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Exame físico do Recém-nascido

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Exame físico do Recém-Nascido
4
João Victor Pinheiro
HISTÓRIA
A obtenção dos primeiros dados relativos ao RN é feita em um momento anterior ao seu nascimento; deve ocorrer logo após a entrada da gestante, no início do trabalho de parto, quando a parturiente ainda tem a possibilidade de refletir sobre os questionamentos (se possível);
Muitos dados podem ser obtidos a partir do cartão do acompanhamento pré-natal da gestante;
A história clínica do RN deve conter dados sobre: 
· Antecedentes dos pais;
· Antecedentes de outras gestações e partos;
· Evolução das crianças;
· Evolução da gestação atual;
· Evolução do parto e da criança (do nascimento até o momento atual).
IDENTIFICAÇÃO
Informações sobre o pai da criança (nome, idade, escolaridade, local de trabalho e presença de doenças e de hábitos inadequados – dimensionar o risco social do RN);
Informações sobre a mãe (nome, idade, escolaridade, local de trabalho e presença de doenças e hábitos inadequados + dados relacionados à estabilidade do relacionamento do casal);
Registro do tipo sanguíneo dos pais e informações sobre doenças, cirurgias e transfusões anteriores a gestações que podem trazer implicações ao RN;
Existe consanguinidade entre os pais? (principalmente em casos de malformações congênitas e/ou doenças metabólicas hereditárias).
ANTECEDENTES OBSTÉTRICOS
· Deve-se registrar o número de gestações anteriores, sua evolução (inclusive abortos e natimortos), tipo de parto, internações anteriores e diagnósticos;
· Informação sobre o tempo de amamentação dos filhos anteriores;
· Registro do início das consultas pré-natal e duração (quantas foram realizadas e onde);
· Data da última menstruarão - DUM;
· Idade gestacional – IG;
· Deve-se registrar os resultados dos exames sorológicos realizados durante o acompanhamento pré-natal, anotando-se o tipo de reação realizada, o título e a data (destaque: sífilis, toxoplasmose, rubéola, hepatites B e C e HIV); além de informação completa sobre vacinação, intervenção cirúrgica, procedimentos, complicações, medicamentos utilizados e hábitos durante a gestação.
DADOS DO PARTO
· Duração do trabalho de parto e da expulsão;
· Apresentação (cefálica ou pélvica);
· Alterações no foco fetal;
· Tipo de parto;
· Tempo de ruptura da bolsa;
· Características do líquido amniótico;
· Informações sobre a analgesia oferecida durante o parto (detalhando as drogas, as doses e o tempo de aplicação antes do nascimento);
· Características da placenta (peso, presença de calcificações, condições do cordão, número de vasos sanguíneos e tempo para a ligadura do cordão).
CONDIÇÕES DO NASCIMENTO
· Horário do nascimento;
· Sexo;
· Gemelaridade;
· Peso;
· Comprimento;
· Tempo da primeira respiração, do primeiro choro e momento de ligadura do cordão;
CLASSIFICAÇÕES DO RN
De acordo com a idade gestacional:
Pré-termo: <37 semanas (extremo: <28 semanas, muito prematuro: 28-31 sem e 6 dias; prematuro moderado: 32-33 sem e 6 dias; prematuro tardio: 34 – 36 sem e 6 dias);
Termo: 37-41 sem e 6 dias;
Pós-termo: >42 semanas;
Pós-data (depois da 40ª semana): >40 sem <42 semanas.
DATA PROVÁVEL DO PARTO (DPP): cálculo estimado da duração da gestação a partir do primeiro dia da última menstruação (1º dia da última menstruação + 7 dias + 9 meses);
Idade gestacional corrigida (IGc): nos prematuros, calcula a diferença da data de nascimento e a data ideal de nascimento;
Ajuste da idade cronológica em função do grau de prematuridade;
Utilizar IGc até 2 anos de idade cronológica e até 3 anos se IG < 28 semanas;
De acordo com o peso:
Macrossômico: >4001g;
Peso normal: 2500g a 4000g;
Baixo peso: <2500g;
Muito baixo peso: 1000-1500g;
Extremo baixo peso: <1000g;
De acordo com a idade gestacional e com o peso do nascimento:
PIG- pequeno para a idade gestacional;
AIG- pequeno para a idade gestacional;
GIG- pequeno para a idade gestacional;
De acordo com o período neonatal: 0-28 dias
Precoce: 0-6º dia
Tardio:7-28º dia
Na sala de parto
Avaliar vitalidade, distúrbios cardiorrespiratórios, toracotraumas e malformações.
APGAR
APGAR → Índice ou score feito no RN que avalia seu estado geral e vitalidade, realizado após 1´,5´,10´;
7-10: boa vitalidade;
4-6: asfixia moderada;
0-3: asfixia grave.
Capurro
Avalia as características somáticas e neurológicas do RN para identificar a IG (quando a mãe não sabe a DUM e também não fez USG gestacional precoce);
IG: (Somatória dos pontos +204) / 7
Ex.: (56+204) /7 = 37 semanas
NEW Ballard
· Avaliar a IG entre 12 a 20h após o nascimento;
· 6 critérios neuromusculares+ 6 critérios físicos;
· Maturidade neuromuscular e maturidade física;
PROCEDIMENTOS DA SALA DE PARTO DO NEONATO DE BAIXO RISCO
· Colocá-lo junto à mãe;
· Secá-lo com compressas aquecidas;
· Deixar contato pele-pele com a mãe;
· Manter a via aérea pérvia;
· Avaliar FC, tônus e respiração;
· Clampear o cordão umbilical entre 1 a 3 min após extração da cavidade uterina;
· Avaliação APGAR;
· Iniciar amamentação 1ª hora pós-parto;
· Exame físico completo;
· Identificação através da pulseira;
· Prescrição médica inicial:
· Alojamento conjunto;
· Aleitamento materno exclusivo e espontâneo sob livre demanda;
· Vitamina K (IM);
· Vacina contra hepatite B (IM);
· Profilaxia de conjuntivite neonatal.
Alojamento comum
· Mãe e bebê juntos 24horas/dia;
· ↑ Vínculo;
· Facilitar cuidado e segurança;
· Suprir necessidades físicas e emocionais do bebê;
· Aleitamento materno.
Exame físico do RN
· Deve ser realizado antes do bebê completar 12 horas de vida (se ele se apresentar saudável na avaliação sumária realizada na sala de parto);
· Higienizar as mãos e antebraços antes de manusear o RN;
· Presença dos familiares (esclarecimento de dúvidas dos genitores e reforço da relação médico e familiares);
· Controle da temperatura;
· Externo para interno e sentido craniocaudal (Inspeção, palpação, percussão e ausculta);
· Sequência aproveitando as oportunidades (Dormindo → FC, FR, palpação de abdome).
EXAME FÍSICO GERAL
· Presença de malformações;
· Fácies típicas de algumas síndromes;
· Sinais de angustia respiratória;
· Batimento de aletas nasais;
· Retração de fúrcula ou torácica;
· Cianose;
· Alteração na FR;
· Postura (busca-se suma postura simétrica e fletida, semelhante à fetal, podendo estar assimétrica em casos de fraturas, paralisia braquial, lues congênita – pseudoparalisia de Parrot, infecções ou comprometimento neurológico);
· Aspecto geral e atividade;
· Intensidade do choro (choro forte de timbre variável);
· Movimentação;
· Estado de hidratação;
Antropometria
· Peso;
· Comprimento:
· Perímetro cefálico (proeminência occipital e glabela) – RN a termo: 33 a 37 cm;
· Perímetro torácico (região mamilar)
· Perímetro abdominal (região da cicatriz umbilical acima da crista ilíaca);
Pele
Textura e umidade
Depende da idade gestacional;
RN Pré-termo: pele muito fina e gelatinosa;
RN Termo: pele lisa, brilhante, úmida e fina;
RN Pós-termo ou com insuficiência placentária: pele enrugada, apergaminhada e com descamação acentuada.
Nos casos de hipotireoidismo congênito pode-se observar pele seca e áspera.
Cor
A pele normal do RN apresenta a cor rosada (mais evidentes em crianças de pele clara);
Crianças filhas de pais negros podem apresentar pele clara ao nascimento, no entanto percebe-se maior quantidade de melanina nos mamilos, região periungueal, pele da borda do umbigo e na genitália;
Pletora: principalmente em RN policitêmicos (hematócrito elevado), hiperoxigenados ou com hipertermia;
Palidez acentuada: anemia, vasoconstrição periférica ou choque → sempre investigar;
Fenômeno de Arlequim: linha delimitando o hemicorpo com eritema e outro com coloração normal (sugere grau de instabilidade vasomotora, é geralmente benigno).
Cianose (presença de pelo menos 5g de hemoglobina não saturada, é comum a presença de cianose de extremidades que se apresentam frias ao toque – costuma regredir com o aquecimento; a cianose central está associada a doenças cardiorrespiratórias e é preocupante).
Icterícia (investigar nas primeiras 24h de vida → destruição maciça de hemácias);
· Impregnação porbilirrubina
· Exame deve ser feito sob luz natural;
· Descrever a intensidade da coloração amarelada detectada e sua distribuição nos diferentes segmentos do corpo.
Milium sebáceo: pequenos pontos brancos, localizados na base do nariz, queixo e fronte – distensão e obstrução de glândulas sebáceas ← ação do estrógeno materno.
Lanugo: pelos finos que costumam recobrir a região do ombro e da escápula, encontrados de forma mais abundante nos RN prematuros (20 semanas, começam a desaparecer em torno de 28 semanas).
Atenção: tufos de pelo na coluna lombossacra sugerem anomalia subjacente (espinha bífida oculta, fístula ou tumor)!
Vérnix caseoso: RN prematuros entre 34 a 36 semanas costumam estar recobertos por material gorduroso e esbranquiçado.
Melanose pustulosa: consiste em uma erupção pustulosa benigna e autolimitada idiopática.
Manchas mongólicas: manchas azul-acinzentadas, traduz imaturidade de pele na migração dos melanócitos (está relacionada a fatores raciais, mais comum nas raças negra e oriental – tendem a regredir nos primeiros 4 anos de idade).
Eritema tóxico: geralmente aparece nos primeiros dias de vida sob forma de lesões eritematosas multiformes, esparsas ou confluentes – causa desconhecida ou estímulos mecânicos de atrito ou pressão na pele (tem aspecto confundível com impetigo).
Impetigo: infecção piogênica, mais causada por Staphylococcus aureus; inicia-se com lesões eritematosas puntiformes e evoluem para vesículas por inoculação.
Máculas vasculares (Mancha salmão): desaparecem à pressão e estão presentes principalmente na nuca, pálpebra superior e fronte.
Hemangiomas (investigar): são formas vasculares mais extensas e elevadas, podem estar associadas a angiomas das leptomeningites (síndrome de Sturge-Weber), costumam desaparecer espontaneamente entre o 5º e 7º ano.
Equimoses: são manchas comuns nos RN, principalmente nos RN prematuros, e sua localização depende da apresentação e dos traumas sofridos;
A equimose situada na face tem aspecto de cianose localizada e é chamada de máscara cianótica ou equimótica.
Petéquias: se presente restrito ao rosto, não são motivos de preocupação; quando generalizadas devem ser investigadas; a reabsorção do sangue extravasado pode contribuir para o aumento tardio dos níveis de bilirrubina.
SUBCUTÂNEO
Avaliar a quantidade de tecido subcutâneo (prega cutânea), costuma ter cerca de 1cm nos RN a termo e ser uniformemente distribuída pelo corpo;
Indica o depósito de gordura da criança, assim como o turgor da pele;
Em locais relacionados à apresentação fetal pode ser observado edema, especialmente nas pálpebras; (RN prematuro – edema duro em mmii e região genital com regressão espontânea em alguns dias; edema acentuado no dorso das mãos e pés: considerar síndrome de Turner).
GÂNGLIOS
Palpar todas as cadeias ganglionares;
Cervicais, occipitais, submandibulares, axilares e inguinais;
Descrever o número de gânglios palpáveis, tamanho (geralmente o RN apresenta raros pequenos gânglios em torno de 3 mm), consistência, mobilidade e sinais inflamatórios.
Infecções congênitas podem haver hipertrogia ganglionar!
MUCOSAS
Avaliação da cor, umidade e presença de lesões.
MUSCULATURA
Tônus (depende da IG) e trofismo (palpação do músculo peitoral com leve extensão do braço - a espessura adequada é cerca de 1cm);
Um RN normal a termo apresenta hipertonia em flexão dos membros.
Esqueleto e articulações:
Presença de deformidades ósseas, inadequação de mobilidade e dor à palpação de todos os ossos e articulações do RN;
Polidactilia, sindactilia (dedos unidos), aracnodactilia (dedos muito longos)m clinodactilia (dedos desviados do eixo), agenesias (de rádio, tíbia, fêmur, úmero...);
Observar pregas palmares: prega palmar única em ambas as mãos associada à ausência de prega falangiana no dedo mínimo é observada em situações de hipotonia fetal, como síndrome de Down;
Simetria e adequação dos movimentos dos membros
As paralisias decorrentes do estiramento exagerado do plexo braquial durante o parto podem apresentar-se de formas diversas; o RN fica com o membro superior paralisado, rotação interna, devendo ser descartadas fraturas de clavícula ou da região proximal do úmero, que podem coexistir com a lesão neurológica ou simulá-la;
Classificação das paralisias de acordo com a lesão:
Lesões neurológicas leves (neuropraxia) – edema da raiz nervosa, desaparece entre uma a duas semanas, com recuperação completa de função;
Ruptura das fibras nervosas (axonotmese) – a recuperação é mais lenta e incompleta;
Ruptura completa da raiz (neurotmese) - não ocorre recuperação espontânea;
A manifestação clínica da paralisia depende da topografia da lesão:
Raízes C5-C6: paralisia de Erb-Duchenne (afeta músculos do ombro e cotovelo e preserva a mão);
Raízes C7-C8-T1: paralisia de Klumple (afeta a mão e preserva a musculatura do ombro);
Lesão total das raízes: membro superior é balouçante, podendo haver paralisia diafragmática.
Fratura de clavícula: mais comum que as paralisias, pode causar restrição de movimento devido à intensa dor (mimetiza paralisia obstétrica), o diagnóstico é jeito pela palpação da clavícula; se houver fratura, pode-se sentir crepitação local e observar manifestação de dor no RN.
Articulação coxo-femural: é importante se afastar a presença de displasia do desenvolvimento do quadril (instabilidade da articulação → movimentação inadequada da cabeça do fêmur que fica parcialmente desencaixada do acetábulo); pode-se encontrar assimetria das pregas glúteas e encurtamento do membro afetado (displasia unilateral);
Manobra de Ortalani: abdução das coxas, com quadris fletidos a 90º com leve pressão nos joelhos, deve ser realizada repetidamente, simultaneamente, para os dois lados dos quadris ou fixando-se um lado e testando-se o outro;
· Quando existe instabilidade coxo-femural a manobra faz com que a cabeça do fêmur se encaixe no fundo do acetábulo; é percebido através das mãos por meio de um “click” (Ortolani positivo) → o tratamento consiste em fazer uma manobra de Ortolani, encaixar o quadril e manter-se a posição de abdução e dlexão do quadril com o uso de aparelhos ortopédicos por 3 meses ininterruptamente.
Exame dos pés
 Deve-se estar atento ao seu posicionamento; é importante diferenciar o pé torto posicional (pode ser corrigido com uma manobra delicada) do pé torto congênito;
Região sacrolombar
Palpação da linha média da coluna vertebral, em busca de espinha bífida, meningocele e outros defeitos.
EXAME FÍSICO ESPECIAL
CRâNIO
Assimetrias → diferença entre parto normal X operatório;
O parto normal, especialmente na raça negra, pode causar o aumento do diâmetro anteroposterior (dolicocéfalo); 
Palpação das suturas cranianas 
Pode haver craniossinostose – fusão intrauterina das suturas, o osso para de crescer e ocorre afundamento local; 
É comum o cavalgamento – sobreposição de bordas;
Palpação da fontanela: 
Observar tamanho (lambdóide grande – pode estar associada a doenças como hipotireoidismo e síndrome de Down), tensão, abaulamentos (↑PIC – meningite, hidrocefalia, edema cerebral ou hemorragia intracraniana) ou depressões e pulsações;
Palpação do couro cabeludo:
Bossa serossanguínea neonatal: edemas das partes moles da apresentação, não respeita os limites dos ossos do crânio, é depressível e regride nos primeiros dias pós-parto;
Céfalo-hematoma: rompimento do vaso subperiostal secundário ao traumatismo do parto. 
Hemorragia galeal: 
Olhos
Pálpebras geralmente edemaciadas;
Distância entre os olhos e entre os cantos internos das pálpebras (intercantal interna);
Presença de sobrancelhas, cílios, epicanto e estrabismo transitório e nistagmo horizontal;
Posição da fenda palpebral (normal: transversal; obliqua: presente em algumas alterações genéticas: ↑ Sd. Down; ↓ Sd. de Apert, Edwards);
Abertura ocular e mobilidade das pálpebras;
Simetria entre as pupilas (isocoria e anisocoria), reatividade das pupilas e presença de midríase ou miose;
A conjuntiva pode estar hiperemiada e frequentemente observa-se hemorragias subconjuntivais);
Pesquisar exoftalmia, microftalmia(com córnea menor que 9mm), opacificação da córnea, catarata, glaucoma congênit (com córnea maior que 11mm);
A esclera é branca ou levemente azulada nos RN pré-termo (cor azul mais intensa – osteogênese imperfeita)
Obstrução do ducto lacrimal (dacrioestenose) e lacrimejamento anormal;
Hemorragia subconjuntival (pressão devido ao parto, limitada à esclera)
Teste do reflexo vermelho (do olhinho):
Faz parte da rotina obrigatória do exame do RN;
A retina vascularizada normal apresenta o reflexo de olho de gato; anormalidade pode identificar tumor, catarata, glaucoma, malformação de retina;
Ouvidos
Forma, consistência e implantação dos pavilhões auriculares, presença de condutos auditivos externos, fístulas retroauriculares e apêndices pré-auriculares;
Avaliar a função do sistema auditivo;
Variabilidade de formas consideradas normais.
Implantação
Traça um plano imaginário que passe pela fenda palpebral e se estenda horizontalmente em direção às orelhas, a borda superior da orelha deve estar pouco acima dessa linha (implantação ↓ é acompanhada de rotação do eixo do pavilhão auricular = defeitos renais, malformações do primeiro arco branquial e anomalias cromossômicas);
REFLEXO CÓCLEO-PALPEBRAL
O RN deve responder piscando os olhos à emissão de um ruído próximo ao ouvido;
TESTE DA ORELHINHA
Rastreamento obrigatório da deficiência auditiva por meio de medias fisiológicas da audição.
NARIZ
Observar a permeabilidade nasal ao ar inspirado e expirado;
Deformidades ou malformações, defeitos intrínsecos do osso próprio do nariz (trissomia 18 e 21);
Presença de coriza mucoide, mucopurulenta ou mucopiossanguinolenta → lues congênita.
Boca
Observar hidratação da mucosa (aftas de Bednar → decorrentes de lesão traumática da mucosa por aspiração ou limpeza agressiva após o parto); (saliva espessa → desidratação); (sialorreia → atresia de esôfago);
Presença de fenda palatina, forma do palato (normal ou ogiva);
Pérolas de Epstein: são encontrados no palato e são pequenas formações esbranquiçadas junto à rafe mediana.
Gengiva
Presença de cistos de retenção gengival e dentes supranumerários;
Língua
Tamanho e mobilidade;
Macroglossia sugere hipotireoidismo ou síndrome de Beckwith-Wiedemann (macroglossia, gigantismo, onfalocele e hipoglicemia grave);
Mandíbula
Tamanho (micrognatia pode fazer parte de alteração genética → sequencia de Pierre Robin, podendo ocorrer glossoptose (queda de língua) e obstrução de vias aéras e consequente cianose.
PESCOÇO
Palpação da parte mediana do pescoço → detectar o crescimento anormal da tiroide (bócio) e a presença de fístulas, cistos e restos de arcos branquiais;
Palpação da parte lateral do pescoço → presença de estase jugular, presença de contraturas (torcicolo congênito);
Mobilidade, tônus do pescoço;
Pele redundante na nuca pode estar associada à Sd. de Down, e na parte lateral (pescoço alado) à Sd. de Turner;
TÓRAX
Inspeção: analisar a forma (normal, cilíndrica), simetria (assimetria pode estar associada à malformação cardíaca, pulmonar, da coluna e do arcabouço costal).
APARELHO RESPIRATÓRIO
A respiração do RN é do tipo costoabdominal;
Variação de frequência e ritmo respiratórios são comuns, observando-se pausas de cerca de 5 segundos nos RN prematuros;
Apneia → tempo da parada respiratória >20s ou menor associado à cianose ou bradicardia;
A FRm do RN é de 40 a 60 irpm.
APARELHO CARDIOCIRCULATÓRIO
A FCm é de 120 a 140bpm;
A ausculta deve ser sistematizada, sopros ou arritmias podem ser transitórios;
Sopro sistólico no nível do 3º ou 4º EIC, ao longo da borda esternal esquerda, nas primeiras 48h pode ser verificado em RN a termo;
Ausência de sopros não afasta cardiopatias;
Palpação cuidadosa dos pulsos periféricos.
ABDOME
INSPEÇÃO
O abdome do RN apresenta-se semigloboso, com perímetro abdominal de cerca de 2 a 3cm menor que o cefálico (abdome globoso com ondas peristálticas visíveis sugere obstrução; abdome escavado é sugestivo de hérnia diafragmática);
Inspecionar as condições do coto umbilical (mumificação perto do 3º ou 4º dia; queda em torno do 6º ao 15ºdia), o cordão umbilical apresenta duas artérias e uma veia, presença de secreções na base do coto umbilical ou de eritema da pele ao redor da implantação umbilical (indicativo de onfalite);
A higiene da região umbilical é feita com álcool a 70%;
Detectar defeitos da parede abdominal, como a onfalocele e a gastroquise;
PERCUSSÃO
Determinar o tamanho do fígado e baço;
PALPAÇÃO
Em condições normais não se encontram massas abdominais e é possível palpar a borda do fígado (consistência → parenquimatosa, endurecida; superfície → lisa, granulada; borda).
ASCULTA
RHA bem frequentes e audíveis
APARELHO GENITURINÁRIO
Palpação do canal inguinal para detecção de massas ou testículos.
SEXO MASCULINO
A glande costuma não estar exposta, nem com a tentativa de retração do prepúcio;
Anormalidades na saída da uretra (hipospadia → saída na face ventral; epispádia → saída na face dorsal);
A bolsa escrotal é rugosa no RN a termo, verificar a presença dos testículos, assim como sua sensibilidade, tamanho e consistência (a não palpação pode indicar criptoquidia);
· Hidrocele (aumento dos testículos à palpação);
· Genitália ambígua;
· Torção testicular (coloração azulada e hipersensibilidade);
· Assimetria testicular;
· Malformação anorretal com fístula e eliminação de mecônio pela uretra ou períneo.
SEXO FEMININO
· Tamanho dos grandes lábios (variável);
· Avaliação do sulco interlabial (frequentemente recoberto de vérnix);
· Aderência de pequenos lábios (raras);
· Hímen (imperfuração se manifesta por hímen abaulado me forma de bolsa);
· Observar os orifícios uretal e vaginal;
· Sexo ambíguo;
· Anomalias anorretais.
ANUS
Detecção de anomalias anorretais e fístulas.
SISTEMA NERVOSO
Avaliação neurológica (postura, movimentação espontânea, resposta ao manuseio e choro);
Ao nascer a criança costuma ficar muito desperta durante cerca de 1 a 2 horas e a seguir dorme profundamente por algumas horas (até 12 horas);
Estado de alerta da criança;
REFLEXOS PRIMITIVOS
Resposta motora involuntária a um estimulo;
SUCÇÃO
A sucção reflexa manifesta-se quando os lábios da criança são tocados por algum objeto, desencadeando-se movimentos de sucção dos lábios e da língua. Somente após 32 a 34 semanas de gestação é que o bebê desenvolve sincronia entre respiração, sucção e deglutição, o que torna a alimentação por via oral difícil em RN pré-termo.
VORACIDADE 
O reflexo da voracidade ou de procura manifesta-se quando é tocada a bochecha perto da boca, fazendo com que a criança desloque a face e a boca para o lado do estímulo. Este reflexo não deve ser procurado logo após a amamentação, pois a resposta ao estímulo pode ser débil ou não ocorrer. Está presente no bebê até os três meses de idade.
PREENSÃO
A preensão palmoplantar se obtém com leve pressão do dedo do examinador na palma das mãos da criança e abaixo dos dedos do pé
MARCHA
A marcha reflexa e o apoio plantar podem ser pesquisados segurando-se a criança pelas axilas em posição ortostática. Ao contato das plantas do pé com a superfície, a criança estende as pernas até então fletidas. Se a criança for inclinada para a frente, inicia a marcha reflexa.
FUGA À ASFIXIA
O reflexo de fuga à asfixia é avaliado colocando-se a criança em decúbito ventral no leito, com a face voltada para o colchão. Em alguns segundos o RN deverá virar o rosto liberando o nariz para respirar adequadamente.
CUTâneo plantar
O reflexo cutâneo-plantar em extensão é obtido fazendo-se estímulo contínuo da planta do pé a partir do calcâneo no sentido dos artelhos. Os dedos adquirem postura em extensão.
MORO
O reflexo de Moro é um dos mais importantes a serem avaliados, devido à grande quantidade de informações que pode trazer. É desencadeado por algum estímulo brusco como bater palmas, estirar bruscamente o lençol onde a criança está deitada, ou soltar os braços semiesticados quando se faz a avaliação da preensão palmar. O reflexo consiste numa resposta de extensão-abdução dos membros superiores (eventualmente dos inferiores), ou seja, numa primeirafase os braços ficam estendidos e abertos, com abertura dos dedos da mão, e em seguida de flexão-adução dos braços, com retorno à posição original. Tem início a partir de 28 semanas de gestação e costuma desaparecer por volta dos seis meses de idade. A assimetria ou ausência do reflexo pode indicar lesões nervosas, musculares ou ósseas, que devem ser avaliadas.

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