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Fisioterapia Ortopédica 1 e 2

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Fisioterapia Ortopédica 1:
Terminologias ortopédicas:
Tendões: são poucos vascularizados e sua regeneração é baixa; são compostos por fibras de colágeno na mesma direção e arranjadas. Quando acometidos suas fibras desalinham e tornam ineficaz a força. 
· Tendinite: processo inflamatório localizados nos tendões
· Tendinose: processo degenerativo tendinoso
· Tenossinovite: processo inflamatório da membrana sinovial que recobre o tendão
Entésio: É a zona de inserção das fibras tendíneas, ligamentares ou capsulares nos ossos.
· Entesite: processo inflamatório no ponto de inserção de um músculo e causa sinais inflamatórios no tecido de transição da inserção.
Cartilagem: é uma forma de tecido conjuntivo mais rígido que possui uma cicatrização lenta por ser avascular, é branco ou acinzentado, aderente às superfícies articulares dos ossos.
· Osteoartrite/osteoartrose: desgaste da cartilagem ou degeneração e tardiamente pode gerar o desgaste ósseo.
Ossos: O osso é uma estrutura formada por tecido ósseo, um tipo de tecido conjuntivo muito rígido caracterizado pela presença de cálcio, fibras de colágeno e proteoglicanas.
· Osteomielite: processo infeccioso do tecido ósseo por agente viral ou bacteriano; muito comum em fraturas externas que causa a exposição do osso ao meio externo.
· Pioartrite: processo infeccioso articular.
· Anquilose: fusão patológica de uma articulação, ocorrendo a calcificação de dois ossos que se articulam.
· Fratura: toda e qualquer solução (perda) de continuidade do tecido ósseo.
· Consolidação viciosa: consolidação do osso com desvio (desalinhada).
· Necrose avascular: morte do componente celular ósseo resultante de isquemia; mais comuns no talús (tornozelo); escafoide (punho) e cabeça do fêmur.
· Pseudoartrose: é a não consolidação de uma fratura, caracterizado por instabilidade no foco da fratura, gerando uma “falsa articulação”.
Articulações sinoviais: realizam a comunicação entre uma extremidade óssea e outra, garantindo-lhe movimento, e são compostas de cartilagem que revestem as extremidades ósseas, ligamentos, líquido sinovial, cápsula articular.
· Sinovite: processo inflamatório da sinóvia (membrana que recobre a articulação) e produz liquido sinovial de maneira exacerbada; pode ser causada por trauma, degeneração, inflamação e etc.
· Luxação: completa e persistente perda de contato entre as superfícies articulares, sem retorno espontâneo, com comprometimento mínimo da cápsula articular e completa lesão ligamentar.
· Subluxação: perda de contato parcial e pode ter retorno espontâneo no momento do trauma.
· Fratura-luxação: ocorrência simultânea de ambas.
Fisioterapia traumatológica:
Podem tratar: lesões ligamentares, rupturas tendíneas, fraturas, lesões musculares, luxações.
Osso: tem como funções o suporte para músculos e outros tecidos; movimentação entre articulações; proteção para o encéfalo, medula e órgãos torácicos; reserva de minerais contendo cerca de 97% de cálcio; além de promover a hemopoiese, armazenamento de células sanguíneas embrionárias, localizadas na medula óssea.
· Epífise: proximal ou distal. 
· Diáfise: porção medial do osso.
· Linha epifisária: crescimento ósseo.
· Endosteo: membrana interna.
· Periósteo: membrana externa e inervada.
Diagnóstico de fratura: por trauma; por fadiga ou patológicas.
Sinais clínicos: 
· Dor
· Impotência funcional
· Hematoma
· Deformidade
· Mobilidade anormal
Consolidação da fratura:
1. Fase de indução: inicia-se no momento do trauma
A fratura causa o rompimento de vasos e consequentemente uma hemorragia local. O sangue pode permanecer contido pelo periósteo ou inundar tecidos.
2. Fase inflamatória: inicia-se 2 dias após a fase de indução
Infiltração de células inflamatórias nos tecidos, podendo ser originadas do osso ou circulatórias. Os osteoclastos (realizam a remodelação óssea) iniciam a reabsorção de células óssea necrosadas. Sinais de vasodilatação e hiperemia.
3. Fase de proliferação periosteal e endosteal: ocorre simultaneamente com a fase inflamatória e pode durar de 2 a 12 dias.
Dano tecidual gera a proliferação e estimulação de células jovens, renovando as células ósseas, formando tecido fibroso.
4. Estágio de calo mole: evidente após a 1° semana e pode durar vários meses.
Aumento de osteoblastos (síntese óssea) e condroblastos (síntese cartilaginosa), iniciando a produção de cartilagem e estabilizando a região da fratura.
5. Estágio de calo duro: inicia-se na 1° semana e pode durar meses.
A ação dos osteoblastos estimula o deposito de matriz óssea na fratura
6. Fase de remodelação: dura meses ou anos.
Substituição do tecido mole imaturo por tecido ósseo maduro pela atividade osteoclástica e osteoblásticas. 
Classificação: 
· Quanto a integridade da pele:
· Aberta: exposição do osso
· Fechada: sem lesão de pele
· Quanto a localização:
· Epífise: extremidades
· Placa de crescimento (crianças)
· Metáfise: área intermediária
· Diáfise: corpo do osso
· Intra-articulares: dentro da cápsula 
· Quanto ao traço da fratura:
· Transverso:
 Causada por trauma direto
· Cominutiva:
Envolve mais de três fragmentos em um mesmo foco da fratura
· Obliqua ou espiral:
Trauma indireto, com ou sem trauma rotacional; fratura apresenta uma linha diagonal. 
· Dupla ou segmentada: 
Dois segmentos são divididos 
· Quanto a estabilidade:
· Estáveis: fraturas não completas e transversais, os fragmentos se mantém em contato ósseo pela contração dos músculos 
· Instáveis: fraturas completas e que permitem movimentação dos fragmentos.
· Quanto ao deslocamento/desvio:
· Deslocadas: perde o alinhamento ósseo. 
· Sem desvio.
Tempo de consolidação: fatores que determinam a boa cicatrização.
· Aspecto mecânico: depende da estabilidade do foco da fratura, mobilidade de fragmentos não tem boa recuperação.
· Aspecto biológico: o osso fraturado precisa de vascularização para ocorrer o processo.
Fatores que influenciam:
· 
· Idade
· Condição nutricional
· Doenças associadas
· Infecção no foco da fratura
· Grau de perda óssea
· Imobilização
· Fratura intra-articular
· Malignidade local
· Mecanismo de lesão
· Influência hormonal
Princípios do tratamento: 
Redução:
· Aberta ou fechada
Imobilização: 
· Gesso, tala ou enfaixamento
Trações:
· Cutâneas ou esqueléticas para reposicionar
Osteossínteses: procedimento cirúrgico
· Internas – interfragmentar; de suporte e tutores
· Externas – fixadores externos
Osteossínteses internas: 
· Interfragmentar: o parafuso atravessa o foco da fratura para estabilizar o fragmento.
· De suporte: é colocado uma placa metálica e parafusos que estabilizam o segmento distal e proximal.
· Tutores (haste intramedular): haste metálica que é colocada em fraturas de diáfise e fica localizada na cavidade medular. Proporciona a rápida descarga de peso.
Osteossínteses externas:
Fixadores: utilizados em fraturas graves com perda óssea, mesmo objetivo da osteossíntese de suporte.
Linear: em uma face
Circular: estabiliza tridimensionalmente, para fraturas múltiplas em vários traços.
· Ilizarov: mantém um osso em alta estabilização (até perdas ósseas); permitindo a descarga de peso na 1°semana, onde o peso é difundido pelas estruturas circulares
· Consolidação por indução: é mantido o periósteo 
· Por contato ósseo 
· Alongamento e transporte
Reabilitação hospitalar:
Depende do:
· 
· Local fraturado
· Cirurgia e imobilização
· Tração ou fixadores
· Lesões associadas
· Condições gerais
 
Objetivos:
· Manutenção do tônus e trofismo do membro afetado ou contralateral. Contra indicação: infecção.
· Preservação da mobilidade nas articulações
· Prevenção de deformidades
· Prevenção de escaras e ulceras
· Fortalecimento
· Prevenir distúrbios circulatórios
Tratamento:
· Movimentação passiva e ativa assistida nas articulações não afetadas
· Exercícios isométricos e ativos leves para músculos permitidos
· Eletroestimulação
· Fortalecimento muscular de MMSS
· Mobilizações articulares
Reabilitação ambulatorial:
Depende do:
· Tratamento (conservador ou cirúrgico)
· Consolidação
· Local da fratura
Possíveis complicações:· Lesões capsulo-ligamentares associadas
· Lesões vasculares e nervosas
· Ferimentos extensos ou perdas teciduais
· Artrofibrose: contenção da capsula articular gera formação de tecido fibroso que limita os movimentos.
Doença da fratura → eletrotermofototerapia → aceleração da consolidação.
Sequelas do imobilismo (disfunções) → eletrotermofototerapia → cinesioterapia → reeducação sensório motora.
Efeito piezoelétrico: consiste em respostas biológicas do estimulo mecânico que provoca a ativação de canais iônicos mecanossensíveis pela mudança de polaridade, principalmente de potássio e cálcio, sendo mais absorvidos. A descarga de peso na fratura potencializa a cicatrização óssea por esse efeito.
Fases da consolidação:
· Fase inicial: até a fase 3 inflamatória; imobilização e restrição total do segmento.
· Fase intermediária: fase 4 e 5; descarga de peso (bipodal) e durante a marcha utilizar a muleta para dividir a carga; mobilizações articulares e descarga de peso total na fase 5.
· Fase 5 avançada: descarga total de peso; atividades com sobrecarga; treino sensório motor.
Disfunções ortopédicas do pé e tornozelo:
Biomecânica do pé:
Arcos do pé:
 
Pronação e supinação do pé:
· Excessivas podem sobrecarregar os ligamentos
· Articulação Subtalar se adapta em superfícies estáveis
· Ante pé e retro pé são hiperpronados
· Ante pé valgo causa hipersupinação
· Deformidades podem interferir na absorção
de choque.
Reabilitação das lesões de pé e tornozelo:
Objetivos:
· Diminuir a dor
· Controlar o processo inflamatório
· Auxiliar reparo tecidual
· Ganho ou manutenção de ADM
· Ganho de FM
· Reestabelecer controle neuromuscular
· Retorno as AVD’s
Recursos para dor: crioterapia; eletroestimulação; laser; ultrassom; muletas para distribuir cargas;
Cicatrização: laser;
Ganho de ADM: mobilização articular, movimentação passiva e alongamentos;
Ganho de FM: exercícios resistidos e com carga;
Patologias:
Fascite plantar: inflamação da fáscia plantar
· Fáscia planar é um tecido pouco elástico que tem origem na tuberosidade do calcâneo e se insere na cabeça dos metatarsos. Tem como função estabilizar o arco plantar elevado e auxilia a propulsão do passo; auxilia biomecanicamente o m. gastrocnêmio para realizar a impulsão e pode ser considerado um alongamento do gastrocnêmio.
· Sobrecargas nesse tecido levam a micro traumas e inflamação; cronicamente essa sobrecarga pode levar a inflamação/irritação que gera a formação de tecido ósseo devido a tração da fáscia na tuberosidade do calcâneo, denominado o esporão do calcâneo.
Fatores intrínsecos: corredores; hiperpronação do pé; pé cavo rígido; tensão do tendão do calcâneo;
Fatores extrínsecos: superfícies rígidas; calçados inadequados
Quadro clinico:
· Dor de início gradual e insidioso
· Palpação na tuberosidade do calcâneo
· Dor matinal e durante a dorsiflexão ativa e passiva
Tratamento:
· Controle inflamatório 
· Redução da tensão da fáscia
· Uso de órtese noturna
· Palmilhas
Exercícios:
· Alongamento de tríceps sural passivo ou ativo
· Ganho de força muscular:
· Resistencia durante os movimentos manuais ou com elásticos
· Tornozeleira no pé em decúbito lateral para músculos fibulares
· Paciente de pé em uma degrau estável e realiza uma dorsiflexão ativa 
· Exercícios para os músculos intrínsecos do pé (bolinha, elástico, pé de bailarina)
· Treino sensório motor:
· Bipodal ou unipodal
· Carga e instabilidade (disco, prancha, balancim)
Síndrome do túnel do tarso: 
· Compressão do nervo tibial posterior no túnel osteofibroso entre o retináculo dos flexores e o maléolo medial.
· Principal causa da lesão é a hiperpronação do pé.
Quadro clinico: 
· Queimação
· Dor
· Formigamento e dormência na região medial do pé que piora com carga
· Sinal de tínel positivo
· Fraqueza na flexão dos dedos
Tratamento:
· Controle inflamatório (US e laser)
· Criomassagem
· Uso de órteses
· Cirurgia
Neuroma de morton:
· Tumor benigno causado por forças de cisalhamento nas cabeças dos metatarsos, mais frequentemente no 3° e 4°.
Quadro clinico:
· Sensação de queimação e choque no ante pé com irradiação para os dedos.
· Piora com calçados
· Teste positivo para neuroma de morton
Tratamento:
· Uso de coxim para afastamento dos metatarsos
· Calçados com a parte anterior mais larga
Disfunções traumáticas do tornozelo:
Contusões:
· Resultado de trauma ou impacto direto
· Lesões da capsula sinovial, cartilagem e osso;
· Dor, sinais inflamatórios e incapacidade funcional;
Entorses:
· 2° região mais atingida no esporte;
· 10% dos atendimentos em ps de trauma;
· Apresentam danos capsulares/ligamentares;
· Mais comum em inversão;
· Os ligamentos laterais são mais afetados conforme a sua capacidade de suportar a tensão em inversão;
Lesões ligamentares: 
· São definidas pela intensidade do trauma e são classificadas de acordo com a gravidade;
· Lesão de ligamento talofibular anterior mais comum em flexão plantar em inversão;
· Lesão de calcâneo fibular mais comum em inversão em neutro;
Lesão ligamentar grau I: leve ruptura de poucas fibras e pouco inflamação
Lesão grau II: lesão moderada e com processo inflamatório
Lesão grau III: ruptura total ou parcial de ligamentos com inflamação grave
Lesões associadas:
· Localizadas na articulação Subtalar
· Lesão cartilaginosa que pode evoluir rapidamente para osteoartrose
· Ruptura da sindesmose tibiofibular que gera aumento dos espaços ósseos;
Tratamento cirúrgico: 
· Sutura dos ligamentos
· Ligamentoplastia
Tratamento conservador: 
· PRICE;
· Restrição de carga e apoio (durante imobilização);
· Controle da dor, edema e espasmo
· Imobilização;
Pós imobilização:
· Eletroterapia
· Descarga de peso progressiva
· Ganho de ADM através de mobilização e alongamentos
· Fortalecimento com resistência; cadeia cinética aberta; cadeia cinética fechada e ativo resistido;
Fase final:
· Descarga de peso
· Fortalecimento avançado
· Reeducação sensório motora
· Solo instáveis
· Criocinética
Fase desportiva: 
· 
· Sensório motor avançado
· Saltos e aterrisagem
· Corridas
· Alongamentos
· Treino de gesto esportivo
· Movimento especifico do esporte
Ruptura de tendão calcâneo: 
· Secundária a tendinose: alterações vasculares; degeneração ou uso de corticoides;
· Contração excêntrica forte provoca ruptura com sensação de estalo audível;
· Força diminuída, edema, dor e defeito palpável.
Tratamento conservador:
· Tempo de imobilização maior de 12 semanas e maior período de tratamento para retorno as avd’s.
Tratamento cirúrgico: 
· Imobilização pós cirúrgica de 21 dias aproximadamente; mobilizações articulares podem ser feitas nos primeiros dias de P.O;
Fases do tratamento:
Inicial:
· Controle da inflamação
· Estimular cicatriz flexível e prevenir aderências 
· Exercícios isométricos com ADM protegida
Intermediária:
· Aumento da ADM indolor
· Mobilização miofascial
· Alongamentos de tríceps sural
· Descarga parcial de peso
· Exercícios isotônicos 
· Propriocepção com descarga parcial
Final:
· Fortalecimento
· Alongamento
· Exercícios concêntricos e excêntricos com peso corporal
· Treino proprioceptivo com peso corporal e planos instáveis
· Corrigir alterações biomecânicas
 
 Fraturas de tornozelo e perna:
· Fraturas – luxações são frequentes
· A lesão depende da intensidade do mecanismo de trauma
· Dor + incapacidade funcional + edema
Causas:
· Quedas (de altura)
· Entorses graves
· Acidentes
As mais frequentes são as fraturas maleolares causadas por entorses
Podem gerar: instabilidade articular; limitação de movimentos; incongruência articular; artrose secundária;
Mecanismos de trauma:
· Intensidade do movimento e direção do trauma
· Atividade no momento da lesão
· Trauma direto: em cadeia cinemática aberta
· Trauma indireto: em cadeia cinemática fechada
Mecanismo de lesão:
Inversão:
· Talus se movimenta medialmente e impacta-se com o maléolo lateral; ocorrendo o rompimento dos ligamentos laterais;
· Não ocorre o rompimento dos ligamentos laterais e gera uma fratura por avulsão na fíbula;
Eversão:
· Talus se movimenta lateralmente em direção ao maléolo fibular fraturando porimpacto; gerando rompimento dos ligamentos mediais;
· Caso os ligamentos mediais não se rompam, gera uma fratura por avulsão no maléolo lateral da tíbia;
· O rompimento do ligamento tibiofibular gera lesão da sindesmose tibiofibular e aumenta o espaço ósseo;
Fraturas diafisárias de tíbia e fíbula:
· Causada por traumas diretos e indiretos;
· O prognóstico depende do grau de deslocamento;
· Tratada por imobilização por aproximadamente 8 semanas;
Complicações:
· Infecção; rigidez articular; lesões nervosas e vasculares;
Fraturas de pé:
· Retro pé: talus e calcâneo
· Médio pé: navicular, cubóide e cuneiformes
· Ante pé: metatarsos e falanges
Fraturas mais comuns:
· Fraturas do tálus: o tálus é um osso irregular; recoberto por cartilagem; nutrido por ramos das artérias tibial anterior, posterior e fibular; não possui inserção muscular.
· Mecanismo de dorsiflexão forçada e rotação de tornozelo e é classificada de acordo com a localização da fratura: cabeça, corpo e colo do tálus;
· Fraturas de calcâneo: mais comum em quedas por altura
· Relativamente comuns em jovens ativos; é comum o alargamento do calcâneo; carga total após a oitava semana;
· Fratura luxação de lisfranc: ocorre nas articulações tarso-metatarsianas
· Tratamento cirúrgico; descarga de peso somente após o terceiro mês 
· Mecanismo de inversão ou eversão associada à forças rotacionais em relação ao eixo; pode gerar lesão vascular da artéria tibial posterior e pode levar a síndrome compartimental;
Anatomia de joelho:
Articulação sinovial composta do tipo bicondilar, realizando movimentos de flexão e extensão (tipo gínglimo) e também certo grau de rotação medial e lateral. Envolve três ossos: fêmur, tíbia e patela. Os côndilos do fêmur se articulam com a tíbia e a face patelar do fêmur recebe a patela durante a extensão. 
Ligamentos:
· Ligamento cruzado anterior: se origina na eminência intercondilar da tíbia e se insere na face interna do côndilo femoral lateral. Possui função de estabilizar o joelho em extensão, impedir a anteriorização da tíbia, rotação externa anormal, controlar a hiperflexão, rotação interna e mobilidade lateral.
· Ligamento cruzado posterior: origina-se na eminencia intercondilar cruzando por trás do ligamento cruzado anterior e inserção na face interna do côndilo femoral medial. Possui função de estabilizador do joelho quando flexionado e impede o deslizamento posterior da tíbia. 
· Ligamento colateral medial: insere-se na região do epicôndilo femoral medial e possui com função a estabilização látero-lateral em extensão.
· Ligamento colateral lateral: localizado no epicôndilo lateral femoral até a cabeça da fíbula. Possui a mesma função do ligamento colateral medial.
Meniscos: estruturas semicirculares de fibrocartilagens, localizados no centro do joelho. Tem como função: amortecer, lubrificar, estabilizar, distribuir cargas e melhoram o encaixe entre o fêmur e a tíbia. 
Movimentos dos meniscos:
Embora o movimento de rolamento dos côndilos do fêmur durante a flexão e a extensão seja limitado (convertido em rotação) pelos ligamentos cruzados, há algum rolamento, e o ponto de contato entre o fêmur e a tíbia move-se posteriormente com a flexão e retorna anteriormente com a extensão. 
Além disso, durante a rotação do joelho, um côndilo femoral move-se anteriormente sobre o côndilo da tíbia correspondente enquanto o outro côndilo do fêmur move-se posteriormente, girando em torno dos ligamentos cruzados.
Os meniscos devem ser capazes de migrar sobre o platô tibial quando os pontos de contato entre o fêmur e a tíbia se modificam.
Músculos do joelho:
· Flexores: os primários são: isquiotibiais, semitendineo, semimembranoso e bíceps femoral; os acessórios da flexão são grácil, sartório, gastrocnêmio e poplíteo.
· Extensores: quadríceps femoral
· Rotação: medialmente são realizados por semitendineo, semimembranoso, poplíteo, grácil e sartório; lateralmente é realizado pelo bíceps femoral.
Ângulo Q: O ângulo Q é o ângulo formado entre o músculo quadríceps e o tendão da patela. Ele é mensurado desenhando duas linhas imaginárias; uma das linhas é formada da espinha ilíaca ântero-superior até o ponto médio patelar; e a outra linha, que cruza a primeira, descendo do meio da patela até a tuberosidade da tíbia. O ângulo Q mais eficiente para a função do quadríceps é aquele próximo de 10 graus. Porém, nas mulheres, é necessário que o fêmur desvie medialmente em um ângulo maior para tornar a extremidade distal dos côndilos paralelos ao solo, pois as mulheres tem a pelve mais larga. O valor ideal do ângulo Q para os homens são 13 graus, variando entre 10 a 14 graus, e para as mulheres são 18 graus, variando entre 15 a 17 graus.
· Valgo: desvio medial aumentado da extremidade distal;
· Varo: desvio lateral da extremidade distal;
Causas do aumento do ângulo Q: 
· Valgo
· Anteversão femoral excessiva
· Torsão tibial medial
· Tuberosidade da tíbia lateralmente
· Músculo vasto medial debilitado
· Patela alta
Patologias:
Plica sinovial: Resquícios dos septos intra-articulares embrionários, que na 12° semana de gestação iniciam sua involução, podendo apresentar-se com forma e tamanho variável.
Etiologia:
· 50 a 60% da população possuem plicas sinoviais assintomáticas;
Fisiopatologia: 
· Após uma agressão/trauma, ocorre uma hipertrofia e perda de elasticidade da plica;
· Iniciando o atrito com as estruturas vizinhas, gerando uma sinovite.
Quadro clínico:
· Dor e edema localizado (infra, médio ou supra patelares);
· Dores que pioram com a flexão do joelho;
· Traumas prévios;
· Dolorosa a palpação;
· Bloqueio articular na flexão;
Tratamento: 
· Repouso inicial e utilização de anti-inflamatórios
· Artroscopia
Fisioterapia:
· Analgesia e recursos inflamatórios 
· Extensibilidade muscular do aparelho extensor
Pós operatórios:
· Descarga total de peso após 10 dias
· Analgesia
· Otimizar a cicatrização
· ADM e extensibilidade
Condromalácia patelar: Afecção da cartilagem articular patelofemoral
Etiologia: 
· Mais frequentemente em adolescentes do sexo feminino e idiopáticas;
Fisiopatologia:
· Hiperpressão patelar, traumatismos, cirurgias prévias, pós-fraturas, alterações anatômicas ou afecções sinoviais.
Classificação:
Grau I: amolecimento e inchaço
Grau II: fragmentação e fissuras numa área de 0,5 polegadas ou menor
Grau III: fragmentação e fissuras numa área de 0,5 polegadas ou maior
Grau IV: erosão da cartilagem até chegar ao osso
Quadro clínico:
Dor anterior de joelho em atividades como agachar, subir escadas, pedalar;
Presença de crepitações aos movimentos de flexão e extensão;
Responde aos testes de provocação (compressão patelar e teste de zooler);
Crepitações aos movimentos de flexão e extensão;
Frequentemente relacionada ao mau alinhamento e posicionamento do aparelho extensor de joelho, constatadas em Raio-x axial e perfil.
Tratamento:
· Shaving (raspagem cirurgica)
· Patelectomia (osteartrose): retirada parcial ou total da patela.
· Elevação do tubérculo tibial
· Antiinflamatórios
Fisioterapia:
· Analgesia
· Normalização do processo inflamatório
· Alinhamento do aparelho extensor
· Restabelecimento da extensibilidade dos extensores de joelho
· Reequilíbrio muscular
· Reeducação proprioceptiva
Bursites de joelho: inflamação de bolsas ao redor da articulação do joelho
· Bursa é uma estrutura preenchida com líquido sinovial, que existe entre a pele e o tendão ou entre o tendão e o osso. Sua principal função é reduzir o atrito entre essas estruturas durante o movimento.
A mais frequente é a bursite pré-patelar; 
Fisiopatologia:
· Causada por movimentos repetitivos, compressão e/ou trauma;
· Podem ocorrer em traumas diretos em quedas, posição agachada ou ajoelhado de maneira repetitiva ou subir e descer escadas frequentemente;
Quadro clínico:
· Edema localizado e dor local á palpação ou compressão, de acordo com a localização da bolsa comprometida;
· Pode haver hiperemia e hipertemia local;
· Na palpação se percebe uma resistência de caráter esponjoso;
· A dor piora ao esforço da articulação que aumente a pressão sobre a bolsa;
Tratamento:· Inicialmente, repouso e afastamento das atividades causais por um período;
· Drenagem e aspiração da bursa;
· Infiltrações cirúrgicas;
· Remoção cirurgica da bursa inflamada;
Fisioterapia:
· Analgesia;
· Resolução e controle do processo inflamatório;
· Normalização da tensão muscular dos músculos da coxa
· Reeducação sensório motora e da marcha (caso haja desvio compensatório)
Tendinoses de joelho: inflamação local das inserções musculares e tendinosas
Mais comum nos tendões infrapatelar, isquiotibiais, trato iliotibial e na pata de ganso.
Fisiopatologia: 
Causada por excesso de uso, trauma direto, sobrecarga e/ou estiramento;
Instala-se o processo inflamatório em resposta à agressão sofrida;
Apresenta períodos inflamatórios;
É caracterizada como degenerativa com alterações de síntese de colágeno;
Quadro clínico:
Dor local a palpação e esforço;
Manifesta-se aos testes de força muscular;
Tratamento:
Conservador buscando a prevenção e na fase aguda realizar repouso e uso de anti-inflamatórios
Fisioterapia:
Analgesia;
Reequilíbrio muscular;
Condicionamento físico; 
Reeducação postural e de marcha; 
Fratura de platô tibial: o platô tibial tem como função os movimentos de flexão e extensão, inserção dos ligamentos cruzados do joelho e meniscos.
· Geralmente são cominutivas e representam 1% das fraturas;
· Pode acometer apenas um côndilo ou ambos;
Fisiopatologia:
O mecanismo de trauma é longitudinal de alta intensidade, associado a flexão ou varo/valgo;
Apresenta maior incidência no platô lateral por ser mais alto e convexo que o medial, mais suscetível ao trauma.
Quadro clinico:
Dor e edema;
Hemartrose;
Síndrome compartimental: leva a necrose nos componentes por extravasamento de sangue e pressão;
Bolhas;
Exposição óssea (em casos de fratura exposta);
Podem ocorrer lesões articulares associadas;
Tratamento:
Conservador: pode ser indicado para fraturas estáveis;
Cirúrgico: Indicado para fraturas com deslocamento articular, desvios e instabilidade ligamentar;
Complicações: 
Rigidez articular;
Osteoartrose;
Deformidade articular;
Instabilidade articular;
Infecção;
Encurtamento por perda óssea;
Fisioterapia:
Primeira fase: controle da dor e do processo inflamatório (1ª semana de pós operatório);
Mobilização passiva precoce e indolor;
Uso de brace com articulação deve ser feito com extensão total do joelho e deve ser utilizadas muletas por seis semanas sem carga sobre o membro afetado;
Fortalecimento de quadríceps através de eletroterapia e exercícios isométricos;
Segunda fase: mantém se os cuidados da primeira fase e engloba os alongamentos de membro inferior (2ª a 6ª semana de pós operatório);
Exercícios de fortalecimento para estabilização da musculatura global;
Técnicas de facilitação proprioceptiva;
Propriocepção
Terceira fase: progressão do fortalecimento de bilateral para unilateral (6ª a 12ª semana de pós operatório);
Treino de marcha;
Quarta fase: fortalecimento avançado e início da pliometria (13ª a 20ª semana);
Exercícios de fortalecimento dos grandes grupos musculares do membro inferior com carga, de acordo com a tolerância do paciente;
Treino de marcha;
Exercícios pliometricos de acordo com a evolução do paciente;
Quinta fase: retorno à prática do esporte ou alta (21ª a 24ª semana);
Iniciar o treino do gesto esportivo;
Aumento progressivo do fortalecimento muscular, condicionamento aeróbio e treino de flexibilidade de acordo com a modalidade esportiva;
Fraturas de patela: a função da patela é auxiliar a extensão e aumentar a alavanca;
· Ocorre 2x mais no sexo masculino com idade média de 48 anos
· A flexão é o movimento mais comprometido;
Fisiopatologia:
O principal mecanismo de trauma é direto, com o joelho fletido entre 45 e 65 graus;
Pode ocorrer por contração intensa do quadríceps por mecanismo indireto;
Classificação:
Quadro clínico:
Dor e edema;
Hemartrose;
Fragmentos na palpação;
Complicações:
Rigidez do joelho;
Infecção;
Síndrome compartimental;
Osteoatrose;
Tratamento:
Conservador: é indicado para fraturas com deslocamentos menores de 3mm por meio de órtese ou gesso por 4 a 6 semanas, com o joelho em extensão;
Cirúrgico: patelectomia;
Fisioterapia:
Controle da dor e edema;
Exercícios de contração isométrica do quadríceps são estimulados no pós-operatório imediato e a marcha com apoio de muletas;
A mobilização passiva do joelho pode ser iniciada no pós-operatório imediato, limitada a 60º de flexão por um mês. (Sbot, 2008);
Alongamentos passivos (flexores e extensores do joelho);
Fraturas de fêmur distal: considerar o local da fratura, o tipo e as lesões associadas;
Fisiopatologia:
Causado por trauma direto de alta intensidade com o joelho fletido ou trauma de compressão associado a rotação;
Classificação:
Tipo A: extra articular;
Tipo B: unicondilar;
Tipo C: bicondilar;
Tipos da fratura:
Tratamento:
Conservador: imobilização gessada por 4 a 6 semanas e com descarga parcial;
Cirúrgico: evita complicações e facilita a mobilização precoce e no caso de osteossíntese possibilita a descarga de peso.
Fisioterapia: 
Avaliar individualmente cada caso, tipo de fratura, local, lesões associadas e o tempo de imobilização;
Na fase de consolidação: utilizar eletroterapia e US para analgesia e reparação óssea
Manobras e mobilizações passivas para manutenção da ADM;
Descarga de peso parcial ou total
Fortalecimento muscular (inicialmente por eletroterapia e exercícios isométricos);
Treino de marcha e proprioceptivo
Lesões ligamentares: 
Fisiopatologia:
Pode ser por trauma direto ou forças rotacionais (em pivot), quando realizado giro em próprio eixo;
· Podem ser isoladas ou combinadas;
Classificação:
Lesões agudas: geram dor e incapacidade, derrame articular e Hemartrose;
Lesões crônicas: Ocasionam hipotrofia da musculatura do quadríceps; Falseio e deslocamentos; sinovites de repetição;
Complicações:
Inibição muscular artogênica: redução da eficiência do aparelho extensor;
Receptores ligamentares: informam a medula sobre a movimentação dinâmica e contração, o rompimento do ligamento diminui essa função e podem gerar episódios de falseio e diminuir o tempo de reação;
Tratamento:
Conservador: 50% de chance de recuperação e evoluem bem sem cirurgia;
Objetivos:
· Resolução de edema, restauração da ADM e força muscular
Cirúrgico: Ligamentoplastia onde ocorre a substituição do ligamento por um enxerto (tendão patelar ou semitendineo);
Enxertos:
· Tendão patelar: é retirado com blocos ósseos da patela que facilitam a fixação, déficit do aparelho extensor e tendinite patelar;
· Tendão do semitendineo: método mais utilizado atualmente, não comprometendo o aparelho extensor;
Reabilitação pós ligamentoplastia:
Objetivos da fase inicial (1ª. A 3ª. Semana):
Proteção máxima ao enxerto;
Controle do estresse femorotibial;
Respeitar os limites e maturação biológica do enxerto;
Preservação de características motoras;
Objetivos da fase intermediária (4ª. A 8ª. Semana):
Progredir na ADM
Prevenção da artrofibrose
Marcha normal
Aumentar carga de exercícios
CCA e CCF
Condicionamento cardiovascular
Flexibilidade
Objetivos da fase funcional (3 a 5 meses):
Trote e corrida com aumento da velocidade
Aumento da carga do fortalecimento
Treino pliométrico
Propriocepção avançada
Objetivos da fase de retorno ao esporte (5 a 8 meses):
Treino do gesto esportivo
Simulação de situações de risco
Aumento da capacidade cardiovascular
Retorno gradual ao esporte
Critérios de retorno ao esporte ou alta:
Sem processo inflamatório
ADM normal
Velocidade de reação normal
Ausência de falseios ou receios
Duração do tratamento:
	Protocolo acelerado:
	4 a 6 meses
	Protocolo intermediário:
	6 a 8 meses
	Protocolo convencional:
	8 a 12 meses
Lesões de meniscos: os meniscos são fibrocartilagem em formato semilunar com propriedades viscoelásticas e tem como função o suporte de carga, aumento da estabilidade e congruência articular, além da lubrificação e nutrição articular;
Classificação e fisiopatologia:
Podem ser classificadas como traumáticas, degenerativas e congênitas;
A lesão pode ocorrer na zona avascular ou zona branca (borda medial domenisco), onde não há boa cicatrização ou na zona vascular ou vermelha (região lateral do menisco), tem boa cicatrização e pode ser feita a sutura meniscal;
Tipos de lesão:
Sinais e sintomas:
Dor localizada na interlinha articularExtensão: bloqueio articular indica lesão no corno anterior;
Flexão: bloqueio articular indica lesão no corno posterior;
Bloqueios nas lesões agudas; 
Sinovites de repetição;
Hipotrofia de quadríceps;
Episódios de falseio;
Tratamento cirúrgico:
Menisectomia total: cirurgia aberta; não utilizada atualmente; retirada total do menisco acometido;
Menisectomia parcial: Artroscopia e com retirada apenas da área lesionada, mantendo a estrutura do menisco;
Sutura meniscal: sutura na área lesionada do menisco, recuperação lenta;
Transplante de menisco;
Reabilitação pós menisectomia:
Tem como objetivos gerais:
· Alívio da dor e resolução do quadro inflamatório;
· Ganho de ADM;
· Recuperação das características musculares;
· Manutenção da força, resistência e potência;
· Reeducação Sensório Motora;
	Fase 1: pós operatória
	1° semana
	Fase 2: readaptação funcional
	2° semana
	Fase 3: propriocepção
	3° semana
	Fase 4: retorno ao esporte ou alta
	4° a 5° semana
Reabilitação pós sutura meniscal:
Tem como objetivos:
· Proteção da sutura do menisco;
· Aliviar a dor e inflamação;
· Preservar ADM;
· Prevenir artrofibrose;
· Preservar ou ganhar ADM;
· Manutenção de força, resistência e potência;
· Condicionamento Físico;
· Reeducação Sensório Motora;
	Fase 1: proteção máxima
	1° a 3° semana
	Fase 2: readaptação média
	4° a 10° semana
	Fase 3: readaptação avançada
	11° a 15° semana
	Fase 4: retorno ao esporte ou alta
	16° a 24° semana
Anatomia do quadril:
· É uma articulação tipo esférica formada pela cabeça do fêmur e acetábulo; 
Ligamentos:
· Cápsula articular: é forte e espessa; envolve toda a articulação coxo-femoral;
· Ligamento iliofemoral: é um feixe situado anteriormente, ligando o fêmur ao ilio, unido a capsula e serve para reforça-la;
· Ligamento pubofemoral: insere-se na crista obturatória e no ramo superior da púbis;
· Ligamento isquiofemoral: inicia-se no isquio e funde-se a capsula 
· Ligamento da cabeça do fêmur: insere-se no ápice da cabeça do fêmur e no acetábulo 
· Lábio acetabular: orla fibrocartiloginosa inserida na margem do acetábulo, aumentando o encaixe ósseo da cabeça do fêmur;
Músculos do quadril:
Glúteo máximo: extensão e rotação de quadril;
Glúteo médio: abdução e rotação medial da coxa;
Glúteo mínimo: abdução, rotação medial e flexão de quadril;
Piriforme: abdução e rotação lateral da coxa;
Gêmeo superior: rotação lateral da coxa
Obturatório interno: rotação lateral da coxa;
Quadrado femoral: rotação lateral e adução da coxa;
· O quadril realiza movimentos de flexão, adução, abdução, exortação interna e externa nos 3 eixos, sagital, longitudinal e horizontal;
Patologias:
Artrose de quadril: grupo de condições que causam sintomas articulares, associados a integridade da cartilagem;
· Ocorre no acetábulo: local onde há uma depressão côncava na pelve, onde insere-se a cabeça do fêmur, constituindo a articulação coxofemoral e possui uma cartilagem hidratada e avascular 
· Os fatores de risco podem ser a idade, alterações anatômicas e lesões traumáticas ou atraumáticas;
Fisiopatologia:
Inicia-se por um estresse mecânico ou sobrecarga na articulação, gerando um processo inflamatório que leva a destruição da matriz articular de maneira degenerativa e progressiva que resulta em edema e consequentemente dor articular;
 A artrose é dividida em:
Primária: degenerativa e idiopática
Secundária: associada a outros fatores
Diagnóstico: 
Observa-se no raio x um aumento no espaço articular;
Quadro clínico:
Inflamação
Crepitação
Hipertrofia e/ou encurtamento
Restrição e rigidez
Deformidades
Triplo varo (varo em tornozelo, joelho e quadril)
· Avalia-se dor e função
Tratamento conservador:
Exercícios aeróbicos; fortalecimento muscular global; medicação e nutrição;
Fisioterapia:
· Liberação miofascial;
· Fortalecimento de quadríceps e quadril;
· Redução da dor;
· Treino de marcha e postura;
Impacto femoro-acetabular: é uma alteração morfológica óssea. O impacto em si é um conjunto de sinais e sintomas clínicos;
Fisiopatologia:
Ocorre por um bloqueio articular mecânico, que leva a micro traumas no labrum acetabular;
Tipos de impacto:
Pincer: cobertura aumentada do acetábulo, gerando o impacto com o fêmur;
Cam: Deformidade que leva ao aumento do colo do fêmur, impactando com o acetábulo;
Quadro clínico: 
Dor constante ou intermitente;
Dor em virilha e na região do quadril;
Adm comprometida;
Tarefa por repetição da articulação;
Tratamento cirúrgico:
Artrotomia ou osteotomia acetabular
	1 a 3 semanas:
	Analgesia; uso de muletas; prevenir contratura e inibição muscular; exercícios isométricos; não realizar extensão forçada de quadril;
	9 a 12 semanas:
	Restaurar força; equilíbrio; propriocepção;
	+12 semanas:
	Retorno ao esporte (treino do gesto esportivo) ou alta;
Fisioterapia:
Alivio da dor: medicamentos, terapia manual; liberação miofascial
Exercicios para controle e estabilidade muscular
Fortalecimento
Ganho de ADM
Condicionamento físico
Fratura de colo de fêmur: 
Comum em idosos e está relacionada a síndrome do imobilismo. 
Fisiopatologia:
Força direta longitudinal, rotacional ou trauma direto no trocanter
É intra capsular e o liquido sinovial pode atrasar a consolidação;
Classificação da fratura: 
· Subcaptal: abaixo da cabeça do fêmur
· Médio cervical: ponto médio do colo do fêmur
· Basocervical: próximo ao trocânter
 
Classificação por deslocamento da fratura:
	Grau I:
	Incompleta
	Grau II:
	Completa sem desvio
	Grau III:
	Desvio parcial
	Grau IV:
	Deslocamento total
Complicações:
Necrose avascular: rompimento da nutrição sanguínea na cabeça do fêmur, colo e região externa do fêmur;
Inibição muscular artogênica: comum no pós operatório;
Tratamento:
Conservador: Indicado para fraturas com desvio até grau II
· Com marcha após 4 meses, desde que haja pouca dor, inexistência de encurtamento e controle da rotação externa
Cirúrgico: para fraturas com deslocamento parcial ou total, é realizada a artroplastia
Precauções pós cirurgica: 
· Evitar extensão de quadril (não realizar passos longos)
· Não ajoelhar ou agachar
· Evitar posições de rotação externa
· Cuidado ao levantar de lugares baixos
 
Estresse mecânico
Inflamação
Edema e dor
Degeneração da matriz

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