônimo de ética;
c) A moral mantém um grupo social;
d) Moral é sinônimo de desordem social.
3. O que são as normas morais?
a) Normas morais são como normas éticas;
b) As normas morais dizem respeito ao conjunto de regras que regulam as relações no âmbito das empresas;
c) As normas morais são um conjunto de regras que regulam a convivência social, obedecendo a três princípios básicos: a auto obrigação, a universalidade e a incondicionalidade;
d) As normas morais dizem respeito à conduta pessoal dos indivíduos, sendo determinadas pela ética de cada um.
4. Você faz uma ligação por meio de um operador e pede para transferi-la para o seu número de telefone. Terminada a ligação, você pede para o operador passar o tempo de conversa e o custo da chamada. Ele indica que vai ser trabalhoso levantar os dados e, dessa maneira, o custo foi debitado na conta da empresa. Você deveria:
a) Esquecer todo o fato – o que está feito, já está feito;
b) Liga para um amigo em Orlando (EUA), pois este pode estar querendo falar com você mesmo;
c) Faz mais ligações pessoais antes de ir para casa, no final do expediente, para aliviar o impacto na sua conta de telefone pessoal;
d) Pede para o operador gastar o tempo que for necessário para corrigir o erro. 
5. Enquanto trabalha para a sua empresa, você inventa um instrumento que tem potencial para torná-lo rico. Você usou o laboratório da empresa e instalações de testes, e realizou o trabalho no seu próprio horário. O que você faz com o invento?
a) Leva-o para o departamento responsável para determinar a obtenção e posse de direitos e disposições apropriadas;
b) Vê com um procurador e apresenta por procuração uma patente no seu nome;
c) Submete a sua ideia à consideração do programa de prêmio de melhores ideias da empresa;
d) Entra em contato com companhias que possam ter interesse na sua invenção e vende por uma alta quantia.
6. Dois de seus subordinados rotineiramente abastecem suas crianças com material escolar do escritório. Como você enfrentaria a situação?
a) Bloquearia o material, que somente seria liberado em caso de necessidade e com a assinatura do responsável pela solicitação;
b) Diria aos dois funcionários que o material é para uso restrito do escritório;
c) Notifica o desvio para o responsável pela segurança do escritório;
d) Envia um aviso a todos os empregadosdizendo que o material do escritório é para uso restrito do escritório e que o descumprimento da ordem vai resultar em ação disciplinar.
7. Sobre a ética profissional, podemos dizer que:
a) É algo que impede os profissionais de agirem da maneira que consideram mais conveniente;
b) A ética profissional representa um conjunto de normas morais que deverão ser exercidas no dia-a-dia dos indivíduos;
c) A ética profissional é um conjunto de normas de conduta que deverão ser postas em prática no exercício de uma profissão;
d) A ética profissional regula as relações pessoais.
Gabarito:
1) C 	 5) A
2) A 6) D
3) B 	 7) C
4) D
1.3.5) (Jogo) trabalhando argumentação e contra argumentação
Autoria: Cínara Monteiro Cortez
Palavras-chave: Jogo, ética, cidadania, civilidade, argumentação, contra argumentação, linguagem oral.
Objetivos:
Discutir questões sobre ética, cidadania, civilidade, direitos e deveres.
Traga situações cotidianas para debate, o que fazer diante de situações como: furar a fila do banco, não se levantar para um idoso ou deficiente no ônibus, usar o celular para motivos pessoais no horário de trabalho.
Trabalhar estratégias de argumentação.
Material (os alunos prepararão todas as cartas):
- Cartas com questões sobre ética, cidadania, civilidade etc. (Os alunos criarão as cartas)
- 10 Cartas SIM
- 10 Cartas NÃO
Suporte teórico:
MANZINI-COVRE, Maria de Lurdes. O que é cidadania. Coleção Primeiros Passos. São Paulo: EditoraBrasiliense, 1995.
NOVAES, Adauto. Ética. Rio de Janeiro, Companhia das Letras, 2002.
Instruções para as atividades:
Instruções iniciais:
1). Os alunos devem preparar 10 cartões com a palavra SIM e 10 cartões com a palavra NÃO.
2). Os alunos também devem preparar 50 questões que envolvam ética, comportamento, valores etc.
As questões devem vir em forma de perguntas diretas, que possam ser respondidas com sim ou não. Eles devem escrever as questões em cartões que serão utilizados no jogo.
Exemplo de questões:
A). Se você achasse uma carteira dentro do ônibus com R$ 500,00 sem documentos ou identificação, e com apenas um número de telefone escrito em um papel, você ligaria para o número para tentar devolver a carteira?
B). Você quebrou um objeto no museu durante a visita a uma exposição, porém ninguém o viu e não havia câmeras na sala onde aconteceu o acidente. Você avisaria algum funcionário domuseu sobre o ocorrido
Como jogar:
A). Sorteia-se o primeiro jogador que deve pegar uma das cartas com as questões.
B) De acordo com a carta que pegar, o jogador escolhe uma de suas e escolhe outro jogador para responder. Ele deve escolher alguém que ele acredite que iráresponder de acordo com a sua resposta 
C) O jogador escolhido para responder deverá dar sua resposta e argumentar
D). Caso o jogador escolhido responda de acordo com a carta SIM/NÃO que o outro jogador possui, este ganha o desafio concordando com o.
E). Caso a resposta do jogador escolhido seja oposta àquela da carta SIM/NÃO, o jogador que fez aperguntar pode contra argumentar.
F). Os outros jogadores devem, então, discutir e decidir qual dos dois soube argumentar/contraargumentar melhor. Eles também podem pedir que o jogador que respondeu explique melhor ouque o jogador que perguntou desenvolva mais seu(s) argumento(s).
g) Outro jogador é escolhido para continuar o jogo (não deve ser um dos que acabaram de participarda disputa).
h) Ganha o grupo que melhor argumentar sobre as questões. 
1.3.6) Debate:
Debata os seguintes temas (aescolha):
· Honestidade é coisa apenas de jovens ou apenas de velhos?
· “Gato” da televisão por assinatura
· Abusar de vagas preferenciais (portadores de deficiência, idoso, família, etc.)
· Respeitar ou furar fila?
· Sonegar impostos
· Respeitar os limites de velocidade no trânsito
· Devolução de troco recebido ad majorem (a mais)
· Software pirata
· Carteira encontrada na rua 
Defender uma posição, depois procure argumentar com ideias contrárias as que você sustentou anteriormente. Apresente algumas atitudes éticas. Escrever no caderno.
1..3.7) Mafalda
Analise a história em quadrinhos de Mafalda e responda:
A) Quem não teve ética nessa história em quadrinhos? Explique.
B) Você possui um inquilino como Mafalda? Justifique.
C) Quais são os valores que foram passados da mãe da Mafalda para ela? 
D) E você recebe esses mesmos valores de seus responsáveis? Dê exemplos.
1.3.8) Filme: "O Caçador de Pipas" (Opcional):
Trechos do filme “O caçador de Pipas” 
Cenas “Caçador de Pipas”
· Cebola: (história das lágrimas de pérolas)
· Relógio (garoto simula furto do relógio).
· Fuga para o EUA (soldado deseja estuprar a mulher)
*** Deverá ser observado nas cenas as atitudes que demonstrem e exemplifiquem os conceitos de ética, valores e moral. Estabelecendo um paralelo entre ser bom e ser mau.
Instrutor: Colocar a sala em círculo e fazer um vínculo das cenas do filme com os conceitos passados no primeiro momento.
1.4) Conclusão:
Não há receitas para agir bem: o compromisso conosco, com os outros, com as gerações futuras exige um estado de alerta. viver moralmente não é simples nem fácil. parte da aprendizagem da solidariedade, do reconhecimento, da dignidade de si mesmo e dos outros. Não basta reformar o individuo para reformar a sociedade, pois formar o ser humano plenamente moral só é possível na sociedade que também se esforça para ser justa.
1.5) Portfólio:
1.5.1) Reflexão a partir do texto Anel de Giges, respondendo a seguinte pergunta;
E você, o que faria em posse do anel?
O anel de Giges é uma lenda que integra A República de Platão.
Giges era um pastor que servia em casa do que era então soberano da Lídia. Devido a uma grande tempestade e tremor de terra, rasgou-se o solo e abriu-se uma fenda no local onde ele apascentava o rebanho. Admirado ao ver tal coisa, desceu para lá e contemplou, entre outras maravilhas, que ali jazia um cavalo de bronze, oco, com uma abertura, espreitando através da qual viu lá dentro um cadáver, aparentemente maior do que um homem, e que não tinha mais nada senão um anel de ouro na mão. Arrancou o anel do cadáver saiu. 
Todos os meses os pastores se reunião em uma assembleia, a fim de comunicarem ao rei, todos os meses, o que dizia respeito aos rebanhos, Giges foi lá também, com o seu anel. Estando ele, pois, sentado no meio dos outros, deu por acaso uma volta ao engaste do anel para dentro, em direção à parte interna da mão, e, ao fazer isso, tornou-se invisível para os que estavam ao lado, os quais falavam dele como se tivesse ido embora. Admirado, passou de novo a mão pelo anel e virou para fora o engaste. Assim que o fez, tornou-se visível. 
Tendo observado estes fatos, percebeu que poderia ouvir e acompanhar as conversas sem ser percebido. Experimentou ao ver que o anel tinha aquele poder a sensação de que poderia usufruir da possibilidade de saber o que os outros não sabiam em sua totalidade, assim senhor de si, logo fez com que fosse um dos delegados que iam junto do rei. 
Uma vez lá chegando, fez saber os segredos da rainha e seus desejos mais secretos, seduziu a mulher do soberano, e com o auxílio dela, atacou e matou o rei, e dessa maneira tomou o poder.
Fonte de consulta: https://pt.wikipedia.org/wiki/Anel_de_Gyges
Esta aí um bom teste para nossas virtudes. O que faríamos nós se achássemos esse anel? A resposta a esta questão revela muito sobre nós mesmos.
No caso do texto, o primeiro fato é que Giges saqueia o túmulo. Depois, o poder o corrompe, ou traz à tona seu lado corrompido e podre.
Na questão de saquear e roubar, quem pode dizer que nunca fez? Cometemos este delito quando pegamos um papel, um lápis ou uma caneta do trabalho sem pedir a ninguém, quando podemos fazer algo bem feito e fazemos de qualquer forma.
Criticamos governo, patrões, etc, mas são eles apenas reflexos de nós mesmos, de tal maneira que é só uma questão de oportunidade e de proporção. Como contribuintes nós sonegamos, como governantes desviamos a verba arrecadada. Como funcionários fazemos corpo mole, não valorizamoso emprego, e como patrões não valorizamos os empregados.
Platão diz no final do livro que devemos ser justos, com anel ou sem anel, o que parece claro.
1.4.2) Represente com um desenho em que você acredita ser “fazer o bem”?
Encontro 02
Ética Profissional
2.0) A transformação do homem por meio do trabalho.
Objetivos: Refletir sobre os rumos da nossa sociedade e do nosso planeta, dentro dos parâmetros da ética e cidadania. Perceber a aplicação da ética no cotidiano profissional e compreender os importantes aspectos sobre os valores morais. Despertar para a importância desses conceitos e da compreensão de como eles se definem e suas respectivas mudanças de acordo com a época e as culturas.
1º Momento:
· O instrutor deverá a princípio iniciar suas atividades com o questionamento sobre o que pensam a respeito do tema, buscando suas hipóteses através de seus conhecimentos prévios no que os difere ou acrescenta no seu saber.
· Em seu discurso o instrutor deve propiciar um momento de reflexão para que o aluno possa diferenciar a ética no contexto geral da ética profissional e identificar no filme proposto para aula os valores e a ética presente nele.
* Texto de apoio para o instrutor.
2.1) O que é Ética Profissional
Ética profissional é o conjunto de normas éticas que formam a consciência do profissional e representam imperativos de sua conduta.
Ética é uma palavra de origem grega (éthos), que significa propriedade do caráter. Ser ético é agir dentro dos padrões convencionais, é proceder bem, é não prejudicar o próximo. Ser ético é cumprir os valores estabelecidos pela sociedade em que se vive.
Ter ética profissional é o indivíduo cumprir com todas as atividades de sua profissão, seguindo os princípios determinados pela sociedade e pelo seu grupo de trabalho.
Cada profissão tem o seu próprio código de ética, que pode variar ligeiramente, graças a diferentes áreas de atuação. No entanto, há elementos da ética profissional que são universais e por isso aplicáveis a qualquer atividade profissional, como a honestidade, responsabilidade, competência, etc.
Código de Ética Profissional
Código de ética profissional é o conjunto de normas éticas, que devem ser seguidas pelos profissionais no exercício de seu trabalho.
O código de ética profissional é elaborado pelos Conselhos, que representam e fiscalizam o exercício da profissão.
O código de ética médica em seu texto descreve: O presente código contém as normas éticas que devem ser seguidas pelos médicos no exercício da profissão, independentemente da função ou cargo que ocupem. A fiscalização do cumprimento das normas estabelecidas neste código é atribuição dos Conselhos de Medicina, das Comissões de ética, das autoridades de saúde e dos médicos em geral. Os infratores do presente Código sujeitar-se-ão às penas disciplinares previstas em lei.
ÉTICA= significa caráter, modo de ser.
MORAL = está ligada aos modos e aos costumes.
Ética e moral são conceitos diferentes. A moral pode limitar a nossa liberdade de ação com regras. A ética amplia o que é considerado moral, porque incentiva a fazer escolhas com base em valores mais duradouros que respeitam a vida e o bem-estar humano.
ÉTICA PROFISSIONAL = cada profissional tem um código de conduta que serve para controlar o exercício adequado da profissão, proteger os profissionais que agem de acordo com o código e manter a confiança geral da sociedade no grupo profissional. Este código de conduta dá-se o nome de CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL, ou seja, você obedece ou não não poderá mais fazer parte do grupo e nem atuar como profissional da área. Ética profissional é o conjunto de normas éticas que formam a consciência do profissional. No entanto, há elementos da ética profissional que são universais e por isso aplicáveis a qualquer atividade profissional, como a honestidade, responsabilidade, competência e etc.
Ao assumir uma profissão assumimos uma responsabilidade com esta prática.
Perguntas:
* Quais os deveres ao assumir tal tarefa?
* Como estou cumprindo as responsabilidades? 
* O que esperam de mim nesta atividade?
* O que devo fazer (mesmos sem estar sendo vigiado)?
* Estou sendo um bom profissional?
* Estou agindo adequadamente/corretamente? 
Antiética - Uma pessoa que não segue a ética da sociedade a qual pertence é chamado de antiético, assim como o ato praticado.
2.2) Material para o instrutor:
2.2.1) O Código de Ética Profissional é o conjunto de normas éticas, que devem ser seguidas pelos profissionais no exercício de seu trabalho.
Este código é elaborado pelos Conselhos, que representam e fiscalizam o exercício da profissão.
O código de ética médica, por exemplo, em seu texto descreve:
“O presente código contém as normas éticas que devem ser seguidas pelos médicos no exercício da profissão, independentemente da função ou cargo que ocupem.
A fiscalização do cumprimento das normas estabelecidas neste código é atribuição dos Conselhos de Medicina, das Comissões de Ética, das autoridades de saúde e dos médicos em geral.
Os infratores do presente Código, sujeitar-se-ão às penas disciplinares previstas em lei”.
O código apresenta a seguinte orientação:
Julgue-se igual ao seu colega, independente de seu nível cultural ou profissional;
Forneça ajuda aos colegas;
Saiba receber orientações de trabalhos de colegas ou superiores;
Troque ideias com superiores sempre que houver necessidade;
Mantenha sempre o local de trabalho em ordem e em condições de uso;
Quando não souber fazer, não faça, peça ajuda;
Informe aos colegas os riscos de acidentes no trabalho;
Dê ideias para solucionar problemas no ambiente de trabalho, não se preocupe se serão
aceitas, ou não;
Transmita princípios morais no ambiente de trabalho;
Ajude, opine, mas com discrição. Respeite as confidências dos colegas;
Seja responsável e cumpra suas obrigações;
Faça críticas e concorde somente com críticas construtivas;
Opine sempre educadamente, sem medo de repressão;
Seja honesto com a empresa, com os colegas, com os superiores, consigo mesmo;
Mude de opinião quando perceber que está errado;
Seja pontual nos horários de trabalho e compromissos;
Respeite a opinião dos colegas;
Faça sempre o trabalho certo;
Atualize-se na profissão, constantemente.
Cada empresa possui uma maneira comum e constante de tratar determinados assuntos por
parte dos superiores. Essa maneira é variada de empresa para empresa.
Assuntos que envolvem salários, benefícios, qualidade, clientes, indicam a maneira de pensar
e ver da diretoria de uma determinada empresa e são transmitidas aos funcionários de diversas
formas.
Essa maneira de pensar e ver os assuntos é a chamada POLÍTICA DA EMPRESA, que, para
tornar a empresa saudável, é necessário que esteja equilibrada entre os desejos dos
funcionários e da diretoria, de forma que não existam vencedores e vencidos, mas somente
pessoas realizadas.
2.2.2) ÉTICA PROFISSIONAL
Publicado em 12 de June de 2017 por Claudia Jorge
INTRODUÇÃO
A humanidade tem assistido a muitas mudanças em quase todos os sentidos da vida humana. O desenvolvimento tecnológico está atingindo termos jamais antes imaginados ou mesmo concebido pelo ser humano. As mudanças decorrentes da evolução e dos acontecimentos históricos são muito significativas e representam um exemplo do que pode acontecer com os esforços de criação da mente humana.
Nos campos das descobertas da medicina, da indústria, da tecnologia, jamais se assistiu tamanho desenvolvimento. Assistimos a um aumento de velocidade de produção de informações nunca conhecidos.
Livro relacionado:
Em face das conquistas tecnológicas atuais, a ética está mais do que nunca presente nos debates a respeito do comportamento humano e o seu estudo é sempre necessário em decorrência da necessidade das pessoas orientarem seu comportamento de acordo com a nova realidade na vida social.
Assim, a Ética é o conjunto de normas morais pelo qual o indivíduo deve orientar seu comportamento na profissão que exerce e é de fundamental importância em todas as profissões e para todo ser humano, para que possamos viverrelativamente bem em sociedade. Com o crescimento desenfreado do mundo globalizado, muitas vezes deixamos nos levar pela pressão exercida em busca de produção, pois o mercado de trabalho está cada vez mais competitivo e exigente, e as vezes não nos deixa tempo para refletir sobre nossas atitudes.
Temos que ter a consciência de que nossos atos podem influenciar na vida dos outros e que nossa liberdade acarreta em responsabilidade. De forma ampla a Ética é definida como a explicitação teórica do fundamento último do agir humano na busca do bem comum e da realização individual.
1.1 - BREVE RETORNO ÀS ORIGENS
Historicamente, a Ética sempre foi orientada pela religião e pela razão, sendo esta uma razão crítica em todas as sociedades. Podemos observar grandes filósofos como, Sócrates, Platão, Aristóteles, Santo Agostinho, Tomás de Aquino, Hobbes, Hume, Hegel, Kant, Bérgson, Heidegger, Habermas, cada um a seu modo, buscando o estabelecimento de códigos de ética válidos universalmente.
Tendo a Ética como ciência da conduta, podemos observar duas concepções:
"ciência que trata do fim que deve orientar a conduta dos homens e dos meios para atingir tal fim. É o ideal formulado e perseguido pelo homem por sua natureza e essência."
"ciência que trata do móvel da conduta humana e procura determinar esse móvel visando dirigir a própria conduta. Liga-se ao desejo da sobrevivência."
(ABBAGNANO, 2000; BOFF, 2003).
Na primeira concepção vemos Sócrates como precursor da Ética no Ocidente, Platão que tratou da ética das virtudes em "A República", Aristóteles que trata do propósito da conduta humana de buscar a felicidade a partir da sua natureza racional. Hegel tratou do objetivo da conduta humana destacando o Estado como a realidade na qual a conduta encontra integração e perfeição, tratando a Ética como a filosofia do Direito.
Em sua segunda concepção, vemos Pródico que nos contempla com suas palavras: "Se desejares ser honrado por uma cidade deves ser útil à cidade". (PRÓDICO. As Horas, o original perdeu-se, mas a sua essência encontra-se em Memorabilia de XENOFONTES)Protágoras pregava o respeito mútuo e a justiça como condições necessárias à sobrevivência do Homem; Kant situou a Ética no mundo da razão pura, no qual os seres racionais buscavam firmar esse mundo evitando os interesses individualizados e perseguindo o bem. Benthan defendeu a conduta do Homem com sendo determinada pela expectativa do prazer ou da dor, sendo esse o único motivo possível da ação.
Ainda como ciência da conduta vemos a Ética no Homem que exerce algum poder sentindo-se o único sujeito real o eleito, o melhor, o mais capaz, o mais inteligente, portanto merecendo privilégios. Neste sentido, Schopenhauer enfatiza que o significado ético deve estar sempre associado ao outro. Somente em relação ao outro pode existir o valor moral e a conduta pode ser uma ação de justiça:
"A única ética possível estrutura-se na relação do sujeito com o outro, em que é importante ser preservado o complexo espaço para a inter-subjetividade. [...] só nessa relação do sujeito com o outro podemos construir os valores éticos acerca do bem e do mal. [...] Representa também a relação do indivíduo com as instituições [...] com a sociedade". (ARICÓ, 2001)
1.2 - AS CRISES DO PENSAMENTO RACIONAL E A ÉTICA
O pensamento ocidental revira-se e muda em função de crises, acarretando mudanças comportamentais e, como conseqüência, mudanças no modo de análise das morais, mudanças na ética. Sendo que a primeira grande crise enfrentada pelo mundo ocidental aconteceu na passagem do pensamento mitológico para o pensamento filosófico entre os gregos. A partir dessa mudança surge um homem que abandona a explicação mitológica ou sobrenatural buscando uma explicação natural para si e seu mundo.
Pode-se localizar uma exacerbação dessa primeira crise com Sócrates e sua visão social e comunitária. O pensamento racional abandona as causas físicas e passa a preocupar-se com o destino humano; a ética enquanto estudo das relações entre os homens, enquanto pensamento sobre as ações morais começa a aparecer a partir daí.
Aristóteles, discípulo de Platão e uma das maiores mentes observadas pelo mundo ocidental, entra no furacão da racionalidade e, embora se afastando da orientação de seu mestre, pensa a ética no contexto da polis, sem desconsiderar as paixões, naturais no ser humano, o que influenciaria definitivamente qualquer ética, retirando a possibilidade de uma solução puramente lógica, pois o homem para chegar à perfeição, deve alcançar seu objetivo final – a felicidade.
Outra crise ocorre, com a revolução trazida pelo pensamento cristão, a partir do ano I da Era Cristã. O novo pensamento se difunde; a herança filosófica grega instala-se no meio cristão. A nova crise racional tira o Homem do centro colocando Deus e a doutrina cristã da alma eterna. A desagregação e queda do Império Romano acarretaram desorganização política e subseqüente convulsão social, em face de seu montante. O desaparecimento dos grandes centros culturais restringe a cultura aos Monastérios, ficando as preocupações filosóficas ligadas à problemática religiosa, entretanto, as pequenas seitas que proliferaram no mundo helenístico sucedendo à Filosofia Grega Clássica, continuaram a existir assegurando a sobrevivência da herança antiga, pelo menos até Constantino declarar cristão o Império Romano.
Do Século VIII ao Século XIV a Igreja Romana dominou a Europa, criando uma nova moral onde, coroou reis, organizou Cruzadas à Terra Santa, fundou as primeiras Universidades. Nesse período a Filosofia Medieval ou Escolástica chega a uma exacerbação da lógica tentando provar a existência de Deus e da alma imortal.
Do Século XIV ao XVI gesta-se a terceira crise, a idéia da liberdade política é reencontrada, colocando o ser humano como artífice do seu próprio destino, através do conhecimento, da política, das técnicas e das artes.
Nicolau Maquiavel que nasce em 1469, percebe que o poder fundava-se apenas em atos de força, e pela força era deslocado onde nem religião, tradição, ou vontade popular legitimavam o soberano.
Com a crise gestada na Renascença, o mundo prepara-se para uma nova racionalidade, a crise do pensamento.
O determinante maior do pensamento ocidental até o final do Séc. XIX e começo do Séc. XX foi a teorização da modernidade atribuído a Descartes, que inaugura o que se pode chamar de racionalidade moderna caracterizando em primeiro lugar a separação radical entre corpo e alma, valorizando a alma, que para Descartes equivale a pensamento, espírito, raciocínio lógico: o corpo passa a segundo plano, como mais difícil de conhecer do que a alma. No final do século XIX, onde a racionalização atinge seu ápice entrando na "crise da modernidade".
Immanuel Kant, cujas idéias parecem ser ponto de convergência do pensamento filosófico anterior, faz uma análise crítica do universo espiritual humano voltando suas preocupações para duas questões: o problema do conhecimento, suas possibilidades, seus limites e sua esfera de aplicação e o problema da ação humana, ou seja, o problema moral, o que fazer e como agir em relação ao semelhante, como alcançar a felicidade ou o bem supremo.
O imperativo categórico kantiano é puramente racional e vazio e desvinculado de qualquer condição ou empiria: "Age de tal modo que a máxima de sua vontade possa valer-te sempre como princípio de uma legislação universal". (KANT, I. Coleção os Pensadores. São Paulo: Nova Cultural, 1991).
Nietzsche, em seu ético questionamento da moral, repensa radicalmente seus fundamentos e a transforma em um problema, embora seja tão duro ou mais do que o próprio Kant, quando se trata de moral.
Em plena "crise da modernidade", surge Freud e a Psicanálise, num mundo onde crenças e valores são questionados e Lacan que leva a Psicanálise às últimas conseqüências, deixando no ar se o que teríamos depois de Lacan, seria então o fim da Psicanálise como vinha sendo profetizado há muito?
Só o homem é capaz de ser mau, pois poderia escolher outros caminhos articulados ao respeitomútuo, mas escolhe a violência e o poder como protagonistas do desejo. [...] A ética da globalização da economia triunfa, tornando cada vez mais difícil a humanização das condições materiais, necessárias à construção de um novo homem solidário, íntegro ou apenas obediente a uma nova ordem mais justa. [...] Os homens estão aí, na maioria das vezes, bastante disponíveis às manipulações perversas que evidentemente achincalham a cidadania. (Aricó 2001)
1.3 - CONCEITUANDO ÉTICA PROFISSIONAL
É extremamente importante saber diferenciar a Ética da Moral e do Direito. Estas três áreas de conhecimento se distinguem, entretanto têm grandes vínculos e até mesmo sobreposições.
A Moral estabelece regras que são assumidas pela pessoa independente das fronteiras geográficas e garante uma identidade entre pessoas que mesmo sem se conhecerem utilizam este mesmo referencial moral comum.
O Direito estabelece o regramento de uma sociedade delimitada pelas fronteiras do Estado. As leis têm uma base territorial, pois elas valem apenas para aquela área geográfica onde determinada população ou seus delegados vivem. Alguns autores afirmam que o Direito é um subconjunto da Moral. Esta perspectiva pode gerar a conclusão de que toda a lei é moralmente aceitável.
Inúmeras situações demonstram a existência de conflitos entre a Moral e o Direito. Um exemplo disso é a desobediência civil, que ocorre quando argumentos morais impedem que uma pessoa acate uma determinada lei. Assim a Moral e o Direito, apesar de referirem-se a uma mesma sociedade, podem ter perspectivas discordantes.
Muitos autores definem a ética profissional como sendo um conjunto de normas de conduta que deverão ser postas em prática no exercício de qualquer profissão. Sendo assim, a ação reguladora da ética que age no desempenho das profissões, faz com que o profissional respeite seu semelhante quando no exercício da sua profissão.
A ética profissional estudaria e regularia o relacionamento do profissional com sua clientela, visando a dignidade humana e a construção do bem-estar no contexto sócio-cultural onde exerce sua profissão, atingindo toda profissão. Ao falamos de ética profissional estamos nos referindo ao caráter normativo e até jurídico que regulamenta determinada profissão a partir de estatutos e códigos específicos. Assim temos a ética médica, do advogado, do biólogo, do psicólogo, etc, relacionada em seus respectivos códigos de ética.
Em geral, as profissões apresentam a ética firmada em questões relevantes que ultrapassam o campo profissional em si, como o aborto, pena de morte, seqüestros, eutanásia, AIDS, e outros, que são questões morais que se apresentam como problemas éticos, pois pedem uma reflexão profunda e assim, um profissional, ao se debruçar sobre elas, não o faz apenas como tal, mas como um pensador, um filósofo da ciência, ou seja, da profissão que exerce. Desta forma, a reflexão ética entra na moralidade de qualquer atividade profissional humana.
A ética inerente à vida humana é de suma importância na vida profissional, assim para o profissional a ética não é somente inerente, mas indispensável a este. Na ação humana o fazer e o agir estão interligados. O fazer diz respeito à competência, à eficiência que todo profissional deve possuir para exercer bem a sua profissão. O agir se refere à conduta do profissional, conjunto de atitudes que deve assumir no desempenho de sua profissão.
A Ética baseia-se em uma filosofia de valores compatíveis com a natureza e o fim de todo ser humano.
O agir" da pessoa humana está condicionado a duas premissas consideradas básicas pela Ética: "o que é" o homem e "para que vive", logo toda capacitação científica ou técnica precisa estar em conexão com os princípios essenciais da Ética. (MOTTA, 1984, p. 69)
Constatamos assim o forte conteúdo ético presente no exercício profissional.
1.4 - REFLEXÕES SOBRE A ÉTICA PROFISSIONAL
As reflexões realizadas no exercício de uma profissão devem ser iniciadas bem antes da prática profissional. A escolha por uma profissão é optativa, mas ao escolhê-la, o conjunto de deveres profissionais passa a ser obrigatório.
Toda a fase de formação profissional, abrangendo o aprendizado das competências e habilidades que se referem à prática específica numa determinada área, deve incluir a reflexão. Ao completar a graduação em nível superior, a pessoa faz um juramento, que significa sua adesão e comprometimento com a categoria profissional onde formalmente ingressa, o que caracteriza o aspecto moral da chamada Ética Profissional.
O fato de uma pessoa trabalhar numa área que não escolheu livremente como emprego por precisar trabalhar, não a isenta da responsabilidade de pertencer a uma classe, não a eximindo também dos deveres a cumprir. Algumas perguntas podem guiar a reflexão, até esta tornar-se um hábito incorporado ao dia-a-dia, como por exemplo, perguntar a si mesmo se está sendo bom profissional, se está agindo adequadamente e ainda se está realizando corretamente sua atividade.
É fundamental ter sempre em mente que há uma série de atitudes que não estão descritas nos códigos de todas as profissões, mas que são comuns a todas as atividades que uma pessoa pode exercer, gostando do que se faz, sem perder a dimensão de que é preciso sempre continuar melhorando, aprendendo, experimentando novas soluções, criando novas formas de exercer as atividades, estando aberto a mudanças, mesmo nos pequenos detalhes, que podem fazer uma grande diferença na sua realização profissional e pessoal. Isto tudo pode acontecer com a reflexão ética incorporada a seu viver.
E isto é parte do que se chama empregabilidade, que nada mais é que a capacidade que você pode ter de ser um profissional eticamente bom. Comportamento eticamente adequado e sucesso continuado são indissociáveis!
1.5 - ÉTICA PROFISSIONAL, RELAÇÕES SOCIAIS E INDIVIDUALISMO
As leis de cada profissão são elaboradas com o objetivo de proteger os profissionais, a categoria e as pessoas que dependem daquele profissional, mas há muitos aspectos não previstos especificamente e que fazem parte do comprometimento do profissional em ser eticamente correto, ou seja, fazer a coisa certa.
Outra referência que tem sido objeto de estudo de muitos estudiosos parece ser a tendência do ser humano de defender, em primeiro lugar, seus interesses próprios e, quando esses interesses são de natureza pouco recomendável, ocorrem seríssimos problemas.
O valor ético do esforço humano é variável em função do seu alcance, em face da comunidade. Se o trabalho executado é só para auferir renda, tem em geral seu valor restrito. Os serviços realizados, visando o benefício de terceiros com consciência do bem comum, passa a existir a expressão social do mesmo.
Aquele que só se preocupa com os lucros, geralmente, tende a ter menor consciência de grupo e a ele pouco importa o que ocorre com a sua comunidade e muito menos com a sociedade.
O número dos que trabalham visando primordialmente o rendimento é muito grande, fazendo assim com que as classes procurem defender-se contra a dilapidação de seus conceitos, tutelando o trabalho e zelando para que uma luta encarniçada não ocorra na disputa dos serviços, pois ficam vulneráveis ao individualismo.
2.3) Textos para trabalhar com os alunos 
2.3.1) Ética Profissional
A ética profissional pode ser entendida como o conjunto de práticas que determinam a adequação no exercício de qualquer profissão. É através da ética que se dão as relações interpessoais no trabalho, visando, especialmente, o respeito e o bem-estar no ambiente profissional.
Quando falamos em ética, é importante lembrar que ela é inerente à vida humana, ou seja, é indispensável ser ético para conviver em sociedade. É através dela que se pratica o respeito aos demais. Portanto, dentro do ambiente de trabalho ela é ainda mais importante. Afinal, atitudes inadequadas podem, com certeza, afetar o desempenho e a reputação de uma empresa.
Existe uma ética padrão?
Algumas profissões possuem conselhos responsáveis pela criação de códigos de ética específicos, como é o casodos códigos de ética dos médicos, dos advogados, das engenharias etc. No entanto, estes códigos se referem a procedimentos e normas padrões das áreas, e são necessários por uma questão de segurança. Eles preveem penas disciplinares em lei para violações. No entanto, há comportamentos que devem ser adotados em qualquer que seja a área, por contribuírem para o bom funcionamento do trabalho.
O juramento, feito nas cerimônias de colação de grau de todos os cursos, não deixa de ser um código de conduta ético para cada uma das profissões. Como os códigos de ética, devem ser respeitados, caso contrário, geralmente implicam em danos à sociedade, consumidores, humanos ou empresas.
Quais são os principais fatores componentes da ética profissional?
Os elementos mais importantes da ética profissional são muito semelhantes aos da ética social. São eles:
1) Honestidade: É um preceito básico para a convivência tanto pessoal quanto profissional. Ser desonesto pode trazer consequências gravíssimas para a vida profissional de um indivíduo, como a demissão por justa causa, por exemplo – a depender da gravidade do fato. Falar sempre a verdade, não culpar colegas por erros seus e assumir falhas próprias são atitudes honestas e de valor para uma vida profissional ética e reta.
2) Sigilo: Dados confidenciais da empresa, dos colegas, dos superiores ou quaisquer outras informações relevantes, não devem ser compartilhadas fora da empresa – às vezes nem mesmo dentro dela. Alguns assuntos são confidenciais por segurança, e não é nada ético sair falando aos quatro ventos sobre coisas que não dizem respeito a determinados públicos. Informações sigilosas geralmente estão protegidas por lei e, caso algum funcionário quebre este protocolo, a pena é certa.
3) Competência: Ser competente não se resume apenas a ter talento para desenvolver uma tarefa. A competência envolve também o compromisso, a organização e a capacidade de ajudar os demais, tudo com a finalidade de realizar um bom trabalho de forma geral.
4) Prudência: Respeito às relações profissionais existentes dentro do ambiente de trabalho. Ter noção da hierarquia, cuidado com comentários, brincadeiras e atitudes que podem até mesmo ofender os demais. É importante ainda ter prudência na realização das tarefas, fazer tudo da forma mais correta possível, sem “atalhos” ou “jeitinhos”.
5) Humildade: Ser humilde não é fingir que aquele resultado não foi tão bom quanto parece, ou tentar se esquivar de elogios. Isso é falsa modéstia, e não é necessária. Humildade é perguntar quando há dúvidas, no caso do empregado. É ouvir os subordinados, no caso do líder. Ou, para ambos, reconhecer erros e aprender com eles.
6) Imparcialidade: Ponto importante quando se fala de ética. Tratar a todos de maneira igual, independentemente do cargo que ocupam. Ser imparcial é mais importante ainda para os gestores. Quando ocorrem erros ou problemas é preciso que não haja qualquer tipo de protecionismo. É comum as relações profissionais extrapolarem os limites do escritório e delas nascerem amizades, mas é imprescindível saber separar a relação pessoal da profissional. O foco deve ser sempre na atitude, no fato, no acontecimento, no resultado, e não na pessoa.
A ética profissional vale para todos, independentemente de cargo. Comportamentos antiéticos praticados por líderes invariavelmente abalam o clima organizacional, prejudicando o rendimento da equipe. Já quando o subordinado, membro de um grupo, é antiético, surge o descontentamento entre colegas, a quebra dos círculos de confiança e a diminuição do companheirismo e dedicação.
Não é difícil ser ético. Seja respeitoso e responsável, e com certeza o sucesso profissional ficará mais próximo de você
2.3.2) 10 dicas para construção de uma postura ética no trabalho
Os colaboradores que conseguem construir relações de qualidade entre os colegas e conquistar a confiança dos líderes, com uma postura de trabalho adequada e resultados concretos, são os que obtêm maior sucesso no desenvolvimento de suas carreiras.
Você precisa entender e respeitar os limites de sua função, zelar pelos instrumentos de trabalho e o patrimônio da organização e contribuir para o bom rendimento de sua equipe. Essas são condições básicas para a construção de uma postura ética no trabalho.
Conheça ainda outros fatores importantes que auxiliam neste processo:
1.     Seja honesto!
Fale sempre a verdade e assuma a responsabilidade sobre seus erros. É muito melhor aprender com os erros do que procurar um culpado para suas falhas.
A honestidade é uma das principais características de um profissional ético ela é prova de credibilidade e confiança. Seja sempre sincero consigo mesmo, com os seus princípios, com as normas das empresas e com os outros.
2.      Respeito o sigilo
Algumas empresas trabalham com informações extremamente sigilosas. Geralmente, essas condições são expostas ao profissional dentro do contrato de trabalho.
Por isso, manter o sigilo, além de ser uma atitude ética e profissional, pode ser importante para preservar o emprego. Respeite esta condição, mantendo o sigilo!
3.      Tenha comprometimento
Responsabilidade e comprometimento é o mínimo que se espera de um profissional. Se fazer o seu trabalho parece uma obrigação, reavalie sua carreira e os seus propósitos, pois algo está errado.
Um profissional com ética tem engajamento com a empresa e cumpre sua função com empenho e consciência, sempre visando o melhor resultado para a organização, consequentemente, isso agregará valor a sua carreira.
4.      Seja prudente!
Aprenda a diferenciar as relações pessoais dos profissionais, não deixe inimizades e antipatia atrapalharem o seu desempenho ou que isso interfira de forma negativa no trabalho de seus colegas e nos resultados da empresa.
Considere sempre como prioridade a realização do seu trabalho. Respeite a hierarquia da sua empresa, seja você um líder ou um colaborador. Seja profissional!
5.      Tenha humildade
Independente de hierarquia, dos conhecimentos e habilidades, entenda que ninguém é melhor que ninguém.  Humildade e flexibilidade são um dos pré-requisitos para o trabalho em equipe.
Tenha humildade, respeite seus colegas, seja cordial e não faça julgamentos. Contribua para um bom convívio e bons relacionamentos no ambiente de trabalho.
6.      Não prometa aquilo que não possa cumprir
Não prometa aquilo que não pode entregar ou um prazo que não pode cumprir, ou pior ainda, jogar a responsabilidade em cima de outras pessoas.
Com comprometimento e honestidade é possível alinhar entregas e prazos justos sem comprometer a credibilidade e a ética profissional.
7.      Saiba fazer e receber críticas
Embora as críticas nos ajudem a crescer, muitas pessoas não sabem fazer ou interpretá-las de forma construtiva.
Por isso, caso precise dar um feedback a alguém, nunca faça isso por impulso, reflita a melhor forma de dizer e como orientar a melhora. E se receber uma crítica, não leve para o lado pessoal, entenda que isso pode ser usado para o seu desenvolvimento.
8.      Reconheça o mérito alheio
Elogios sinceros podem e devem ser usados em um ambiente de trabalho, mas, se estiverem dentro do contexto profissional. Não precisa parecer um bajulador elogiando o chefe.
Elogie as atitudes assertivas, aquilo que realmente contribui com os resultados da empresa ou da equipe. Saiba reconhecer o empenho de seus colegas, dê a eles os méritos merecidos e não espere recompensa em troca.
9.      Respeite a privacidade
Nunca mexa no material de trabalho, documentos ou gaveta de um colega de trabalho, exceto, se lhe for solicitado e ainda assim se for algo que vá contribuir com o bem e o trabalho de todos.
Da mesma forma que você não gostaria que mexesse em suas coisas, com certeza seu colega não gostará de saber que teve a privacidade desrespeitada.
10. Evite fofoca
Fique longe de fofocas, comentários ofensivos e pessoas que gostam de julgar e criticar os colegas. Algumas “brincadeirinhas” por mais que pareçam inofensivas, magoam e prejudicam as pessoas.
Caso tenha algum problema comalguém, chame-a para conversar e esclareça aquilo que está o incomodando.  Se cometer algum erro, reconheça e peça desculpas, essa é a melhor forma de evitar desentendimentos e conservar a atmosfera positiva no trabalho.
2.4) Atividades
2.4.1) Com base no que você já sabe sobre a ética profissional, responda às perguntas sobre a atuação da ex-secretária de Marcos Valério, publicitário envolvido no “escândalo do mensalão”, na CPI dos Correios, em 2005:
FERNANDA KARINA SOMAGGIO
Em depoimento à Comissão de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara de Deputados do Brasil, ela afirmou que Valério fazia saques vultosos antes de viagens, e que esses saques chegavam a um milhão de reais. Ela também denunciou depósitos feitos por seu chefe supostamente com a finalidade de beneficiar políticos brasileiros.
Apesar de ganhar muita repercussão, na época, ela não apresentou provas contundentes sobre o que falou. Contudo, a maioria de suas declarações mostrou-se coerente e foi comprovada com as investigações que se seguiram. Com o fim do sigilo bancário das contas bancárias das empresas de Marcos Valério, pode-se verificar que uma grande quantidade de dinheiro era sacada periodicamente por políticos ou pessoas ligadas a políticos.
1.1 – Como você avalia o fato de ela ter entregue cópia da agenda de compromissos do ex-chefe?
1.2 –Você acha que ela quebrou o sigilo profissional ao revelar detalhes do dia-a-dia de trabalho do ex-chefe?
1.3 – Você já foi submetido, em algum momento da sua vida, a alguma situação que ia contra os seus valores pessoais? Como você agiu? Que lições você tirou para a vida, como profissional e como cidadão?
1.4 – Em termos éticos, o que você se propõe para sua vida profissional? Que tal redigir os seus princípios básicos, suas crenças, que ninguém pode abalar?
1.5 – Por que dentro de uma empresa é importante ter ética? Explique.
1.6 – Em sua opinião, a ética e a moral estão sempre juntas? Qual é a mais importante para você? Justifique.
2.4.2) Reflexão sobre o texto “O homem nasce bom, a sociedade o deprava”; após a leitura. 
O HOMEM NASCE BOM, A SOCIEDADE O DEPRAVA
(Jean J. Rousseau – 1762)
 Rodrigo saiu de casa batendo as portas. Tinha conversado com a sua mãe sobre o desejo de fazer uma tatuagem no braço. Queria uma igual à do Serginho, um amigo que já completara 18 anos e já estava até dirigindo o carro do pai. A mãe de Rodrigo disse “não” tão imperativo que Rodrigo se sentiu revoltado. Perguntava insistentemente: “Por que, mãe, eu não posso fazer essa tatuagem? ”. A mãe voltada sempre ao mesmo “argumento”: “Não e não! Imagine o que os outros vão pensar, isto é coisa de marginal. A sociedade em que vivemos e os círculos que frequentamos não permitiria. Imagine o que a sociedade vai dizer! ” Rodrigo ficava com essa expressão martelando em sua cabeça: a SOCIEDADE, a SOCIEDADE. O que será essa tal sociedade? Que hipocrisia estaria sendo escondida aí nessa tal sociedade? ”
 Saiu para a rua e foi procurar um amigo, o Bruno. Este, mais velho, estava ouvindo Raul Seixas. No início conversaram sobre a noite anterior, as namoradas, futebol, até que ouviram uma das músicas do CD do Raul: SOCIEDADE ALTERNATIVA. Rodrigo prestou atenção à letra e pediu que o Bruno aumentasse o volume. Tocou outra veze disse: “É isso! VIVAA SOCIEDADE ALTERNATIVA”. “FAZ O QUE TU QUERES POIS É TUDO DA LEI...”. Foi tomado de uma sensação de vitória, parecia que estava entendendo seus sentimentos e a música expressava seus desejos. Queria mesmo que a mãe entendesse a sociedade do jeito que o RAUL tinha cantado. Guardou bem a letra e caminhou um pouco em direção à sua casa. Não pôde falar nada com a mãe. Pensou em fazer a tatuagem por conta própria, não dar satisfação à família. Temeu pelas consequências, mas deixou de lado o pensamento. Procurou dormir.
 No outro dia estudava um pouco para a avaliação de FILOSOFIA. Foi quando ouviu a professora citar um filósofo francês que afirmava: “O HOMEM NASCE BOM, A SOCIEDADE O DEPRAVA! ” Prestou bastante atenção nessa frase e escreveu no seu caderno. Estava arrumando “munição” para um debate com a mãe e com o pai sobre a tatuagem, assunto que certamente seria debatido no fim de semana. Já tinha certeza que sabia como acabar com a visão de sociedade que sua mãe apresentara. A sociedade é um peso, uma máquina de controle, um obstáculo à liberdade das pessoas, pensava. Tinha agora uma certeza: a tatuagem era uma divisão sua! Não da sociedade...
PARA REFLETIR SOBRE O TEMA
O dilema de Rodrigo em decidir entre o desejo de fazer valer sua vontade, representando pela iniciativa de fazer uma tatuagem em seu braço, e a negação da mãe, sob o argumento de que a sociedade não aceitaria esse “tipo de coisa”. Em tudo estava a concepção de sociedade. Nas músicas ele via retratada sua interpretação de sociedade como liberdade. Mas não tinha ainda uma clareza do que fosse a sociedade e suas estruturas de controle e coerção. Seria fundamental estudar e entender o que é a sociedade. 
A) O homem nasce bom e a sociedade o corrompe ou o contrário?
B) E você, o que pensa a esse respeito?
C) O homem é caracterizado como gente pela sua IDENTIDADE, pelos PAPEIS que desempenha e pelas suas QUALIDADES e DEFEITOS. Explique.
D) Nascemos bons, maus ou nem bons nem maus?
Resposta (suposição): 
A) A sociedade é a forma de organização da vida humana. Desde os tempos primitivos o homem vive em sociedade, isto é, necessita associar-se para garantir sua sobrevivência. O homem é um animal social, isso significa dizer que a condição humana foi construída pela sociedade. Desde as organizações tribais, os clãs primitivos, passando pelas sociedades escravistas da Antiguidade, pelas sociedades feudais medievais, até as sociedades industriais modernas, os homens dependem da associação entre si para a sobrevivência.
 Assim, a sociedade guarda tradições morais, religiosas, políticas, costumes e regras comportamentais mais ou menos rígidos ou outros até mais flexíveis. A sociedade humana determina uma segunda natureza humana. Nascemos com determinadas características que vão sendo desenvolvidas e influenciadas pelo meio em que vivemos, família, grupo social, nação, cultura. Desde a aquisição da linguagem, fato primordialmente importante para a convivência humana, passando pela transmissão dos papeis sexuais, pelos valores culturais, tradições, ideias e símbolos, representações e comportamentos, somos determinados pela sociedade onde nascemos e vivemos. 
 Isso significa dizer que há uma certa tensão entre os desejos do indivíduo e as exigências e determinações da sociedade.
B) Resposta pessoal. O homem é ser relacional - Antes que alguma mudança venha a ocorrer, há que se repensar valores e atitudes hoje prevalentes, permitindo que o útil venha a se subordinar ao bom; a especulação desenfreada ao trabalho honesto e sério; o personalismo ao social; a racionalidade funcional à substantiva (proatividade).
C) O homem é um produto social. Ele é fruto das relações sociais que estabelece com seus pares. Estas relações são permeadas pelos valores morais e éticos destes indivíduos. Quanto maiores ou mais elevados os valores que esta sociedade defenda e, de fato estes norteiem sua direção, melhores ou mais nobres serão estes homens. O homem é um animal e a diferença em relação aos outros animais é que estes não têm consciência, pensamento e a livre-determinação.
È apenas uma hipótese se vemos por um lado emperistico então dizemos que o homem nasce nulo e tende a aprendendo e se situando na sociedade com suas experiências e a influencia no homem será dada pela geração e pelo meio em que vive. MAS quando falo que o homem nasce bom temos que ver em partes para relacionar, pois o homem foi criado pelo um ser bom e transcendental. Não podemos julgar porque descende do Adão e da Eva o pecado não está vinculado em seu sangue então a grandes chances de nascer bom pois ele não tem conhecimento do mal, mas também a grande probabilidade de o homem nascer nulo, pois não tem o conhecimento do bem e não criou

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