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Aula 07 - ORÇAMENTO PÚBLICO

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Prof. Fernando Gama 
 
 1 
AULA 07 – ORÇAMENTO PÚBLICO 
 
1 – Conceito 
 
 
 
 
Para quem nunca antes estudou contabilidade, a palavra receita pode significar 
uma infinidade de coisas no jargão popular: entrada de recursos, faturamento, valor de 
vendas, etc. Entretanto, do ponto de vista contábil, receita é tudo aquilo que adentra o 
patrimônio como elemento novo e positivo, aumentando-o. Imagine o patrimônio de 
uma pessoa, constituído de bens, direitos e obrigações. Toda vez que uma receita 
adentra a esse patrimônio, este será aumentado. Se essa pessoa recebe o salário do mês, 
com certeza podemos afirmar que seu patrimônio aumentou com essa entrada de 
recursos financeiros. 
Malgrado, a contabilidade pública adota outro critério, não tão científico, para a 
definição de receita pública. Antes de conceituar receita pública é necessário destacar a 
diferença entre receita pública stricto sensu e lato sensu. James Giacomoni, citando 
Hugh Dalton, reconhece que “os recursos públicos podem ser definidos lato sensu ou 
stricto sensu (...) no primeiro caso – em sentido amplo – estão todos os recebimentos ou 
entradas de dinheiro; no segundo caso – em sentido estrito - os recursos recebidos sem 
reservas ou redução no ativo e que não serão devolvidos”. 
Considerada a disposição da Lei 4320/64, a expressão receita é empregada em 
sentido genérico – amplo – de entrada ou ingresso, com poucas exceções. 
Nesse mesmo sentido temos as definições de J.Teixeira Machado Jr., que 
também deixam bem claro a distinção entre receita pública: 
"a) em sentido lato, como um conjunto de entradas 
financeiras no patrimônio, oriundas de fontes 
diversificadas, conquanto possam existir reivindicações de 
terceiros sobre alguns desses fatores. 
b) em sentido restrito, como um conjunto de recursos 
financeiros obtidos de fontes próprias e permanentes, que 
integram o Patrimônio na qualidade de elemento novo, 
ATENÇÃO: Importante fazer uma leitura da lei 4320/64, principalmente os 
artigos 9º e 10; 35, I e 51 ao 57; e a LRF, com ênfase nos artigos 11 a 13. 
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que produzem-lhe acréscimos financeiros, sem contudo 
gerar obrigações, reservas ou reivindicações de terceiros. 
Essas receitas resultam de leis, contratos, convênios, de 
tributos de lançamentos e direto e outros." 
Dos conceitos acima fica evidente que as receitas públicas stricto sensu são 
aquelas que entram em caráter definitivo para os cofres públicos para aplicação em 
programas e ações governamentais. Ou seja, as receitas públicas stricto sensu são as 
receitas que adentram o patrimônio público como elemento novo e positivo, conforme 
entendimentos da melhor doutrina contábil. 
 
Resumidamente: 
a) Receitas stricto sensu – todo ingresso que aumenta o patrimônio (tributos, 
taxas, etc), como elemento novo e positivo. São receitas do ponto de vista contábil. 
b) Receitas lato sensu – todo ingresso que entra no caixa, independente de 
aumentar ou não o patrimônio (p. ex. a venda de um bem pelo seu valor contábil gera 
recursos financeiros, mas o patrimônio não se altera, porque houve apenas uma permuta 
patrimonial entre um bem vendido e o recurso financeiro). Não são receitas do ponto de 
vista contábil. 
Tal entendimento é corroborado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia – 
MCT1: 
“Em sentido restrito, portanto, receitas são as entradas 
que se incorporam ao patrimônio como elemento novo e 
positivo; em sentido lato, são todas quantias recebidas 
pelos cofres públicos, denominando-se entradas ou 
ingressos (em sentido restrito, nem todo ingresso constitui 
receita pública; o produto de uma operação de crédito, p. 
ex. , é um ingresso mas não é receita nessa concepção, 
porque em contraposição à entrada de recursos 
financeiros cria uma obrigação no passivo da entidade 
pública)” 
 
 
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 http://www.mct.gov.br/index.php/content/view/49092.html 
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Interessante ressaltar que a Lei 101/00 – Lei de Responsabilidade Fiscal – trouxe 
várias inovações na área da receita, que serão abordadas mais detalhadamente em aula 
própria. 
 
2 – Classificações da Receita 
A receita pública lato sensu, de acordo com a doutrina, se classifica: 
� Quanto à natureza; 
� Quanto à afetação patrimonial; 
� Quanto à regularidade; 
� Quanto à coercitividade; 
� Quanto ao poder de tributar. 
 
A classificação legal, por outro lado, desmembra a classificação da receita: 
� Por Categoria econômica; 
� Por Fontes de receita; 
� Institucional 
� Por Fontes de Recursos 
2.1 – Classificações doutrinárias da receita 
 
 
Os recursos arrecadados pelo estado e que incorporam definitivamente ao 
patrimônio do Estado são chamados de receitas orçamentárias. Assim as receitas 
orçamentárias são aquelas que se integram definitivamente ao estado sem qualquer 
correspondência no passivo, estejam estas receitas previstas ou não no orçamento. 
São exemplos de receitas orçamentárias: receitas tributárias, de contribuições, 
patrimonial, agropecuárias, industrial, de serviços, transferências correntes, operações 
de crédito e alienação de bens, amortização da dívida, transferências de capital. 
 
 
 
Os recursos arrecadados pelo estado, mas que geram um passivo, ou seja, terão 
que ser restituídos, posteriormente, são denominados receitas extra-orçamentárias. 
TOME NOTA! As receitas, quanto à natureza, se dividem em orçamentária 
e extra-orçamentária. 
NÃO CAIA NESSA: A receita para ser orçamentária não precisa estar 
prevista na LOA. 
ATENÇÃO: O orçamento de receita tinha, até a Constituição de 1967, a 
característica de autorização, significando que todo e qualquer tributo só 
poderia ser lançado se estivesse previsto na lei orçamentária. Com o advento 
da Emenda Constitucional 01/1969, e preservada na Constituição de 1988[3], 
passou a bastar que a lei que houvesse instituído ou aumentado o tributo 
fosse aprovada antes do início do exercício. 
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Assim, são receitas que não estão previstas no orçamento, e corresponde a uma entrada 
de recurso, em caráter transitório, que gera para o Estado a obrigação de posterior 
devolução. Ex. Depósitos diversos, Restos a pagar, serviço da dívida a pagar, Aro, etc. 
ATENÇÃO! As receitas extra-orçamentárias por serem apenas entrada de 
recursos com caráter devolutivo, não são consideradas receitas stricto sensu, tendo em 
vista que são registradas como receitas somente para controle e posterior devoluções. 
 
Depósitos diversos são as receitas que entram no Estado por determinação legal 
ou contratual, mas que pela sua natureza deverão, em regra, ser devolvidos. São 
exemplos de depósitos diversos: depósitos em caução, depósitos judiciais. 
Exemplificando: recebimento de caução em dinheiro para garantia de contrato, o 
fornecedor deposita um montante na conta bancária do governo, no entanto este recurso 
não pertence ao Estado, assim no momento de contabilizar esta receita será registrado 
um débito no banco e em contrapartida um crédito em conta do passivo, evidenciando o 
caráter devolutivo do recurso. 
IPC! As operações de crédito por antecipação de receita são receitas extra-
orçamentárias, conforme artigo 3º da Lei 4320/64. 
O concurseiro antenado pode perguntar: mas por quê uma operação de 
crédito por antecipação da receita é extra-orçamentária e uma operação de crédito 
normal é orçamentária, sendo que as duas geram uma obrigação para o Estado? 
Fácil, o próprio nome da operação de crédito por ARO (Antecipação da receita 
orçamentária) já mata esta questão. A ARO não é uma receita nova que se incorpora ao 
Estado, é simplesmente uma antecipação da receita orçamentária prevista no orçamento 
e que, no entanto ainda não se realizou. O procedimento normal é o governoesperar a 
receita se realizar para aí sim gastá-lo, mas às vezes por problemas de indisponibilidade 
de caixa o Estado não pode esperar essa realização acontecer. Assim o governo faz um 
empréstimo e se compromete a pagá-lo com a receita orçamentária que se realizará, por 
isso é preciso contabilizar a ARO como extra-orçamentária sob pena do Estado duplicar 
sua receita. 
Interessante lembrar que uma receita extra-orçamentária poderá se converter em 
receita orçamentária, a partir do momento que se constatar que não caracteriza mais 
uma obrigação a pagar. 
Características dos ingressos orçamentários: 
� Registrados como receita orçamentária corrente ou de capital; 
� Financiam as despesas orçamentárias; 
� Geram desembolsos orçamentários; 
� Seguem as classificações econômicas, institucionais e por fonte de 
recursos; 
BIZU - Em concurso a ESAF já considerou como correta a afirmativa de que 
todo ingresso de recursos aos cofres públicos é considerado receita lato sensu – 
AFC/CGU/2000. 
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� Tem caráter permanente; 
� Pertencem ao Estado. 
 
Características dos ingressos extra-orçamentários: 
� Registrados como passivo financeiro; 
� Não financiam as despesas orçamentárias; 
� Geram desembolsos extra-orçamentários; 
� Não passam pelos estágios da receita; 
� Seguem classificação contábil; 
� Tem caráter temporário; 
� Pertencem a terceiros. 
 
 
 
As receitas orçamentárias podem causar aumento no patrimônio, ou seja, podem 
causar variação na situação líquida, neste caso são chamadas de receita efetiva. Essas 
receitas integram o patrimônio sem quaisquer condições, restrições ou correspondências 
no passivo, inserindo-se no conceito de fato contábil modificativo aumentativo. 
Exemplos: receita tributária, receita de serviços, etc. 
Há, no entanto, casos em que os ingressos de recursos orçamentários não 
provocam afetação no patrimônio líquido por serem oriundas de fatos permutativos, 
essas receitas são denominadas receitas não efetivas ou receitas por mutações 
patrimoniais. Exemplo: receitas de operações de crédito, receita de amortização de 
empréstimos concedidos, etc. 
 
 
 Receita Orçamentária Receita Extra-Orçamentária 
Contabilização Registrado como receita corrente 
ou de capital 
Registrados como passivo 
financeiro 
LOA Podem ou não estar previstas na 
LOA 
Não estão previstas na LOA 
Características Custeia despesas orçamentárias Custeia despesas extra-
orçamentárias 
Recursos Do Estado De terceiros 
TOME NOTA! As receitas, quanto à afetação patrimonial, se dividem em 
efetiva e não efetivas. 
IMPORTANTE: Em regra toda receita corrente é receita efetiva e toda receita 
de capital é receita não efetiva, há, entretanto, exceções. 
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 As receitas de capital via de regra são receitas não efetivas, pois toda a vez que 
se registra uma receita de capital faz-se o registro de uma mutação patrimonial, a 
exceção são receitas de transferências de capital, que não geram uma mutação 
patrimonial, decorrente da incorporação de um direito ou de um bem ou da baixa de 
obrigações. 
 As receitas correntes, em regra, são receitas efetivas, porém também existe uma 
exceção, a dívida ativa, que apesar de ser registrada como receita corrente dentro da 
subcategoria “outras receitas correntes”, causa uma mutação patrimonial, referente à 
baixa do direito. 
 
 
 
Receitas Ordinárias – Ingressos permanentes e estáveis do Estado, arrecadados 
regularmente em cada período financeiro, ou seja, possuem caráter de continuidade, 
sendo fonte perene de recursos para o Estado. 
Receitas Extraordinárias – Ingressos com caráter de não continuidade, a sua 
arrecadação acontece de maneira excepcional, provenientes de calamidade pública, 
doações, etc. 
 
 
 
Receita Originária – Consiste na receita proveniente da exploração do patrimônio 
público, ou seja, são produzidas pelos ativos do Estado. O Estado atua como particular 
por meio da exploração de atividades privadas, exemplos: serviços comerciais, 
industriais; alugueis, etc. A receita originária também é classificada na categoria receita 
corrente. 
Receitas Derivadas – Consistem nas receitas provenientes do exercício do poder de 
tributar, do Estado, os rendimentos ou o patrimônio da coletividade, essa receita é 
obtida pelo Estado em função da sua soberania, por meio de tributos, indenizações e 
restituições. A receita derivada é classificada na categoria receita corrente. 
 
 
 
Classifica as receitas segundo o poder de tributar que compete a cada ente da 
federação, considerando e distribuindo as receitas obtidas como pertencentes aos 
respectivos entes, quais sejam: Governo Federal; Estadual; do Distrito Federal e 
Municipal. 
 
TOME NOTA! As receitas, quanto a coercitividade, se classificam em 
originárias e derivadas. 
TOME NOTA! As receitas, quanto à regularidade, se classificam em 
ordinárias e extraordinárias. 
TOME NOTA! As receitas, quanto ao poder de tributar, se classificam em 
federal, estadual e municipal. 
 
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2.2 – Classificações legais da receita 
A Lei 4320/64, em seu artigo 11, classificou a receita orçamentária em duas 
categorias: receitas correntes e receitas de capital. 
 
 
 
Receitas Correntes – São os recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou 
de direito privado, quando destinados a atender despesas classificáveis em despesas 
correntes. As receitas correntes se dividem em: tributárias, de contribuições, 
patrimonial, agropecuárias, industrial, de serviços, de transferências correntes e outras 
receitas correntes. 
Receitas de Capital – São recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou de 
direito privado destinados a atender despesas classificáveis em despesas de capital e 
ainda o superávit do orçamento corrente. Exemplo: alienação de bens, operações de 
crédito e amortização da dívida. 
ATENÇÃO: O § 11, art. 11º, da Lei 4320/1964, traz um conceito de receita de capital 
bastante explorado em provas, o que justifica a sua reprodução: “São Receitas de 
Capital as provenientes da realização de recursos financeiros oriundos de constituição 
de dívidas; da conversão, em espécie, de bens e direitos; os recursos recebidos de outras 
pessoas de direito público ou privado, destinados a atender despesas classificáveis em 
Despesas de Capital e, ainda, o superávit do Orçamento Corrente.” 
 
 
 
 
A lei 4320/64, no seu artigo 11, §4º estabelece que a classificação da receita 
deve obedecer ao seguinte esquema: 
 
 1–Receita Tributária 
2-Receita de Contribuições; 
3-Receitas Patrimoniais; 
1 – Receitas Correntes 4-Receita Agropecuária; 
5-Receita Industrial; 
6-Receita de Serviços; 
IMPORTANTE: Apesar de ser um pouco chato ficar decorando estas classificações, 
é um assunto bastante cobrado em concursos, então tente memorizá-las fazendo 
esquemas e lembre-se de revisá-las antes da prova. 
TOME NOTA! As receitas, quanto à categoria econômica, se classificam em: 
Receitas Correntes e Receitas de Capital. 
TOME NOTA! TOME NOTA! As receitas correntes, por fonte, se classificam 
em: receita tributária, de contribuição, patrimonial, agropecuária, industrial, de 
serviços, transferências correntes e outras receitas correntes. 
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7-Transferências Correntes; e 
9-Outras Receitas Correntes 
 
 
 
 
A Lei complementar 4320/64 não definiu os conceitos das origens de receitas 
correntes ou de capital, como, por exemplo, das receitas tributárias, de contribuições, de 
alienações, etc. Estes conceitos, bem como a classificação da natureza da receita, são 
atualmente estabelecidas no manual de receita nacional2. 
No entanto é importante destacar que a Lei 4320/64 definiu o conceito de 
tributos como: 
“Receita derivada instituídapelas entidades de direito publico, 
compreendendo os impostos, as taxas e contribuições nos termos da 
constituição e das leis vigentes em matéria financeira, destinando-se o 
seu produto ao custeio de atividades gerais ou especificas exercidas por 
essas entidades”.3 
 
 
 
 
 
Receita Tributária: São os ingressos provenientes da arrecadação das receitas de 
impostos, taxas e contribuições de melhoria. É uma receita privativa das entidades 
competentes para tributar: União, Estados, Distrito Federal e os Municípios. 
Receita de Contribuições: É o ingresso proveniente de contribuições sociais de 
intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou 
econômicas, como instrumento de intervenção nas respectivas áreas. 
 
 
 
Receita Patrimonial: É o ingresso proveniente de rendimentos sobre investimentos do 
ativo permanente, de aplicações de disponibilidades em opções de mercado e outros 
rendimentos oriundos de renda de ativos permanentes. 
Receita Agropecuária: É o ingresso proveniente da atividade ou da exploração 
agropecuária de origem vegetal o animal. 
 
2
 Portaria Conjunta 03/2008-STN/SOF. 
3
 Artigo 9º da Lei 4320/64. 
Atenção: os examinadores tentam enganar o candidato afirmando que a 
receita de contribuição de melhoria é uma receita de contribuições. 
CUIDADO! 
ATENÇÃO: Dos conceitos abaixo, especial atenção às receitas tributárias, 
de contribuições e transferências correntes, pois são as mais cobradas em 
concurso. 
IMPORTANTE: O superávit do Orçamento Corrente, resultante do 
balanceamento dos totais das receitas e despesas correntes apurado no 
balanço orçamentário, não constituirá item de receita orçamentária. 
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Receita Industrial: É o ingresso proveniente da atividade industrial de extração 
mineral, de transformação, de construção e outras, provenientes das atividades 
industriais definidas como tal pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e 
Estatística – IBGE. 
Receita de Serviços: É o ingresso proveniente da prestação de serviço de transporte, 
saúde, comunicação, portuário, armazenagem, de inspeção e fiscalização, judiciário, 
processamento de dados, vendas de mercadorias e produtos inerentes a atividades da 
entidade e outros serviços. 
Transferências Correntes: É o ingresso proveniente de outros órgãos ou entidades, 
referentes a recursos pertencentes ao ente ou entidade recebedora ou ao ente ou entidade 
transferidora, efetivados mediante condições preestabelecidas ou mesmo em qualquer 
exigências, desde que o objetivo seja aplicação em despesas correntes. 
 
 
 
Outras Receitas Correntes: São os ingressos provenientes de outras origens não 
classificáveis nas subcategorias econômicas anteriores. 
 
 
 
 
1-Operações de Crédito; 
2-Alienação de Bens; 
2-Receitas Capital 3-Amortização de Empréstimos 
4-Transferências de Capital 
5-Outras Receitas de Capital 
 
Operações de Crédito: É o ingresso proveniente da colocação de títulos públicos ou da 
contratação de empréstimos e financiamentos obtidos junto a entidades estatais, 
instituições financeiras, fundos, etc. 
 
 
 
 
Apesar do § 2º da Lei 101/00 (LRF) estar suspenso por força da ADIN nº 2238, 
do STF, a regra de ouro continua em vigor porque ela está prevista também no artigo 
167 da Constituição Federal. Inclusive o motivo da ADIN do § 2º é justamente porque a 
IMPORTANTE: Para o ente ou órgão transferidor, a transferência do recurso 
é classificada como despesa e para o recebedor é uma receita. 
REGRA DE OURO: MUITO COBRADO EM CONCURSO! O montante 
previsto para as receitas de operações de crédito não poderá ser superior ao das 
despesas de capital constantes do projeto de lei orçamentária. 
TOME NOTA! As receitas de capital, por fonte, se classificam em: operações 
de crédito, alienação de bens, amortização da dívida, transferências de capital e 
outras receitas de capital. 
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LRF extrapolou a CF/88, ou seja, a própria constituição prevê exceção a regra de ouro e 
a LRF foi mais restrita e não observou nenhuma exceção. 
A finalidade da regra de ouro é evitar o endividamento do Estado, porém a regra 
comporta exceção. 
 
 
 
 
Alienação de Bens: É o ingresso de recursos provenientes da alienação de componentes 
do ativo permanente, ou seja, é a conversão em espécie de bens e direitos. 
 
 
 
 
 
Amortização de Empréstimos: É o ingresso proveniente da amortização, ou seja, 
recebimento de valores referentes a parcelas de empréstimos ou financiamentos 
concedidos em títulos ou contratos. 
Transferências de Capital: É o ingresso proveniente de outros entes ou entidades 
referentes a recursos, pertencentes ao entre ou entidade recebedora ou ao ente ou 
entidade transferidora, efetivado mediante condições preestabelecidas ou mesmo sem 
qualquer exigência, desde que o objetivo seja a aplicação em despesas de capital. 
Outras Receitas de Capital: São os ingressos provenientes de outras origens não 
classificáveis nas subcategorias econômicas anteriores. 
 
 
O § 3º, do art. 11, da Lei 4320/64 estabelece que o superávit do orçamento 
corrente resultante do balanceamento dos totais das receitas e despesas correntes, 
apurados no balanço orçamentário, não constituirá item da receita orçamentária. 
Mas por que o superávit do orçamento corrente é receita de capital e ainda por 
cima receita extra-orçamentária? Simples, o superávit é considerado receita de capital, 
porque normalmente é utilizado para cobrir déficit de capital. Como essa receita já foi 
considerada como orçamentária no exercício em que houve o resultado positivo ela é 
contabilizada como extra-orçamentária para que não haja duplicidade de receita. 
 
Classificação Institucional 
A classificação institucional da receita objetiva identificar as entidades ou unidades 
orçamentárias que, respondendo pela arrecadação, são detentoras das receitas. O 
fundamento legal da classificação está na disposição constitucional, que estabelece que 
ATENÇÃO: A CF prevê exceção a regra de ouro: as receitas de operações de 
crédito poderiam ser superiores às despesas de capital, desde que autorizadas, 
durante o exercício financeiro, mediante créditos suplementares ou especiais 
com finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta. 
ATENÇÃO: O artigo 44 da LRF traz regra de suma importância para concursos: 
“É vedada a aplicação da receita de capital derivada da alienação de bens e 
direitos que integram o patrimônio público para o financiamento de despesa 
corrente, salvo se destinada por lei aos regimes de previdência social, geral e 
próprio dos servidores públicos”. 
ATENÇÃO: O superávit do orçamento corrente é receita de capital extra-
orçamentária. 
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o orçamento fiscal e o da seguridade social se referem aos poderes da União, seus 
fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta. 
Na União a classificação institucional da receita se divide em: 
� Receitas do Tesouro são as receitas arrecadadas e administradas pelo Tesouro; 
� Receitas diretamente arrecadadas por órgãos, unidades e fundos da 
administração direta, são os recursos próprios dos órgãos que podem ser 
arrecadados por eles mesmos ou pelo tesouro. 
� Receitas de órgãos, unidades e fundos da administração indireta, são as receitas 
das autarquias, fundações públicas, empresas públicas e os fundos que integram 
os orçamento, mesmo dependente de transferência de recursos do tesouro. 
 
Classificação por fontes de recursos 
A classificação da receita por fontes de recursos não está prevista na lei 4320/64, hoje 
esta classificação da receita é encontrada na 1ª edição do manual da receita pública4. As 
fontes são divididas em cinco grupos: 
� 1. Recursos do Tesouro – ExercícioCorrente; 
� 2. Recursos de Outras Fontes – Exercício Corrente; 
� 3. Recursos do Tesouro – Exercícios Anteriores; 
� 6. Recursos de Outras Fontes – Exercícios Anteriores; 
� 9. Recursos Condicionados. 
 
Os grupos das fontes de recursos 1 e 2 representam os recursos arrecadados no 
exercício, e os grupos 3 e 6 evidenciam as arrecadações de exercícios anteriores.O 
grupo 9 são os recursos que estão na dependência de aprovação legal. 
A classificação por fontes de recursos é formada por três dígitos, sendo o primeiro 
dígito identificador do grupo e os dois últimos dígitos identificam a fonte propriamente 
dita, conforme segue: 
 
 1 00 
 
 Especificação das fontes de recursos 
 Grupos de fontes de recursos 
 
3 - Codificação da natureza de receita 
O parágrafo 1º do artigo. 8º da Lei nº 4.320/64 define que os itens da 
discriminação da receita, mencionados no seu art. 11, serão identificados por números 
de código decimal. Convencionou-se denominar este código de “natureza de receita”. 
Por meio desse código é possível identificar a origem do recurso segundo seu fato 
gerador. O código de natureza de receita está em constante aprimoramento, de forma a 
melhor identificar as entradas financeiras aos cofres públicos. 
 
4
 Portaria Conjunta 03/2008-STN/SOF. 
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Conforme a 1ª edição do manual de receita nacional, aprovado pela portaria 
conjunta 03/2008 da secretaria do Tesouro Nacional e Secretaria de Orçamento Federal 
(14 de outubro de 2008), a classificação econômica tem a seguinte estrutura: 
 
O código identificador da natureza de receita é desmembrado nos níveis abaixo: 
1º Nível – Categoria Econômica 
2º Nível – Origem 
3º Nível – Espécie 
4º Nível – Rubrica 
5º Nível – Alínea 
6º Nível – Subalínea 
 
1º Nível – Categoria Econômica – utilizado para mensurar o impacto das decisões do 
Governo na economia nacional (formação de capital, custeio, investimentos etc.). É 
codificada e subdividida da seguinte forma: 
1. Receitas Correntes; 
2. Receitas de Capital; 
7. Receitas Correntes Intra-Orçamentárias; 
8. Receitas de Capital Intra-Orçamentárias; 
 
2º Nível – Origem – Identifica a procedência dos recursos públicos, em relação ao fato 
gerador dos ingressos das receitas (derivada, originária, transferências e outras). É a 
subdivisão das Categorias Econômicas, que tem por objetivo identificar a origem das 
receitas, no momento em que as mesmas ingressam no patrimônio público. No caso das 
receitas correntes, tal classificação serve para identificar se as receitas são compulsórias 
(tributos e contribuições), provenientes das atividades em que o Estado atua diretamente 
na produção (agropecuárias, industriais ou de prestação de serviços), da exploração do 
seu próprio patrimônio (patrimoniais), se provenientes de transferências destinadas ao 
atendimento de despesas correntes, ou ainda, de outros ingressos. No caso das receitas 
de capital, distinguem-se as provenientes de operações de crédito, da alienação de bens, 
da amortização dos empréstimos, das transferências destinadas ao atendimento de 
despesas de capital, ou ainda, de outros ingressos de capital. 
 
3º Nível – Espécie – É o nível de classificação vinculado à Origem, composto por 
títulos que permitem qualificar com maior detalhe o fato gerador dos ingressos de tais 
receitas. Por exemplo, dentro da Origem Receita Tributária (receita proveniente de 
tributos), podemos identificar as suas espécies, tais como impostos, taxas e 
contribuições de melhoria (conforme definido na Constituição Federal de 1988 e no 
Código Tributário Nacional), sendo cada uma dessas receitas uma espécie de tributo 
diferente das demais. É a espécie de receita. 
 
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Prof. Fernando Gama 
 
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4º Nível – Rubrica – É o detalhamento das espécies de receita. A rubrica busca 
identificar dentro de cada espécie de receita uma qualificação mais específica. Agrega 
determinadas receitas com características próprias e semelhantes entre si. 
 
5º Nível – Alínea – Funciona como uma qualificação da rubrica. Apresenta o nome da 
receita propriamente dita e que recebe o registro pela entrada de recursos financeiros. 
 
6º Nível - Subalínea – Constitui o nível mais analítico da receita. 
 
 
DETALHAMENTO DE CÓDIGO DA NATUREZA DA ECEITA 
ORÇAMENTÁRIA 
 
 1 . 1 . 1 . 2 . 04 . 10 
 
 
1 = categoria econômica 
2 = origem 
3 = espécie 
4 = rubrica 
5 = alínea 
6 = subalínea 
 
No exemplo acima, 1.1.1.2.04.10, ficará assim: 
Categoria Econômica 1.0.0.0.00.00 Receitas Correntes 
Origem 1.1.0.0.00.00 Receita Tributária 
Espécie 1.1.1.0.00.00 Impostos 
Rubrica 1.1.1.2.00.00 Imposto sobre o Patrimônio e a Renda 
Alínea 1.1.1.2.04.00 Imposto s/ Renda e Proventos de Qualquer 
Natureza. 
Subalínea 1.1.1.2.04.10 Pessoas Físicas 
 
 
 
ATENÇÃO! A codificação da natureza da receita era: Categoria Econômica, 
Fonte, Subfonte, Rubrica, Alínea, Subalínea, assim as alterações foram 
somente nos itens “Fonte e Subfonte”, que foram substituídas por “Origem 
e Espécie”, respectivamente.

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