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Transtornos de personalidade

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Transtornos de personalidade
PERSONALIDADE
É um selo peculiar de cada pessoa dado pelo genótipo + pelas influências do meio. Depende da organização de caráter, atitude ou hábitos.
a totalidade relativamente estável e previsível de traços emocionais e comportamentais que caracterizam a pessoa na vida cotidiana, sob condições normais.
É como se fosse uma máscara, cada individuo tem um “eu” que vai ser imutável e permanente forma única como cada indivíduo responde e interage com outros indivíduos e com o ambiente.
Traço de personalidade= predisposição associada a um determinado tipo de personalidade
Modelo big five (5-fatorial ) de personalidade:
Neuroticismo – agrega os traços associados à expressão de afetos negativos e à instabilidade emocional.
Extraversão – reúne os traços associados à expressão de afetos positivos, busca de interação com o meio (espírito aventureiro) e com seus semelhantes (socialização).
Conscienciosidade – traços associados à adoção de escrúpulos morais, sentimentos de responsabilidade e preocupação com o futuro em oposição a um espírito livre, inconsequente e impulsivo.
Cordialidade – conjunto de traços que caracterizam a afabilidade, a tolerância e a cooperação em contraste com a agressividade e competitividade.
 Abertura – reúne os traços que representam facilidade para aceitar novas idéias e raciocínio não convencional em oposição ao conservadorismo e apego a tradições.
transtorno de personalidade
É uma variação de traços de caráter que vai além da faixa “permitida” na maioria das pessoas o antônimo do que é considerado personalidade normal
-são padrões de traços inflexíveis e mal-adaptativos de personalidade que causam prejuízo significativo no funcionamento social ou profissional, ansiedade subjetiva ou ambos. + não são sintomas de tempo limitado (tem início e fim demarcados durante um período de vida adulta), mas sim padrões crônicos de comportamento que têm um início precoce e insidioso e são evidentes no final da adolescência ou início da vida adulta. 
Os transtornos de personalidade não são síndromes circunscritas que afetam uma área de funcionamento são transtornos difusos que afetam todas as áreas de personalidade (cognição, afeto, comportamento e estilo interpessoal).
-traduz um problema grave do comportamento, envolvendo todas as áreas de atuação da pessoaconsiderável ruptura pessoal e social. O diagnóstico preciso só pode ser dado após os 18 anos de idade. É preciso salientar toda a avaliação sobre o comportamento em situações as mais variadas + levar em conta aspectos culturais, cognitivos, sociais, momento e local em que ocorrem.
São difíceis de serem diagnosticados e deve ser diagnosticado com base na entrevista psiquiátrica e na apresentação clínica.
DSM-5= padrão persistente de experiência interna e comportamento que se desvia acentuadamente das expectativas da cultura do indivíduo, é difuso e inflexível, começa na adolescência ou no início da fase adulta, é estável ao longo do tempo e leva a sofrimento ou prejuízo
classificação
Grupo A= indivíduos com características estranhas ou de afastamento + excêntricosparanoide, esquizoide e esquizotípico; 5,7%
Grupo B= características dramáticas, impulsivas ou erráticas histriônico, narcisista, antissocial e borderline; 1,5%
Grupo C= tem características de ansiedade e medo evitativo, dependente e obsessivo-compulsivo; 6%
O TOC na CID-10 é nomeado de anancástico
epidemiologia
15% dos adultos americanos têm, pelo menos, um transtorno de personalidade.
é frequente a comorbidade de transtornos de personalidade de grupos diferentes.
1/2 de todos os pacientes psiquiátricos apresentam um TP;
TP é fator predisponente para outros transtornos mentais e intercorrências psiquiátricas= abuso de substâncias, suicídio, transtornos do humor e de ansiedade e transtornos alimentares e do controle de impulsosafeta negativamente o curso, prognóstico e a resposta a tratamento desses transtornos.
***Estudo brasileiro= 120 indivíduos com diagnóstico de TB I, encontrou que a comorbidade do transtorno do humor com TP do grupo B foi associada a maiores taxas de tentativas de suicídio.
indivíduos com TP= têm prejuízo crônico em sua capacidade de trabalhar; em geral, têm menos anos de escolaridade e sofrem mais desemprego; mais envolvimento com transtornos relacionados com uso de substâncias; e maior chance de serem solteiros ou apresentarem dificuldades conjugais. Criminalidade (violenta ou não) + elevada porcentagem de populações prisionais estão associadas aos transtornos de personalidade. 
***Estudo no Brasil em Salvado com presidiários de regime aberto e semiaberto, encontrou prevalência elevada de transtorno borderline e antissocial.
Alguns TPs (antissocial) são diagnosticados com maior frequência no sexo masculino. Outros (borderline, histriônica e dependente) são diagnosticados mais frequentemente no sexo feminino.
Critérios diagnósticos
-O diagnóstico de TPs exige avaliação dos padrões de funcionamento de longo prazo do indivíduo, e as características particulares da personalidade devem estar evidentes no começo da fase adulta.
-O clínico deve avaliar a estabilidade dos traços de personalidade ao longo do tempo e em diversas situaçõesEmbora uma única entrevista com o indivíduo seja, as vezes suficiente para fazer o diagnóstico, é frequentemente necessário realizar mais de uma entrevista e espaçá-las ao longo do tempo.
*Obs.: A avaliação pode ser complicada porque as características que definem um TP podem não ser consideradas problemáticas pelo indivíduo (os traços são com frequência egossintônicos)informações suplementares por outros informantes pode ser importante.
Desenvolvimento e Curso
As características de um TP se tornam reconhecíveis no fim da adolescência ou início da vida adulta;
Alguns tipos tendem a desaparecer ou reduzir as características com o envelhecimento (antissocial e borderline); outros não diminuem (TOC e esquizotípica).
Em alguns casos raros, as características de TP podem ser aplicadas em crianças e adolescentes quando, os traços mal-adaptativos e particulares da personalidade do indivíduo parecem ser difusos, persistentes e pouco prováveis de serem limitados a um determinado estágio do desenvolvimento ou a outro transtorno mental
-Para que um transtorno da personalidade seja diagnosticado em um indivíduo com menos de 18 anos de idade, as características precisam ter estado presentes por pelo menos um ano. O ANTISSOCIAL NÃO PODE SER DIAGNOSTICADO ANTES DOS 18.
-O TP pode ser exacerbado após a perda de pessoas significativas (cônjuge) ou de situações sociais previamente estabilizantes (emprego).
-Se tiver mudança na personalidade no meio da vida adulta deve-se avaliar cautelosamente para determinar se é devido a uma condição médica ou uso de substâncias.
Diagnóstico Diferencial
-Traços da personalidade= porque estes não atingem o limiar para um TP. Só são diagnosticados como um TP quando são inflexíveis, mal-adaptativos e persistentes e causem prejuízo funcional.
-Outros transtornos mentais persistentes= ex. uma depressão de início precoce e curso duradouro.
-Transtornos psicóticos= DD com paranoide, esquizoide e esquizotípica;
-Transtornos de ansiedade e depressivo= podem apresentar sintomas cruzados que imitam traços de personalidade e podem dificultar a avaliação retrospectiva dos padrões de funcionamento de longo prazo do indivíduo.
-TEPT= mudanças de personalidade emergem e persistem após um indivíduo ser exposto a estresse extremo;
-Transtorno por uso de substâncias= é importante não fazer um diagnóstico de TP unicamente com base em comportamentos que sejam consequências de intoxicação ou abstinência da substância ou que estejam associados a atividades a serviço do uso continuado da substância
transtorno da personalidade paranoide
Definição= padrão de desconfiança e suspeita disseminada das outras pessoas, a ponto de suas motivações serem interpretadas como perniciosas.
Epidemio=  prevalência maior em parentes de probandos com esquizofrenia; prevalência vai de 2-4% na pop geral, 2-10% em ambu psiquiátricos,e 10-30% das internações psiquiátricas; Indivíduos com o transtorno raramente buscam terapia por si mesmos; ao serem encaminhados para tratamento por um cônjuge ou empregador, conseguem se recompor e demonstrar falta de sofrimento; H>M; prevalência mais elevada em minorias, imigrantes e surdos do que na população em geral.
Exame diagnóstico= modos formais e agir perplexos por terem que buscar ajuda psiquiátrica. Tensão muscular, incapacidade de relaxar e necessidade de vasculhar o ambiente por pistas podem ser sinais evidentes, e seus modos são com frequência sérios e sem humor
Clinica= Com frequência questionam, sem qualquer justificativa, a lealdade ou integridade de caráter de amigos ou sócios. São patologicamente ciumentas-questionam a fidelidade de seus cônjuges ou parceiros sexuais; exteriorizam suas próprias emoções e usam o mecanismo de defesa de projeção; atribuem a outros os impulsos e pensamentos que não podem aceitar em si mesmos.
-têm afeto restrito e parecem frias, sem emoção. Orgulham-se de sua racionalidade e objetividade, mas isso não corresponde à realidade. Demonstram ausência de afeição e impressionam-se e prestam bastante atenção a poder e nível hierárquico. Expressam desdém em relação a indivíduos que percebam como fracos, doentios, debilitados ou deficientes de alguma forma. Em situações sociais, essas pessoas podem transmitir uma ideia de profissionalismo e eficiência, mas costumam gerar medo e conflito em outras pessoas.
-De modo geral, as pessoas com TPP são de difícil convívio e frequentemente apresentam problemas nos relacionamentos íntimos. Hostilidade e desconfiança podem ser expressas por meio de argumentações ostensivas, queixas recorrentes, ou indiferença e calma aparente.
-apresentam necessidade excessiva de autossuficiência e forte senso de autonomia. Precisam, ainda, de elevado grau de controle sobre as pessoas ao seu redor; são rígidos e críticos em relação aos outros e não conseguem trabalhar em grupo, mas eles mesmos tem dificuldade de aceitar críticas.
-Especialmente em resposta ao estresse, indivíduos com esse transtorno podem apresentar episódios psicóticos breves (durando de minutos a horas).
-podem desenvolver transtorno depressivo maior e podem estar sob risco aumentado de agorafobia e transtorno obsessivo-compulsivo. Transtornos por uso de álcool e outras substâncias ocorrem com frequência. Os transtornos da personalidade concomitantes mais comuns parecem ser: esquizotípica, esquizoide, narcisista, evitativa e borderline.
-Curso= pode aparecer pela primeira vez na infância e na adolescência por meio de solidão, relacionamento ruim com os colegas, baixo rendimento na escola, ansiedade, fantasias idiossincrásicas, hipersensibilidade, pensamentos e linguagem peculiares. Tais crianças são vistas como estranhas, excêntricas, e podem atrair provocações.
DD= deve ser distinguido de outros transtornos que envolvem paranoia, particularmente da esquizofrenia paranoide e do transtorno delirante; outros TPs que apresentam características diagnósticas semelhantes.
TP esquizoide
é caracterizado por um padrão vitalício de retraimento social. Costumam ser vistos pelos outros como excêntricos, isolados ou solitários. Seu desconforto com a interação humana, sua introversão e seu afeto frio e constrito são destaques
O TPEZ tem avançados déficits sociais, interpessoais e afetivos (sintomas negativos), na ausência de distorções cognitivas/perceptivas semelhantes à psicose (sintomas positivos).
Epidemio= Indivíduos afetados tendem a se direcionar para trabalhos solitários que envolvam pouco ou nenhum contato com os outros. Muitos preferem trabalhar à noite, ao invés de turnos diurnos, para que não precisem lidar com muitas pessoas. Tem prevalência estimada de 5%.
QC= ausência de relacionamentos interpessoais e indiferença no que se refere a eles. Existe um padrão predominante de desapego em todos os contextos; demonstram não ter desejo de intimidade; Preferem atividades ou passatempos sem interação com outros; são indiferentes à aprovação ou à crítica dos outros e não parecem se incomodar com o que os demais pensam deles. Devido à falta de habilidades sociais e à ausência de desejo de experiências sexuais têm poucos amigos, raramente namoram e costumam não casar (mulheres podem concordar de forma passiva a se casar com um homem agressivo que deseje o casamento). São as últimas pessoas a perceber mudanças na moda popular. podem ter uma dificuldade particular para expressar raiva, mesmo em resposta a provocação direta, o que contribui para a impressão de que carecem de emoção. O funcionamento profissional pode estar prejudicado quando há necessidade de envolvimento interpessoal mas, podem ser bem-sucedidos quando trabalham em condições de isolamento social.
Exame psiquiátrico= parece pouco à vontade; raramente tolera contato visual, e o entrevistador pode supor que esse tipo de paciente esteja ansioso para que a entrevista termine. Seu afeto pode ser constrito, distante ou inadequadamente sério, mas, por trás da indiferença, o clínico sensível pode identificar medo. Sua fala é dirigida a objetivos, mas são propensos a fornecer respostas curtas às perguntas e evitar conversas espontâneas. Algumas vezes, podem usar figuras de linguagem incomuns, como uma metáfora estranha, e podem ficar fascinados por objetos inanimados ou construtos metafísicos.
DD= transtorno delirante, esquizofrenia e transtorno bipolar ou depressivo com sintomas psicóticos, transtorno do espectro autista
Trat.= A farmacoterapia com pequenas doses de antipsicóticos, antidepressivos e psicoestimulantes beneficia alguns pacientes. Agentes serotonérgicos podem deixar o paciente menos sensível a rejeição. Benzodiazepínicos podem ajudar a diminuir a ansiedade interpessoal.
Tp esquizotípica
exibem características estranhas ou excêntricas impressionantes, mesmo para leigos. Pensamento mágico, noções peculiares, ideias de referência, ilusões e desrealização são parte do mundo cotidiano de uma pessoa com o transtorno.
Epidemio= 3% na população geral; H>M
QC: intenso desconforto e a reduzida capacidade para relacionamentos próximos, associados a distorções e excentricidades de comportamento; podem apresentar sintomas ou experiências psicóticas subclínicas, como desconfiança, acreditando que as pessoas estão falando deles ou querendo fazer-lhes mal// Também carecem de amizades, ficam ansiosos em situações sociais e podem comportar-se de maneiras estranhas// Apresentam ideias de referência (interpretações incorretas de incidentes casuais e eventos externos como tendo um sentido particular e incomum especificamente para a pessoa)// Podem achar que têm poderes especiais para sentir os eventos antes que ocorram, para ler os pensamentos alheios ou achar que exercem controle mágico sobre os outros// Pode haver alterações perceptivas como sentir que outra pessoa está presente ou ouvir uma voz murmurando seu nome// São frequentemente desconfiados e podem apresentar ideias paranoides como crer que os colegas de trabalho estão planejando minar sua reputação com o chefe//  manifestam infelicidade acerca da falta de relacionamentos, mas seu comportamento sugere um desejo reduzido de contatos íntimos// sua fala pode ser distinta ou peculiar, pode fazer sentido apenas para eles mesmos e com frequência necessita de interpretação// O paciente pode exibir características de transtorno da personalidade borderline, e, de fato, ambos os diagnósticos podem ser estabelecidos// Sob estresse, podem sofrer descompensação e apresentar sintomas psicóticos, mas que costumam ser breves.
DD= transtorno delirante, esquizofrenia e transtorno bipolar ou depressivo com sintomas psicóticos.
costumam buscar tratamento mais para os sintomas associados de ansiedade ou depressão do que para as características do transtorno de personalidade em si.
grupo B
tp antissocial
incapacidade de se adequar às regras sociais que normalmente governam diversos aspectos do comportamento adolescente e adulto de um indivíduo. Não é sinônimo de criminalidade embora secaracterize por atos de natureza criminosa.
Epidemio= é mais comum em áreas urbanas pobres e entre residentes eventuais dessas áreas; prevalência em 12 meses de 0,2-3%. É comum ser encontrado em homens com transtorno por uso de álcool e nos presos; O início do transtorno ocorre antes dos 15 anos de idade. Meninas normalmente apresentam sintomas antes da puberdade, e meninos, ainda mais cedo. H>M.
QC= Egocêntricos, eles valorizam os outros pelo que podem ganhar// Seu comportamento manifesta-se em ações ilegais, como destruição de propriedade alheia, roubo e evasão de débitos e intimidação física// Podem praticar ações de crueldade, sadismo e violência, sem consideração pelos efeitos em outras pessoas// Sua infidelidade e não cumprimentos de obrigações são inconsistentes com uma capacidade para funcionar como cônjuge ou genitorPodem ter história de vários parceiros sexuais e jamais ter mantido um relacionamento monogâmico. Como pais, podem ser irresponsáveis, conforme evidenciado por desnutrição de um filho, doença de um filho resultante de falta de higiene mínima, dependência de vizinhos e familiares para abrigo e alimentação de 1 filho// A impulsividade é uma característica central do transtorno, que leva a atos como dirigir sem cuidado, em alta velocidade ou alcoolizado, e relações sexuais promíscuas// Os indivíduos são altamente manipuladores e capazes de convencer outras pessoas a participar de esquemas que envolvam modos fáceis de obtenção de dinheiro, podendo levá-las à ruína financeira// Promiscuidade, abuso infantil, abuso sexual e psicológico do cônjuge são eventos comuns na vida de quem tem esse transtornoausência de remorso ou culpa por essas ações, parecem ser desprovidos de consciência moral// geralmente são egocêntricos e sem empatia// podem parecer normais e até mesmo simpáticos e lisonjeiro// são autênticas representantes dos vigaristas// não falam a verdade, e não se pode confiar neles para executar qualquer tipo de tarefa ou aderir a qualquer padrão convencional de moralidade// podem ser excessivamente opiniáticos, autoconfiantes ou convencidos// São mais propensos a morrer prematuramente de formas violentas (suicídio, acidentes, homicídios) do que a população em geral// apresentam com frequência aspectos de personalidade que atendem a critérios de outros transtornos da personalidade, em particular borderline, histriônica e narcisista.
Diagnóstico=  necessário coletar dados relativos à história pessoal, verificar o padrão de relacionamentos do indivíduo com outras pessoas e obter informações de outras fontes, como a família, o cônjuge ou os vizinhos. Em geral, um indivíduo com esse transtorno terá traído a confiança de todos// Durante a entrevista, podem parecer calmos e confiáveis, mas sob o verniz escondem-se tensão, hostilidade, irritabilidade e fúria.// costumam demonstrar resultados de EEG anormais e leves sinais neurológicos que sugerem dano cerebral mínimo na infância.
Traços de personalidade frequentes em antissociais= “máscara de sanidade”: manipulação, loquacidade (o indivíduo é falastrão), narcisismo e mentira crônica, sem psicose. 
Curso= têm uma história de transtorno de conduta na adolescência e padrões de comportamento profundamente irresponsáveis e socialmente ameaçadores que persistem na idade adulta. 
DD= comportamento criminoso não associado a um TP; transtorno por uso de subst.; outros TPs
Tp borderline
Os indivíduos encontram-se no limiar entre neurose e psicose e têm por característica afeto, humor, comportamento, relações objetais e autoimagem extraordinariamente instáveis. O CID-10 usa a denominação de transtorno de personalidade emocionalmente instável.
Epidemio= 2-4% da pop geral; é mais comum em mulheres (70%); É o transtorno de personalidade que mais recebe tratamento e representa 10% de todos os atendimentos psiquiátricos ambulatoriais; Dos pacientes psiquiátricos internados, 15 a 20% são portadores de TPB. Leva a grave comprometimento em todos os aspectos da vida e apresenta uma alta taxa de mortalidade por suicídio (10%) 50 vezes a taxa da população geral.
QC= instabilidade que está presente em muitos, se não em todos os aspectos do funcionamento da personalidade, como relacionamentos, autoimagem, afeto e comportamento// podem apresentar um padrão de sabotagem pessoal quando estão para alcançar uma meta, como, por exemplo, destruição de um relacionamento bom quando está claro que ele pode durar; abandono da escola logo antes da formatura// são um fardo para os familiares, amigos e colegas, e há alto risco de indução de psicopatia nos filhos//pode apresentar comorbidade com quase todos os outros transtornos, humor, de abuso/dependência de substâncias, de ansiedade, de fobia social e de estresse pós-traumático, além de transtornos psicóticos e outras patologias da personalidade// quase sempre parecem estar em crise. Mudanças de humor são comuns pode estar inclinada a discussões em um momento, deprimida no momento seguinte e, mais tarde, se queixar de não ter sentimentos// O comportamento do paciente é de extrema imprevisibilidade, e é raro suas realizações estarem no mesmo nível de suas capacidades// A natureza dolorosa de sua vida reflete-se em atos autodestrutivos repetidos cortar os pulsos e executar outras formas de automutilação para obter ajuda dos outros, para exprimir raiva ou para se anestesiar do afeto que o consome// têm relacionamentos interpessoais tumultuosos, podem ser dependentes das pessoas com quem têm intimidade e, quando se frustram, expressar uma grande raiva dirigida aos amigos mais íntimos// não conseguem tolerar a ideia de ficar sozinhas e preferem uma busca frenética por companhia, sem importar o quanto ela lhe seja insatisfatória (podem se comportar de maneira promíscua para enganar a solidão)// Costumam se queixar de sentimentos crônicos de vazio e tédio e da falta de um senso de identidade coerente (difusão de identidade)// distorcem seus relacionamentos caracterizando cada pessoa como totalmente boa ou totalmente má// Alguns indivíduos desenvolvem sintomas semelhantes à psicose (alucinações, distorções da imagem corporal, ideias de referência, fenômenos hipnagógicos) em momentos de estresse// podem se sentir mais protegidos junto a objetos transicionais (i.e., animal de estimação ou objeto inanimado) do que em relacionamentos interpessoais// Perdas de emprego recorrentes, interrupção da educação e separação ou divórcio são comuns. Abuso físico e sexual, negligência, conflito hostil e perda parental prematura são mais comuns em histórias de infância daqueles com o transtorno da personalidade borderline.
Curso= O risco maior de completar o suicídio ocorre nos 5 a 7 anos do início da manifestação do transtorno. Depois disso, o risco cai muito. Os sintomas melhoram com o passar do tempo. Por volta dos 30 a 35 anos, os pacientes apresentam melhora significativa. s sintomas tendem a sumir depois dos 40 anos. E, com tratamento adequado, o paciente poderá se organizar e melhorar a qualidade de vida e suas relações. 
DD= transtorno depressivo e bipolar, outros transtornos de personalidade, transtornos por uso de substancias, problemas de identidade.
tp histriônica
são pessoas excitáveis e emotivas e comportam-se de forma dramática, florida e extrovertida. Contudo, junto com esses aspectos mais vistosos, costuma existir uma incapacidade de manter ligações profundas e duradouras.
Epidemio= M>H; 1-3% da população geral; tem associação com transtorno de sintomas somáticos e transtorno por uso de álcool.
Exame psiquiátrico= costumam ser cooperativos e ávidos por fornecer uma história detalhada. Gesticulações e exclamações dramáticas em seu discurso são comuns; eles cometem deslizes frequentes, e sua linguagem é pitoresca. Exibição afetiva é comum, mas, quando pressionados a reconhecer determinados sentimentos (p. ex., raiva, tristeza e desejos sexuais), podem reagir com surpresa, indignação ou negação
QC= Pode apresentar comportamento teatral, usar vestimenta provocativa, envolver-se em flertes e adulações, queixar-se de doenças demaneira dramática, maquiar histórias, derramar seu furor ou cometer um ato suicida com o objetivo de chamar a atenção sobre si// A característica essencial do TPH é a emocionalidade excessiva e difusa e o comportamento de busca de atenção// sentem-se desconfortáveis ou não valorizados quando não estão no centro das atenções (Exibem ataques de raiva, choro e acusações quando não estão recebendo elogios ou aprovação).// Normalmente cheios de vida e dramáticos, tendem a atrair atenção para si mesmos e podem inicialmente fazer novas amizades por seu entusiasmo, abertura aparente ou sedução// Eles comandam o papel de “vida da festa”. Caso não sejam o centro das atenções, podem fazer algo dramático como inventar histórias ou criar uma cena para atrair o foco da atenção para si// aparência e o comportamento de indivíduos com esse transtorno são, em geral, sexualmente provocativos ou sedutores de maneira inadequada. Esse comportamento é voltado não somente às pessoas por quem o indivíduo tem interesse romântico ou sexual, mas ocorre também em vários relacionamentos sociais, ocupacionais e profissionais, além do que seria apropriado ao contexto social// As principais defesas de pacientes com transtorno da personalidade histriônica são repressão e dissociação// Podem buscar controlar seu parceiro por meio de manipulação emocional ou sedução em um nível, ao mesmo tempo que mostram dependência acentuada deles em outro nível// têm relacionamentos difíceis com amigos do mesmo sexo, pois seu estilo interpessoal sexualmente provocativo pode parecer uma ameaça aos relacionamentos afetivos destes. Esses indivíduos podem também afastar os amigos com exigências de atenção constante// Embora com frequência comecem um trabalho ou projeto com muito entusiasmo, seu interesse pode se dissipar rapidamente. Relacionamentos de longa data podem ser negligenciados para dar espaço à excitação de novos relacionamentos.
Comorbidades= tem sido associado a taxas mais altas de transtorno de sintomas somáticos, transtorno conversivo (transtorno de sintomas neurológicos funcionais) e transtorno depressivo maior.
DD= outros TP, mudança de personalidade devido a condição médica e transtorno por uso de substancias.
tp narcisista
são caracterizadas por um senso aguçado de autoimportância, ausência de empatia e sentimentos grandiosos de serem únicas. Contudo, por trás dessas características, existe uma autoestima frágil e vulnerável às menores críticas.
Epidemio= 1-6% de prevalência; H>M; os filhos, de pais com essas características podem apresentar um risco acima do normal de desenvolver o transtornotransmitir uma ideia irrealista de onipotência, grandiosidade, beleza e talento a seus filhos.
QC= têm um sentimento de autoimportância grandioso; consideram-se especiais e esperam tratamento especial// lidam mal com críticas e podem ficar com raiva quando alguém ousa criticá-las, ou podem parecer completamente indiferentes a críticas// Querem que as coisas sejam do seu jeito e com frequência têm ambição de obter fama e fortuna// Seus relacionamentos são pouco importantes, e podem deixar os outros furiosos por sua recusa em obedecer às regras de comportamento, exploração interpessoal é frequente// não demonstram empatia e fingem simpatia apenas para alcançar seus objetivos egoístas// tem uma frágil auto estima sendo mais susceptíveis a depressão// Dificuldades interpessoais, problemas profissionais, rejeição e perda estão entre os estresses que os narcisistas normalmente produzem com seu comportamento// O desempenho no trabalho às vezes pode ser muito baixo, refletindo falta de disposição de se arriscar em situações competitivas ou em outras em que há possibilidade de derrota// esta associado a anorexia nervosa.
DD= borderline, histriônica e antissocial
Curso= é crônico e difícil de tratar. As relações interpessoais costumam ser afetadas, devido a problemas resultantes da crença no merecimento de privilégios, da necessidade de admiração e da relativa desconsideração das sensibilidades dos outros. 
grupo c
tp evitativa
exibem sensibilidade extrema a rejeição e podem levar vidas socialmente retraídas. Embora sejam tímidos, não são associais e demonstram um grande desejo por companhia, mas precisam de garantias muito fortes de aceitação não crítica.
Epidemio= acomete 2-3% da população geral; Crianças pequenas que foram classificadas com um temperamento tímido podem ser mais suscetíveis ao transtorno; não há diferença entre os sexos.
Exame psiquiátrico= a característica mais evidente do paciente é a ansiedade acerca de falar com um entrevistador. Seu comportamento tenso e nervoso parece se expandir e se retrair conforme a percepção de ser apreciado ou não pelo entrevistador. Parece vulnerável aos comentários e às sugestões do entrevistador
QC= A hipersensibilidade à rejeição por outros é a característica clínica fundamental e o traço fundamental é a timidez// desejam o afeto e a segurança da companhia humana, mas justificam sua esquiva a relacionamentos por meio de seu suposto medo de rejeição// Ao conversar com alguém, elas expressam incerteza, demonstram falta de autoconfiança e podem falar de modo discreto. Visto serem hipervigilantes quanto a rejeição, temem falar em público ou fazer pedidos a outras pessoas// A recusa de qualquer pedido as leva ao retraimento e se sentirem magoados// costumam assumir empregos que recebem pouca atenção. Eles raramente alcançam muito avanço pessoal ou exercem muita autoridade, mas parecem tímidos e ansiosos por agradar// não estão dispostas a começar relacionamentos a menos que recebam uma forte garantia de aceitação sem críticas costumam não ter amigos íntimos nem confidentes// esquivam-se de atividades no trabalho que envolvam contato interpessoal significativo, devido a medo de crítica, desaprovação ou rejeição. Indivíduos com esse transtorno não participam de atividades em grupo, a não ser que tenham ofertas repetidas e generosas de apoio e atenção// valiam detalhadamente os movimentos e as expressões daqueles com quem têm contato. Este comportamento temeroso e tenso pode provocar o ridículo e o deboche dos outros, o que, em contrapartida, confirma suas dúvidas pessoais. Esses indivíduos sentem bastante ansiedade diante da possibilidade de reagirem à crítica com rubor ou choro. São vistos como envergonhados, tímidos, solitários e isolados. 
Comorbidades= transtornos depressivo, bipolar e de ansiedade, em especial o transtorno de ansiedade social (fobia social) e TP dependente.
DD= outros TP e transtorno de ansiedade social
tp dependente
Depender dos outros, recorrer a amigos, familiares, mentores, colegas e especialistas em épocas de necessidade é essencial para a sobrevivência humana.
-Pessoas com transtorno da personalidade dependente subordinam suas próprias necessidades às necessidades de outros, fazem outra pessoas assumir responsabilidade por áreas importantes de suas vidas, não têm autoconfiança e podem experimentar desconforto intenso ao ficar sozinhas por mais do que breves períodos. a dependência mostra-se como um fator evolutivo que deu errado, prejudicando o desenvolvimento individual e atrapalhando os relacionamentos interpessoais ABDICAÇÃO DA AUTONOMIA
Epidemio= 0,4-1,5% na população geral; alguns estudos mostram que M>H; Ele é mais comum em crianças pequenas do que nas mais velhas. Pessoas com doenças físicas crônicas na infância podem ser mais suscetíveis ao transtorno.
QC= Pessoas com o transtorno não conseguem tomar decisões sem uma quantidade excessiva de aconselhamento e tranquilização dos outros (cor da camisa a vestir ou levar ou não o guarda-chuva). Elas evitam posições de responsabilidade e ficam ansiosas se precisam assumir um papel de liderança. Preferem ser submissas. Tem uma necessidade difusa excessiva de ser cuidado que leva a comportamento de submissão e apego e a temores de separação.// Quando deixadas sozinhas, encontram dificuldades de perseverar em tarefas, mas podem achar fácil executá-las para outra pessoa// não gostam de ficar sozinhos, indivíduos com esse transtornobuscam outras pessoas de quem possam depender; seus relacionamentos, portanto, são distorcidos por sua necessidade de estar apegados à outra pessoa// Pessimismo, insegurança, passividade, temor de expressar sentimentos sexuais e agressivos tipificam o comportamento de indivíduos// Um cônjuge abusivo, infiel ou alcoolista pode ser tolerado durante longos períodos de tempo para evitar a perturbação da sensação de apego// Adultos com o transtorno costumam depender de pai e mãe ou cônjuge para decidir onde morar, o tipo de trabalho, permitir que seus pais decidam o que devem vestir, com quem fazer amizade, como usar o tempo livre e a escola ou a universidade para onde ir// Podem evitar cargos de responsabilidade e ficar ansiosos diante de decisões. As relações sociais tendem a ser limitadas àquelas poucas pessoas de quem o indivíduo é dependente. Pode haver risco aumentado de transtornos depressivos, de ansiedade e de adaptação.
Comorbidades= risco aumentado de transtornos depressivos, de ansiedade e de adaptação. costuma ser concomitante com outros TPs especialmente borderline, evitativa e histriônica. Doença física crônica ou transtorno de ansiedade de separação na infância ou adolescência podem predispor o indivíduo ao desenvolvimento desse transtorno.
DD= deve ser distinguido da dependência decorrente de outros transtornos mentais, como transtornos depressivos, transtornos de pânico e agorafobia, além de outras condições médicas e outros transtornos de personalidade e traços de personalidade.
tP Obcessivo-compulsivo
é caracterizado por constrição emocional, organização, perseverança, teimosia e indecisão. A característica essencial do transtorno é um padrão global de perfeccionismo e inflexibilidade.
Epidemio= 2-8% da pop geral; H>M; diagnosticado com maior frequência em irmãos mais velhos; pacientes costumam ter antecedentes caracterizados por disciplina rígida
Exame psiquiátrico= podem ter uma atitude formal, rígida, distante. Seu afeto não é embotado nem plano, mas pode ser descrito como constrito. Não demonstram espontaneidade, e seu humor costuma ser sério. Esses pacientes podem ficar ansiosos por não estarem no controle da entrevista. Os mecanismos de defesa que usam são racionalização, isolamento, intelectualização, formação reativa e anulação.
QC= são obcecadas por regras, regulamentos, método, limpeza, organização, detalhes e desejo de alcançar a perfeição(tentam manter uma sensação de controle por meio de atenção cuidadosa a regras, pequenos detalhes, procedimentos, listas, cronogramas ou formas, a ponto de o objetivo principal da atividade ser perdido) + São excessivamente cuidadosos e propensos repetição, prestando extraordinária atenção aos detalhes e conferindo repetidas vezes na busca por possíveis erros. Esses traços explicam a constrição geral de toda a personalidade. Insistem em que as regras devem ser seguidas de forma rígida e não conseguem tolerar o que consideram infrações. Não apresentam flexibilidade e são intolerantes// São capazes de trabalhar durante muito tempo, contanto que seja um trabalho com rotina e que não exija mudanças// têm habilidades interpessoais limitadas. São formais e sérios e costumam não ter senso de humor. Isolam pessoas, são incapazes de ceder e insistem para que os outros se submetam a suas necessidades// anseiam por agradar pessoas que consideram mais poderosas que eles mesmos e executam os desejos dessas pessoas de forma autoritária// temem cometer erros, são indecisos e ruminam as tomadas de decisão (podem ter muita dificuldade para decidir as tarefas às quais dar prioridade ou qual a melhor maneira de fazer algum procedimento específico)// Embora um casamento estável e adequação profissional sejam comuns, indivíduos com o transtorno têm poucos amigos. Qualquer coisa que ameace a estabilidade percebida de sua rotina pode precipitar muita ansiedade// Pessoas com esse transtorno podem ser miseráveis, mesquinhas, e manter um padrão de vida inferior ao que poderiam sustentar, acreditando que os gastos devem ser rigidamente controlados para garantir o sustento em catástrofes futuras. O TPOC caracteriza-se pela rigidez e pela teimosia.
Têm propensão ao aborrecimento ou à raiva em situações, nas quais não conseguem manter controle do seu ambiente físico ou interpessoal, embora a raiva não seja manifestada de maneira direta. Por exemplo, o indivíduo pode ficar irritado diante de um serviço insatisfatório em um restaurante, mas, em vez de queixar-se ao gerente, fica reclamando sobre quanto dar de gorjeta.
Curso= No TPOC, o curso é variável. Alguns adolescentes tornam-se adultos afetuosos, abertos e simpáticos. Entretanto, outros podem apresentar prenúncio tanto de esquizofrenia quanto de transtorno depressivo maior. Indivíduos com TPOC podem prosperar em cargos que exijam trabalhos metódicos, dedutivos ou detalhados.
DD= O transtorno obsessivo-compulsivo costuma ser distinguido do TPOC pela presença, no primeiro, de obsessões e compulsões verdadeiras. O transtorno de acumulação deve ser especialmente cogitado quando a acumulação é extrema.
drogas de abuso
mecanismo de ação
Todas as drogas consumidas em excesso têm em comum a ativação direta do sistema de recompensa do cérebro, o qual está envolvido no reforço de comportamentos e na produção de memórias. A ativação desse sistema é intensa a ponto de fazer atividades normais serem negligenciadas. 
-geralmente ativam o sistema e produzem sensações de prazer, frequentemente denominadas de “barato” ou “viagem”
indivíduos com baixo nível de autocontrole, o que pode ser reflexo de deficiências nos mecanismos cerebrais de inibição, podem ser predispostos a desenvolver transtornos por uso de substância, sugerindo que, no caso de determinadas pessoas, a origem dos transtornos por uso de substância pode ser observada em seus comportamentos muito antes do início do uso atual de substância propriamente dito
transtorno por uso de substâncias
-Sua característica essencial consiste na presença de um agrupamento de sintomas cognitivos, comportamentais e fisiológicos indicando o uso contínuo pelo indivíduo.
-O diagnostico de TUS pode se aplicar a todas as 10 classes, com exceção da cafeína. Para determinadas classes, alguns sintomas são menos salientes e, em uns poucos casos, nem todos os sintomas se manifestam (não se especificam sintomas de abstinência para transtorno por uso de fenciclidina, transtorno por uso de outros alucinógenos nem transtorno por uso de inalantes).
-Causam uma alteração básica nos circuitos cerebrais que pode persistir após a desintoxicação, especialmente em indivíduos com transtornos gravesefeitos comportamentais podem ser exibidos nas recaídas constantes e na fissura intensa por drogas quando os indivíduos são expostos a estímulos relacionados a elas.
-Fissura= se manifesta por meio de um desejo ou necessidade intensos de usar a droga que podem ocorrer a qualquer momento, mas com maior probabilidade quando em um ambiente onde a droga foi obtida ou usada anteriormenteenvolve condicionamento clássico e está associada à ativação de estruturas específicas de recompensa no cérebro.
dependência
Os principais neurotransmissores possivelmente envolvidos no desenvolvimento de abuso e dependência de substância são os sistema opioides, de catecolamina (dopamina) e do GABA. Os neurônios dopaminérgicos na área tegmentar ventral se projetam para as regiões cortical e límbica, especialmente para o nucleus accumbensvia provavelmente está envolvida com a sensação de recompensa e pode ser o mediador principal dos efeitos de substâncias como anfetamina e cocaína. O locus ceruleus, o maior grupo de neurônios adrenérgicos, provavelmente medeia os efeitos dos opiatos e dos opioides. Essas vias foram chamadas coletivamente de circuito de recompensa do cérebro.
alcool
O álcool etílico, ou etanol, age principalmente como depressor do SNC. Seu consumo problemático tem alto custo para a sociedade, que continua a aumentar e é consequência da intoxicação ou do uso continuado. 
Os primeiros sintomas e sinais de intoxicaçãoincluem desinibição e excitação comportamental, seguidos pelos efeitos sedativos conforme o nível de álcool no sangue aumenta memória e atenção prejudicadas, mudança de personalidade e comportamento, humor lábil, avaliação prejudicada, injeção das conjuntivas, odor de álcool, alteração da fala, do equilíbrio e da marcha, e nistagmo.
O álcool pode interromper a resposta afetiva e o processamento atencional, tornando os indivíduos intoxicados menos capazes de evitar comportamentos prejudiciais.
-Intoxicação leve-moderada= atenua sentimentos como tristeza, desprezo e desgosto + aumenta a animação e a expressão, diminui momentos de silêncio e proporciona maior interação social.
-Intoxicação grave= piora do nível de consciência, podendo evoluir para estado comatoso e aumento do risco de morte.
abstinência
Em longo prazo, níveis cada vez maiores de consumo de álcool podem produzir tolerância, bem como adaptação do corpo tão intensa que a interrupção do uso pode precipitar uma síndrome de abstinência normalmente caracterizada por insônia, evidência da hiperatividade do sistema nervoso autônomo e ansiedade.
Farmacocinética
Absorção= é feita no estômago. O auge da concentração de álcool no sangue é atingido após 30 a 90 minutos e normalmente entre 45 e 60 minutos, dependendo se o álcool foi ingerido com o estômago vazio (o que intensifica a absorção). A absorção é mais rápida com bebidas que contêm de 15 a 30% de álcool.
Metabolismo= 90% do álcool absorvido é metabolizado por meio de oxidação no fígado; os 10% restantes são excretados inalterados pelos rins e pulmões. O álcool é metabolizado por duas enzimas: álcool desidrogenase (ADH) e aldeído desidrogenase. A ADH catalisa a conversão de álcool em acetaldeído (composto tóxico); a aldeído desidrogenase catalisa a conversão de acetaldeído em ácido acético. Esta é inibida por dissulfiram, frequentemente utilizado no tratamento de transtornos relacionados ao álcool. Alguns estudos demonstraram que mulheres apresentam uma concentração sanguínea de ADH menor do que homens tendência de ficar mais intoxicada que um homem após ingerir a mesma quantidade de álcool.
consequências
Efeitos no cérebro= não foi identificado nenhum alvo molecular como mediador para os efeitos do álcool. A antiga teoria sobre os efeitos bioquímicos do álcool é voltada para seus efeitos sobre as membranas dos neurônios (aumento da fluidez a curto prazo e rigidez a longo prazo).
-Estudos recentes= atividades nos canais iônicos associadas aos receptores de acetilcolina nicotínica, serotonina 5-hidroxitriptamina3 (5-HT3) e GABA tipo A (GABAA) são intensificadas pelo álcool, enquanto atividades dos canais iônicos associadas aos receptores de glutamato e canais de cálcio disparados por voltagem são inibidas.
Efeitos comportamentais= a intoxicação legal varia de 0,1 a 0,15% de álcool no sangue. Em 0,2%, a depressão da função de toda a área motora do cérebro pode ser medida, e as partes do cérebro que controlam o comportamento emocional também são afetadas. Em 0,3%, o indivíduo normalmente fica confuso ou entra em estupor; em 0,4 a 0,5%, entra em coma. Em níveis mais elevados, os centros primitivos do cérebro que controlam a respiração e a frequência cardíaca são afetados morte secundária a depressão respiratória direta ou a aspiração de vômito.
Sono= a noção de que ingerir álcool ajuda a dormir é mitoestá associado a diminuição do sono do movimento rápido dos olhos (sono REM ou sono com sonhos) e do sono profundo (estágio 4) e maior fragmentação do sono, com episódios mais frequentes e mais longos de vigília.
Fígado= hepatomegalia, hepatite alcoolica, cirrose.
TGI= desenvolvimento de esofagite, gastrite, acloridria e úlceras gástricas. O desenvolvimento de varizes esofágicas pode acompanhar abuso de álcool particularmente intenso; a ruptura dessas varizes é uma emergência médica que costuma resultar em morte por hemorragia. Pancreatite. Alimentos são digeridos e absorvidos de forma inadequadadeficiencia de vitaminas do complexo B.
Outros= aumento da pressão arterial, desregulação do metabolismo de lipoproteínas e triglicerídeos e aumento do risco de infarto do miocárdio e de doença cerebrovascular; afeta de modo adverso o sistema hematopoiético e aumentar a incidência de câncer, especialmente na cabeça, no pescoço, no esôfago, no estômago, no fígado, no colo e no pulmão; a intoxicação pode causar hipoglicemia e levar a morte súbita; aumenta a concentração sanguínea de estradiol em mulheres
tratamento
-Não há medicação com evidencia científica que neutralize a vontade de beber;
-DISSULFIRAM= É um fármaco aversivo, continua sendo uma opção no tratamento do dependente de álcool. Indicado para indivíduos sem prejuízo da memória ou quadros demenciais. Quem usa deve estar com plena consciência dos riscos em caso de associação com álcoolao prescrever, seja assinado pelo paciente um termo de consentimento informado
-ármacos anticraving (antifissura) como naltrexona (antagonista opioide inespecífico) e acamprosato (análogo sintético do GABA)= auxiliam a reduzir o consumo exagerado de bebida.
-Programas de 12 passos (Alcoólicos Anônimos) e residências terapêuticas (reabilitação a longo prazo) apresentam evidências parciais;
-AA=melhor opção para indivíduos com recursos escassos: financeiros, cognitivos e geográficos.
O tratamento do alcoolismo necessita de abordagem em múltiplos níveis e não apenas no âmbito médico.
- Avaliações sociais e terapias em família, uma verdadeira rede de apoio, devem ser oferecidas ao dependente até que ele consiga se firmar no tratamento e se manter abstinente da substância. A taxa de adesão terapêutica desses pacientes é extremamente baixa (20-25%).
-Modelo de preparação comportamental= descreve fases distintas do ciclo as quais, o paciente pode passar durante o tratamento: 
As fases indicam desde o estado de negação do problema (pré-contemplação), passando pelo estado no qual o paciente começa a perceber que “pode ter algum problema relacionado com drogas” e começa a imaginar alguma mudança (contemplação) até a ação propriamente dita, quando toma medidas efetivas para lidar com sua dependência. Cabe salientar que esses estágios não se apresentam de modo estático, e é frequente que o paciente vá de um a outro, volte, oscile e termine apresentando recaída, retornando à fase contemplativa.
-Para síndrome de abstinência=A principal medicação para o controle dos sintomas são os benzodiazepínicos.
tratamento e reabilitação
Existem três medidas gerais envolvidas no tratamento do indivíduo alcoolista depois do diagnóstico do transtorno: intervenção, desintoxicação e reabilitação. Essas abordagens presumem que todos os esforços possíveis foram realizados para otimizar o atendimento médico e contemplar emergências psiquiátricas. Dessa forma, por exemplo, um alcoolista com sintomas de depressão suficientemente graves a ponto de estar em risco de suicídio exige internação durante vários dias até o desaparecimento da ideação suicida.
O paciente com abuso ou dependência de álcool precisa, então, ficar face a face com a realidade do transtorno (intervenção), sofrer desintoxicação, caso necessário, e dar início à reabilitação se o pct tiver um síndrome psiquiátrica independente comórbida deve-se estabilizá-la antes de começar o tratamento.
Intervenção= abrir caminho por meio dos sentimentos de negação e ajudar o paciente a reconhecer as consequências adversas que podem ocorrer se o transtorno não for tratado. é um processo destinado a aumentar a motivação para o tratamento e a continuidade da abstinência.
-envolve convencer o paciente de que ele é responsável por seus próprios atos e lembrá-lo de como o álcool gerou prejuízos significativos em sua vida (o psiquiatra pode tirar vantagem da queixa principal do paciente)
-Família= pode ser de grande auxílio na intervenção. Familiares precisam aprender a não proteger o paciente dos problemas causados pelo álcool; senão, ele pode não conseguir reunir a energia e a motivação necessárias para interromper o consumo. durante o estágio de intervenção,a família pode sugerir que o paciente se encontre com pessoas que estão se recuperando do alcoolismo, talvez por meio dos AA, e familiares podem ir a encontros de grupos como o Al-Anon, voltado a familiares de alcoolistas.
Desintoxicação= A maioria dos indivíduos com dependência de álcool apresenta sintomas relativamente leves quando interrompe o consumo. Se o paciente gozar de saúde relativamente boa, estiver adequadamente alimentado e tiver um bom sistema de apoio social, a síndrome de abstinência depressora normalmente lembra uma gripe leve.
-O primeiro passo fundamental na desintoxicação é o exame físico. Na ausência de uma condição médica grave ou abuso combinado de outra substância, é pouco provável que haja abstinência de álcool grave. O segundo passo é proporcionar descanso, alimentação adequada e vitaminas, especialmente as que contêm tiamina.
-Abstinencia leve a moderada= Administrar depressores cerebrais suficientes no primeiro dia para reduzir os sintomas e, então, reduzir a dosagem do fármaco até sua interrupção ao longo dos cinco dias seguintes proporciona, à maioria dos pacientes, o máximo de alívio com a menor possibilidade de desenvolver abstinência grave. Qualquer depressor – incluindo álcool, barbitúricos ou qualquer um dos benzodiazepínicos – pode funcionar, mas a maioria dos profissionais prefere um benzodiazepínico, devido a sua relativa segurança.
-Abstinência grave= ocorre em 1% dos casos. O primeiro passo é questionar o motivo pelo qual uma síndrome de abstinência tão grave e relativamente incomum ocorreu; a resposta costuma estar relacionada a um problema médico concomitante grave que precisa de tratamento imediato. Os sintomas de abstinência podem, então, ser reduzidos ao mínimo por meio do uso de benzodiazepínicos (que, dependendo do caso, às vezes requerem doses elevadas) ou agentes antipsicóticos, como haloperidol.
Reabilitação= inclui três componentes principais: (1) esforços contínuos para aumentar e manter níveis elevados de motivação para abstinência; (2) ajudar o paciente a se readaptar a um estilo de vida sem álcool; e (3) prevenção de recaída.
cannabis
-é a droga ilegal mais utilizada no mundo, sendo que o número de usuários em 2012 foi estimado em 19 milhões.
-o principal componente da Cannabis é o -9-THC é convertido em 11-hidróxi--9-THC nos seres humanos, o metabólito ativo no SNC.
-O cérebro humano tem um receptor cannabinoide membro da família de receptores ligados à proteína G, está ligado à proteína G inibitória (Gi), a qual está ligada à adenilciclase de maneira inibitória. É encontrado em suas concentrações mais elevadas nos gânglios basais, hipocampo e no cerebelo, sendo que concentrações mais baixas encontram-se no córtex cerebral. E, não é encontrado no tronco encefálicoefeitos mínimos da Cannabis sobre as funções respiratória e cardíaca
Dependência= aumentos moderados de irritabilidade, inquietação, insônia, anorexia e náusea leve; todos esses sintomas surgem apenas quando o indivíduo interrompe o uso de doses elevadas de Cannabis.
Uso e efeitos= Ao se fumar Cannabis, os efeitos de euforiamatingem o auge em 30 minutos e duram de 2 a 4 horas. Alguns efeitos motores e cognitivos podem durar de 5 a 12 horas. Pode ser ingerida por via oral quando misturada a alimentos, como bolos mas, precisa do dobro ou triplo para ter o mesmo efeito da inalação da sua fumaça.
efeitos físicos
-Dilatação dos vasos da conjuntiva + taquicardia leve;
-Hipotensão ortostática em doses elevadas;
-aumento do apetite (larica) e boca seca;
-Os efeitos adversos potenciais de maior gravidade são os causados pela inalação dos mesmos hidrocarbonos carcinogênicos presentes no tabaco convencional doença respiratória crônica e câncer de pulmão a longo prazo.
-Em estudo... a longo prazo= atrofia cerebral, suscetibilidade a convulsões, dano cromossômico, doenças congênitas, prejuízo da reatividade imunológica, alteração nas concentrações de testosterona e desregulação do ciclo menstrual
intoxicação
-intensifica a sensibilidade do usuário a estímulos externos, revela novos detalhes, faz as cores parecerem mais brilhantes e densas e causa a impressão subjetiva de lentidão do tempo. Em doses elevadas, usuários podem experimentar despersonalização e desrealização. Habilidades motoras ficam prejudicadas continua depois da dissipação dos efeitos subjetivos e eufóricos.
tratamento e reabilitação
O tratamento do uso de Cannabis se baseia nos mesmos princípios que o tratamento para outras substâncias de abuso – abstinência e apoio. A abstinência pode ser alcançada por meio de intervenções diretas, como hospitalização, ou mediante monitoramento atento de base ambulatorial por meio de exames de urina, que podem detectar a presença de Cannabis até quatro semanas após o uso. Pode-se obter apoio por meio de psicoterapia individual, familiar e de grupo;
Esclarecimento e informações devem ser o alicerce tanto para abstinência quanto para programas de apoio. Um paciente que não compreende os motivos lógicos para enfrentar um problema de abuso de substância tem pouca motivação para saná-lo. No caso de alguns indivíduos, um fármaco ansiolítico pode ser útil para alívio de curto prazo dos sintomas de abstinência. Para outros o uso da cannabis pode esta associado a um transtorno depressivo que deve ser tratado.
cocaína
A cocaína é um alcaloide derivado da planta Erythroxylum coca, nativa da América do Sul, cujas folhas são mascadas pelos habitantes locais com a finalidade de obter seus efeitos estimulantes.
apresentam múltiplas ações periféricas e centrais, desde propriedades vasoconstritoras e anestésicas até de estimulação da atividade do SNC.
neurofarmacologia
-A principal ação farmacodinâmica da cocaína relacionada a seus efeitos comportamentais é o bloqueio competitivo da recaptação de dopamina pelo transportador dopaminérgicoaumenta a concentração de dopamina na fenda sináptica e resulta em aumento da ativação de ambos os receptores dopaminérgicos, tipo 1 (D1) e tipo 2 (D2).
-Ela em efeito menor também bloqueia a recaptação de norepinefrina e de serotonina.
-está associada a uma redução do fluxo sanguíneo cerebral e possivelmente ao desenvolvimento de algumas áreas de redução do uso de glicose.
-Os efeitos comportamentais da cocaína são sentidos quase de imediato e duram um período de tempo relativamente curto (30 a 60 minutos)--> usuários necessitam de doses repetidas da droga para manter as sensações provocadas pela intoxicação, metabólitos da cocaína podem estar presentes no sangue e na urina até 10 dias após o uso.
-A cocaína tem fortes qualidades aditivas. Devido a sua potência como reforçador positivo de comportamento, pode-se desenvolver dependência psicológica após um único uso. A administração repetida pode originar tanto tolerância como sensibilidade aos diversos efeitos da substância.
efeitos
 Como resultado da ação sobre o SNC, a cocaína pode produzir sensações de alerta, euforia e bem-estar. Usuários podem experimentar redução do apetite e menor necessidade de dormir. O desempenho prejudicado por fadiga costuma melhorar. Alguns acreditam que a cocaína intensifica o desempenho sexual.
Vida social= Sob os aspectos clínico e prático, pode-se suspeitar de transtorno por uso de cocaína em pacientes que evidenciam mudanças na personalidade sem explicação. Alterações comuns associadas a esse uso são irritabilidade, comprometimento da capacidade de concentração, comportamento compulsivo, insônia grave e perda de peso. Colegas de trabalho e membros da família podem perceber uma incapacidade geral e crescente do indivíduo de desempenhar as tarefas esperadas associadas ao trabalho e à vida familiar. O paciente pode mostrar novas evidências de aumento de dívidas ou incapacidade de pagar as contas a tempo porque grandes somas de dinheiro são usadas para adquirir cocaína.
-Devido a seus efeitos vasoconstritores, os usuários quase sempre desenvolvem congestão nasal, que tentam resolver se automedicando com descongestionantes nasais.
-Acredita-se que o consumo ao redor de 2 a 4 mg/kg de cocaína reduzasignificativamente o fluxo coronariano e aumente a frequência cardíaca e a pressão arterial.  acometimentos nos órgãos mais afetados pela ação simpatomimética torna seus portadores ainda mais suscetíveis a complicações, como coronariopatias, hipertensão arterial sistêmica, aneurismas, epilepsias e doenças pulmonares crônicas.
Crack= é uma forma de cocaína de base livre, é extremamente potente. Ele é vendido em quantidades pequenas e prontas para o fumo, frequentemente chamadas de “pedras”. É extremamente aditivo; mesmo 1 ou 2 experiências com a droga podem causar fissura intensa por consumir mais.
tratamento
Desintoxicação= A síndrome de abstinência de cocaína é diferente da que acompanha opioides, álcool ou agentes sedativo-hipnóticos, porque não há perturbações fisiológicas que requeiram que a abstinência da droga se dê em contexto de internação hospitalar ou tratamento residencialcomeçar uma tentativa terapêutica de abstinência ambulatorial a fim de limitar o acesso a cocaína.
-Pacientes em abstinência de cocaína normalmente experimentam fadiga, disforia, perturbação do sono e um pouco de fissura; alguns podem experimentar depressão. Nenhum agente farmacológico reduz de forma confiável a intensidade da síndrome de abstinência;
-A maioria dos usuários de cocaína não se submete voluntariamente ao tratamento. Sua experiência com a substância é positiva demais, e os efeitos negativos são percebidos como mínimos, o que não justificaria a busca por tratamento
O maior obstáculo a superar no tratamento de transtornos relacionados à cocaína é a enorme fissura que o usuário sente pela drogaos profissionais devem assumir uma abordagem de tratamento ampla e incluir estratégias sociais, psicológicas e talvez biológicas no programa de tratamento.
Fazer terapia individual e familiar
farmacológico= Atualmente, nenhum tratamento farmacológico produz redução do uso de cocaína c
tratamento das drogas de abuso
Alguns indivíduos que desenvolvem problemas relacionados a substâncias se recuperam sem tratamento formal, especialmente quando vão ficando mais velhos;
-Pacientes com transtornos menos graves= como adição de nicotina, intervenções relativamente breves costumam ser tão eficazes quanto tratamentos mais intensivos não mudam o ambiente, não alteram mudanças cerebrais induzidas por drogas nem fornecem novas habilidades, uma mudança na motivação do paciente (alteração cognitiva) provavelmente tem o melhor impacto sobre o comportamento de uso de drogas.
-Paciente com dependência mais grave= várias intervenções descritas a seguir parecem ser eficazes.
Os melhores programas de tratamento combinam procedimentos e disciplinas específicos que satisfazem as necessidades de cada paciente após uma avaliação criteriosa.
Os programas costumam ser agrupados de forma ampla com base em uma ou mais de suas características mais evidentes: se o programa se destina apenas a controlar abstinência aguda e as consequências de uso recente de drogas (desintoxicação) ou se está voltado para uma alteração comportamental de longo prazo; se o programa faz amplo uso de intervenções farmacológicas ou não; e se o programa se baseia em psicoterapia individual, Alcoólicos Anônimos (AA) ou outros programas de 12 passos, ou princípios de comunidade terapêutica.

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