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UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA – UNIVERSO Núcleo de Prática Jurídica - NPJ Estudo de Caso I – Peça Processual: Investigação de Paternidade Disciplina: Prática Jurídica III Prof. Rogério Travassos Aluno: Renato dos Santos Fonseca Niterói 2020 I - AO JUÍZO DA VARA DE FAMÍLIA XX DA COMARCA DO ESTADO XX/XX II - ANITINHA, menor impúbere, nascido em XX/XX/XXXX, neste ato representado pela sua genitora ANITA, brasileira, divorciada, profissão, CPF sob o nº XXX, inscrito no RG sob o nº xxxx, endereço eletrônico xxx, domiciliada no endereço xxx neste ato representados pelo seu advogado infra-assinado, com escritório localizado na Rua xxx, nº xxx, vêm perante a Vossa Excelência propor: AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO DE ALIMENTOS C/C ALIMENTOS II - em face NEYMAR, brasileiro, divorciado, profissão, CPF sob o nº XXX, inscrito no RG sob o nº xxxx, endereço eletrônico xxx, domiciliado no endereço xxx, pelos fatos e argumentos a seguir: III – DOS FATOS A genitora da autora e o réu se conheceram em XX/XX/XXXX. Nessa época iniciaram um relacionamento amoroso. O réu manteve um relacionamento amoroso com a mãe da autora, conforme as trocas de mensagens carinhosa pelas redes sociais. Passados um tempo, o relacionamento dos dois teve fim, onde cada um seguiu o seu caminho. Após algumas semanas do fim do relacionamento, o réu recebeu o comunicado que seria pai, e o mesmo esquivou-se em reconhecer a filha e assumir a paternidade. Entretanto, dessa relação amorosa nasceu a autora no dia XX/XX/XXXX, conforme certidão de nascimento em anexo. Até o presente momento, a autora vem sendo sustentada única e exclusivamente pela sua genitora, sem a ajuda do suposto pai. Após o nascimento da autora, a sua genitora procurou novamente o réu, onde o mesmo negou veemente que seria pai da criança. Assim, infrutíferas as tentativas da composição amigável no que tange o reconhecimento da paternidade, não resta outra alternativa a autora, senão a vinda ao judiciário. DO DIREITO Nos termos do art. 1607 do Código Civil, in verbis: “Art. 1.607. O filho havido fora do casamento pode ser reconhecido pelos pais, conjunta ou separadamente”. Ainda, o Estatuto da Criança e Adolescente, expressa em seu artigo 26, vejamos: “Art. 26. Os filhos havidos fora do casamento poderão ser reconhecidos pelos pais, conjunta ou separadamente, no próprio termo de nascimento, por testamento, mediante escritura ou outro documento público, qualquer que seja a origem da filiação.” Em relação à prova da paternidade, a lei nos mostra que a filiação poderá ser provada no que tange presunções resultantes de fatos já certo, como as declarações publicamente em redes sociais. Contudo, o art.1606, CC dispõe expressamente que a declaração de paternidade decorrente de sentença tem os mesmos efeitos do reconhecimento de paternidade. Ressalto também, que a recusa de submeter-se ao teste de DNA foi, inclusive, tema da súmula 301 do STJ, in verbis: “em ação investigatória, a recusa do suposto pai a submeter-se ao exame de DNA induz presunção juris tantum de paternidade” O dever de prestação de alimentos está previsto expressamente na Constituição Federal, em seu artigo 229, sendo dever dos pais satisfazer as necessidades vitais da autora, vez que esta não pode provê-las por si. Vale ressaltar que consoante a súmula 227 do STJ, que é julgada procedente a investigação de paternidade, que os alimentos são devidos a partir da citação. IV – DOS PEDIDOS Diante do exposto, POSTULA o autor a procedência do pedido, nos termos seguintes: a) Que seja julgado procedente a presente demanda de reconhecimento de paternidade; b) Arbitração dos alimentos provisionados na proporção de XX (1/3 dos seu salário vigente, em relação a necessidade da autora; c) Seja oficiado o empregador do réu para que realize o desconto diretamente da folha de pagamento, referente a título de pensão alimentícia, nos termos do art. 735, CPC, e que deverão ser pagos diretamente à genitora da autora ou através de depósito bancário em conta corrente a ser oportunamente informada; d) A procedência do pedido no mesmo valor pleiteado no item “b”. V – VALOR DA CAUSA Atribui-se à causa o valor de R$ 1.000,00 (mil reais). VI – DAS PROVAS Requer provar o alegado por todos os meios admitidos em direito, sobretudo pelas provas testemunhais, documentais e depoimento pessoal do réu. VII – DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO OU MEDIAÇÃO Pugna pela realização de audiência de mediação ou de Conciliação. Nestes termos, Pede e espera deferimento Advogado – OAB/XX
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