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Sociologia da educação
AULA SEMANA 01
Clássicos da sociologia - Marx
A aula abordará os seguintes pontos: “Sociologia da Educação: do que se trata?”; “Contribuições de Marx para a Sociologia”; e “Marx e a educação”.
Maria Sposito(2003,p.210)Trara-se de examinar, sob o ponto de vista sociólogo, os fenômenos educativos.Parte-se de uma interrogação que sempre incidiu sobre o modo como a sociedade se perpetua e é a partir dessa questão de sociologia geral que eles se interessam pelos efeitos sociais da escola.
No século XX, (Eloisa Fernandes), o esforço de compreensão do fenômeno da reprodução social a partir dos sistemas escolares. "Sociedade escolarizada" expressão utilizada para demonstrar a centralidade da instituição.
A educação não se restringe apenas ao âmbito escolar ela vai muito além, a educação transcendem os muros escolares.
"Os mecanismos por meio dos quais uma sociedade transmite a seus saberes, o saber-fazer e o saber-ser que ela estima como necessários à sua reprodução são de uma infinitiva variedade". (Sposito 1992,p.1)
Para além dos muros escolares
Século XXI - novas formas de sociologia e comunicação entre as pessoas.
Cabe à sociologia da educação a reflexão e o estudo sobre outra situações educativas e de práticas socializadoras: na família, nos grupos de pares, nas trocas informais das esfera públicas, no mundo das associações, nos movimentos sociais e nas relações com a mídia.
Três autores fundamentais para compreender a Sociologia
1. Karl Marx (1818 - 1883)
2. Marx Weber (1864 - 1920)
3. Emile Durkheim (1858 - 1917)
Uma sociedade se identifica pelas relações de produção, como os seres humanos transformam o mundo pelo trabalho e sobretudo pela relação com os meios de produção. O filme tempos Modernos de Chaplin ilustra bem estas relações.
A educação não foi tema central de Marx nem de Engels, mas apareceu nas suas preocupações sobre a construção do homem plenamente desenvolvido em suas potencialidades físicas e espirituais, não sub julgado ao domínio do capital( Ferreira Jr Bittar, 2008, s/p).
Marx na educação: humanização. Foi na esteira da combinação entre escolaridade e trabalho que Marx formulou o cerne da sua concepção educacional, ou seja, o entendimento de que era possível, por meio da educação, aliada a práxis social, formar o "homem novo", consciente das sua potencialidades históricas. (Ferreira Jr, Bittar 2008, s/p)
 A educação tem um papel decisivo, para Marx. a educação humaniza o homem, por meio do desenvolvimento das potencialidade, que alia a educação com o meio do trabalho.
 ______________________________________________________________________
Clássicos da sociologia - Durkheim
A aula abordará os seguintes pontos: “O campo de estudos de Durkheim”; “Durkheim e a sociedade”; “Função socializadora da escola”.
Profª Drª Ana Maria Klein
Emilie Durkheim (1858 - 1917) ve a educação como processo socializador.
Momento que surgiu o pensamento de Durkheim foi a partir da consolidadação de capitalismo da Europa. 
Ele explica a sociedade atraves dos:
Fatos sociais: Conjunto de regras e normas, padrões de conduta e valores externos e anteriores aos indivíduos. Coação para os indivíduos viverem sob normas as quais eles não tem poder para modificar. Escolhas tem limites pelas fronteiras do social, quem as ultrapassa sofre as consequências/punições.
A importância de obedecer às regras sociais
Sociedade - um todo harmônico e organizado. Ênfase no coletivo.
A organização leva ao bem estar na medida em que todos obedecem às exigências sociais, as regras,as leias que organizam a vida social.
Durkheim e a escola
Escola - natureza socializadora, instituição privilegiada para a inserção do indivíduo no espaço público. 
A importância da ação socializadora a ser empreendida pelas gerações adultas sobre os imaturos (Durkheim, 1975napud Sposito, 2003)
· Moral e disciplina é o conjunto de regras definidas e especiais que determinam a imperatividade a  conduta. Supõe um indivíduo com disposições internas para viver de uma maneira regular. o adulto "normal" gosta de regularidade. A moral é essencialmente uma disciplina. (Fernandes, 1994).
· Moral e escola: A moral deveria ser explicada e ensinada. Uma ação deliberada das gerações adultas sobre as novas gerações, substituindo o lugar até então ser assumido pelos sistemas religiosos na formação das representações e da consciência coletiva. O ensino da moral seria a ação privilegiada da escola (Sposito, 2003).
· Moral: escola e família.
 Família - rudimentos da moral poderiam ser ensinados em grupos familiares, mas eram limitados pela intensidade das relações afetivas.
Escola - caráter impessoal e público do aprendizado da disciplina e da autoridade da regra, a descoberta da alteridade e o uso da razão seriam assegurados pela ação do professor, na condição de mediador, entre a criança e o mundo social (Sposito, 2003).
AULA SEMANA 02
As teorias de Max Weber e a importância da sociologia na compreensão da educação
Para o sociólogo alemão, Max Weber, a sociedade é um sistema de poder que está presente em todos os níveis da sociedade, desde as relações entre os governantes e a população, até mesmo nas relações na família ou no trabalho. A sociedade se constitui a partir do individuo e de acordo com as relações estabelecidas por este individuo.
Na concepção de Weber, a burocracia é própria do capitalismo e a forma como o Estado se organiza. A burocracia se caracteriza pela hierarquia, a forte presença de registros documentais, exigência de treinamento para capacitação ao trabalho e a existência de regulamentos.
A educação se relaciona com as formas de dominação e seus tipos de educação são divididos em três:
· Educação Carismática: visa despertar um dom nas pessoas e é um tipo de educação fortemente marcado pelas relações afetivas
· Educação Tradicional: visa despertar o homem culto, com uma formação voltada para se adequar aos valores do grupo ao qual ele pertence
· Educação Burocrática: visa o treinamento e transmissão de conhecimentoespecializado para finalidades práticas.
O conhecimento dos três autores clássicos é importante para a realização de estudos sociológicos e permite uma análise sob um ponto de vista de um determinado autor; porém não devemos ficar engessados sobre um único ponto de vista, pois é necessário buscar por uma visão mais ampla.
A Sociologia da educação tem grande importância para a compreensão da Educação Escolar. Sob o ponto de vista da sociologia, o processo educativo tem por objetivo a formação de seres humanos plenos, ou seja, seres humanos não somente sob oponto de vista biológico, mas também em decorrência do aprendizado que transforma-o de forma a viver em sociedade.
Para a sociologia o ser humanotorna-se realmente humano quando esta apto para viver em sociedade e consciente da realidade social em que vive e em condições de melhorar esta sociedade.
Ao longo do tempo, várias instituições, como a família, os clãs, igreja e as tribos, foram responsáveis pelo processo educativo; mas com a chegada da idade moderna, a escola tornou-se a principal instituição para a realização do processo educativo.
Logicamente os conhecimentos transmitidos pela escola sofrem influência dos preceitos da sociedade, do local onde esta instalada e do poder politico; ou seja, o meio interfere no tipo de ensino, e na forma como os conhecimentos e códigos morais serão disseminados pela escola, com o objetivo de formar seres humanos com valores compatíveis com a sociedade em que vivem. A influência política ocorre especialmente na escola pública, pois ela é gerida pelo Estado e sofre todas as consequências das oscilações econômicas e do jogo político, que não raras vezes, coloca a educação em segundo plano.
Atividade da Semana 03
A função social da escola e conceitos de diferenças, igualdade e desigualdades entre os seres humanos
A escola é essencial na formação dos novos cidadãos, pois é portadora dos saberes e valores representativos de uma sociedade. A escola é a instituição por onde toda a população decrianças e jovens deve passar para aprender os conhecimentos necessários para inserir-se na sociedade. No Brasil, essa ainda não é a realidade e sabemos que uma parcela de crianças e jovens permanece sem acesso à escola.
	
	A função social da escola sob o ponto 
de vista do educador José Manuel Moran
Pode-se perceber o grau de importância que a escola tem atualmente, pelo tempo de permanência das pessoas na instituição. Oprocesso de educação inicia-se ainda na primeira infância e diariamente, as crianças permanecem por horas ao dia, pelo menos cinco dias na semana e este processo repete-se por anos até chegarmos a idade adulta. Além do tempo dentro da escola, deve-se considerar ainda, o tempo ocupado pelas atividades que foram originadas na escola, sem contar os laços de amizade estabelecidos dentro da escola e que normalmente são cultivados e ampliados fora do ambiente escolar.
Ao longo do tempo, a instituição foi assumindo novas responsabilidade perante a a sociedade. Num primeiro momento, a escola era voltado para uma elite  e para as demais pessoas, a educação era atribuição da própria família.
Em um segundo momento, que ocorreu na época da revolução industrial, a escola passou a ser o transmissor dos saberes necessários para que as pessoas pudessem viver neste novo contexto econômico e social. Neste período, somente a educação básica era priorizada e os demais ciclos ainda ficavam restritos a poucas pessoas.
	
	A função social da escola sob o ponto 
de vista do educador Paulo Freire
Um terceiro momento, que é o nosso atual, vivemos em uma  sociedade onde a informação e conhecimento assumem umpapel decisivo na vida das pessoas e a educação básica já não é mais suficiente. A escola vai acompanhando estas mudanças sociais, incorporando novas tecnologias e disponibilizando o acesso das pessoas em mais ciclos escolares, como: ensino médio, graduação e pós-graduação. A busca constante por informação e as exigências do mercado de trabalho, obrigam as pessoas a estudar cada vez mais. Para atender estas necessidades, as escolas tem procurado evoluir frequentemente e adaptar-se a complexidade da sociedade atual.
Para entender melhor a sociedade atual, precisamos estar inteirados a alguns conceitos, como: Igualdade, Diferenças e Desigualdades sociais.
As diferenças sociais tem por base as diferenças biológicas e culturais. As diferenças são uma fonte enorme de enriquecimento humano, pois se aceitarmos e respeitarmos as diferenças entre as pessoas, podemos aprender com esta diversidade e nos desenvolveremos como seres humanos.
Quando não aceitamos e respeitamos as diferenças, são criadas as desigualdades e estas são fruto de ações dos próprios seres humanos em relações de força, dominação e exploração. Quando esta relação de desigualdade é combinada com um pensamento de superioridade exacerbado, dão origem aos preconceitos e discriminação.
Igualdade é um pensamento da era moderna e teve na Revolução Francesa, o seu principal momento; e pressupunha que os indivíduos seriam considerados como iguais e as desigualdades não podem ser baseadas pelo nascimento ou por tradições.
Apesar do pensamento modernista, na prática esse pensamento foi suplantado por outros. Segundo os estudos de Karl Marx, a igualdade é praticamente uma utopia e as desigualdades de classes são um elemento estrutural das sociedades capitalistas, ou seja, a desigualdade é um elemento essencial para a existência do capitalismo. No capitalismo, os detentores do capital e dos bens de produção compõe uma classe diferenciada em comparação aos operários, os trabalhadores assalariados e portanto, essa diferença econômica seria o fator gerador das desigualdades.
Os direitos sociais foram a forma encontrada pelos governos para compensar as desigualdades estruturais do capitalismo, ou seja, os organismos governamentais através de suas políticas públicas promovem ações de educação, saúde, programas habitacionais, etc, como forma de minimizar as desigualdades sociais.
Atividade semana 04
Educação - 4ª Semana
Igualdade, desigualdade e escola
A aula discutirá: desigualdades sociais e educação; valor dos diplomas e reprodução social; conclusões de um estudo realizado na Europa.
Profª. Drª. Ana Maria Klein
https://www.youtube.com/watch?v=AtPUOpAPALE
Desigualdades sociais e educação
A pesquisadora Vanda Mendes Ribeiro situa a problemática da desigualdade entro da escola, que é tentar fazer com que todas as crianças tenham o menor número de desigualdade entre elas, fazer com que todas consigam absorver os conteúdos ministrados. Isso é muito difícil pois existe uma grande diferença entre o nível sócio econômico das famílias e o nível de aprendizagem. O Brasil é um país muito desigual, então uma escola mais justa é aquela que os alunos estão no mesmo nível de aprendizado.
· 29% da população - famílias pobres; entre as crianças, esse número chega a 45,6%;
· As crianças negras e as de áreas rurais têm quase 70% mais chances de viver na pobreza do que as brancas e urbanas;
· 64% das crianças pobres não vão à escola durante a primeira infância;
· Nas regiões mais pobres, como o Norte e o Nordeste, somente 40% das crianças terminam a educação fundamental. No sul e sudeste - 70%
· De cada 100 estudantes que entram no ensino fundamental, 59 terminam a 8 série, e apenas 40, o ensino médio.
Este levantamento só mostra o quanto é grande a desigualdade no país, dificultando o alcance de todos para um futuro melhor. Grande parte do Brasil ainda em pleno século 21 não sabem ler nem escrever (maioria Norte e Nordeste).
Escola reprodutora ou transformadora
A escola reproduz as desigualdades sociais? A reprodução das desigualdades passaria, primeiro, pela transformação das desigualdades sociais em desigualdades escolares de mesma extensão?
Percebemos que escolas de alunos de classe social melhor tem um desenvolvimento muito melhor do que as de escolas de locais de classe social inferior.
Papel da escola na reprodução das desigualdades sociais
As relações entre as desigualdades escolares e as desigualdades sociais não são perfeitamente uniformes.
Isso leva a se questionar se a escola exerce por toda parte o mesmo papel, do mesmo modo e com a mesma extensão no mecanismo da reprodução social (DUBET, 2012).
Desigualdades escolares e sociais
Qual o papel exercido pela organização dos sistemas escolares na transformação, mais ou menos fiel, das desigualdades sociais em desigualdades escolares?
O que acontece depois da escola, para o modo como as sociedades utilizam e valorizam os títulos escolares? (DUBET, 2012)
O sistema de ensino não tenta mudar o que temos fora da escola, ou seja, as escolas mantêm as desigualdades, o que vemos é somente desempenhos diferentes.
E depois da escola é proposto como os alunos usar o diploma.
Valor dos diplomas e reprodução social
Estudo desenvolvido por pesquisadores na Europa partem do pressuposto de que o funcionamento da escola e a influência dos diplomas sobre o acesso às posições sociais pesam tanto quanto as desigualdades sociais que antecedem a escola na formação das desigualdades escolares e nas consequências sociais dessas desigualdades.
Qual a importância do diploma na sociedade, é útil ou não?
Sistemas igualitários
Entender a escolarização não é garantia de justiça escolar. Tudo depende da maneira como a escola se organiza e do que se faz nela.
As diversas maneiras de organizar os estudos exercem um papel importante nas desigualdades entre alunos. Sistemas igualitários individualizam as pedagogias, de modo que a homogeneidade da formação não seja uma maneira de marginalizar aqueles que não se curvam à norma comum.
O que se faz dentro da escola, como ela lida com as diferenças é de grande valia para o desenvolvimento futuro do aluno fora da escola.
Oferta de emprego e diplomas
O impacto da escola sobre a sociedade, principalmente suas desigualdades e sua reprodução, dependeria, na verdade, das relações entre os diplomas e os empregos.
A influência dos diplomas é mais elevada quando o emprego é relativamente raroe as desigualdades escolares são grandes.
Nas sociedades que não tem muito emprego os diplomas tem grande validade, logo estaremos selecionando as pessoas, assim cria as desigualdades, transforma a desigualdade social em desigualdade escolar, somente quem estudou muito consegue o emprego na sociedade, então o diploma tem um valor muito grande quando o emprego é raro.
Posição social e diploma
Quando a influência da escola é grande , não apenas as desigualdades de carreiras escolares são importantes, mas também a reprodução é maior.
Trata-se de sociedades rígidas, onde a atribuição das posições é decidida por diplomas, eles próprios decididos pela origem social.
Os melhores empregos sempre vão para as elites, e é quem tem a melhor escola. 
Redes igualitárias
As escolas que selecionam tarde, que mantêm todos os alunos juntos e que individualizam as pedagogias parecem mais igualitárias e menos reprodutivas do que as outras.
Não separa por nível de rendimento mais cedo, mantem o currículo por mais tempo.
Diploma valorizado para emprego
Quanto maior for a influência, a utilidade social dos diplomas, maiores serão as desigualdades escolares. Não apenas as desigualdades escolares serão maiores, mas também a reprodução social será mais intensa: será mais elevada a parte da renda dos filhos explicadas pela dos pais.
Isso mostra que se os pais forem de classe social mais pobre, será muito difícil um ensino de qualidade e com isso a renda dos filhos no futuro será a mesma.
A escola pública
Os temas discutidos serão: escola pública, laica e de qualidade; escola dual; diferenças na escola pública.
Profª. Drª. Ana Maria Klein 
https://www.youtube.com/watch?v=6vCpgVPOTqc
Escola pública, laica e de qualidade
A luta pela escola pública laica, obrigatória e gratuita para toda a população tem sido bandeira constante entre os educadores brasileiros.
Tema da escola pública levanta questionamentos sobre: funções sociais e pedagógicas da escola, universalização do acesso, permanência, o ensino e a educação de qualidade, o atendimento às diferenças sociais e culturais, e a formação para a cidadania crítica.
Portanto a vários pontos para prestar atenção a respeito da escola pública, os alunos tem direito a estarem dentro da escola, mas basta isso, como a escola equilibra as desigualdades?
 Anísio Teixeira - Bahia, julho de 1900; Rio de Janeiro 1971. Formado em direito. Atuou na vida pública. Traduziu livros do Filósofo John Dewey.
Defensor da escola pública, laica de qualidade, o momento histórico, cria o manifesto dos pioneiros de 1932. E com o fim da segunda guerra o país está buscando uma escola qual tipo será implementada no país, nesta mesma época o Brasil está passando pela crise do estado novo, e inaugura na Bahia a escola pública integral voltada para as pessoas carentes.
Escola pública no Brasil
Compreender as articulações com as classes populares.
Sujeitos que vêm sendo historicamente excluídos da educação escolar. Não basta apenas a universalizar a escola, é necessário, as políticas públicas para implementá-la.
Escolarização como direito: políticas públicas para expansão de vagas, viabilizar educação de jovens e adultos, ampliar o acesso ao ensino superior.
Escola de massas no Brasil
A ampliação/universalização do acesso ao ensino obrigatório - a partir da década de 60 - escola de massas. Aberta para grande parte da população.
Problema decorrente - ampliação rápida da quantidade de alunos resolvida por políticas públicas de ampliação do número de turnos diários, ampliação do número de alunos por turma.
Acesso à escola no Brasil
A ampliação do acesso ao ensino obrigatório - crianças com condições pessoais, familiares, culturais e econômicas, que anteriormente eram excluídas por mecanismos de seletividade, passassem a frequentar a escola. Um direito, um ganho social, pois as classes menos provida agora tem direito a educação, mas como colocar tantas crianças na mesma escola? E a diversidade que entram da escola. Muitas são as primeiras crianças da família a frequentar a escola, que pensamentos virão a ter, estes são alguns problemas enfrentados. 
A questão da diferença na escola
A diferença é uma questão central na problematização da escola pública. A escola pública é para todos, sem distinção.
Cotidiano escola - reúne crianças classificadas, a partir de muitas categorias, como diferentes: ritmos de aprendizagem, culturas, costumes e hábitos sociais, relações familiares, etc.
Não são todas crianças que aprendem ao mesmo tempo, diferentes pais, etc, muita diversidade.
Exclusão na escola
A exclusão da escola dá lugar à exclusão na escola, que ressalta a manutenção do conflito presente na dinâmica inclusão/exclusão.
Essa tensão, precisa questionar não o sujeito que fracassa, mas as relações que geram o fracasso de muitos e o êxito de alguns, se existia uma época que para entrar na escola era preciso fazer provas, que possibilitava ou não o acesso a escola, isso cai por terra e todos tem direito a escola, isso gera uma exclusão na escola, pois nem todos conseguem aprender. Isso gera questionamentos como: o que faremos para ensinar a todos?
A outra face da exclusão escolar
Visibilidade da seletividade escolar - em outras épocas era expressa pela não-oferta de vagas a todos ou os processos de reprovação nas séries iniciais.
Hoje - aluno tem permanecido na escola sem que dela tenha usufruído, as crianças permanecem na escola, mas praticamente nada aprendem.
Dualismo na escola brasileira
Em um extremo - a escola assentada no conhecimento, na aprendizagem e nas tecnologias, voltada aos filhos dos ricos
Em outro extremo - a escola do acolhimento social, da integração social, voltada aos pobres e dedicada, primordialmente, a missões sociais de assistência e apoio às crianças.
Fato para refletir, o que é a escola da elite e como é a escola de massas, todas precisam aprender.
Diferenças na escola pública
As escolas, por pertencerem a um determinado sistema de ensino, possuem aspectos comuns.
Mas, cada escola é uma instituição social única, com características próprias, fruto de sua história e das relações sociais ali estabelecidas.
A escola possui um espaço de autonomia que lhe permite, dentro de limites se constituir em frente de resistência aos processos de seletividade e de exclusão.
Atividade Semana 05
A escola e a sociedade
A aula se baseia em um programa da UNIVESP TV no qual são discutidos os desafios da escola que busca uma identidade. Toma-se por base um artigo de Antonio Novoa (educador português), que aborda a problematização da universalização do ensino – a escola que não sabe lidar com as diferenças faz parte do programa. A videoaula discute a autonomia docente e ainda trabalha alguns questionamentos: a escola reproduz ou transforma? Escola para todos é um problema? 
Qual o papel do professor na escola de hoje?
Vídeo - professores brasileiros discutem os desafios da escola que busca uma identidade. Toma-se por base um artigo de Antônio Nóvoa (educador português).
O texto diz que a escola serve ou para salvar as coisas ou deixar como estão.
Referência ao texto de António Nóvoa - Escola e sociedade
No Brasil, a partir de 1915 configura-se um momento significativo: o do entusiasmo pela educação, que passa ser a solução de todos os males da sociedade. Essa idéia continua ainda no imaginário de muitos como o meio de sanar todos os entraves sociais atuais.
O texto de Antonio Nóvoa tem início apontando esse entusiasmo como um dos equívocos com relação à educação. Baseado em Ortega y Gasset, o autor nos diz que uma boa nação não se faz apenas com escola de qualidade , mas também com política, economia, justiça e saúde de qualidade.
Se escola desenvolveu-se desde então com a crença de ser a salvadora de todos os males da sociedade, os professores eram seres especiais e tinham uma missão nobre e de suma importância, por isso deveriam manter-se numa posição de isolamento, não podiam misturar-se com o povo e nem com a burguesia, para que se portassem de forma isenta. Nesse processo de isolamento afastaram-se da comunidade.Para o autor, no triângulo professores, Estado e famílias/comunidade, esse terceiro vértice foi perdido e é ponto fundamental para repensar novas soluções.
O autor propõe expor seu texto em três momentos: num primeiro momento abordará os perigos de visões pontuais da escola, ora como salvadora, ora como mera reprodutora da sociedade. Em segundo lugar, explanará sobre a identidade dos professores e por fim associará as duas primeiras reflexões para fundamentar as possíveis mudanças no cenário educativo.
A escola e os professores como regeneradores da sociedade
À visão da escola como responsável pelo progresso civilizacional e instituição notoriamente benéfica, o autor contrapõe a idéia da escola como instituição maléfica e criação diabólica, utilizando para isso a posição de Adolphe Ferrière, pedagogo dos anos 20, e a célebre história da pedagogia sobre “O diabo e a escola”.
Ao longo do século XX, por força das constantes modificações nos modos de governo, a escola transformou-se no elemento central do processo de homogeneização da sociedade e na criação de modelos de civilidade. Originou-se desde então uma forma de ver a escola, alunos e professores: alunos agrupados em classes graduadas; professores atuando individualmente; uns generalistas, outros especialistas; pedagogia centrada na sala de aula; horários rigidamente determinados; saberes organizados em disciplinas. Esse sistema firmou-se com tanta força que ainda hoje é visto não só como melhor sistema, mas como o único possível.
O alvo de toda a crítica é a escola antiga, não a nova escola, pois esta é “libertadora e marca uma nova etapa no acesso do Homem à perfeição”. A quase ilimitada crença na escola como regeneradora, consolidou a imagem dos professores como sacerdotes e missionários ao mesmo tempo em que criou condições pra uma melhor formação e o desenvolvimento de uma reflexão científica na área da pedagogia.
Com a profissionalização o professor passa a ser visto, não como no antigo modelo do sacerdócio, mas como servidor do Estado e as crianças são categorizadas como alunos, passando ambos a ser encarados como populações e portanto torna-se necessário que sejam geridos por padrões institucionais próprios. Essa visão de “população escolar” teve como principal resultado as escolas de massas.
Ao processo de estatização e de profissionalização incorporou-se a formação das ciências da educação. Temos nesse processo uma dicotomia que até hoje resiste:
“A eficácia da nova ideologia profissional implica a defesa da objectividade e a rejeição da história: a evidência científica tem de aparecer como fenômeno natural e não como uma construção social, como uma realidade atemporal e não como um processo histórico, com busca da ‘verdade pela verdade’ e não como um jogo de forças e de poderes.”
A proposição da cientificidade da pedagogia , nas primeiras décadas do século XX corresponde a um esforço de valorizar o papel social e prestígio científico dos novos educadores. Para Nóvoa, esses novos pedagogos exageram na caricatura da escola antiga para que o perfil das novas práticas das quais são portadores sejam melhor delineadas, práticas que aprofundaram a crença total nas potencialidades regeneradoras da escola.
Nos anos 60, a escola passa novamente por severas críticas, chegando-se a propor uma sociedade sem escolas. Escola e professores passam a ser vilões e responsáveis, não só pela reprodução das desigualdades sociais, mas também pela criação de novas desigualdades.
O professor ocupante, outrora de uma posição privilegiada, encontra-se agora acusado de mero reprodutor de informações. Para o autor, a partir daí se instala uma crise de identidade na profissão que até hoje persiste. O desconforto presente no íntimo da cada professor hoje, reside na distância entre a visão poética da profissão e a realidade concreta do dia-a-dia. A compreensão exata dessa crise pela qual passam os professores é, para o autor, condição sine qua non para que a educação e os docentes encontrem novos caminhos.
A crise de identidade
Nóvoa constata que há duas tendências no modo de encarar essa crise de identidade dos professores: uma externa e outra interna. A externa corresponde às formas de controle do professor. A racionalização do ensino vê o professor como técnico que deve executar algo que não foi elaborado por ele e sim por outros, colocando assim em xeque a autonomia do professor. Simultaneamente, há a proletarização do professorado, advindo da sobrecarga de trabalho. A racionalização e a proletarização, segundo o autor, são dois momentos de um mesmo processo que tem no seu âmago a privatização que avalia/controla os professores pela satisfação dos “clientes”.
A segunda tendência evocada pelo autor, a interna à profissão docente, corresponde à busca de novos sentidos da profissão através da autonomia dos professores e das bases intelectuais do trabalho pedagógico.
Trazer novamente os professores para o centro dos debates, para Nóvoa é primordial, e propõe abordar a questão não pela coletividade, na qual as semelhanças são acentuadas e sim pela diversidade. Opta por falar, não em identidade, mas em processo identitário, processo pelo qual cada um de nós se apropria do sentido da sua história pessoal e profissional.
“A forma como cada um de nós constrói a sua identidade profissional define modos distintos de ser professor, marcados pela definição de ideais educativos próprios, pela adoção de métodos e práticas que colam melhor com nosso modo de ser, pela escolha de estilos pessoais de reflexão sobre a ação.”
O autor propõe-nos duas perguntas: “Por que é que fazemos o que fazemos na sala de aula? Que saber mobilizamos na nossa ação pedagógica?”
A primeira pergunta leva-nos a pensar em vontades, gostos, preferências, rotinas que consolidam comportamentos. Cada professor tem o seu modo próprio de ser. Se por um lado, os professores são resistentes a mudanças, principalmente àquelas que vêm “de cima”, por outro são adeptos aos efeitos dos modismos pedagógicos. Hoje, devido a velocidade tecnológica, há uma invasão das modas no terreno pedagógico. Para o autor, aderir a uma moda pedagógica é a “pior maneira de enfrentar os debates educativos, porque traduz uma ‘fuga para frente’, uma opção preguiçosa” e aponta a necessidade de os professores desenvolverem uma vigilância crítica ao que lhe for sugerido ou proposto. Qualquer inovação só tem sentido se for objeto de reflexão e de apropriação pessoal.
Para apontar a resposta da segunda pergunta, o autor demonstra como desde muito tempo os professores limitaram-se a compartimentar seus saberes, assumindo-se assim como transmissores de um determinado conhecimento científico. Essa postura é vista como retrógrada e de pouco valor, o que para o autor significa por um lado incompreensão, pois o processo de transformar as disciplinas científicas em currículo escolar é complexo e demanda do professor, não só conhecer a matéria que leciona, mas também compreender a forma como esse conhecimento se constituiu historicamente, ou seja, é necessário compreender os conteúdos para que se possa transformá-los em produtos de ensino. Por outro lado, a tentativa de banalizar esse processo é para Nóvoa, parte integrante de um processo, nada inocente, de relacionar a escolha da profissão de professor com o insucesso. Para o ensino iriam apenas os pouco competentes.
O autor salienta a importância de se investir na pessoa do professor e nos saberes dele emergentes, os docentes devem apropriar-se de seus saberes e elaborá-los do ponto de vista teórico conceitual, desta forma serão criadores de instrumentos pedagógicos e profissionais críticos e não apenas executores e técnicos. Tendências que dicotomizam concepção da execução devem ser rejeitadas, assim como pacotes curriculares prontos a serem aplicados, que apenas servem para desperdiçar o tempo dos professores, tão necessário à reflexão e a produção de novas práticas.
Para o autor somente através da valorização intelectual e consolidação da autonomia é que será possível aos professoresenfrentar a crise e o desconforto nos quais têm vivido.
Escola e sociedade
Apontando primeiramente os perigos da idéia da escola-toda-poderosa com professores com missão de moralização da sociedade e logo após a crise de identidade dos professores, o autor associa as duas idéias afirmando a necessidade de uma nova relação entre a escola e a sociedade, na qual seja respeitado o direito das famílias e das comunidades de participarem da ação educativa e seja respeitada a autonomia dos docentes.
Vistos, muitas vezes, como antagônicos esses dois poderes (escola e sociedade) devem aliar-se, pois segundo o autor não há possibilidades de mudança na educação sem investir-se neles , para isso duas condições são necessárias: assegurar às famílias, principalmente, àquelas menos favorecidas, o direito de decidirem e de participarem da educação dos filhos e não imputar culpa aos professores da crise do sistema de ensino.
Por muito tempo, as famílias, principalmente as mais pobres, foram afastadas da educação formal dos seus filhos. Diversas razões eram dadas para justificar essa postura: a falta de instrução dos pais, a má influência do meio ou ainda os discursos que legitimavam o fracasso dos menos favorecidos. O autor reafirma assim, a impossibilidade de qualquer mudança sem investir-se positivamente no poder das famílias e da comunidade.
Simultaneamente, para que novos rumos sejam vislumbrados na educação torna-se necessário investir de forma positiva os poderes do professor. Vivendo cotidianamente num paradoxo, os professores, por um lado são vistos como medíocres e mal formados, por outro são apontados como elementos essenciais para a melhoria da qualidade do ensino e do progresso social e cultural. Bem adequada é a frase usada por Nóvoa: “Pede-se-lhe quase tudo. Dá-se-lhe quase nada”.Frase que torna ainda mais verdadeira se acrescentarmos que com a expansão do trabalho feminino, na segunda metade do século XX, os pais têm cada vez menos tempo para os filhos, imputando à escola e aos professores novas tarefas.
Em meio a essas contradições é que os professores devem refazer uma identidade profissional tanto individual como coletivamente. Uma imagem nova sem os simplismo das antigas metáforas. Embora a literatura pedagógica atual também estabeleça novas metáforas, estas são menos simbólicas e mais conceituais. As imagens que elas evocam apontam, segundo Nóvoa, para três linhas de consenso: da valorização do trabalho teórico e intelectual do docente; da vontade de construir um saber docente baseado na reflexão sobre suas práticas e da certeza da necessidade de usufruir uma real autonomia.
Mais uma vez há reafirmação da necessidade de os poderes das comunidade e os poderes dos professores sejam articulados em torno de um mesmo projeto de democratização da escola. Vislumbrando que após os ciclos Igreja e Estado, talvez seja essa a nova reconfiguração do campo educativo. Para o autor o fim do Estado educador é previsível e para tanto é necessário pensar em novos moldes nas relações escola e sociedade.
Antonio Nóvoa menciona que embora as comunicações e a tecnologia tenham ajudado a criar uma consciência planetária, por outro lado surgiram novas exclusões sociais e largas camadas sociais ficam à margem dos benefícios sociais e culturais. Sendo assim a escola e os professores não podem permanecer com um discurso socialmente isento: “Todo o silêncio é cúmplice... não podemos calar a voz das injustiças que se reproduzem também através da escola”. Ou seja, para o autor, o professor distingue-se de muitos outros profissionais, não se restringe apenas a critérios técnicos e competências científicas, mas também que possua ou desenvolva valores e princípios que os levem a crença de que toda a criança pode ter sucesso na escola. Poderíamos chamar essa “crença” de ética profissional docente.
O autor convida-nos ainda a uma redescoberta da função social da utopia e das pequenas utopias que dão novo sentido ao nosso cotidiano.
Por fim, após discorrer um inventário de instituições, intelectuais, fundações e empresas que, por este ou aquele motivo, afastaram-se das preocupações com a sociedade, nosso autor volta-se à escola como único lugar onde se concentra o maior número de pessoas qualificadas e nos pergunta: “Será que pertence à escola um papel primordial na tarefa de pensar o futuro?”. Frente à resposta positiva, vemos que novamente todas as esperanças voltam-se para a escola. E o grande desafio está mais uma vez nas mãos dos professores.
Os professores tentam usar de todos os métodos para chamar a atenção do aluno, mas hoje em dia a concorrência é forte e desleal, a televisão e a internet ganham disparado.
Universalização do ensino - a escola não sabe lidar com as diferenças.
A escola reproduz ou transforma?
Escola para todos é um problema?
A professora Eunice Felix Rigorfi cita que:
“Os alunos passam pela escola, vem para a escola, mas tira da escola muito pouco”.
Autonomia docente
Sobre este assunto a professora Eunice Felix Rigorfi cita que:
“... a gente fala o que quer que se fale e faz o que a gente acredita…”
Autonomia é uma coisa conquistada, e que nunca tem fim.
A escola tradicional
A aula abordará os seguintes temas: organização do espaço escolar: professor vigiando; ordem e poder: punições na escola; escola laica, pública e gratuita.
Profª. Drª. Ana Maria Klein
https://www.youtube.com/watch?v=N6eZ2NbexrU
Escola tradicional:
·  O ensino tradicional pretende transmitir os conhecimentos. 
· O professor domina os conteúdos logicamente organizados e estruturados para serem transmitidos aos alunos. 
· A ênfase do ensino tradicional, está na transmissão dos conhecimentos e no professor.
Escola, disciplina e controle dos corpos:
·  Escola enclausurar os corpos para melhor controlá-los, sob uma perspectiva disciplinar.
· A “disciplina às vezes exige a cerca", como diz Foucault (1991), um espaço fechado para melhor controle dos indivíduos, para melhor domínio e utilidade das forças dos corpos (Ferrari, 2012).
Neste pensamento o objetivo é o controle do corpo, a instituição é organizada para o controle dos corpos, o que temos de exemplo são as cercas, os muros das escolas.
Controle dos espaços
· Escola como local fechado - muros, telas.
· Controle de fluxos de indivíduos - portão de entrada e saída, horários e autorizações para passar pelos portões.
· A intenção da cerca é concentrar as forças e neutralizar os inconvenientes, como possíveis fugas, dispersões, ou seja, tudo aquilo que possa escapar à disciplina (Foucault, 1991 apud Ferrari, 2012)
Formas disciplinares na escola
· Fila - define cada espaço que o indivíduo deve ocupar porque ela classifica, organiza e hierarquiza.Prática naturalizada que está na constituição do modelo escolar.
· Nota - possibilita outra forma de enfileiramento. Cria uma sucessiva hierarquização porque ela segue definindo, separando, classificando o “bom” e o “mau” aluno.
· Divisão do tempo - escola divide os períodos, as aulas, as tarefas, os intervalos, os momentos de lazer em séries temporais, para melhor uso e aproveitamento do tempo, para melhor ajustar o corpo a ele. Perder tempo é perder produção.
Dia escolar se desdobra em turno. Turnos se transformam em hora-aula (50 minutos cada uma), para cada término das aulas, ouve-se o toque da sirene para que os professores troquem de sala ou, eventualmente, os alunos (para laboratório, para aula e educação física, para o pátio).
O objetivo é estar ocupando o aluno, produtivamente, durante todo o tempo que estiver na escola.
A escola continua a mesma?
A estrutura de sala de aula direcionada ao professor (vigiar)?
Armas contra indisciplina: nota, expulsão. Castigos físicos (em outras épocas) em nome da ordem e poder.
A escola e as transformações sociais, importante para formar trabalhadores na era das revoluções.
Escola laica, pública e gratuita.
Uma escola acessível a todos, a revolução francesa tem grande importância nisso pois foi quando se sentiu a necessidade de formar profissionais.
Atividade de PortfólioAs aulas desta semana trouxeram conceitos e ideias relativos ao papel do professor e seus desafios e às relações de poder presentes na escola. Represente por meio de imagens ou frases ou poemas ou outros elementos textuais e/ou gráficos as associações que fez entre as ideias discutidas nas aulas e suas experiências pessoais/profissionais. Justifique brevemente a associação que fez.
Esta atividade deve ser desenvolvida por meio de 3 itens:
a. Ponto/conceito/ideia escolhido; Qual o papel do professor na escola de hoje?
b. Representação/associação (imagem, texto escolhido para representar o ponto escolhido);
c. Justificativa da escolha. 
A avaliação levará em conta a pertinência do tema/conceito escolhido para ser representado e a justificativa do mesmo.
Atividade de Portfólio
Na foto acima uma cena do filme Sociedade dos Poetas Mortos. O filme se passa em 1959 em uma escola tradicional, conservadora e aristocrática do Nordeste dos EUA. Um grupo de alunos do último ano encontra o novo professor, John Keating, um professor não ortodoxo, com métodos de ensino muito diferentes dos adotados pelas escolas tradicionais da época. Atualmente ele seria considerado um professor normal, mas naquela época ele era considerado fora da curva. Hoje em dia, podemos dizer que a curva mudou, a sociedade mudou, os alunos mudaram, as relações familiares mudaram e obviamente as relações humanas mudaram.
Eu nasci em 1970 e estudei em escolas tradicionais, com muitas características próprias como fila antes de entrar na sala de aula, uniforme (apenas no ginásio e não terno como no filme), tablado, portões fechados, etc.... Mas a sociedade é diferente hoje, os jovens opinam muito mais, eu não conseguia falar com meus pais da mesma forma como os jovens de hoje conseguem atualmente. O problema é que mudanças geram mudanças, mas nem sempre fazer essas mudanças. Acho que esse é o difícil papel da educação no país. Fazer essas transformações e ao mesmo tempo melhorar a educação como um todo, não apenas a universalização ou melhorar o desempenho, mas talvez o aspecto mais importante que é trabalhar o ser humano.
Atualmente a tecnologia invade nossos lares, nossos locais de trabalho e nos diversos ambientes de vivência dos cidadãos e certamente reserva novas funções aos membros do processo de geração de conhecimento vivenciado na escola onde não é mais possível desenvolver escolas arcaicas em termos de conhecimentos e pautadas em uma lógica de aprendizado que visa apenas o responder a prova e não dá aos educandos oportunidades de conhecimento adequado e voltado essencialmente para a compreensão do valor das transformações e dos aspectos da dinâmica social que molda espaços e faz idéias e concepções. A Escola não é a mesma de décadas passadas , os alunos também não são os mesmos, porém se mal trabalhados podem ser cúmplices do processo de destruição dos ideais propostos para a concretização de uma Escola que seja forte em valores e conhecimentos.
Tais questionamentos devem ser vistos de forma a procurar questionar sempre o papel da Escola no mundo moderno e tentar verificar ações que visem transformar o papel do ambiente escolar e dar ao educando um processo de geração de conhecimento menos traumático revendo modelos avaliativos e buscando relações mais harmônicas entre os personagens do contexto escolar para que o processo de geração de conhecimento tenha sempre uma razão de ser e tenha sempre ações de compromisso de todos no alcance de uma nova forma de entender , analisar e questionar o mundo em que vivemos.
Nos dias de hoje a tecnologia invade nossos lares, nossos locais de trabalho e nos diversos ambientes de vivência dos cidadãos e certamente reserva novas funções aos membros do processo de geração de conhecimento vivenciado na escola onde não é mais possível desenvolver escolas arcaicas em termos de conhecimentos e pautadas em uma lógica de aprendizado que visa apenas o responder a prova e não dá aos educandos oportunidades de conhecimento adequado e voltado essencialmente para a compreensão do valor das transformações e dos aspectos da dinâmica social que molda espaços e faz idéias e concepções. A Escola não é a mesma de décadas passadas , os alunos também não são os mesmos, porém se mal trabalhados podem ser cúmplices do processo de destruição dos idéias propostos para a concretização de uma Escola que seja forte em valores e conhecimentos.

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