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Arboviroses: Imunidade e Epidemias

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ARBOVIROSES 
Imunidade contra vírus 
Resposta antiviral: 
− Existem muitos interferons do tipo I, sendo os mais 
importantes na defesa antiviral o alfa (IFN-α) e o 
beta (IFN-β) 
− IFN-Α: produzida por células dendríticas e 
macrófagos/monócitos 
− IFN-Β: produzida por uma ampla gama de 
células (leucócitos, fibroblastos) 
− Os estímulos mais importantes na síntese de IFN 
são os ácidos nucleicos virais (a presença desse 
ácidos nucleicos virais no interior da célula 
induzem a expressão gênica de interferons do 
tipo I) 
CÉLULA NK → reconhece a célula infectada tanto por 
DAMP quanto por PAMP (vírus induz a produção de 
proteínas - MHC tipo I) e induz a apoptose da mesma. 
Produção de INTERFERONS pelos macrófagos, monócitos e 
cél dendríticas (alfa); fibroblastos (beta) → ocupam o 
sítio de ligação do receptor 
A imunidade a esses vírus é uma faca de dois gumes. A 
inflamação resultante da resposta imunomediada por 
células pode destruir tecidos e contribuir 
significativamente para a patogênese da encefalite. As 
reações de hipersensibilidade (iniciadas pela formação 
de imunocomplexos com vírions e antígenos virais) e a 
ativação do complemento podem causar artrites e 
contribuir para os sintomas hemorrágicos. Um anticorpo 
para outro flavivírus que não neutraliza o vírus pode 
aumentar a captação de flavivírus nos macrófagos e 
outras células que expressam receptores de Fc. As 
respostas imunes a uma estirpe relacionada com o vírus 
da dengue que não previnem a infecção, podem 
agravar a imunopatogênese, levando a uma febre 
hemorrágica por dengue ou à síndrome do choque da 
dengue. 
 
O que são Arboviroses 
Arboviroses = viroses transmitidas aos seres humanos e 
aos animais por meio da picada de artrópodes 
hematófagos infectado 
o 545 espécies conhecidas; 
o 150 afetam humanos; 
FAMÍLIAS 
• Famílias (Flaviviridae, Bunyaviridae, Reoviridae, 
Togaviridae); 
• Flaviviridae (mais de 60 espécies); 
• Flavus do latim, Amarelo; 
RESISTÊNCIAS 
Não são vírus resistentes, sendo inviáveis no ambiente, e 
apresentam sensibilidade ao calor, à radiação UV, 
desinfectantes e pH ácido 
EPIDEMIAS 
• Febre amarela: Etiópia (1960-62) 30 mil mortes; 
Nigéria (1986-88) 250 mil mortes; 2018 - 2019; 
• Dengue Surtos (déc. 90 – 2021); 
• Febre chikungunya: 2014 (2768 casos) - 2020; 
• Zika vírus: 2014 - 2019 – Microcefalia 
 
CADEIA DO PROCESSO INFECCIOSO 
DAS ARBOVIROSES 
 
 
DISSEMINAÇÃO 
 
 
Ciclo de vida do vetor biológico 
O ciclo de vida dos vetores no geral segue os mesmos 
passos, as pequenas alterações ocorrem em relação ao 
período de tempo de vida de cada mosquito
 
 
 
COMPORTAMENTO VIRAL NO VETOR BIOLÓGICO 
 
A patogenia é variável de acordo com o tropismo do 
vírus e o órgão afetado. 
 
CARACTERÍSTICAS EM COMUM 
− Estágio Intradérmico = em que há uma 
replicação de baixa quantidade, afetando cél 
dendríticas, fibroblastos, macrófagos e células 
endoteliais → a partir daqui chega aos 
linfonodos 
− Estágio sanguíneo = disseminação pela corrente 
sanguínea 
− Estágio no órgão específico 
 
 
SÍNDROMES DE DOENÇAS DOS 
ALFAVÍRUS E DOS FLAVIVÍRUS 
 
"FIGURA 52-4 Viremia primária pode estar 
associada com doença sistêmica leve. A 
maioria das infecções se limita a isso. Se for 
produzido vírus suficiente durante a viremia 
secundária para escapar da proteção imune 
inata e alcançar tecidos-alvo críticos, poderá 
haver a ocorrência de doença sistêmica grave 
ou encefalite. Se o anticorpo (X) está presente, a 
viremia é bloqueada. 
De 2 a 3 dias 
− Manifestações brandas ou assintomáticas 
− Viremia prodrômica = aumento da sua 
quantidade e infecção de células e órgãos 
específicos → início dos sintomas mais 
característicos e graves 
3 - 7 dias 
− Viremia 
− Doenças sistêmicas 
− febre, dores e calafrios 
− Manifestações mais graves 
− risco de morte 
 
 Biossíntese Viral 
1. Reconhecimento da célula-alvo 
2. Fixação = necessidade de endocitar o vírus que foi 
reconhecido 
3. Penetração (adsorção) 
4. Desencapsidação/Fusão = retirar o capsídeo = dentro 
do endossoma ocorre a ação de hidrogênio e alteração 
do ph, retirando todos os componentes do vírus 
5. Síntese macromolecular 
a. Síntese do RNA mensageiro (RNAm) inicial e de 
proteínas não estruturais: genes para enzimas e proteínas 
de ligação ao ácido nucleico 
b. Replicação do genoma 
c. Síntese do RNAm final e de proteínas estruturais 
d. Modificação pós-tradução das proteínas 
6. Montagem do vírus 
7. Brotamento dos vírus envelopados 
8. Liberação do vírus – exocitose 
 
Glicoproteínas estruturais são produzidas por rnas 
específicos e são direcionadas para o golgi, onde elas 
são colocadas na membrana celular. 
 
Diferentemente dos TOGAVÍRUS, que tem suas proteínas 
sendo expressas na superfície celular, os FLAVIVÍRUS 
adquirem seu envelope por brotamento dentro do 
retículo endoplasmático. O vírus é então liberado por 
exocitose ou por mecanismo de lise celular.." 
 
 
 
 
Flavivirus 
Estrutura viral = capsídeo icosaedro; genoma de RNA fita 
simples e sentido positivo. 
Codifica proteínas precoces e tardias 
 
 
Estrutura do Vírion: 
− Envelope 
− Componentes 
− Membrana 
− Lipídios 
− Proteínas 
− Glicoproteínas 
− Propriedades* 
É ambientalmente instável — é rompido pelo 
seguinte: 
− Ácido 
− Detergentes 
− Ressecamento 
− Calor 
− Modifica a membrana da célula durante a 
replicação 
− É liberado por brotamento e pela lise celular 
− Consequências* 
− Deve permanecer “úmido” 
− Não pode sobreviver ao trato gastrointestinal 
− Dissemina-se em grandes gotas, secreções, 
transplantes de órgãos e transfusões de sangue 
− Não precisa matar a célula para se disseminar 
− Pode necessitar de anticorpo e resposta imune 
mediada por células para proteção e controle 
− Desencadeia hipersensibilidade e inflamação 
para causar imunopatogênese 
 
Fatores de Virulência 
Proteínas não estrutural 1 (NS1): Evasão, maturação e 
replicação 
NS1 tem múltiplas formas e funções, com uma forma 
associada à célula funcionando na replicação do RNA 
viral e uma forma secretada que regula a ativação do 
complemento. 
 
 
SÉRIE DE PROTEÍNAS NO SEU ENVELOPE/CAPSÍDEO 
− Enzimas 
− Proteínas não estruturais (ligadas à replicação 
do material genético viral) 
 
PROTEÍNA NS1 
− Ligada a parte replicativa 
− Ajuda o vírus sendo um mecanismo de agressão 
(liberação de enzimas durante a exocitose do 
vírus) 
− Regula a ação de complemento, sendo ligado 
por elas e impedindo a ação direta desse 
sistema no vírus 
PROTEÍNA E 
− Estrutural 
− Responsável pela ligação do vírus aos 
receptores à célula do hospedeiro 
Sete proteínas não estruturais são sintetizadas em células 
infectadas: 
 
Estrutural: A proteína E é a hemaglutinina viral, que 
medeia a ligação ao receptor e a atividade de fusão 
dependente do pH ácido após a captação por 
endocitose mediada pelo receptor. 
Não estrutural: Sete proteínas não estruturais são 
sintetizadas em células infectadas: NS1 (46 kDa), NS2A 
(22 kDa), NS2B (14 kDa), NS3 (70 kDa), NS4A (16 kDa), 
NS4B (27 kDa) e NS5 (103 kDa) 
Relembrando: O RNA (+) lembra um RNAm que se liga a 
ribossomos para criar uma poliproteína que é clivada em 
proteínas individuais. Uma das proteínas virais é uma RNA 
polimerase que cria um molde de RNA (–) e, então, mais 
descendentes de genoma de RNA (+) e RNAm 
DOENÇAS DENGUE-LIKE 
Todas as doenças arboviroses possuem sintomas dengue 
like = sintomatologia semelhante à dengue 
NÃO É TAREFA FÁCIL DISTINGUIR ESTAS DOENÇAS. NA 
DÚVIDA É BOM ESTAR ATENTO AOS SINAIS DE ALARME 
PARA DENGUE 
O diagnóstico deve ser baseado nos sintomas e exames 
laboratoriais 
 
MECANISMOS PATOLÓGICOS - VIREMIA E INFECÇÃO 
SISTÊMICA 
 
 
A replicação de alfavírus e flavivírus produz um RNA 
replicativo intermediário de dupla-fita que é bom indutor 
de interferon (IFN)-α e IFN-β. O interferon limita a 
replicaçãodo vírus e também é liberado na corrente 
sanguínea para estimular respostas inatas e imunes. O 
interferon e outras citocinas são produzidos após 
infecção de células dendríticas plasmocitoides e outras 
células no sangue, originando um início rápido dos 
sintomas semelhantes à gripe, característicos da doença 
sistêmica leve. 
 
A imunoglobulina (Ig)M circulante é produzida dentro de 
seis dias após a infecção, seguida pela produção de 
IgG. Os anticorpos para a proteína de ligação viral 
bloqueiam a propagação virêmica do vírus e 
subsequente infecção de outros tecidos. Pelo 
reconhecimento de antígenos dos tipos comuns 
expressos em todos os vírus na família, a imunidade a um 
flavivírus pode fornecer alguma proteção contra a 
infecção por outros flavivírus. A imunidade mediada por 
células também é importante no controle da infecção 
primária. 
 
A imunidade a esses vírus é uma faca de dois gumes. A 
inflamação resultante da resposta imunomediada por 
células pode destruir tecidos e contribuir 
significativamente para a patogênese da encefalite. As 
reações de hipersensibilidade (iniciadas pela formação 
de imunocomplexos com vírions e antígenos virais) e a 
ativação do complemento podem causar artrites e 
contribuir para os sintomas hemorrágicos. Um anticorpo 
para outro flavivírus que não neutraliza o vírus pode 
aumentar a captação de flavivírus nos macrófagos e 
outras células que expressam receptores de Fc. As 
respostas imunes a uma estirpe relacionada com o vírus 
da dengue que não previnem a infecção, podem 
agravar a imunopatogênese, levando a uma febre 
hemorrágica por dengue ou à síndrome do choque da 
dengue. 
 
Febre Amarela (YFV) 
 
 
Período de infecção – dura cerca de 3 dias, tem início 
súbito e sintomas gerais, como febre, calafrios, 
cefalalgia, lombalgia, mialgias generalizadas, 
prostração, náuseas e vômitos. 
Remissão – caracteriza-se pelo declínio da temperatura 
e diminuição dos sintomas, provocando uma sensação 
de melhora no paciente. Dura poucas horas, no máximo 
de 1 a 2 dias. 
Período toxêmico – reaparecem a febre, a diarreia e os 
vômitos, com aspecto de borra de café. Caracteriza-se 
pela instalação de quadro de insuficiência hepato-renal, 
representado por icterícia, oligúria, anúria e albuminúria, 
acompanhado de manifestações hemorrágicas 
(gengivorragias, epistaxes, otorragias, hematêmese, 
melena, hematúria, sangramentos em locais de punção 
venosa) e prostração intensa, além de 
comprometimento do sensório, com obnubilação 
mental e torpor, com evolução para coma e morte. O 
pulso torna-se mais lento, apesar da temperatura 
elevada. Essa dissociação pulso temperatura é 
conhecida como sinal de Faget. 
ESTRUTURA E REPLICAÇÃO DOS FLAVIVÍRUS 
Os flavivírus também têm um genoma RNA de cadeia 
positiva, um capsídeo icosaédrico e um envelope, mas 
são levemente menores que os alfavírus. 
As principais diferenças entre os alfavírus e os flavivírus 
estão na organização de seus genomas e nos seus 
mecanismos de síntese de proteínas. O genoma inteiro 
do flavivírus é traduzido em uma única poliproteína, de 
maneira similar ao processo para os picornavírus e para 
os alfavírus 
 
FIGURA 52-3 Comparação entre os genomas dos 
togavírus (alfavírus) e dos flavivírus. Alfavírus: As 
atividades enzimáticas são traduzidas a partir da 
terminação 5’ do genoma que entrou na célula, 
promovendo rapidamente sua tradução precoce. As 
proteínas estruturais são traduzidas depois a partir de 
um RNAm menor transcrito de um molde genômico. 
Flavivírus: Os genes para as proteínas estruturais dos 
flavivírus estão na terminação 5’ do genoma/RNAm e 
é feita apenas uma espécie de poliproteína, que 
representa o genoma inteiro. PoliA, poliadenilato. 
Diferentemente do genoma do alfavírus, os genes 
estruturais estão na terminação 5’ do genoma dos 
flavivírus. Como resultado, as porções da poliproteína, 
contendo as proteínas estruturais (não as catalíticas), são 
sintetizadas primeiramente e com a maior eficiência 
possível. Esse arranjo pode permitir a produção de mais 
proteínas estruturais, mas diminui a eficiência da síntese 
de proteínas não estruturais e o início da replicação viral. 
Essa característica dos flavivírus pode contribuir para o 
atraso na detecção de sua replicação. 
PATOGENIA 
1 fase: 2 a 4 dias de proliferação - Assintomática ou 
com sintomas brandos; 
2 fase: Regressão a partir do 3º dia, podendo assim 
evoluir para cura ou para a segunda fase da doença; 
3 fase: Intoxicação 5 a 7 dias: Vírus sai da corrente 
sanguínea e se instala nos órgãos: Fígado, Baço e 
Linfonodos, pode gerar insuficiência renal grave. 
A maioria desses sintomas podem ser atribuídos aos 
efeitos do interferon e outras citocinas produzidos em 
resposta à viremia e à infecção das células do 
hospedeiro 
Os vírus são citolíticos, exceto os vírus da rubéola e da 
hepatite C. Os vírus estabelecem viremia e infecção 
sistêmica. Os vírus são bons indutores de interferon e 
citocinas, que pode contribuir para os sintomas 
semelhantes aos da gripe durante o período 
prodrômico. Os vírus, exceto os vírus da rubéola e 
hepatite C, são arbovírus. Os flavivírus podem infectar 
células da linhagem monócito-macrófago. Anticorpo 
não neutralizante pode aumentar a infecção por 
flavivírus via receptores Fc nas células. 
 
 
 
DIAGNÓSTICO 
 
EPIDEMIOLOGIA DO YFV 
 
 
 
 
ZIKA VIRUS ZIKV 
 
 
A maioria das pessoas infectadas não desenvolvem 
manifestações clínicas; 
Vermelhidão ocular; 
Sintomas desaparecem de 3 a 7 dias; 
Abortos; 
Microcefalia; 
 
MALFORMAÇÕES FACIAIS 
Vírus Zika (ZIKV), agente etiológico transmitido por 
fêmeas dos mosquitos do gênero Aedes aegypti. As 
formas de transmissão do vírus documentadas, além da 
vetorial, são: sexual, pós-transfusional e vertical 
(transplacentária). 
Estudos recentes indicam que mais de 50% dos 
pacientes infectados por Zika tornam-se sintomáticos. O 
período de incubação da doença varia de 2 a 7 dias. 
Na maioria das vezes, a doença é autolimitada, 
durando aproximadamente de 4 a 7 dias, podendo 
estar acompanhada comumente das seguintes 
manifestações: febre baixa (≤38,5oC) ou ausente, 
exantema (geralmente pruriginoso e maculopapular 
craniocaudal) de início pre- coce, conjuntivite não 
purulenta, artralgias, edema periarticular, cefaleia, 
linfonodomegalia, astenia e mialgia. 
 
EPIDEMIOLOGIA 
 
 
 
MALFORMAÇÕES 
 
 
O primeiro trimestre da gestação possui as principais 
alterações embriológicas de migração. 
Teratogênico; 
Não está presente no STORCH. 
Numa pessoa hígida, não causa muito dano estrutural, 
dependendo mais do nível do sistema imune. 
Já durante o desenvolvimento embrionário, os danos são 
maiores devido ao tropismo do vírus às células de 
tecidos específicos, como no cérebro, olho, etc. 
Zika se mantém um tempo nos testículos, tendo também 
afinidade pela vagina e pelo útero. 
 
Síndrome de Zika congênita : fenótipo de 
disrupção do crescimento sequencial cerebral 
(raramente descrito antes de 2015), córtex cerebral fino 
com calcificações cerebrais subcorticais, atrofia 
corioretiniana afetando a mácula, contraturas 
congênitas, hipertonia precoce com sintomas 
extrapiramidais. 
 
Dengue Virus (DENV) 
 
 
 
 
Período de Incubação: Varia de 3 a 15 dias, sendo em 
média de 5 a 6 dias. 
Dengue clássico (DC) – a primeira manifestação é a 
febre alta (39° a 40°C), de início abrupto, seguida de 
cefaleia, mialgia, prostração, artralgia, anorexia, astenia, 
dor retroorbital, náuseas, vômitos, exantema, prurido 
cutâneo. Hepatomegalia dolorosa pode ocorrer, 
ocasionalmente, desde o aparecimento da febre. 
Febre hemorrágica da dengue (FHD) – os sintomas iniciais 
são semelhantes aos do DC, porém há um agravamento 
do quadro, geralmente entre o 3 ou 4 dia de evolução, 
com aparecimento de manifestações hemorrágicas e 
colapso circulatório. A fragilidadecapilar é evidenciada 
pela positividade da prova do laço. 
 
CARACTERÍSTICAS 
− Imunidade ao sorotipo da infecção é 
permanente; 
− Maior risco em episódios subsequentes; 
− A febre diminui ou desaparece entre 3º e 7º dias 
da doença; 
− Período crítico! 
− Sinais de alarme em hemorragias; 
− Controle dos sintomas; 
− Hidratação; 
− Não tomar medicamentos que alterem 
processos de coagulação; 
− Anti-inflamatórios e medicamentos 
hepatotóxicos devem ser evitados; 
Para o vírus da dengue, uma reinfecção com outra 
cepa pode resultar na febre hemorrágica da dengue 
(DHF) grave, que pode causar a síndrome de choque da 
dengue (DSS) em consequência da perda de líquidos 
através dos vasos 
Paracetamol causa a diminuição dos principais fatores 
de coagulação que são produzidos no fígado, 
diminuindo suas atividades. 
Os indivíduos infectados têm por três meses a cinco anos 
uma taxa significativa de anticorpos antidengue; se 
forem reinfectados com o mesmo subtipo do vírus não 
terão a doença, mas se a reinfecção for com outro 
subtipo, a doença poderá manifestar-se como dengue 
hemorrágica 
 
Aspectos laboratoriais 
HEMOGRAMA DA DENGUE 
• Leucopenia variável, abaixo de 4000/mm3 ; 
• Linfócitos atípicos: 60 a 80%; 
• Plaquetopenia intensa na dengue hemorrágica; 
• Elevação do hematócrito na dengue hemorrágica. 
 
BIOQUÍMICA DA DENGUE 
• Alterações dos testes de coagulação (TP e TTPA); 
• Aumento da uréia e creatinina; 
• Diminuição do complemento C3. 
 
 
DIFERENÇAS ENTRE OS TIPOS: 
DEN-1: pouco agressivo ao fígado 
DEN-2: agressivo ao fígado, causando discretas 
alterações dos fatores de coagulação e provoca 
hemorragia leve. 
DEN-3: muito agressivo ao fígado, causando acentuadas 
alterações dos fatores de coagulação e provoca 
hemorragia gravíssima. 
DEN-4: poucas informações sobre sua patogenicidade 
 
PLAQUETOPENIA NA DENGUE 
Há evidências de que a plaquetopenia se deve à ação 
auto imune causada por anticorpos induzidos pela 
infecção do vírus da dengue. 
 
 
 
 
Apesar de a interação da NS1 com macrófagos e 
células endoteliais já ter sido demonstrada, sua 
habilidade em ativar plaquetas ainda é desconhecida. 
Nesse estudo, plaquetas de voluntários saudáveis foram 
estimuladas com NS1 do DENV2 recombinante e a 
resposta plaquetária foi observada, sendo altamente 
reativa e sendo suprimida sua produção. 
 
Alfa-Virus 
Chikungunya 
 
ESTRUTURA DO VÍRION: 
− Envelope 
− Componentes 
− Membrana 
− Lipídios 
− Proteínas 
− Glicoproteínas 
− Propriedades* 
É ambientalmente instável — é rompido pelo 
seguinte: 
− Ácido 
− Detergentes 
− Ressecamento 
− Calor 
− Modifica a membrana da célula durante a 
replicação 
− É liberado por brotamento e pela lise celular 
− Consequências* 
− Deve permanecer “úmido” 
− Não pode sobreviver ao trato gastrointestinal 
− Dissemina-se em grandes gotas, secreções, 
transplantes de órgãos e transfusões de sangue 
− Não precisa matar a célula para se disseminar 
− Pode necessitar de anticorpo e resposta imune 
mediada por células para proteção e controle 
− Desencadeia hipersensibilidade e inflamação 
para causar imunopatogênese 
 
FIGURA 52-2 Replicação de um togavírus. 1, Togavírus se ligam 
a receptores celulares e são internalizados em uma vesícula 
coberta. 2, Na acidificação do endossomo, o envelope viral se 
funde com a membrana do endossomo para liberar o 
nucleocapsídeo dentro do citoplasma. 3, Ribossomos se ligam 
ao genoma do ácido ribonucleico (RNA) de sentido positivo e 
as proteínas precoces p230 ou p270 (de comprimento inteiro) 
são feitas. 4, As poliproteínas são clivadas para produzir 
proteínas não estruturais 1 a 4 (NSP1 a NSP4), que incluem uma 
polimerase para transcrever o genoma em um molde de RNA 
de sentido negativo. 5, As enzimas de replicação reúnem-se 
sobre suportes da membrana celular e o molde é usado para 
produzir um genoma de RNAm de sentido positivo 42S, de 
comprimento inteiro, e depois um RNAm 26S para as proteínas 
estruturais. 6, A proteína do capsídeo (C) é traduzida, em 
primeiro lugar, e clivada. Um peptídeo sinalizador é exposto, o 
peptídeo associa-se ao retículo endoplasmático 7, onde as 
glicoproteínas E são sintetizadas e glicosiladas. Elas são 
transferidas para o aparelho de Golgi e, posteriormente, para 
a membrana plasmática. 8, As proteínas do capsídeo fazem a 
automontagem com o RNA genômico 42S e então se 
associam com regiões das membranas citoplasmática e 
plasmática contendo espículas de proteínas E1, E2 e E3. 9, 
Brotamento a partir da membrana plasmática libera o vírus. 
AAA, poliadenilato; RNAm, ácido ribonucleico mensageiro. 
 
 
FATORES DE VIRULÊNCIA 
Proteínas não estruturais (nsP1, nsP2 e nsP3) atuam em 
conjunto para inibição do mecanismo de transcrição do 
hospedeiro 
 
 
 
 
Fase Aguda: febre alta de início súbito (>38,5oC) e 
surgimento de intensa poliartralgia, geralmente 
acompanhada de dorsalgia, exantema, cefaléia, 
mialgia e fadiga, com duração variável. Afeta todos os 
grupos etários e ambos os sexos. Essa fase pode durar de 
dias a algumas semanas. 
 
Fase Pós-Aguda: a febre desaparece, mas existem 
relatos de recorrência. Pode haver melhora da artralgia 
(com ou sem recorrências) persistência ou 
agravamento. Podemos ainda encontrar astenia, 
recorrência do prurido generalizado e exantema 
maculopapular, além do surgimento de lesões 
purpúricas. Caso os sintomas persistam por mais de 3 
meses após o início da doença, estará instalada a fase 
crônica. 
 
Fase Crônica: persistência ou recorrência dos sinais e 
sintomas, principalmente dor articular, musculo-
esquelética e neuropática, sendo esta última muito 
frequente nessa fase. A prevalência da fase crônica é 
bastante variável, podendo atingir mais de 50% 
pacientes. 
TRATAMENTO 
Não há tratamento antiviral específico para 
Chikungunya. A terapia utilizada é analgesia e suporte. É 
necessário estimular a hidratação oral dos pacientes. 
 
 
Dores intensas nas articulações dos pés, mãos, 
tornozelos, punhos e joelhos; 
Causa sequelas em alguns casos – Artrite Reumatoide.

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