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ARBOVIROSES Imunidade contra vírus Resposta antiviral: − Existem muitos interferons do tipo I, sendo os mais importantes na defesa antiviral o alfa (IFN-α) e o beta (IFN-β) − IFN-Α: produzida por células dendríticas e macrófagos/monócitos − IFN-Β: produzida por uma ampla gama de células (leucócitos, fibroblastos) − Os estímulos mais importantes na síntese de IFN são os ácidos nucleicos virais (a presença desse ácidos nucleicos virais no interior da célula induzem a expressão gênica de interferons do tipo I) CÉLULA NK → reconhece a célula infectada tanto por DAMP quanto por PAMP (vírus induz a produção de proteínas - MHC tipo I) e induz a apoptose da mesma. Produção de INTERFERONS pelos macrófagos, monócitos e cél dendríticas (alfa); fibroblastos (beta) → ocupam o sítio de ligação do receptor A imunidade a esses vírus é uma faca de dois gumes. A inflamação resultante da resposta imunomediada por células pode destruir tecidos e contribuir significativamente para a patogênese da encefalite. As reações de hipersensibilidade (iniciadas pela formação de imunocomplexos com vírions e antígenos virais) e a ativação do complemento podem causar artrites e contribuir para os sintomas hemorrágicos. Um anticorpo para outro flavivírus que não neutraliza o vírus pode aumentar a captação de flavivírus nos macrófagos e outras células que expressam receptores de Fc. As respostas imunes a uma estirpe relacionada com o vírus da dengue que não previnem a infecção, podem agravar a imunopatogênese, levando a uma febre hemorrágica por dengue ou à síndrome do choque da dengue. O que são Arboviroses Arboviroses = viroses transmitidas aos seres humanos e aos animais por meio da picada de artrópodes hematófagos infectado o 545 espécies conhecidas; o 150 afetam humanos; FAMÍLIAS • Famílias (Flaviviridae, Bunyaviridae, Reoviridae, Togaviridae); • Flaviviridae (mais de 60 espécies); • Flavus do latim, Amarelo; RESISTÊNCIAS Não são vírus resistentes, sendo inviáveis no ambiente, e apresentam sensibilidade ao calor, à radiação UV, desinfectantes e pH ácido EPIDEMIAS • Febre amarela: Etiópia (1960-62) 30 mil mortes; Nigéria (1986-88) 250 mil mortes; 2018 - 2019; • Dengue Surtos (déc. 90 – 2021); • Febre chikungunya: 2014 (2768 casos) - 2020; • Zika vírus: 2014 - 2019 – Microcefalia CADEIA DO PROCESSO INFECCIOSO DAS ARBOVIROSES DISSEMINAÇÃO Ciclo de vida do vetor biológico O ciclo de vida dos vetores no geral segue os mesmos passos, as pequenas alterações ocorrem em relação ao período de tempo de vida de cada mosquito COMPORTAMENTO VIRAL NO VETOR BIOLÓGICO A patogenia é variável de acordo com o tropismo do vírus e o órgão afetado. CARACTERÍSTICAS EM COMUM − Estágio Intradérmico = em que há uma replicação de baixa quantidade, afetando cél dendríticas, fibroblastos, macrófagos e células endoteliais → a partir daqui chega aos linfonodos − Estágio sanguíneo = disseminação pela corrente sanguínea − Estágio no órgão específico SÍNDROMES DE DOENÇAS DOS ALFAVÍRUS E DOS FLAVIVÍRUS "FIGURA 52-4 Viremia primária pode estar associada com doença sistêmica leve. A maioria das infecções se limita a isso. Se for produzido vírus suficiente durante a viremia secundária para escapar da proteção imune inata e alcançar tecidos-alvo críticos, poderá haver a ocorrência de doença sistêmica grave ou encefalite. Se o anticorpo (X) está presente, a viremia é bloqueada. De 2 a 3 dias − Manifestações brandas ou assintomáticas − Viremia prodrômica = aumento da sua quantidade e infecção de células e órgãos específicos → início dos sintomas mais característicos e graves 3 - 7 dias − Viremia − Doenças sistêmicas − febre, dores e calafrios − Manifestações mais graves − risco de morte Biossíntese Viral 1. Reconhecimento da célula-alvo 2. Fixação = necessidade de endocitar o vírus que foi reconhecido 3. Penetração (adsorção) 4. Desencapsidação/Fusão = retirar o capsídeo = dentro do endossoma ocorre a ação de hidrogênio e alteração do ph, retirando todos os componentes do vírus 5. Síntese macromolecular a. Síntese do RNA mensageiro (RNAm) inicial e de proteínas não estruturais: genes para enzimas e proteínas de ligação ao ácido nucleico b. Replicação do genoma c. Síntese do RNAm final e de proteínas estruturais d. Modificação pós-tradução das proteínas 6. Montagem do vírus 7. Brotamento dos vírus envelopados 8. Liberação do vírus – exocitose Glicoproteínas estruturais são produzidas por rnas específicos e são direcionadas para o golgi, onde elas são colocadas na membrana celular. Diferentemente dos TOGAVÍRUS, que tem suas proteínas sendo expressas na superfície celular, os FLAVIVÍRUS adquirem seu envelope por brotamento dentro do retículo endoplasmático. O vírus é então liberado por exocitose ou por mecanismo de lise celular.." Flavivirus Estrutura viral = capsídeo icosaedro; genoma de RNA fita simples e sentido positivo. Codifica proteínas precoces e tardias Estrutura do Vírion: − Envelope − Componentes − Membrana − Lipídios − Proteínas − Glicoproteínas − Propriedades* É ambientalmente instável — é rompido pelo seguinte: − Ácido − Detergentes − Ressecamento − Calor − Modifica a membrana da célula durante a replicação − É liberado por brotamento e pela lise celular − Consequências* − Deve permanecer “úmido” − Não pode sobreviver ao trato gastrointestinal − Dissemina-se em grandes gotas, secreções, transplantes de órgãos e transfusões de sangue − Não precisa matar a célula para se disseminar − Pode necessitar de anticorpo e resposta imune mediada por células para proteção e controle − Desencadeia hipersensibilidade e inflamação para causar imunopatogênese Fatores de Virulência Proteínas não estrutural 1 (NS1): Evasão, maturação e replicação NS1 tem múltiplas formas e funções, com uma forma associada à célula funcionando na replicação do RNA viral e uma forma secretada que regula a ativação do complemento. SÉRIE DE PROTEÍNAS NO SEU ENVELOPE/CAPSÍDEO − Enzimas − Proteínas não estruturais (ligadas à replicação do material genético viral) PROTEÍNA NS1 − Ligada a parte replicativa − Ajuda o vírus sendo um mecanismo de agressão (liberação de enzimas durante a exocitose do vírus) − Regula a ação de complemento, sendo ligado por elas e impedindo a ação direta desse sistema no vírus PROTEÍNA E − Estrutural − Responsável pela ligação do vírus aos receptores à célula do hospedeiro Sete proteínas não estruturais são sintetizadas em células infectadas: Estrutural: A proteína E é a hemaglutinina viral, que medeia a ligação ao receptor e a atividade de fusão dependente do pH ácido após a captação por endocitose mediada pelo receptor. Não estrutural: Sete proteínas não estruturais são sintetizadas em células infectadas: NS1 (46 kDa), NS2A (22 kDa), NS2B (14 kDa), NS3 (70 kDa), NS4A (16 kDa), NS4B (27 kDa) e NS5 (103 kDa) Relembrando: O RNA (+) lembra um RNAm que se liga a ribossomos para criar uma poliproteína que é clivada em proteínas individuais. Uma das proteínas virais é uma RNA polimerase que cria um molde de RNA (–) e, então, mais descendentes de genoma de RNA (+) e RNAm DOENÇAS DENGUE-LIKE Todas as doenças arboviroses possuem sintomas dengue like = sintomatologia semelhante à dengue NÃO É TAREFA FÁCIL DISTINGUIR ESTAS DOENÇAS. NA DÚVIDA É BOM ESTAR ATENTO AOS SINAIS DE ALARME PARA DENGUE O diagnóstico deve ser baseado nos sintomas e exames laboratoriais MECANISMOS PATOLÓGICOS - VIREMIA E INFECÇÃO SISTÊMICA A replicação de alfavírus e flavivírus produz um RNA replicativo intermediário de dupla-fita que é bom indutor de interferon (IFN)-α e IFN-β. O interferon limita a replicaçãodo vírus e também é liberado na corrente sanguínea para estimular respostas inatas e imunes. O interferon e outras citocinas são produzidos após infecção de células dendríticas plasmocitoides e outras células no sangue, originando um início rápido dos sintomas semelhantes à gripe, característicos da doença sistêmica leve. A imunoglobulina (Ig)M circulante é produzida dentro de seis dias após a infecção, seguida pela produção de IgG. Os anticorpos para a proteína de ligação viral bloqueiam a propagação virêmica do vírus e subsequente infecção de outros tecidos. Pelo reconhecimento de antígenos dos tipos comuns expressos em todos os vírus na família, a imunidade a um flavivírus pode fornecer alguma proteção contra a infecção por outros flavivírus. A imunidade mediada por células também é importante no controle da infecção primária. A imunidade a esses vírus é uma faca de dois gumes. A inflamação resultante da resposta imunomediada por células pode destruir tecidos e contribuir significativamente para a patogênese da encefalite. As reações de hipersensibilidade (iniciadas pela formação de imunocomplexos com vírions e antígenos virais) e a ativação do complemento podem causar artrites e contribuir para os sintomas hemorrágicos. Um anticorpo para outro flavivírus que não neutraliza o vírus pode aumentar a captação de flavivírus nos macrófagos e outras células que expressam receptores de Fc. As respostas imunes a uma estirpe relacionada com o vírus da dengue que não previnem a infecção, podem agravar a imunopatogênese, levando a uma febre hemorrágica por dengue ou à síndrome do choque da dengue. Febre Amarela (YFV) Período de infecção – dura cerca de 3 dias, tem início súbito e sintomas gerais, como febre, calafrios, cefalalgia, lombalgia, mialgias generalizadas, prostração, náuseas e vômitos. Remissão – caracteriza-se pelo declínio da temperatura e diminuição dos sintomas, provocando uma sensação de melhora no paciente. Dura poucas horas, no máximo de 1 a 2 dias. Período toxêmico – reaparecem a febre, a diarreia e os vômitos, com aspecto de borra de café. Caracteriza-se pela instalação de quadro de insuficiência hepato-renal, representado por icterícia, oligúria, anúria e albuminúria, acompanhado de manifestações hemorrágicas (gengivorragias, epistaxes, otorragias, hematêmese, melena, hematúria, sangramentos em locais de punção venosa) e prostração intensa, além de comprometimento do sensório, com obnubilação mental e torpor, com evolução para coma e morte. O pulso torna-se mais lento, apesar da temperatura elevada. Essa dissociação pulso temperatura é conhecida como sinal de Faget. ESTRUTURA E REPLICAÇÃO DOS FLAVIVÍRUS Os flavivírus também têm um genoma RNA de cadeia positiva, um capsídeo icosaédrico e um envelope, mas são levemente menores que os alfavírus. As principais diferenças entre os alfavírus e os flavivírus estão na organização de seus genomas e nos seus mecanismos de síntese de proteínas. O genoma inteiro do flavivírus é traduzido em uma única poliproteína, de maneira similar ao processo para os picornavírus e para os alfavírus FIGURA 52-3 Comparação entre os genomas dos togavírus (alfavírus) e dos flavivírus. Alfavírus: As atividades enzimáticas são traduzidas a partir da terminação 5’ do genoma que entrou na célula, promovendo rapidamente sua tradução precoce. As proteínas estruturais são traduzidas depois a partir de um RNAm menor transcrito de um molde genômico. Flavivírus: Os genes para as proteínas estruturais dos flavivírus estão na terminação 5’ do genoma/RNAm e é feita apenas uma espécie de poliproteína, que representa o genoma inteiro. PoliA, poliadenilato. Diferentemente do genoma do alfavírus, os genes estruturais estão na terminação 5’ do genoma dos flavivírus. Como resultado, as porções da poliproteína, contendo as proteínas estruturais (não as catalíticas), são sintetizadas primeiramente e com a maior eficiência possível. Esse arranjo pode permitir a produção de mais proteínas estruturais, mas diminui a eficiência da síntese de proteínas não estruturais e o início da replicação viral. Essa característica dos flavivírus pode contribuir para o atraso na detecção de sua replicação. PATOGENIA 1 fase: 2 a 4 dias de proliferação - Assintomática ou com sintomas brandos; 2 fase: Regressão a partir do 3º dia, podendo assim evoluir para cura ou para a segunda fase da doença; 3 fase: Intoxicação 5 a 7 dias: Vírus sai da corrente sanguínea e se instala nos órgãos: Fígado, Baço e Linfonodos, pode gerar insuficiência renal grave. A maioria desses sintomas podem ser atribuídos aos efeitos do interferon e outras citocinas produzidos em resposta à viremia e à infecção das células do hospedeiro Os vírus são citolíticos, exceto os vírus da rubéola e da hepatite C. Os vírus estabelecem viremia e infecção sistêmica. Os vírus são bons indutores de interferon e citocinas, que pode contribuir para os sintomas semelhantes aos da gripe durante o período prodrômico. Os vírus, exceto os vírus da rubéola e hepatite C, são arbovírus. Os flavivírus podem infectar células da linhagem monócito-macrófago. Anticorpo não neutralizante pode aumentar a infecção por flavivírus via receptores Fc nas células. DIAGNÓSTICO EPIDEMIOLOGIA DO YFV ZIKA VIRUS ZIKV A maioria das pessoas infectadas não desenvolvem manifestações clínicas; Vermelhidão ocular; Sintomas desaparecem de 3 a 7 dias; Abortos; Microcefalia; MALFORMAÇÕES FACIAIS Vírus Zika (ZIKV), agente etiológico transmitido por fêmeas dos mosquitos do gênero Aedes aegypti. As formas de transmissão do vírus documentadas, além da vetorial, são: sexual, pós-transfusional e vertical (transplacentária). Estudos recentes indicam que mais de 50% dos pacientes infectados por Zika tornam-se sintomáticos. O período de incubação da doença varia de 2 a 7 dias. Na maioria das vezes, a doença é autolimitada, durando aproximadamente de 4 a 7 dias, podendo estar acompanhada comumente das seguintes manifestações: febre baixa (≤38,5oC) ou ausente, exantema (geralmente pruriginoso e maculopapular craniocaudal) de início pre- coce, conjuntivite não purulenta, artralgias, edema periarticular, cefaleia, linfonodomegalia, astenia e mialgia. EPIDEMIOLOGIA MALFORMAÇÕES O primeiro trimestre da gestação possui as principais alterações embriológicas de migração. Teratogênico; Não está presente no STORCH. Numa pessoa hígida, não causa muito dano estrutural, dependendo mais do nível do sistema imune. Já durante o desenvolvimento embrionário, os danos são maiores devido ao tropismo do vírus às células de tecidos específicos, como no cérebro, olho, etc. Zika se mantém um tempo nos testículos, tendo também afinidade pela vagina e pelo útero. Síndrome de Zika congênita : fenótipo de disrupção do crescimento sequencial cerebral (raramente descrito antes de 2015), córtex cerebral fino com calcificações cerebrais subcorticais, atrofia corioretiniana afetando a mácula, contraturas congênitas, hipertonia precoce com sintomas extrapiramidais. Dengue Virus (DENV) Período de Incubação: Varia de 3 a 15 dias, sendo em média de 5 a 6 dias. Dengue clássico (DC) – a primeira manifestação é a febre alta (39° a 40°C), de início abrupto, seguida de cefaleia, mialgia, prostração, artralgia, anorexia, astenia, dor retroorbital, náuseas, vômitos, exantema, prurido cutâneo. Hepatomegalia dolorosa pode ocorrer, ocasionalmente, desde o aparecimento da febre. Febre hemorrágica da dengue (FHD) – os sintomas iniciais são semelhantes aos do DC, porém há um agravamento do quadro, geralmente entre o 3 ou 4 dia de evolução, com aparecimento de manifestações hemorrágicas e colapso circulatório. A fragilidadecapilar é evidenciada pela positividade da prova do laço. CARACTERÍSTICAS − Imunidade ao sorotipo da infecção é permanente; − Maior risco em episódios subsequentes; − A febre diminui ou desaparece entre 3º e 7º dias da doença; − Período crítico! − Sinais de alarme em hemorragias; − Controle dos sintomas; − Hidratação; − Não tomar medicamentos que alterem processos de coagulação; − Anti-inflamatórios e medicamentos hepatotóxicos devem ser evitados; Para o vírus da dengue, uma reinfecção com outra cepa pode resultar na febre hemorrágica da dengue (DHF) grave, que pode causar a síndrome de choque da dengue (DSS) em consequência da perda de líquidos através dos vasos Paracetamol causa a diminuição dos principais fatores de coagulação que são produzidos no fígado, diminuindo suas atividades. Os indivíduos infectados têm por três meses a cinco anos uma taxa significativa de anticorpos antidengue; se forem reinfectados com o mesmo subtipo do vírus não terão a doença, mas se a reinfecção for com outro subtipo, a doença poderá manifestar-se como dengue hemorrágica Aspectos laboratoriais HEMOGRAMA DA DENGUE • Leucopenia variável, abaixo de 4000/mm3 ; • Linfócitos atípicos: 60 a 80%; • Plaquetopenia intensa na dengue hemorrágica; • Elevação do hematócrito na dengue hemorrágica. BIOQUÍMICA DA DENGUE • Alterações dos testes de coagulação (TP e TTPA); • Aumento da uréia e creatinina; • Diminuição do complemento C3. DIFERENÇAS ENTRE OS TIPOS: DEN-1: pouco agressivo ao fígado DEN-2: agressivo ao fígado, causando discretas alterações dos fatores de coagulação e provoca hemorragia leve. DEN-3: muito agressivo ao fígado, causando acentuadas alterações dos fatores de coagulação e provoca hemorragia gravíssima. DEN-4: poucas informações sobre sua patogenicidade PLAQUETOPENIA NA DENGUE Há evidências de que a plaquetopenia se deve à ação auto imune causada por anticorpos induzidos pela infecção do vírus da dengue. Apesar de a interação da NS1 com macrófagos e células endoteliais já ter sido demonstrada, sua habilidade em ativar plaquetas ainda é desconhecida. Nesse estudo, plaquetas de voluntários saudáveis foram estimuladas com NS1 do DENV2 recombinante e a resposta plaquetária foi observada, sendo altamente reativa e sendo suprimida sua produção. Alfa-Virus Chikungunya ESTRUTURA DO VÍRION: − Envelope − Componentes − Membrana − Lipídios − Proteínas − Glicoproteínas − Propriedades* É ambientalmente instável — é rompido pelo seguinte: − Ácido − Detergentes − Ressecamento − Calor − Modifica a membrana da célula durante a replicação − É liberado por brotamento e pela lise celular − Consequências* − Deve permanecer “úmido” − Não pode sobreviver ao trato gastrointestinal − Dissemina-se em grandes gotas, secreções, transplantes de órgãos e transfusões de sangue − Não precisa matar a célula para se disseminar − Pode necessitar de anticorpo e resposta imune mediada por células para proteção e controle − Desencadeia hipersensibilidade e inflamação para causar imunopatogênese FIGURA 52-2 Replicação de um togavírus. 1, Togavírus se ligam a receptores celulares e são internalizados em uma vesícula coberta. 2, Na acidificação do endossomo, o envelope viral se funde com a membrana do endossomo para liberar o nucleocapsídeo dentro do citoplasma. 3, Ribossomos se ligam ao genoma do ácido ribonucleico (RNA) de sentido positivo e as proteínas precoces p230 ou p270 (de comprimento inteiro) são feitas. 4, As poliproteínas são clivadas para produzir proteínas não estruturais 1 a 4 (NSP1 a NSP4), que incluem uma polimerase para transcrever o genoma em um molde de RNA de sentido negativo. 5, As enzimas de replicação reúnem-se sobre suportes da membrana celular e o molde é usado para produzir um genoma de RNAm de sentido positivo 42S, de comprimento inteiro, e depois um RNAm 26S para as proteínas estruturais. 6, A proteína do capsídeo (C) é traduzida, em primeiro lugar, e clivada. Um peptídeo sinalizador é exposto, o peptídeo associa-se ao retículo endoplasmático 7, onde as glicoproteínas E são sintetizadas e glicosiladas. Elas são transferidas para o aparelho de Golgi e, posteriormente, para a membrana plasmática. 8, As proteínas do capsídeo fazem a automontagem com o RNA genômico 42S e então se associam com regiões das membranas citoplasmática e plasmática contendo espículas de proteínas E1, E2 e E3. 9, Brotamento a partir da membrana plasmática libera o vírus. AAA, poliadenilato; RNAm, ácido ribonucleico mensageiro. FATORES DE VIRULÊNCIA Proteínas não estruturais (nsP1, nsP2 e nsP3) atuam em conjunto para inibição do mecanismo de transcrição do hospedeiro Fase Aguda: febre alta de início súbito (>38,5oC) e surgimento de intensa poliartralgia, geralmente acompanhada de dorsalgia, exantema, cefaléia, mialgia e fadiga, com duração variável. Afeta todos os grupos etários e ambos os sexos. Essa fase pode durar de dias a algumas semanas. Fase Pós-Aguda: a febre desaparece, mas existem relatos de recorrência. Pode haver melhora da artralgia (com ou sem recorrências) persistência ou agravamento. Podemos ainda encontrar astenia, recorrência do prurido generalizado e exantema maculopapular, além do surgimento de lesões purpúricas. Caso os sintomas persistam por mais de 3 meses após o início da doença, estará instalada a fase crônica. Fase Crônica: persistência ou recorrência dos sinais e sintomas, principalmente dor articular, musculo- esquelética e neuropática, sendo esta última muito frequente nessa fase. A prevalência da fase crônica é bastante variável, podendo atingir mais de 50% pacientes. TRATAMENTO Não há tratamento antiviral específico para Chikungunya. A terapia utilizada é analgesia e suporte. É necessário estimular a hidratação oral dos pacientes. Dores intensas nas articulações dos pés, mãos, tornozelos, punhos e joelhos; Causa sequelas em alguns casos – Artrite Reumatoide.
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