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Fisioterapia Ortopédica 1: Terminologias ortopédicas: Tendões: são poucos vascularizados e sua regeneração é baixa; são compostos por fibras de colágeno na mesma direção e arranjadas. Quando acometidos suas fibras desalinham e tornam ineficaz a força. · Tendinite: processo inflamatório localizados nos tendões · Tendinose: processo degenerativo tendinoso · Tenossinovite: processo inflamatório da membrana sinovial que recobre o tendão Entésio: É a zona de inserção das fibras tendíneas, ligamentares ou capsulares nos ossos. · Entesite: processo inflamatório no ponto de inserção de um músculo e causa sinais inflamatórios no tecido de transição da inserção. Cartilagem: é uma forma de tecido conjuntivo mais rígido que possui uma cicatrização lenta por ser avascular, é branco ou acinzentado, aderente às superfícies articulares dos ossos. · Osteoartrite/osteoartrose: desgaste da cartilagem ou degeneração e tardiamente pode gerar o desgaste ósseo. Ossos: O osso é uma estrutura formada por tecido ósseo, um tipo de tecido conjuntivo muito rígido caracterizado pela presença de cálcio, fibras de colágeno e proteoglicanas. · Osteomielite: processo infeccioso do tecido ósseo por agente viral ou bacteriano; muito comum em fraturas externas que causa a exposição do osso ao meio externo. · Pioartrite: processo infeccioso articular. · Anquilose: fusão patológica de uma articulação, ocorrendo a calcificação de dois ossos que se articulam. · Fratura: toda e qualquer solução (perda) de continuidade do tecido ósseo. · Consolidação viciosa: consolidação do osso com desvio (desalinhada). · Necrose avascular: morte do componente celular ósseo resultante de isquemia; mais comuns no talús (tornozelo); escafoide (punho) e cabeça do fêmur. · Pseudoartrose: é a não consolidação de uma fratura, caracterizado por instabilidade no foco da fratura, gerando uma “falsa articulação”. Articulações sinoviais: realizam a comunicação entre uma extremidade óssea e outra, garantindo-lhe movimento, e são compostas de cartilagem que revestem as extremidades ósseas, ligamentos, líquido sinovial, cápsula articular. · Sinovite: processo inflamatório da sinóvia (membrana que recobre a articulação) e produz liquido sinovial de maneira exacerbada; pode ser causada por trauma, degeneração, inflamação e etc. · Luxação: completa e persistente perda de contato entre as superfícies articulares, sem retorno espontâneo, com comprometimento mínimo da cápsula articular e completa lesão ligamentar. · Subluxação: perda de contato parcial e pode ter retorno espontâneo no momento do trauma. · Fratura-luxação: ocorrência simultânea de ambas. Fisioterapia traumatológica: Podem tratar: lesões ligamentares, rupturas tendíneas, fraturas, lesões musculares, luxações. Osso: tem como funções o suporte para músculos e outros tecidos; movimentação entre articulações; proteção para o encéfalo, medula e órgãos torácicos; reserva de minerais contendo cerca de 97% de cálcio; além de promover a hemopoiese, armazenamento de células sanguíneas embrionárias, localizadas na medula óssea. · Epífise: proximal ou distal. · Diáfise: porção medial do osso. · Linha epifisária: crescimento ósseo. · Endosteo: membrana interna. · Periósteo: membrana externa e inervada. Diagnóstico de fratura: por trauma; por fadiga ou patológicas. Sinais clínicos: · Dor · Impotência funcional · Hematoma · Deformidade · Mobilidade anormal Consolidação da fratura: 1. Fase de indução: inicia-se no momento do trauma A fratura causa o rompimento de vasos e consequentemente uma hemorragia local. O sangue pode permanecer contido pelo periósteo ou inundar tecidos. 2. Fase inflamatória: inicia-se 2 dias após a fase de indução Infiltração de células inflamatórias nos tecidos, podendo ser originadas do osso ou circulatórias. Os osteoclastos (realizam a remodelação óssea) iniciam a reabsorção de células óssea necrosadas. Sinais de vasodilatação e hiperemia. 3. Fase de proliferação periosteal e endosteal: ocorre simultaneamente com a fase inflamatória e pode durar de 2 a 12 dias. Dano tecidual gera a proliferação e estimulação de células jovens, renovando as células ósseas, formando tecido fibroso. 4. Estágio de calo mole: evidente após a 1° semana e pode durar vários meses. Aumento de osteoblastos (síntese óssea) e condroblastos (síntese cartilaginosa), iniciando a produção de cartilagem e estabilizando a região da fratura. 5. Estágio de calo duro: inicia-se na 1° semana e pode durar meses. A ação dos osteoblastos estimula o deposito de matriz óssea na fratura 6. Fase de remodelação: dura meses ou anos. Substituição do tecido mole imaturo por tecido ósseo maduro pela atividade osteoclástica e osteoblásticas. Classificação: · Quanto a integridade da pele: · Aberta: exposição do osso · Fechada: sem lesão de pele · Quanto a localização: · Epífise: extremidades · Placa de crescimento (crianças) · Metáfise: área intermediária · Diáfise: corpo do osso · Intra-articulares: dentro da cápsula · Quanto ao traço da fratura: · Transverso: Causada por trauma direto · Cominutiva: Envolve mais de três fragmentos em um mesmo foco da fratura · Obliqua ou espiral: Trauma indireto, com ou sem trauma rotacional; fratura apresenta uma linha diagonal. · Dupla ou segmentada: Dois segmentos são divididos · Quanto a estabilidade: · Estáveis: fraturas não completas e transversais, os fragmentos se mantém em contato ósseo pela contração dos músculos · Instáveis: fraturas completas e que permitem movimentação dos fragmentos. · Quanto ao deslocamento/desvio: · Deslocadas: perde o alinhamento ósseo. · Sem desvio. Tempo de consolidação: fatores que determinam a boa cicatrização. · Aspecto mecânico: depende da estabilidade do foco da fratura, mobilidade de fragmentos não tem boa recuperação. · Aspecto biológico: o osso fraturado precisa de vascularização para ocorrer o processo. Fatores que influenciam: · · Idade · Condição nutricional · Doenças associadas · Infecção no foco da fratura · Grau de perda óssea · Imobilização · Fratura intra-articular · Malignidade local · Mecanismo de lesão · Influência hormonal Princípios do tratamento: Redução: · Aberta ou fechada Imobilização: · Gesso, tala ou enfaixamento Trações: · Cutâneas ou esqueléticas para reposicionar Osteossínteses: procedimento cirúrgico · Internas – interfragmentar; de suporte e tutores · Externas – fixadores externos Osteossínteses internas: · Interfragmentar: o parafuso atravessa o foco da fratura para estabilizar o fragmento. · De suporte: é colocado uma placa metálica e parafusos que estabilizam o segmento distal e proximal. · Tutores (haste intramedular): haste metálica que é colocada em fraturas de diáfise e fica localizada na cavidade medular. Proporciona a rápida descarga de peso. Osteossínteses externas: Fixadores: utilizados em fraturas graves com perda óssea, mesmo objetivo da osteossíntese de suporte. Linear: em uma face Circular: estabiliza tridimensionalmente, para fraturas múltiplas em vários traços. · Ilizarov: mantém um osso em alta estabilização (até perdas ósseas); permitindo a descarga de peso na 1°semana, onde o peso é difundido pelas estruturas circulares · Consolidação por indução: é mantido o periósteo · Por contato ósseo · Alongamento e transporte Reabilitação hospitalar: Depende do: · · Local fraturado · Cirurgia e imobilização · Tração ou fixadores · Lesões associadas · Condições gerais Objetivos: · Manutenção do tônus e trofismo do membro afetado ou contralateral. Contra indicação: infecção. · Preservação da mobilidade nas articulações · Prevenção de deformidades · Prevenção de escaras e ulceras · Fortalecimento · Prevenir distúrbios circulatórios Tratamento: · Movimentação passiva e ativa assistida nas articulações não afetadas · Exercícios isométricos e ativos leves para músculos permitidos · Eletroestimulação · Fortalecimento muscular de MMSS · Mobilizações articulares Reabilitação ambulatorial: Depende do: · Tratamento (conservador ou cirúrgico) · Consolidação · Local da fratura Possíveis complicações:· Lesões capsulo-ligamentares associadas · Lesões vasculares e nervosas · Ferimentos extensos ou perdas teciduais · Artrofibrose: contenção da capsula articular gera formação de tecido fibroso que limita os movimentos. Doença da fratura → eletrotermofototerapia → aceleração da consolidação. Sequelas do imobilismo (disfunções) → eletrotermofototerapia → cinesioterapia → reeducação sensório motora. Efeito piezoelétrico: consiste em respostas biológicas do estimulo mecânico que provoca a ativação de canais iônicos mecanossensíveis pela mudança de polaridade, principalmente de potássio e cálcio, sendo mais absorvidos. A descarga de peso na fratura potencializa a cicatrização óssea por esse efeito. Fases da consolidação: · Fase inicial: até a fase 3 inflamatória; imobilização e restrição total do segmento. · Fase intermediária: fase 4 e 5; descarga de peso (bipodal) e durante a marcha utilizar a muleta para dividir a carga; mobilizações articulares e descarga de peso total na fase 5. · Fase 5 avançada: descarga total de peso; atividades com sobrecarga; treino sensório motor. Disfunções ortopédicas do pé e tornozelo: Biomecânica do pé: Arcos do pé: Pronação e supinação do pé: · Excessivas podem sobrecarregar os ligamentos · Articulação Subtalar se adapta em superfícies estáveis · Ante pé e retro pé são hiperpronados · Ante pé valgo causa hipersupinação · Deformidades podem interferir na absorção de choque. Reabilitação das lesões de pé e tornozelo: Objetivos: · Diminuir a dor · Controlar o processo inflamatório · Auxiliar reparo tecidual · Ganho ou manutenção de ADM · Ganho de FM · Reestabelecer controle neuromuscular · Retorno as AVD’s Recursos para dor: crioterapia; eletroestimulação; laser; ultrassom; muletas para distribuir cargas; Cicatrização: laser; Ganho de ADM: mobilização articular, movimentação passiva e alongamentos; Ganho de FM: exercícios resistidos e com carga; Patologias: Fascite plantar: inflamação da fáscia plantar · Fáscia planar é um tecido pouco elástico que tem origem na tuberosidade do calcâneo e se insere na cabeça dos metatarsos. Tem como função estabilizar o arco plantar elevado e auxilia a propulsão do passo; auxilia biomecanicamente o m. gastrocnêmio para realizar a impulsão e pode ser considerado um alongamento do gastrocnêmio. · Sobrecargas nesse tecido levam a micro traumas e inflamação; cronicamente essa sobrecarga pode levar a inflamação/irritação que gera a formação de tecido ósseo devido a tração da fáscia na tuberosidade do calcâneo, denominado o esporão do calcâneo. Fatores intrínsecos: corredores; hiperpronação do pé; pé cavo rígido; tensão do tendão do calcâneo; Fatores extrínsecos: superfícies rígidas; calçados inadequados Quadro clinico: · Dor de início gradual e insidioso · Palpação na tuberosidade do calcâneo · Dor matinal e durante a dorsiflexão ativa e passiva Tratamento: · Controle inflamatório · Redução da tensão da fáscia · Uso de órtese noturna · Palmilhas Exercícios: · Alongamento de tríceps sural passivo ou ativo · Ganho de força muscular: · Resistencia durante os movimentos manuais ou com elásticos · Tornozeleira no pé em decúbito lateral para músculos fibulares · Paciente de pé em uma degrau estável e realiza uma dorsiflexão ativa · Exercícios para os músculos intrínsecos do pé (bolinha, elástico, pé de bailarina) · Treino sensório motor: · Bipodal ou unipodal · Carga e instabilidade (disco, prancha, balancim) Síndrome do túnel do tarso: · Compressão do nervo tibial posterior no túnel osteofibroso entre o retináculo dos flexores e o maléolo medial. · Principal causa da lesão é a hiperpronação do pé. Quadro clinico: · Queimação · Dor · Formigamento e dormência na região medial do pé que piora com carga · Sinal de tínel positivo · Fraqueza na flexão dos dedos Tratamento: · Controle inflamatório (US e laser) · Criomassagem · Uso de órteses · Cirurgia Neuroma de morton: · Tumor benigno causado por forças de cisalhamento nas cabeças dos metatarsos, mais frequentemente no 3° e 4°. Quadro clinico: · Sensação de queimação e choque no ante pé com irradiação para os dedos. · Piora com calçados · Teste positivo para neuroma de morton Tratamento: · Uso de coxim para afastamento dos metatarsos · Calçados com a parte anterior mais larga Disfunções traumáticas do tornozelo: Contusões: · Resultado de trauma ou impacto direto · Lesões da capsula sinovial, cartilagem e osso; · Dor, sinais inflamatórios e incapacidade funcional; Entorses: · 2° região mais atingida no esporte; · 10% dos atendimentos em ps de trauma; · Apresentam danos capsulares/ligamentares; · Mais comum em inversão; · Os ligamentos laterais são mais afetados conforme a sua capacidade de suportar a tensão em inversão; Lesões ligamentares: · São definidas pela intensidade do trauma e são classificadas de acordo com a gravidade; · Lesão de ligamento talofibular anterior mais comum em flexão plantar em inversão; · Lesão de calcâneo fibular mais comum em inversão em neutro; Lesão ligamentar grau I: leve ruptura de poucas fibras e pouco inflamação Lesão grau II: lesão moderada e com processo inflamatório Lesão grau III: ruptura total ou parcial de ligamentos com inflamação grave Lesões associadas: · Localizadas na articulação Subtalar · Lesão cartilaginosa que pode evoluir rapidamente para osteoartrose · Ruptura da sindesmose tibiofibular que gera aumento dos espaços ósseos; Tratamento cirúrgico: · Sutura dos ligamentos · Ligamentoplastia Tratamento conservador: · PRICE; · Restrição de carga e apoio (durante imobilização); · Controle da dor, edema e espasmo · Imobilização; Pós imobilização: · Eletroterapia · Descarga de peso progressiva · Ganho de ADM através de mobilização e alongamentos · Fortalecimento com resistência; cadeia cinética aberta; cadeia cinética fechada e ativo resistido; Fase final: · Descarga de peso · Fortalecimento avançado · Reeducação sensório motora · Solo instáveis · Criocinética Fase desportiva: · · Sensório motor avançado · Saltos e aterrisagem · Corridas · Alongamentos · Treino de gesto esportivo · Movimento especifico do esporte Ruptura de tendão calcâneo: · Secundária a tendinose: alterações vasculares; degeneração ou uso de corticoides; · Contração excêntrica forte provoca ruptura com sensação de estalo audível; · Força diminuída, edema, dor e defeito palpável. Tratamento conservador: · Tempo de imobilização maior de 12 semanas e maior período de tratamento para retorno as avd’s. Tratamento cirúrgico: · Imobilização pós cirúrgica de 21 dias aproximadamente; mobilizações articulares podem ser feitas nos primeiros dias de P.O; Fases do tratamento: Inicial: · Controle da inflamação · Estimular cicatriz flexível e prevenir aderências · Exercícios isométricos com ADM protegida Intermediária: · Aumento da ADM indolor · Mobilização miofascial · Alongamentos de tríceps sural · Descarga parcial de peso · Exercícios isotônicos · Propriocepção com descarga parcial Final: · Fortalecimento · Alongamento · Exercícios concêntricos e excêntricos com peso corporal · Treino proprioceptivo com peso corporal e planos instáveis · Corrigir alterações biomecânicas Fraturas de tornozelo e perna: · Fraturas – luxações são frequentes · A lesão depende da intensidade do mecanismo de trauma · Dor + incapacidade funcional + edema Causas: · Quedas (de altura) · Entorses graves · Acidentes As mais frequentes são as fraturas maleolares causadas por entorses Podem gerar: instabilidade articular; limitação de movimentos; incongruência articular; artrose secundária; Mecanismos de trauma: · Intensidade do movimento e direção do trauma · Atividade no momento da lesão · Trauma direto: em cadeia cinemática aberta · Trauma indireto: em cadeia cinemática fechada Mecanismo de lesão: Inversão: · Talus se movimenta medialmente e impacta-se com o maléolo lateral; ocorrendo o rompimento dos ligamentos laterais; · Não ocorre o rompimento dos ligamentos laterais e gera uma fratura por avulsão na fíbula; Eversão: · Talus se movimenta lateralmente em direção ao maléolo fibular fraturando porimpacto; gerando rompimento dos ligamentos mediais; · Caso os ligamentos mediais não se rompam, gera uma fratura por avulsão no maléolo lateral da tíbia; · O rompimento do ligamento tibiofibular gera lesão da sindesmose tibiofibular e aumenta o espaço ósseo; Fraturas diafisárias de tíbia e fíbula: · Causada por traumas diretos e indiretos; · O prognóstico depende do grau de deslocamento; · Tratada por imobilização por aproximadamente 8 semanas; Complicações: · Infecção; rigidez articular; lesões nervosas e vasculares; Fraturas de pé: · Retro pé: talus e calcâneo · Médio pé: navicular, cubóide e cuneiformes · Ante pé: metatarsos e falanges Fraturas mais comuns: · Fraturas do tálus: o tálus é um osso irregular; recoberto por cartilagem; nutrido por ramos das artérias tibial anterior, posterior e fibular; não possui inserção muscular. · Mecanismo de dorsiflexão forçada e rotação de tornozelo e é classificada de acordo com a localização da fratura: cabeça, corpo e colo do tálus; · Fraturas de calcâneo: mais comum em quedas por altura · Relativamente comuns em jovens ativos; é comum o alargamento do calcâneo; carga total após a oitava semana; · Fratura luxação de lisfranc: ocorre nas articulações tarso-metatarsianas · Tratamento cirúrgico; descarga de peso somente após o terceiro mês · Mecanismo de inversão ou eversão associada à forças rotacionais em relação ao eixo; pode gerar lesão vascular da artéria tibial posterior e pode levar a síndrome compartimental; Anatomia de joelho: Articulação sinovial composta do tipo bicondilar, realizando movimentos de flexão e extensão (tipo gínglimo) e também certo grau de rotação medial e lateral. Envolve três ossos: fêmur, tíbia e patela. Os côndilos do fêmur se articulam com a tíbia e a face patelar do fêmur recebe a patela durante a extensão. Ligamentos: · Ligamento cruzado anterior: se origina na eminência intercondilar da tíbia e se insere na face interna do côndilo femoral lateral. Possui função de estabilizar o joelho em extensão, impedir a anteriorização da tíbia, rotação externa anormal, controlar a hiperflexão, rotação interna e mobilidade lateral. · Ligamento cruzado posterior: origina-se na eminencia intercondilar cruzando por trás do ligamento cruzado anterior e inserção na face interna do côndilo femoral medial. Possui função de estabilizador do joelho quando flexionado e impede o deslizamento posterior da tíbia. · Ligamento colateral medial: insere-se na região do epicôndilo femoral medial e possui com função a estabilização látero-lateral em extensão. · Ligamento colateral lateral: localizado no epicôndilo lateral femoral até a cabeça da fíbula. Possui a mesma função do ligamento colateral medial. Meniscos: estruturas semicirculares de fibrocartilagens, localizados no centro do joelho. Tem como função: amortecer, lubrificar, estabilizar, distribuir cargas e melhoram o encaixe entre o fêmur e a tíbia. Movimentos dos meniscos: Embora o movimento de rolamento dos côndilos do fêmur durante a flexão e a extensão seja limitado (convertido em rotação) pelos ligamentos cruzados, há algum rolamento, e o ponto de contato entre o fêmur e a tíbia move-se posteriormente com a flexão e retorna anteriormente com a extensão. Além disso, durante a rotação do joelho, um côndilo femoral move-se anteriormente sobre o côndilo da tíbia correspondente enquanto o outro côndilo do fêmur move-se posteriormente, girando em torno dos ligamentos cruzados. Os meniscos devem ser capazes de migrar sobre o platô tibial quando os pontos de contato entre o fêmur e a tíbia se modificam. Músculos do joelho: · Flexores: os primários são: isquiotibiais, semitendineo, semimembranoso e bíceps femoral; os acessórios da flexão são grácil, sartório, gastrocnêmio e poplíteo. · Extensores: quadríceps femoral · Rotação: medialmente são realizados por semitendineo, semimembranoso, poplíteo, grácil e sartório; lateralmente é realizado pelo bíceps femoral. Ângulo Q: O ângulo Q é o ângulo formado entre o músculo quadríceps e o tendão da patela. Ele é mensurado desenhando duas linhas imaginárias; uma das linhas é formada da espinha ilíaca ântero-superior até o ponto médio patelar; e a outra linha, que cruza a primeira, descendo do meio da patela até a tuberosidade da tíbia. O ângulo Q mais eficiente para a função do quadríceps é aquele próximo de 10 graus. Porém, nas mulheres, é necessário que o fêmur desvie medialmente em um ângulo maior para tornar a extremidade distal dos côndilos paralelos ao solo, pois as mulheres tem a pelve mais larga. O valor ideal do ângulo Q para os homens são 13 graus, variando entre 10 a 14 graus, e para as mulheres são 18 graus, variando entre 15 a 17 graus. · Valgo: desvio medial aumentado da extremidade distal; · Varo: desvio lateral da extremidade distal; Causas do aumento do ângulo Q: · Valgo · Anteversão femoral excessiva · Torsão tibial medial · Tuberosidade da tíbia lateralmente · Músculo vasto medial debilitado · Patela alta Patologias: Plica sinovial: Resquícios dos septos intra-articulares embrionários, que na 12° semana de gestação iniciam sua involução, podendo apresentar-se com forma e tamanho variável. Etiologia: · 50 a 60% da população possuem plicas sinoviais assintomáticas; Fisiopatologia: · Após uma agressão/trauma, ocorre uma hipertrofia e perda de elasticidade da plica; · Iniciando o atrito com as estruturas vizinhas, gerando uma sinovite. Quadro clínico: · Dor e edema localizado (infra, médio ou supra patelares); · Dores que pioram com a flexão do joelho; · Traumas prévios; · Dolorosa a palpação; · Bloqueio articular na flexão; Tratamento: · Repouso inicial e utilização de anti-inflamatórios · Artroscopia Fisioterapia: · Analgesia e recursos inflamatórios · Extensibilidade muscular do aparelho extensor Pós operatórios: · Descarga total de peso após 10 dias · Analgesia · Otimizar a cicatrização · ADM e extensibilidade Condromalácia patelar: Afecção da cartilagem articular patelofemoral Etiologia: · Mais frequentemente em adolescentes do sexo feminino e idiopáticas; Fisiopatologia: · Hiperpressão patelar, traumatismos, cirurgias prévias, pós-fraturas, alterações anatômicas ou afecções sinoviais. Classificação: Grau I: amolecimento e inchaço Grau II: fragmentação e fissuras numa área de 0,5 polegadas ou menor Grau III: fragmentação e fissuras numa área de 0,5 polegadas ou maior Grau IV: erosão da cartilagem até chegar ao osso Quadro clínico: Dor anterior de joelho em atividades como agachar, subir escadas, pedalar; Presença de crepitações aos movimentos de flexão e extensão; Responde aos testes de provocação (compressão patelar e teste de zooler); Crepitações aos movimentos de flexão e extensão; Frequentemente relacionada ao mau alinhamento e posicionamento do aparelho extensor de joelho, constatadas em Raio-x axial e perfil. Tratamento: · Shaving (raspagem cirurgica) · Patelectomia (osteartrose): retirada parcial ou total da patela. · Elevação do tubérculo tibial · Antiinflamatórios Fisioterapia: · Analgesia · Normalização do processo inflamatório · Alinhamento do aparelho extensor · Restabelecimento da extensibilidade dos extensores de joelho · Reequilíbrio muscular · Reeducação proprioceptiva Bursites de joelho: inflamação de bolsas ao redor da articulação do joelho · Bursa é uma estrutura preenchida com líquido sinovial, que existe entre a pele e o tendão ou entre o tendão e o osso. Sua principal função é reduzir o atrito entre essas estruturas durante o movimento. A mais frequente é a bursite pré-patelar; Fisiopatologia: · Causada por movimentos repetitivos, compressão e/ou trauma; · Podem ocorrer em traumas diretos em quedas, posição agachada ou ajoelhado de maneira repetitiva ou subir e descer escadas frequentemente; Quadro clínico: · Edema localizado e dor local á palpação ou compressão, de acordo com a localização da bolsa comprometida; · Pode haver hiperemia e hipertemia local; · Na palpação se percebe uma resistência de caráter esponjoso; · A dor piora ao esforço da articulação que aumente a pressão sobre a bolsa; Tratamento:· Inicialmente, repouso e afastamento das atividades causais por um período; · Drenagem e aspiração da bursa; · Infiltrações cirúrgicas; · Remoção cirurgica da bursa inflamada; Fisioterapia: · Analgesia; · Resolução e controle do processo inflamatório; · Normalização da tensão muscular dos músculos da coxa · Reeducação sensório motora e da marcha (caso haja desvio compensatório) Tendinoses de joelho: inflamação local das inserções musculares e tendinosas Mais comum nos tendões infrapatelar, isquiotibiais, trato iliotibial e na pata de ganso. Fisiopatologia: Causada por excesso de uso, trauma direto, sobrecarga e/ou estiramento; Instala-se o processo inflamatório em resposta à agressão sofrida; Apresenta períodos inflamatórios; É caracterizada como degenerativa com alterações de síntese de colágeno; Quadro clínico: Dor local a palpação e esforço; Manifesta-se aos testes de força muscular; Tratamento: Conservador buscando a prevenção e na fase aguda realizar repouso e uso de anti-inflamatórios Fisioterapia: Analgesia; Reequilíbrio muscular; Condicionamento físico; Reeducação postural e de marcha; Fratura de platô tibial: o platô tibial tem como função os movimentos de flexão e extensão, inserção dos ligamentos cruzados do joelho e meniscos. · Geralmente são cominutivas e representam 1% das fraturas; · Pode acometer apenas um côndilo ou ambos; Fisiopatologia: O mecanismo de trauma é longitudinal de alta intensidade, associado a flexão ou varo/valgo; Apresenta maior incidência no platô lateral por ser mais alto e convexo que o medial, mais suscetível ao trauma. Quadro clinico: Dor e edema; Hemartrose; Síndrome compartimental: leva a necrose nos componentes por extravasamento de sangue e pressão; Bolhas; Exposição óssea (em casos de fratura exposta); Podem ocorrer lesões articulares associadas; Tratamento: Conservador: pode ser indicado para fraturas estáveis; Cirúrgico: Indicado para fraturas com deslocamento articular, desvios e instabilidade ligamentar; Complicações: Rigidez articular; Osteoartrose; Deformidade articular; Instabilidade articular; Infecção; Encurtamento por perda óssea; Fisioterapia: Primeira fase: controle da dor e do processo inflamatório (1ª semana de pós operatório); Mobilização passiva precoce e indolor; Uso de brace com articulação deve ser feito com extensão total do joelho e deve ser utilizadas muletas por seis semanas sem carga sobre o membro afetado; Fortalecimento de quadríceps através de eletroterapia e exercícios isométricos; Segunda fase: mantém se os cuidados da primeira fase e engloba os alongamentos de membro inferior (2ª a 6ª semana de pós operatório); Exercícios de fortalecimento para estabilização da musculatura global; Técnicas de facilitação proprioceptiva; Propriocepção Terceira fase: progressão do fortalecimento de bilateral para unilateral (6ª a 12ª semana de pós operatório); Treino de marcha; Quarta fase: fortalecimento avançado e início da pliometria (13ª a 20ª semana); Exercícios de fortalecimento dos grandes grupos musculares do membro inferior com carga, de acordo com a tolerância do paciente; Treino de marcha; Exercícios pliometricos de acordo com a evolução do paciente; Quinta fase: retorno à prática do esporte ou alta (21ª a 24ª semana); Iniciar o treino do gesto esportivo; Aumento progressivo do fortalecimento muscular, condicionamento aeróbio e treino de flexibilidade de acordo com a modalidade esportiva; Fraturas de patela: a função da patela é auxiliar a extensão e aumentar a alavanca; · Ocorre 2x mais no sexo masculino com idade média de 48 anos · A flexão é o movimento mais comprometido; Fisiopatologia: O principal mecanismo de trauma é direto, com o joelho fletido entre 45 e 65 graus; Pode ocorrer por contração intensa do quadríceps por mecanismo indireto; Classificação: Quadro clínico: Dor e edema; Hemartrose; Fragmentos na palpação; Complicações: Rigidez do joelho; Infecção; Síndrome compartimental; Osteoatrose; Tratamento: Conservador: é indicado para fraturas com deslocamentos menores de 3mm por meio de órtese ou gesso por 4 a 6 semanas, com o joelho em extensão; Cirúrgico: patelectomia; Fisioterapia: Controle da dor e edema; Exercícios de contração isométrica do quadríceps são estimulados no pós-operatório imediato e a marcha com apoio de muletas; A mobilização passiva do joelho pode ser iniciada no pós-operatório imediato, limitada a 60º de flexão por um mês. (Sbot, 2008); Alongamentos passivos (flexores e extensores do joelho); Fraturas de fêmur distal: considerar o local da fratura, o tipo e as lesões associadas; Fisiopatologia: Causado por trauma direto de alta intensidade com o joelho fletido ou trauma de compressão associado a rotação; Classificação: Tipo A: extra articular; Tipo B: unicondilar; Tipo C: bicondilar; Tipos da fratura: Tratamento: Conservador: imobilização gessada por 4 a 6 semanas e com descarga parcial; Cirúrgico: evita complicações e facilita a mobilização precoce e no caso de osteossíntese possibilita a descarga de peso. Fisioterapia: Avaliar individualmente cada caso, tipo de fratura, local, lesões associadas e o tempo de imobilização; Na fase de consolidação: utilizar eletroterapia e US para analgesia e reparação óssea Manobras e mobilizações passivas para manutenção da ADM; Descarga de peso parcial ou total Fortalecimento muscular (inicialmente por eletroterapia e exercícios isométricos); Treino de marcha e proprioceptivo Lesões ligamentares: Fisiopatologia: Pode ser por trauma direto ou forças rotacionais (em pivot), quando realizado giro em próprio eixo; · Podem ser isoladas ou combinadas; Classificação: Lesões agudas: geram dor e incapacidade, derrame articular e Hemartrose; Lesões crônicas: Ocasionam hipotrofia da musculatura do quadríceps; Falseio e deslocamentos; sinovites de repetição; Complicações: Inibição muscular artogênica: redução da eficiência do aparelho extensor; Receptores ligamentares: informam a medula sobre a movimentação dinâmica e contração, o rompimento do ligamento diminui essa função e podem gerar episódios de falseio e diminuir o tempo de reação; Tratamento: Conservador: 50% de chance de recuperação e evoluem bem sem cirurgia; Objetivos: · Resolução de edema, restauração da ADM e força muscular Cirúrgico: Ligamentoplastia onde ocorre a substituição do ligamento por um enxerto (tendão patelar ou semitendineo); Enxertos: · Tendão patelar: é retirado com blocos ósseos da patela que facilitam a fixação, déficit do aparelho extensor e tendinite patelar; · Tendão do semitendineo: método mais utilizado atualmente, não comprometendo o aparelho extensor; Reabilitação pós ligamentoplastia: Objetivos da fase inicial (1ª. A 3ª. Semana): Proteção máxima ao enxerto; Controle do estresse femorotibial; Respeitar os limites e maturação biológica do enxerto; Preservação de características motoras; Objetivos da fase intermediária (4ª. A 8ª. Semana): Progredir na ADM Prevenção da artrofibrose Marcha normal Aumentar carga de exercícios CCA e CCF Condicionamento cardiovascular Flexibilidade Objetivos da fase funcional (3 a 5 meses): Trote e corrida com aumento da velocidade Aumento da carga do fortalecimento Treino pliométrico Propriocepção avançada Objetivos da fase de retorno ao esporte (5 a 8 meses): Treino do gesto esportivo Simulação de situações de risco Aumento da capacidade cardiovascular Retorno gradual ao esporte Critérios de retorno ao esporte ou alta: Sem processo inflamatório ADM normal Velocidade de reação normal Ausência de falseios ou receios Duração do tratamento: Protocolo acelerado: 4 a 6 meses Protocolo intermediário: 6 a 8 meses Protocolo convencional: 8 a 12 meses Lesões de meniscos: os meniscos são fibrocartilagem em formato semilunar com propriedades viscoelásticas e tem como função o suporte de carga, aumento da estabilidade e congruência articular, além da lubrificação e nutrição articular; Classificação e fisiopatologia: Podem ser classificadas como traumáticas, degenerativas e congênitas; A lesão pode ocorrer na zona avascular ou zona branca (borda medial domenisco), onde não há boa cicatrização ou na zona vascular ou vermelha (região lateral do menisco), tem boa cicatrização e pode ser feita a sutura meniscal; Tipos de lesão: Sinais e sintomas: Dor localizada na interlinha articularExtensão: bloqueio articular indica lesão no corno anterior; Flexão: bloqueio articular indica lesão no corno posterior; Bloqueios nas lesões agudas; Sinovites de repetição; Hipotrofia de quadríceps; Episódios de falseio; Tratamento cirúrgico: Menisectomia total: cirurgia aberta; não utilizada atualmente; retirada total do menisco acometido; Menisectomia parcial: Artroscopia e com retirada apenas da área lesionada, mantendo a estrutura do menisco; Sutura meniscal: sutura na área lesionada do menisco, recuperação lenta; Transplante de menisco; Reabilitação pós menisectomia: Tem como objetivos gerais: · Alívio da dor e resolução do quadro inflamatório; · Ganho de ADM; · Recuperação das características musculares; · Manutenção da força, resistência e potência; · Reeducação Sensório Motora; Fase 1: pós operatória 1° semana Fase 2: readaptação funcional 2° semana Fase 3: propriocepção 3° semana Fase 4: retorno ao esporte ou alta 4° a 5° semana Reabilitação pós sutura meniscal: Tem como objetivos: · Proteção da sutura do menisco; · Aliviar a dor e inflamação; · Preservar ADM; · Prevenir artrofibrose; · Preservar ou ganhar ADM; · Manutenção de força, resistência e potência; · Condicionamento Físico; · Reeducação Sensório Motora; Fase 1: proteção máxima 1° a 3° semana Fase 2: readaptação média 4° a 10° semana Fase 3: readaptação avançada 11° a 15° semana Fase 4: retorno ao esporte ou alta 16° a 24° semana Anatomia do quadril: · É uma articulação tipo esférica formada pela cabeça do fêmur e acetábulo; Ligamentos: · Cápsula articular: é forte e espessa; envolve toda a articulação coxo-femoral; · Ligamento iliofemoral: é um feixe situado anteriormente, ligando o fêmur ao ilio, unido a capsula e serve para reforça-la; · Ligamento pubofemoral: insere-se na crista obturatória e no ramo superior da púbis; · Ligamento isquiofemoral: inicia-se no isquio e funde-se a capsula · Ligamento da cabeça do fêmur: insere-se no ápice da cabeça do fêmur e no acetábulo · Lábio acetabular: orla fibrocartiloginosa inserida na margem do acetábulo, aumentando o encaixe ósseo da cabeça do fêmur; Músculos do quadril: Glúteo máximo: extensão e rotação de quadril; Glúteo médio: abdução e rotação medial da coxa; Glúteo mínimo: abdução, rotação medial e flexão de quadril; Piriforme: abdução e rotação lateral da coxa; Gêmeo superior: rotação lateral da coxa Obturatório interno: rotação lateral da coxa; Quadrado femoral: rotação lateral e adução da coxa; · O quadril realiza movimentos de flexão, adução, abdução, exortação interna e externa nos 3 eixos, sagital, longitudinal e horizontal; Patologias: Artrose de quadril: grupo de condições que causam sintomas articulares, associados a integridade da cartilagem; · Ocorre no acetábulo: local onde há uma depressão côncava na pelve, onde insere-se a cabeça do fêmur, constituindo a articulação coxofemoral e possui uma cartilagem hidratada e avascular · Os fatores de risco podem ser a idade, alterações anatômicas e lesões traumáticas ou atraumáticas; Fisiopatologia: Inicia-se por um estresse mecânico ou sobrecarga na articulação, gerando um processo inflamatório que leva a destruição da matriz articular de maneira degenerativa e progressiva que resulta em edema e consequentemente dor articular; A artrose é dividida em: Primária: degenerativa e idiopática Secundária: associada a outros fatores Diagnóstico: Observa-se no raio x um aumento no espaço articular; Quadro clínico: Inflamação Crepitação Hipertrofia e/ou encurtamento Restrição e rigidez Deformidades Triplo varo (varo em tornozelo, joelho e quadril) · Avalia-se dor e função Tratamento conservador: Exercícios aeróbicos; fortalecimento muscular global; medicação e nutrição; Fisioterapia: · Liberação miofascial; · Fortalecimento de quadríceps e quadril; · Redução da dor; · Treino de marcha e postura; Impacto femoro-acetabular: é uma alteração morfológica óssea. O impacto em si é um conjunto de sinais e sintomas clínicos; Fisiopatologia: Ocorre por um bloqueio articular mecânico, que leva a micro traumas no labrum acetabular; Tipos de impacto: Pincer: cobertura aumentada do acetábulo, gerando o impacto com o fêmur; Cam: Deformidade que leva ao aumento do colo do fêmur, impactando com o acetábulo; Quadro clínico: Dor constante ou intermitente; Dor em virilha e na região do quadril; Adm comprometida; Tarefa por repetição da articulação; Tratamento cirúrgico: Artrotomia ou osteotomia acetabular 1 a 3 semanas: Analgesia; uso de muletas; prevenir contratura e inibição muscular; exercícios isométricos; não realizar extensão forçada de quadril; 9 a 12 semanas: Restaurar força; equilíbrio; propriocepção; +12 semanas: Retorno ao esporte (treino do gesto esportivo) ou alta; Fisioterapia: Alivio da dor: medicamentos, terapia manual; liberação miofascial Exercicios para controle e estabilidade muscular Fortalecimento Ganho de ADM Condicionamento físico Fratura de colo de fêmur: Comum em idosos e está relacionada a síndrome do imobilismo. Fisiopatologia: Força direta longitudinal, rotacional ou trauma direto no trocanter É intra capsular e o liquido sinovial pode atrasar a consolidação; Classificação da fratura: · Subcaptal: abaixo da cabeça do fêmur · Médio cervical: ponto médio do colo do fêmur · Basocervical: próximo ao trocânter Classificação por deslocamento da fratura: Grau I: Incompleta Grau II: Completa sem desvio Grau III: Desvio parcial Grau IV: Deslocamento total Complicações: Necrose avascular: rompimento da nutrição sanguínea na cabeça do fêmur, colo e região externa do fêmur; Inibição muscular artogênica: comum no pós operatório; Tratamento: Conservador: Indicado para fraturas com desvio até grau II · Com marcha após 4 meses, desde que haja pouca dor, inexistência de encurtamento e controle da rotação externa Cirúrgico: para fraturas com deslocamento parcial ou total, é realizada a artroplastia Precauções pós cirurgica: · Evitar extensão de quadril (não realizar passos longos) · Não ajoelhar ou agachar · Evitar posições de rotação externa · Cuidado ao levantar de lugares baixos Estresse mecânico Inflamação Edema e dor Degeneração da matriz
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