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1 F E R R A M E N TA S D A Q U A LI D A D E - G R U P O P R O M IN A S 2 F E R R A M E N TA S D A Q U A LI D A D E - G R U P O P R O M IN A S 3 F E R R A M E N TA S D A Q U A LI D A D E - G R U P O P R O M IN A SNúcleo de Educação a Distância GRUPO PROMINAS DE EDUCAÇÃO Diagramação: Rhanya Vitória M. R. Cupertino PRESIDENTE: Valdir Valério, Diretor Executivo: Dr. Willian Ferreira. O Grupo Educacional Prominas é uma referência no cenário educacional e com ações voltadas para a formação de profissionais capazes de se destacar no mercado de trabalho. O Grupo Prominas investe em tecnologia, inovação e conhecimento. Tudo isso é responsável por fomentar a expansão e consolidar a responsabilidade de promover a aprendizagem. 4 F E R R A M E N TA S D A Q U A LI D A D E - G R U P O P R O M IN A S Prezado(a) Pós-Graduando(a), Seja muito bem-vindo(a) ao nosso Grupo Educacional! Inicialmente, gostaríamos de agradecê-lo(a) pela confiança em nós depositada. Temos a convicção absoluta que você não irá se decepcionar pela sua escolha, pois nos comprometemos a superar as suas expectativas. A educação deve ser sempre o pilar para consolidação de uma nação soberana, democrática, crítica, reflexiva, acolhedora e integra- dora. Além disso, a educação é a maneira mais nobre de promover a ascensão social e econômica da população de um país. Durante o seu curso de graduação você teve a oportunida- de de conhecer e estudar uma grande diversidade de conteúdos. Foi um momento de consolidação e amadurecimento de suas escolhas pessoais e profissionais. Agora, na Pós-Graduação, as expectativas e objetivos são outros. É o momento de você complementar a sua formação acadêmi- ca, se atualizar, incorporar novas competências e técnicas, desenvolver um novo perfil profissional, objetivando o aprimoramento para sua atu- ação no concorrido mercado do trabalho. E, certamente, será um passo importante para quem deseja ingressar como docente no ensino supe- rior e se qualificar ainda mais para o magistério nos demais níveis de ensino. E o propósito do nosso Grupo Educacional é ajudá-lo(a) nessa jornada! Conte conosco, pois nós acreditamos em seu potencial. Vamos juntos nessa maravilhosa viagem que é a construção de novos conhecimentos. Um abraço, Grupo Prominas - Educação e Tecnologia 5 F E R R A M E N TA S D A Q U A LI D A D E - G R U P O P R O M IN A S 6 F E R R A M E N TA S D A Q U A LI D A D E - G R U P O P R O M IN A S Olá, acadêmico(a) do ensino a distância do Grupo Prominas! É um prazer tê-lo em nossa instituição! Saiba que sua escolha é sinal de prestígio e consideração. Quero lhe parabenizar pela dispo- sição ao aprendizado e autodesenvolvimento. No ensino a distância é você quem administra o tempo de estudo. Por isso, ele exige perseve- rança, disciplina e organização. Este material, bem como as outras ferramentas do curso (como as aulas em vídeo, atividades, fóruns, etc.), foi projetado visando a sua preparação nessa jornada rumo ao sucesso profissional. Todo conteúdo foi elaborado para auxiliá-lo nessa tarefa, proporcionado um estudo de qualidade e com foco nas exigências do mercado de trabalho. Estude bastante e um grande abraço! Professora: Alana Santiago dos S. Santos 7 F E R R A M E N TA S D A Q U A LI D A D E - G R U P O P R O M IN A S O texto abaixo das tags são informações de apoio para você ao longo dos seus estudos. Cada conteúdo é preprarado focando em téc- nicas de aprendizagem que contribuem no seu processo de busca pela conhecimento. Cada uma dessas tags, é focada especificadamente em partes importantes dos materiais aqui apresentados. Lembre-se que, cada in- formação obtida atráves do seu curso, será o ponto de partida rumo ao seu sucesso profisisional. 8 F E R R A M E N TA S D A Q U A LI D A D E - G R U P O P R O M IN A S As organizações que desejam melhorar e ter sucesso em seus empreendimentos e negócios buscam cada vez mais alcançar padrões de qualidade que atendam às demandas dos clientes, fideli- zando-os, reduzindo custos e aumentando lucros, garantindo assim, uma posição de destaque diante da competitividade do mercado. Para garantir tudo isso, o caminho é a implementação de um eficiente sis- tema de gestão da qualidade. Para entender e solucionar melhor os problemas de gerenciamento da qualidade, são utilizadas algumas ferramentas de gestão da qualidade. Essas ferramentas são instru- mentos de aperfeiçoamento que podem fornecer muitas informações sobre questões organizacionais, e possuem como principal finalidade a medida preventiva e a antecipação dos problemas que venham a aparecer. Qualidade. Ferramentas. Gestão. Gerenciamento. 9 F E R R A M E N TA S D A Q U A LI D A D E - G R U P O P R O M IN A S CAPÍTULO 01 FERRAMENTAS DA QUALIDADE – PARTE 1 Apresentação do Módulo ______________________________________ 11 15 35 18 Gráfico (ou Carta) de Controle __________________________________ Estratificação __________________________________________________ Diagrama de Dispersão _________________________________________ CAPÍTULO 02 FERRAMENTAS DA QUALIDADE – PARTE 2 Folha de Verificação ___________________________________________ 33 28Recapitulando ________________________________________________ FMEA - Failure Mode and Effects Analysis ______________________ 43 21Diagrama de Ishikawa _________________________________________ 36Histograma ____________________________________________________ 5W2H _________________________________________________________ 45 24Diagrama de Pareto ___________________________________________ Recapitulando _________________________________________________ 48 10 F E R R A M E N TA S D A Q U A LI D A D E - G R U P O P R O M IN A S Considerações Finais ____________________________________________ 69 Fechando a Unidade ____________________________________________ 70 Referências _____________________________________________________ 73 CAPÍTULO 03 FERRAMENTAS DA QUALIDADE – PARTE 3 PDCA - Plan, Do, Check e Act _________________________________ 52 Análise SWOT - Strenghts, Weaknesses, Opportunities e Threats 56 Six Sigma _______________________________________________________ 60 Recapitulando __________________________________________________ 65 11 F E R R A M E N TA S D A Q U A LI D A D E - G R U P O P R O M IN A S Existem algumas ferramentas de gerenciamento da qualidade essenciais e populares que já são aplicadas pelo menos há meio sécu- lo. As ferramentas de gerenciamento de qualidade ajudam uma organi- zação ou empresa a coletar e analisar dados para que os funcionários possam entender e interpretar facilmente as informações, ou seja, com a ajuda das ferramentas de gerenciamento da qualidade, os funcioná- rios podem coletar facilmente os dados e organizá-los, o que ajudaria ainda mais na análise dos mesmos e, eventualmente, chegaria a solu- ções concretas para produtos de melhor qualidade. Os modelos de gerenciamento de qualidade requerem amplo planejamento e coleta de informações relevantes sobre os usuários finais. Os feedbacks e expectativas dos clientes precisam ser cuidadosamente monitorados e avaliados, para oferecer produtos de qualidade superior. Essas ferramentas de gestão da qualidade são usadas para entender melhor os problemas. E para tomar decisões eficazes com base em dados. Quando usadas corretamente, elas podem ajudar a identificar problemas, tendências e causa raiz rapidamente, fornecendo elementos que, por muitas vezes, acabavam sendo esquecidos em pro- cessos de melhoria e solução de problemas. As ferramentas da qualidade são elementos bastante relevantes, na busca da resolução de problemas. Ao utilizá-las, as equipes de qualida- de devem usar os raciocínios indutivo e dedutivo para realmenteeliminar os problemas, usando julgamentos e teorias, baseados em dados e fatos. A maior parte das ferramentas de gestão da qualidade teve origem a partir de estudos dos chamados “gurus do gerenciamento da qualidade”, como Deming, Jura e Ishikawa. Apresentada a ideia e a definição de ferramentas da gestão da qualidade, será feita uma breve introdução sobre o que será abordado nesta unidade. A unidade foi organizada de modo a contextualizar a relevância das ferramentas da qualidade dentro das organizações e apresentar as principais delas, as que são mais utilizadas nas empresas atualmente. No capítulo 1 é apresentado o conceito geral de Ferramentas da Gestão da Qualidade, como elas impactam positivamente o cenário de crescimento e melhoria almejado pelas empresas. São apresenta- das as ferramentas serão abordadas ao longo da unidade, sendo intro- duzidas quatro delas: Gráfico de Controle, Diagrama de Dispersão, de Ishikawa e de Pareto. O capítulo 2 segue detalhando e apresentando as aplicabili- dades e os procedimentos para utilização das ferramentas seguintes: Folha de Verificação, Estratificação, Histograma, FMEA e 5W2H. 12 F E R R A M E N TA S D A Q U A LI D A D E - G R U P O P R O M IN A S Por fim, no capítulo 3 são apresentadas outras três ferramen- tas muito relevantes para um bom sistema de gerenciamento da quali- dade. São elas: PDCA, análise SWOT e Six Sigma. 13 F E R R A M E N TA S D A Q U A LI D A D E - G R U P O P R O M IN A S Sabe-se que todas as empresa e indústrias que almejam ter su- cesso em seus empreendimentos trabalham em torno da qualidade dos seus produtos e/ou serviços gerados, visto que, sem ela torna-se inviável ter uma posição de destaque diante da competitividade do mercado. Assim sendo, a implementação do conceito de gestão da quali- dade demonstra-se indispensável para modos de produzir mais eficien- tes e eficazes, atendendo às demandas dos consumidores finais. E para implementar um bom sistema de gestão da qualidade é fundamental o uso de algumas ferramentas, para definir e mensurar os pro- cessos, auxiliar em análises e propor soluções aos problemas que interfe- rem no desempenho e nos resultados da empresa, otimizando as tomadas de decisão e estabelecendo medidas de melhoria. Esses instrumentos de aperfeiçoamento são chamados de Ferramentas da Gestão da Qualidade. FERRAMENTAS DA QUALIDADE PARTE 1 F E R R A M E N TA S D A Q U A LI D A D E - G R U P O P R O M IN A S 13 14 F E R R A M E N TA S D A Q U A LI D A D E - G R U P O P R O M IN A S Tais ferramentas podem fornecer muitas informações sobre questões organizacionais, e possuem como principais finalidades a me- dida preventiva e a antecipação dos problemas que venham a aparecer. O primeiro estudioso a reunir o conjunto de metodologias, propondo ferramentas básicas para qualidade, foi Kaoru Ishikawa, em 1968, interessado em gerenciar técnicas e práticas de qualidade para empresas japonesas, pretendendo aplicá-las para autoestudo e treina- mento de funcionários. Entretanto, mesmo antes disso, William Edwards Deming e Walter Shewhart, nascidos nos Estados Unidos, também fo- ram “gurus da qualidade” que influenciaram a Gestão da Qualidade in- troduzindo, cada um deles, uma ideia de ferramenta de qualidade, me- lhorando processos produtivos. Existem muitas Ferramentas da Qualidade para a implemen- tação de um sistema de Gestão da Qualidade, entretanto, a literatura direciona o foco a apenas sete que se destacaram ao longo dos anos pela eficiência na obtenção de resultados, como sendo as principais, conhecidas como “As 7 básicas”: 1. Gráfico de Controle; 2. Diagrama de Dispersão; 3. Diagrama de Ishikawa; 4. Diagrama de Pareto; 5. Folha de Verificação; 6. Estratificação; 7. Histograma. Elas serão apresentadas de forma detalhada posteriormente. As ferramentas da qualidade apresentam muitos benefícios e as em- presas contam com um significativo portfólio de métodos, técnicas e ferramentas que auxiliam e facilitam as atividades diárias, elevando a qualidade da execução e dos dados apresentados para os produtos e serviços. E ainda, contribuem significativamente para a redução de des- perdícios e de custos operacionais, de modo que também aumentam a agilidade na execução das tarefas. Essas ferramentas podem fornecer muitas informações sobre problemas nas organizações, ajudando-as a obter soluções para os mesmos. Várias dessas ferramentas de qualidade vêm com um preço. E é preciso ter profissionais capacitados para que as ferramentas sejam aplicadas de forma correta, de modo que as organizações não estejam susceptíveis aos riscos de se ter resultados equivocados e prejudiciais. É preciso estar atento ao iniciar qualquer atividade ou proces- so, realizando previamente um planejamento bem estruturado, para reconhecer possíveis falhas e problemas iminentes. E como veremos nos capítulos posteriores, cada uma das ferramentas possui uma forma 15 F E R R A M E N TA S D A Q U A LI D A D E - G R U P O P R O M IN A S correta de ser utilizada, o que dependerá da questão a ser resolvida, da informação a ser coletada e do tipo de processo a ser trabalhado. Depois de conhecer cada uma das ferramentas, será possível ter dis- cernimento para escolher qual usar em cada ocasião e como aplicá-la. A partir de agora, serão apresentadas as principais Ferramen- tas de Gestão da Qualidade e suas aplicabilidades. GRÁFICO (OU CARTA) DE CONTROLE Também conhecido como Controle Estatístico do Processo (CEP) ou Gráfico de Shewhart, foi introduzido e desenvolvido por Wal- ter Shewhart, nos Laboratórios Telefônicos Bell, na década e 1920. Este gráfico de controle é usado para estudar como o processo muda no de- correr do tempo, ilustrando a quantidade e a natureza da variação, po- dendo ser usado para monitorar quaisquer processos da organização. Os gráficos de controle possibilitam identificar a estabilidade e previsibilidade do processo, a causa comum de variação e condições especiais em que a parte do monitoramento precisar agir. Um gráfico de controle sempre tem uma linha central horizontal (LC) que corresponde a uma determinada estatística da característica de qualidade que está sendo monitorada, uma linha superior para o li- mite superior de controle (LSC) e uma linha inferior para o limite inferior de controle (LIC), como pode ser visto na figura 1. Tais limites de con- trole são calculados a partir dos dados disponíveis (dados históricos) e colocados equidistantes da linha central. Os limites de controles são escolhidos para que quase todos os pontos de dados estejam dentro desses limites enquanto o processo permanecer sob controle. Compa- rando então, os dados atuais com essas linhas, pode-se concluir se a variação do processo é consistente ou imprevisível. Os limites de controle são calculados da seguinte maneira: 1. Estimando-se o desvio padrão, σ, dos dados da amostra. 2. Multiplicando esse número por 3. 3. Adicionando (3xσ à média) para LSC e subtraindo (3xσ à média) para LIC. Já para dados variáveis, os gráficos de controle são usados aos pares. O gráfico superior monitora a média ou a centralização da distribuição de dados do processo. O gráfico inferior monitora o interva- lo ou a largura da distribuição. 16 F E R R A M E N TA S D A Q U A LI D A D E - G R U P O P R O M IN A S Figura 1 - Gráfico de Controle típico Fonte: Montgomery (2004) Quando Usar Gráfico de Controle Os gráficos de controle devem ser utilizados nas seguintes si- tuações: • Ao controlar processos em andamento, localizando e corrigin- do problemas conforme ocorrem; • Ao analisar padrões de variação do processo de causas espe- ciais (eventos não rotineiros) ou causas comuns (integradas no processo); • Ao prever o intervalo esperado de resultados de um processo; • Ao determinar se um processo é estável (no controle estatístico); • Ao determinarse o seu projeto de melhoria da qualidade deve ter como objetivo evitar problemas específicos ou fazer alterações fun- damentais no processo. Procedimento Básico do Gráfico de Controle a) Escolha a tabela de controle apropriada para seus dados. b) Determine o período de tempo apropriado para coletar e plo- tar os dados. c) Colete dados, construa seu gráfico e analise os dados. d) Procure por “sinais fora de controle” na tabela de controle. Quando um for identificado, marque-o no gráfico e investigue a causa. Do- cumente como você investigou, o que aprendeu e como agiu para corrigir. Sinais fora de controle • Na figura 2, o pronto 16 está acima do LSC (Limite Superior christiane.reis Realce christiane.reis Realce christiane.reis Realce christiane.reis Realce 17 F E R R A M E N TA S D A Q U A LI D A D E - G R U P O P R O M IN A S de Controle. Somente um ponto fora dos limites de controle. • Dois em cada três pontos sucessivos estão no mesmo lado em relação a linha central e mais distantes que 2σ. Na figura 2, o ponto 4 envia esse sinal. • Padrões consistentes ou persistentes óbvios que sugerem algo incomum sobre seus dados e seu processo. Figura 2 - Gráfico de Controle - Sinais fora de controle Fonte: SiteASQ (2019) e) Deve-se continuar a plotar dados à medida que são gera- dos. Conforme cada novo ponto de dados for plotado, verifica-se se há novos sinais fora de controle. f) Quando iniciar um novo gráfico de controle, o processo pode estar fora de controle. Nesse caso, os limites de controle calculados a partir dos primeiros vinte pontos sequenciais de um período em que o processo estiver operando sob controle, recalculam-se os limites de controle. Se um ponto de dado estiver fora dos limites de controle, as- sumimos que o processo provavelmente está fora de controle e que uma investigação é necessária para encontrar e eliminar a causa. Mas isso não significa que, necessariamente, quando todos os pontos es- tão dentro dos limites, o processo está sob controle. Se a distribuição parecer não aleatória, isto é, se os pontos exibirem alguma forma de comportamento sistemática, ainda há algo errado. Por exemplo, se os primeiros 25 de 30 pontos ficarem acima da linha central e os últimos cinco ficarem abaixo da linha central, é preciso saber porque isso acon- tece. Métodos estatísticos para detectar sequências ou padrões não aleatórios podem ser aplicados à interpretação dos gráficos de controle. De certo, no controle implica que todos os pontos estão entre os limites de controle e formam um padrão aleatório. 18 F E R R A M E N TA S D A Q U A LI D A D E - G R U P O P R O M IN A S DIAGRAMA DE DISPERSÃO Chamado também de Gráfico de Dispersão, é um excelente método para mostrar um padrão não linear. O diagrama de dispersão representa graficamente pares de dados numéricos, com uma variável em cada eixo, a fim de encontrar uma correlação entre essas duas va- riáveis. Geralmente, a primeira é independente e a segunda depende da primeira variável. Essas variáveis são quantitativas, como volume, horas, velocidade, temperatura, tamanho, pressão, etc. Figura 3– Diagrama de Dispersão Fonte: Site PM Study Circle (2019) As variáveis relacionadas entre si fazem com que os pontos tendam a formar uma linha. E quanto mais estiverem correlacionadas, mais apertados os pontos estarão em relação a linha. Por exemplo, na figura 4a, pode ser observado um Diagrama de Dispersão com Corre- lação Moderada, ou também chamado de Diagrama de Dispersão com Baixo Grau de Correlação. Já na figura 4b, pode-se notar que as vari- áveis possuem forte correlação, sendo conhecido como Diagrama de Dispersão com Alto Grau de Correlação. Também é possível classificar os diagramas de dispersão com correlação de acordo com a inclinação dos pontos: • Diagrama de Dispersão com Forte Correlação Positiva, ou também chamado de Diagrama de Dispersão com Inclinação Positiva, visto na figura 4b. Conforme o valor de x aumenta o valor de y também aumenta. Pode-se observar como exemplo, se a temperatura aumentar, as vendas de bebidas frias também aumentarão. • Diagrama de Dispersão com Correlação Positiva Fraca, con- forme observado na figura 4c. Semelhante ao diagrama anterior, à me- dida que o valor de x aumenta, o valor de y também aumenta, entretanto neste caso o padrão dos pontos ficará mais disperso, se parecendo 19 F E R R A M E N TA S D A Q U A LI D A D E - G R U P O P R O M IN A S menos com uma reta. • Diagrama de Dispersão com Forte Correlação Negativa, ou também chamado de Diagrama de Dispersão com Inclinação Negativa, conforme observado na figura 4d. Neste caso, à medida que o valor de x aumenta, o valor de y diminui. • Diagrama de Dispersão com Correlação Negativa Fraca, como é mostrado na figura 4e. Aqui, conforme x aumenta, o valor de y tende a diminuir, entretanto, diferentemente do caso anterior, o padrão dos pontos ficará mais disperso, se parecendo menos com uma reta. Figura 4 – Diagramas de Dispersão Fonte: Adaptado do Site PM StudyCircle (2019) Além disso, existe os Diagramas de Dispersão sem Correla- ção, também chamados de Diagramas de Dispersão com Grau Zero de Correlação, como pode ser visto na Figura 4f. Os pontos encontram-se espalhados de modo aleatório, sem apresentar nenhum tipo de relação entre as variáveis. Quando Usar o Diagrama de Dispersão Indica-se utilizar Diagramas de Dispersão nas seguintes situ- ações: • Quando houver a possibilidade da variável dependente ter dife- rentes valores, de acordo com cada valor distinto da variável independente. • Ao tentar determinar se as duas variáveis estão relacionadas, como por exemplo: o Ao tentar identificar as principais possíveis causas de proble- 20 F E R R A M E N TA S D A Q U A LI D A D E - G R U P O P R O M IN A S mas; o Após brainstorming de causas e efeitos, utilizando o Diagra- ma Espinha de Ishikawa (que será detalhado no subtópico 1.3 a seguir) para determinar objetivamente se uma causa e um efeito específico es- tão relacionados; o Ao determinar se dois eventos que parecem relacionados ocorrem com a mesma causa; o Ao testar a autocorrelação antes de construir um gráfico de controle. Procedimento do Diagrama de Dispersão a) Coletar pares de dados nos quais há suspeita de um rela- cionamento. b) Desenhar um gráfico com a variável independente no eixo horizontal e a variável dependente no eixo vertical. Para cada par de da- dos, colocar um ponto em que o valor do eixo x cruze o valor do eixo y. c) Observar se o padrão de pontos atesta claramente um rela- cionamento. Se os dados formarem notadamente uma linha ou curva, pode-se concluir que as variáveis estão correlacionadas. Se isto não ocorrer, deve-se executar as etapas (d) a (g). d) Dividir os pontos no gráfico em quatro quadrantes. Havendo n pontos no gráfico: - Contar n/2 pontos de cima para baixo e desenhar uma linha horizontal. - Contar n/2pontos da esquerda para a direita e desenhar uma linha vertical. - Se o número de pontos for ímpar, desenhar a linha no ponto do meio. a) Contar os pontos em cada quadrante. Não contar pontos em uma linha. b) Adicionar os quadrantes diagonalmente opostos. Encontrar a menor soma e o total de pontos em todos os quadrantes. - A = pontos no canto superior esquerdo + pontos no canto inferior direito. - B = pontos no canto superior direito + pontos no canto inferior esquerdo. - Q = o menor valor entre A e B. - N = A + B. a) Procurar o limite de N na tabela de teste de tendências. - Se Q for menor que o limite, as duas variáveis estão relacio- 21 F E R R A M E N TA S D A Q U A LI D A D E - G R U P O P R O M IN A S nadas. - Se Q for maior ou igual ao limite, o padrão pode ter se forma- do por acaso. Tabela 1 – Tabela de teste de tendências Fonte: Elaborado pela autora (2019) Caso o diagrama de diagrama não apresente nenhuma correla- ção entreas variáveis, é preciso considerar se a variável independente foi amplamente variada, pois, em algumas circunstâncias a relação não é aparente porque os dados não cobrem uma faixa suficientemente ampla. DIAGRAMA DE ISHIKAWA O Diagrama de Ishikawa é também chamado de Diagrama de Causa e Efeito ou Diagrama de Espinha de Peixe. Essa ferramenta 22 F E R R A M E N TA S D A Q U A LI D A D E - G R U P O P R O M IN A S identifica de forma abrangente as diversas possíveis causas para um problema, fornecendo uma boa compreensão dele, sendo possível eli- minar a sua causa raiz, ao invés de resolver uma parte do problema pela primeira vez e, em seguida, resolver outra parte, e assim por diante. Este diagrama utiliza a técnica de brainstorming para coletar as causas e criar um tipo de mapa mental, que mostra graficamente todas as causas identificadas. Algumas vezes, a causa mais aparente acaba sen- do menor e a causa considerada menos estava causando o problema. O método dessa ferramenta considera todas as causas possíveis de um problema, no lugar de focar na mais óbvia. As causas são agrupadas em várias categorias para identificar facilmente a fonte correta de variação. As causas dos problemas podem ser categorizadas genericamen- te, como exemplo, no setor industrial, elas podem ser categorizadas como: máquinas, método, material, mão de obra, medição (inspeção), meio am- biente, gestão e manutenção. Já no setor de marketing, podem ser catego- rizadas como: produtos, preço, local, promoção, pessoas, posicionamento, embalagem, etc. No setor de serviços como: fornecedores, sistemas, se- gurança, habilidades. Essas são as classificações mais populares, porém, existem muitas outras dependendo do setor e da empresa. Esta é uma ferramenta visual fácil de entender e analisar, que auxilia a encontrar gargalos no processo, identificar maneiras de me- lhorá-lo. Ajuda quando os membros brigam e se culpam por quaisquer problemas. E além disso, prioriza análises adicionais e facilita a tomada de ações corretivas. Entretanto, nem sempre o Diagrama de Ishikawa é executado de maneira eficiente. Às vezes, o esforço é desperdiçado na identifica- ção de causas que têm pouco efeito sobre o problema. Além do fato de que ele é baseado na opinião e não na evidência, pois, envolve uma maneira democrática de selecionar a causa, ou seja, votar as causas, o que pode não ser uma maneira eficaz de identificá-las. Por isso, o valor de um Diagrama de Ishikawa depende de como ele é desenvolvido. Se o participante for menos experiente, me- nos envolvido e tiver pouco conhecimento, seu diagrama será “limpo” e talvez não seja possível identificar a causa raiz do problema. Á vista disso, é necessário que se levante o maior número possível “porquês”. Quando Usar um Diagrama de Ishikawa • Quando o pensamento de uma equipe tende a cair na rotina. • Ao buscar identificar possíveis causas para um problema. 23 F E R R A M E N TA S D A Q U A LI D A D E - G R U P O P R O M IN A S Procedimento do Diagrama de Ishikawa a) Anotar o problema. Muitas vezes a identificação do proble- ma principal não é direta. Desenhar um retângulo no lado direito de uma folha. Escrever o problema dentro deste retângulo e desenhar uma seta na direção do lado esquerdo da parede da caixa (retângulo). Este dese- nho deve se parecer com a coluna e a cabeça de um peixe, conforme visto na figura 5. Figura 5 – Começando a desenhar o diagrama Fonte: Adaptado de PM Study Circle (2019) b) Fazer um brainstorming das principais categorias de causas do problema. c) Para cada causa possível, desenhar uma linha na coluna vertebral do peixe no gráfico, como pode ser visto na figura 6, e rotular cada linha. Esses fatores problema são as espinhas do peixe. d) Pensar em todas as possíveis causas do problema e questio- nar por que isso acontece. À medida que cada ideia é dada, o facilitador a escreve como um ramo da categoria apropriada. As causas podem ser escritas em vários lugares se estiverem relacionadas a várias categorias Figura 6 – Diagrama de Ishikawa em construção Fonte: Adaptado de PM Study Circle (2019) 24 F E R R A M E N TA S D A Q U A LI D A D E - G R U P O P R O M IN A S e) Novamente deve-se questionar "Por que isso acontece?" sobre cada causa e escrever subcausas, ramificando as causas. Se- gue-se perguntando "Por quê?" e gerando níveis mais profundos de causas. Camadas de ramificações indicam relações causais. Figura 7 - Diagrama de Ishikawa em construção Fonte: Adaptado de Site PM Study Circle (2019) f) Quando o grupo ficar sem ideias, concentre a atenção nos lugares do gráfico em que as ideias são poucas. g) Ao concluir o Diagrama de Ishikawa (Espinha de Peixe), será possível ver as possíveis causas do problema. E, a partir daí, a equipe investiga a causa raiz e discute a solução. Para executar essa ferramenta é preciso ter clareza sobre o problema para o qual irá ser desenhado o diagrama. E alguns pontos importantes devem ser observados, como a experiência e o envolvi- mento da equipe com o problema, além da preocupação do gerente de projeto moderar e manter o foco da discussão. DIAGRAMA DE PARETO Também chamado de Gráfico de Pareto, esta ferramenta é um gráfico de barras verticais e, às vezes, em um gráfico de barras e linhas. A barra vertical representa a frequência dos defeitos e a linha represen- ta uma porcentagem cumulativa dos defeitos. O Diagrama de Pareto pode ajudar a entender os problemas e suas causas, otimizando a resolução de problemas, segregando os defeitos e suas causas, sendo então possível se concentrar na causa que está gerando mais defeitos. O Diagrama de Pareto é baseado no Princípio de Pareto, de- 25 F E R R A M E N TA S D A Q U A LI D A D E - G R U P O P R O M IN A S senvolvido por um economista italiano chamado Vilfredo Pareto, en- quanto analisava a distribuição de riqueza das pessoas na sociedade. Ele descobriu que aproximadamente 80% da riqueza era detida por 20% da população. Portanto, esse princípio também é conhecido como princípio 80/20. Posteriormente, outros estudos mostraram que o mes- mo fenômeno também pode ser observado em outras áreas, como: • 80% das vendas vêm de 20% dos produtos, se houverem muitos produtos. • 80% dos defeitos são devidos a 20% dos problemas. • 80% das reclamações são devidas a 20% dos defeitos. • 20% dos defeitos causam 80% dos problemas. Em geral, esse fenômeno pode ser interpretado da seguinte maneira: Aproximadamente 80% dos problemas ocorrerão em 20% das causas ou a maioria dos problemas ocorrerá em um pequeno número de causas. No entanto, é preciso lembrar de que essa regra é uma regra geral e a proporção não é absoluta. Esse diagrama auxilia o encontro da maioria dos problemas e ajuda a equipe a se concentrar na solução das poucas causas que estão gerando a quantidade máxima de problemas, destacando quais problemas devem ser priorizados para se obter a melhoria mais signifi- cativa. Além de ser uma excelente ferramenta de comunicação visual. Quando Usar o Diagrama de Pareto • Quando existem muitos problemas ou causas e deseja-se concentrar nos aspectos mais significativos. • Ao analisar causas amplas, observando seus componentes específicos. • Ao analisar dados sobre a frequência de problemas ou cau- sas em um processo. • Ao se comunicar com outras pessoas sobre seus dados. Procedimento do Diagrama de Pareto a) Decidir quais categorias serão usadas para agrupar os itens. b) Decidir qual medida é apropriada. Medidas comuns são fre- quência, quantidade, custo e tempo. c) Decidir qual período de tempo o gráfico cobrirá. Se será um ciclo de trabalho, um dia inteiro, uma semana, etc. d) Coleta de dados, registrando uma categoria a cada vez ou 26 F E R R A M E N TA S D A Q U A LI D A D E - G R U P O P R O M IN A S montando dados que já existem. e) Separar os dados de acordo com a suacategoria. f) Desenhar um gráfico de barras com causas no eixo x e nú- mero de ocorrências no eixo y. g) Determinar a escala apropriada para as medidas coletadas. O valor máximo será o maior subtotal da etapa (e). - Se forem executadas as etapas opcionais 8 e 9 abaixo, o valor máximo será a soma de todos os subtotais da etapa (e) -. Marcar a escala no lado esquerdo do gráfico. h) Construa e identifique barras para cada categoria. Coloque o mais alto na extrema esquerda, depois o próximo mais alto à direita e assim por diante. Se houver muitas categorias com pequenas medidas, elas podem ser agrupadas como "outras". Repetir o procedimento até concluir todas as categorias identificadas. Nota: As etapas i e j são opcionais, mas são úteis para análise e comunicação. a) Calcular a porcentagem de cada categoria: o subtotal dessa categoria dividido pelo total de todas as categorias. Desenhar um eixo vertical direito e identificar com porcentagens. Certificar-se de que as duas escalas correspondem. Por exemplo, a medida esquerda que cor- responde à metade deve estar exatamente oposta a 50% na escala certa. b) Calcular e desenhar somas cumulativas: adicionar os subto- tais para a primeira e a segunda categorias e colocar um ponto acima da segunda barra, indicando essa soma. Para essa soma, adicionar o subtotal para a terceira categoria e colocar um ponto acima da terceira barra para essa nova soma. Continuar o processo para todas as barras. Conectar os pontos, começando no topo da primeira barra. O último ponto deve atingir 100% na escala correta. Figura 8 - Gráfico de Pareto Fonte: Adaptado de PM Study Circle (2019) 27 F E R R A M E N TA S D A Q U A LI D A D E - G R U P O P R O M IN A S Em resumo, para desenhar o gráfico de Pareto, coleta-se os problemas do processo e os categoriza por tipo, e desenha-se um gráfi- co de barras de acordo com sua categoria. Os problemas mais comuns serão mantidos no lado esquerdo e os menos comuns no lado direito. Agora, é possível segregar as causas que geram a maioria dos problemas, analisá-las, encontrar a solução para sua causa raiz e remo- ver os problemas do processo. Entretanto, se existirem muitos problemas, podem ser neces- sários mais gráficos sub-Pareto para segregar, o que às vezes pode ser complicado. E embora um gráfico de Pareto possa mostrar a frequência de um problema, ele não pode mostrar a gravidade. Outra contrapartida é que a análise de Pareto se concentra em dados passados, que podem não ser significativos para cenários atuais ou futuros. 28 F E R R A M E N TA S D A Q U A LI D A D E - G R U P O P R O M IN A S QUESTÕES DE CONCURSOS QUESTÃO 01 Ano: 2017 Banca: FCC Órgão: TRT - 5ª Região (BA) Prova: Analista Judiciário - Estatística Considere as seguintes afirmações: I. Um gráfico de controle de qualidade é um instrumento que mostra a evolução do nível de operação de um processo produtivo e sua variação ao longo de um determinado período. II. Os limites de um gráfico de controle de qualidade definem a região onde a flutuação é considerada de origem não aleatória. III. Se não houver pontos fora dos limites superior e inferior de um gráfico de controle de quali- dade, considera-se que o processo produtivo está sob controle. IV. Para a determinação dos limites probabilísticos de um gráfico de controle de qualidade, deve-se conhecer a distribuição de probabi- lidade da variável aleatória que mede o desempenho do processo. Está correto o que consta APENAS em A - I. B - I, III e IV. C - III e IV. D - I e IV. E - II, III e IV. QUESTÃO 02 Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: Prefeitura de Niterói - RJ Prova: Ana- lista de Políticas Públicas e Gestão Governamental Visando reduzir o número de assaltos na cidade, a Prefeitura lança um aplicativo para celular que conta com a colaboração da popu- lação para notificar onde ocorreram assaltos, criando assim um mapa regional do crime. Decorrido 1 ano do lançamento do aplicativo, a Prefeitura elabora um diagrama de dispersão para avaliar a utilidade do aplicativo. De acordo com o diagrama apresentado, assinale a afirmativa correta. 29 F E R R A M E N TA S D A Q U A LI D A D E - G R U P O P R O M IN A S A - Não existe correlação entre o número de usuários do aplicativo e o número de assaltos. B - O número de assaltos aumentou com o aumento do número de usuários. C - Número de assaltos diminuiu com o aumento do número de usuários. D - O número de usuários reduziu-se no período de 1 ano. E - Apesar do aumento do número de usuários, o número de assaltos se manteve inalterado. QUESTÃO 03 Ano: 2019 Banca: UFMG Órgão: UFMG Prova: UFMG - 2019 - UFMG - Administrador A utilização de algumas técnicas de apoio na gestão organizacio- nal contribui para o desenvolvimento e para a implementação da administração de processos. Essas técnicas auxiliam no gerencia- mento de situações e de problemas complexos, os quais são re- correntes na administração das instituições públicas. Cita-se, dentre as várias técnicas disseminadas, aquela que pos- sibilita a priorização de problemas, sugerindo que a minoria das falhas de produção e/ou prestação de serviços pode ser o motivo da maior parte dos problemas do produto e/ou serviço prestado. De maneira geral, essa técnica indica que 80% dos efeitos são ori- ginados por 20% das causas. Essa técnica é denominada A - Diagrama de Ishikawa. B - Diagrama matricial. C - Diagrama de Pareto. D - Diagrama de dispersão. QUESTÃO 04 Ano: 2018 Banca: FUNRIO Órgão: AL-RR Prova: Administrador A ferramenta da qualidade que permite organizar o raciocínio e a discussão sobre as causas de um efeito ou problema é denominado A - diagrama de Ishikawa. B - gráfico de barras. C - diagrama de dispersão. D - gráfico de Pareto. QUESTÃO 05 Ano: 2017 Banca: FGV Órgão: Prefeitura de Salvador - BA Prova: Suporte Administrativo Operacional Dentre as ferramentas de qualidade listadas a seguir, assinale a 30 F E R R A M E N TA S D A Q U A LI D A D E - G R U P O P R O M IN A S que se apoia no conceito de “poucos, mas vitais”. A - Ciclo PDCA. B - Diagrama de Ishikawa. C - Brainstorming. D - Folha de verificação. E - Gráfico de Pareto. QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE Apresente um conceito para as ferramentas de qualidade sabendo das várias acepções em nas quais pode ser apresentado e sobre sua impor- tância para o fornecimento de produtos. TREINO INÉDITO Assunto: FERRAMENTAS DE QUALIDADE O ____________ é utilizado para identificas causa raiz de um de- terminado problema, também é conhecido como diagrama espinha de peixe. a) Histograma b) Folha de verificação c) PDCA d) Diagrama de Ishikawa e) Six Sigma NA MÍDIA ANATEL PLANEJA CRIAR SELO DE QUALIDADE DE TELEFONIA CELULAR, DIZ PRESIDENTE DA AGÊNCIA A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) planeja criar um selo de qualidade para indicar quais são as melhores operadoras de telefo- nia móvel do país. O presidente da agência, Leonardo Morais, defende a criação de uma ferramenta pela qual o consumidor identifique qual operadora oferece o melhor serviço em cada região. Por exemplo: com o aplicativo o consumidor poderá ver qual operadora oferece maior velocidade de download e menor instabilidade no cami- nho que ele faz ou mesmo no bairro onde trabalha. Fonte: G1 Data: 28 de setembro de 2019 Leia a notícia na íntegra:https://g1.globo.com/economia/noti- cia/2019/09/28/anatel-planeja-criar-selo-de-qualidade-de-telefonia-ce- lular-diz-presidente-da-agencia.ghtml 31 F E R R A M E N TA S D A Q U A LI D A D E - G R U P O P R O M IN A S NA PRÁTICA DIAGRAMA DE PARETO A empresa “XPTO serviços especializados” identificou que o número de clientes insatisfeitos (consequência/efeito) com o serviço prestado aumentou drasticamente. Para isto, ela elaborou uma pesquisa, ques- tionando os clientes sobre os motivos (causas). Foram tabulados os seguintes dados. *Obs: A frequência acumulada (3ª coluna)é a soma do percentual das causas com o percentual da causa anterior. Simplificando, o percentual acumulado da causa “preço” é: 70% (frequência acumulada da causa “Não atendeu ao prazo) + 10% (percentual da causa “preço”). Com estas informações foi gerado o Gráfico de Pareto deste problema. Neste caso concluímos, que a principal causa “não atendeu ao prazo” representa o principal agravante para a insatisfação do cliente. Ou seja, através do gráfico concluímos que a “XPTO serviços especializados” precisam elaborar um plano para resolver esta questão e, consequente- mente, atender aos prazos acordados com os clientes. Fonte: https://certificacaoiso.com.br/as-sete-ferramentas-da-qualidade/ 32 F E R R A M E N TA S D A Q U A LI D A D E - G R U P O P R O M IN A S PARA SABER MAIS: Acesse os links: https://blogdaqualidade.com.br/o-que-e-qualidade/ https://www.fm2s.com.br/case-real-como-aplicar-as-ferramentas-da- -qualidade/ 33 F E R R A M E N TA S D A Q U A LI D A D E - G R U P O P R O M IN A S FOLHA DE VERIFICAÇÃO Uma folha de verificação é um formulário estruturado e prepa- rado para coletar e analisar dados em tempo real e no local em que os dados são gerados. É uma ferramenta genérica que pode ser adaptada para uma ampla variedade de finalidades O documento geralmente é um formulário em branco projetado para a preenchimento rápido, fácil e eficiente das informações desejadas, que podem ser quantitativas ou qualitativas. Quando a informação é quantitativa, a folha de verificação às vezes é chamada de folha de registro. Uma característica definidora de uma folha de verificação é que os dados são registrados fazendo marcas (“verificações”) nela. FERRAMENTAS DA QUALIDADE PARTE 2 33 F E R R A M E N TA S D A Q U A LI D A D E - G R U P O P R O M IN A S 34 F E R R A M E N TA S D A Q U A LI D A D E - G R U P O P R O M IN A S Uma folha de verificação típica é dividida em regiões e as marcas feitas em diferentes regiões têm significados diferentes. Os dados são lidos observando a localização e o número de marcas na folha. O documento foi projetado de forma a ter as possíveis fontes de erro já anotadas. Os usuários podem adicionar mais possibilidades. Em seguida, eles registram os dados referentes aos erros diariamente. Esses dados podem ser usados como evidência nas sessões de brainstorming. Uma folha de verificação fornece as matérias-primas que ajudam os usuá- rios a descobrir os problemas que precisam conhecer antes de resolvê-los. Cinco tipos básicos de folhas de verificação incluem: • Folha de verificação de classificação: Uma característica como um defeito deve ser classificada em uma categoria. Se fosse ape- nas acompanhado o total de defeitos, se saberia que existem diversos defeitos totais. Isso é um pouco útil, mas que, por si só, não fornece muitas informações sobre qual dia é o pior ou qual fonte de defeitos está na pior forma, etc. Uma folha de verificação de classificação fornece uma visão geral visual de áreas problemáticas. • Folha de verificação da localização do defeito: A localização física de uma característica é indicada em uma figura ou ilustração de uma peça ou item que está sendo avaliado. Em vez de apenas acompa- nhar o número de defeitos, a folha de verificação mostra a localização do defeito. Quando isso for conhecido, a equipe poderá voltar ao pro- cesso para ver qual parte do produto que está causando os problemas. • Folha de verificação de frequência: A presença ou ausência de uma característica ou combinação de características é indicada. Além do número de ocorrências de uma característica em uma peça poder ser indicado. • Folha de verificação da escala de medição: Uma escala de medição é dividida em intervalos e as medidas são indicadas através da verificação de um intervalo apropriado. • Lista de verificação: Este tipo de folha funciona como um che- cklist de tarefas que devem ser realizadas, e a cada execução da lista, marca-se a conclusão da tarefa. Em que Momento Usar a Folha de Verificação • Quando os dados podem ser observados e coletados repeti- damente pela mesma pessoa ou no mesmo local. • Ao coletar dados sobre a frequência ou padrões de eventos, problemas, defeitos, localização de defeitos, causas de defeitos ou pro- blemas similares. christiane.reis Realce christiane.reis Realce 35 F E R R A M E N TA S D A Q U A LI D A D E - G R U P O P R O M IN A S • Ao coletar dados de um processo de produção. Procedimento da Folha de Verificação a) Decidir qual evento ou problema será observado. Desenvol- ver definições operacionais. b) Decidir quando os dados serão coletados e por quanto tempo. c) Projetar o formulário e configurá-lo para que os dados pos- sam ser registrados simplesmente com marcas de verificação como X ou símbolos semelhantes e para que os dados não precisem ser copia- dos novamente para análise. d) Rotular todos os espaços no formulário. e) Testar a folha de verificação por um curto período para ga- rantir que ela colete os dados apropriados e seja fácil de usar. f) Sempre que ocorrer um problema, registrar os respectivos dados na folha de verificação. Diz-se que a folha de verificação se tornou obsoleta devido à introdução de softwares de gerenciamento de processos de negócios, que tem a capacidade de registrar grandes volumes de dados e apre- sentá-los em determinado formato, conforme necessário. Isso permite que dados mais complexos sejam gravados automaticamente. O pro- cesso agora não depende nem da inteligência humana, nem da con- fiabilidade da folha de verificação. Os dados agora são gravados auto- maticamente e podem ser organizados da maneira que for necessária. ESTRATIFICAÇÃO Estratificação é definida como o ato de classificar dados, pes- soas e objetos em grupos ou camadas distintas. É uma técnica usada em combinação com outras ferramentas de análise de dados. Quando dados de várias fontes ou categorias são agrupados, pode ser difícil entender o significado dos dados. Essa técnica de coleta e análise de dados separa os dados para que os padrões possam ser vistos. Quando Usar a Estratificação • Antes de coletar dados. • Quando os dados vêm de várias fontes ou condições, como turnos, dias da semana, fornecedores ou grupos populacionais. • Quando a análise de dados pode exigir a separação de dife- christiane.reis Realce 36 F E R R A M E N TA S D A Q U A LI D A D E - G R U P O P R O M IN A S rentes fontes ou condições. Exemplos de diferentes fontes que podem exigir a estratifica- ção dos dados: Equipamento, turnos, departamentos, materiais, forne- cedores, dia da semana, hora do dia, produtos, etc. Procedimento de Estratificação a) Antes de coletar dados, considerar quais informações sobre as fontes dos dados podem afetar os resultados. Configurar a coleta de dados para coletar essas informações também. b) Ao plotar ou representar graficamente os dados coletados em um diagrama de dispersão, gráfico de controle, histograma ou outra ferramenta de análise, usar marcas ou cores diferentes para distinguir dados de várias fontes. Dados que se distinguem dessa maneira são considerados "estratificados". c) Analisar os subconjuntos de dados estratificados separada- mente. Por exemplo, em um diagrama de dispersão em que os dados são estratificados em dados da fonte 1 e dados da fonte 2, desenhar quadrantes, contar pontos e determinar o valor crítico apenas para os dados da fonte 1 e, em seguida, apenas para os dados da fonte 2. É aconselhável que de se considere, antes de coletar dados, se a estratificação pode ser necessária durante a análise, pois, os da- dos coletados, geralmente, se beneficiam da estratificação. HISTOGRAMA O histograma é uma das poderosas ferramentas de planejamento e controle da qualidade para entender as ações preventivas e corretivas. Em uma determinada situação, mostra as diferentes causas dosproble- mas. É um tipo de gráfico de barras que mostra uma distribuição de variá- veis, através de uma distribuição de frequência, representando cada atri- buto ou característica como uma coluna, e a frequência de cada atributo ou característica que ocorre, como a altura da coluna. É muito parecido com um gráfico de barras, mas existem diferenças importantes entre eles. No planejamento e o gerenciamento da qualidade, um histogra- ma serve como uma abordagem preventiva para melhorar os processos. São usados dados históricos para identificar categorias de causas que afetam mais. Com base na maioria das categorias, são selecionados processos para melhorar. Para o controle de qualidade, causas de baixo desempenho são christiane.reis Realce 37 F E R R A M E N TA S D A Q U A LI D A D E - G R U P O P R O M IN A S identificadas, ajudando a melhorar os processos e seus produtos de tra- balho. Dessa forma, as causas da análise de baixo desempenho tornam o histograma uma ferramenta poderosa para executar ações corretivas. Figura 9 - Exemplo de Histograma Fonte: Adaptado de PM Study Circle (2019) Cada resultado apresentado pelo histograma representa um determinado significado e pode ser lido de uma forma, como será apre- sentado a seguir. Distribuição normal: Um padrão comum é a curva em forma de sino, conhecida como "distribuição normal". Em uma distribuição normal ou "típica", é mais provável que os pontos ocorram em um lado da mé- dia do que no outro. É importante observar que "normal" refere-se à distribuição tí- pica de um processo específico. Por exemplo, muitos processos têm um limite natural de um lado e produzirão distribuições distorcidas. Isso é normal - o que é típico - para esses processos, mesmo que a distribui- ção não seja considerada "normal". Figura 10 - Distribuição normal Fonte: Adaptado de PM Study Circle (2019) Distribuição enviesada: A distribuição enviesada é assimétri- 38 F E R R A M E N TA S D A Q U A LI D A D E - G R U P O P R O M IN A S ca porque um limite natural impede resultados de um lado. O pico da distribuição está descentralizado em direção ao limite e uma cauda se estende para longe dele. Por exemplo, uma distribuição de análises de um produto muito puro seria distorcida, porque o produto não pode ser mais do que 100% puro. Outros exemplos de limites naturais são orifí- cios que não podem ser menores que o diâmetro da broca ou tempos de manipulação de chamadas que não podem ser menores que zero. Essas distribuições são chamadas de inclinação direita ou esquerda, de acordo com a direção da cauda. Figura 11 - Distribuição enviesada Fonte: Adaptado de PM Study Circle (2019) Pico duplo ou bimodal: A distribuição bimodal parece com as cos- tas de um camelo de duas corcovas. Os resultados de dois processos com distribuições diferentes são combinados em um conjunto de dados. Por exemplo, uma distribuição de dados de produção de uma operação de dois turnos pode ser bimodal, se cada turno produzir uma distribuição diferente de resultados. A estratificação frequentemente revela esse problema. Figura 12 - Distribuição bimodal Fonte: Adaptado de Site PM Study Circle (2019) Distribuição platô ou multimodal: Vários processos com distri- buições normais são combinados. Como existem muitos picos próxi- mos, o topo da distribuição se assemelha a um platô. 39 F E R R A M E N TA S D A Q U A LI D A D E - G R U P O P R O M IN A S Figura 13 – Distribuição multimodal Fonte: Adaptado de PM Study Circle (2019) Distribuição do pico de borda: Essa distribuição se parece com a distribuição normal, exceto pelo fato de ter um pico grande em uma cau- da. Geralmente, isso é causado pela construção incorreta do histograma, com os dados agrupados em um grupo rotulado como "maior que". Figura 14 - Distribuição do pico de borda Fonte: Adaptado de PM Study Circle (2019) Distribuição de pente: Em uma distribuição de pente, as barras são alternadamente altas e baixas. Essa distribuição geralmente resulta de dados arredondados e/ou de um histograma construído incorreta- mente. Por exemplo, os dados de temperatura arredondados para o 0,2 grau mais próximo mostrariam uma forma de pente se a largura da barra para o histograma fosse de 0,1 grau. Figura 15 - Distribuição do pente Fonte: Adaptado de PM Study Circle (2019) 40 F E R R A M E N TA S D A Q U A LI D A D E - G R U P O P R O M IN A S Distribuição truncada ou de corte cardíaco: A distribuição trun- cada parece uma distribuição normal com as caudas cortadas. O forne- cedor pode estar produzindo uma distribuição normal de material e, em seguida, contando com a inspeção para separar o que está dentro dos limites de especificação, do que está fora da especificação. Figura 16 - Distribuição truncada Fonte: Adaptado de PM Study Circle (2019) Distribuição “comida de cachorro”: Nesta distribuição está fal- tando alguma coisa - resultados próximos da média. Se um cliente re- cebe esse tipo de distribuição, alguém recebe uma distribuição de corte cardíaco e o cliente fica com a “comida de cachorro”, as probabilidades e as sobras que restam após a refeição do mestre. Embora o que o cliente receba esteja dentro das especificações, o produto se divide em dois grupos: um próximo ao limite superior da especificação e outro próximo ao limite inferior da especificação. Essa variação geralmente causa problemas no processo do cliente. Figura 17 - Distribuição "comida de cachorro" Fonte: Adaptado de PM Study Circle (2019) Quando Usar o Histograma • Quando os dados são numéricos. • Quando deseja-se ver a forma da distribuição dos dados, es- pecialmente ao determinar se a saída de um processo é distribuída nor- malmente. 41 F E R R A M E N TA S D A Q U A LI D A D E - G R U P O P R O M IN A S • Ao analisar se um processo irá atender aos requisitos do cliente. • Ao analisar a aparência da saída do processo de um fornecedor. • Quando deseja-se ver se ocorreu uma alteração no processo de um período para outro. • Ao determinar se as saídas de dois ou mais processos são diferentes. • Quando deseja-se comunicar a distribuição de dados de ma- neira rápida e fácil a outras pessoas. Procedimento para um Histograma a) Coletar pelo menos 50 pontos de dados consecutivos de um processo. b) O Excel é uma ferramenta que auxiliará na construção do His- tograma. Primeiro crie uma planilha nova, nomeando a coluna A como “In- tervalos” e a coluna B como “Frequência”. A coordenada x corresponde aos dados de intervalo e a coordenada y corresponde aos dados de frequência. c) Adicione os valores. d) Conforme mostrado na figura 18, após inserir os dados, se- lecione todas as células. Figura 18 - Selecionar Células Fonte: Adaptado de Site da Tecmundo (2019) a) Em seguida, clique na aba “Inserir”, no menu “Colunas” e, logo após, no item “Coluna 2D”. christiane.reis Realce 42 F E R R A M E N TA S D A Q U A LI D A D E - G R U P O P R O M IN A S Figura 19 – Coluna D Fonte: Adaptado de Site da Tecmundo (2019) b) Resultará em algo semelhante à figura 20. Entretanto, as barras aparecerem automaticamente, mas o espaçamento delas ainda é grande demais, fazendo com que o histograma pareça um gráfico de barra normal. Figura 20 - Frequência Fonte: Adaptado de Site da Tecmundo (2019) c) Clique com o mouse (botão da direita) em cima de qualquer uma das barras e selecione a opção “Formatar Séries de Dados”. Na ja- nela que se abre, defina “Largura do Espaçamento” como 0% e clicque em “Ok”, resultando na figura 21. Figura 21 - Frequência Fonte: Adaptado de Site da Tecmundo (2019) 43 F E R R A M E N TA S D A Q U A LI D A D E - G R U P O P R O M IN A S FMEA - FAILURE MODE AND EFFECTS ANALYSIS Do inglês Failure Mode and Effects Analysis, FMEA significa modo de falha e análise de efeitos. Iniciada na década de 1940 pe- lasforças armadas dos EUA, a análise de modos e efeitos de falhas (FMEA) é uma abordagem passo a passo para identificar todas as fa- lhas possíveis em um projeto, um processo de fabricação ou montagem ou um produto ou serviço. 1. "Modos de falha" significam as formas, ou modos, em que algo pode falhar. Falhas são erros ou defeitos, especialmente aqueles que afetam o cliente e podem ser potenciais ou reais. 2. "Análise de efeitos" referem-se ao estudo das consequên- cias dessas falhas. As falhas são priorizadas de acordo com a gravidade das consequências, com que frequência ocorrem e com que facilida- de podem ser detectadas. O objetivo do FMEA é executar ações para eliminar ou reduzir falhas, começando pelas de maior prioridade. A análise de modos e efeitos de falha também documenta o conhecimento atual e as ações sobre os riscos de falhas, para uso em melhoria contínua. O FMEA é usado durante o planejamento para evitar falhas. Posteriormen- te, é usado para controle, antes e durante a operação contínua do proces- so. Idealmente, o FMEA começa durante os primeiros estágios conceituais do planejamento e, continua por toda a vida útil do produto ou serviço. Quando Usar o Fmea: • Se algo estiver sendo projetado ou se algum processo, servi- ço e/ou produto estiver sendo aplicado de modo diferente; • Ao construir planos para controlar uma atividade nova ou até mesmo modificada; • Ao planejar projetos de melhoria para processos, serviços e/ ou produtos; • Quando se deseja analisar possíveis falhas; • De maneira regular, no decorrer do tempo de um processo, serviço e/ou produto; Procedimento para Uso do Fmea OBS.: Este é um procedimento geral. Detalhes específicos po- dem variar de acordo com os padrões da sua organização ou setor. 44 F E R R A M E N TA S D A Q U A LI D A D E - G R U P O P R O M IN A S Antes de iniciar um processo de FMEA, é preciso aprender mais sobre padrões e métodos específicos de uma organização e setor por meio de outras referências e treinamento. a) Reunir uma equipe multifuncional de pessoas com conheci- mento diversificado sobre o processo, produto ou serviço e as neces- sidades do cliente. As funções frequentemente incluídas são: design, fabricação, qualidade, testes, confiabilidade, manutenção, compras (e fornecedores), vendas, marketing (e clientes) e atendimento ao cliente. b) Identificar o escopo do FMEA. É para sistema, design, pro- cesso ou serviço? Quais são os limites? Quão detalhados devemos ser? Use fluxogramas para identificar o escopo e garantir que todos os membros da equipe o entendam em detalhes. c) Preencher as informações de identificação na parte superior do formulário FMEA, que será preenchido aos poucos, conforme as eta- pas avançam. d) Identificar as funções do seu escopo. Pergunte: "Qual é o objetivo deste sistema, design, processo ou serviço? O que nossos clientes esperam que ele faça?" Nomeie-o com um verbo seguido de um substantivo. Geralmente, um deles divide o escopo em subsiste- mas, itens, peças, montagens ou etapas do processo separados e iden- tifica a função de cada um. e) Para cada função, identificar todas as maneiras pelas quais a falha pode ocorrer. Esses são modos de falha em potencial. Se neces- sário, voltar e reescrever a função com mais detalhes para garantir que os modos de falha mostrem uma perda dessa função. f) Para cada modo de falha, identificar todas as consequências no sistema, sistemas relacionados, processo, processos relacionados, produto, serviço, cliente ou regulamentos. Estes são efeitos potenciais de falha. Pergunte: "O que o cliente experimenta devido a essa falha? O que acontece quando essa falha ocorre?" g) Determinar a gravidade de cada efeito. Essa é a classifica- ção de gravidade. A gravidade é geralmente classificada em uma escala de 1 a 10, em que 1 é insignificante e 10 é catastrófico. Se um modo de falha tiver mais de um efeito, escreva na tabela FMEA apenas a classi- ficação de gravidade mais alta para esse modo de falha. h) Para cada modo de falha, determinar todas as possibilida- des de causa raiz. Usar ferramentas classificadas como ferramenta de análise de causa , bem como o melhor conhecimento e experiência da equipe. Listar todas as causas possíveis para cada modo de falha no formulário FMEA. i) Para cada causa, determinar a classificação da ocorrência. Essa classificação estima a probabilidade de falha por esse motivo du- 45 F E R R A M E N TA S D A Q U A LI D A D E - G R U P O P R O M IN A S rante a vida útil do seu escopo. A ocorrência é geralmente classificada em uma escala de 1 a 10, onde 1 é extremamente improvável e 10 é inevitá- vel. Na tabela FMEA, liste a classificação da ocorrência para cada causa. j) Para cada causa, identificar os controles atuais do processo. Estes são testes, procedimentos ou mecanismos que existem para im- pedir que as falhas cheguem ao cliente. Esses controles podem impedir que a causa aconteça, reduzir a probabilidade de que isso aconteça ou detectar falhas depois que a causa já aconteceu, mas antes que o cliente seja afetado. k) Para cada controle, determinar a classificação de detecção. Essa classificação estima quão bem os controles podem detectar a cau- sa ou o modo de falha após a ocorrência, mas antes que o cliente seja afetado. A detecção geralmente é classificada em uma escala de 1 a 10, onde 1 significa que o controle está absolutamente certo de detectar o problema e 10 significa que o controle está certo de não detectar o problema (ou não existe nenhum controle). 5W2H O método 5W2H é considerado uma das ferramentas de ge- renciamento de qualidade mais eficazes, pois, é fácil e simples de usar. Essa abordagem nada mais é do que um plano de ação hábil, organiza- do, analítico e prático, que possui diferentes estágios até chegar à con- clusão. Em um mundo empresarial produtivo e extremamente competi- tivo, tanto as atividades práticas, como as comunicações organizadas precisam ser rápidas e ágeis, pois, muitos problemas podem surgir se as informações transmitidas apresentarem erros. É fato que as ideias só se tornam válidas a partir do momento em que são escritas no papel, e a análise 5W2H pode ser uma ferra- menta projetada para prepará-las de maneira inata e operacional, atra- vés da utilização de uma lista. O nome 5W2H pode parecer complexo e intrincado, mas seu conceito é realmente interessante. Envolve 5 W e 2 H que são, em inglês: • When? Quando? • Where? Onde? • Who? Quem? • Why? Por quê? • What? O quê? • How? Como? • Howmany? Quantos? Essa ferramenta é um método para solucionar problemas com- 46 F E R R A M E N TA S D A Q U A LI D A D E - G R U P O P R O M IN A S plexos e difíceis, através de técnicas e documentação adequadas. Na ver- dade, é um processo de reflexão e uma análise aprofundada de como o problema específico surgiu. Essa abordagem não é apenas útil para gran- des empresas, mas também pode ser usada para problemas individuais. As ideias por si só não têm importância até serem transforma- das em ações práticas. O método 5W2H é de grande utilidade quando o brainstorming é necessário para qualquer plano de ação ou solução de problemas. É um pouco semelhante à abordagem de dividir e conquis- tar. O problema é segmentado em diferentes partes que facilitam sua solução. Em primeiro lugar, você precisa encontrar respostas para as perguntas a seguir e pronto. • O que precisa ser feito? • Por que isso deve ser feito? • Quando fazer? • Onde isso deve ser feito? • Quem fará? • Como fazer isso? • Quanto orçamento é necessário para fazer isso? O quê? – O que deveria ser feito? Esta pergunta requer a descrição completa do problema e o que precisa ser feito. Ao fazê-la, é possível analisar toda a situação e avaliar se as medições são precisas ou não. Todo plano de ação deve ter umaespecificação. Alguns exemplos: "prospectar patrocínios para o evento", "reformar o novo afiliado", "montar o novo e-commerce". Por quê? – Por que essa ação deve ser executada? É composto por todas as razões possíveis para a questão es- pecífica. Toda ação deve ter um motivo. Uma empresa não pode definir um plano sem algo maior. Por exemplo: "Por que queremos prospectar patrocinadores para o evento? Pois deve ser financeiramente viável." Esse "W" ajuda o gerente a refletir sobre a atividade como um todo, dentro de uma hierarquia de priorização. Quando? – Quando a ação deve ser tomada? Data prevista de início e término, considerando os riscos do projeto. O cumprimento do cronograma deve ser uma meta do plano de ação. É um pensamento vital para entender quando a dificuldade preva- lece. Analisar a frequência do assunto e o tempo de incidência ajudará você a criar precauções mais altas. Onde? – Onde realizar? Essa pergunta facilita descobrir onde acontece um certo pro- blema e em quais localidades se concentram as queixas de clientes. Responder essa questão ajuda a equipe a considerar a mudança e seus custos no prazo e no orçamento. 47 F E R R A M E N TA S D A Q U A LI D A D E - G R U P O P R O M IN A S Quem? – Quem deve executar? Um planejamento sem atribuições de funções e responsabili- dades não caminha em direção ao sucesso. É preciso que haja uma pessoa à frente da responsabilidade, mesmo que haja outras envolvi- das na execução. Essa pessoa reconhece as causas relativas ao as- sunto. Caracteriza os compradores que têm reclamações e determina os operadores que estão causando dificuldades. Como? – Como se deve realizar? Nesse item, expõe-se mais detalhes a respeito do plano de ação. Pode ser um detalhamento das tarefas, dos prazos e sobre quais são os responsáveis por cada uma. É preciso buscar o modo como uma determinada dificuldade se apresenta e estudar procedimentos de solu- ção de problemas, a fim de responder a essa pergunta. Quanto? – Quanto custará? Os planos de ação devem ter uma estimativa de custos. Uma boa sugestão é dividir em etapas e ter um orçamento para cada uma delas. Também é preciso saber quanto se tem disponível e qual a esti- mativa de custos para solucionar as dificuldades que surgem. Quando Usar 5w2h • Quando se planeja manutenções em equipamentos em um setor; • Para aumentar a lucratividade de uma empresa; • Para aumentar a base de clientes de uma empresa; • Ao conduzir o planejamento de mídia de um parceiro; • Ao realizar planejamento de redução de custos para uma em- presa; • Ao definir a estratégia de vendas de uma empresa. 48 F E R R A M E N TA S D A Q U A LI D A D E - G R U P O P R O M IN A S QUESTÕES DE CONCURSOS QUESTÃO 01 Ano: 2014 Banca: FGV Órgão: AL-BA Prova: Técnico de Nível Su- perior - Administração Dentre as diversas ferramentas de gestão de qualidade, assinale aquela que melhor visualiza a quantidade de defeitos em lotes de uma linha de produção. A - Diagrama de dispersão B - Diagrama de Pareto C - Diagrama de linha de tempo D - Fluxograma E - Histograma QUESTÃO 02 Ano: 2015 Banca: FCC Órgão: CNMP Prova: Técnico do CNMP - Administração As organizações que possuem uma gestão da qualidade utilizam- -se de ferramentas da qualidade para a melhoria contínua. Quando se necessita colher dados baseados na observação amostral com o objetivo de definir um modelo, deve-se utilizar: A - Histograma B - Diagrama de Dispersão C - Folha de Verificação D - Carta de Tendência E - Diagrama de Pareto QUESTÃO 03 Ano: 2015 Banca: CESGRANRIO Órgão: LIQUIGÁS Prova: Enge- nheiro Júnior - Mecânica Uma ferramenta da qualidade usada para coletar dados com base em observações amostrais, com o objetivo de determinar um mo- delo, facilitar a coleta e a análise de dados, é o(a) A - fluxograma B - histograma C - gráfico de dispersão D - diagrama de controle E - folha de verificação QUESTÃO 04 Ano: 2014 Banca: CESGRANRIO Órgão: Petrobras Prova: Técnico de Projetos, Construção e Montagem Júnior - Estruturas Navais 49 F E R R A M E N TA S D A Q U A LI D A D E - G R U P O P R O M IN A S A ferramenta de controle de qualidade utilizada para se separar um conjunto de dados de modo a perceber que existe um padrão, a fim de detectar um problema e identificar suas causas, é a(o) A - estratificação B - lista de verificação C - histograma D - diagrama de Pareto E - diagrama de dispersão QUESTÃO 05 Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: Câmara de Salvador - BA Prova: Analista Legislativo Municipal - Gestão da Qualidade “João”,”sexta-feira”e “R$ 50” foram as descrições encontradas em alguns dos campos de um mesmo registro de uma conhecida ferramenta de gestão de qualidade, que é: A - a matriz de Priorização B - a estratificação C - o gráfico de Pareto D - o histograma E - o 5W2H QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE A utilização das ferramentas da qualidade não pode se dar de qualquer maneira ou sem a realização de um estudo, assim, a escolha da ferra- menta deve estar em sincronia com a organização da empresa ou do estabelecimento em questão. Diante disso, explique a sigla 5W2H. TREINO INÉDITO Assunto: FERRAMENTAS DE QUALIDADE Existem diversas ferramentas da qualidade, sendo que umas são mais conhecidas do que outras. Nesse sentido, assinale a alter- nativa que preenche corretamente o seguinte trecho: A _________ tem como objetivo separar os dados obtidos por meio do levanta- mento de dados de grupos distintos, assim, é possível descobrir qual é a verdadeira causa de um problema. a) Estratificação b) Folha de verificação c) FMEA d) 5W2H e) Histograma 50 F E R R A M E N TA S D A Q U A LI D A D E - G R U P O P R O M IN A S NA MÍDIA BRASIL OCUPA COLOCAÇÃO RUIM EM RANKING DE QUALIDADE DE CHAMADA DE VOZ Uma pesquisa realizada pela OpenSignal em 80 países classificou o Brasil apenas como 39º colocado em um ranking a satisfação dos usuá- rios com chamadas de voz realizadas por aplicativos de mensagens. A colocação é pior que a de países como Uruguai e Porto Rico. O estudo considerou a experiência dos consumidores em chamadas de voz nos aplicativos WhatsApp, Skype e Facebook Messenger. Foram avaliados 23,8 milhões de celulares entre os meses de junho e agosto deste ano. Apesar da situação ruim no ranking geral, o País está bem colocado em uma análise continental. A experiência brasileira foi considerada “acei- tável”. Para efeito de comparação, dois terços dos países da América do Sul tiveram como resposta dos consumidores a avaliação “ruim” ou “muito ruim”. Vale lembrar ainda que o Brasil terminou a pesquisa ligei- ramente na frente dos Estados Unidos. Fonte: EXAME Data: 02 de outubro de 2019 Leia a notícia na íntegra:https://exame.abril.com.br/tecnologia/brasil-o- cupa-colocacao-ruim-em-ranking-de-qualidade-de-chamada-de-voz/ NA PRÁTICA HISTOGRAMA A SATISFAÇÃO DO CLIENTE Imagine que você fez uma pesquisa, onde perguntou se o cliente está satisfeito com o atendimento da empresa. Para isto foi utilizada uma escala de 1 a 5. Ao longo de um mês foram coletadas 50 respostas. As respostas apare- ceram em frequências totalmente diferentes. A tabela a seguir demonstra as notas registradas durante um mês. 51 F E R R A M E N TA S D A Q U A LI D A D E - G R U P O P R O M IN A S Segue a frequência em que cada nota apareceu durante o mês. Com estas informações, conseguimos elaborar um histograma que tor- na fácil, tanto a visualização, como a análise. Com este histograma conseguimos tirar algumas conclusões. Temos mais clientes que se encaixam no quadrante dos “satisfeitos”. En- tretanto, a maioria ainda está marcando a nota 3. Com isso, deve ser feito algo para que os clientes migrem para os que estão totalmente satisfeitos. Fonte: https://certificacaoiso.com.br/as-sete-ferramentas-da-qualidade/ PARA SABER MAIS Acesse os links: http://www.apostilasdaqualidade.com.br/o-que-sao-as- -ferramentas-da-qualidade/ https://blogdaqualidade.com.br/estratificacao/52 F E R R A M E N TA S D A Q U A LI D A D E - G R U P O P R O M IN A S PDCA – PLAN, DO, CHECK E ACT O ciclo PDCA foi originado a partir das teorias de Shewhart e De- ming. O conceito de PDCA foi discutido pela primeira vez por Walter A. Shewhart em seu livro de 1939, Método Estatístico do Controle da Quali- dade. Shewhart relata que o ciclo extrai sua estrutura da noção de que a avaliação constante das práticas de gerenciamento, bem como a disposi- ção dos executivos de adotar e desconsiderar ideias não suportadas, são essenciais para a evolução de uma empresa bem-sucedida. Porém, essa ferramenta foi popularizada por William Edwards Deming, engenheiro ame- ricano, estatístico e consultor de gerenciamento. Deming é frequentemente considerado o precursor do controle da qualidade moderno. FERRAMENTAS DA QUALIDADE PARTE 3 52 F E R R A M E N TA S D A Q U A LI D A D E - G R U P O P R O M IN A S 53 F E R R A M E N TA S D A Q U A LI D A D E - G R U P O P R O M IN A S O ciclo PDCA é um modelo de quatro etapas para realizar al- terações em escalas pequenas e grandes. Esse sistema foi projetado para que possa ser refeito repetidamente para melhoria contínua e per- mite que as empresas testem e examinem as alterações em seus pro- cessos e sistemas internos. Essas quatro fases são: planejar (do inglês, plan), fazer (do inglês, do), verificar/checar (do inglês, check) e agir (do inglês, act). As quatro fases: planejar (plan), fazer (do), checar (check) e agir (act). Figura 22 - Ciclo PDCA Fonte: Adaptado de Site da Doxplan (2019) Planejar: Antes de fazer qualquer alteração no processo, é neces- sário identificar exatamente os problemas que serão abordados. Se o pro- blema a ser resolvido é explícito, pode-se usar algo como a “análise dos 5 porquês” para encontrá-lo. A essência da metodologia é que você continua perguntando "por que" até descobrir a causa raiz de qualquer problema. Então, por exemplo: 1. Por que as vendas caíram? o Como a equipe de vendas está com baixo desempenho. 2. Por quê? o Os novos leads são desinteressados e frios. 3. Por quê? o O departamento de marketing começou a trabalhar com no- vos parceiros de geração de leads afiliados. 4. Por quê? o O departamento financeiro rejeitou a proposta do parceiro mais velho. 5. Por quê? o A empresa parceira aumentou suas taxas em 15%. Depois de descobrir qual é a causa raiz do problema, pode-se então começar a encontrar soluções. Por exemplo, se o faturamento da 54 F E R R A M E N TA S D A Q U A LI D A D E - G R U P O P R O M IN A S empresa tenha sido impactado significativamente, pode ser uma boa ideia voltar ao parceiro antigo (apesar das taxas). Ou a empresa sempre poderia procurar novos parceiros em potencial. Se o processo estiver funcionando como deveria e a equipe estiver simplesmente procurando aprimorá-lo, considere o mapeamento de processos. Para isso, é preciso descobrir como o processo funciona, como está e criar um diagrama de fluxograma. Você pode usar o diagrama para identificar ineficiências no processo e apresentar ideias de melhoria. Executar (fazer): Após a delimitação das soluções aplicáveis para mitigação de um problema ou o encontro de uma nova maneira de otimizar um processo, você pode iniciar a implementação, é hora de fazer acontecer. No entanto, isso deve ser em pequena escala. Não se pode ter certeza se a correção será bem-sucedida e executá-la em toda a empresa pode ser extremamente arriscado. A "pequena escala" depende de qual é o processo. Antes de iniciar a fase de execução faz-se necessário treinar todos os envolvidos no processo, para garantir que todos estejam com- prometidos e tudo saia conforme o planejamento realizado na fase an- terior. Um time bem capacitado tem potencial para alcançar os objetivos mantendo-se focado. Se não for possível executar o planejado, será preciso voltar à fase anterior e verificar os motivos que levaram o planejamento ao erro. Por sua vez, se tudo for realizado conforme o plano, a próxima etapa será responsável por analisar os resultados obtidos. Checar: De posse dos dados empíricos sobre o desempenho do novo processo, é possível compará-lo com o antigo. É crucial ser muito crítico com essa parte. À primeira vista, a solução pode estar funcionando conforme o planejado. No entanto, mais adiante pode-se descobrir que ele só funciona a curto prazo. Por exemplo, com o novo processo, pode-se aumentar a pro- dução do produto. Embora isso pareça incrível no começo, poderá ser percebido mais tarde que o novo processo também possui uma taxa de defeitos significativamente mais alta, trazendo a equipe de volta à estaca zero. Portanto, a menos que se esteja 100% certo de que a solução que está usando é a melhor opção, convém considerar outras possibilidades. Caso contrário, você sempre pode começar da fase "planejar". Esta eta- pa também pode ser chamada de fase de "estudo". Avalia-se o resultado da solução piloto. Se for notado que há espaço para melhorias, pode-se fazer as alterações necessárias e repetir as fases "executar" e "checar" até sentir que se alcançou uma solução abrangente. Depois de encontrar a melhor solução em potencial, pode-se passar para a fase final. 55 F E R R A M E N TA S D A Q U A LI D A D E - G R U P O P R O M IN A S Agir: Pode-se finalmente começar a aplicar a solução em toda a empresa. Deve considerar, no entanto, que o PDCA é um loop, não uma iniciativa única. Uma vez que os dados tenham sido analisados, faz-se necessário realizar ajustes e aprimoramentos, corrigindo erros e aplicando melhorias, proporcionando desta forma, a melhoria contínua com o reinício do ciclo PDCA. Enquanto o processo está funcionando melhor, não há como realmente saber se é o melhor que pode ser sempre. O novo processo agora se tornou a linha de base, que se deve sempre tentar melhorar. A equipe pode repetir o processo PDCA quantas vezes forem necessárias até ter certeza de que o processo é o mais eficiente possível. Resumindo as 4 etapas: Planejamento: Reconhecer uma oportunidade e planejar uma mudança. Execução: Testar a alteração. Realizar um estudo em pequena escala. Checagem: Analisar o teste, analisar os resultados e identificar o que aprendeu. Ação: Tomar uma atitude com base no que foi verificado. Se a mudança não funcionar, deve-se reiniciar o ciclo com uma nova aborda- gem, resultante do que se pôde aprender. Se houver sucesso, incorpo- rar o que se aprendeu do teste em mudanças mais amplas. Usar o que se aprendeu para planejar novas melhorias e iniciar o ciclo novamente. O PDCA, como estrutura, pode ser extremamente útil se combi- nado com praticamente qualquer metodologia de melhoria de processo. Existem 2 casos de uso comuns para PDCA: 1. Solução de problemas - Sempre que algo quebra ou não está funcionando como deveria estar. Neste caso, a metodologia pode ser empregada para descobrir o problema e encontrar uma solução. 2. Melhoria de processos - O fato de algo estar "funcionando" não implica que esteja utilizando o máximo de sua eficiência opera- cional. Você pode usar o PDCA como um meio de encontrar possíveis melhorias nos processos existentes. O ciclo PDCA pode ser utilizado nas seguintes situações: • Ao iniciar um novo projeto de melhoria. • Desenvolvimento de um projeto de processo, produto ou ser- viço novo ou melhorado. • Definindo um processo de trabalho repetitivo. • Planejando a aquisição e entendimento de informações rele- vantes para checar ou destacar dificuldades e suas causas. • Implementando qualquer alteração. • Trabalhando em direção à melhoria contínua. christiane.reis Realce christiane.reis Realce 56 F E R R A M E N TA S D A Q U A LI D A D E - G R U P O P R O M IN A S ANÁLISE SWOT SWOT é uma abreviação das palavras em inglês strenghts, weaknesses, opportunities e threats que, respectivamente, significam: forças, fraquezas,
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