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DIAGRAMA DE PARETO: Definição e 
aplicação 
 
 
 
1. Definindo o Diagrama de Pareto 
O gráfico de Pareto (também chamado de “diagrama” em alguns livros) é uma ferramenta 
para ajudar a focalizar os esforços de melhoria. Ela é útil sempre que classificações gerais de 
problemas, erros, defeitos, feedback de clientes etc., puderem ser classificados para estudo e 
ações posteriores. Seu propósito não é o de identificar causas. Outras ferramentas, tais como 
gráficos de controle, gráficos de dispersão e experimentos planejados podem ajudar a 
identificar as causas. 
Alguns exemplos nos quais ele pode ser útil para classificar problemas: 
• Uma peça que falha em um teste devido a um componente defeituoso. 
• Lotes de produtos químicos podem estar abaixo do padrão para muitas especificações 
diferentes. 
• Cobranças podem estar incompletas devido à falta de muitos tipos de informação. 
• Há vários tipos de problemas que os hóspedes enfrentam em um hotel. 
Com frequência algumas poucas classificações dominam (os “poucos vitais”), enquanto 
que todo o resto (os “muitos triviais”) contribuem apenas com uma pequena proporção. A fim 
de melhorar um processo, é importante encontrar quais são as poucas áreas vitais de 
problemas. 
2. Como aplicar o Gráfico de Pareto? 
Um dos objetivos centrais de um programa de qualidade é reduzir perdas provocadas por 
itens defeituosos que não atendem às especificações. Existem muitos tipos de defeitos que 
fazem com que um produto não atenda às especificações. Concentrar esforços no sentido de 
eliminar todos os tipos de defeitos não é uma política eficaz. Devemos focar nos tipos de 
defeitos que são responsáveis pela maioria das rejeições, sendo mais eficaz atacar as causas 
desses poucos defeitos mais importantes, daí a necessidade de utilizarmos o gráfico de Pareto. 
Vamos supor que uma empresa de embalagens precisava reduzir custos com peças 
defeituosas encontrados em sua produção. Como a empresa não sabia por onde começar 
decidiu-se utilizar o conceito do Gráfico de Pareto para analisar quais defeitos ocorriam com 
maior frequência. Durante duas semanas os dados foram coletados, resultando no gráfico a 
seguir: 
 
Note que é muito fácil observar no gráfico o que trabalhar primeiro. Defeitos do tipo 
“não selagem” são responsáveis por mais de 80% de todos os defeitos! Fica claro que a 
equipe de melhoria deve começar por aí. Se quiserem dar mais foco ainda, podem começar 
pelo defeito de “não selagem no topo”, pois apenas esse tipo de defeito é responsável 
por mais de 40% dos defeitos totais. 
3. Como analisar o Gráfico de Pareto? 
No exemplo anterior, no eixo vertical, utilizamos a frequência das ocorrências com que 
ocorriam os defeitos, porém outras opções também podem ser utilizadas. 
Vamos observar esta outra situação: Um cliente cujo negócio era a distribuição de sistemas 
de automação estava interessado em reduzir o quanto era gasto com cada fornecedor para 
trocar peças que apresentavam defeitos em campo. Para tanto eles coletaram durante um 
mês, todos os sistemas que precisaram ser trocados e qual era o fornecedor desse sistema. 
Eles sabiam também que existia uma grande diferença entre os preços, com sistemas simples 
que custavam R$ 300,00, até sistemas complexos cujo custo era R$ 2.000,00. 
 
Nesse caso cada defeito foi multiplicado pelo custo (o que é uma estratégia comum na 
utilização de gráficos de Pareto) do seu sistema e essa variável foi utilizada para a construção 
do Pareto. Com essa análise foi possível focar no fornecedor D, uma conclusão bem diferente 
do que obteríamos se olhássemos apenas a frequência. 
4. Construindo um Gráfico de Pareto 
Para que a sua equipe de melhoria faça uma boa análise de dados através da construção 
de um gráfico de Pareto, devem cumprir as seguintes etapas. 
Passo 1: Entenda o que você quer analisar com o gráfico. 
Todo gráfico de Pareto tem uma finalidade. Entender o que você quer resolver com ele 
é fundamental para você decidir qual dados você precisa coletar. Nos exemplos acima, demos 
dois exemplos sobre como formular o problema (analisando o tipo de defeito mais frequente 
e o fornecedor mais custoso). Decidir qual dessas análises seguir é o passo inicial da 
construção do gráfico de Pareto. 
Passo 2: Colete os dados 
Só se faz um Pareto com dados. Para você coletar bons dados, você pode se valer de outras 
ferramentas, como formulários de coleta de dados ou folhas de verificação. Complete um 
“Formulário de Planejamento para Coleta de Dados”. Essa etapa de planejamento é 
importante para construir um gráfico de Pareto porque leva a equipe a considerar: 
• Questões a serem respondidas; 
• Informações a serem registradas; 
• Variáveis para estratificação; 
• Definições operacionais; 
• Duração e local para coleta de dados; 
• Administração. 
Desenvolva uma lista de verificação simples que satisfaça as considerações assinaladas no 
passo 2. Os dados podem ser classificados por tipo de problema ou defeito, departamento, 
local, tempo, tamanho e outros. Uma vez que tenham sido coletados dados suficientes (pelo 
menos 30 ocorrências), passe para o passo 3. 
Passo 3: Organize os dados coletados 
Compile os dados que você coletou. Você pode já contar a frequência de cada defeito 
(ou seja lá o que estiver analisando no gráfico de Pareto) e montar uma tabela, ou então, caso 
esteja usando um software como o Minitab, pode compilar os dados no formato de banco de 
dados. 
Passo 4: Desenhe barras com as frequências organizadas da maior para a menor 
(da esquerda para a direita) 
Caso esteja usando o Excel, você pode criar esse gráfico de barras a partir da planilha 
de dados. No Minitab, esse passo e os próximos irão ser realizados automaticamente. 
Passo 5: Insira um gráfico de linha com as porcentagens acumuladas de cada 
classificação 
Para isso, você terá que calcular a porcentagem de frequência de cada “defeito” relativa 
ao número total de defeitos. Uma vez que estas porcentagens estejam calculadas, você deverá 
traçar o gráfico de linha. 
Passo 6: Analise seu Pareto 
Uma vez finalizado o gráfico, veja se há alguma classificação se sobressaindo. Caso 
haja, podemos dizer que se aplica o princípio de Pareto nela? Monte seu plano de ação e 
comece as melhorias! 
5. Como estratificar os dados do Gráfico de Pareto? 
Algumas vezes as classificações de dados podem ser sistematicamente subdivididas, ou 
estratificadas, por meio de técnicas de análise de Pareto, a fim de aprimorar a investigação 
sobre onde focalizar os esforços de melhoria. Por exemplo, em “Erros em Relatórios de 
Despesas”, uma questão poderia ser “Quanto que as áreas diferentes estão contribuindo para 
cada tipo de erro?” Essa pergunta pode ser respondida usando qualquer um dos seguintes três 
métodos para estudar estratificação usando análise de Pareto: 
1. Mostre vários gráficos de Pareto colocando-os lado a lado. 
2. Subdivida dentro das barras. Use sombras ou hachuras para distinguir entre as 
subclassificações. Use o bom senso no que diz respeito a quantas subclassificações 
colocar dentro das barras – muitas barras tornam a interpretação difícil. 
3. Coloque as barras representando as subclassificações lado a lado dentro da 
classificação principal listada no eixo horizontal. Essa técnica é eficaz quando existem 
duas ou três subclassificações e quando a ordenação das classificações é a mesma para 
quase todas as classificações. As barras adjacentes representando as subclassificações 
devem ser agrupadas e contrastadas por sombreamento. 
O melhor método de estratificação depende de qual método permite que os dados sejam 
facilmente interpretados. 
6. Como aproveitar ainda mais o Gráfico de Pareto? 
Existem muitas opções para o eixo vertical nos gráficos de Pareto. A escala mais comum é 
a do número de ocorrências. Três alternativas importantes são: 
• Valor monetário 
• Tempo 
• Contribuição percentual de cada classificação para o total (tempo, ocorrências, 
dinheiro etc.). 
A escalade tempo é apropriada se o objetivo for o de reduzir o tempo parado. Ao se decidir 
sobre onde focalizar os esforços de melhoria usando análise de Pareto deve-se considerar 
cuidadosamente uma escala apropriada. Frequentemente vários gráficos de Pareto devem ser 
preparados com escalas diferentes. 
7. Como a estabilidade afeta o Gráfico de Pareto? 
De forma similar às outras ferramentas usadas para investigar e melhorar processos (por 
exemplo, gráficos de frequência), o gráfico de Pareto tem que ser usado com conhecimento 
adequado da estabilidade da característica medida. Se o processo for estável, o gráfico de 
Pareto mostra os importantes modos de falha ou classificações de problema produzidos pelo 
sistema de causas comuns. Se o processo for instável, deve ser feita a estratificação dos dados 
para separar os dados obtidos quando causas especiais estavam presentes dos dados 
produzidos por causas comuns. Assim, a análise de Pareto pode ser feita para as duas 
situações. 
Uma escala percentual usualmente é apropriada para comparar os estratos, uma vez que 
o número de observações em cada grupo pode ser drasticamente diferente. Além disso, 
gráficos de Pareto podem ser usados para mostrar o efeito de uma mudança em um processo 
ao usar dados tanto de antes quanto de depois da implementação da mudança. 
8. O que é o Gráfico de Pareto das Causas? 
Podemos questionar se as classificações escolhidas apresentam as informações mais úteis 
e podemos questionar a precisão das contagens, mas se estivermos confiantes nesses dois 
pontos o gráfico de Pareto tem um significado definido para todos os membros da equipe. 
Outro uso do gráfico de Pareto é o de resumir dados a respeito das “causas” de um dado 
efeito. Apesar de gráficos de Pareto para “causas” serem usados comumente, é preciso tomar 
alguns cuidados especiais. Como exatamente podemos interpretar esse gráfico? 
A determinação de “causas” requer o julgamento de um perito, algumas vezes usando 
ferramentas de qualidade tais como gráficos de controle, gráficos de dispersão ou 
planejamento de experimentos. Sempre que declararmos que sabemos a “causa” de algo 
devemos considerar qual é o grau de nossa crença. Ele é alto, baixo ou algo no meio? 
9. Quais dados e quais análises estamos usando para 
apoiar nossa crença sobre o sistema de causa? 
Deve-se notar que entender “causas” é uma coisa bem diferente de simplesmente colocar 
uma observação em uma de várias categorias que nós mesmos fornecemos. Grandes 
desperdícios e perdas podem resultar de pensar que sabemos o sistema de causas quando, de 
fato, tudo que tínhamos era uma opinião pobremente fundamentada, tornada ainda mais 
perigosa por sua apresentação “autorizada” como dados em um gráfico. 
Outro problema surge quando tentamos usar a análise de Pareto para resumir nosso 
conhecimento do sistema de causas. Com frequência não existe uma causa única ou 
dominante. Por exemplo, um produto pode ter ficado com defeito devido a uma combinação 
de matéria prima ruim, ferramentas desgastadas e técnicas operacionais ruins. Mesmo 
supondo que somos capazes de produzir uma estimativa razoável para a contribuição de cada 
um desses fatores, como relataremos isso em nosso gráfico de Pareto? 
Uma contagem em cada categoria? Uma contagem de um terço (1/3) em cada categoria? 
Frequentemente um efeito será causado por uma interação de causas. Por exemplo, um 
processo pode ser capaz de produzir um bom produto com matérias primas de qualidade 
inferior ou com uma ferramenta já meio gasta, mas o processo produzirá defeitos quando 
ambos estiverem presentes ao mesmo tempo. Como listaríamos as causas desse efeito? Essas 
são questões que têm que ser consideradas cuidadosamente antes de se usar um gráfico de 
Pareto para resumir conhecimentos sobre o sistema de causa. 
10. O que você deve saber sobre o Gráfico de Pareto? 
• Um gráfico de Pareto é usado para priorizar esforços de melhoria. Sempre que uma 
equipe não estiver certa sobre onde focalizar os esforços de melhoria deve usar uma 
análise de Pareto. 
• A ferramenta é aprimorada pela consideração cuidadosa das oportunidades de 
estratificação e de valores significativos para a escala vertical. 
• O conhecimento relacionado à estabilidade do processo também torna o gráfico de 
Pareto uma ferramenta mais valiosa. 
• Se um gráfico de Pareto for usado para estudar “causas” de um efeito, o(s) método(s) 
para se determinar as causas devem ser indicados como parte do gráfico. 
11. Para finalizar, um pouco de história do gráfico de 
Pareto 
Joseph Juran, um dos pioneiros em trabalhos na área de Qualidade, encontrou um padrão 
de distribuição dos tipos de defeitos de certo produto. Após diversas análises, ele chegou a 
conclusão de que em grande parte das iniciativas de melhoria, poucos tipos de defeitos eram 
responsáveis pela maioria das rejeições (poucos vitais), ou seja, 80% dos problemas de 
qualidade de uma peça são causados por 20% dos tipos de defeitos. Da relação entre esses dois 
trabalhos foi criado o conceito de Pareto. Joseph Juran cunhou o termo “Gráfico de Pareto” no 
início da década de 90. 
O nome se originou do trabalho de Vilfredo Pareto (1848-1923), que foi pioneiro no esforço 
de enunciar uma lei de distribuição de rendimentos. Em essência, ele descobriu que 80% da 
riqueza estava concentrada em cerca de 20% da população. O termo se tornou amplamente 
usado na indústria depois de sua proeminência nas Mesas Redondas de 
Gerenciamento conduzidas na Universidade de Nova York no início da década de 40. 
Por isso o princípio de Pareto com frequência é chamado de “Regra 80/20”. 
(Texto baseado nos estudos da FM2S, com algumas adequações). 
 
Sucesso a todos e um grande abraço! 
 
 
 
Francinei Rodrigues 
Especialista em Engenharia de Qualidade e Gestão de Processos

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