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Isabela V. Mion SI���M� �E�P����ÓRI� (fu�ções � ��a��m�a) FUNÇÕES ➔ respiração - A respiração inclui quatro processos: (1) ventilação, o movimento de entrada e saída de ar dos pulmões; (2) troca gasosa entre o ar nos pulmões e o sangue, algumas vezes chamada de respiração externa; (3) transporte de oxigênio e dióxido de carbono no sangue; e (4) troca gasosa entre o sangue e os tecidos, também chamada de respiração interna. ➔ regulação do pH sanguíneo = modificando níveis de CO2 ➔ produção de mediadores químicos = pulmão produz a enzima conversora de angiotensina (ECA), que é um importante componente da regulação da pressão arterial ➔ produção da voz = passagem de ar pelas pregas vocais ➔ olfação = a sensação de odor ocorre quando as moléculas transportadas pelo ar penetram na cavidade nasal ➔ proteção = proteção contra microorganismos, impedindo-os de entrar no corpo e removendo-os da superfície respiratória ANATOMIA ➔ O sistema respiratório consiste em nariz externo, cavidade nasal, faringe, laringe, traqueia, brônquios e pulmões.O diafragma e os músculos das paredes torácica e abdominal são responsáveis pelo movimento respiratório. ➔ Estruturalmente, o sistema respiratório é dividido em trato respiratório superior e trato respiratório inferior (ou parte torácica do sistema respiratório). O trato respiratório superior inclui o nariz externo, a cavidade nasal, a faringe com suas estruturas associadas, e a laringe; o trato respiratório inferior inclui a traqueia, os brônquios e suas ramificações (bronquíolos), e os pulmões. ➔ Funcionalmente, o sistema respiratório é dividido em duas regiões. A zona (ou sistema) condutora é exclusivamente para a passagem de ar e estende-se do nariz aos bronquíolos - estruturas do sistema respiratório adaptadas para o movimento, a limpeza/filtração, o aquecimento (até 37ºC) e a umidificação (100%) do ar. A zona respiratória localiza-se dentro dos pulmões e é o local onde ocorrem as trocas gasosas entre o ar e o sangue, que corresponde aos alvéolos. - O diâmetro da via aérea torna-se progressivamente menor da traqueia até os bronquíolos, porém, como as vias aéreas individuais ficam mais estreitas, o seu número aumenta geometricamente. Assim, a área de secção transversal total aumenta a cada divisão das vias aéreas. A área de secção transversal total é menor no trato respiratório superior e maior nos bronquíolos - a velocidade do fluxo de ar é maior nas vias aéreas superiores e menor nos bronquíolos terminais. NARIZ - consiste em nariz externo e cavidade nasal - nariz externo: é a estrutura visível que forma a parte proeminente da face. A maior parte do nariz externo é composta por placas de cartilagem hialina. A ponte do nariz consiste no osso nasal mais as extensões dos ossos frontal e maxilar. - A cavidade nasal estende-se desde as narinas até as coanas. As narinas são as aberturas externas da cavidade nasal, e as coanas são as aberturas para a faringe. A parte anterior da cavidade nasal, dentro de cada narina, é o vestíbulo, que é revestido com epitélio escamoso estratificado, que é contínuo com o epitélio escamoso estratificado da pele. - O septo nasal é a divisória que separa a cavidade nasal em lados esquerdo e direito. A parte anterior do septo nasal é cartilaginosa, e a parte posterior consiste no osso vômer e na lâmina perpendicular do osso etmoide. O desvio de septo ocorre quando há um inchaço em um dos lados. - Três cristas ósseas, chamadas conchas, modificam as paredes laterais da cavidade nasal (fluxo turbulento de ar). Abaixo de cada concha está uma passagem denominada meato. Dentro dos meatos superior e medial, estão as aberturas dos vários seios paranasais, e a abertura do canal nasolacrimal está dentro de cada meato inferior - funções da cavidade nasal: servir como passagem de ar; filtrar o ar (vestíbulo é revestido com pelos, que capturam grandes partículas de poeira no ar. O septo nasal e a concha nasal aumentam a área de superfície da cavidade nasal e tornam o fluxo de ar dentro da cavidade mais turbulento, aumentando a probabilidade de o ar entrar em contato com a membrana mucosa que reveste a cavidade nasal. A membrana mucosa consiste em epitélio colunar pseudoestratificado ciliado com células caliciformes, que secretam uma camada de muco, que captura os resíduos no ar, e os cílios na superfície da membrana mucosa movimentam o muco até a faringe, onde é deglutido e eliminado pelo sistema digestório), umidifica e aquece o ar (umidade do epitélio mucoso e o fluido em excesso drenado para dentro da cavidade nasal pelo canal nasolacrimal é adicionado ao ar que passa pela cavidade nasal. O sangue aquecido que flui através da mucosa aquece o ar), contém o epitélio olfatório, ajuda a determinar o som da voz (cavidade nasal e os seios paranasais são câmaras de ressonância para a fala) FARINGE - é a abertura comum dos sistemas digestório e respiratório. Ela recebe o ar da cavidade nasal e recebe ar, alimento e líquido da cavidade oral - a faringe está conectada ao sistema respiratório pela laringe e ao sistema digestório pelo esôfago - a nasofaringe está situada logo atrás das coanas e acima do palato mole, - a úvula é a extensão posterior do palato mole, e este impede que o alimento deglutido entre na nasofaringe e na cavidade nasal - a nasofaringe é revestida de membrana mucosa contendo epitélio colunar pseudoestratificado ciliado com células caliciformes. O muco cheio de resíduos da cavidade nasal é movido pela nasofaringe e deglutido; o suco digestivo ajuda a eliminar qualquer patógeno engolido LARINGE - está localizada na porção anterior da garganta e estende-se da base da língua até a traqueia - via livre para a passagem do ar entre a faringe e a traqueia - A laringe é conectada por membranas e/ou músculos acima do osso hioide e consiste em um invólucro externo de nove cartilagens conectadas umas às outras por músculos e ligamentos. Seis das nove cartilagens formam pares, e três são não pareadas. A maior delas é a cartilagem tireoide (formato de escudo), ou pomo de Adão. - A cartilagem mais inferior da laringe é a cartilagem cricoide (formato de anel), que forma a base da laringe onde as outras cartilagens repousam. - A terceira cartilagem não pareada é a epiglote (sobre a glote). Ela está ligada à cartilagem tireoide e projeta-se para cima como uma aba livre em direção à língua. A epiglote difere das outras cartilagens por se tratar de uma cartilagem elástica em vez de hialina. - Os pares de cartilagens aritenoides (formato de concha) articulam-se com a borda superior e posterior da cartilagem cricoide, e os pares de cartilagens corniculadas (formato de corno) estão ligados à extremidade superior das cartilagens aritenoides. Os pares de cartilagens cuneiformes (formato de cunha) estão contidos em uma membrana mucosa anterior às cartilagens corniculadas - Dois pares de ligamentos (tecido conectivo) estendem-se da superfície anterior das cartilagens aritenoides à superfície posterior da cartilagem tireoide. Os ligamentos superiores estão cobertos por uma membrana mucosa denominada pregas vestibulares, ou pregas vocais falsas - Os ligamentos inferiores são cobertos por membranas mucosas denominadas pregas vocais, ou pregas vocais verdadeiras (produzem som). As pregas vocais e a abertura entre elas são chamadas de glote. As pregas vestibulares e as pregas vocais são revestidas com epitélio escamoso estratificado. O restante da laringe é revestido com epitélio colunar pseudoestratificado ciliado. Uma inflamação nas pregas vocais é chamada de laringite - funções: 1. As cartilagens tireoide e cricoide mantêm uma passagem livre para o movimento do ar. 2. impede as substâncias ingeridas de entrarem no trato respiratório e regula a passagem do ar para dentro ou para fora do trato respiratório inferior. Durante a deglutição, a epiglote inclina-se posteriormente até encontrar-se abaixo do plano horizontal e cobrir a abertura da laringe. Assim, alimentos e líquidos deslizam sobre a epiglote em direção ao esôfago. Entretanto, amaneira mais importante para evitar a entrada de alimento ou outras substâncias na laringe é o fechamento das pregas vestibulares e vocais, que se movem medialmente e se aproximam. 3. As pregas vocais são a principal fonte de produção de som. O movimento do ar passando por elas as fazem vibrar e produzir som. 4. O epitélio colunar pseudoestratificado ciliado que reveste a laringe produz muco, que captura os detritos no ar. Os cílios movem o muco e os detritos até a faringe. TRAQUEIA - tubo membranoso semiflexível ligado à laringe, descendo da laringe até o nível da quinta vértebra torácica. - constituída de tecido conectivo denso regular e musculatura lisa reforçada com 15 a 20 anéis com formato de C, constituídos por cartilagem hialina - as cartilagens sustentam os lados anterior e lateral da traqueia, protegendo e mantendo uma passagem aberta para a circulação do ar. A parede posterior é desprovida de cartilagem, contendo uma membrana ligamentosa elástica e feixes de fibra muscular lisa chamada de músculo traqueal. Contrações na musculatura lisa podem estreitar o diâmetro da traqueia. Durante a tosse, essa ação faz o ar se mover mais rapidamente pela traqueia, ajudando a expelir muco e corpos estranhos - o esôfago encontra-se logo atrás da parede posterior da traqueia, onde não há cartilagem. - A mucosa que reveste a traqueia é constituída de epitélio colunar pseudoestratificado ciliado com numerosas células caliciformes - produzem muco, que captura partículas estranhas que são inaladas. - os cílios movem o muco e as partículas até a laringe, onde entram na faringe e são deglutidos. - Frequentemente, irritações crônicas na traqueia, como ocorrem em fumantes, podem fazer o epitélio traqueal se transformar em epitélio escamoso estratificado úmido desprovido de cílios e células caliciformes - a função normal do epitélio traqueal é perdida. - seus anéis cartilaginosos se estendem para dentro do tórax e dividem-se para formar dois pequenos tubos chamados brônquios principais, ou brônquios primários, cada um se estendendo até o pulmão - também são tubos semirrígidos sustentados por cartilagem - os brônquios também são revestidos por um epitélio ciliado, cujos cílios são banhados por uma solução salina + muco - A cartilagem mais inferior da traqueia forma uma “quilha” chamada de carina, que separa as aberturas para os brônquios principais. A carina é um importante ponto de referência radiológico, e sua mucosa é muito sensível à estimulação mecânica, e partículas que chegam nessa área estimulam um intenso reflexo de tosse. ÁRVORE TRAQUEOBRONQUIAL - Começando com a traqueia, todas as vias respiratórias são denominadas árvore traqueobronquial - a traqueia divide-se para formar os brônquios principais, os quais, por sua vez, dividem-se para formar brônquios cada vez menores, levando a muitos túbulos e sacos microscópicos - O brônquio principal direito é maior em diâmetro e mais alinhado com a traqueia do que o brônquio principal esquerdo. Como resultado, substâncias ingeridas que acidentalmente entram no trato respiratório inferior são mais suscetíveis a se alojarem no brônquio principal direito. - Os brônquios principais dividem-se em brônquios lobares, ou brônquios secundários, dentro de cada pulmão. Há dois brônquios lobares no pulmão esquerdo e três no pulmão direito. Os brônquios lobares, por sua vez, dão origem aos brônquios segmentares, ou brônquios terciários - Os brônquios continuam a se segmentar até dar origem aos bronquíolos, passagens flexíveis com uma parede formada por músculo liso, que possuem menos de 1 mm de diâmetro. Os bronquíolos também se subdividem várias vezes até se tornarem ainda menores, sendo denominados bronquíolos terminais. Cerca de 16 gerações de ramificações ocorrem a partir da traqueia aos bronquíolos terminais ALVÉOLOS - Os bronquíolos terminais dividem-se para formar os bronquíolos respiratórios, que possuem alguns alvéolos anexados - formam uma transição entre as vias aéreas e o epitélio de troca do pulmão - Os alvéolos (cavidade oca) são pequenas câmaras preenchidas com ar, onde ocorrem as trocas gasosas entre o ar e o sangue (sua função primária) - À medida que os bronquíolos respiratórios se dividem para formar bronquíolos ainda menores, a quantidade de alvéolos ligados a eles aumenta - os bronquíolos respiratórios dão origem aos ductos alveolares, que são como longos corredores ramificados, com muitas portas abertas. As “portas” abrem-se nos alvéolos, que se tornam tão numerosos que a parede do ducto alveolar é pouco mais do que uma continuação dos alvéolos. Os ductos alveolares terminam como dois ou três sacos alveolares, que são câmaras conectadas a dois ou mais alvéolos. Aproximadamente sete gerações de ramificações ocorrem dos bronquíolos terminais aos ductos alveolares. - cada pequeno alvéolo é composto de 1 única camada de epitélio - O tecido que envolve os alvéolos contém fibras elásticas, que permitem que os alvéolos se expandam durante a inspiração e retraiam durante a expiração. Os pulmões são muito elásticos e, quando inflados, são capazes de expelir ar e retornar ao seu estado original. Mesmo quando não estão inflados, os pulmões retêm um pouco de ar, o que lhes confere um aspecto esponjoso. - Há aproximadamente 300 milhões de alvéolos nos dois pulmões. - Dois tipos celulares compõem a parede alveolar. Os pneumócitos (ou células alveolares) tipo I são células finas e escamosas que constituem 90% da superfície alveolar. A maior parte das trocas gasosas entre o ar alveolar e o sangue ocorre por meio dessas células. Na área restante apenas uma pequena quantidade de líquido intersticial está presente. Os pneumócitos tipo II são células cuboides e arredondadas secretoras de surfactante, o que facilita a expansão dos alvéolos durante a inspiração. Essas células também ajudam a minimizar a quantidade de líquido presente nos alvéolos, transportando solutos e água para fora do espaço aéreo alveolar. - pneumócito tipo III: quimiorreceptor MEMBRANA RESPIRATÓRIA - A membrana respiratória da zona respiratória nos pulmões é o local onde ocorrem as trocas gasosas entre o ar e o sangue - é composta principalmente pela parede alveolar e pelos capilares pulmonares que a envolvem, com alguma participação dos bronquíolos respiratórios e ductos alveolares - é muito fina e facilita a difusão dos gases PULMÕES - Os pulmões são os principais órgãos da respiração, e, em um volume basal, estão entre os maiores órgãos do corpo humano - formados por um tecido leve e esponjoso, cujo volume é ocupado principalmente por espaços cheios de ar - as vias aéreas semirrígidas - os brônquios - conectam os pulmões à via aérea principal, a traqueia - Cada pulmão possui formato cônico, com a base repousando sobre o diafragma e o ápice se estendendo até cerca de 2,5 cm acima da clavícula - O pulmão direito é maior que o esquerdo - O hilo é uma região na superfície medial do pulmão onde as estruturas, como brônquios principais, vasos sanguíneos, nervos e vasos linfáticos, entram ou saem do pulmão. Todas as estruturas que passam pelo hilo são referidas como a raiz do pulmão. - O pulmão direito possui três lobos, e o esquerdo possui apenas dois e inclui uma reentrância chamada entalhe cardíaco. Esse arranjo permite que o coração se situe entre os pulmões - Os lobos são separados por fissuras profundas e proeminentes na superfície dos pulmões, e cada lobo é suprido por um brônquio lobar. Os lobos são subdivididos em segmentos broncopulmonares, que são supridos por brônquios segmentares. Existem 9 segmentos broncopulmonares no pulmão esquerdo e 10 no pulmão direito. Os segmentos broncopulmonares são separados uns dos outros por meio de septos de tecido conectivo, que não são visíveis como as fissuras superficiais - Uma vez que grande parte dos vasos sanguíneos e brônquios não atravessam as separações de tecido conectivo, os segmentos doentes podem ser removidos cirurgicamente, deixando o restante do pulmão relativamente intacto - Os segmentos broncopulmonaressão subdivididos em lóbulos por paredes incompletas de tecido conectivo. Os lóbulos são supridos pelos bronquíolos. PLEURA - Os pulmões estão contidos dentro da cavidade torácica, porém, cada pulmão está envolto por uma cavidade pleural (relativo às costelas) separada, formada pelas membranas serosas pleurais - o mediastino separa as cavidades pleurais - A pleura parietal reveste o interior da parede torácica, a superfície superior do diafragma e o mediastino. No hilo, a pleura parietal é contínua à pleura visceral, que reveste a superfície do pulmão. - A cavidade pleural é preenchida com o fluido pleural, que é produzido pelas membranas pleurais. O fluido pleural possui duas funções: (1) age como lubrificante, permitindo que as pleu- ras parietal e visceral deslizem umas sobre as outras, enquanto os pulmões e o tórax alteram seus formatos durante a ventilação; e (2) ajuda a manter as pleuras unidas, aderindo os pulmões à pa- rede torácica. Quando o volume da caixa torácica se modifica durante a ventilação, o volume pulmonar altera-se porque a pleura parietal está ligada ao diafragma e ao interior da parede torácica, e a pleura visceral está ligada aos pulmões. O fluido pleural é aná- logo a uma fina película de água entre duas lâminas de vidro (as pleuras parietal e visceral); as lâminas podem deslizar facilmente entre elas, mas devido à força coesiva das moléculas de água, é difícil separá-las.
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