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11/08/2021 IESB https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/template/new_template/#/EADG613/impressao/3 1/35 Unidade 03 Aula 01 Projeto de Vigas Parte 1 Olá, estudante, bem-vindo(a) à terceira unidade. Nesta unidade, iremos estudar sobre projeto de vigas e colunas. Na primeira aula, você vai entender melhor toda a distribuição de tensões em vigas com uso dos conhecimentos da unidade anterior. Vamos usar essas informações para projeto de vigas. Adiante, iremos tratar de projeto de colunas. Bons estudos! Conceitos Básicos Aqui, nesta seção, iremos relembrar os conceitos básicos de vigas. Em geral, vigas são elementos estruturais projetados para suportar carregamentos aplicados perpendicularmente a seus eixos e também são longas barras retilíneas com área de seção transversal constante. 11/08/2021 IESB https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/template/new_template/#/EADG613/impressao/3 2/35 Admitimos também que os carregamentos atuantes em vigas vão produzir principalmente esforços de momento �etor e esforço cortante, pois as cargas em geral são aplicadas perpendicularmente ao eixo longitudinal, não gerando esforço axial. Entretanto, as vigas reais apresentam algum esforço axial que é desprezado. Obviamente, o calculista deve estar ciente de possíveis esforços axiais e que estes podem ser predominantes nos cálculos. Aqui não incluiremos o esforço axial. O momento �etor provoca tensão axial de tração e compressão na seção da viga ao longo de sua altura, como mostra a Figura 2. Na transição entre a tração e compressão, existe uma região livre de tensão normal, chamada de superfície neutra ou linha neutra. A distribuição de tensão é dada pela fórmula de �exão: Onde é a tensão normal, M é o momento �etor, I é o momento de inércia e y é a posição do ponto de cálculo da tensão referente a linha neutra. Figura 1. Sistema de vigas. Fonte: http://tinyurl.com/yc7tbrer = σ = (1.1)σx M ⋅ y I σ 11/08/2021 IESB https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/template/new_template/#/EADG613/impressao/3 3/35 A equação obtida anteriormente é baseada em algumas hipóteses sobre a tensão e deformação nas vigas: 1. O eixo longitudinal x que passa pela superfície neutra da viga permanece com o mesmo compri mento, pois não se deforma; 2. As seções transversais da viga permanecem planas após a deformada e também permanecem p erpendiculares ao eixo longitudinal; 3. A deformação de seção transversal que ocorre no seu próprio plano será desprezada. Embora e xista o efeito de Poisson quando há tração/compressão, essa deformação não será considerada. O esforço cortante vai provocar tensões de cisalhamento transversal e longitudinal na seção da viga. A viga é submetida a um esforço V, como mostra a Figura 3(a), numa posição qualquer da viga. Essa força de cisalhamento vai se distribuir ao longo da área da seção, como mostra a Figura 3(b), como uma tensão cisalhante transversal à viga. No sentido longitudinal da viga, haverá também tensões cisalhantes longitudinais. Logo, num elemento de tensão, representado na Figura 3(b), à direita, existem as tensões cisalhantes longitudinais e transversais e também as tensões que estão na face escondida do elemento de tensão. A expressão genérica para a tensão de cisalhamento que atua numa seção transversal da viga é dada por: Onde E é o módulo de elasticidade dos materiais, b(y) é a largura da seção da viga na posição y em relação à linha neutra. Para uma seção com único material homogêneo, a equação se resume em: Figura 2. Distribuição de tensões de um plano numa viga sob momento �etor. = y ⋅ E ⋅ dA (1.2)τxy V b (y) ⋅ E ⋅ ⋅ dA∫A y 2 ∫ Ay 11/08/2021 IESB https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/template/new_template/#/EADG613/impressao/3 4/35 Na qual é o momento de inércia em relação ao eixo z que passa pela linha neutra, e Q é o momento estático da área Ay em relação ao eixo z. Variação de Tensão ao Longo de uma Viga Prismática Como visto anteriormente, a variação de tensão normal ao longo da altura da viga é linear, enquanto a variação da tensão de cisalhamento é usualmente parabólica. Se ocorrer mudança brusca da seção, decorrente de diferentes materiais ou da geometria (como per�s metálicos), as tensões também vão mudar nessa interface. Entretanto, onde ocorre a máxima tensão normal principal e onde ocorre a máxima tensão de cisalhamento? Inicialmente, vamos considerar uma viga de seção retangular de base b e altura h para calcular as máximas tensões de cisalhamento e normal. As expressões de tensão, em função da posição y na altura, são dadas por: A tensão de cisalhamento máxima é dada por: Substituindo as tensões na equação do cisalhamento máximo e simpli�cando, temos: = (1.3)τxy V ⋅ Q b (y) ⋅ Iz Iz Figura 3. Distribuição de tensões de cisalhamento devido ao esforço cortante. = , = 0 e = ( − ) (1.4)σx 12M ⋅ y b ⋅ h3 σy τxy 6V b ⋅ h3 h2 4 y2 = (1.5)τm xá +( ) −σx σy 2 2 τ2xy − −−−−−−−−−−−−−− √ = (1.6)τm xá 3 2bh3 16 +M2y2 V 2( − 4 )h2 y2 2− −−−−−−−−−−−−−−−−−−−√ 11/08/2021 IESB https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/template/new_template/#/EADG613/impressao/3 5/35 A seção transversal da viga deve ser dada, assim como o momento �etor e o esforço cortante são obtidos do carregamento na viga. Logo, essa tensão de cisalhamento �ca em função da posição y ao longo da altura da viga. Para saber a posição onde a tensão de cisalhamento é realmente máxima, podemos considerar que a tensão máxima é função primariamente de y, dados os esforços internos e a seção transversal retangular da viga. Assim, reescrevemos a equação da seguinte forma: O que resulta nas seguintes posições: As equações acima mostram que a posição da tensão de cisalhamento máxima �ca dependente dos esforços internos e da altura da viga. Quando , a tensão de cisalhamento máxima �ca na linha neutra. Caso contrário, em duas posições fora da linha neutra Podemos fazer o mesmo procedimento visto anteriormente para calcular a máxima tensão normal ao longo da altura da viga. A tensão normal é dada por: Para obter a posição de valor máximo, derivamos a equação acima em relação a y e igualamos a zero: Que resulta em equações mais complexas para as posições: A tensão normal máxima em vai ocorre quando uma das raízes da segunda equação for menor que zero, pois vai gerar raízes imaginarias. Caso contrário, as raízes gerando raízes reais, a tensão normal vai ocorrer na posição da segunda equação. (y) = (1.7)τm xá 3 2bh3 16 +M2y2 V 2( − 4 )h2 y2 2− −−−−−−−−−−−−−−−−−−−√ y = 0 para ≤ 2h2V 2 M2 y = ± para > 2 (1.8) − 2V 2h2 M2 − −−−−−−−−−√ 2V h2V 2 M2 ≤ 2h2V 2 M2 (y) = + (1.9)σ1 6My bh3 3 2bh3 16 +M2y2 V 2( − 4 )h2 y2 2− −−−−−−−−−−−−−−−−−−−√ = 0 (1.10) d [ (y)]σ1 dy y = ± h 2 y = ± (1.11) 2 − 6 ± 2V 2h2 M2 − 10 + 9V 4h4 M2V 2h2 M4 − −−−−−−−−−−−−−−−−−−−−√ − −−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−− √ 4V ±h/2 11/08/2021 IESB https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/template/new_template/#/EADG613/impressao/3 6/35 Atualmente, a análise de tensões em vigas pode ser realizada por métodos que usam programa de computador. Por exemplo, a Figura 4 mostra a distribuição de tensões de uma viga engasta e livre, sujeita a uma força na extremidade livre. Automaticamente, um programa pode mostrar as tensões máximas para análise de dimensionamento. Unidade 03 Aula 02 Projeto de Vigas Parte 2 Projeto de Vigas Prismáticas Na seção anterior, você estudou que as tensões máximas vão ocorrer de uma combinação de momento �etor e esforço cortante. Entretanto, �cou claro que a tensão normal máxima ocorre em , quando o momento �etor é dominante, e a tensão de cisalhamento máxima ocorre na linha neutra. Essa situação é verdade quando o vão da viga é relativamente longo, compredominância de Figura 4. Distribuição de tensão de cisalhamento máxima em viga engastada. ±h/2 11/08/2021 IESB https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/template/new_template/#/EADG613/impressao/3 7/35 momentos �etores altos. Desse modo, podemos projetar uma viga prismática inicialmente olhando somente o momento �etor (tensão normal) e, depois, veri�cando a tensão de cisalhamento, como iremos abordar o dimensionamento nessa seção. Você também já viu em Resistência dos Materiais que o projeto de qualquer componente estrutural ou passa pela comparação das tensões normais e de cisalhamento pelas suas respectivas tensões admissíveis, ou então utiliza-se um critério de falha. A tensão admissível é dada por: ou Onde F.S. é o fator de segurança e dado por normas de projeto. Como visto anteriormente, a tensão de falha vai depender se o material for dúctil ou frágil. Se o vão da viga for relativamente longo, gerando altos momentos �etores internos, geralmente, o dimensionamento de um projeto de vigas inicialmente tem como base o momento �etor. Depois, faz-se uma veri�cação quanto à resistência ao cisalhamento. Um projeto de �exão necessita, então, da determinação do módulo de resistência da viga, que é a relação entre o momento de inércia, I, e a posição de maior tensão c. Dessa forma, e, utilizando a equação de momento , temos: Onde M é determinado no diagrama de momento �etor da viga e é a tensão admissível do material. Observe que o peso próprio da viga ainda é desconhecido quando da determinação do momento �etor, pois ainda é desconhecida a seção transversal da viga. Em muitos casos, o peso próprio desconhecido da viga será pequeno, podendo ser desprezado em comparação com as cargas que a viga deve suportar. Entretanto, devemos estar atentos porque o momento �etor adicional causado pelo peso próprio gera um módulo de resistência S que deve ser ligeiramente superior ao . O próximo passo de análise é determinar a seção transversal da viga. Isso pode ser feito a partir de uma forma simples (uma seção retangular ou circular, por exemplo), ou uma seção mais complexa, como per�s de abas largas. No caso de seção de forma simples, esta pode ser determinada diretamente pela expressão . No caso de seções mais complexas, o engenheiro escolhe um per�l particular que satisfaça a condição e que esteja relacionado em um manual ou catálogo com as formas padronizadas disponíveis pelos fabricantes. =σadm σfalha F .S. = (2.1)τadm τfalha F .S. S = I/c σ = Mc/I = (2.2)Snec M σadm σadm Snec = I/cSnec S > Snec 11/08/2021 IESB https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/template/new_template/#/EADG613/impressao/3 8/35 A Figura 1 mostra alguns per�s de seção de aço disponíveis no mercado para construção de edifícios. Esses per�s são apresentados em diversas dimensões padronizados por normas de projeto. A Figura 2 mostra os per�s usados aqui nessa aula e nós exercícios seguintes. Usaremos aqui o per�l de abas largas, em forma de C e em forma de L. As tabelas a seguir, obtidas do livro de R. C. Hibeller (2010), apresentam as diversas dimensões para esses per�s. Figura 1. Per�s de algumas seções de aço. Figura 2. Per�s (a) de abas largas, (b) C e (c) L. 11/08/2021 IESB https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/template/new_template/#/EADG613/impressao/3 9/35 11/08/2021 IESB https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/template/new_template/#/EADG613/impressao/3 10/35 SAIBA MAIS Você pode encontrar mais informações sobre per�s para construção civil nos sites de fabricantes. Por exemplo, selecionamos o site do Gerdau. Clique aqui, e veja que lá tem ainda catálogos para outras aplicações. http://web.archive.org/web/20190109105458/https://www.gerdau.com/br/pt/produtos/perfis-estruturais-gerdau 11/08/2021 IESB https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/template/new_template/#/EADG613/impressao/3 11/35 Determinada a seção transversal da viga, pode-se veri�car a tensão de cisalhamento pela formula de cisalhamento . Na maioria dos casos, essa veri�cação não apresenta problemas. Entretanto, se a viga for “curta” e suportar grandes cargas concentradas, a tensão de cisalhamento pode ser determinante para a de�nição da seção da viga. O seguinte procedimento é recomendado para o dimensionamento da seção da viga sob momento �etor e esforço cortante: 1. Determinação dos diagramas de momento �etor e força cortante. 2. Dimensionamento pela tensão de �exão. Se a viga for relativamente longa, pode-se determinar a seção da viga calculando o módulo de resistente, com a expressão . Para formas simples, a seção pode ser determinada por . Se o projeto for de per�s metáli cos, vários valores de S podem ser selecionados através de tabelas. Obviamente, a seção escolh ida deve ter menor seção transversal, tendo assim menor peso e menor custo. 3. Veri�cação da tensão de cisalhamento. A tensão de cisalhamento deve ser menor que a tensão de cisalhamento admissível, isto é, onde é a tensão de cisalhamento máxima. Se a viga tiver uma seção retangular . No caso de um per�l de aba s largas, podemos admitir a força de cisalhamento distribuída em toda alma, de forma que . 4. Adequação dos elementos de �xação. No caso viga composta por elementos esbeltos, deve-se c onsiderar o �uxo de cisalhamento entre os elementos, de forma a dimensionar os elementos de �xação como pregos, parafusos ou colas. Os exercícios a seguir ilustram algumas aplicações de dimensionamento de vigas. Vale ressaltar que o dimensionamento da seção da viga envolve outros aspectos de dimensionamento, como instabilidade local ou global. Em geral, esses detalhes são vistos em disciplinas avançadas de dimensionamento, como Projeto de Vigas Metálicas. ≥ VQ/bIτadm = /Snec Mm xá σadm = I/cSnec ≥ Q/bI,τadm Vm xá Vm xá ≥ 1, 5 /Aτadm Vm xá ≥ /τadm Vm xá Aalma 11/08/2021 IESB https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/template/new_template/#/EADG613/impressao/3 12/35 Exemplo 1: Uma viga de ser feita de aço com tensão de �exão admissível de 150 MPa e tensão admissível ao cisalhamento de 80 MPa. Selecione um per�l do código W que seja apropriado para viga suportar o carregamento mostrado abaixo. Solução: Deve-se inicialmente obter o diagrama de força cortante e momento �etor. O maior momento �etor é dado por 15,3 kN.m Tensão de �exão. O módulo resistente necessário é dado por Usando as tabelas apresentadas, temos as opções de per�s: W250x18 com W150x18 com Observar que ambos têm peso igual por metro, 18 Kg/m, sendo as duas opções compatíveis em termos de custo. A diferença entre eles está nas espessuras. Vamos olhar a tensão de cisalhamento. No caso de abas largas, podemos considerar que o cortante de 22,5 kN é distribuído na alma: Para o W250x18, d = 250 mm e tw=4,83 mm NA-PRATICA = = = 1, 02( ) = 102( ) mSnec Mmax σadm 15, 3( )103 150( )106 10−4 m3 103 m3 S = 179( ) m103 m3 S = 120( ) m103 m3 = = = 18, 6 MPa < τmed Vmax Aw 22, 5( )103 (250 mm) (4, 83 mm) τadm 11/08/2021 IESB https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/template/new_template/#/EADG613/impressao/3 13/35 Para o W150x18, d = 150 mm e tw=4,32 mm A primeira opção fornece melhor resistência aos esforços e tem o mesmo pelo da segunda opção. Logo escolhemos aqui o per�l W250x18. = = = 37.72 MPa < τmed Vmax Aw 22, 5( )103 (150 mm) (4, 32 mm) τadm 11/08/2021 IESB https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/template/new_template/#/EADG613/impressao/3 14/35 Exemplo 2: Uma viga é composta de duas peças de madeira juntas por pregos, como mostra a �gura abaixo. A viga tem momento �etor máximo de -7 kN.m e força cortante máximo de 4 kN. Calcule as tensões normais e de cisalhamento admissíveis que a madeira deve ter para suportar os esforços. Se a força admissívelao cortante dos pregos é 3 kN espaçamento máximo entre os pregos. O centroide está a 60 mm do topo da viga. Solução: Momento de inércia da seção superior: Momento de inércia da seção inferior: Momento de inércia total Momento estático na interface Fluxo de cisalhamento NA-PRATICA = + (0, 15 ⋅ 0.03) ⋅ = 9, 45 ⋅ Iz1 0, 15 ⋅ 0, 033 12 0, 0452 10−6m4 = + (0, 03 ⋅ 0.15) ⋅ = 17, 55 ⋅ Iz2 0, 03 ⋅ 0, 153 12 0, 0452 10−6m4 = 27 ⋅Iz 10 −6m4 Q = ∑ ⋅ = (0, 15 ⋅ 0, 03) ⋅ 0, 045 = 20, 25 ⋅ Ay y~ 10−5m3 11/08/2021 IESB https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/template/new_template/#/EADG613/impressao/3 15/35 Espaçamento entre os parafusos Tensão normal vai tracionar as �bras superiores e comprimir as �bras inferiores. Na �bra superior: Na �bra inferior Tensão de cisalhamento q = = = 30 kN/m V ⋅ Q Iz 4000 ⋅ 20, 25 ⋅ 10−5 27 ⋅ 10−6 p = = = 0, 1 = 10 cm (resposta) Fadm q 3.000 30.000 > = = 15, 5 MPaσadm Mc Iz 7( ) ⋅ 0, 06103 27 ⋅ 10−6 > = = 31, 0 MPa (resposta)σadm Mc Iz 7( ) ⋅ 0, 12103 27 ⋅ 10−6 = = = 1, 0MPa (resposta)τadm VQ b ⋅ Iz 4000 ⋅ 20, 25 ⋅ 10−5 0, 03(27 ⋅ )10−6 Vídeo Selecionamos um vídeo para você de um ensaio de uma viga de seção I reforçada externamente. Observe que a conexão do reforço falha antes da falha da viga propriamente dita. Esses aspectos de falha em diferentes locais de viga são vistos em disciplina avançadas de projeto. Por enquanto observe atentamente o vídeo: ASSISTA https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/EADG613/nova_novo/# 11/08/2021 IESB https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/template/new_template/#/EADG613/impressao/3 16/35 Unidade 03 Aula 03 Flambagem de Colunas I Nesta aula, começamos a estudar a instabilidade lateral de colunas, também conhecida como �ambagem. Uma forma de você veri�car a �ambagem é utilizar uma régua comum �exível e aplicar carga compressiva na extremidade. Você percebe que a régua tende a deformar lateralmente ocasionado uma instabilidade. Portanto, para colunas esbeltas, temos de veri�car também a carga de �ambagem para o dimensionamento. Bons estudos! Conceito da Carga Crítica Nas aulas passadas, foi visto principalmente que o dimensionamento de uma estrutura deve satisfazer os critérios de resistência do material e também de deslocamentos limites, não levando em conta a sua estabilidade. Um bom exemplo é a utilização de uma régua, como foi mencionado no início. Você pode aplicar uma força de compressão na extremidade sem atingir a tensão de resistência limite do material, como mostra a Figura 7. Os deslocamentos axiais também não causam nenhum problema, mas ocorre um deslocamento lateral tornando a régua bastante curva. Então mesmo com uma carga pequena, em relação a resistência do material, a régua pode vir a quebrar (falhar) devido a uma instabilidade lateral. 11/08/2021 IESB https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/template/new_template/#/EADG613/impressao/3 17/35 Um elemento estrutural longo e esbelto sujeito a um carregamento axial é denominado de coluna e está sujeito à instabilidade lateral. Os deslocamentos laterais instáveis são denominados de �ambagem. Usualmente, uma �ambagem de uma coluna pode conduzir uma estrutura ou um mecanismo a uma falha súbita e dramática. Dessa forma, o projetista deve ter maior atenção no cálculo da dimensão de colunas, de modo a evitar a �ambagem. Para entender o comportamento da �ambagem, vamos considerar o mecanismo apresentado na Figura 8(a). Temos duas colunas pinadas no ponto A, sendo que a extremidade da coluna superior apenas desloca verticalmente, e a extremidade da coluna inferior é pinada. O comprimento das duas colunas é dado por . As colunas estão comprimidas por uma força P. No pino A, existe uma Figura 7. Barra �exionada por �ambagem devido à compressão axial. Fonte: http://tinyurl.com/yb7klqse. Figura 8. Equilíbrio de um sistema mecânica de colunas. L/2 11/08/2021 IESB https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/template/new_template/#/EADG613/impressao/3 18/35 mola lateral na horizontal de rigidez . A Figura 8(a) representa uma situação ideal, onde não há deslocamento lateral do ponto A, pois, se consideramos um pequeno defeito inicial ∆, temos a con�guração mostrada na Figura 8(b). Devemos agora fazer o equilíbrio de forças das colunas da Figura 8(b). Para isso, é apresentado o diagrama de corpo livre das forças do nó A na direção horizontal, como mostra a Figura 8(c). Tem-se as duas componentes horizontais dadas por , sendo o ângulo que as barras fazem com a vertical quando deformadas. A força devido à mola é dada por , onde é dado por , logo . Podemos classi�car as forças em duas categorias: força perturbadora e força restauradora. A força perturbadora é a soma das forças horizontais devida à força P, isto é, . A força restauradora é aquela produzida pela força da mola, isto é, . Podemos ainda considerar que o ângulo é muito pequeno em relação ao comprimento das colunas. Há, assim, três situações de equilíbrio de forças: 1. A força restauradora é maior que a força perturbadora, isto é, . Con siderando o ângulo muito pequeno, temos: Essa situação é chamada de equilíbrio estável, pois a força desenvolvida pela mola é su�ciente para retornar a barra para a posição original. 2. Por outro lado, a força perturbadora pode ser maior que a força restauradora produzindo um e quilíbrio instável, tendo Nesse caso, se a carga P é aplicada, ocorre um deslocamento do pino A e mecanismo tende a sair da posição de equilíbrio. 3. A situação intermediária entre as duas outras situações anteriores é o equilíbrio neutro. Dessa forma, podemos de�nir a carga crítica do mecanismo Do equilíbrio neutro apresentado anteriormente, podemos agora de�nir carga crítica. A carga máxima que uma coluna ou mecanismo pode suportar quanto atinge a eminência de �ambar e chamada de carga crítica. Observe o termo na eminência de �ambar, isto é, na eminência de entra k = P tan (θ)Px θ F = KΔ Δ Δ = sen (θ)L2 F = K sen (θ)L2 2 = 2P tan (θ)Px F = K sen (θ)L2 K sen (θ) > 2P tan (θ)L2 P < (3.1) KL 4 P > (3.2) KL 4 = (3.3)Pcrt KL 4 11/08/2021 IESB https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/template/new_template/#/EADG613/impressao/3 19/35 num equilíbrio instável onde a coluna ou mecanismo entra em colapso. Essa carga crítica vai depender principalmente das condições de apoio e da geometria da coluna ou mecanismo. Coluna Ideal Apoiada por Pinos Agora que você entendeu o conceito de �ambagem e de carga crítica, vamos determinar nessa seção a carga crítica de �ambagem para uma coluna com extremidades rotuladas, como mostra a Figura 3.3(a). Aqui estamos considerando uma coluna ideal, isto é, ela é perfeitamente retilínea antes de ser carregada, feita de material homogêneo e o carregamento que atua sobre ela é aplicado no centroide da seção transversal. Consideramos também que o material apresenta comportamento elástico linear e que a coluna �amba num plano 2D. Situações fora das condições ideais são apresentadas posteriormente. Na condição apresentada na Figura 3.3(a), a carga pode ser aplicada, sem �ambar, até atingir a tensão de compressão de falha do material. Entretanto, a coluna pode �ambar e atingir sua carga crítica menor que resistência do material. Considerando agora uma pequena carga F aplicada na lateral, como mostra a Figura 3.3(b), haverá deslocamento lateral. Essa carga lateral pode ser retirada posteriormente e a con�guração da coluna permanece o mesmo, como mostra a Figura 3.3(c). Figura 9. Coluna ideal com carga axial aplicada e sua con�guração deformada. Pcr 11/08/2021 IESB https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/template/new_template/#/EADG613/impressao/3 20/35 Para determinação da carga crítica de �ambagem, devemos olhar uma seção transversalda viga numa posição genérica x, pelo método do corte, e fazer o diagrama de corpo livre como, mostra a Figura 3.4. Observe que a carga P realiza um momento �etor interno devido à própria �echa da viga. Esse momento é dado por . Essa equação de momento de�ne também a linha elástica da coluna pela equação ou onde é o módulo de elasticidade e é o momento de inércia. A equação acima é uma equação diferencial linear homogênea de segunda ordem com coe�cientes constantes. Fazendo uso de cálculo de equações diferenciais, obtemos a seguinte solução para a linha elástica da coluna: As duas constantes de integração e são obtidas pelas condições de contorno. Considerando em , temos que . Considerando em , tem-se a seguinte equação: v M = −Pv EI = M = −Pv (3.4) vd2 dx2 + ( )v = 0 (3.5)vd 2 dx2 P EI E I Figura 10. Equilíbrio de força e momento numa seção da coluna. v = sen( x) + cos( x) (3.6)C1 P EI − −− √ C2 P EI − −− √ C1 C2 v = 0 x = 0 = 0C2 v = 0 x = L sen( L) = 0 (3.7)C1 P EI − −− √ 11/08/2021 IESB https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/template/new_template/#/EADG613/impressao/3 21/35 Essa solução é satisfeita com uma solução trivial quando , mas não condiz com a solução mecânica esperada, pois teríamos o deslocamento nulo em todos os casos. Logo, outra possibilidade é fazer que será satisfeita quando ou O menor valor de é chamado de carga crítica ou carga de Euler, devido ao matemático Leonhard Euler. É dada por A condição deformada ou �ambagem da coluna vai ser dada por onde a constante representa o deslocamento máximo, , que ocorre no ponto médio da coluna. A equação da carga crítica é dependente do módulo de elasticidade, momento de inércia e do comprimento da coluna. Portanto, diferentes matérias podem apresentar diferentes valores de carga crítica. O momento de inércia, uma propriedade geométrica, pode aumentar ou diminuir a carga crítica. Por isso, uma coluna ira �ambar relativamente ao eixo principal da seção transversal com menor momento de inércia. O comprimento da coluna tem grande in�uência, pois diminui a carga crítica com inverso do seu comprimento ao quadrado. Podemos modi�car a equação 3.11 de forma a incluir o raio de giração, para �nalidade de projeto: ou = 0C1 sen( L) = 0 (3.8)P EI − −− √ L = nπ (3.9) P EI − −− √ P = para n = 1, 2, 3, … (3.10) EIn2π2 L2 P = (3.11)Pcr EIπ2 L2 v = sen( ) (10.12)C1 πx L C1 vm xá = (3.13)Pcr E (A )π2 r2 L2 11/08/2021 IESB https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/template/new_template/#/EADG613/impressao/3 22/35 Tem-se então a tensão crítica devida a �ambagem da coluna. Com a equação acima é possível construir o grá�co de tensão crítica em função de , chamado de índice de esbeltez, e também a tensão de escoamento, como mostra a Figura 10.5. Veja que em termos de projeto, o engenheiro deve veri�car a tensão de falha do material e a tensão crítica de �ambagem. Observar quanto maior o índice de esbeltez, menor a tensão crítica. Quando diminui o índice de esbeltez, a tensão de escoamento é quem dita a tensão crítica. = (3.14)σcr Eπ2 (L/r)2 σcr L/r Figura 11. Grá�co de carga crítica (incluindo a tensão de escoamento) para um aço estrutural e uma liga alumínio para diferente valores de índice de esbeltez. VÍDEO Encontramos um vídeo para você de um ensaio real de uma coluna feita de palito de picolé. Veja como ocorre o deslocamento lateral assim que a carga vai aumentando. Além disso, a coluna perde as características geométricas de uma coluna ideal. 11/08/2021 IESB https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/template/new_template/#/EADG613/impressao/3 23/35 Exemplo 1 – Uma coluna de aço, E = 200 GPa, comprimento de 4 m, recebe uma carga de 50 kN. Determine a seção transversal da coluna usando um per�l de C padrão americano. Considere apenas o dimensionamento usando carga crítica de �ambagem sem levar em conta fatores de segurança. Solução: Podemos usar diretamente a equação de Euler Para cálculo do momento de inércia mínimo necessário Para essa situação temos as seguintes opções C200x17 com C180x18 com C150x19 com Escolhemos a primeira opção, C200x17, pois tem o menor peso de 17 kg/m, área com 2180 mm2. A tensão normal de compressão será: Uma tensão baixa para um aço comum. NA-PRATICA = >Pcr EIπ2 L2 Paplicado I > = = 4, 05( ) PaplicadoL 2 Eπ2 50( )103 42 200( )π2 109 10−7 m4 I > 0, 405( ) m106 m4 = 0, 549( ) mIy 106 m4 = 0, 487( ) mIy 106 m4 = 0, 437( ) mIy 106 m4 σ = = 22, 9 MPa 50( )103 2180 mm2 11/08/2021 IESB https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/template/new_template/#/EADG613/impressao/3 24/35 Colunas com Vários Tipos e Apoios Na seção anterior, a carga crítica de �ambagem foi obtida apenas para uma coluna com extremidades pinadas, mas podemos ter outras con�gurações de apoio. Por exemplo, vamos considerar uma coluna engastada e livre como mostra a Figura 3.6. Podemos montar a equação diferencial da coluna engastada/livre e depois resolver como anteriormente, ou então de�nirmos o conceito de comprimento equivalente. O comprimento equivalente representa a distância entre pontos de momento �etor nulos. Essa distância é de�nida por um coe�ciente chamado de fator de extremidade. Logo, a equação da carga crítica pode ser reescrita da seguinte forma: ou Figura 12. Coluna engastada sob força axial de compressão. k = (3.15)Pcr EIπ2 (kL)2 = (3.16)σcr Eπ2 (kL/r)2 11/08/2021 IESB https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/template/new_template/#/EADG613/impressao/3 25/35 Nessa equação é o índice de esbeltez equivalente. Os valores de k para algumas condições de apoio estão indicados na Figura 3.7. (kL/r) Figura 13. Valores do coe�ciente k para diferentes colunas sob condições de apoio. 11/08/2021 IESB https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/template/new_template/#/EADG613/impressao/3 26/35 Exemplo 2 – Calcule a carga e a tensão crítica de uma coluna bi engastada, de comprimento de 3 m e seção de retangular de 4 por 5 cm. O material é um alumínio com E = 70 GPa. Solução: A carga crítica é calculada por Entretanto, temos de usar o menor momento de inércia: Para um viga bi-engastada . Logo a carga crítica: Tensão crítica NA-PRATICA =Pcr EIπ2 (kL)2 I = = = 2, 66( ) bh3 12 0, 05 ⋅ 0, 043 12 10−7 m4 k = 0, 5 = = 81, 8 kNPcr 70( )2, 66( )π2 109 10−7 (0, 5 ⋅ 3)2 = = = 40, 9 MPaσcr Pcr A 81, 8( )103 0, 04 ⋅ 0, 05 Vídeo Veja um vídeo sobre um exercício para calcular a carga crítica de �ambagem de uma seção transversal circula e outra quadrada, considerando as áreas iguais. Veja que quem determinar, nesse caso a carga crítica, é o momento de inércia. ASSISTA https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/EADG613/nova_novo/# 11/08/2021 IESB https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/template/new_template/#/EADG613/impressao/3 27/35 Unidade 03 Aula 04 Flambagem de Colunas II Bem-vindo(a) a mais uma aula sobre �ambagem. Aqui, iremos aprofundar um pouco mais sobre �ambagem para considerar situações reais de projeto, como imperfeições e plasticidade. Esteja atento às modi�cações da carga/tensão crítica em relação à equação de Euler. Boa aula! Formula Secante Na seção anterior, foi calculada a carga crítica de �ambagem para várias situações de apoio considerando uma coluna ideal, ou seja, uma situação não realista em relação à prática. Só para lembrar, a coluna ideal admite geometria perfeitamente retilínea antes de ser carregada, é feita de material homogêneo e o carregamento atua no centroide da seção transversal. Por exemplo, a Figura 14 mostra várias colunas que recebem carga de vigas por consolo, isto é, fora do centroide da coluna. 11/08/2021 IESB https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/template/new_template/#/EADG613/impressao/328/35 Figura 14. Exemplo de colunas de um galpão em construção. Fonte:http://tinyurl.com/ya6sopw2. Figura 15. Coluna com carga excêntrica e equilíbrio de forças. 11/08/2021 IESB https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/template/new_template/#/EADG613/impressao/3 29/35 Uma condição mais realista é considerar uma excentricidade e entre o ponto de aplicação da carga e o centroide da seção transversal. A Figura 15(a) mostra essa situação, considerando que os pontos A e B estejam livres para girar. A Figura 15(b) mostra o equilíbrio de forças de um corte interno numa posição genérica x. O diagrama de corpo livre fornece o seguinte momento: Onde é a excentricidade e é o deslocamento do ponto x. Essa equação de momento de�ne também a linha elástica da coluna pela equação ou Onde é o módulo de elasticidade e é o momento de inércia. A resolução da equação diferencial permite obter: As duas constantes de integração e são obtidas pelas condições de contorno. Considerando em , temos que . Considerando em , tem-se que: Ou, de outra forma, usando manipulações geométricas Finalmente, temos a expressão do deslocamento da coluna Observe que a equação acima apresenta um comportamento não linear entre e . Logo, o princípio da superposição dos efeitos não pode ser usado para o cálculo dos deslocamentos. Isso porque o momento interno atuante na coluna depende tanto da carga como do deslocamento , M = −P (e + v) (4.1) e v EI = −P (e + v) (4.2) vd2 dx2 + ( )v = − e (4.3) vd2 dx2 P EI P EI E I v = sen( x) + cos( x) − e (4.4)C1 P EI − −− √ C2 P EI − −− √ C1 C2 v = 0 x = 0 = eC2 v = 0 x = L = (4.5)C1 e [1 − cos( L)]P/EI− −−−−√ sen( L)P/EI− −−−−√ = e ⋅ tan( ) (4.6)C1 P EI − −− √ L 2 = e[tan( )sen( x) + cos( x) − 1] (4.7)P EI − −− √ L 2 P EI − −− √ P EI − −− √ P v P v 11/08/2021 IESB https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/template/new_template/#/EADG613/impressao/3 30/35 isto é, . Isso signi�ca que a carga in�uencia o deslocamento e ambos contribuem para o momento M. Deslocamento Máximo Considerando que o carregamento é simétrico, o deslocamento máximo da coluna ocorrerá em , dado por Formula Secante Em termos de projeto, o que um engenheiro quer saber é qual a tensão máxima que uma coluna pode suportar considerando a �ambagem. O momento �etor máximo ocorre no ponto médio da coluna; logo, temos: Ou Considerando o raio de giração na equação acima, podemos reescrevê-la na forma conhecida com fórmula secante: ou Considerando o raio de giração na equação acima, podemos reescrevê-la na forma conhecida com formula secante: Onde: – Tensão máxima compressiva no regime elástico atuante na coluna P – Carga axial aplicada na coluna. quando e≠0. M = −P (e + v) x = L/2 = e[sec( ) − 1] (4.8)vm xá P EI − −− √ L 2 M = P (e + ) (4.9)vm xá M = Pe[sec( )] (4.9)P EI − −− √ L 2 = + (4.10)σm xá P A Mc I = + sec( ) (4.11)σm xá P A Pec I P EI − −− √ L 2 = [1 + sec( )] (4.12)σm xá P A ec r2 L 2r P EA − −−− √ σmáx P < Pcr 11/08/2021 IESB https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/template/new_template/#/EADG613/impressao/3 31/35 e – Excentricidade da força P medida entre o ponto de aplicação da carga e o centroide da seção. c – Distância do eixo neutro à �bra mais externa da coluna, onde atua a tensão compressiva máxima. A – Área da seção transversal da coluna. E – Módulo de elasticidade do material. r – Raio de giração da seção transversal. Observe novamente na equação secante que existe uma forte relação não linear entre a carga e deslocamento. Sendo assim, o princípio da superposição dos efeitos não pode ser aplicado e, portanto, as cargas devem ser superpostas antes da determinação das tensões. Adicionalmente, o fator de segurança utilizado em projeto deve ser aplicado na carga em vez de tensão devido a essa relação não linear. Podemos ainda traçar as curvas em função de para vários valores de taxa de excentricidade . Por exemplo, a Figura 16 mostra essas curvas para um aço estrutural A-36 com tensão de escoamento e módulo de elasticidade . As curvas são comparadas com a formula de Euler quando . Observar também que para situações reais, a tensão máxima é menor que aquelas previstas pela formula de Euler. Em termos de projeto, o Engenheiro pode determinar inicialmente a seção transversal da coluna, calculando a taxa de excentricidade e uma tensão na equação da formula secante. Por tentativa e erro é possível calcular por um processo de tentativa e erro, pois não Figura 16. Curvas em função para vários valores de taxa de excentricidade para um aço estrutural A-36. kL/r ec/r2 kL/r /A ec/r2 = = 250 MPaσm xá σe E = 200 GPa ec/ = 0r2 ec/r2 =σm xá σe Pe Pe 11/08/2021 IESB https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/template/new_template/#/EADG613/impressao/3 32/35 pode ser calculado explicitamente. Outra forma é usar grá�cos semelhantes ao apresentado na Figura 16. Uma vez determinado é possível aplicar um fator de segurança adequado de forma a especi�car a carga segura da coluna. Pe 11/08/2021 IESB https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/template/new_template/#/EADG613/impressao/3 33/35 Exemplo 1:Uma coluna engastada e livre na extremidade recebe uma carga excêntrica de 50 kN, com excentricidade de 4 cm em relação ao eixo neutro. A coluna tem 2 m de comprimento e seção de abas largas W200x22. O material é um aço com E = 200 GPa. Solução: A �gura abaixo mostra os eixos e as dimensões do per�l de abas largas. Para o cálculo de carga crítica, deve-se veri�car o eixo que apresenta menor momento de inércia. Nesse caso: Como a coluna �amba em torno do eixo y, . O coe�ciente k = 2 para coluna engastada e livre. Podemos aplicar a fórmula secante: NA-PRATICA = 1, 42( ) m , = 22, 3 mm, b = 102 mm, d = 206 mm e A = 2860 mIyy 106 m4 ry m2 c = b/2 = 51 mm = [1 + sec( )]σm xá P A ec r2 L 2r P EA − −−− √ = 1 + secσm xá 50( )103 2, 86( )10−3 ⎡ ⎣ ⎢ 40 ⋅ 51 (22, 3)2 ⎛ ⎝ ⎜ 2 ⋅ 2000 2 ⋅ 22, 3 50( )103 200( )2, 86( )109 10−3 − −−−−−−−−−−−−−−−− ⎷ ⎞ ⎠ ⎟ ⎤ ⎦ ⎥ = 176, 7 MPa (resposta)σm xá 11/08/2021 IESB https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/template/new_template/#/EADG613/impressao/3 34/35 Exemplo 2 : Uma coluna de aço é bi-rotulada nas suas extremidades. A carga P é aplicada excêntrica de 2,5 cm em relação ao centroide de sua seção transversal. A coluna tem comprimento de 2 m e seção transversal retangular de 5 x 7,5 cm. Determine a carga excêntrica admissível que pode ser aplicada. Considere E = 200 GPa e . Solução: Propriedades geométricas (usar menor momento de inércia): Como a coluna �amba em torno do eixo de menor inércia; logo, . O coe�ciente k = 1 para coluna birrotulada. Podemos aplicar a formula secante: Veri�car que o força P �ca implícita na equação. Dessa forma, temos de fazer um processo iterativo de tentativa e erro. Por exemplo: NA-PRATICA = 250 MPaσe I = = = 7, 81( ) bh3 12 0, 075 ⋅ 0, 053 12 10−7 m4 A = bh = 0, 075 ⋅ 0, 05 = 3, 75( ) 10−3 m2 r = = 0.0144 m 7, 81( )10−7 3, 75( )10−3 − −−−−−−−−− ⎷ e = 2, 5 cm = 0, 025 m c = 0, 05/2 = 0, 025 m = [1 + sec( )]σm xá P A ec r2 L 2r P EA − −−− √ 250( ) = 1 + sec106 P 3, 75( )10−3 ⎡ ⎣ 0, 025 ⋅ 0, 025 (0.0144)2 ⎛ ⎝ 1 ⋅ 4, 5 2 ⋅ 0.0144 P 200( )3, 75( )109 10−3 − −−−−−−−−−−−−−−−− √ ⎞ ⎠ ⎤ ⎦ P = 10 kN → = 72, 7 MPaσm xá P = 12 kN → = 114, 0 MPaσm xá P = 14 kN → = 189, 0 MPaσm xá P = 16 kN → = 364, 6 MPaσm xá 11/08/2021 IESB https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/template/new_template/#/EADG613/impressao/3 35/35 Como passou da tensão máxima, a carga está entre 14 e 16 kN Podemos admitir ums carga admissívelde P = 15 kN → = 254, 9 MPaσm xá P = 14, 9 kN → = 246, 8 MPaσm xá = 14, 9 kN (resposta) .Padm
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