Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Susana Figueiredo – UFC » Aumento de gorduras, proteínas e carboidratos: armazenamento sob a forma de triglicerídeos ONDE OCORRE »Ocorre no citosol »O alongamento (aumento do tamanho e introdução de dupla ligações) dos ácidos graxos ocorre na mitocôndria e no retículo endoplasmático SÍNTESE DE ÁC. GRAXOS » O que é necessário para sintetizar um ácido graxo: AcetilCoA NADPH: muito envolvido nas reações de síntese MalonilCoA Complexo enzimático ACETIL-COA » Sabe-se que a maior parte do acetilCoA é gerado na mitocôndria » Como a síntese de ácidos graxos ocorre no citosol, é necessário que o acetilCoA saia da mitocôndria » Isto ocorre na forma de citrato (1ª reação do CK): junção da molécula de acetilCoA com oxaloacetato para a formação do citrato »Esse citrato, não necessariamente segue para o CK, podendo então sair da mitocôndria, indo para o citosol, se a célula o desejar PRINCIPAIS FONTES DE ACETIL-COA Piruvato B-oxidação Aminoácidos » Neste caso, não se pode considerar a B-oxidação, pois se trata de síntese e não de oxidação. Não é possível que ambos os processos ocorram concomitantemente » As principais fontes de acetilCoA para a síntese de ácidos graxos é proveniente do piruvato (complexo da piruvato desidrogenase com síntese e acetil CoA), aminoácidos cetogênicos e um pequeno grau de b- oxidação »Esta última não é levada em consideração porque são reguladas reciprocamente TRANSPORTE DE ACETILCOA PARA O CITOSOL » O acetilCoA vai se condensar com o oxaloacetato através da enzima citrato sintase (primeira reação do CK), para a formação do citrato »O citrato formado, por meio de um transportador, é jogado para fora da mitocôndria, atravessando sua membrana e chegando no citosol, onde é clivado pela citrato liase, liberando acetilCoA citosólico e oxaloacetato »A enzima citrato liase usa uma molécula de ATP para fazer a quebra e acrescentar uma molécula de coenzimaA no Acetil »O acetilCoA segue então para a síntese dos ácidos graxos » O oxaloacetato pode ser reduzido em malato (malato desidrogenase) e voltar à matriz mitocondrial. » O malato pode ser empregado na geração de NADPH citosólico pela enzima málica PROVENIÊNCIA DO NADPH »Via das pentoses fosfato »Enzima málica: transformação do malato em piruvato O malato perde um carbono na forma de CO2, tornando-se piruvato e liberando NADPH MALONIL-COA »Processo irreversível SÍNTESE DE MALONIL-COA » Catalisada pela complexo da acetil-CoA carboxilase »Processo irreversível »O malonil-CoA é proveniente do Acetil-CoA »Acresci-mo de um C à molécula do acetil-CoA »Para a síntese do malonil é necessário ATP »O malonil-CoA é um inibidor da carnitina-acil- transferase 1: evita-se o ciclo fútil em que ácido graxo é oxidado para gerar acetil-CoA que por sua vez volta para o citosol para dar origem a um novo ácido graxo COMPLEXO DA ÁC.GRAXO SINTASE »Presença de vários domínios enzimáticos, cada um com uma missão na síntese de ácidos graxos »A ACP, Proteína Transportadora de Acila, não tem uma função enzimática, mas sim de sustentar/ancorar o ácido graxo que se quer formar »Possui um braço bem longo. No enxofre da extremidade, é onde o ácido graxo que se vai sintetizar fica até que se conclua a síntese VARIANTES DA ÁC. GRAXO SINTASE » Ácido graxo sintase I (AGS I): vertebrados e fungos »Vantagens: síntese de um único produto e não são liberados intermediários Vertebrados: o Uma cadeia polipetídica multifuncional o 7 sítios ativos em domínios separados o Mamíferos: homodimero Fungos e leveduras: o Duas cadeias polipetídicas multifuncionais com arquitetura diferente »Ácido graxo sintase II (AGS II ): vegetais e bactérias Sintese dissociada Cada etapa da síntese é catalisada por uma enzima diferente Gera diversos produtos (ás. Graxos saturados de vários tamanhos, insaturações, ramificações…) PROCESSO GLOBAL »Realização de ciclos de incorporação de 2C até a construção total do ácido graxo »Cada ciclo de síntese é formado por 4 etapas ETAPAS DO PROCESSO DE SÍNTESE »Etapa de preparação: Objetivo: carregar a ácido graxo sintase com o AcetilCoA e malonilCoA »Ciclos de síntese: Objetivo: adicionar, em cada ciclo, as unidades de dois carbonos vindos do malonil-CoA PROCESSO DE PREPARAÇÃO »Nesta fase, os dois grupos tióis têm que ser carregados com os grupos acil corretos »Primeiro o grupo acil da acetilCoA é transferido para o grupo -SH da cisteína da B-cetoacil-ACP sintase »Essa reação é catalisada pela malonil/acetil-CoA- ACP-transferase (MAT) »Pega-se o grupamento acetil, ligar no átomo de enxofre da KS e dispensar a Coenzima-A »Agora o malonil da malonilCoA é transferido para o grupo tiol da ACP. »Reação também catalisada pela malonil/acetil- CoA-ACP transferase »Pega-se o malonilCoA e o malonil, dispensar a Coenzima A, e o restante da molécula se liga no átomo de enxofre da ACP RESUMO: a fase de preparação consiste em ligar o acetil do acetilCoA na KS e pegar o malonil, do malonilCoA e liga-lo no átomo de enxofre da ACP CICLOS DE ALONGAMENTO »Etapa 1: condensação Condensação formando o acetoacetil-ACP Grupo acetil é transferido do cis-SH dessa enzima para o malonil no -SH da ACP Há perda de CO2 sendo que esse carbono é o mesmo do HCO3 utilizado na carboxilação do acetil-CoA para formar malonil CoA pela acetilCoA carboxilase Reação catalisada pela beta-cetoacil-ACP- sintase (KS) Formação de malonil: lembre-se que o processo de quebra/cisão de um acetil na beta-oxidação é um processo muito exergônico. Assim, a condensação é um processo muito endergônico. O malonil ativado torna essa reação de condensação viável. O C2 (metileno) do malonil é um bom nucleófilo. Quando ocorre a descarboxilação do malonil o carbono metileno faz um ataque nucleófilico ao grupo acetil presente na KS. O acoplamento da descarboxilação com a condensação torna o processo global exergônico »Etapa 2: Redução Redução do b-ceto grupo formando beta- hidroxibutiril-ACP Reação catalisada pela beta-acil-ACP- redutase Retirada de um íon hidreto do NADPH e introduzi-lo no C, formando o B- hidroxibutiril-ACP »Etapa 3: Desidratação A B-hidroxibutiril-ACP sofre uma desidratação e uma dupla ligação é formada com produção de trans-butenoil-ACP Reação catalisada pela beta-hidroxiacil-ACP- desidratase »Etapa 4: Redução Ocorre uma nova redução para perda da dupla ligação Tem-se a formação de butiril-ACP Reação catalisada pela enzima enoil-ACP- redutase (ER) » Um ciclo completo, com a formação de um ácido graxo de 4 carbonos. Como neste caso se quer 16 carbonos, tem-se a necessidade de realizar mais ciclos (cada um adicionando 2 carbonos), acrescentando carbonos, até chegar ao número total que se pretende » Antes de partir para um próximo ciclo, transfere-se o ácido graxo que se encontra ligado à ACP para a KS, de forma a deixar a ACP livre »Etapa 5: Deslocamento Ocorre uma nova redução para perda da dupla ligação Após isso, o grupo butiril é translocado para a beta-cetoacil-ACP sintase e inicia-se uma nova rodada O butiril passa a funcionar como se fosse o acetil do acetilCoA da primeira volta Nova molécula de malonil-CoA se liga à ACP PROCESSO DE ALONGAMENTO- CICLO 2 »Processo se repete » Condensação » Redução » Desidratação » Redução » Quando o ácido graxo atinge 16 carbonos se solta da enzima e é liberado »Para que o ácido graxo seja liberado, é necessário consumir uma molécula de água PROCESSO DE ALONGAMENTO » 7 ciclos produzem o grupo palmitoil saturado (C16) » Não se sabe porque geralmente o alongaento para quando se atinge um número de 16 carbonos » Eventualmente se atingem 18 carbonos »Coqueirose palmeiras possuem cadeias de 8 a 14 C REAÇÃO GLOBAL »(C16:0) (8 acetil CoA e 7 ciclos) Formação de 7 malonil-CoA 7 acetil-CoA + 7 CO2 + 7 ATP → 7 malonil-CoA + 7 ADP + 7 Pi 7 ciclos 1 acetil-CoA + 7 malonil-CoA + 14 NADPH + 14H+ → C16:0 + 7 CO2 + 8CoA + 14 NADP+ + 6 H2O 8 acetil-CoA + 7 ATP + 14 NADPH + 14 H+ C16:0 + 7 ADP + 7Pi + 8CoA + 14 NADP+ + 6 H2O » EX2: ácido graxo de c20:0 (forma 9 malonilCoA e 9 ciclos) Para sintetizar um ácido graxo de 2º carbonos, necessitaremos de 10 acetil-CoA, sendo que o primeiro será usado para carregar a enzima e os restamnte 9 para a produção dos 9 malonil (uso de 1 por cada um dos ciclos, que totalizam 9) o (se quisermos sintetizar um acido graxo de 18 carbonos, precisaremos de 9 acetil-CoA e 8 ciclos) o O nº de malonil é o nº de ciclos »18 NADPH pois cada ciclo usa 2 » 9 CO2 provenientes da primeira etapa, quando o malonil faz o ataque e libera o CO2 »10 CoA: sempre que o malonil se liga, libera a CoA »8 H2O: produção de 9, mas uma delas é usada para liberar o ácido graxo BIOSSÍNTESE X OXIDAÇÃO BIOSSÍNTESE OXIDAÇÃO LOCALIZAÇÃO Citosol Mitocôndria REAÇÕES 1.Condensação 2.Redução 3.Desidratação 4.Redução 1.Oxidação 2.Hidratação 3.Oxidação 4.Cisão ENZIMAS São diferentes COENZIMAS NADPH/NADP+ NAD+/NADH FAD/DAH2 SUPORTE DA CADEIA CARBÔNICA ACP (proteína transportadora de acila) CoA-SH » A biossíntese não é o contrário/inverso da oxidação. As enzimas envolvidas são diferentes SISTEMA DE ALONGAMENTO ÁC GRAXOS »Presentes nas mitocôndrias e retículo endoplasmático liso DESSATURAÇÃO DE ÁC GRAXOS » As enzimas acil-graxo-CoA dessaturase (oxidases de função mista), no retículo endoplasmático liso, introduzem a dupla ligação »Oxidases de função mista pois oxidam duas coisas ao mesmo tempo, o ácido graxo e o NADPH SÍNTESE DE EICOSANÓIDES » Linoleato (18:2 Δ9,12)→ Araquidonato (20:4 Δ5,8,11,14) → Eicosanóides (prostagladinas, tromboxanos e leucotrienos) »Moléculas biológicas que atuam como sinalizadoras e mensageiras de curta distância FUNÇÕES DOS EICOSANÓIDES »Prostaglandinas: Causam o aumento da permeabilidade capilar e promovem a quimiotaxia, atraindo células como macrófagos especializadas na fagocitose de restos celulares resultantes durante o processo inflamatório »Tromboxanos: Causam aumento na constrição dos vasos sanguíneos, agregação plaquetária e coagulação sanguínea »Leucotrienos: São mediadores de processos alérgicos agudos Agem fazendo constrição dos brônquios Fármacos anti-inflamatórios contra asma: Inibição de leucotrienos evitando a constrição, permitindo a respiração do indivíduo REGULAÇÃO SÍNTESE DE ÁC GRAXOS »Quando o ATP e o acetil-CoA aumentam, então o citrato será transportado para o citosol » Citrato em alta concentração no citosol estimula a ação da acetil-CoA carboxilase para que haja síntese de ácido graxo »Além disso, inibe a fosfofrutoquinase para que não haja glicólise a fim de limitar o fluxo de carbono para a glicólise REGULAÇÃO PELO GLUCAGON, INSULINA E EPINEFRINA »Modificação covalente »O glucagon e adrenalina estimulam a degradação de ácidos graxos e não a síntese »Já a insulina estimula a síntese de ácidos graxos. Então ela estimula tanto a quebra do citrato para gerar acetil-CoA como também a carboxilação do acetil-CoA para gerar malonil-CoA REGULAÇÃO DA EXPRESSÃO GÊNICA »Alimentação rica em ácidos graxos poliinsaturados: vegetais, peixes de águas frias e profundas) »Supressão de enzimas lipogênicas no fígado »Mecanismo não esclarecido
Compartilhar