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QUESTÕES - MODULO I

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O conteúdo desse material é de propriedade intelectual do ©IBET: é proibida sua utilização, manipulação ou reprodução, por 
pessoas estranhas e desvinculadas de suas atividades institucionais sem a devida, expressa e prévia autorização. 
 
MÓDULO: CONTROLE DA INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA 
 
Aluna: Tayná Lima Trajano 
 
 
Seminário I - REGRA-MATRIZ DE INCIDÊNCIA, OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA E 
SUJEIÇÃO PASSIVA 
Questões 
 
1. Que é norma jurídica? E regra-matriz de incidência tributária (RMIT)? Qual a 
função do consequente normativo? 
 
R.: Norma jurídica é um ajustamento de conduta. Já a regra-matriz de incidência tributária é o 
núcleo da norma que define a incidência de uma obrigação tributária para o cumprimento de 
uma prestação de cunho patrimonial. A função precípua da regra-matriz de incidência 
tributária é, de modo geral e abstrata, descrever uma conduta e estabelecer sua respectiva 
consequência. 
 
2. Distinguir: obrigação tributária e deveres instrumentais. Multa pelo não pagamento 
caracteriza-se como obrigação tributária? Justifique analisando criticamente o art. 113 do 
CTN. 
 
R.: 
 Distinção 
Segundos os ensinamentos do prof. Paulo de Barros Carvalho, a obrigação tributária é uma 
relação jurídica que comporta um direito/dever de prestação patrimonial. Em um polo da 
relação encontra-se o sujeito ativo-credor, de outro o sujeito passivo-devedor. Tal obrigação 
surge da regra-matriz de incidência tributária. 
 
De outra banda, os deveres instrumentais ou formais são vínculos jurídicos, cujo objeto não é 
uma obrigação pecuniária, e que tem caráter instrumental, como o prof. Paulo de Barros 
Carvalho denomina, obrigações acessórias, isso porque, não se trata de obrigação, uma vez 
que seu objeto não é um dever pecuniário, bem como não é acessório tendo em vista que, por 
vezes, não existirá a obrigação principal, mas o dever instrumental ou formal será devido. 
 
 Multa e analise do art. 113, do CTN 
 
No corpo do artigo 113, do Código Tributário Nacional, em seu parágrafo 1º, define a 
penalidade pecuniária, a multa, como obrigação principal, in verbis: 
 
Art. 113. A obrigação tributária é principal ou acessória. 
§ 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o 
pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito 
dela decorrente. 
 
 No entanto, tal acepção não é compatível com o ordenamento jurídico brasileiro. A 
primeira premissa que permite-nos observar a incompatibilidade, encontra-se fixado no artigo 
 
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3º, do CTN. A referida passagem legal busca definir o conceito de tributo e, nesse momento se 
avigora que, tributo é uma prestação pecuniária que não constitua sanção de ato ilícito, por 
tanto, multa. 
 
 Sendo assim, diferem-se, ainda, no sentido de que, a obrigação tributária decorre de 
um fato lícito, por outro lado, a multa decorre de um fato ilícito. 
 
 Conforme discorre o professor Paulo de Barros Carvalho, prosperar a ideia de que a 
obrigação tributária possa ter por objeto o pagamento de penalidade pecuniária, ou multa, 
estará negando aquele caráter e desnaturando a instituição do tributo. 
 
 Para concluir, destaco que, apesar do que foi estabelecido no art. 113, do CTN, tanto 
no §1º como no §3º, a multa não pode ser caracterizada como obrigação tributária. Quando 
não há o pagamento esculpido na norma que cria a relação jurídica (obrigação tributária) 
estabelecida entre o sujeito ativo e passivo, surge uma nova relação com vínculo 
sancionatório. 
 
3. Que é sujeição passiva? Definir os conceitos de: (i) sujeito passivo; (ii) contribuinte; (iii) 
responsável tributário; e (iv) substituto tributário – distinguindo: substituição tributária para 
trás, para frente e convencional (concomitante); agente de retenção e substituição para frente. 
O responsável (art. 121, II, do CTN) é: (i) sujeito passivo da relação jurídica tributária; (ii) de 
relação de dever instrumental; ou (iii) de relação jurídica sancionatória? 
 Sujeição passiva: determina, em termos gerais, quem compõe o polo passivo das relações 
tributárias. 
 Sujeito passivo: segundo o CTN é quando o sujeito tenha relação pessoal e direta com a 
situação que constitua o respectivo fato gerador 
 Contribuinte: é aquele que tem o dever jurídico de cumprir a prestação de dar valor 
pecuniário, após a prática de fato jurídico tributário. 
 Responsável tributário: quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação 
decorra de disposição expressa de lei. 
 Substituto Tributário: Quando a lei atribui a sujeito passivo de obrigação tributária a 
condição de responsável pelo pagamento de imposto ou contribuição devido por outro 
integrante da cadeia de incidência tributária. 
A substituição pode ocorrer para frente: Quando o fato gerador ainda não ocorreu, mas a 
fazenda presume um valor para a operação que irá ocorrer, como exemplo, cito o caso 
das distribuidoras de combustíveis e os postos de gasolina. É incumbido as 
distribuidoras o pagamento pela operação de venda de combustíveis ao posto, como 
também o pagamento da operação de venda dos postos para os consumidores. 
Já a substituição para trás ocorre quando o fato gerador já ocorreu, mas o Fisco escolhe 
cobrar em momento posterior e a outro sujeito passivo. Ex.: Laticínios, quando diversos 
micro produtores de leite vendem seu produto à fabricas, mas no momento não há a 
autuação e cobrança do fisco pelo tributo devido. O Estado só cobra o tributo devido à 
fábrica, em momento posterior. 
A substituição concomitante atribui a outro sujeito passivo a responsabilidade pelo 
recolhimento, simultaneamente à ocorrência do fato gerador 
 
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4. A empresa “A” adquiriu estabelecimento empresarial da empresa “B” e continuou 
sua atividade. Aproximadamente seis anos depois dessa operação, a empresa “A” foi 
surpreendida com sua inclusão no polo passivo de execuções fiscais ajuizadas pelo Fisco 
inauguralmente em face da empresa “B”, para exigir tributos relativos a fatos geradores 
por ela realizados. No contrato de compra e venda, não há disciplina a respeito das 
dívidas tributárias anteriores à aquisição. Pergunta-se: 
 
 
a) Pode o Fisco exigir da empresa “A” os tributos cujos fatos geradores foram 
realizados pela empresa “B” antes da aquisição? Se positiva a resposta, qual o prazo 
que o Fisco tem para proceder à inclusão da empresa “A” no polo passivo das 
execuções fiscais? Em relação aos tributos decorrentes de fatos geradores 
ocorridos anteriormente à compra e venda do estabelecimento ainda não inscritos 
em dívida ativa no momento da operação, quem deve figurar na CDA: a empresa A, 
B ou ambas? Há relevância se houver no contrato cláusula de responsabilidade de 
“B” quanto aos débitos anteriores à operação? (Vide anexo I). 
 
R.: 
 Da responsabilidade dos sucessores 
 Quanta a primeira indagação, acerca da possibilidade de o Fisco exigir do 
sucessor os tributos cujos os fatos geradores foram realizados pelo sucedido, cumpre-se 
destacar que, é possível, e que essa possibilidade se estende, ainda, às penalidades 
pecuniárias. 
 O Código Nacional Tributário, nos artigos 132 e 133, estabelecem que, a pessoa 
que adquirir de outra, estabelecimento comercial, responde pelos tributos, relativos ao 
estabelecimento adquirido. 
 No entanto, importante destacar que, se o alienante cessar a exploração da 
atividade econômica, a responsabilidade do sucessor é integral, caso contrário, a 
responsabilidade do sucessor é subsidiaria.Nesse sentido, o Superior Tribunal de justiça já se pronunciou quanto ao tema no 
sentido que consolidar que, de fato, os arts. 132 e 133 do CTN impõem ao sucessor a 
responsabilidade, tanto pelos eventuais tributos devidos quanto pela multa decorrente, 
seja ela de caráter moratório ou punitivo.1 
 
 Quanto ao prazo para incluir a empresa no polo passivo das Execuções 
Fiscais 
 
 Após a certificação pelo oficial de justiça que ocorreu a sucessão, é iniciado o 
 
1 REsp 670.224/RJ, 1ª Turma, Rel. Min. José Delgado, DJ de 13.12.2004; REsp 1.684.509 - SP, 2ª Turma, Rel. 
Min. Herman Benjamin, DJ de 10.10. 2017; AgRg no REsp 1.321.958/RS, Relator Ministro HUMBERTO 
MARTINS, SEGUNDA TURMA, DJe 16/10/2012; 
 
 
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prazo prescricional de cinco anos para o redirecionamento e a inclusão dos sucessores 
no polo passivo das Execuções Fiscais. 
 
 Conforme jurisprudência pacifica do STJ, a sucessão empresarial só surte efeitos 
na esfera tributária quando essa operação é comunicada pessoalmente ao Fisco.2 
 
 Quanto quem deve figurar no polo devedor das Certidões de Dívida Ativa 
 
 Quanto ao questionamento de quem irá figurar na Certidão de Dívida Ativa, 
cumpre responder que esta deve ser inscrita em nome da empresa incorporadora. 
 
 A doutrina de Andrea Darze ensina que, na hipótese de a sucessão se verificar em 
instantes posterior à constituição do crédito em face do antigo proprietário, a incidência 
da norma de responsabilidade provoca os seguintes efeitos: i. constituição da obrigação 
tributária contra sucessor (N2) e ii. anulação da norma individual e concreta na qual o 
sucedido figurava no polo passivo da obrigação (-N1).3 
 
 Contrato cláusula de responsabilidade 
 A priori, imperioso observar que, a responsabilidade do sucessor/adquirente 
advém de uma norma, é um direito público, cujo núcleo é indisponível. 
 
 De modo que, avenças privadas não podem dispor sobre a sujeição passiva 
tributária. Logo, não há relevância, para o fisco, se houver no contrato cláusula de 
responsabilidade tributária, nos termos do art. 123, CTN, in verbis: 
 
Art. 123. Salvo disposições de lei em contrário, as convenções particulares, relativas à 
responsabilidade pelo pagamento de tributos, não podem ser opostas à Fazenda 
Pública, para modificar a definição legal do sujeito passivo das obrigações tributárias 
correspondentes. 
 
b) A empresa “A” responde pela: (i) multa de mora, (ii) multa pelo não pagamento de 
tributo, (iii) juros e (iv) multa pelo descumprimento de deveres instrumentais, se 
constituídas antes da operação de compra e venda? E se constituídas depois da 
operação? (Vide anexos II e III). 
 
R.: Especificadamente, em relação a responsabilidade do sucessor quanto a penalidade 
pecuniária, o STJ entende que a multa possui caráter moratório/punitivo que decorre da 
imposição do não pagamento do tributo na época do vencimento4, por tanto, a 
 
2 Jurisprudência fixada e disponível no site eletrônico do STJ. Em: 
https://processo.stj.jus.br/repetitivos/temas_repetitivos/pesquisa.jsp?novaConsulta=true&tipo_pesquisa=T&cod_
tema_inicial=1049&cod_tema_final=1049 
3 DARZÉ, Andréa M. Responsabilidade tributária – solidariedade e subsidiariedade. São Paulo: Noeses. 
Capítulo 3. 
 
4 REsp n. 592.007/RS, Rel. Min. José Delgado, DJ de 22/3/2004 
 
https://processo.stj.jus.br/repetitivos/temas_repetitivos/pesquisa.jsp?novaConsulta=true&tipo_pesquisa=T&cod_tema_inicial=1049&cod_tema_final=1049
https://processo.stj.jus.br/repetitivos/temas_repetitivos/pesquisa.jsp?novaConsulta=true&tipo_pesquisa=T&cod_tema_inicial=1049&cod_tema_final=1049
 
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responsabilidade da multa aplicada antes e depois da sucessão abrange a empresa 
sucessora. 
 
No entanto, na hipótese de a multa ter sido aplicada antes da sucessão, apesar da 
possibilidade de exigir do sucessor, em qualquer hipótese, o sucedido permanece como 
responsável. 
 
Quanto a responsabilidade da multa nos casos de sucessão empresarial, foi fixado em 
Súmula do Tribunal Superior o entendimento, in verbis: 
 
Súmula 554 - Na hipótese de sucessão empresarial, a responsabilidade da sucessora 
abrange não apenas os tributos devidos pela sucedida, mas também as multas 
moratórias ou punitivas referentes a fatos geradores ocorridos até a data da sucessão. 
(Súmula 554, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 09/12/2015, DJ 15/12/2015).5 
 
5. Quanto aos art. 124 e 135 do CTN, pergunta-se: 
 a) Qual a espécie de responsabilidade prevista no artigo 135 do CTN? Poderia o fiscal 
lavrar auto de infração contra o contribuinte e, posteriormente, executar o sócio de 
forma solidária à empresa? (Vide anexos IV e V). 
R.: 
 O art. 135 prevê em seu texto a responsabilidade por terceiros relacionado à fatos 
ilícitos. Nesses caso, com base na jurisprudência, pode-se executar o sócio de forma solidaria.6 
 
 Não poderia o fisco lavrar auto de infração em face de contribuinte e posteriormente 
executar o sócio de forma solidária, sem que este tenha participado do procedimento 
administrativo fiscal com a devida garantia do contraditório e da ampla defesa, onde deveria o 
fisco apresentar prova concludente de pratica de atos com infração à lei, contrato social ou 
estatutos, conforme prescrito pelo artigo 135 do CTN. 
 
b) A dissolução irregular da sociedade caracteriza infração à lei apta a ensejar a 
responsabilidade do(s) sócio(s) pelas dívidas da pessoa jurídica? Em caso positivo 
qual sócio ou administrador pode ser alcançado: o da época do inadimplemento do 
tributo ou do momento em que ocorre a dissolução irregular? (VI e VII e VIII) 
 
R.: 
De acordo com o entendimento jurisprudencial e doutrinário, a dissolução irregular pode 
ensejar a responsabilidade dos sócios pelas dívidas da pessoa jurídica. 
 
Quanto à segunda indagação, cumpre destacar que, a jurisprudência fixou que, o 
redirecionamento da execução apenas ao sócio que estava no no momento da dissolução 
irregular. 
 
c) O mero inadimplemento da obrigação de pagar o tributo pode ser justificativa para 
 
5 Precedentes originários e referências legislativas disponíveis em: 
https://scon.stj.jus.br/SCON/sumanot/toc.jsp?livre=@docn=4297#TIT1TEMA0 
 
6 REsp n. 1.455.490/PR, Rel. Min Herman Benjamin, DJ de 25/09/2014 
https://scon.stj.jus.br/SCON/sumanot/toc.jsp?livre=@docn=4297#TIT1TEMA0
https://scon.stj.jus.br/SCON/sumanot/toc.jsp?livre=@docn=4297#TIT1TEMA0
https://scon.stj.jus.br/SCON/sumanot/toc.jsp?livre=@docn=4297#TIT1TEMA0
https://scon.stj.jus.br/SCON/sumanot/toc.jsp?livre=@docn=4297#TIT1TEMA0
https://scon.stj.jus.br/SCON/sumanot/toc.jsp?livre=@docn=4297#TIT1TEMA0
 
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pessoas estranhas e desvinculadas de suas atividades institucionais sem a devida, expressa e prévia autorização. 
aplicação do artigo 135 do Código Tributário Nacional? (Vide anexos IX e X). 
 
R.: Quanto ao tema, temos postulado em súmula no Superior Tribunal de Justiça, que o 
simples inadimplemento da obrigação tributária não gera a aplicação do artigo 135. 
 
Súmula n. 430, STJ: “O inadimplemento da obrigação tributária pela sociedade não gera, 
por si só, a responsabilidade solidária do sócio-gerente.” 
 
6. Quanto à caracterização de grupo econômico, pergunta-se? 
 a) Que é grupo econômico? Quais são os requisitos para a aplicação da 
desconsideração da personalidadejurídica, prevista no art. 50 do CC? Ela pode ser 
aplicada ao direito tributário para fins de caracterização de grupo econômico? Há 
dispositivos específicos na legislação tributária que fundamentem a responsabilização 
do grupo econômico? A caracterização implica reconhecimento de responsabilidade 
solidária? (Vide anexo XI e XII). 
 
R.: Grupo econômico são empresas de um mesmo grupo econômico, apenas quando realizem 
conjuntamente a situação configuradora do fato gerador, não bastando o mero interesse 
econômico; a confusão patrimonial apta a ensejar a responsabilidade solidária na forma 
prevista no art. 124 do CTN administradas pelos mesmos diretores, estando submetidas a um 
mesmo poder de controle, o que evidencia a existência de grupo econômico de fato; atuação 
num mesmo ramo comercial ou complementar, sob uma mesma unidade gerencial; empresas 
que exerçam atividades empresariais de um mesmo ramo e estão sob o poder central de 
controle; abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade ou pela 
confusão patrimonial; abuso de autoridade, sociedades sob o mesmo controle e com 
estrutura meramente formal, o que ocorre quando diversas pessoas jurídicas do grupo 
exercem suas atividades sob unidade gerencial, laboral e patrimonial; existência de fraudes, 
abuso de direito e má-fé com prejuízo a credores; grupo familiar definido. 
 
 
Os requisitos para a desconsideração da personalidade jurídica são definidos pelo Código 
civil em seu artigo 50, in verbis: 
 
Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade 
ou pela confusão patrimonial, pode o juiz, a requerimento da parte, ou do Ministério Público 
quando lhe couber intervir no processo, desconsiderá-la para que os efeitos de certas e 
determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares de 
administradores ou de sócios da pessoa jurídica beneficiados direta ou indiretamente pelo 
abuso. (Redação dada pela Lei nº 13.874, de 2019). 
 
A jurisprudência entende que, os requisitos para a desconsideração da personalidade jurídica 
não se encontram presentes nos casos de grupo econômico para as Execuções Fiscais. 
 
 b) Uma vez instaurado o incidente de desconsideração da personalidade jurídica, nos 
termos dos arts. 133 e seguintes do NCPC (Lei nº 13.105 de 2015), a defesa 
apresentada pela pessoa jurídica responsabilizada pela obrigação tributária de outra 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13874.htm#art7
 
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pessoas estranhas e desvinculadas de suas atividades institucionais sem a devida, expressa e prévia autorização. 
empresa integrante do mesmo grupo econômico pode versar sobre o mérito da 
cobrança (inexigibilidade do crédito tributário), ou apenas sobre a ilegitimidade de 
sua inclusão no polo passivo da execução fiscal? 
 
Em observância ao princípio da ampla defesa, é cabível discutir o mérito. 
 
7. Dada a seguinte Lei (fictícia): 
Prefeitura de São Pedro, Lei n. 5.151, de 12/10/2015, D.M. 25/10/2015 
Art. 1º Fica instituída taxa de conservação e limpeza urbana para o custeio do serviço público municipal 
de conservação e limpeza de vias públicas. 
Art. 2º A taxa tem como fato gerador a prestação do serviço de limpeza das vias públicas. 
Art. 3º A base de cálculo é o valor venal do imóvel. 
Art. 4º A alíquota é de 0,1%. 
Art. 5º O contribuinte é o proprietário do imóvel. 
Art. 6º Dá-se a incidência todo dia 1º de cada ano. 
Art. 7º A importância devida a título de tributo deve ser recolhida até o décimo dia do segundo mês 
subsequente. 
1 §º No caso de locação, o locatário é responsável pelo recolhimento do tributo. 
2 §º No caso de compra e venda realizada antes do prazo para o pagamento e após o 1º dia do ano, o 
responsável pelo pagamento do tributo é o adquirente do imóvel. 
3 §º O não recolhimento no prazo estipulado implica multa de 20% do valor do tributo devido. 
Art. 8º Fica o contribuinte obrigado a entregar para a Secretaria de Planejamento Urbano declaração do 
valor imobiliário até o dia 10 de novembro de cada ano. 
Parágrafo único. A ausência da entrega no prazo a que se refere o caput deste artigo implicará multa de 
100 UFIRS. 
[...]. 
Pergunta-se: 
a) Construir as normas jurídicas veiculadas nessa lei, identificando os critérios do 
consequente da RMIT. 
 
 
Critério Material: Prestação de serviços de limpeza das vias públicas (art. 2º); 
Critério Pessoal: Sujeito ativo: Município de São Pedro; 
Sujeitos passivos: Contribuinte: Proprietário do imóvel e Responsável: 
locatário e adquirente; 
Critério Espacial: Município de São Pedro; 
Critério Temporal: 10º dia de cada mês; 
Critério Quantitativo: 
 Base de Cálculo: Valor Venal do Imóvel 
Alíquota: 0,1% 
 
b) Quais as funções da base de cálculo? A base de cálculo eleita é compatível com a 
hipótese tributária? Se incompatíveis, qual deve prevalecer para efeito de se 
determinar a espécie tributária: o enunciado da hipótese tributária ou o enunciado 
da base de cálculo? Ambos? Nenhum dos dois? 
 
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R.: A base de calculo juntamente com a alíquota compõe o critério quantitativo da 
regra matriz de incidência tributária, que serve para quantificar a prestação, objeto da obrigação 
tributária prescrita. 
 
No presente caso, a base de calculo não é compatível com a hipótese tributária de 
taxa, uma vez que, a mesma deve ser específica e divisível e não pode ter base de calculo idêntica 
a imposto, no caso o IPTU (art. 145, §2º, CF), não se aplicando a sumula vinculante nº 29. 
 
Deve-se prevalecer a base de calculo, tendo em vista o que dispõe o artigo 4, 
inciso I e art. 77, parágrafo único ambos do CTN, de acordo com os quais, a nomenclatura 
relevante para fins de determinação da espécie tributária é a base de calculo do imposto, pré-
definida na constituição federal.

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