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Os hepatócitos são células com capacidade de regeneração. Quando um hepatócito sofre uma lesão, os hepatócitos adjacentes se diferenciam e proliferam-se para substituir a perda do tecido hepático. QUAIS OS MECANISMOS DE LESÃO DOS HEPATÓCITOS? Acúmulo de gordura (esteatose); Acúmulo de bilirrubina (colestase): a bilirrubina conjugada volta pelo sistema canalicular causando toxicidade da célula (voltando para o sangue); Isquemia/hipóxia; Apoptose. MECANISMO DE REPARO DO PARÊNQUIMA HEPÁTICO As células hepáticas têm no seu citosol algumas enzimas que são usadas como alvo para diagnóstico: DHL (Lactato desidrogenase) AST (aspartato aminotransferase) e a ALT (alanina aminotransferase) Fosfatase alcalina Gama GT Os vírus causam lesões nos hepatócitos, alterando os exames AST e ALT; O álcool causa lesões nas células canaliculares, promovendo o aumento de Gama GT. O paciente ictérico apresenta bilirrubina alterada e Gama GT aumentada = paciente com lesões hepáticas decorrente do álcool. Mudanças no comportamento e morfologia das células estreladas (produção de vitaminas), ao ponto dela se assemelhar ao miofibroblasto (produção de colágenos). a ativação das células estreladas envolve interações complexas entre as células de Kupffer, hepatócitos e células inflamatórias. após a célula ser ativada e convertida em miofibroblasto altamente fibrogênicos, elas começam a produz a cicatriz fibrosa. proliferação, quimiotaxia, fibrogênese e contração. figado AULA 3 – LESÕES DOS HEPATÓCITOS lesão dos hepatócitos observamos em pacientes com doença alcoólica e hepatites virais crônicas. As células de Kupffer induzem a proliferação das células estreladas, liberando PDGF e TNF promovendo os mecanismos de contração, quimiotaxia e fibrogênese. Deve-se manter em mente que, em qualquer doença hepática crônica, há provavelmente áreas de progressão e regressão fibróticas, mas o equilíbrio na doença ativa favorece a primeira, e com a remissão da doença, a última é favorecida. DOENÇAS QUE AFETAM O FUNCIONAMENTO DO FÍGADO As Hepatopatias agudas (doenças hepáticas agudas) podem ser causadas por hepatites do tipo A e E e obstrução biliar. HEPATITE AGUDA Hepatite aguda vírus da hepatite do tipo A e E transmissão fecal-oral promove danos no tecido hepatite A e E são bastante preocupantes em gestantes Sintomas e sinais: náuseas, vômito, icterícia, hepatomegalia seguido de fígado em dimensões normais, coagulopatia, hipertensão portal com progressão para ascite, encefalopatia com progressão para coma e morte. Como é uma infecção viral, temos uma infiltração de monócitos (mais branda do que na hepatite crônica). Esses monócitos saíram do espaço porta e adentrarão o tecido hepático, promovendo lesões as células que estão infectadas com os vírus. A ação dessas células associadas a ação do vírus, vai resultar em uma série de lesões nesse tecido. A colestase é resultante tanto da ação do vírus como da ação dos monócitos, trazendo toxicidade para a célula (excesso de bilirrubina) INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA Tipicamente, os níveis de transaminases séricas (AST e ALT) estão elevados aos milhares. O fígado encontra-se, inicialmente, aumentado por inchaço e edema relacionados com a inflamação, no entanto, como o parênquima é destruído, o fígado retrai drasticamente. Com o tempo, conforme os hepatócitos são perdidos, os valores de transaminases séricas se regularizam e depois declinam rapidamente à medida que sua fonte desaparece. As Hepatopatias crônicas (doenças hepáticas crônicas) podem ser causadas por hepatites do tipo B e C e cirrose. HEPATITE CRÔNICA Hepatites do tipo B e C O vírus ou outro agente etiológico infecta uma população de células, destruindo-as e as células adjacentes substitui essas células destruídas. O espaço porta está totalmente dilatado pela densa infiltração de monócitos (essas células vão destruir o tecido). O vírus da hepatite C induz o processo de esteatose hepática (acúmulo de gordura). Isso acontece porque esse vírus utiliza o receptor de LDL para entrar na célula (o vírus entra na célula junto com o LDL, permitindo o acúmulo de gordura na célula); O vírus da hepatite B deixa os hepatócitos com aspecto de vidro fosco. Isso acontece porque durante a biossíntese viral existe uma etapa de montagem do vírus que acontece no reticulo endoplasmático rugoso. Então, esse retículo fica cheio de vírus e a presença dessas partículas virais dentro da célula muda o aspecto visual da célula; Os linfócitos TCD8 ativados induzem apoptose; O tecido necrosado tem a presença de um fluído formado por bilirrubina, colesterol e sais biliares; Sintomas e sinais: assintomático até o estágio mais avançado da doença podendo apresentar anorexia, perda de peso e fraqueza, evoluindo para icterícia, encefalopatia, sangramento de varizes esofágicas e infecções bacterianas. HEPATITE B - MECANISMO Uma vez ativada, a caspase 3 cliva o inibidor de desoxiribonuclease ativada por caspases, que é responsável pela apoptose nuclear; A caspase 3 induz a clivagem de proteínas quinases, de proteínas do citoesqueleto, proteínas de reparo do DNA e subunidade inibidora da família de endonucleases; Bem como tem efeito sobre o citoesqueleto, o ciclo celular e vias de sinalização que em conjunto contribuem para a típicas alterações morfológicas da apoptose; CIRROSE – ALCOOLISMO A cirrose é a mudança morfológica mais frequentemente associada à doença hepática crônica. A primeira foto é um paciente alcoólatra com lesões nos hepatócitos decorrente da produção de radicais livres e a segunda foto é o mesmo paciente após um ano sem ingerir bebida alcóolica. CARCINOMA HEPATOCELULAR O carcinoma hepatocelular estar associado as hepatopatias crônicas, especialmente as hepatites do tipo B e C e lesões tóxicas (aflatoxina e álcool). CONSEQUÊNCIAS DA HIPERTENSÃO PORTAL Encefalopatia hepática: é uma perturbação pela qual a função cerebral se deteriora devido a altas quantidades de substâncias tóxicas presentes no sangue – substâncias estas que deveriam ter sido eliminadas pelo fígado. Angiomas aracneiformes na pele: manchas pequenas e vermelhas na pele, com linhas vermelhas finas ao seu redor. Varizes esofágicas: são vasos sanguíneos de calibre aumentado no esôfago. Elas podem surgir na região de maneira isolada ou podem atingir o estômago também. Hemorroidas: surgimento de dor anal ao evacuar e presença de coceira anal e pequenos nódulos que saem pelo ânus. Ascite: acúmulo anormal de líquidos dentro da cavidade peritoneal. Atrofia testicular: aumento de estrogênio no sangue (o fígado é responsável pela deterioração do estrogênio).