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27
UNIP UNIVERSIDADE PAULISTA
UNIP EAD
Projeto Integrado Multidisciplinar PIM V
Análise das Demonstrações Financeiras
Planejamento Tributário
Matemática Financeira
UNIP UNIVERSIDADE PAULISTA
UNIP EAD
Projeto Integrado Multidisciplinar PIM V
Análise das Demonstrações Financeiras
Planejamento Tributário
Matemática Financeira
Projeto Integrado Multidisciplinar V apresentado à Universidade Paulista – UNIP EAD, como parte da avaliação para obtenção do título de Gestor Financeiro.
UNIP UNIVERSIDADE PAULISTA
UNIP EAD
Projeto Integrado Multidisciplinar PIM V
Análise das Demonstrações Financeiras
Planejamento Tributário
Matemática Financeira
Projeto Integrado Multidisciplinar V apresentado à Universidade Paulista – UNIP EAD, como parte da avaliação para obtenção do título de Gestor Financeiro.
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______________________________________
______________________________________
RESUMO
O propósito desse Projeto Integrado Multidisciplinar V (PIM V), é de, por meio de um estudo de caso, descrever os principais aspectos da análise das demonstrações financeiras, em termos de liquidez, endividamento, atividade e lucratividade, além do planejamento tributário. Assim como, objetiva descrever as técnicas da matemática financeira, aplicadas na empresa definida como objeto de estudo. Para desenvolver esse PIM, realizou-se uma pesquisa in loco numa indústria de grande porte do segmento alimentício, a Caramuru Alimentos, sediada em Itumbiara, Goiás, fundada em 1975. Atualmente, a empresa está presente mediante filiais nos estados de Goiás, Paraná, Mato Grosso e São Paulo e atua nos segmentos de fabricação de produtos industrializados para consumo humano, alimentação animal, insumos industriais, comercialização de commodities, produção de biodiesel e setor de logística. Atende milhares de consumidores no país por meio de suas diferentes linhas de produtos naturais à base de soja, milho, girassol e canola, além de fornecer matéria-prima para fabricantes de massas, biscoitos, e outros segmentos, como cervejarias, mineradoras e a indústria de ração. Esse PIM apresenta conceitos das disciplinas Análise das Demonstrações Financeiras, Planejamento Tributário e Matemática Financeira, tendo como intuito demonstrar de forma clara e em linguagem de fácil alcance, o funcionamento da empresa objeto da pesquisa aplicando-se o conhecimento adquirido no decorrer do curso de graduação tecnológica em Gestão Comercial. Na pesquisa foram levantados e demonstrados dados sobre a aplicação das disciplinas estudadas no bimestre utilizando-se a metodologia de pesquisa qualitativa como levantamento bibliográfico e de dados colhidos na própria empresa (pesquisa de campo), fazendo-se então o cruzamento das informações, traçando um elo entre a teoria e a prática, para se alcançar o objetivo que é ao final da pesquisa tentar alcançar a coesão entre as ideias do autor e do leitor.
Palavras-chave: Demonstrações Financeiras, Planejamento Tributário, Matemática.
SUMÁRIO
	1. INTRODUÇÃO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
	5
	
	
	2. ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
	6
	
	
	3. PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
	18
	
	
	4. MATEMÁTICA FINANCEIRA. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
	22
	
	
	5. CONSIDERAÇÕES FINAIS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
	25
	
	
	6. REFERÊNCIAS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
	26
1. INTRODUÇÃO
O agronegócio é o segmento econômico de maior valor em termos mundiais, sendo que sua importância relativa varia de país para país. No Brasil, a importância da agropecuária remonta ao seu descobrimento. O objetivo desse estudo científico é o desenvolvimento do Projeto Integrado Multidisciplinar (PIM) V que consiste em abordar teoricamente as disciplinas Análise das Demonstrações Financeiras, Planejamento Tributário e Matemática Financeira, para estabelecer um elo com as observações do ambiente da empresa escolhida, a Caramuru Alimentos S.A., uma indústria alimentícia, processadora de produtos primários. 
Nesse viés, qual é a situação econômico-financeira, a partir da análise das demonstrações financeiras, como é o planejamento tributário e qual é a utilização prática das técnicas de matemática financeira para a Caramuru Alimentos?
O objetivo desse PIM foi proporcionar condições para que aluno desenvolva, a devida instrumentação profissional teórica, prática e legal, que lhe permita intervir nas rápidas e constantes mudanças sociais e de mercado, tomando decisões gerenciais com capacidade de responder às necessidades das organizações; proporcionar a experiência das dificuldades e vantagens existentes na implantação, execução e avaliação dos modelos administrativos, observando a integração multidisciplinar, fortalecendo a visão sistêmica.
A justificativa do estudo encontra-se no fato de que hoje, de acordo com Kotler (2014), as empresas, como unidades sociais, são organismos vivos e dinâmicos, e como tal devem ser entendidos. Assim, ao se caracterizarem por uma rede de relações entre os elementos que nelas interferem, direta ou indiretamente, a sua direção demanda um novo enfoque de organização. Nessa direção, a área financeira pode representar um papel importante na sociedade ao auxiliar, de modo eficiente, diversos processos de tomada de decisão constantes nas mais diversas organizações. Para tanto, o gestor financeiro deve se caracterizar como um profissional cujo conhecimento técnico seja sólido, atual e dinâmico.
De acordo com Gil (2002), a pesquisa qualitativa visa proporcionar uma visão geral de um determinado fato (GIL, 2002) e procura entrelaçar o conhecimento teórico, assim, a pesquisa referente ao presente estudo foi feita de forma a se coletar dados por meio de pesquisa de campo juntamente com informações colhidas bibliograficamente, na ampla literatura existente, tendo como método a pesquisa qualitativa, unida à teoria adquirida nas disciplinas do bimestre e aplicando-as à prática ao funcionamento da empresa.
2. ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
A empresa escolhida para desenvolver esse PIM encontra-se localizada no setor industrial da economia, que são as empresas que transformam matérias-primas em produtos acabados, com auxílio de máquinas ou manualmente.
Hoje, na segunda década do século XXI, há uma demanda excessiva por profissionalização no mercado de trabalho. Essa necessidade, por sua vez, é motivada pelos desafios impostos inerentes à competitividade presente nos diversos setores produtivos da economia brasileira.
Consequentemente, a área financeira pode representar um papel importante na sociedade ao auxiliar, de modo eficiente, diversos processos de tomada de decisão constantes nas mais diversas organizações. Para tanto, o gestor financeiro deve se caracterizar como um profissional cujo conhecimento técnico seja sólido, atual e dinâmico.
Conforme já foi dito, a empresa escolhida para desenvolver esse PIM foi a Caramuru Alimentos S.A., que é uma empresa de capital nacional, pertencente à família Borges de Souza. Sua fundação data de 1964 na cidade de Maringá-PR, e transferida para Itumbiara em 1975. À época, a empresa optou pelo interior brasileiro como ponto de expansão das fronteiras agrícolas. Inaugurou uma planta de processamento de milho em Itumbiara-GO e outra, voltada à extração de óleo bruto do gérmen de milho, em Apucarana, Paraná. O empresário transferiu sua processadora de milho de Maringá para Itumbiara, consolidando anos depois em um grande conglomerado agroindustrial, processador e exportador de commodities. Produtos primários ou commodities são bens produzidos em atividades agropecuárias ou resultantes de extração mineral e vegetal. Sãoprodutos originários, portanto, do setor primário da produção.
As décadas de 1980 e 1990 foram decisivas para a empresa firmar sua presença em Goiás e consolidar-se como um Grupo empresarial, diversificando suas atividades e setores de atuação, bem como com a abertura de novos empreendimentos em diversas localidades de Goiás e em outros estados brasileiros. 
[...] nesse período, o Grupo aproximando-se do setor rural, com 50 armazéns gerais distribuídos em Goiás, Mato Grosso e Paraná, com capacidade total de 1.809.200 toneladas. E, em 1986, a Caramuru instala uma unidade de óleos vegetais, em Itumbiara, com capacidade para processar 1.000 t./dia de soja, hoje com capacidade para 1.700 t./dia e uma fábrica de pré-cozido de milho. Outra planta foi instalada em Apucarana, desta vez para produzir floculados (CARAMURU ALIMENTOS, 2015, p. 1). 
Este Grupo organiza um complexo industrial em torno do setor alimentício, envolvendo produção e comercialização de commodities agrícolas, processamento e distribuição de alimentos, entre outras ações que são realizadas a partir do município de Itumbiara, onde se localiza a matriz.
A riqueza de um país, de acordo com Rodrigues (2004, p. 22), advém da “agricultura e da pecuária, já que nenhuma nação nasceu industrial. Todas começaram com a agropecuária, desenvolveram os serviços e depois suas indústrias”. Assim, pode-se dizer que o agronegócio gira a roda de toda a economia brasileira. 
Levando-se em consideração o acima exposto, pode-se afirmar, de acordo com Araújo (2003), que os rumos da agricultura só foram mudados a partir de 1960 quando ocorreu uma conscientização de que só a industrialização não seria suficiente para o crescimento e o desenvolvimento do país. Este período acarretou uma maior produção e exportação da soja. 
De acordo com Rodrigues (2004), a economia brasileira tem criado condições de desenvolvimento e de investimentos em outros setores fundamentais, como é o caso da indústria, do comércio e dos serviços. Entretanto, Rodrigues alerta que:
É a agricultura que tem uma vantagem comparativa imediata. O crescimento da soja, por exemplo, aumenta o horizonte para o biodiesel. Podemos produzir mais 3 milhões de hectares de soja no Brasil só para fazer biodiesel. Se misturarmos 5% de óleo de soja ao óleo diesel, poderemos reduzir as importações de petróleo e gerar pelo menos 300.000 empregos diretos. Os japoneses já têm leis que autorizam a mistura de até 3% de álcool à gasolina. Se eles a utilizarem em 15% dos carros, precisarão importar 12 bilhões de litros de álcool, o que exigirá o plantio de outros 4 milhões de hectares de cana-de-açúcar. Isso significaria mais de 1 milhão de empregos diretos e indiretos no setor sucroalcooleiro (RODRIGUES, 2004, p. 22).
Segundo Rodrigues (2004), o agronegócio está por trás do processo de desenvolvimento dos países mais avançados do mundo. A maioria das pessoas que mora nas cidades desconhece a dimensão desse segmento na economia do país. Para se obter um crescimento do produto nacional é necessário exportar.
Conforme informações colhidas na homepage oficial do Grupo (www.caramurualimentos.com.br), sua missão é: “Fornecer alimentos, insumos e serviços com qualidade antecipando as necessidades de Clientes e Fornecedores atendendo as expectativas de Acionistas, Colaboradores e Comunidade” (CARAMURU ALIMENTOS, 2017c, p. 1). 
Visão – Ser um Grupo Empresarial reconhecido por: - Atender clientes e consumidores com produtos e serviços de qualidade; - Operar commodity diferenciados; - Gerar valor em produtos de consumo com marca forte; - Ter logística forte; - Investir na capacitação contínua de seus colaboradores e oferecer desafios para o seu desenvolvimento; - Atuar nacionalmente e internacionalmente; - Utilizar processos de gestão e produção com tecnologia atualizada; - Manter consistente histórico de rentabilidade e crescimento; - Atuar a partir de princípios de sustentabilidade ambiental e social (CARAMURU ALIMENTOS, 2017c, p. 1). 
Valores: - Ética; - Confiança e respeito mútuo; - Simplicidade e transparência no relacionamento; - Valorização e desenvolvimento de colaboradores; - Disciplina e profissionalismo; - Ousadia e criatividade; - Perseverança; - Respeito ao meio ambiente (CARAMURU ALIMENTOS, 2017c, p. 1). 
No ano de 2017, o Grupo possuía 73 armazéns gerais, com capacidade total de armazenagem de 2.424.800 toneladas. Dos 73 armazéns, 53 estão no estado de Goiás, 18 no Mato Grosso, um em Apucarana, Paraná e um, em Uberlândia, Minas Gerais (CARAMURU ALIMENTOS, 2015; 2017c). Destes 73 armazéns, que o Grupo possuía em 2017, 25 são próprios; 12 são alugados e 36 contratados.
O administrador financeiro de hoje está mais ativamente envolvido com o desenvolvimento e a implementação de estratégias empresariais que têm por objetivo o crescimento da empresa e a melhoria da sua posição competitiva. Por isso, muitos altos executivos vêm da área financeira, segundo Gitman (2010).
A expressão administração, segundo afirmativa de Santos, 
[...] consiste em tomar decisões relativas ao estabelecimento de objetivos estratégicos, táticos e operacionais, elaboração de estratégias de curto, médio e longo prazos e criação de sinergia entre as partes organizacionais, visando atingir os objetivos organizacionais. As estratégias consistem na alocação dos recursos necessários: recursos humanos, materiais e tecnológicos, que serão comandados por pessoas de forma a atingir a eficácia, alcance dos objetivos, por meio da eficiência, aplicação racional dos recursos (SANTOS, 2017, p. 13).
O administrador, por sua vez, no exercício da sua profissão, e em função dos diversos tipos de organização,
[...] definirá as estratégias, elaborará pareceres, relatórios, planos, projetos, arbitragens e laudos em que se exija a aplicação de conhecimentos inerentes às técnicas de organização. Além destes procedimentos, realizará pesquisas, estudos, análises, interpretação, planejamento, implantação, coordenação e controle dos trabalhos nos campos de administração geral, como: administração e seleção de pessoal, organização, análise, métodos e programas de trabalho, orçamento, administração de material e financeira, administração mercadológica, administração de produção, relações industriais, além de outros campos em que estes se desdobrem ou com os quais sejam conexos (SANTOS, 2017, p. 14).
Dentre as características vistas como fundamentais ao perfil de um bom administrador moderno encontram-se:
[...] Capacidade de identificar prioridades; Capacidade de operacionalizar ideias; Capacidade de delegar funções; Habilidade para identificar oportunidades; Capacidade de comunicação, redação e criatividade; Capacidade de trabalho em equipe; Capacidade de liderança; Disposição para correr riscos e responsabilidade; Facilidade de relacionamento interpessoal; Domínio de métodos e técnicas de trabalho; Capacidade de adaptar‑se a normas e procedimentos; Capacidade de estabelecer e consolidar relações; Capacidade de subordinar-se e obedecer à autoridade (SANTOS, 2017, p. 14-15).
Um dos objetivos das demonstrações financeiras é medir corretamente o ativo e passivo de uma empresa, para que ela possa ser comparada com outras empresas. Assim se um investidor queira comprar a ação de uma empresa, vai utilizar as informações contábeis de diferentes companhias que, quando comparadas, darão uma noção da melhor escolha entre muitas ações.
Pode-se definir demonstrações financeiras como o sistema de informação que controla o patrimônio de uma entidade. E Contabilidade é a ciência que estuda o patrimônio de uma entidade, registrando as variações por elas sofridas, apurando resultados e prestando informações aos usuários da informação contábil (FERREIRA, 2004, p. 15).
Os princípios da contabilidade servem justamente para isso, eles dão parâmetros utilizados mundialmente que trazem em sua essência a forma correta de contabilização e nos guiam durante toda a jornada de trabalhos contábeis.
Contabilidade é a escrituração dos atos e fatos ocorridos nas empresas e a informação que referea atual situação econômica das empresas auxiliando nas tomadas de decisões dos gestores, e determinar o real valor dos patrimônios das empresas. Lembrando que a contabilidade não algo exato, mas sim uma pesquisa bem aplicada.
Para Gouveia (2015, p. 1), “Contabilidade é uma arte. É a arte de registrar todas as transações de uma companhia, que possam ser expressas em termos monetários”. E, é também a arte de informar os reflexos dessas transações na situação econômico financeira da companhia.
A contabilidade estabelece em sua parte teórica, regras de conduta e princípios devem ser seguidas pelos profissionais da área contabilidade, então assim colocando um padrão nos procedimentos adotados. Para Ferreira (2004, p. 1), 
[...] a contabilidade em perspectiva teórica pode ser definida como a ciência que estuda o patrimônio do ponto de vista econômico e financeiro, bem como os princípios e as técnicas necessárias ao controle, à exposição e à análise dos elementos patrimoniais e de suas modificações (FERREIRA, 2004, p. 1).
A contabilidade é a ciência que estuda e pratica as funções de orientação, controle e registro relativas à administração econômica, segundo pressupostos do Congresso Brasileiro de Contabilidade (1924 apud FERREIRA, 2004).
Orientação, que tem como objetivo o fornecimento de informações úteis, o controle que passa as informações corretas para a entidade e o registro para ter o controle e orientação é necessário que todos os acontecimentos econômicos e financeiros sejam registrados.
Caso não tivesse essas funções, cada profissional teria a liberdade de realizar seu trabalho do jeito que quisesse, trazendo falta de sincronismo à contabilidade e tornando quase impossível aos seus usuários o entendimento sobre a evolução nos números das empresas.
Contabilidade detalha a situação do patrimônio e analisa a sua evolução. Para Iudícibus, Martins e Gelbcke (2014, p. 58), a contabilidade tem por objetivo, um “sistema de informação e avaliação destinado a prover seus usuários com demonstrações e análises de natureza econômica, financeira, física e de produtividade, com relação à entidade objeto de contabilização.”
A contabilidade tem como função controlar o patrimônio, e dizer se deu lucro ou prejuízo. Segundo Iudícibus, Martins e Gelbcke (2014, p. 60), “sua função principal é a mensuração do lucro e o reporte da posição patrimonial em determinados momentos”. Ela registra os fatos e atos ocorridos, organiza para posteriormente analisá-los através dos demonstrativos, e enfim obter a situação econômico-financeira da empresa.
A contabilidade vai dar informações de grande importância para a tomada de decisão se os documentos forem lançados corretamente e os registros dos atos e fatos forem feitos com sensatez. Conforme Atkinson et al. (2008, p. 37) “sistemas de contabilidade gerencial eficazes podem criar valor considerável pela informação a tempo e com precisão sobre as atividades exigidas para o sucesso das organizações de hoje.” Assim, a contabilidade é utilizada como uma ferramenta direcionada para a gestão das empresas, e ao utilizar estes conhecimentos com certeza trará mais visibilidade e eficácia nos processos jurídicos e financeiros.
Segundo Padoveze (2002, p. 49): “a ciência contábil traduz-se naturalmente dentro de um sistema de informação. A própria Contabilidade nasceu sob a arquitetura de sistema informacional”. A Contabilidade é um sistema de informação, destinado a prover seus usuários com demonstrações e análises de natureza econômica e financeira e nesse sentido pode-se afirmar que o valor da informação reside no fato de que ela deverá reduzir a incerteza no momento da tomada de decisão, e ao mesmo tempo deverá aumentar a qualidade da própria decisão, sem deixar de levar em conta a relevância e a relação custo x benefício.
Analisando a ciência contábil no Brasil desde o início, pode-se perceber que a interferência da legislação acompanhou a contabilidade nacional em seus meandros. Assim, uma das primeiras grandes manifestações da legislação foi o Código comercial de 1850, esse código instituiu a obrigatoriedade da estruturação contábil e da elaboração anual da demonstração do balanço geral, composto dos bens, direitos e obrigações das empresas comerciais.
No que diz respeito à identificação da Contabilidade como Sistema de Informação Contábil, convém argumentar que:
[...] a contabilidade é, objetivamente, um sistema de informação e avaliação destinado a prover seus usuários com demonstrações e análises de natureza econômica, financeira, física e de produtividade, com relação à entidade objeto de contabilização. Os objetivos da contabilidade, pois, devem ser aderentes, de alguma forma explícita ou implícita, àquilo que o usuário considera como elementos importantes para seu processo decisório (PADOVEZE, 2004, p. 51-52).
Seguindo a mesma linha de pensamento de Marion e Raupp (2000, p. 34), afirma que “a Contabilidade serve como instrumento para atender à legislação fiscal, mediante acompanhamento dos impostos gerados pela empresa e sua evolução dentro das operações e resultados da organização”. 
Assim, pode-se afirmar, segundo Marion e Raupp (2000), que a Contabilidade é, objetivamente, um sistema de informação e avaliação destinado a prover seus usuários com demonstrações e análises de natureza econômica, financeira, física e de produtividade, com relação à entidade objeto de contabilização. Seu objetivo principal, portanto, é permitir ao usuário a avaliação econômica e financeira da entidade, num sentido estático bem como fazer inferências sobre as suas tendências futuras. Nas duas situações as demonstrações contábeis continuarão sendo elementos necessários, mas não suficiente. Sob o ponto de vista do usuário externo, quanto mais a utilização de demonstrações financeiras se referir à exploração de tendências futuras, mais tenderá a diminuir o grau de segurança das estimativas envolvidas. 
Quanto mais a análise se detiver na constatação do passado e do presente, mais acrescerá e avolumará a importância da demonstração contábil. Por sua vez, “os relatórios deverão evidenciar as principais transações geradoras dos impostos, com a finalidade de dar condições de análise e planejamento, visando à minimização do impacto de cada imposto para a empresa” (RAUPP, 2001, p. 34).
A Contabilidade utiliza as seguintes técnicas contábeis, para atingir sua finalidade: Escrituração Contábil; Demonstrações Contábeis (inventários, balanços e outras); Auditoria Contábil e Análise de Balanços. Essas técnicas são: 
A Escrituração Contábil é o registro dos fatos que ocorrem no patrimônio. Esse registro é feito em ordem cronológica, o que dá à Contabilidade característica de verdadeira história do patrimônio. Não se cinge a esse aspecto histórico, entretanto, sua função, pois os registros evidenciam a expressão monetária dos fatos e os selecionam de acordo com a natureza de cada um, proporcionando sua classificação em grupos homogêneos, que distinguem os diversos componentes do patrimônio e suas respectivas variações (FRANCO, 2010, p. 23).
As demonstrações financeiras, conforme Franco (2010, p. 56) “tem por finalidade a determinação dos componentes patrimoniais e suas variações, o que é realizado através de demonstrações contábeis”. 
Entretanto, isto não significa que as demonstrações financeiras não se adaptem as finalidades previsionais, mas apenas que avaliar as tendências pode implicar divisar ou admitir configurações econômicas, sociais e institucionais novas, para o futuro, em que não se permite estimar com razoável certeza os resultados das operações, pois a previsão das próprias operações é insegura. Assim, as demonstrações devem ajudar na avaliação das tendências. 
A empresa Caramuru Alimentos se utiliza desses instrumentos do levantamento contábil para demonstrar seu patrimônio, suas variações e a previsão de futuros acontecimentos. Neste sentido são instrumentos eficientes que aliados à capacidade de avaliação das tendências macro econômicas onde a empresa está inserida podem levar a excelentestomadas de decisão. Além do mais, a Contabilidade é uma ciência dinâmica que acompanha passo a passo o desenvolvimento tecnológico da atualidade, principalmente pela sua abrangência, pois alcança todo e qualquer tipo de entidade.
Sendo o patrimônio o objeto da contabilidade, ele patrimônio é controlado mediante o registro, ou seja, os fatos contábeis são anotados através dos lançamentos, possibilitando, desta forma, a demonstração expositiva através das demonstrações financeiras (balanço) e sua consequente análise. Temos, assim, informações sobre a variação da composição de bens, direitos e obrigações, e detalhes sobre a formação do lucro ou prejuízo apurado no período. Analisar e acompanhar essas demonstrações financeiras faz parte da rotina dos gestores da Caramuru Alimentos.
Pode-se dizer que um dos principais objetivos de divulgação de resultado é fornecer informações para a tomada de decisões. Nesse sentido, Marion (2004, p. 77), afirma que “a cada exercício social, a empresa deve apurar e publicar o resultado de seus negócios”, pois, ao publicar seus resultados acumulados, posição financeira e patrimonial a micro e a empresa de pequeno porte, leva ao público através de suas demonstrações o que de fato aconteceu durante determinado período. Anualmente, a Caramuru Alimentos publica seu Balanço Patrimonial.
Essas demonstrações evidenciam valores informativos que podem mostrar questões relevantes sobre seu patrimônio, por exemplo, impactos, sofridos em função de período sazonal, provocados no meio ambiente pela sua atividade. Assim, essas demonstrações têm sido uma das questões de discussão no que tange a evidenciação das informações contábeis.
O processo de tomada de decisões aumenta a complexidade interna e do ambiente em que as empresas atuam, tornado o processo mais complexo da necessidade de um sistema de informação eficiente, que também é tratado como qualquer outro produto disponível para consumo, pois, para ser necessária, também deve ser útil. 
Dessa forma, segundo Sá (2001, p. 83), “o acelerado avanço tecnológico tem sido um dos responsáveis pela perda de eficácia de produtos em algumas empresas, especialmente quando estas não conseguem apresentar quantidade e qualidade de produção que possam oferecer condições de concorrência”.
Por estar sujeita a mudanças constantes e influenciadas pelas novas leis, regulamentos e normas, na visão de Raupp (2000) exige dos gestores permanente estudo, pesquisa e atualização junto ao setor contábil. 
De acordo com Iudícibus (2008, p. 132), “mesmo nas pequenas empresas, podem ocorrer, diariamente, inúmeras operações e seus registros contábeis contêm grande número de particularidades”, por isso, dados o volume e a heterogeneidade, apenas o registro e a classificação dos fatos, não são elementos suficientes para permitir que a Contabilidade atinja sua finalidade informativa e orientadora. 
Para Iudícibus (2008, p. 132), “Daí a necessidade de resumir e apresentar os dados de forma adequada, que permitam às pessoas interessadas conhecer a situação patrimonial da empresa e as variações ocorridas durante certo período de tempo”, ou melhor, assim, são necessários que esses fatos sejam condensados em demonstrações expositivas e também que recebem a denominação genérica de demonstrações contábeis. Dessa forma,
Quando essas demonstrações têm em vista a exposição dos componentes patrimoniais, recebem o nome de Balanço Patrimonial. Quando visam demonstrar as variações patrimoniais e o resultado econômico de um período administrativo, recebem a denominação de Demonstração do Resultado do Exercício (popularmente conhecida por Demonstração de Lucros e Perdas). Outros tipos de demonstrações existem, recebendo denominações específicas, tais como Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos, Demonstração de Lucros Acumulados, Demonstração das Variações do Patrimônio Líquido (FRANCO, 1996, p. 23).
Por sua vez, a denominação de inventário é dada, quando a demonstração é analítica e específica de determinados componentes patrimoniais. Quanto a confirmação da adequação dos registros, Franco afirma que:
Para confirmar a adequação dos registros e das demonstrações contábeis aos princípios fundamentais e às normas para ela estabelecidas, a Contabilidade utiliza ainda uma técnica que lhe é própria, a chamada Auditoria Contábil, ou simplesmente Auditoria, que consiste no exame de documentos, livros e registros, obedecendo a normas específicas de procedimento, com o objetivo de verificar se as demonstrações contábeis representam, adequadamente, a posição econômico-financeira do patrimônio e os resultados do período administrativo, de acordo com os Princípios Fundamentais e as Normas de Contabilidade, aplicados de maneira uniforme em períodos sucessivos (FRANCO, 2010, p. 23). 
Afirmando ainda que as demonstrações contábeis deveriam ser mais esclarecedoras e nesse sentido, relata:
Como algumas das demonstrações contábeis são sintéticas e nem sempre fornecem informações e orientação esclarecedoras sobre a composição analítica do patrimônio e de suas variações, a Contabilidade dispõe de mais uma técnica especializada, denominada Análise de Balanços. E a última técnica contábil, a Análise de Balanços permite decompor, comparar e interpretar essas demonstrações, oferecendo aos interessados na riqueza patrimonial dados analíticos e interpretação sobre os componentes do patrimônio e sobre os resultados da atividade econômica desenvolvida pela entidade, informações estas indispensáveis à tomada de decisões, não somente para administradores e titulares do patrimônio, mas também para investidores, financiadores e todos os que com eles mantêm relações de interesse (FRANCO, 2010, p. 23).
Ao lado dos conhecimentos teóricos e práticos, o gestor precisa estar atento às alterações que frequentemente ocorrem na legislação tributária, trabalhista, previdenciária etc. para exercer com honestidade, perfeição e zelo a profissão. E por isso, Raupp (2000, p. 34) afirma que “não é possível que as informações contábeis, com objetivos gerenciais, utilizem apenas índices e indicadores financeiros, estabelecendo-os como únicos parâmetros de comparação e medição do quanto a empresa foi boa ou rentável em determinado período”.
Devido a essa preocupação, a Caramuru Alimentos não utiliza apenas índices e indicadores financeiros e conta com Tecnologia da Informação (TI) de ponta, isto porque, hoje não é possível mais imaginar uma corporação que funcione sem o uso de ferramentas de TI. 
O Grupo Caramuru utiliza o Word na elaboração do trabalho escrito, o Excel na construção dos gráficos de matemática, assim como para as planilhas de contabilidade; e o PowerPoint na construção de transparências/slides em apresentações de treinamento e seminários. Porém, o principal sistema de informação gerencial, atualmente utilizado, é o ERP (Enterprise Resource Planning), responsável por gerenciar, centralizar e gerir o fluxo das informações dos processos operacionais, administrativos e gerenciais. 
Atualmente, existem vários serviços populares de gerenciamento de informações e sistemas. 
Um deles é o sistema ERP – Enterprise Resource Planning (traduzido como planejamento de recursos corporativos). Ele ajuda a coordenar vários departamentos da empresa, integrar o seu sistema de informação, além de adicionar outros módulos para satisfazer novos requisitos.
O sistema ERP é flexível, preciso e conveniente. A logística geralmente exige dispor de ordem, contrato, entrega e retorno de mercadorias. Deve contar com compartilhamento de dados em tempo real, integração do fluxo de parcela, fluxo de capital e fluxo de informação, controle remoto e várias estratégias de gerenciamento (GARCIA, 2018, p. 20).
De acordo com Araújo Neto (2014), o ERP é um modelo de gestão baseado em sistemas corporativos de informação que visam integrar os processos de negócio da empresa e apoiar decisões estratégicas. Esse sistema permite, por exemplo, otimizar processos; controlar as operações e reduzir custos e riscos da atividade.
Para apoiar as decisõesestratégicas, a organização utiliza recursos em BSC (Balance Scorecard), um sistema cuja finalidade é avaliar o desempenho organizacional sob as perspectivas financeira, do cliente, dos processos internos e do crescimento, permitindo administrar a estratégia de longo prazo e viabilizar a performance financeira, o monitoramento e ajustar tal estratégia.
Para o controle de estoque a empresa utiliza de um sistema computadorizado (ERP), associado às ações humanas. Os gestores do Grupo têm uma grande preocupação com o controle de estoque, pois um estoque mal controlado é sinônimo de perda de dinheiro para a empresa.
O Grupo Caramuru Alimentos possui o Programa de Rastreabilidade Não-OGM – Sistema Hard IP (Hard Identity Prederved System), que consiste em fabricar produto não-transgênico. As plantas de São Simão e Itumbiara são dedicadas ao processamento de soja Não-OGM, e produzem farelo de soja Hi-Pro, farelo de soja peletizado, farelo Hi-Fiber, óleos bruto e refinado de soja e lecitinas de soja. Este programa consiste, na verificação da origem das sementes, acompanhando o plantio, o desenvolvimento vegetativo das plantas de soja, colheita, armazenagem, logística, passando pelo processamento nas indústrias, embarque portuário e finalmente, a logística internacional (CARAMURU ALIMENTOS, 2017d; 2017e).
Com a finalidade de cuidar da qualidade do alimento e da segurança do trabalho na empresa; adequar à legislação nacional e as exigências do mercado externo e interno, protegendo o meio ambiente, em 2005, o Grupo implantou na unidade de soja de Itumbiara o Sistema de Gestão Integrada, conferido pela SGS ICS: ISO 9001:2000, ISO 14001:2004 e OHSAS 18001:1999 (Qualidade, Gestão Ambiental, Saúde Ocupacional e Segurança). Essas certificações concretizam a participação da Caramuru no cenário nacional e internacional (CARAMURU ALIMENTOS, 2015).
A maximização da utilização de lugar, equipamento e mão-de-obra, de acordo com Pedreira (2006),
[...] sempre foi o primeiro objetivo da armazenagem. Isto implica que a produtividade não está apenas relacionada com o desempenho da mão-de-obra, mas também com o espaço, equipamento e uma combinação de factores que contribuem para aumentar a produtividade (PEDREIRA, 2006, p. 45).
Um esforço integrado exige que a empresa coordene suas atividades de marketing (produto, preço, promoção e distribuição) com o objetivo de atingir resultados sinérgicos onde o total se torna maior que a soma das partes. A chave da verdadeira integração é o “conceito de custo total”, que examina as compensações de custos que ocorrem entre e dentro das atividades de marketing e logística, segundo Pedreira (2006). 
Sob a perspectiva financeira, o meio ótimo para maximizar a lucratividade pode ser minimizar os custos totais da logística, no limite que permita proporcionar o nível de atendimento ao cliente especificado pela estratégia de marketing e pelas expectativas dos clientes (PEDREIRA, 2006, p. 24). 
O Departamento de Logística do Grupo Caramuru Alimentos S.A. envolve a integração de informações entre a área comercial (commodities), o produtor rural, os armazéns, as fábricas e os portos. Todas essas áreas que envolvem o trabalho logístico oferecem ampla variedade de tarefas estimulantes. Combinadas, essas tarefas tornam o gerenciamento integrado da logística uma profissão desafiante e compensadora. Devido à importância estratégica do desempenho logístico, crescente número de executivos bem-sucedidos na área de logística está sendo promovido para posições de alta gerência. Esse Departamento fica na sede, em Itumbiara (CARAMURU ALIMENTOS, 2017c).
	Quanto ao controle de vendas de produtos processados da Caramuru Alimentos, é direcionado pelas Diretrizes da Empresa, através de indicadores de resultado, tais como: - Curva ABC; - Positivação de clientes; - Faturamento financeiro; - Volume em toneladas e UMB.
Sobre os armazéns do Grupo Caramuru Alimentos, verificou-se que são dotados de alta tecnologia, com equipamentos de última geração e processos modernos em todas as fases do armazenamento. As equipes de técnicos envolvidos na operação são treinadas para garantir a qualidade do processo (CARAMURU ALIMENTOS, 2017c).
Os pontos de armazenagem estão estrategicamente distribuídos no território brasileiro, e contribuem para o estreitamento no relacionamento do Grupo com o produtor rural e, ainda, permitem otimizar a logística de abastecimento das fábricas dedicadas ao Programa Não-OGM, direcionando armazéns específicos para atender estas unidades (CARAMURU ALIMENTOS, 2017c).
Atualmente, duas empresas certificadoras controlam o programa de certificação Não-OGM, do Grupo Caramuru Alimentos: Cert ID e SGS do Brasil. A Cert ID também demonstra a rastreabilidade através do fornecimento de Certificados de Transação (TCC) para cada entrega aos clientes da empresa Caramuru Alimentos (CARAMURU ALIMENTOS, 2017b; 2017e). 
Ainda, a empresa faz a utilização de novas tecnologias de informação, como, por exemplo, os códigos de barra ou a automação dos PDV (pontos de venda), que contribuíram para o maior grau de precisão e pontualidade nas informações; além de reduzirem a incerteza com relação à demanda futura através do compartilhamento das informações por todas as empresas da cadeia produtiva deste Grupo.
3. PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO
	
A carga tributária no Brasil é muito elevada, tanto para a pessoa física quanto para a pessoa jurídica, e ela cresce constantemente. Todos podem constatar isso de modo frequente na hora de realizar suas compras.
O peso dos impostos cresceu cinco pontos percentuais na última década, segundo afirmativa de Baradel (2012, p. 11), “passando de 30% para 35% do Produto Interno Bruto (PIB), representado pela soma de todos os bens e serviços finais produzidos em uma determinada região ou país e medido em um determinado período”. Ou seja, conforme divulgado pelo (IBPT), a carga tributária no ano de 2010 correspondeu a 35,04% do PIB brasileiro. A carga tributária brasileira começou a ser medida em 1947, de acordo com Baradel (2012, p. 11), 
[...] quando o percentual apurado foi de 13,8% do PIB. Carga tributária nada mais é do que a medição do volume de recursos financeiros que o Estado arrecada na forma de tributos comparado com a geração de riquezas em geral. O índice é obtido por meio da divisão de todas as receitas tributárias pelo valor do PIB. No conceito de carga tributária, estão inclusos também as contribuições sociais, a intervenção de domínio econômico e de interesse das categorias profissionais e econômicas e o FGTS (BARADEL, 2012, p. 11).
O programa de estabilização econômica de 1994 foi, conforme Baradel (2012), um plano ao longo prazo para o controle da inflação e, com ele, a economia do Brasil se estabilizou. Hoje, a preocupação tem sido cada vez mais com a lucratividade das empresas e com o planejamento tributário, ferramenta importante para se destacar frente à concorrência por meio da economia de impostos.
A redução da carga tributária tem como consequência um melhor resultado financeiro para as empresas em todos os segmentos, isso sem extrapolar o campo da licitude e sem comprometer a qualidade e os resultados dos negócios. 
As reduções de impostos são suportadas por bases legais. Muitas vezes, por desconhecimento dessas bases ou por falta de recursos do empresariado brasileiro, não se usufrui de diversos benefícios fiscais disponibilizados pelo governo e ao alcance de todos os setores.
Existe uma série de influências mercadológicas na formação de preços, mas há de se destacar quatro variáveis: cliente, fornecedor, concorrência e organização. Os métodos de formação de preços têm como objetivos principais a maximização da lucratividade das empresas e o aumento da sua capacidade produtiva, a fim de evitar a ociosidade e desperdícios operacionais, conforme Fernandes (2019).
Atualmente, a empresa está presente com filiais nos estados de Goiás, Paraná, Mato Grosso e São Paulo. Atua nos segmentos de fabricação de produtos industrializados para consumo humano, alimentação animal, insumos industriais,comercialização de commodities, produção de biodiesel e setor de logística. Atende milhares de consumidores no país por meio de suas diferentes linhas de produtos naturais à base de soja, milho, girassol e canola, além de fornecer matéria-prima para fabricantes de massas, biscoitos, e outros segmentos, como cervejarias, mineradoras e a indústria de ração (CARAMURU ALIMENTOS, 2017a). 
As ações voltadas para o aumento do capital do Grupo, possibilitou-o exportar para países da Comunidade Econômica Europeia, da Ásia e da África. O principal produto exportado é soja. A Caramuru está a 45 anos em Itumbiara e com capital 100% brasileiro.
Em 1992, foi inaugurado um complexo industrial em Itumbiara, com a abertura da refinaria de óleos vegetais (de soja, milho e canola), com “avançados recursos tecnológicos que tem capacidade para envasamento de 400 latas por minuto e 400 garrafas em pet/minuto” (CARAMURU ALIMENTOS, 2017a, p. 1). Em 1995, a empresa investiu US$ 27 milhões em uma fábrica para processamento de soja, em São Simão, estado de Goiás; e uma unidade armazenadora foi inaugurada em Chapadão do Céu/Goiás, no mesmo ano (CARAMURU ALIMENTOS, 2015, p. 1). Dessa forma, 
A fábrica de São Simão está voltada para a produção de farelo de soja Hipro (alta proteína) e a pioneira na região em capacidade de co-geração de energia. Esta planta está localizada às margens do Rio Paranaíba, com capacidade de processamento de 1.800 toneladas/dia de soja, 400 t/mês de lecitina de soja e 3.000 Kw de geração de energia elétrica. A sua produção de farelo é distribuída diretamente de São Simão, através de escoamento pela hidrovia Paranaíba-Tietê-Paraná, para diversos países europeus e asiáticos e a produção de óleo bruto segue para Itumbiara pelo modal rodoviário, onde é refinado (CARAMURU ALIMENTOS, 2015, p. 1). 
No ano de 2001, o Grupo Caramuru Alimentos S.A., inaugurou uma unidade para extração e refino de óleos especiais, sobretudo de girassol. Essa fábrica, instalada no complexo industrial de Itumbiara, em Goiás, “é a única no país a utilizar girassol 100% nacional”. A empresa comercializa o óleo desde 1997 e foi uma das primeiras a incentivar a produção de girassol no Brasil. A fábrica teve investimento total de R$ 17 milhões (CARAMURU ALIMENTOS, 2015, p. 1). 
As exportações proporcionam uma relação de troca com o resto da economia, ou seja, ela é capaz de elevar o emprego e a renda e gerar divisas. Segundo Fernandes (2019) as exportações são importantes também porque exercem efeitos multiplicadores sobre as atividades de mercado interno. Com as exportações brasileiras crescendo, o país consegue proporcionar um importante resultado no desenvolvimento econômico. A exportação já representa 40% do seu negócio (CARAMURU ALIMENTOS, 2017b). Sua gestão comercial está centralizada em Itumbiara-GO, mas suas fábricas, unidades de processamento e armazenamento estão distribuídas por vários estados, o que a transformou na administradora de um complexo sistema logístico.
Estudos mostram que no período entre 2007 e 2016, houve uma ascensão significativa desses dois setores (industrial e agropecuário) na arrecadação de ICMS do município de Itumbiara, Goiás, local da sede do Grupo Caramuru Alimentos. 
	Essa afirmação coaduna com ranking dos dados de arrecadação de ICMS por empresas em Goiás entre 2010 e 2016, em que houve uma variação na posição da Caramuru Alimentos, conforme o informativo “500 Maiores do ICMS”. Desse modo, de acordo com estudos da Secretaria da Fazenda do Estado de Goiás – Gerência de Informações Econômico-Fiscais: a empresa em 2010, ocupava a 75ª posição no ranking goiano das 500 maiores empresas que arrecadam esse imposto para o estado; em 2011, caiu para a 84ª; em 2012, atingiu o 101º lugar; já em 2013, subiu para o 67º lugar; 2014, caiu novamente e atinge a 84ª posição; em 2015 continua seu declínio e alcança a 96ª posição entre os 500 maiores do ICMS; entretanto, em 2016 em plena crise da economia nacional, sobe para o 75º lugar, mesma classificação de 2010. Cabe ressaltar que a melhor colocação da empresa entre as 500 maiores empresas em arrecadação de ICMS em Goiás se deu em 2013. (SEFAZ, 2010-2016).
	Analisando esses dados, nota-se que a posição da Caramuru Alimentos na arrecadação de ICMS em Goiás de 2010 a 2016, entre os “500 Maiores do ICMS” é flutuante. No ano de 2010, ocupou o 75º lugar; em 2011, caiu nove posições e ficou em 84ª posição. Porém, do ano de 2012 para 2013, subiu 34 posições no ranking. O grupo caiu 17 posições entre 2013 e 2014; e entre 2014 e 2015, perdeu 12 posições. Entretanto, em 2016, ocupando a 75ª posição, subindo 21 posições em relação ao ano anterior. 
	As perdas de posição podem ser explicadas com a queda nas produções de girassol, de milho e de soja. Essa queda é devido ao avanço da cultura da cana-de-açúcar no município, assim como pela crise econômica nos países industrializados e que importam tais commodity do Brasil.
	A inserção do Grupo Caramuru Alimentos no ranking dos “500 Maiores do ICMS”, do estado de Goiás aponta o quão é volumosa a movimentação financeira da empresa no estado. De acordo com apontamentos anteriores apresentados, destaca-se o quanto a produção de commodity “é um indicador da especialização que opera em mão dupla, isto é, a estrutura crescente de processamento local estimula a especialização agrícola e vice-versa” (ARRAIS, 2017, p. 73). É pautando nesse contexto de especialização da produção agrícola goiana, que o Grupo, torna-se um grande negociador de commodity e ainda de transformador de grão em produtos industrializados que são consumidos por milhões de brasileiros. Portanto, é nesse viés que a empresa tem contribuído para a consolidação do município de Itumbiara na economia de Goiás. Nessa direção, Arrais (2017), ressalta que a base da dinâmica que produziram forças de polarização, 
[...] criando círculos virtuosos de investimentos que se retroalimentaram está na relação agropecuária e indústria. A primeira, ao ganhar escala e reduzir os custos dos seus produtos atraem a indústria de processamento que, por ser uma indústria weberiana depende da proximidade com a fonte de matérias-primas para poder processá-la. Weber formulou uma teoria da posição industrial em que uma indústria é situada onde os custos do transporte de materiais crus e do produto final são um mínimo. Na medida em que se instala, ela passa a controlar a dinâmica, pressionando a agropecuária a melhorar cada vez mais sua produtividade e ampliar seu volume. Ao mesmo tempo, ela tende a atrair um conjunto de empreendimentos industriais e de serviços complementares, mão de obra especializada etc. Ao fazê-lo, criam-se economias de aglomeração no local, atraindo outras processadoras e assim por diante (ARRAIS, 2017, p. 71-72). 
	
Para Arrais (2017), a dinâmica será tanto mais virtuosa quanto maiores forem as correlações técnicas e, numa leitura mais atual, também os links tecnológicos da indústria. Por isso,
No caso dos complexos agroindustriais, além dos efeitos de encadeamento da indústria é preciso pensar também, no potencial de encadeamento da atividade agropecuária integrada. Não é por acaso que, na atividade agrícola, a soja foi decisiva para o surgimento e lidera amplamente esses complexos. Sua característica de grão como um amplo espectro de uso industrial, tem um leque de efeitos de atração muito mais amplo do que a cana, por exemplo. E, ainda, ela opera não apenas no seu próprio complexo, mas é também elo entre grandes complexos característicos desse movimento (ARRAIS, 2017, p. 72).
	
	Portanto, a dinâmica de forte interação entre agropecuária e indústria alimenta o crescimento populacional e socioeconômico de Itumbiara, que vai ascendendo e se solidificando como polo da região, construindo um extenso segmento de comércio e serviços de alcance regional.
5. MATEMÁTICA FINANCEIRA
A Matemática Financeira, segundo Cavaleiro (2013) é o ramo da Matemática aplicado aos negócios. 
Segundo Dionísio (2010, p. 5), a Matemática Financeira é “incompreendida por muitos e amada por poucos”.No entanto, conforme vimos, não podemos negar sua utilidade, tanto para pessoas comuns, clientes, quanto empresa ou grande corporação. Como profissionais da área da educação, pode-se assegurar que, se entendemos para que serve uma ciência, temos maior aceitação com seus conceitos e por consequência melhor aprendizagem.
Dionísio (2010, p. 5) conceitua a Matemática Financeira, conforme o próprio nome indica, como um dos inúmeros ramos da Matemática, que surgiu da necessidade de termos que lidar com o dinheiro ao longo do tempo. 
Para a Matemática usual, aquela que sempre aprendemos, dois sempre é igual a dois, mas para a Matemática Financeira essa informação é insuficiente, pois, além de quantificar, ou seja, dizer que dois é igual a dois, precisa situar o momento temporal, ou seja, dois só é igual a dois, se, e somente se, os dois valores estiverem situados no mesmo momento temporal, ou, melhor falando, na mesma data, conforme Cavaleiro (2013).
A análise das demonstrações financeiras visa fundamentalmente ao estudo do desempenho econômico-financeira de uma empresa em determinado período passado, para diagnosticar, em consequência, sua posição atual e produzir resultados que sirvam de base para a previsão de tendências, de acordo com Cavaleiro (2013).
O disponível pode ter crescido em valores absolutos, mas sua participação percentual sobre o ativo circulante ou total pode ter-se mantido constante ou até ter diminuído por causa do aumento do giro e das dimensões da empresa. Se o objetivo é manter o Disponível a um mínimo possível, é preciso tomar muito cuidado com a análise do seu crescimento. A análise horizontal e a análise vertical devem ser utilizadas conjuntamente. 
De acordo com Cavaleiro (2013), para o administrador interno da empresa, a análise visa basicamente a uma avaliação de seu desempenho geral, notadamente como forma de identificar os resultados retrospectivos e prospectivos das diversas decisões financeiras. O analista externo, por sua vez, apresenta objetivos mais específicos com relação à avaliação do desempenho da empresa, os quais visam segundo sua posição, de credor ou de investidor. Mas, é preciso ressaltar que o enfoque segundo o qual a análise das demonstrações financeiras é desenvolvida, pode variar conforme o interesse do analista.
Conhecer o Capital de Giro da empresa é elemento de suma importância na definição das estratégias negociais, pois facilita procurar o dimensionamento mais adequado do investimento em giro e, consequente, melhor exercer o seu controle. A premissa básica é buscar a maximização do retomo dos recursos e minimização dos custos, de acordo com Cavaleiro (2013).
O gerenciamento eficiente do Capital de Giro passa pela diminuição do volume de investimentos em ativos não lucrativos (contas a receber, estoques) e pelo aumento do uso de recursos não onerosos (pagamentos recebidos de clientes, salários provisionados, contas a pagar), conforme de acordo com Cavaleiro (2013). 
Dionísio (2010), afirma que a administração do Capital de Giro está ligada à administração dos Ativos e Passivos Circulantes e às inter-relações existentes entre eles. Assim, é necessário estudar o nível adequado de estoques, investimentos em créditos a clientes, forma de gerenciamento do caixa e a estrutura dos passivos correntes, com vistas à moldagem aos objetivos da empresa e ao nível de rentabilidade esperado. Há duas implicações em relação à administração do capital de giro que exigem maiores discussões. Em primeiro lugar, as decisões que afetam o nível do capital de giro são frequentes e repetitivas. 
Segundo Dionísio (2010), se o administrador ficar excessivamente envolvido com atribuições operacionais, terá pouco tempo para adquirir uma visão mais ampla para desenvolver uma gestão mais eficiente. A sua função será mais bem desempenhada se criar um conjunto de regras inequívocas para a tomada de decisões rotineiras desta natureza, compatíveis com um conjunto de objetivos, e para transmitir essas regras aos níveis administrativos inferiores. 
Ao mesmo tempo, o administrador deve instituir alguma forma de processo de feedback para garantir que essas regras sejam adequadamente obedecidas pela administração inferior, bem como para assegurar que a adequada utilização dessas regras leve aos resultados desejados, segundo Dionísio (2010). 
Este feedback pode ser conseguido graças a índices baseados em informações agregadas. A segunda implicação é a de que uma interação íntima dos componentes do capital de giro envolve a suposição de que a administração eficiente de uma forma de ativo não pode ocorrer sem a consideração simultânea dos outros componentes, conforme Dionísio (2010). Uma administração inadequada do capital de giro resulta normalmente em sérios problemas financeiros, contribuindo efetivamente para a formação de uma situação de insolvência (CAVALEIRO, 2013).
Conforme Cavaleiro (2013), o nível e a importância do capital de giro variam, evidentemente, em função das características de atuação de cada empresa, do desempenho da conjuntura econômica e da relação risco (liquidez) e rentabilidade desejadas. 
Para Dionísio (2010), o capital de giro corresponde ao ativo circulante de uma empresa. Em sentido amplo, o capital de giro representa o valor total dos recursos demandados pela empresa para financiar seu ciclo operacional, o qual engloba as necessidades circulantes identificadas desde a aquisição de matérias-primas até a venda e o recebimento dos produtos elaborados. Se a produção e a venda fossem sincronizadas entre si, não haveria necessidade de estoques. 
De maneira semelhante, conforme Dionísio (2010), quando todos os clientes pagam a vista, a administração de contas a receber toma-se desnecessária. Mesmo quando tais atividades não estão sincronizadas, a necessidade de estoques e contas a receber pode ser suprimida mediante a vinculação da produção aos pedidos de clientes e a aceitação apenas dos pedidos que estejam integralmente pagos antes da entrega das mercadorias. Entretanto, conforme Dionísio (2010), tais práticas não tendem a gerar um volume de operações suficientemente grande para permitir a sobrevivência de uma empresa numa economia em regime de concorrência. À medida que os componentes do capital de giro afetam e são afetados pelas atividades de produção, venda e cobrança, toma-se necessária a consideração simultânea dos componentes e das atividades.
No mês dezembro de 1999, a empresa adquiriu um software de tecnologia avançada, denominado Sistema de Gestão Integrado (SGI), o qual oferece uma solução integrada de toda a cadeia de valores (CARAMURU ALIMENTOS, 2015). Os gestores da empresa criaram um programa de orientação e distribuição de sementes aos produtores, 
[...] demonstrando uma preocupação com a qualidade final de seus produtos, ou seja, essa atitude significa a garantia de futura de compra de commodities. Esse sistema chama-se integração, é uma espécie de amarrar o produtor à empresa. O programa fornece orientação agrônoma para a escolha e aquisição de sementes, preparo da terra, adubação, plantio, colheita e entrega dos grãos. Dentro do programa de relacionamento, desenvolve uma política de crédito e plano de permuta, com o fornecimento de sementes e insumos agrícolas – fertilizantes e defensivos – adequados e necessários para cada tipo de agricultor e contratos antecipados de garantia de preços futuros (CARAMURU ALIMENTOS, 2015, p. 1).
Em suma, a atual crise econômica e política do Brasil é uma realidade para o mercado brasileiro. O fato de se trabalhar com agronegócio, um dos pilares mais fortes da economia, contribui para manter a Caramuru no mercado e manter um relacionamento pautado pela confiança, reinvestindo os lucros, fazendo sinergia com a missão da empresa. A pesquisa na empresa mostrou que se trata de um grupo empresarial sólido no mercado, bem estruturado, em plena saúde financeira.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diversos conceitos das disciplinas Análise das Demonstrações Financeiras, Planejamento Tributário e Matemática Financeira, aplicados pelosgestores da Caramuru Alimentos, a empresa observada, foram visualizados nesse PIM.
A empresa contribui juntamente com tantas outras para o dinamismo e crescimento econômico local, assim como para com outras localidades, que receberam filiais desta empresa. Portanto, a inserção do Grupo Caramuru Alimentos no ranking dos “500 Maiores do ICMS”, de Goiás aponta o quão é intensa a movimentação financeira da empresa no estado e coloca o município de Itumbiara entre os dez maiores arrecadadores de ICMS estaduais, assim como em uma grande geradora de empregos nas localidades onde está presente.
Hoje, vive-se em um mundo com mercados globalizado, tornando-o cada vez mais exigente. Satisfazer as necessidades e expectativas dos clientes é fundamental para a sobrevivência de qualquer negócio. Esse estudo mostrou que o Grupo Caramuru tem um planejamento que também inclui operar commodities diferenciado, ter logística forte e atuar nacional e internacionalmente a partir de princípios de sustentabilidade.
É possível perceber que as empresas brasileiras despertaram, nos últimos anos, para a modernização de suas estruturas. Uma revolução não muito silenciosa vem ocorrendo e conceitos como qualidade total, tecnologia, atendimento personalizado, flexibilidade, modernização e humanização, estão na ordem do dia. Todos estes conceitos estão voltados para uma finalidade, levar as empresas à eficácia com o aumento da produtividade, melhoria do relacionamento interpessoal e incremento da competitividade no mercado.
Constatou-se que o Grupo possui atuação em diversas localidades do país e até do exterior, mediante relações com fornecedores de insumos, grãos e produtos diversos e clientes de seus produtos industrializados. A partir dessas relações estabelecidas espacialmente, que envolvem a produção de commodity, seu escoamento e processamento em alimentos industrializados, distribuídos pelo país e internacionalmente, as relações e articulações espaciais realizadas pelas unidades produtivas (fábricas) sediadas nos municípios são escolhidos metodologicamente. 
Enfim, em sua atuação profissional, o gestor opera nas mais eficientes técnicas gerenciais de identificação, registro, acumulação e interpretação das situações patrimoniais e financeiras, a fim de desempenhar suas funções com senso de responsabilidade social, em um mundo globalizado e em constante transformação.
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