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APS 2015 TERRAPLANAGEM_rev1

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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP 
 
 
 
 
 
 
 
TERRAPLANAGEM – OBRAS DE TERRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Santos 
2015 
NOMES DOS INTEGRANTES, RA 
Givaldo José Dos Santos, A79GEA-0 
Hélio Rodrigues Dos Santos, A814DH-0 
Juracy Donizeth Domingos, A961EC-0 
Kauê Luan Dias Estanislau Ribeiro, T646GA-7 
Thiago Castreguini De Carvalho, B84DED6 
 
 
TERRAPLANAGEM – OBRAS DE TERRA 
 
 
Pesquisa apresentada ao curso de 
engenharia civil da Universidade Paulista, 
como Atividade Prática Supervisionada, 
orientado pelo Professor Gerson. 
 
 
 
 
 
Santos 
2015 
 
DEDICATÓRIA 
Dedicamos esta APS aos nossos pais, pois eles são a base da nossa família e nos 
apoiaram incondicionalmente para a realização do curso de engenharia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AGRADECIMENTO 
Primeiramente a Deus, pela onipresença e força que nos agracia em todos os 
dias, pois sem Ele, o simples respirar seria impossível. 
Ao nosso orientador, Prof. Gerson, pela dedicação e competência e auxílio para 
a execução deste trabalho. 
À nossa família que nos apoiam em todos os momentos, permitindo nosso 
desenvolvimento. 
Aos colegas da turma, pela parceria, persistência e apoio durante todo este 
trajeto, pelo aprendizado e compartilhamento do conhecimento e experiências. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
Esta Atividade Prática Supervisionada aborda os conceitos de terraplanagem, bem 
como, os equipamentos utilizados na escavação, aterro e compactação. 
O método utilizado foi o estudo de caso, e para tal, fizemos algumas visitas no local 
de obras do Terminal Porto do VLT, no município de Santos/SP, além da importância 
da obra, citamos algumas intervenções de obras de terra, que foram e estão sendo 
feitas, para a implantação do terminal. 
 
Palavras chaves: terraplanagem, escavação, aterro, compactação, VLT, 
terminal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
Supervised practice this activity deals with the concepts of earth moving, as well as 
the equipment used in the excavation, embankment and compaction. The method 
used was the case study, and for that, we made some visits construction site of 
Terminal Port VLT, in the city of Santos / SP and the importance of the work, we quote 
some interventions earth works, which were and they are being made for the 
implementation of the terminal. 
 Key words: earthmoving, excavation, embankment, compaction, VLT terminal. 
 
LISTA DE FIGURAS 
Figura 1 – Plataformas tipo Babilónia e Império Romano 9 
Figura 2 – Plataformas tipo Século XVIII 10 
Figura 4 – Máquinas 17 
Figura 5 – Unidade escavo-empurradora 18 
Figura 6 – Unidade escavo-empurradora de pneus 19 
Figura 7 – Unidade compactadora 20 
Figura 8 – Unidade compactadora rolo pé de carneiro 21 
Figura 9 – Unidade aplanadora 22 
Figura 10 – Unidade transportadora 23 
Figura 11 – Unidade transportadora 24 
Figura 12 – Operações básicas 25 
Figura 13 – Estação modelo inaugurada em São Vicente. 29 
Figura 14 - Escavações do Terminal Porto na Avenida Senador Dantas 30 
Figura 15 – Escavações de preparação para a fundação. 31 
Figura 16 – Terreno rebaixado para locação dos elementos de fundação. 32 
Figura 17 – Escavadeira hidráulica 33 
Figura 18 – Pá carregadeira de pneus 33 
Figura 19 – Caminhão transportador 34 
Figura 20 – Retroescavadeira 34 
Figura 21 – VLT 35 
Figura 22 – Construção das linhas de transferência 36 
 
 
 
Sumário 
INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 7 
1. HISTORIA DO DESENVOLVIMENTO DA TERRAPLANAGEM ......................................................... 7 
2. TERRAPLENAGEM ............................................................................................ 12 
2.1 Medidas básicas a adotar em qualquer tipo de escavação .................................................. 13 
2.2 Trabalhos em escavações ...................................................................................................... 15 
2.3 Trabalhos em esvaziamentos ................................................................................................ 15 
3. ATERROS .......................................................................................................... 16 
4. EQUIPAMENTOS UTILIZADO EM TERRAPLENAGEM .................................... 17 
4.1 Unidades escavo-empurradoras ........................................................................................... 18 
Tipos de unidades.......................................................................................................................... 18 
4.2 Cilindro compactador vibrador de cilindro liso (vi) ............................................................. 19 
4.2.1 Unidade compactadora ................................................................................................. 20 
4.2.2 Unidades aplanadoras ................................................................................................... 21 
4.3 Unidades transportadoras .................................................................................................... 22 
4.4 Classificação das unidades .................................................................................................... 24 
5. PRODUTIVIDADE DOS EQUIPAMENTOS DE TERRAPLENAGEM ................. 25 
5.1 Tempo de ciclo mínimo ......................................................................................................... 26 
5.2 Tempo de ciclo efetivo .......................................................................................................... 26 
5.3 Produção de um equipamento ............................................................................................. 26 
5.4 Rendimento da operação ou fator de eficiência ................................................................... 27 
5.5 Fórmula básica da produção de um equipamento ............................................................... 27 
6. VISITA A UMA OBRA DE TERRAPLENAGEM .................................................. 28 
6.1 O VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) ........................................................................................ 28 
6.2 A visita ao canteiro de obras ................................................................................................. 29 
6.3 Descrição dos equipamentos usados na obra visitada ......................................................... 32 
6.4 Informações adicionais.......................................................................................................... 35 
7. CONCLUSÃO ..................................................................................................... 36 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 37 
 
 
 
 
7 
 
INTRODUÇÃO 
 
Esta APS aborda as atividades relacionadas com movimentos de terras e ou 
obras de terra, e para tal, utilizamos parte da construção do Terminal de passageiros 
do VLT (Veículos Leve sobre Trilhos), em Santos, como estudo de caso pertinente ao 
tema proposto. As obras referentes a esse terminal, ainda estão em andamento, e nos 
foi possível registrar e observar, o processo de escavação, aterro entre outros 
serviços. 
Os primeiros capítulos desse trabalho, referem-se aos assuntos genéricos 
sobre a terraplanagem, definições, descrição de equipamentos utilizados em obras de 
terra, além de um resumo histórico sobre o desenvolvimento tecnológico da 
terraplanagem e outros. Esses assuntos, entendemos serem fundamentais, para o 
embasamento teórico dos pontos abordados, afim que haja um entendimento 
completo por parte dos leitores, sobreuma importante e fundamental área da 
construção civil, além é claro, de utilizarmos do tema, para apresentarmos detalhes 
sobre a obra do Terminal de passageiros do VLT, em Santos. 
 
1. HISTORIA DO DESENVOLVIMENTO DA TERRAPLANAGEM 
 
A compactação de solos cedo foi utilizada para melhorar as propriedades do 
solo em contato com a água, e possibilitar a circulação sobre os caminhos percorridos 
por tráfego animal e pedestre. Embora os construtores de estrada da época não 
compreendessem os princípios da mecânica dos solos, souberam intuitivamente e 
empiricamente que, se fosse aplicada uma carga pesada ao solo estática ou 
dinamicamente, as suas características melhoravam, e era possível construírem 
caminhos mecanicamente mais estáveis, e que cumprissem a sua função de 
trafegabilidade. 
Um dos primeiros casos conhecidos da compactação data de antes de 3500 
AC. Nessa época o povo Inca que habitava na América do Sul, construiu uma rede 
extensiva de estradas que foi inteiramente construída com o recurso ao trabalho 
humano. Onde se localiza hoje o México foi encontrado um rolo de pedra com cerca 
de 5 toneladas e 65 cm de diâmetro que se julga ser tido utilizado pelos Incas para 
comprimir os caminhos na época, que já incluíam passagens pavimentadas em terra 
e de pedra. 
8 
 
Durante esse período de tempo na Europa e no Médio Oriente, as estradas não 
eram mais do que caminhos consistentes, compactados com recurso à passagem 
repetida dos animais e pelo tráfego pedestre, de modo a criar caminhos mais estáveis. 
Pode dizer-se, na atual terminologia de construção de estradas que existia pouco mais 
do que decapagem e escavação; no entanto com o advento da roda por volta do ano 
3500 AC e o aumento da circulação de carroças e animais se ditou a necessidade da 
construção de estradas melhoradas. 
Muitos anos mais tarde, na Babilónia entre 2000, AC e 1500 AC, as estradas 
começam a ser construídas com blocos de pedra fabricados à medida e colocados 
em diferentes camadas; acredita-se que estes blocos estariam apenas pousados sem 
a utilização de qualquer ligante. 
Mas o maior avanço na construção de estradas dá-se entre os anos 500 AC e 
500 DC com o épico povo romano. Nessa altura inicia-se a construção de uma 
extensiva rede de estradas devidamente projetadas e corretamente construídas na 
Europa. Estas estradas foram construídas com propósitos militares e estratégicos com 
o fim de controlar a extensa área geográfica do poderoso império romano. A estrutura 
do pavimento utilizado tem algumas semelhanças com a dos Babilónios, mas com 
algumas diferenças que demonstram um grande espírito inovador e um enorme 
contributo para a construção de estradas. Os Romanos usaram uma mistura de solo 
argiloso e siltoso como almofada entre a fundação em blocos de pedra e a camada 
superficial também em blocos de pedra, (figura 1). 
Acredita-se que utilizaram algum método de compactação na camada 
intermédia constituída por solo. Por outro lado é nesta época que se desenvolve o 
conceito de movimento de terras numa obra rodoviária com a construção de estradas 
em diretrizes que permitissem a compensação de terras da escavação para aterro e 
a preocupação com a drenagem através da implantação de superfícies inclinadas com 
a rasante colocada acima do terreno natural. 
Relata-se que os Romanos compactavam a camada de subsolo subjacente à 
primeira camada de blocos de pedra com recurso a rolos pesados de arrasto para que 
se criasse uma fundação firme e que permitisse a colocação dos blocos de pedra na 
configuração horizontal. 
 
 
 
 
9 
 
Figura 1 – Plataformas tipo Babilónia e Império Romano 
 
Fonte: repositorio aberto Universidade do Porto 
 
Com o colapso do império Romano o comércio e as viagens, rapidamente, 
começaram a diminuir. A rede de estradas construídas começou a deteriorar-se, e 
durante toda a idade média praticamente não existiu atividade de construção de 
estradas. 
Depois da época medieval houve um rejuvenescer da construção de estradas 
resultado do crescimento do comércio, no entanto em pequena escala e limitado a 
zonas de mercados e estradas urbanas. 
No século XVIII surge a necessidade da construção de estradas interurbanas 
e vários graduados desenvolvem novas plataformas para a construção de estradas. 
Surge na França o ‘Corps des Ponts et Chaussess’ com os soldados a serem 
treinados para o desenvolvimento de infraestruturas, dando origem, anos mais tarde, 
a uma divisão civil, a ‘Ecole des Ponts et Chaussess’. Especialista nesta escola Pirre-
Marie Tresaguet (1716-1796) desenvolve uma estrutura de pavimento com base na 
experiência Romana idealizando uma plataforma com uma sub base constituída em 
material rochoso, figura 2. 
Na mesma altura, na Escócia e na Inglaterra, Thomas Telford (1757-1834) e 
John Metcalf (1717- 1810) respectivamente aplicam filosofias de projecto similares na 
Grã Bretanha. As soluções eram caras e difíceis de executar devido á elevada 
quantidade de material rochoso e às suas dimensões. 
Foi também nesta época na Escócia que John Louden McAdam (1756-1836) 
efetuou uma grande descoberta. Segundo a sua teoria não era necessária a utilização 
10 
 
de material rochoso de grandes dimensões nas camadas acima da fundação quando 
existisse uma camada densa de partículas de pequena dimensão que permitisse um 
atrito interpartículas. Provavelmente sem perceber porque é estas camadas se 
tornavam tão rígidas, MacAdam usou o princípio de bloqueio entre partículas para 
criar rigidez e o aumento de densidade. O aumento da densidade e o bloqueio entre 
partículas foi conseguido com a inovadora técnica de primeiro espalhar o agregado 
grosseiro e depois preencher os vazios com material fino, figura 2. 
Com este processo consegue-se reduzir significativamente o custo de 
estradas, e diminuir a espessura das camadas na estrutura de pavimento, sem a 
necessidade de utilização de material rochoso de grandes dimensões que nem 
sempre era abundante. Devido ao seu custo reduzido os organismos públicos na Grã 
Bretanha adoptaram este tipo de construção, ao que se seguiram muitos outros 
países. 
 
 Figura 2 – Plataformas tipo Século XVIII 
 
Fonte: Repositorio aberto Universidade do Porto 
 
Com a concepção dos modelos de plataforma referidos iniciou-se em paralelo 
o desenvolvimento de novas técnicas de compactação. Nos anos 30 do século XIX 
surgem em França os primeiros rolos puxados a cavalo para a compactação de 
estradas. Anos mais tarde, e com o desenvolvimento das máquinas a vapor, surge em 
1860 o ‘Stream Roller’, causando um impacto significativo na compactação de aterros 
rodoviários. 
11 
 
O desenvolvimento das técnicas de compactação deve-se também a outros 
tipos de construção, como a construção de represas, o que na terminologia atual não 
é mais do que uma pequena barragem em aterro. De facto, estes trabalhos foram 
pioneiros para a compreensão das propriedades da mecânica dos solos, uma vez que 
se pretendia reter a água a montante da estrutura e era necessário garantir a sua 
estabilidade e impermeabilidade. 
No início do século XIX utilizava-se em Inglaterra o gado bovino e ovino para 
comprimir as estruturas de represa. Esta aplicação conduziu ao desenvolvimento, 
daquilo que hoje designamos como cilindro pés de carneiro. Os primeiros cilindros 
deste tipo eram constituídos por parafusos no rolo para que a pressão de contato 
como o solo fosse maior. O cilindro pés de carneiro acabaria por ser patenteado nos 
Estados Unidos no ano 1906. Cedo se compreendeu que eram eficazes a comprimir 
materiais coesivos, evitando a formação de lâminas de solo por onde a água pudesse 
escoar. O cilindro de pés de carneiro começa assim a ser utilizado na construção de 
estradas, especialmente em aterros e leito de pavimento. 
No princípio do século XX inicia-se o grande desenvolvimento do equipamento 
para compactação.Em 1920, os cilindros pés de carneiro foram desenvolvidos para 
um tamanho, atualmente designado de leve e com o peso variando entre as 2.7 e as 
4.5 toneladas a que correspondia a pressão de contato no solo entre os 414 e 690 
KPa. Foi também neste período que se começaram a construir os primeiros cilindros 
lisos propulsionados com um motor de combustão interna, com pesos a atingirem 30 
toneladas. 
Em 1930 surgem os primeiros cilindros com rolo de pneus, para comprimirem 
camadas finas e para compactação final de superfícies pré comprimidas, o seu peso 
variava entre as 6 e 8 toneladas. 
Os cilindros pés de carneiro atuais, pesados, foram desenvolvidos nos anos 30 
para utilização em aterros rodoviários e barragens de aterro. O cilindro da época tinha 
uma massa de aproximadamente 14 toneladas e pressões de contato à volta de 2100 
a 4100 KPa. Os próximos desenvolvimentos deste tipo de cilindros iriam abranger 
principalmente a forma de pé do rolo, o seu tamanho e a mecânica da unidade 
propulsora. 
A consolidação com recurso a técnicas de compactação vibratórias e dinâmicas 
foi desenvolvida na Alemanha durante os anos 30. Um equipamento 
autopropulsionado tipo de lagartas com uma placa de vibração com peso de 25 
toneladas foi concebido em 1933 antes da Segunda Guerra Mundial. 
12 
 
Durante o decorrer deste conflito a tecnologia que era exigida na construção 
de pavimentos para aeródromos levou ao desenvolvimento e à utilização em massa 
de equipamentos pesados. No período 1943-1944 o Corpo de Engenheiros do 
exército Americano (U.S. Army) concebeu diversos cilindros de pneus equipados com 
24 unidades capazes de exercerem carregamentos até 100 toneladas. 
Os primeiros cilindros automotores e tratores rebocados foram construídos 
durante os anos 40. Depois da Segunda Guerra Mundial o desenvolvimento mais 
significativo nos equipamentos foi no campo da compactação por vibração. Os rolos 
começaram a ser vulgarmente utilizados e melhoraram a compactação de camadas 
permitindo um aumento da densidade do material. Inicialmente foram utilizados 
apenas para a consolidação de solos não coesivos, mas hoje em dia são também 
utilizados para compactação de materiais coesivos e betuminosos. A carga dinâmica 
de sucessões repetidas veio permitir o rearranjo das partículas e atingir uma matriz 
de solo mais densa quando comparada com a compactação estática. 
Um outro desenvolvimento interessante após a Segunda Guerra Mundial foi o 
do rolo de impacto. Estes equipamentos foram construídos com rolos não circulares 
com um elevado peso, que permitia a consolidação das camadas subjacente 
recorrendo a uma elevada energia. 
A compactação de solos surgiu como uma forma intuitiva para melhorar as 
propriedades do solo, e tornou-se, ao longo do século XX e na atualidade, 
consequência do aumento do tráfego e das cargas por eixo um importante objeto de 
estudo, porque é um dos fatores mais importantes que intervêm no desempenho do 
pavimento de uma estrada. 
A par do desenvolvimento dos cilindros compactadores desenvolveu-se o 
estudo da mecânica dos solos. Diversos organismos e investigadores interessados no 
apoio ao desenvolvimento da construção de estradas e respectiva manutenção 
trabalharam para a concepção de documentos, classificações e teorias algumas delas 
ainda utilizadas na atualidade. 
 
 
2. TERRAPLENAGEM 
 
Terraplenagem é conjunto de trabalhos realizados no terreno para modificar 
adequadamente a sua superfície, preparando-o para a construção e adaptando-o à 
sua forma definitiva. Compreende tanto a extração como a adição de terras. 
13 
 
Escavação é extração de terras realizada em áreas localizadas próximo ao 
Porto. Definimos como uma escavação com equipamentos mecânicos, e que 
cumprem ainda as seguintes características: Profundidade ≤ 7 m, nível freático inferior 
à profundidade ou rebaixado, não sendo incluídos os terrenos rochosos nem moles 
ou expansivos. 
Esvaziamento é escavação a céu aberto realizada com meios manuais e/ou 
mecânicos cujo perímetro fica inteiramente sob o nível do solo. Ficam excluídos os 
terrenos que exigem a utilização de lamas ou lodos. Quando a largura/diâmetro da 
escavação for ≤ 2 m, será considerada um poço. 
Todos os riscos mais importantes na realização de trabalhos em escavações 
são: 
 Queda de pessoas ao mesmo nível. 
 Queda de pessoas ao interior da escavação. 
 Desabamento de materiais, terras, rochas. 
 Desmoronamento do terreno ou de edifícios adjacentes. 
 Entalhamento. 
 Inundações. 
 Pancadas com objetos e ferramentas. 
 Colisões de veículos. 
 Capotamento de máquinas. 
 Atropelamento com veículos. 
 Ruído. 
 Outros riscos decorrentes da interferência com outras canalizações 
subterrâneas (eletricidade, gás, água, etc.). 
 
2.1 Medidas básicas a adotar em qualquer tipo de escavação 
 
Conhecer previamente as características físicas e mecânicas do terreno 
(estratificação, fissuras, etc.). 
Seguir estritamente as indicações e instruções da Direção da obra. 
Se necessário, contar com Estudo Geológico e/ou Geotécnico prévio para 
determinar o método apropriado de proteção interior nas escavações. 
No caso de não efetuar escoramento e resolver realizar taludes, deve-se 
conhecer: 
14 
 
 O grau sísmico do local do corte. 
 Os planos e secções dos Cortes provisórios do projeto. 
 O tipo, localização, profundidade e dimensões de fundações próximas e vias 
de circulação que se encontrem uma distância igual ou inferior a duas vezes a 
profundidade do corte provisório. 
 A avaliação da tensão de compressão transmitida para o terreno pelas 
fundações próximas, no mesmo Plano ou mais profundo. 
 O nível freático. 
 A permeabilidade da água. 
 O grau de dessecação. 
 O peso específico aparente. 
 A resistência à compressão simples de amostras inalteradas. 
 As características de cortes do terreno garantidos por experiências anteriores 
no local das obras. 
Caso não tenha sido estabelecida a obrigatoriedade de realizar um estudo 
geotécnico, quer pela falta de projeto de obra, quer por qualquer outro motivo, e tal 
estudo efetivamente não seja elaborado, devem ser adoptadas as medidas mais 
favoráveis do ponto de vista da prevenção em função da avaliação profissional. 
Dispor da informação dos órgãos públicos e companhias fornecedoras que 
permita localizar as condutas e canalizações de água, gás, telefone, esgoto e 
eletricidade para determinar o método de escavação e os sistemas de proteção mais 
apropriados. 
Prever as sobrecargas estáticas ou dinâmicas sobre o terreno que possa 
representar a proximidade de edifícios, equipamentos, armazenamento de materiais 
e estrada ou ruas. 
Prever os apoios provisórios e escoramentos tendo em conta a proximidade de 
edifícios adjacentes, equipamentos, armazenamento de materiais e estradas ou ruas. 
Ter sempre-presente que pode ocorrer desabamento e deslizamento até 
mesmo em terrenos rochosos. 
Verificar diariamente a escavação (independentemente do tipo: vala, poço ou 
esvaziamento) taludes e escoramentos; especialmente: 
- Se houver interrupções prolongadas 
- Situações de gelo e degelo, chuvas, etc. 
15 
 
Se, durante as operações de escavação, surgir qualquer anomalia não prevista, 
os trabalhos devem ser interrompidos e o facto será comunicado à direção técnica. 
Presença de um Delegado de Prevenção quando exista risco grave de 
soterramento ou afundamento. 
Neste tipo de trabalhos devem ser utilizados os EPI´s adequados aos riscos 
existentes, nomeadamente, capacete, calçado de segurança, óculos, luvas de 
proteção e colete refletor. 
Dentre os trabalhos de escavação distinguem-se dois casos diferenciados, as 
valas e poços (cujas escassas dimensões fazem com que os trabalhos no interior das 
mesmas possam ser perigosos) e os esvaziamentos. 
 
2.2 Trabalhos em escavações 
 
Este tipo de escavação está associado ao tipo de obra linearenterrada 
abrangida pelo conjunto de obras de Infraestrutura de redes de abastecimento, esgoto 
e canalizações, incluindo a construção de gasodutos, cujos trabalhos acrescentam 
outras características próprias da colocação de tubos de aço de grande comprimento 
que devem ser soldados e submetidos a radiografia. 
Este tipo de obras implica a abertura de uma vala no terreno e a introdução de 
tubagens, colocação e junção das mesmas e o posterior enchimento com 
compactação de terras, incluindo ainda a realização de alicerces para a edificação. 
Poder realizar estes trabalhos sem intervenção humana no fundo da escavação 
e ficando do lado de fora, evitaria muitos problemas e um grande número de acidentes 
mortais. 
 
2.3 Trabalhos em esvaziamentos 
 
A obra Civil exige grandes movimentos de terras, concretizados nas operações 
de desaterro, aterro e escavação ou esvaziamento, cujos riscos mais importantes são: 
 Os riscos decorrentes da utilização dos equipamentos. 
 Quedas ao mesmo nível e a nível diferente. 
Soterramento ocorrido durante a realização de trabalhos nas zonas de 
coroamento dos taludes, trânsito nas suas imediações e, sobretudo, na execução de 
fundações, drenagens e impermeabilização de muros junto ao pé dos mesmos. É 
necessário garantir: 
16 
 
 A estabilidade dos taludes através de guindagem ou qualquer sistema de 
contenção. 
 Proteção das zonas de coroamento. 
 Acondicionamento dos acessos. 
 Proteção nos trabalhos a níveis diferentes ou evitar os mesmos. 
Nas zonas urbanas, onde o encarecimento do solo e a necessidade de 
estacionamentos subterrâneos condicionam a construção de edificações com maiores 
profundidades de escavação, o esvaziamento apresenta uma problemática que se 
agrava pelas alterações sofridas pelo terreno, canalizações antigas, trânsito de 
veículos, etc. cujos riscos mais importantes, são: 
 Quedas ao mesmo nível e a nível diferente. 
 Atropelamento. 
 Afundamento. 
 Deslizamento e desabamento, com as consequências de enterramento e 
soterramento do trabalhador. 
 
3. ATERROS 
 
O Aterro pode definir-se como uma obra constituída por um maciço artificial de 
terras. 
Os trabalhos de aterro consistem no depósito e compactação de solos, por 
necessidade de elevação da cota do terreno natural, ou exigência de substituição de 
solos, encontrando-se incluídos todos os trabalhos e fornecimentos necessários à sua 
boa execução, salientando-se os que abaixo se indicam: 
A implantação da área de intervenção e respectiva marcação de níveis e 
alinhamentos, de acordo com o projeto, bem como a sua manutenção; 
O espalhamento e compactação de solos até atingir as cotas do projeto; 
A execução e manutenção dos meios provisórios de acesso, segurança e 
sinalização. 
 
 
 
 
 
17 
 
4. EQUIPAMENTOS UTILIZADO EM TERRAPLENAGEM 
 
Para efeito de estudo dos equipamentos de terraplenagem, adotaremos a 
classificação proposta no Manual Prático de Escavação (PINI) Unidades tratoras: 
 Unidades escavo-empurradoras; 
 Unidades escavo-transportadoras; 
 Unidades escavo-carregadoras; 
 Unidades aplanadoras; 
 Unidades transportadoras; 
 Unidades compactadoras; 
 
Figura 4 – Máquinas 
 
Fonte: www.terraplanagem.com/equipamentos.html - acesso 2015 
 
 
 
 
http://www.terraplanagem.com/equipamentos.html
18 
 
4.1 Unidades escavo-empurradoras 
 
Corresponde ao trator de rodas ou esteira adaptado com o implemento de uma 
lâmina à frente do trator que o transforma numa unidade capaz de escavar e empurrar 
a terra. Denomina-se trator de lâmina ou bulldozer. 
 
Figura 5 – Unidade escavo-empurradora 
 
Fonte – www.terraplanagem.com/equipamentos2.html - acesso 2015 
 
 Tipos de unidades 
 
Trator de esteira com lâmina: para trabalhos que exigem maior necessidade de 
aderência e flutuação das máquinas. 
Trator de pneus com lâmina: para serviços que exigem maiores velocidades e 
maior mobilidade das máquinas. 
 
 
 
 
 
 
http://www.terraplanagem.com/equipamentos2.html
19 
 
Figura 6 – Unidade escavo-empurradora de pneus 
 
Fonte – www.terraplanagem.com/equipamentos3.html - acesso 2015 
 
4.2 Cilindro compactador vibrador de cilindro liso (vi) 
 
A classificação é efetuada a partir do parâmetro (M1/L) (A0) 1/2 e um valor 
mínimo de A0. Com M1/L expresso em Kg/cm e A0 em mm. Em que: M1 é a massa 
total aplicável sobre a geratriz dum cilindro vibrador ou estático, expresso em Kg. 
L é o comprimento da geratriz do cilindro vibrador ou estático, expresso em cm. 
A0 é a amplitude teórica a vazio, calculada pela relação momento da 
excentricidade no veio de balanceamento (me) com a massa da parte vibrante 
solicitada pelo veio de balanceamento (M0). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.terraplanagem.com/equipamentos3.html
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Figura 7 – Unidade compactadora 
 
Fonte - www.terraplanagem.com/equipamentos4.html - acesso 2015 
 
4.2.1 Unidade compactadora 
 
Efetuam o adensamento do material de terraplenagem, reduzindo o índice de 
vazios. 
Viabilizam a compactação dos materiais, conforme as especificações de 
projeto. 
Desenvolve trabalhos tanto na compactação das primeiras camadas de aterro, 
quanto na fase de pavimentação das vias. 
Rolo pé-de-carneiro: são usados na compactação de solos coesivos. O 
adensamento se completa quando quase não há mais a penetração das patas no solo. 
Rolos vibratórios: são utilizados em solos arenosos, com baixa porcentagem 
de argila. Constam de rolos lisos, com um motor vibratório, cuja, frequência e 
amplitude se propagam pelo tambor até o terreno. Para a maior produtividade dos 
serviços, a operação deve-se dar à baixa velocidade. 
 
 
 
 
 
http://www.terraplanagem.com/equipamentos4.html
21 
 
Figura 8 – Unidade compactadora rolo pé de carneiro 
 
Fonte - www.terraplanagem.com/equipamentos10.html - acesso 2015 
 
 
 
4.2.2 Unidades aplanadoras 
 
Moto niveladoras: (plaina ou “prato”): São utilizadas longas passadas de 
nivelamento, acabamento, limpeza de valetas e trabalhos de talude lateral. São 
máquinas que possuem um escarificador e uma lâmina central de corte. São 
imprescindíveis em serviços de acabamento, moldando o terreno aos greides finais. 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.terraplanagem.com/equipamentos10.html
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Figura 9 – Unidade aplanadora 
 
Fonte - www.terraplanagem.com/equipamentos5.html - acesso 2015 
 
4.3 Unidades transportadoras 
 
São equipamentos destinados ao transporte de material proveniente de cortes 
ou pedreiras destinados a aterros, bota-fora ou à pavimentação, e utilizados quando 
as distâncias para uso do moto scraper ou scraper se tornam antieconômicos. 
 
Caminhão basculante: Serve para a maioria dos serviços, transportando boa 
parte dos materiais na maioria dos terrenos, com bom rendimento de produção, tem 
a finalidade de escavar e carregar o material para uma unidade de transporte. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.terraplanagem.com/equipamentos5.html
23 
 
Figura 10 – Unidade transportadora 
 
Fonte - www.terraplanagem.com/equipamentos6.html - acesso 2015 
 
Carregadeira: São tratores de pneus ou esteiras, com caçambas na dianteira 
que escavam, levantam e descarregam material a uma altura de até 3,00m. 
 
Caminhões fora de estrada: São veículos usados para serviços pesados, de 
grande tonelagem de transporte. Devido suas dimensões, são impedidos de circular 
nas estradas, sendo restritos aos canteiros de obras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.terraplanagem.com/equipamentos6.html
24 
 
Figura 11 – Unidade transportadora 
 
Fonte - www.terraplanagem.com/equipamentos7.html - acesso 2015 
 
 
4.4 Classificação das unidades 
 
Classificação Unidades: 
Tração Trator 
Escavo-empurradoras Trator com lâmina, pusher, ripper 
Escavo-transportadoras Scraper (rebocado e rutomotriz) 
Escavo-carregadoras Carregadeiras, escavadeira 
Aplanadoras Motoniveladoras 
TransportesCaminhão basculante, fora de estrada, 
 vagonetes, dumpers 
Compactadores Pé-de-carneiro, vibratórios, pneumáticas. 
 
 
 
http://www.terraplanagem.com/equipamentos7.html
25 
 
5. PRODUTIVIDADE DOS EQUIPAMENTOS DE TERRAPLENAGEM 
 
A estimativa de produção dos equipamentos de terraplenagem não é um 
processo preciso. Recorremos a cálculos e estimativas, julgamentos ou opiniões 
baseados sempre em experiências anteriores. 
Em contrapartida, todos os processos e cálculos que adotamos, corrigidos 
quando necessários pela experiência anterior, apontam a resultados muito próximos 
da realidade. 
Os processos de terraplenagem possuem 4 operações básicas: 
 
Figura 12 – Operações básicas 
 
Fonte - www.terraplanagem.com/processos.html - acesso 2015 
 
O trabalho dos equipamentos é feito através das citadas operações básicas, se 
repete através do tempo, de forma cíclica, isto é, terminada uma sequência, inicia-se 
a seguinte, na mesma ordem da anterior. 
As quatro operações básicas constituem um ciclo de operação, que se repete 
num certo espaço de tempo. Tal espaço de tempo é admitido, por observações ser 
constituído por: 
a) tempos fixos: relativos aos movimentos de carga, corte, descarga e 
manobras; 
b) tempos variáveis: relativos essencialmente as distancias percorridas. 
 
 
 
http://www.terraplanagem.com/processos.html
26 
 
 
 
5.1 Tempo de ciclo mínimo 
 
É a somatória de todos os tempo elementares, de que resulte o menor tempo 
de ciclo: 
 
 Eq. (1) 
5.2 Tempo de ciclo efetivo 
 
É aquele gasto realmente pelo equipamento para executar o ciclo de operações 
computados os tempos de parada que ocorrem necessariamente no decurso de 
muitos ciclos: 
 Eq. (2) 
 
5.3 Produção de um equipamento 
 
Produção de um equipamento (Q) é o volume escavado, transportado e 
descarregado na unidade de tempo, representado pelo produto do volume solto da 
caçamba (C), pelo número de ciclos (f) efetuados na unidade de tempo (frequência). 
 Eq. (3) 
Frequência é o inverso do período, então: 
 
 Eq. (4) 
 
 
 
27 
 
 
 
Para a produção máxima então temos: 
 
 Eq. (5) 
 
5.4 Rendimento da operação ou fator de eficiência 
 
Rendimento é a relação entre a produção efetiva e a produção máxima: 
 Eq. (6) 
Mas, sabemos que as produções máximas e efetivas são equacionadas como 
indicado: 
 Eq. (7) 
 
E = 50/60 = 0,83 para equipamento de esteiras 
E = 45/60 = 0,75 para equipamento de pneus 
 
5.5 Fórmula básica da produção de um equipamento 
 
 Eq. (8) 
Sendo: 
Qef= produção efetiva do equipamento. 
C= capacidade da caçamba, em volume solto = fator de empolamento tcmín = tempo 
de ciclo mínimo. 
E= eficiência ou coeficiente de rendimento. 
 
28 
 
6. VISITA A UMA OBRA DE TERRAPLENAGEM 
 
Como objeto de pesquisa, nossa visita a uma obra de terraplenagem, foi no 
canteiro de obras da construção do Terminal Porto VLT, situada em Santos-SP. 
Antes de relatarmos as informações oriunda da visita, apresentamos a seguir, 
algumas particularidades sobre o sistema de transporte metropolitano que está sendo 
implantado na baixada santista, através do VLT, Veículo Leve sobre Trilhos. 
 
6.1 O VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) 
 
O futuro dos transportes já é realidade na Baixada Santista. O Governo do 
Estado de São Paulo, por meio da EMTU, levou à região o VLT – Veículo Leve sobre 
Trilhos, um modelo de eficiência e acessibilidade. 
Já em operação há alguns anos em cidades europeias com excelentes 
resultados, o Veículo Leve Sobre Trilhos tem emissão zero de poluentes. Interage 
com o meio urbano de maneira amigável, circulando ao nível das ruas, preservando o 
patrimônio histórico e colaborando para a revitalização urbanística das vias por onde 
passa. 
As estações impulsionarão a modernização do entorno, trazendo mais conforto 
e qualidade de vida. Já foram entregues as estações Mascarenhas de Moraes, São 
Vicente, Emmerich, Nossa Senhora das Graças e José Monteiro, todas em São 
Vicente. Também estão concluídos o Viaduto do Emmerich e o trecho de via 
permanente entre as estações Mascarenhas de Moraes e José Monteiro, com 3,5km 
de extensão. 
A redistribuição do tráfego transformará o ambiente de todas as cidades onde 
o sistema será implantado, melhorando a mobilidade da população. 
A população dos nove municípios da Região Metropolitana da Baixada Santista 
vai usufruir dos benefícios do VLT, já que haverá menos ônibus em circulação, menos 
poluição sonora, além da redução do tempo gasto nas viagens entre os municípios. 
O VLT da Baixada Santista é o primeiro do Estado de São Paulo e promoverá 
a reestruturação dos sistemas municipal e intermunicipal de ônibus na região, 
beneficiando 220 mil passageiros por dia. O primeiro veículo chegou ao porto de 
Santos em maio de 2014 e, após testes estáticos, em agosto de 2014 foi realizado o 
primeiro teste dinâmico no trecho de 1 km entre as estações Mascarenhas de Morais 
e Nossa Senhora das Graças, no bairro de Vila Valença. 
29 
 
 
Figura 13 – Estação modelo inaugurada em São Vicente. 
 
Fonte: http://www.emtu.sp.gov.br/EMTU/vlt-baixada/fotos/ 
 
6.2 A visita ao canteiro de obras 
Por se tratar de uma obra de grande porte, onde estão sendo construídos vários 
prédios administrativos, e toda infraestrutura necessária para o funcionamento dos 
veículos leves, constatamos que a obra em si, é uma ótima referência de aplicações 
da engenharia civil, pois além, de se tratar de uma tecnologia inovadora no Brasil, o 
sistema em implantação irá contribuir grandemente para o sistema de transporte da 
região. 
Nesta visita foi possível acompanhar os serviços de movimento de terra e 
conhecer os equipamentos de escavação e aterro. 
Para atender os requisitos do projeto, várias alterações topográficas estão 
sendo feitas, para correções de nivelamento, além da implantação dos sistemas de 
drenagens de águas pluviais, que também exigem grandes movimentação de terras 
nas aberturas de valas. Todo o serviço executado no canteiro, referente a 
30 
 
movimentações de terra, está sendo executado por máquinas, como escavadeiras, 
compactadoras, retroescavadeiras e outros. 
Na figura 14, observa-se uma escavação em andamento, que se trata de 
arrasamento de cota, para o início da fundação de uma das edificações, previsto em 
projeto. 
 
Figura 14 - Escavações do Terminal Porto na Avenida Senador Dantas 
 
Fonte: Acervo próprio do autor. 
 
Quem passa pela Avenida Senador Dantas, na altura da perimetral do Porto, 
já percebe que acontece uma série de escavações no trecho, devido as obras do 
terminal, aliás, embora o local esteja sinalizado, os transeuntes que andam pelo local, 
devem ficarem atentos, evitando assim, acidentes. 
 
 
31 
 
Figura 15 – Escavações de preparação para a fundação. 
 
Fonte: Acervo próprio do autor. 
 
Conjuntamente, rebaixa-se o lençol freático, como pode ser observado na 
figura 15, o terreno como característico da região, possui um nível muito alto de água 
subterrânea, o que dificulta em muito as escavações, portanto a técnica de 
rebaixamento do nível do lençol freático é imprescindível. 
Todo processo está sendo executado através de critérios técnicos contínuos, 
acompanhado pelos engenheiros responsáveis e residentes, dentro do cronograma 
estabelecido. 
Aliás a obra, como constatado, seguiu uma sequência de etapas: iniciaram-se 
os estudos, análise do projeto e local para a obra, a retirada de interferências, 
preparação da infraestrutura e do canteiro de obras (máquinas, veículos e 
equipamentos) e da pista auxiliar, para então realizar as etapas da construção. 
 
32 
 
Figura 16 – Terreno rebaixado para locação dos elementos de fundação. 
 
Fonte: Acervo próprio do autor. 
 
Na figura 16,observa-se uma área do terreno, onde o processo de escavação 
para locação dos elementos de fundação, foi realizado. O processo dá-se através do 
uso de máquinas, como escavadeiras, para tal, escava-se até o nível determinado em 
projeto. Importante ressaltar, que todo material retirado, será reutilizado para o aterro 
posterior. 
 No terreno serão construídas dez edificações que vão abrigar toda a estrutura 
de suporte, manutenção, centro de controle operacional e administração do novo 
modal. Ali também está prevista a instalação da sede regional da Empresa 
Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU). 
 
6.3 Descrição dos equipamentos usados na obra visitada 
Diversos equipamentos utilizados para o processo de terraplanagem e ou 
escavações estão locados no canteiro. Aliás, percebe-se um alto uso dos 
equipamentos, pois além dos cortes e escavações, tem-se toda a etapa de 
terraplanagem e compactação, nas áreas dos trilhos, pois nesse terminal, os veículos 
terão suporte de manobra. 
 
 
33 
 
Escavadeira hidráulica: tem a função de aterro e desaterro, conformação de 
taludes, carregamento de caminhões e escavação de redes de diâmetro maior que 
DN800. É uma máquina alta produtividade. Manutenção apenas por um especialista 
devido aos componentes eletrônicos. 
 
Figura 17 – Escavadeira hidráulica 
 
Fonte: Acervo próprio do autor. 
 
Pá-Carregadeira de Pneus: Máquina muito versátil para movimentação de terra, assim 
como o carregamento de caminhões transportadores. 
 
Figura 18 – Pá carregadeira de pneus 
 
Fonte: Acervo próprio do autor. 
34 
 
Caminhão: Transporte de agregados, como terra, areia, brita, pedra (rachão, 
rachinha, pedra-de-mão), asfalto, material detonado e etc. 
 
Figura 19 – Caminhão transportador 
 
Fonte: Acervo próprio do autor. 
 
Retroescavadeira é uma das máquinas mais utilizadas em obras. Tem a função 
de escavar valas e redes, transportar materiais e carregar caminhões. 
 
Figura 20 – Retroescavadeira 
 
Fonte: Acervo próprio do autor. 
 
35 
 
6.4 Informações adicionais 
As primeiras maquinas do VLT chegaram em agosto. Em outubro e novembro 
mais duas composições, formadas por sete vagões, devem chegar a Santos, vindas 
de Valência, na Espanha. 
 
Figura 21 – VLT 
 
Fonte: Acervo próprio do autor. 
 
Como descrito anteriormente, esse terminal, se diferenciará dos demais, por 
possuir o suporte para manobras, que são um conjunto de trilhos adicionais, 
denominados linhas de transferências, que permitem além do vai-e-vem dos trens, a 
mudança de linha, e paradas para manutenção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
36 
 
Figura 22 – Construção das linhas de transferência 
 
Fonte: Acervo próprio do autor. 
 
7. CONCLUSÃO 
Difícil tratar da engenharia civil, sem se observar as obras de terras, desde a 
construção de uma residência unifamiliar, até a construção de grandes edificações, 
como no caso de um terminal para trens, tem-se o uso de técnicas de escavação e 
terraplanagem, seja para as obras de fundação, ou para aberturas de valas para tubos 
em geral. 
Conhecer as máquinas e equipamentos existentes no mercado, é 
imprescindível para a execução de qualquer projeto de terra. 
Além de vivenciarmos na prática, o desenvolvimento de uma obra, nas etapas 
de movimentação de terras, tivemos a oportunidade de conhecer ainda mais, a 
implantação do VLT na região da baixada santista, novo modal de transporte, que irá 
trazer para as cidades da região, uma grande experiência de integração, através da 
metropolização do transporte urbano. 
 
 
 
 
 
 
 
37 
 
REFERÊNCIAS 
 
GRUPO ISASTUR, TRABALHOS EM ESCAVAÇÕES – Disponível em: 
<http://www.grupoisastur.com/manual_isastur/data/pt/2/2_6_5.htm> Acesso em 08 
de agosto de 2015. 
 
WIKIPÉDIA, TRATOR – Disponível em: 
<https://pt.wikipedia.org/wiki/Trator#Tractor_rodovi.C3.A1rio> Acesso em 09 de 
agosto de 2015. 
 
LAFAETE, EQUIPAMENTOS, CAMINHÃO BASCULANTE – Disponível em: 
<http://www.lafaetelocacao.com.br/pt/equipamentos/caminhao-basculante/> Acesso 
em 15 de agosto de 2015. 
 
ABAH, COMPACTAÇÃO – Disponível em: 
<http://www.ebah.com.br/content/ABAAABV48AG/compactacao> Acesso em 15 de 
agosto de 2015. 
 
WEBSITE EMTU – Disponível em: 
http://www.emtu.sp.gov.br/vltsantos.htm Acesso em 28 de outubro de 2015. 
 
http://www.emtu.sp.gov.br/vltsantos.htm

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