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Junções Celulares

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Mari Tatsch- Biologia Celular
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Células
São as unidades morfofuncionais de um organismo. 
Um órgão ou organismo, pode crescer por meio da proliferação (multiplicação, aumento do número de células), pelo aumento de tamanho das células (aumento de volume celular) ou por acrescimento (crescimento por acréscimo, agregação das células, mediada por matriz extracelular). 
Comunicação celular 
Como as células isoladas se posicionam juntas para formar um tecido ou organismo coeso? Duas propriedades estão envolvidas.
· Adesão (adesividade);
· Migração (mobilidade). 
As células animais aderem-se umas às outras e aos componentes da matriz extracelular por meio de interações que envolvem proteínas e glicoproteínas da superfície celular. Estas proteínas podem determinar a intensidade da adesão celular como a sua especificidade. 
Adesão celular 
A sobrevivência das células, a integridade e limites dos tecidos são mantidos graças as interações adesivas entre células e a matriz extracelular.
Especializações de contato entre as células animais, através de elaboradas formas de junções para a troca de informações, ancoragem, seleção do trânsito extracelular, de sincronização de processos como a absorção, secreção ou contração, entre outros.
Nos processos de multiplicação e morte programada, as junções devem ser desfeitas. 
Na divisão celular, permite à célula os movimentos necessários, e no apoptose evita que a deterioração da célula em morte cause danos às células vizinhas.
Proteínas de adesão celular: 
· Selectinas;
· Integrinas;
· Superfamília das imunoglobulinas (Ig);
· Caderinas. 
A adesão por Selectinas, integrinas e caderinas requerem CA²+ ou Mg²+.
Selectina é uma proteína responsável pela adesão de leucócitos e células endoteliais ou plaquetas sanguíneas e reconhecem carboidratos de superfície celular. Elas iniciam interações entre leucócitos e células endoteliais durante a migração dos leucócitos dos vasos sanguíneos para os locais de inflamação de tecido. 
Interação célula-célula 
Interações diretas entre células e matriz celular são importantes para o desenvolvimento e o funcionamento dos organismos multicelulares, ex: tecido epitelial. 
Tecido precisa estar bem selado, impedindo que o fluido extracelular extravase, suporte tensões sem se romper e garanta a comunicação e cooperação metabólica entre células.
Junções celulares 
Especializações ligadas à membrana plasmática que contribuem para a coesão e a comunicação entre as células vizinhas. 
Funções das junções celulares: 
· Resistência contra stress mecânico;
· Manutenção da integridade dos tecidos;
· Manutenção dos domínios de membrana;
· Barreira à difusão de substâncias para o espaço intercelular (transporte paracelular);
· Forma unidade contráteis com ajuda de proteínas motoras sendo fundamental no processo de morfogênese;
· Contato focal (movimento celular).
INTERDIGITAÇÕES 
Conjunto de invaginações e evaginações das membranas celulares que se encaixam em células vizinhas e que garantem maior aderência. São dobras nas membranas plasmáticas limítrofes de duas células. 
Aumentam a superfície entre as células (superfícies de contato), dando maior coesão entre elas.
 Seu local de ocorrência predominante é a região lateral das células em proximidade.
DESMOSSOMO 
É uma junção ancoradoura que serve para adesão célula-célula, portanto, requer proximidade entre as membranas de duas células vizinhas. 
O número está relacionado ao esforço mecânico a que as células estão sujeitas, sendo mais numerosas no epitélio de revestimento externo do corpo, no estrato espinhoso da epiderme. Agem como pontos de solda, assegurando que as células dos órgãos e tecidos em que se estendem, tais como a pele e o músculo cardíaco, permaneçam ligadas de forma ininterrupta.
Junção desmossômica requer a participação de proteínas integrais da família das caderinas. A imensa cadeia peptídica das caderinas projeta-se parcialmente para o meio extracelular prendendo-se às extremidades das proteínas caderinas da membrana plasmática da célula pareada. Sua extremidade oposta projeta-se para o meio intracelular servindo de ligação com o citoesqueleto de filamentos intermediários, denominados filamentos de alta resistência mecânica e polimerizados pela citoqueratina ou ceratina. Esta associação ao citoesqueleto é intermediada por outras proteínas citoplasmáticas que reforçam a superfície protoplasmática das membranas na zona da junção formando densas placas, denominadas placas de ancoragem ou placas densa.
JUNÇÃO OU ZÔNULA ADERENTE 
Esta junção é similar a um desmossomo por sua função de ancoragem entre as membranas e ancoragem do citoesqueleto, no entanto, sua distribuição na membrana difere do mesmo por dispor-se em cinturão ao redor do corpo da célula, fazendo a união desta com várias células vizinhas. 
Nesta junção o citoesqueleto ancorado é composto de microfilamentos de actina. Podem aparecer como bandas circundando a célula (zonula adherens) ou como pontos de fixação à matriz extracelular (placas de adesão).
JUNÇÃO COMUNICANTE OU GAP
Nos vertebrados, a junção comunicante ou GAP é uma junção com forma e tamanho variados, pois pode ser construída e desfeita pela simples concentração ou dispersão de proteínas Conexinas em qualquer ponto de aproximação entre as membranas de células vizinhas.
Seu objetivo é a sinalização celular por meio de íons ou por meio de pequenos peptídeos sinalizadores que atravessam do citoplasma de uma célula diretamente para o citoplasma da célula vizinha, sem passar pelo meio extracelular. Através desse tipo de junção, substâncias celulares como, por exemplo, íons, podem passar de célula para célula, fazendo com que grupos celulares formem um conjunto funcional.
Formada por 6 proteínas transmembranas- conexinas. 
JUNÇÃO COMPACTA OU ZÔNULA OCLUSIVA 
A junção compacta ou zônula oclusiva é uma junção do tipo bloqueadora. Uma de suas funções é a obstrução do espaço extracelular, impedindo o trânsito de substâncias por entre as células em união. Neste caso, as substâncias que permeiam o meio extracelular só ultrapassam a zona de bloqueio sendo transportadas pelo citoplasma das células unidas.
Sua segunda função é impedir a dispersão ou migração dos elementos que integram as membranas plasmáticas e que não conseguem fluir pela região do cinturão de bloqueio. Isso permite à célula criar dois microambientes de membrana plasmática com composição distinta nos polos apical e basal. 
A junção requer a presença das proteínas integrais claudinas e ocludinas nesta região das membranas plasmáticas pareadas.
Une as células formando uma barreira impermeável. Evita movimentação de moléculas entre diferentes domínios de membrana. 
JUNÇÃO SEPTADA 
É uma junção bloqueadora típica de epitélios dos invertebrados. Esta junção tem disposição em cinturão circundando o corpo de cada célula em união. Os septos se dispõem como fitas que bloqueiam o trânsito extracelular e, portanto, atribuem ao epitélio a propriedade de seletor das trocas entre a cavidade ou superfície, revestida pelo epitélio, e o tecido conjuntivo. 
Pode ser comparada, funcionalmente, à junção compacta (zônula oclusiva) dos vertebrados.
Especialização da superfície apical da membrana 
MICROVILOSIDADES 
Projeções cilíndricas do citoplasma, envolvidas por membrana que se projetam da superfície apical da célula. São imóveis, aumentam a área de superfície celular e apresentam filamentos. 
ESTEREOCÍLIOS 
São parecidos com microvilosidades, porém são mais longas e ramificadas. São imóveis, encontradas no epidídimo e nas células pilosas do ouvido interno, aumentam a área de superfície das células e os filamentos de actina são mais discretos que nas microvilosidades. 
CÍLIOS 
Projeções cilíndricas móveis semelhantes a pelos. Tem como função a propulsão de muco e de outras substâncias sobre a superfície do epitélio, por meio de rápidas oscilações rítmicas e no caso dos flagelos funcionam na locomoção. 
Microtúbulos organizados (9 + 2), inseridos no corpúsculo basal.
Matriz extracelular 
Composto de macromoléculas que auxiliamdesde o crescimento de diferentes tecidos até a manutenção de um órgão inteiro. São sintetizadas e eliminadas peças células. Encontrada principalmente no tecido. 
Ao serem secretadas, esses componentes ligam-se entre si, formando um todo bem estruturado e estável (viscoso). Essa estrutura, ainda que temporária, é bastante resistente. 
Sua composição difere de acordo com o tipo de tecido no qual está presente. Mas é essencialmente composta de água, proteínas fibrosas e proteoglicanos que, como dissemos, são secretados pelas células. Podem ser:
Colágeno: dá à célula resistência à tração e facilita o processo de adesão e migração das células;
Elastina: outra fibra que concede aos tecidos a capacidade de recuo e alongamento sem que sejam rompidos;
Laminina: forma redes de proteína, que funcionarão como uma espécie de “cola” que liga tipos de tecidos diferentes. Essa rede estará presente nas junções entre o tecido conjuntivo e o músculo, nervo ou o tecido de revestimento epitelial;
Fibronectina: é primeiro secretada pelas células fibroblásticas na forma solúvel, mas isso muda rapidamente quando elas se unem em uma malha não dissoluvel. A fibronectina regula a divisão e a especialização em muitos tipos de tecidos. Mas também tem um papel embrionário especial.
Funções da matriz extracelular:
· Formar uma estrutura de suporte essencial para as células;
· Controlar a comunicação entre as células;
· Reparar tecidos danificados;
· Regular processos celulares como crescimento, migração e diferenciação.
*A interação entre a célula e a matriz extracelular também afeta o nível de inflamação, reepitelização (quarta etapa da cicatrização) e contração quando o tecido é danificado. Esses fatores promovem o fechamento rápido da ferida. Ou seja, as respostas biológicas importantes para minimizar o risco de infecção dependem da matriz extracelular.

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