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DISCIPLINA HANDEBOL 1 Wellington Salgado de Oliveira HANDEBOL Olivia Nogueira Coelho Olivia Nogueira Coelho Oli HANDEBOL Olívia Nogueira Coelho 1 ª e d iç ã o DISCIPLINA HANDEBOL 2 DIREÇÃO SUPERIOR Chanceler Joaquim de Oliveira Reitora Marlene Salgado de Oliveira Presidente da Mantenedora Wellington Salgado de Oliveira Pró-Reitor de Planejamento e Finanças Wellington Salgado de Oliveira Pró-Reitor de Organização e Desenvolvimento Jefferson Salgado de Oliveira Pró-Reitor Administrativo Wallace Salgado de Oliveira Pró-Reitora Acadêmica Jaina dos Santos Mello Ferreira Pró-Reitor de Extensão Manuel de Souza Esteves DEPARTAMENTO DE ENSINO A DISTÂNCIA Gerência Nacional do EAD Bruno Mello Ferreira Gestor Acadêmico Diogo Pereira da Silva FICHA TÉCNICA Texto: Olivia Nogueira Coelho Revisão Ortográfica: Rafael Dias de Carvalho Moraes Projeto Gráfico e Editoração: Antonia Machado, Eduardo Bordoni, Fabrício Ramos e Victor Narciso Supervisão de Materiais Instrucionais: Antonia Machado Ilustração: Eduardo Bordoni e Fabrício Ramos Capa: Eduardo Bordoni e Fabrício Ramos COORDENAÇÃO GERAL: Departamento de Ensino a Distância Rua Marechal Deodoro 217, Centro, Niterói, RJ, CEP 24020-420 www.universo.edu.br Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca Universo – Campus Niterói http://www.universo.edu.br/ DISCIPLINA HANDEBOL 3 Palavra da Reitora Acompanhando as necessidades de um mundo cada vez mais complexo, exigente e necessitado de aprendizagem contínua, a Universidade Salgado de Oliveira (UNIVERSO) apresenta a UNIVERSOEAD, que reúne os diferentes segmentos do ensino a distância na universidade. Nosso programa foi desenvolvido segundo as diretrizes do MEC e baseado em experiências do gênero bem-sucedidas mundialmente. São inúmeras as vantagens de se estudar a distância e somente por meio dessa modalidade de ensino são sanadas as dificuldades de tempo e espaço presentes nos dias de hoje. O aluno tem a possibilidade de administrar seu próprio tempo e gerenciar seu estudo de acordo com sua disponibilidade, tornando-se responsável pela própria aprendizagem. O ensino a distância complementa os estudos presenciais à medida que permite que alunos e professores, fisicamente distanciados, possam estar a todo o momento, ligados por ferramentas de interação presentes na Internet através de nossa plataforma. Além disso, nosso material didático foi desenvolvido por professores especializados nessa modalidade de ensino, em que a clareza e objetividade são fundamentais para a perfeita compreensão dos conteúdos. A UNIVERSO tem uma história de sucesso no que diz respeito à educação a distância. Nossa experiência nos remete ao final da década de 80, com o bem-sucedido projeto Novo Saber. Hoje, oferece uma estrutura em constante processo de atualização, ampliando as possibilidades de acesso a cursos de atualização, graduação ou pós-graduação. Reafirmando seu compromisso com a excelência no ensino e compartilhando as novas tendências em educação, a UNIVERSO convida seu alunado a conhecer o programa e usufruir das vantagens que o estudar a distância proporciona. Seja bem-vindo à UNIVERSOEAD! Professora Marlene Salgado de Oliveira Reitora. DISCIPLINA HANDEBOL 4 DISCIPLINA HANDEBOL 5 Sumário Apresentação da disciplina ....................................................................................................... ...........................7 Plano da disciplina............................................................................................................................. ....................9 Unidade 1 – HISTÓRIA DO HANDEBOL ............................................................................... .........................10 Unidade 2 – O JOGO DE HANDEBOL ................................................................................... .........................30 Unidade 3 – ENSINO- APRENDIZAGEM DO HANDEBOL EDUCATIVO E RECREACIONAL.....71 Unidade 4 – CARACTERÍSTICAS DO HANDEBOL DE ALTO HANDEBOL.........................................89 Unidade 5 – DIFERENTES MANIFESTAÇÕES DO HANDEBOL............................................................105 Considerações finais .................................................................................................................... ........................138 Conhecendo o autor............................................................................................................................. ............140 Referências..........................................................................................................................................................142 Anexos ...................................................................................................................................................................145 DISCIPLINA HANDEBOL 6 DISCIPLINA HANDEBOL 7 Apresentação da Disciplina Olá, Caro Aluno, É com imenso prazer que apresento o conteúdo deste livro-texto sobre Handebol e as aplicações práticas no âmbito educacional e desportivo. O Esporte é um fenômeno sociocultural mais importante da humanidade desde o século XX, pois desenvolve as habilidades, capacidades e competências do indivíduo. Tal situação é facilmente confirmada pelo crescente número de praticantes e a expansão do espaço no cenário internacional. Na prática, o esporte solicita ao aluno que aplique valores como ética, moral, respeito, tomadas de decisões, cooperação, ou seja, é uma ferramenta importante no processo de formação do indivíduo. E para os professores, este fenômeno é um gigante potencial pedagógico. O Handebol é um dos esportes coletivos mais praticados no Brasil que apresenta diferentes manifestações como handebol de areia, de cadeira de rodas, mini handebol, para a terceira idade e de campo, ou seja, uma ferramenta importantíssima na inclusão social do indivíduo, pois devido à essa pluralidade de manifestações consegue alcançar diferentes públicos. As características do jogo resumem à dinamicidade, alta intensidade, contato físico e é jogado com as mãos, cujo objetivo é marcar mais gols do que o adversário em uma baliza (3 X 2 metros) defendida por um goleiro. Sendo assim, o objetivo deste livro-texto, composto por cinco unidades, é fornecer embasamento teórico-prático inerentes à modalidade de maneira didática e clara a fim de contribuir para a sua formação, futuro profissional de educação física, ofertando fundamentos básicos e pedagógicos no processo ensino-aprendizagem em diferentes níveis de rendimento. Ao longo do trabalho é apresentado sucintamente a gênese do Handebol e a evolução histórica até à atualidade, as características do jogo, bem como os elementos técnicos e táticos, as diferentes manifestações da modalidade e abordagem pedagógica do Handebol educacional e recreativo. O conhecimento e a leitura são bases para o sucesso e espero que este livro-texto o ajude não somente na construção do saber, mas também na formação das próprias reflexões e senso crítico. Bons estudo e excelente leitura! Prof.ª Me. Olívia Nogueira DISCIPLINA HANDEBOL 8 DISCIPLINA HANDEBOL 9 Plano da Disciplina Neste livro-texto o objetivo é compreender e demonstrar os fundamentos básicos e pedagógicos no ensino do Handebol no processo ensino-aprendizagem. Desta forma abordaremos ao longo das unidades os seguintes temas Unidade 1: História do Handebol Abordará a origem do Handebol e a evolução histórica desde os primeiros registros até a atualidade, além de descrever todo o processo do reconhecimento da modalidade como esporte, bem como a prática decorreu no Brasil. Unidade 2: O Jogo de Handebol Serão apresentadas as características do jogo, os elementostécnicos e táticos do ataque e da defesa e apresentação das regras resumidas são apresentados visando a familiarização do leitor à modalidade. Unidade 3: Ensino-aprendizagem do handebol educativo e recreacional Descreverá o processo pedagógico para a prática do Handebol, demonstra as fases do ensino e todo o sistema de formação do treinamento esportivo da modalidade. Unidade 4: Características do handebol de Alto Rendimento Será apresentado as características do alto rendimento e o perfil morfológico do atleta de handebol. Unidade 5: Diferentes manifestações do Handebol Descreverá as diferentes maneiras de manifestação do handebol. DISCIPLINA HANDEBOL 10 Digitar o Título da Unidade 1 1 HISTÓRIA DO HANDEBOL DISCIPLINA HANDEBOL 11 Nesta unidade faremos uma descrição sucinta da gênese do Handebol e a evolução histórica até a atualidade. Ainda apresentaremos como o Handebol se tornou esporte, bem como o processo desenvolvimento e organização da modalidade no Brasil. Objetivos da unidade: Conhecer a gênese do handebol; Organizar cronologicamente a evolução histórica do handebol, Narrar o desenvolvimento do handebol de quadra Identificar as principais competições nacionais e internacionais. Plano da unidade: 1.1- Origem do Handebol 1.2- Handebol como esporte 1.3- Handebol de quadra 1.4- Handebol no Brasil 1.5- Organização da modalidade Bons estudos! DISCIPLINA HANDEBOL 12 ORIGEM DO HANDEBOL A história de esportes com bola vem desde a Grécia Antiga (600 a.C.) e segundo Homero na Odisséia, era praticado um jogo chamado Urania com as mãos e sem balizas, com uma pequena bola, semelhante ao tamanho de uma maça (Almeida e Dechechi, 2012). Já em Roma, na época de 130-200 d.C., de acordo com o médico Claudio Galenus, o jogo com bola disputado por duas equipes em um terreno retangular demarcado e dividido ao meio por uma linha, cujo objetivo era enviá-la ao campo do adversário, chamava-se Harpastum e era praticado nas horas de lazer por rapazes e moças (Figura 1). Na Idade Média também há relatos de jogos com bola, como por exemplo o Esprés Jouaiant à Balle, a là Paume na França (1494-1533), citado pelo escritor Rabelais como um jogo similar ao handebol (Federação Paulista de Handebol, 2010). Todos esses jogos são considerados ancestrais de diversas modalidades, como o handebol, futebol e o rugby, devido à similaridade das regras e a organização da partida. Figura 1: Ilustração de uma partida de Harpastum Fonte: Futebol nos tempos Romanos: o Harpastum.https://www.zerozero.pt/text.php?id=5351/ acessado em 09 de junho de 2019 DISCIPLINA HANDEBOL 13 Todavia, somente no final do século XIX na Europa e América do Sul que surgiram os jogos com maior similaridade com o Handebol moderno. Os primeiros registros aconteceram na Dinamarca em 1848, pelo professor Holger Nielsen que criou, no Instituto de Ortrup, um jogo chamado Haandbold. As regras foram publicas por ele em 1906 e consistia em um jogo composto por sete jogadores de cada lado em um campo de 45 X 30 metros cujo objetivo era arremessar a bola com as mãos em um arco de 3 X 2 metros (Camargo Netto, 1982). Contemporaneamente, na Checoslováquia, jogou-se a Hazena (Figura 2), uma espécie de handebol de campo jogado em um campo divido em três partes: zona neutra, zona de ataque e zona de defesa, porém com apenas sete jogadores em cada equipe. Na América do Sul, o Balón foi criado meados de 1911, no Uruguai, pelo professor de Educação Física Antonio Valeta e foi reconhecido pela Federação Internacional de Handebol Amador como a origem do jogo Handebol de Campo, tendo o professor Antonio Valeta como membro honorário da instituição. Figura 2: Ilustração do jogo Hazena Fonte: História do Handebol. http://travinha.com.br/2011/02/01/handebol-a-historia/acessado em 09 de junho de 2019. Na Alemanha, na década de 1890, foram criadas modalidades semelhantes ao handebol, como Raftball e Torball, que também objetivavam marcação de gols com a mão e não podiam correr com a bola ou segurá-la por mais de três segundos (International Handball Federation, 2010). O Torball era praticado por mulheres da época nos momentos de lazer e tinham o professor Max Heiser como treinador. Com o sucesso da modalidade, algumas mudanças foram feitas, como por exemplo, DISCIPLINA HANDEBOL 14 a mudança do nome para Handball (oriundo do inglês hand= mãos e ball+ bola) e a implementação de regras e balizas. HANDEBOL COMO ESPORTE O Handebol de campo foi a primeira modalidade reconhecida oficialmente devido a popularização na Alemanha, principalmente entre as mulheres. Durante a 1ª Guerra Mundial (1914 a 1918) o desenvolvimento do jogo ganhou força devido a criação do Handebol (derivação do Torball) pelo professor de ginástica Max Heiser para as mulheres operárias da Fábrica Siemens e em 1917 elaborou as primeiras regras oficiais do handebol para o gênero feminino. Em 1919, o professor alemão Karl Schelenz (figura 3) publicou na Federação Alemã de Ginástica regras alteradas para o gênero masculino. Esta modalidade era jogada com 11 jogadores em cada equipe, em um campo com as mesmas medidas de futebol. Além disso, como Schelenz lecionava na Universidade de Berlim, os alunos estrangeiros adeptos à modalidade disseminaram as regras por vários países e em consequência a isso foram iniciadas competições em alguns países como Áustria, Suíça e Alemanha (Almeida e Dechechi, 2012). Figura 3: Karl Schelenz Fonte: Handebol, a história. Disponível em: http://travinha.com.br/2011/02/01/handebol-a- historia/ acessado em 10 de junho de 2019. Diante disso, em 1920, o jogo Handebol foi oficializado pelo diretor da Escola de Educação Física da Alemanha, Carl Diem e somente em 1925, foi realizado DISCIPLINA HANDEBOL 15 o primeiro jogo oficial internacional entre Alemanha e Áustria, com a vitória dos austríacos por 6 x 3 (Federação Paulista de Handebol, 2010; International Handball Federation, 2010). Neste período a modalidade era organizada apenas por associações atléticas nacionais e de Educação Física. Devido ao crescimento da Handebol, em 1926 o Congresso da Federação Atlética Amadora Internacional organizou uma comissão para estabelecer as regras internacionais do Handebol de campo e como consequência, no mesmo ano, o Comitê Olímpico Internacional (COI) pediu a inclusão da modalidade no programa dos Jogos Olímpicos. Em sequência, no ano de 1928, durante os Jogos Olímpicos de Amsterdã (Holanda), foi criada a Federação Internacional de Handebol Amador (FIHA) e teve o primeiro presidente o americano Avery Brudage que anos mais tarde se tornou o presidente do COI. Sendo assim, em 1933 o COI anunciou que o Handebol faria a sua estreia nos Jogos Olímpicos de Berlim em 1936. Nesta edição participaram seis países e teve como desfecho a vitória da Alemanha contra a Áustria por 10 X 6 no Olympia Stadium com 100 mil espectadores. Ainda na Alemanha, dois anos após os Jogos Olímpicos, ocorreu o primeiro Campeonato Mundial com a participação de oito países com os donos da casa vencendo a competição. Porém apenas dez anos mais tarde (1948) foram retomados os campeonatos mundiais para os homens e em 1949 para as mulheres já sob a organização da International Handball Federation (IHF), fundada em Copenhagen logo após o término da 2ª Guerra Mundial em 1946 (Federação Paulista de Handebol, 2010). Assim que a IHF foi fundada, a sede se instalou na Suécia sob a presidência do sueco Costa Bjork e apenas em 1950 foi transferida para a cidade de Basiléia na Suíça, onde se encontra até os dias atuais (Federação Paulista de Handebol, 2010; Almeida e Dechechi, 2012). DISCIPLINA HANDEBOL 16 Figura 4: Linha do tempo dos principais acontecimentos da históriado Handebol Fonte: elaboração da autora. HANDEBOL DE QUADRA O Handebol de quadra ou salão (figura 5) originou do Haandbold dinamarquês e era praticado apenas nos países escandinavos, pois neste período a modalidade já era uma paixão e devido ao rigoroso inverno juntamente com a concorrência pelo espaço com o futebol, o handebol de campo passou a ser menos praticado até a extinção dos campeonatos mundiais em 1966. Diante disso, o handebol passou a ser praticado em ambientes fechados, com 7 jogadores de cada lado (semelhante ao Hazena jogado na Checoslováquia) e devido a dinamicidade e velocidade dos jogos, ganhou a preferência do público (Federação Paulista de Handebol,2010). DISCIPLINA HANDEBOL 17 As regras foram unificadas e internacionalizadas em 1934 e somente quatro anos mais tarde ocorreu o primeiro Campeonato Mundial, na Alemanha, com a participação de apenas quatro países. Porém em 1972 os homens estrearam nos Jogos Olímpicos (Munique-Alemanha) e em 1976 foi a vez das mulheres ganharem espaço na mesma competição ocorrida em Montreal, Canadá (Federação Paulista de Handebol,2010; Almeida e Dechechi, 2012). A partir de então, a modalidade sempre esteve presente nos Jogos Olímpicos e, principalmente na Europa, atrai grande público nas competições nacionais (figura 6). Figura 5: Handebol de salão Fonte Handebol, a história. Disponível em: http://travinha.com.br/2011/02/01/handebol-a- historia/ acessado em 10 de junho de 2019. Sugestão de vídeo: Final da Copa Européia Masculina em 1972 https://www.youtube.com/watch?v=-e1KaMZ1i94 HANDEBOL NO BRASIL O Handebol no Brasil foi trazido na década de 30 por imigrantes europeus, principalmente os alemães, na época da colonização do Brasil nas regiões sul e sudeste. Inicialmente praticavam o handebol de campo. Em 1945, criou-se a DISCIPLINA HANDEBOL 18 primeira Federação Paulista de Handebol (FPH), presidida por Otto Schemelling e até hoje é a mais importante do país (Federação Paulista de Handebol, 2010). Em 1954, a FPH organizou, no Esporte Clube Pinheiro, o primeiro Torneio Aberto de Handebol de quadra e foi um grande sucesso, tanto que a Confederação Brasileira de Desporto (CBD), organização antecessora ao COB e responsável pelos esportes amadores nacionais na época, criou um departamento de Handebol visando a coordenação de campeonatos de diferentes categorias e naipes (Almeida e Dechechi, 2012). No mesmo ano, no Curso Internacional de Santos, o professor francês Auguste Listello, apresentou a modalidade e a partir deste momento os professores de Educação Física tiveram embasamento didático-pedagógico para organizar e montar as aulas e treinos. Este fato foi um marco para o desenvolvimento e expansão do Handebol pelo país, pois se até a década de 60 o Handebol era restrito ao estado de São Paulo, a partir deste momento, o cenário começou a modificar. Como consequência, aumentou o número de adeptos à modalidade, principalmente no âmbito escolar e em 1971 o Handebol foi incluído no III Jogos Estudantis Brasileiros (JEBS) realizado em Belo Horizonte e nos Jogos Universitários Brasileiro (JUB’s) em Fortaleza. Foi desta maneira que a modalidade foi disseminada por todo o país (Federação Paulista de Handebol, 2010). Na edição seguinte, em 1973, foi disputado, em Niterói, o primeiro Campeonato Brasileiro Juvenil Masculino e Feminino e em 1974 ocorreu para a categoria adulta (Federação Paulista de Handebol, 2010). Com o crescimento da modalidade, outros estados passaram a disputar campeonatos até que em 1980, foi disputado a 1ª Taça Brasil de Clubes na cidade de São Paulo - um ano após a criação da Confederação Brasileira de Handebol (CBH). Em Campeonatos Mundiais, a estreia das seleções brasileiras feminina e masculina foram na segunda divisão em 1987 com a masculina jogado na Itália e a feminina na Bulgária (Vieira e Freitas, 2007). DISCIPLINA HANDEBOL 19 Nos Jogos Olímpicos, o Brasil teve a primeira participação em Barcelona em 1992 e o resultado foi a 12ª colocação da seleção masculina. Em 1996, nas Olimpíadas de Atlanta, o Brasil subiu uma colocação. Porém, nessas duas edições, nosso país só participou porque Cuba desistiu da vaga. Somente em 2000, nos Jogos Olímpicos de Sydney, que o Brasil debutou na competição devido à conquista da vaga com brilhantismo no Pan-Americano de Winnipeg (Canadá) em 1999 (seleção masculina conquistou a prata e a feminina o ouro) (Almeida e Dechechi, 2012). A melhor classificação em campeonatos mundiais das seleções foram quando a feminina se consagrou campeã em 2013 e a masculina em 2019 com a 9ª colocação. Em Jogos Olímpicos, os melhores resultados foram em Atenas (2004) com a seleção masculina na 10ª colocação e a feminina em Londres (2012) com a 6ª colocação (Reis, Greco e Pombo,2018). Diante da notória evolução e apreço dessa modalidade pelo público, em 2005 foi televisionado um jogo de handebol pela primeira vez em rede nacional e aberta (Rede Globo), porém a emissora exigiu que a partida tivesse apenas 20 minutos. O patrocinador da modalidade, Petrobrás, juntamente com a CBHb acatou a exigência e com isso o esporte deu mais um passo importante para seu desenvolvimento e propagação (Reis, Greco e Pombo,2018). Na tabela 1 estão os principais títulos de ambas as seleções desde 1987 até atualidade. Tabela 1: Títulos das seleções brasileiras desde 1987 até a atualidade COMPETIÇÃO NAIPES TÍTULOS TEMPORADAS JOGOS FEMININO 5 1999,2003,2007,2011,2015 DISCIPLINA HANDEBOL 20 PANAMERICAN OS MASCULINO 3 2003,2007,2015 CAMPEONATO PANAMERICAN O FEMININO 10 1997,1999,2000,2003,2005,2007,2011,2013,2015, 2017 MASCULINO 3 2006,2008,2016 SULAMERICAN OS FEMININO 3 2010,2014,2018 MASCULINO 5 1994,2000,2010,2014,2018 CAMPEONATO SULAMERICAN O FEMININO 6 1988,1991,1994,1998,2001,2013 MASCULINO 11 1985-1988,1990,1994,1996-2001 CAMPEONATO MUNDIAL FEMININO 1 2013 MASCULINO 0 Fonte: elaboração da autora ORGANIZAÇÃO DA MODALIDADE O handebol é modalidade olímpica, logo o Comitê Olímpico Internacional (COI) reconhece a IHF como o órgão representante da modalidade no mundo. A sede é na Suíça, na cidade de Basileia, e compete a ele organizar a competições, promover e divulgar o handebol pelo mundo. DISCIPLINA HANDEBOL 21 A IHF organiza competições internacionais com parcerias com federações de todos os continentes (Ásia, África, Europa e Américas) além dos países que sediam os eventos. Abaixo estão as principais competições, categorias e naipes realizados pela IHF. CAMPEONATOS INTERNACIONAIS CAMPEONATOS MUNDIAIS JOGOS OLÍMPICOS Categorias: adulto, júnior e juvenil Categorias: adulto e juvenil Naipes: masculino e feminino Naipes: masculino e feminino Periodicidade: 2 anos Periodicidade: 4 anos CAMPEONATOS PANAMERICANOS* PRÉ-OLÍMPICO Categorias: adulto, júnior e juvenil Categorias: adulto Naipes: masculino e feminino Naipes: masculino e feminino Periodicidade: 2 anos Periodicidade: 4 anos *Qualificatório para o campeonato mundial CAMPEONATOS SUL-AMERICANO* CAMPEONATO AFRICANO* Categorias: adulto Categorias: adulto Naipes: masculino e feminino Naipes: masculino e feminino DISCIPLINA HANDEBOL 22 Periodicidade: 2 anos Periodicidade: 2 anos *Qualificatório para o pan-americano *Qualificatório para o campeonato mundial CAMPEONATO EUROPEU* CAMPEONATO ASIÁTICO * Categorias: adulto Categorias: adulto Naipes: masculino e feminino Naipes: masculino e feminino Periodicidade: 2 anos Periodicidade: 2 anos *Qualificatório para o campeonato mundial *Qualificatório para o campeonato mundial Fonte: elaboração da autora Em janeiro de 2019, foi realizado na Alemanha, o Campeonato Mundial masculino com a Dinamarca vencendo a Noruega na final por 31x 22. O Brasil ficou como 9°lugar, melhor resultado da história da seleção masculina. Em novembro acontecerá em Kumanoto (Japão) a edição feminina da competição (Confederação Brasileira de Handebol, 2019) Em julho (26) ocorrerá o campeonato Panamericano (classificatório para os Jogos Olímpicos de 2020) em Lima no Peru e Brasil chega com favoritismo (Confederação Brasileira de Handebol, 2019). No Brasil, o órgão que gerencia a modalidade é a Confederação Brasileira de Handebol (CBHb), com sede em Aracaju. No calendário da entidade temos competições nacionais com periodicidade anual como a Liga Nacional de Clubes do Norte, Nordeste e Centro Oeste, Copa brasil, Campeonato Brasileiro da Primeira Divisão, Campeonato Brasileiro de Clubes e Campeonato Brasileiro de Seleções. Já DISCIPLINA HANDEBOL 23 no âmbito regional são realizadas Ligas com diferentes categorias (Confederação Brasileira de Handebol, 2019). Essas são fundamentais para a adesão institucional, ou seja, para a aderência à modalidade em diferentes categorias. Além disso de suma importância para o futuro do Handebol do alto rendimento e para aqueles que buscam a prática nas horas livres, auxiliando no desenvolvimento e expansão da modalidade (Reis, Greco e Pombo,2018). Atualmente as federações realizam as competições nas seguintes categorias: Adulta feminina Acima de 21 anos Adulta masculina Acima de 21 anos Júnior feminina 19 a 20 anos Júnior masculina 19 a 21 anos Juvenil 17 e 18 anos Cadete 15 e 16 anos Infantil 13 e 14 anos Mirim 11 e 12 anos Mini Até 10 anos Fonte: (Reis, Greco e Pombo, 2018) DISCIPLINA HANDEBOL 24 CURIOSIDADE: Nos campeonatos regionais há mudança relacionada às categorias júnior feminina e masculina (18 a 21 anos). Nesta unidade você estudou sobre a gênese do handebol e todos os jogos precursores da modalidade moderna, o processo de oficialização do handebol, o desenvolvimento no Brasil e como ela é organizada atualmente com os principais campeonatos e títulos nacionais e internacionais. Compreender a origem e analisar as mudanças do handebol ao longo dos anos desde sua criação é essencial para o entendimento do jogo moderno. Por isso, na próxima unidade abordaremos os elementos que fundamentam o jogo como tática, técnica, ataque, defesa e as regras básicas resumidas. DISCIPLINA HANDEBOL 25 Exercícios – Unidade 1 Chegou a hora de compilar as informações! 1) Marque verdadeiro (V) ou falso (F) para as seguintes afirmações: a) Max Heiser foi o criador do Handebol ( ) b) Urania era um jogo praticado em Roma em 600 a.C. ( ) c) O jogo chamado Haandbold foi precursor do Handebol moderno ( ) d) Estreia do Handebol de quadra nos Jogos Olímpicos foi em 1936 em Berlim ( ) e) Atualmente a entidade máxima reguladora do Handebol é a Federação Paulista de Handebol ( ) f) No Brasil, o handebol teve início apenas na região sul devido a colonização alemã na década de 40 ( ) 2) Sobre o desenvolvimento do handebol, assinale a alterativa falsa a) O handebol de quadra surgiu como opção para a prática da modalidade nos invernos rigorosos dos países escandinavos e ganhou a simpatia do público devido a dinamicidade e velocidade da partida. b) O marco da história do Handebol foi quando Carl Diem, diretor da Escola de Educação Física da Alemanha oficializou a modalidade em 1920 e a partir de então houve o desenvolvimento DISCIPLINA HANDEBOL 26 c) Urania, Harpastum, Esprés Jouaiant à Balle, a là Paume, Haandbold, Hazena, Balón, Raftball e Torball são precursores de diversas modalidades coletivas como o rugby, futebol e handebol. d) No Brasil, a modalidade era jogada apenas na região sul até a década de 60. e) Atualmente o Brasil é a maior potência pan-americana, mas somente a feminina possui expressão no cenário mundial, com um título no Campeonato Mundial em 2013. 3) Correlacione corretamente a nomenclatura dos jogos com o local que eram praticados. I- Hazena ( ) Uruguai II- Haandbold ( ) Roma III- Urania ( ) Grécia IV-Torball ( ) Checoslováquia V-Raftball ( )França VI- Esprés Jouaiant à Balle, a là Paume ( ) Alemanha VII-Harpastum ( ) Dinamarca VIII- Balón 4) Em que ano o Handebol foi incluído no programa dos Jogos Olímpicos? a)1926 DISCIPLINA HANDEBOL 27 b)1933 c)1920 d)1928 e)1936 5) Qual foi a precursora direta do handebol de quadra? a) Urania b) Hazena c) Haandbold d) Torball e) Balón 6) Sobre o handebol de quadra, em qual década houve a expansão da modalidade? a) Década de 40 b) Década de 60 c) Década de 70 d) Década de 30 e) Década de 80 7) Sobre a história do handebol brasileiro, assinale a alternativa que contém informações corretas. a) Handebol era praticado apenas no estado de São Paulo até a década de 60 DISCIPLINA HANDEBOL 28 b) Handebol chegou no Brasil na década de 30 c) Auguste Listello foi o criador do handebol no Brasil d) Atualmente as seleções brasileiras masculina e feminina são as maiores potências na América do Sul e) Seleção brasileira feminina possui um título mundial conquistado em 2013 8) Qual o órgão máximo regulador do Handebol no mundo a) IHF b) FPH c) CBHb d) COB e) COI 9) Discorra sobre o principal acontecimento, na história do desenvolvimento do Handebol no Brasil, para a promoção do desenvolvimento e disseminação da modalidade no país. 10) Quais foram as principais causas para a extinção do handebol de campo e aderência do handebol de quadra? DISCIPLINA HANDEBOL 29 DISCIPLINA HANDEBOL 30 2 O JOGO DE HANDEBOL DISCIPLINA HANDEBOL 31 Nesta unidade apresentarei as características de uma partida de handebol, bem como seus fundamentos técnicos e táticos. Ainda, abordarei de maneira bem simples as técnicas sistemas de ataque/defesa e para melhor compreensão do jogo mostrarei as regras resumidas. Objetivos da unidade: Caracterizar a dinâmica da partida de Handebol Transcrever os aspectos básicos táticos e técnicos do Handebol Conhecer, identificar e aplicar as regras básicas do Handebol Plano da unidade: 2.1- Características do Handebol 2.2- Fundamentos técnicos 2.3- Fundamentos táticos 2.4- Regras resumidas Bons estudos! DISCIPLINA HANDEBOL 32 CARACTERÍSTICAS DO HANDEBOL O Handebol é considerado um esporte coletivo que se encaixa em alguns elementos comuns as outras modalidades como o terreno de jogo, meta, bola, cooperação, oposição e regras (Bayer,1986; Garganta,1998). O terreno de jogo é o local onde ocorrem as ações dos jogadores, sejam ações individuais como coletivas visando uma meta que deve ser atacada ou defendida pelos jogadores da equipe. O objeto principal da partida é a bola que é manuseada com as mãos e há cooperação de todos para alcançar as ações do jogo ocorrem interações entre os jogadores, de maneira que toda a equipe aja em prol ao mesmo objetivo, opor-se a outra e finalizar a partida com vantagem no placar (Moreno,1994; Almeida e Dechechi,2012). As fases do jogo são determinadas pela posse de bola e estão absolutamente interligadas, ou seja, quando a posse de bola muda impreterivelmente muda a função da equipe, passando do ataque para a defesa e vice e versa. Durante a partida de Handebol, as funções dos jogadores seguem os princípios do jogo, exemplificando, durante a fase ofensiva, o objetivo é manter a posse de bola, avançar sobre a outra equipe e marcar o gol. Já na defensiva o objetivo é recuperar a posse de bola, evitar que o adversário avance sobre eles e marque o gol. Além disso, a partida segue às regras (subunidade 2.4) específicas que esclarece quais ações são e não permitidas pelos jogadores. Todas as ações ocorrem em um contexto com muita variabilidadede situações, imprevisibilidade e aleatoriedade, o que faz com que as equipes precisem manter a leitura do jogo para determinar as estratégias a tomar a fim de alcançar o objetivo, vencer. Tudo isso exige respostas rápidas e complexas dos jogadores, necessitando, portanto, que durante o processo ensino-aprendizagem trabalhe sob as situações reais do jogo para que no final, as respostas sejam de maneira intuitiva e velozes. DISCIPLINA HANDEBOL 33 Os jogos de handebol de quadra acontecem em uma quadra de 40X20 metros, com piso normalmente constituído de cimento ou madeira revestidos com borracha (Figura 1). Figura1: Dimensões da quadra de Handebol Fonte: International Handball Federation,2016 Existem duas áreas com 6 metros em relação a uma das balizas que é permitida apenas a permanência do goleiro. Os demais jogadores só podem entrar nessa área em algumas condições como: durante a fase de voo no arremesso ou retirar a bola na fase aérea, qualquer situação diferente dessa será considerada infração. Como pode observar na figura 1, há uma linha tracejada exatamente a 9 metros de uma das balizas, área de referência de cobranças dos tiros livres quando ocorre faltas regulamentadas de algum jogador ou faltas técnicas da defesa em distâncias menores do que 9 metros. Entre a linha de 6 metros e de 9, nota-se uma linha tracejada designada para a cobrança do tiro dos 7 metros (penalidade máxima do handebol). DISCIPLINA HANDEBOL 34 As substituições ocorrem em uma zona específica demarcada por uma linha lateral distando 4,5 metros a partir do centro da quadra. As balizas possuem 3x2 metros com traves e travessões medindo 8 centímetros de largura, diferentemente do futebol, cujas traves e travessões são arrendadas (figura2). Figura 2: Dimensões da baliza Fonte: International Handball Federation,2016 O time é composto por 14 atletas, sendo que 7 são reservas (pode variar de acordo com o campeonato), 6 jogadores na linha e o goleiro. As posições dos jogadores da linha são armador direito, central, armador esquerdo, ponta direita, pivô e ponta esquerda (figura 3). DISCIPLINA HANDEBOL 35 Figura 3: Posicionamento dos jogadores no sistema ofensivo Legenda: A: meia esquerdo; B: central-armador; C: meia direito; D: ponta direita; E: pivô; F: ponta esquerda. Fonte: Almeida e Dechechi, 2012. Capítulo 6, página 3. O tempo de partida varia de acordo com a categoria, mas para todos são 2 tempos com o intervalo de 10 minutos. As variações estão descritas na tabela abaixo. Tabela 1: Descrição do tempo de jogo por período para cada categoria CATEGORIA TEMPO DE JOGO EM CADA PERÍODO (minutos) Maiores de 16 anos 30 12-16 anos 25 8-12 anos 20 Fonte: elaboração da autora Com relação a bola, também a diferenças no tamanho e peso não somente por categorias, mas também por gênero (tabela 2). Ela deve ser esférica, com superfícies não brilhantes e escorregadias e o material deve ser de couro ou sintético (International Handball Federation,2016) Tabela 2: Caracterização da bola de handebol BOLA TAMANHO (centímetros) PESO (gramas) CATEGORIA DISCIPLINA HANDEBOL 36 H1L 50-52 290-330 Feminino: 8-14 anos Masculino:8-12 anos H2L 54-56 325-375 Feminino: adulto e >14 anos Masculino: 12-16 anos H3L 58-60 425-475 Masculino: adulto e >16 anos Fonte: elaboração da autora Segundo as regras da International Handball Federation (2016) é permitido o uso de alguns implementos visando a proteção dos atletas, como boqueira, cotoveleira, coquilhas, joelheiras, tornozeleiras, protetor bucal em ter outros. Porém há padronização dos equipamentos, como mostrado nas figuras abaixo. Joelheira Braçadeira Máscara protetora nasal DISCIPLINA HANDEBOL 37 FUNDAMENTOS TÉCNICOS A técnica é a execução motora de uma necessidade encontrada durante uma partida. Existe a técnica correta e a eficaz. Os jogadores aperfeiçoam as técnicas (sob o parâmetro correto da biomecânica) por meio de treinamentos específicos e individuais (Almeida e Dechechi,2012). Entre as décadas de 70 e 80, no Brasil, o ensino dos jogos coletivos nas aulas de Educação Física tinha uma visão de educação fragmentada e mecanicista, pois foi um período em que a literatura se preocupou em publicar manuais e livros com atividades pedagógicas nessa vertente e se usava a palavra “fundamento” para remeter aos elementos técnicos (Reis,1994). Naquela época acreditava-se que os elementos técnicos eram imprescindíveis para a aprendizagem do jogo Handebol, pois sem o domínio da técnica não progrediria na modalidade. Em outras palavras, não se considerava outros quesitos importantes do processo ensino-aprendizagem como o desenvolvimento motor, psicologia do esporte e vários outros elementos multidisciplinares que compõem esse processo. Atualmente, a literatura propõe aprendizagem concomitante com os elementos táticos gerais e específicos (Almeida e Dechechi,2012; Graça,1998). Diante disso, nos próximos tópicos abordaremos os elementos da técnica de ataque (recepção, empunhadura, passe, drible, arremesso, ritmo trifásico e duplo ritmo trifásico) e de defesa (posição básica defensiva, deslocamento básico defensivo, bloqueio defensivo, marcação por impedimento e técnicas do goleiro. DISCIPLINA HANDEBOL 38 RECEPÇÃO A recepção é uma técnica importante para garantir e recuperar a posse de bola e preparação da finalização da jogada. É um elemento técnico específico de receber, amortecer e dominar a bola de maneira adequada, mas difere em posições e situações do jogo. Tecnicamente, ela deve ser feita com as mãos paralelas, sutilmente côncavas, com as palmas das mãos para frente e os dedos apontando para cima. Pode ser feita com uma ou duas mãos e parado ou em movimento (figura 1). Figura 1: Técnica de recepção Fonte: Fundamentos e técnicas de handebol. Disponível em:https://sites.google.com/site/anaeducopedia6/fundamentos-e-tecnicas-do- handebol. Acessado em 10 de junho de 2019. Abaixo estão descritos os tipos de recepção classificados pela altura, considerando que o jogador esteja parado. Recepção alta Os braços são projetados acima da cabeça, acompanhando a trajetória da bola até o contato com as mãos (figura 2) DISCIPLINA HANDEBOL 39 Figura 2: Recepção alta Fonte: Greco, P.J.;Roméro, J.J.F.Manual do handebol-da iniciação ao alto rendimento.1.ed. São Paulo. Phorte.2015. Recepção média Apresentar as mãos para o passador na altura do peito, não perder o contato visual com a bola, cotovelos sem flexionados, tronco voltado para a bola e os pés afastados em posição anteroposterior com a perna oposta ao lado de procedência da bola à frente (figura3). Figura 3: Recepção média Fonte: Greco, P.J.;Roméro, J.J.F.Manual do handebol-da iniciação ao alto rendimento.1.ed. São Paulo. Phorte.2015. Recepção Baixa DISCIPLINA HANDEBOL 40 Os braços à frente do corpo na altura da cintura, cotovelos sem flexionados, mãos com a palma da mão voltada para frete, mas com os dedos apontados para baixo, tronco inclinado à frente e voltado na direção da bola, pernas afastadas, sem flexionadas, em posição anteroposterior com a perna oposta da procedência da bola à frente (figura 4). Ao receber a bola, deve pressionar os dedos na bola e trazê-la até a altura do peito e assumir a posição vertical. Figura 4: Recepção baixa Fonte: Greco, P.J.;Roméro, J.J.F.Manual do handebol-da iniciação ao alto rendimento.1.ed. São Paulo. Phorte.2015. Recepção suspensa Já em suspensão, a ideia é atingir durante o salto a maior altura possível para garantir a posse de bola. Assim, após o contato com a bola, o jogador retoma o contato com o solo (uni ou bipodal) e já prepara o corpo para ações subsequentes dependendo da situação do jogo.Por isso, é importante que ele tenha uma boa empunhadura, ou seja, segure a bola corretamente para ter êxito na jogada (figura 5). DISCIPLINA HANDEBOL 41 Figura 5: Recepção em suspensão Fonte: Greco, P.J.;Roméro, J.J.F.Manual do handebol-da iniciação ao alto rendimento.1.ed. São Paulo. Phorte.2015. Recepção no solo Nesta técnica o jogador deve fletir os joelhos com as pernas em posição anteroposterior e com perna oposta ao lado da procedência da bola, o tronco inclinado a frente, braços estendidos, mãos com a palma voltada para bola e dedos apontados para bola no movimento de “colher” (figura 6). Ao ter o contato com a bola, deve levar a bola em direção ao peito. Figura 6: Recepção no solo (“colher”) Fonte: Greco, P.J.;Roméro, J.J.F.Manual do handebol-da iniciação ao alto rendimento.1.ed. São Paulo. Phorte.2015. Recepção em deslocamento Durante a recepção em deslocamento, o jogador deve ajustar a velocidade da corrida para interceptar a trajetória da bola, antes de tocá-la. No momento do contato com a bola, o jogador estará em apoio unipodal e devido a inércia do DISCIPLINA HANDEBOL 42 movimento trocará o apoio a fim de continuar ou interromper o movimento (figura7). Figura 7: Recepção em deslocamento Fonte: Fundamentos e técnicas de handebol. Disponível em:https://sites.google.com/site/anaeducopedia6/fundamentos-e- tecnicas-do-handebol. Acessado em 10 de junho de 2019. EMPUNHADURA É a maneira de segurar a bola e tecnicamente deve-se manusear com uma das mãos, segurando com as falanges distais e as mãos levemente côncavas. Pode ser executada com o jogador parado ou em movimento (figura 8). Figura 8: Empunhadura Fonte: Greco, P.J.;Roméro, J.J.F.Manual do handebol-da iniciação ao alto rendimento.1.ed. São Paulo. Phorte.2015 PASSE DISCIPLINA HANDEBOL 43 O passe é o modo de levar a bola até o companheiro, de maneira correta, da equipe a fim de continuar a jogada. Juntamente com a recepção, o passe é considerado elemento essencial na condução de bola entre os jogadores e na preparação da finalização (Almeida e Dechechi,2012). Ele pode assumir trajetória reta (passe mais veloz), parabólica (por cima do adversário) ou quicada ( por baixo do adversário) e para todos os tipos de passes descritos abaixo, os jogadores podem assumir as posições estáticas, em deslocamento ou em suspensão. Passe de ombro Realizado com a bola acima das linhas dos ombros. O movimento é descrito com a bola empunhada, palma da mão para frente, cotovelo acima dos ombros e a bola lançada para o companheiro (figura 9). Figura 9: Passe de ombro Fonte: Componentes criticas-Andebol. Disponível em: https://vamos_fazer_educacao_fisica.blogs.sapo.pt/1552.html. Acessado em 10 de junho de 2019. Passe em pronação Consiste em realizar o passe com flexão de punho para impulsionar a bola na direção do peito do companheiro de equipe. Geralmente esse tipo de passe é DISCIPLINA HANDEBOL 44 utilizado para imprimir maior velocidade nas ações táticas coletivas ofensivas (figura 10). Figura 10: Passe em pronação Fonte: Fundamentos e técnicas de handebol. Disponível em:https://sites.google.com/site/anaeducopedia6/fundamentos-e- tecnicas-do-handebol. Acessado em 10 de junho de 2019. Passe por trás do corpo Geralmente esse passe é utilizado para dar assistência aos companheiros (figura 11) Figura 11: Passe por trás do corpo Fonte:Dois exercícios para passes no handebol.Diponível em: https://handebol-ef.blogspot.com/2015/09/dois-exercicios-para-passe-no- handebol.html. Acessado em 10 de junho de 2019. Passe por trás da cabeça DISCIPLINA HANDEBOL 45 Realizado através da extensão de punho lançando a bola por trás da cabeça (figura 12) Figura 12: Passe por trás da cabeça Fonte: Conteúdo Handebol 6. Ano. Disponível em: http://materdeiapucarana.com.br/novo/wp- content/uploads/2018/05/6%C2%BA-ANO-HANDEBOL-2%C2%BA- BIMESTRE-.pdf. Acessado em 10 de junho de 2019. Passe quicado Geralmente esse tipo de passe é utilizado para levar a bola até os pontas e pivô (figura 13). Figura 13: Passe quicado Fonte:Conteúdo Handebol 6. Ano. Disponível em: http://materdeiapucarana.com.br/novo/wp- content/uploads/2018/05/6%C2%BA-ANO-HANDEBOL-2%C2%BA- BIMESTRE-.pdf. Acessado em 10 de junho de 2019. ARREMESSO DISCIPLINA HANDEBOL 46 É fundamento utilizado para a finalização ofensiva, ou seja, sempre é em direção ao gol. Pode-se caracterizá-lo pela maneira de realizá-los como descritos abaixo. Arremesso apoiado Os pés no momento do arremesso estão em contato com o solo e devido ao corpo estar mais estável, é uma técnica que imprime maior potência e precisão (figura 14). Figura 14: Arrmesso apoiado Fonte: Tipos de arremessos. Disponível em : https://sportsregras.com/tipos-arremesso-handebol/. Acessado em 11 de junho de 2019. Arremesso em suspensão É caracterizado pelo momento de arremessar a bola ao gol os pés não podem estar em contato com o solo (figura 15). DISCIPLINA HANDEBOL 47 Figura 15: Arremesso em suspensão Fonte:Handebol.Disponível em: http://www.dicionarioolimpico.com.br/handebol/cenario/arremesso-1. Acessado em 11 de junho de 2019. Arremesso com queda Ao arremessar a bola em direção ao gol, o jogador realiza uma queda invadindo a área do goleiro. Normalmente esse tipo de arremesso é comumente executado pelos pontas e pivôs (figura 16). Figura 16: Arremesso com queda Fonte: Tipos de arremessos. Disponível em : https://sportsregras.com/tipos- arremesso-handebol/. Acessado em 11 de junho de 2019. Arremesso com rolamento Após o arremesso, o jogador realiza um rolamento por cima do ombro. Este tipo de arremesso é normalmente executado pelos pontas e pivôs (figura 17). Figura 17: Arremeso com rolamento DISCIPLINA HANDEBOL 48 Fonte:Tipos de arremessos. Disponível em : https://sportsregras.com/tipos- arremesso-handebol/. Acessado em 11 de junho de 2019. Arremesso Vaselina A bola assume uma trajetória de forma que passe por cima do goleiro, encubrindo-o (figura 18). Figura 18: Arremesso vaselina Fonte:Tipos de arremessos. Disponível em : https://sportsregras.com/tipos- arremesso-handebol/. Acessado em 11 de junho de 2019. Arremesso de quadril O jogador arremessa a bola na altura da cintura com um movimento do braço semelhante ao chicote. Não é uma técnica muito utilizada porque necessita de espaço entre os adversários na defesa (figura 19). Figura 19: Arremesso de quadril Fonte:Tipos de arremessos. Disponível em : https://sportsregras.com/tipos- arremesso-handebol/. Acessado em 11 de junho de 2019 Arremesso rosqueta DISCIPLINA HANDEBOL 49 Arremesso em que o jogador imprime técnica com o punho para dar efeito a bola que ao quicar muda a direção drasticamente e engana o goleiro. Figura 20: Arremesso rosqueta Fonte: Que esporte é esse. Folha de São Paulo. Disponível em: http://arte.folha.uol.com.br/esporte/2016/que-esporte-e-esse/handebol.html. Acessado em 11 de junho de 2019. DRIBLE É o ato de quicar a bola ao chão uma ou mais vezes, sem perder o controle dela. Uma das maneiras de progredir na quadra com a posse de bola, ou apenas manter a posse de bola sem a necessidade de progressão (figura 21). Figura 21: Drible Fonte: How to play. Disponível em:https://www.tutorialspoint.com/handball/handball_how_to_play.htm. Acessado em 11 de junho de 2019. RITMO TRIFÁSICO DISCIPLINA HANDEBOL 50 Também é conhecido por “três passadas”, ou seja, são os três passos que o jogador pode realizar tendo a posso de bola. Cabe a ele desenvolver a habilidade de identificar o ritmo trifásico durante a partida. DUPLO RITMO TRIFÁSICO Também conhecido como “dupla passada”, ou seja, é constituído de sete passos pelo jogador, independente da perna escolhidapara realizar a passada. Primeiramente ele realizará o ritmo trifásico assim que recepcionar a bola e simultaneamente ao quarto passo ele realizará um quique da bola no chão para realizar novamente o ritmo trifásico e assim, obrigatoriamente, deve passar ou arremessar a bola (Almeida e Dechechi,2012). Relacionados às técnicas de defesa vou descrever algumas de maneira simples e clara. POSIÇÃO BÁSICA DEFENSIVA É a posição anatômica que favorece qualquer deslocamento pelo defensor para realizar a marcação. Normalmente os pés estão afastados apenas com o ante pé no solo, o tronco voltado para frente, com os ombros abduzidos, a palma das mãos voltadas para frente e os cotovelos ligeiramente flexionados (figura 22). Figura 22: Posição básica defensiva Fonte:Jornal Gazeta Esportiva. Disponível em: https://www.gazetaesportiva.com/mais-esportes/brasil-estreia-com- DISCIPLINA HANDEBOL 51 derrota-para-a-franca-no-mundial-de-handebol/. Acessado em 11 de junho de 2019 DESLOCAMENTO BÁSICO DEFENSIVO É o ato em que o defensor se desloca em direção ao seu atacante com ou sem a posse de bola, ou desloca para o espaço aberto proporcionado por outro defensor a fim de não deixar que ocorra penetração do atacante (figura 23). Figura 23: Deslocamento básico defensivo Fonte:Handebol. Disponível em: https://escolaeducacao.com.br/handebol/. Acessado em 12 de junho de 2019. BLOQUEIO DEFENSIVO Tem o objetivo de interceptar a bola arremessada ao gol e é considerado um dos últimos recursos do defensor de linha (figura 24) Figura 24: Bloqueio Fonte: Gaúcha blogs. Disponível em: http://wp.clicrbs.com.br/brasilolimpico/2017/01/11/franca-nao-da- DISCIPLINA HANDEBOL 52 chances-e-atropela-o-brasil-na-estreia-do-mundial-de-handebol- masculino/?topo=52,1,1,,171,e171. Acessado em 12 de junho de 2019. MARCAÇÃO POR IMPEDIMENTO O defensor impede o arremesso do atacante segurando com uma mão no quadril e a outra no braço, porém esse contato físico deve respeitar a regra que determina faltas e condutas antidesportivas (figura 25). Figura 25: Marcação por impedimento Fonte: Handebol. Disponível em: http://cliqueabc.com.br/espanha-barra- terceira-vitoria-do-handebol-feminino-do-brasil/. Acessado em 12 de junho de 2019. TÉCNICAS DE GOLEIRO O goleiro tem milésimos de segundos para tomar a decisão de qual técnica adotar para determinada situação. Abaixo estão descritas essas técnicas. Defesa alta A defesa pode ser efetuada com uma ou duas mãos, com ou sem saltos de impulsão. Normalmente essa defesa é escolhida quando o atacante arremessa por cima da linha dos ombros do goleiro (figura 26) DISCIPLINA HANDEBOL 53 Figura 26: Defesa alta Fonte: Matéria Globo esporte. Disponível em: globoesporte.globo.com. acessado em 12 de julho de 2019. Defesa em meia altura Tipo de defesa para bolas arremessadas entre a linha do joelho e a do ombro do goleiro. A defesa pode ser realizada com o quadril, pernas ou mãos (figura 27). Figura 27: Defesa meia altura Fonte:Handebol. Disponível em: http://blog.dvdsports.net/2014/06/a- atitude-de-pre-defesa-do-goleiro-de.html. Acessado em 13 de junho de 2019. Defesa baixa Defesa feita para bolas arremessadas abaixo da linha do joelho. Pode ser feita com os pés e as mãos alternados ou simultaneamente (figura 28) DISCIPLINA HANDEBOL 54 Figura 28: defesa baixa Fonte: Matéria Uol. Disponível em: https://esporte.uol.com.br/handebol/ultimas-noticias/2014/03/25/sabe- como-vive-uma-atleta-bissexual-na-russia-da-lei-anti-gay-sem- problema.htm. Acessado em 13 de junho de 2019. Defesa em X Bolas arremessadas por pivôs ou por atacantes em contra-ataques, os goleiros optam por esse tipo de defesa a fim de reduzir os espaço nos arremessos. O goleiro realiza um salto abduzindo os ombros e pelve, alinhando simultamenamente, os braços à linha do ombro e as pernas à do quadril (figura 29). Figura 29: Defesa em X Fonte: Melhores goleiros do mundo. Disponível em: youtube.com. Acessado em 13 de junho de 2019. Sugestão de vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=i7smNHdmaR0 DISCIPLINA HANDEBOL 55 FUNDAMENTOS TÁTICOS O objetivo do jogo de Handebol é marcar mais gols do que o adversário e para isso a equipe detentora da posse de bola deve atacar a fim de atingir esse objetivo enquanto os adversários devem defender. Porém existem dois momentos durante a partida, o momento de transição da defesa para o ataque denominado contra-ataque e o outro após a perda da posse de bola chamado de retorno defensivo. Essa alternância de ataque e defesa que ocorre ao longo de todo o jogo, as relações entre as equipes, as ações individuais e coletivas definem o comportamento tático do jogo de handebol. Os jogadores utilizam de sistemas técnico-táticos para obter uma chance clara de arremesso para alcançar o objetivo, fazer gol. Deste modo, transportam a bola, jogando em equipe, criando situações em que fiquem em superioridade numérica em relação ao adversário a fim de ganhar espaços e ter efetividade no arremesso. Sendo assim, mostrarei as táticas de ataque e defesa nos próximos tópicos. TÁTICAS DE ATAQUE Os espaços que os jogadores ocupam durante a ação ofensiva são divididos de acordo com as linhas e zonas da quadra. As linhas de ataque referem-se à divisão da quadra pela profundida referenciando pela área de 9 metros e pode ser dividida em primeira e segunda linha ofensiva (figura 1). DISCIPLINA HANDEBOL 56 Figura 1: Linhas ofensivas Legenda: primeira linha ofensiva; segunda linha ofensiva. Na primeira linha ofensiva, espaço entre a linha central e a linha do tiro de 9 metros, posicionam-se os jogadores de armação (meia direita e esquerda e central-armador). Já na segunda linha ofensiva, entre a linha da área de tiro livre a área do goleiro, posicionam-se os jogadores de finalização (ponta direita e esquerda e pivô). A figura 2 ilustra o posicionamento dos jogadores nas linhas ofensivas. Figura 2: Pocionamento dos jogadores na ação ofensiva Leganda: central-armador; meia esquerda; meia direita; pivô; ponta direita e ponta esquerda. Cada posição do jogador possui uma função específica de ataque que compoem o sistema tático da equipe. DISCIPLINA HANDEBOL 57 Os meias direita e esquerda possuem a função de organizar o jogo de ataque e são os principais arremessadores de longa distância (mais de 9 metros de distância do gol). Normalmente o meia destro assumirá a posição da esquerda e vice e versa para aumentar o ângulo do arremesso e facilitar a angulação da corrida para maior proteção da bola e do braço. O central-armador possue a função de organizar o jogo e criar situações de arremesso para todos os jogadores da equipe e para si próprio. Normalmente é o jogador mais experiente dotado de maiores recursos técnicos-táticos da equipe. Os pontas direita e esquerda procuram, por meio e movimentações, estar livres para receber a bola dos companheiros de esquipe para arremessar ao gol. Eles podem ocupar a primeira linha ofensiva para dar apoio ao meias e central e realizar cruzamentos. O pivô tem a função de dar apoio aos meias e é muito utilizado para finalização das jogadas ofensivas por meio de chamar atenção da defesa para facilitar a ação dos meias e central, principlamente para os arremessos. O ataque é inciado no momento em que a equipe recupera a posse de bola, momento este que ocorre quando a equipe marca um gol ou quando o adversário comete algum erro técnico ou infração. Essas ações podem ocorrer através de meios técnicos-táticos individuais (trajetória, mudança de trajetória, fintas e desmarques) ou por meios técnicos-táticos coletivos (bloqueio, cortina, fixações, cruzamento, pantalha, permutas, engajamento, passa e vai e ponte aérea).Meios técnicos-táticos individuais ofensivos Trajetória: caracterizados por deslocamentos para frente sem posse de bola e podem ser realizados em linha reta, curva ou diagonal. O objetivo principal é atrair a atenção do adversário a fim de segurá-lo na marcação para abrir espaço na defesa e assim, possibilitar um bom arremesso aumentanto, portanto, as chances de gol. Mudança de direção da trajetória: caracterizados por deslocamentos em duas trajetórias distintas ou em trajetórias com sentidos opostos. Por exemplo: trajetória reta + trajetória curva ou DISCIPLINA HANDEBOL 58 trajetória curva para a direita + trajetória curva para a esquerda. O objetivo é o mesmo da trajetória. Fintas: são ações com a posse de bola com mudança de direção, caraterizado por uma quebra de ritmo de deslocamento. O movimento subsequente à mudança de direção deve ser feito mais rápido do que a anterior objetivando desmarcar do adversário e realizar a penetração na defesa. Desmarque: é a ação mais simples do sistema tático individual do handebol e consiste em o jogador (sem a posse de bola) se desvencilhar da marcação do adversário. Meios técnicos-táticos coletivos ofensivos Bloqueio: objetiva dificultar a marcação de um jogador da defesa e impedir seu deslocamento. É realizado sem a posse de bola em diferentes situações e diferentes. Por exemplo, pode ser realizado nas costas do adversário com o objetivo de atrasar a volta dele para a defesa, na lateral do defensor com o intuito de impedir que ele atrapalhe o atacante detentor da posse de bola, nas diagonais com objetivo das duas anteriores ou frontal para evitar que o marcador flutue e o atacante detentor da posse de bola arremesse de distâncias mais curtas. Cortina: nesta ação o atacante sem a posse de bola faz um deslocamento em semicírculo entre o marcador direto dele e o atacante com a bola. Se não houver arremesso, o mesmo jogador que está fazendo a cortina pode continuar até a lateral oposta da quadra para fazer a mesma ação para outro atacante. Fixações: são deslocamentos que objetivam atrair os defensores. Em suma, ocorre a aproximação aos 6 metros indo de encontro ao DISCIPLINA HANDEBOL 59 adversário com objetivo de mantê-lo na posição, ou atrair a atenção para que acompanhe a trajetória do atacante e abandone a sua posição inicial. Existem três tipos: fixação par (atração do marcador direto)(A); fixação ímpar ( atração do marcador ímpar)(B) e fixação par- ímpar (atração dos marcadores par-ímpar: intervalo) (C). Figura 3: em A: fixação par; em B: fixação-ímpar, em C: fixação par- ímpar(intervalo) Fonte: Reis, Greco, Pombo,2018. Cruzamento: normalmente ocorre após uma fixação em par ou par- ímpar e occore quando o jogador que realiza a fixação faz um passe por trás. Em suma, ocorre uma permuta (troca de postos específicos), porém com a posse de bola de quem cruxou por trás do companheiro de equipe que iniciou o cruzamento. Pantalha: realizada por dois ou mais jogadores posicionados lado a lado com o único objetivo de impedir a flutuação dos defensores. Normalmente utilizado para realizar o tiro de 9 metros. Permuta: ocorre sem a posse de bola e pode ser entre os jogadores da mesma ou entre as linha ofensivas. Passa e vai: popularmente no futebol chamado de tabelinha. Normalmente é o armador que realiza um passe para outro jogador da equipe, desloca-se na direção da defesa do adversário e recebe novamente a bola para realizar o arremesso. DISCIPLINA HANDEBOL 60 Engajamento: são penetrações sucessivas dos atacantes em posse da bola com o intuito de abrir espaços na defesa para gerar uma boa oportunidade de arremesso a gol. Ponte aérea: consiste no recebimento da bola durante a fase do voo do salto dentro da área do goleiro e o arremesso acontece antes do contato com o solo (área do goleiro). Meios técnicos-táticos individuais defensivos Deslocamentos: são realizados em blocos pelo sistema defensivo acompanhando a bola com intuito de cobrir o jogador de equipe ocuoante do posto específico mais próximo. Existem alguns tipos de deslocamentos como o frontal que são realizados na direção do atacante que avança da linha dos 9 metros para a de 6 metros; delocamentos para trás em diagonal são realizados para o mesmo lado que a bola estiver sendo conduzida e tem o objetivo de cobrir o espaço do companheiro de equipe lateral; deslocamentos em diagonal para frente são realizados quando há uma movimentação ofensiva intensa e há necessidade de aproximar rapidamente do adversário que recebeu a bola; deslocamento para trás ocorre para repocionar ao posto espefícico após a flutuação do defensor. Marcação: é ação do contato direto ou indireto com o adversário e pode ocorrer de duas maneiras: 1) tocando o adversário no quadril e outra em doreção à bola. 2) tocando o adversário com uma mão no ombro mantendo os braços semiflexionados e a outra em direção à bola. Bloqueio de arremessos: esse movimento se assemelha ao bloqueio do voleibol e tem como objetivo evitar que a bola chegue ao gol após o arremesso do atacante. Tirar a bola no drible: é uma ação precisa para recuperar a posse de bola durante o drible do adversário. Se o drible for com quique, o defensor pode dar o bote para obter vantagem na ação. Este recurso permite a recuperação da posse de bola e evita o arremesso ao gol. DISCIPLINA HANDEBOL 61 Flutuação: é a ação de movimentar-se para frente rapidamente em direção ao adversário direto com o objetivo de marcá-lo atrapalhar a jogada. Meios técnicos-táticos coletivos defensivos Individual: aproximação rápida do jogador defensor no atacante a fim de atrapalhar a continuidade da jogada. Essa ação pode ser aplicada meia-quadra ou quadra inteira. Zonal: cada jogador é reponsável por um posto específico e possui a função de marcar o atacante direto e indiretos dos postos específicos. Normalmente formam-se blocos de defensores que se movimentam de acordo com a posição da bola. Os sistemas defensivos normalmente realizados são: 6:0; 5:1; 4:2; 3:3; 3:2:1 (aprofundados na unidade 4). Misto: combinação do sistema indiviual com o zonal no qual um ou mais jogadores realizam a marcação individual. Os mais usuais são 5+1; 4+2 e 3+3 (aprofundados na unidade 4). Dentre esses sistemas defensivos existem diversas ações que os jogadores devem fazer realizar para retomar o controle da bola e para que isso ocorra é preciso que haja organização da equipe de acordo com as funções dos postos específicos. Isto é denominado de meios técnicos-táticos coletivos defensivos que podem ser definidos através de oito maneiras: deslizamentos, troca de marcação, cobertura, contra bloqueio,ataque ao ímpar, dissuasão e dobra. Deslizamentos: o jogador independente do sistema defensivo deve acompanhar o atacante direto em todo o deslocamento dificultando a comunicação deste atacante com o detentor da posse de bola. Troca de marcação: quando os atacantes trocam de posição , mas os defensores se mantém nos seus postos específicos. Essa ação é importante para evitar espaços na defesa. Cobertura: ocorre quando o companheiro de equipe fica em desvantagem numérica com relação ao ataque e essa ação visa anular DISCIPLINA HANDEBOL 62 a superioridade numérica evitando uma possóvel infiltração do atacante. Contra-bloqueio: objetiva impedir o bloqueio ofensivo. É uma ação de troca de marcação visando antecipar os bloqueios ofensivos recuperando a marcação. Dissuasão: nesta ação a defesa toma a iniciativa, ou seja, o defensor avança para a linha de passe ofensiva com o objetivo de dissuadir o passe e e não de interceptá-la. Ataque ao ímpar: objetiva surpreender o adversário interrrompendo a cadência do ataque geralmente provocando erros. A moviemntação corresponde na subidado defensor no atacante indireto, o ímpar, gerando surpresa por não estar no campo visual do detentor da posse de bola. Dobra: o objetivo é pressionar em um ponto específico do atacante, fechando os espaços e dificultando as progressões. REGRAS RESUMIDAS Atualmente o handebol é composto por 18 regras e neste tópico abordarei um resumo das principais considerações da modalidade a partir da última atualização feita pela IHF em 2016. Quadra do jogo É um retângulo com 40 metros de comprimento e 20 metros de largura e consiste de duas áreas de gol e uma área de jogo. As balizas devem estar firmemente fixadas ao solo ou nas paredes atrás delas. Elas medem 2 metros de altura e 3 metros de largura em seu interior. Os postes e a barra transversal devem ter uma secção quadrada de 8 cm. Nas três faces que são visíveis da quadra, elas devem ser pintadas com faixas de duas cores contrastantes, que por sua vez, contrastem claramente com o fundo. DISCIPLINA HANDEBOL 63 A bola A bola é feita de couro ou material sintético. Ela deve ser esférica. Sua superfície não pode ser brilhante nem escorregadia. As medidas da bola, ou seja, a circunferência e o peso, a serem usadas pelas diferentes categorias de equipes são as seguintes: 58-60cm e 425-475g (tamanho 3 da IHF) para homens e equipes masculinas jovens (acima de 16 anos); 54-56cm e 325-375g (tamanho 2 da IHF) para mulheres, equipes femininas jovens (acima de 14 anos) e equipes masculinas jovens (entre 12 e 16 anos); 50-52cm e 290-330g (tamanho 1 da IHF) para equipes femininas jovens (entre 8 e 14 anos) e equipes masculinas jovens (entre 8 e 12 anos). A equipe Uma equipe consiste de 14 jogadores. Não mais do que 7 jogadores podem estar presentes na quadra de jogo ao mesmotempo. Os demais jogadores são substitutos.Durante todo o tempo do jogo, a equipe deve ter um dos jogadores na quadra designado como goleiro. Um jogador que está jogando na posição de goleiro pode se tornar um jogador de quadra a qualquer momento. Do mesmo modo, um jogador de quadra pode se tornar um goleiro a qualquer momento. Um jogador que está autorizado a participar pode, a princípio, entrar na quadra através da zona de substituição da sua própria equipe a qualquer momento. Todos os jogadores de quadra de uma equipe devem usar uniformes idênticos. As combinações de cores e desenhos para as duas equipes devem ser claramente distinguíveis uma da outra. Todos os jogadores usados na posição de goleiro numa equipe, devem usar as mesmas cores, cores que os difiram dos jogadores de quadra de ambas as equipes bem como do(s) goleiro(s) da equipe adversária O manejo da bola É permitido: atirar, agarrar, parar, empurrar ou bater a bola, usando mãos (abertas oufechadas), braços, cabeça, tronco, coxas e joelhos; segurar a bola por um máximo de 3 segundos, também quando ela estiver em contato com o solo; dar um máximo de 3 passos com a bola; um passo é considerado dado quando: a. um jogador que está parado com ambos os pés no solo levanta um pé e o apoia de DISCIPLINA HANDEBOL 64 novo, ou move um pé de um lugar para outro; b. um jogador está tocando o solo somente com um pé, agarra a bola e então toca o solo com o outro pé; c. um jogador depois de um salto toca o solo somente com um pé, e então pula sobre o mesmo pé ou toca o solo com o outro pé; d. um jogador depois de um salto toca o solo com ambos os pés simultaneamente, e então levanta um pé e o apóia de novo, ou move um pé de um lugar para outro. Enquanto parado ou correndo: a. quicar a bola uma vez e agarrá-la de novo com uma ou duas mãos; b. quicar a bola repetidamente com uma mão (drible), e então agarrá-la ou pegá-la de novo com uma ou ambas mãos. c. rolar a bola sobre o solo repetidamente com uma mão e então agarrá-la ou pegá-la de novo com uma ou ambas mãos. Tão logo a bola, depois disso, é dominada em uma ou ambas mãos, ela deve ser jogada dentro de 3 segundos ou depois de não mais do que 3 passos. O quique ou drible é considerado iniciado quando o jogador toca a bola com qualquer parte de seu corpo e a lança em direção ao solo. Depois que a bola tocou outro jogador ou a baliza, ao jogador é permitido dar um toque na bola ou quicá-la e agarrá-la de novo Jogo passivo Não é permitido manter a bola em posse da equipe sem fazer uma tentativa reconhecível de ataque ou arremesso à baliza. Similarmente, não é permitido atrasar repetidamente a execução de um tiro de saída, tiro livre, tiro lateral ou tiro de meta de sua própria equipe. Isto é considerado como jogo passivo, que será penalizado com um tiro livre contra a equipe em posse da bola a não ser que a tendência ao passivo cesse. O tiro livre é cobrado do lugar onde a bola estava quando o jogo foi interrompido. Violações É permitido: usar braços e mãos para bloquear ou ganhar posse da bola; usar uma mão aberta para tirar a bola do adversário de qualquer direção; usar o corpo para obstruir um adversário, mesmo quando o adversário não está em posse da bola; fazer contato corporal com um adversário, quando em frente à ele e com os braços flexionados, e manter este contato de modo a controlar e acompanhar o adversário. DISCIPLINA HANDEBOL 65 Não é permitido: arrancar ou bater na bola que está na mão do adversário; bloquear ou empurrar o adversário com braços, mãos ou pernas; deter ou segurar (corpo ou uniforme), empurrar, bater ou pular sobre um adversário; colocar em perigo um adversário (com ou sem a bola). Para violações ou faltas não graves, é concedido tiro livre direto exatamente no local que ocorreu a falta. Se a violação ocorrer entre a linha de 9 e 6 metros, a falta será cobrada fora da linha de 9 metros, porém na mesma direção em que ocorreu. Neste caso durante a cobrança o jogador deve manter um pé em contato com o solo e em seguida passar ou arremessar a bola. O tiro de 7 metros é concedido quando: a. uma clara chance de marcar um gol for impedida ilegalmente em qualquer lugar da quadra, por um jogador ou oficial da equipe adversária; b. houver um apito não autorizado no momento de uma clara chance de marcar um gol; c. uma clara chance de marcar um gol é impedida através da interferência de alguém não participante do jogo, por exemplo um espectador entra na quadra ou para os jogadores com um apito. Durante a execução todos os jogadores devem estar atrás da linha de 9 metros e o cobrador tem 3 segundos para realizar o arremesso. Progressão das punições A advertência pode ser dada por faltas e infrações similares contra um adversário, que não se encaixam na categoria de punições progressivas. Agora, deve ser dada por: faltas que são para ser punidas progressivamente, conduta antidesportiva de um jogador ou oficial de equipe; segurar adversário por muito tempo ou derrubá-lo; faltas contra cabeça, pescoço ou garganta; golpes fortes contra o tronco ou braço de arremesso; tentar fazer o adversário perder o controle do corpo; saltar ou atropelar sobre um adversário em alta velocidade; conduta ilegal. Os árbitros devem indicar a advertência para o jogador faltoso ou oficial de equipe e para o secretário/cronometrista segurando ao alto um cartão amarelo. Uma exclusão (2 minutos) deve ser dada: a. por uma falta de substituição, se um jogador a mais entra na quadra, ou se um jogador ilegalmente interfere no jogo a partir da área de substituição; b. por faltas repetidas do tipo que devem ser DISCIPLINA HANDEBOL 66 punidas progressivamente; c. por conduta antidesportiva repetida de um jogador, dentro ou fora da quadra; d. por conduta antidesportiva cometida por qualquer um dos oficiais de uma equipe, depois que um deles tenha recebido previamente uma advertência; e. por conduta antidesportiva do tipo que é julgado certo como exclusão de 2 minutos em cada ocasião; f. como consequência de uma desqualificaçãode um jogador ou oficial de equipe; g. por conduta antidesportiva de um jogador, antes do jogo ter sido reiniciado, depois que ele recém tenha recebido uma exclusão de 2 minutos. Uma desqualificação deve ser dada: a. por conduta antidesportiva por um dos oficiais de equipe, depois que eles tenham previamente recebido ambos, uma advertência e uma exclusão de 2 minutos; b. por faltas que coloquem em perigo a saúde do adversário; c. por conduta antidesportiva grosseira de um jogador ou oficial de equipe, dentro ou fora da quadra, e no caso especial de significante ou repetida conduta antidesportiva durante um desempate tal como tiros de 7 metros; d. por uma agressão de um jogador antes do jogo ou durante um procedimento de desempate; e. por uma agressão de um oficial de equipe; f. por causa da terceira exclusão para o mesmo jogador; depois de assinalar um time out, os árbitros devem claramente indicar a desqualificação para o jogador faltoso ou oficial de equipe e para o secretário/cronometrista, segurando ao alto um cartão vermelho. Nesta unidade você estudou sobre as principais caraterísticas do handebol como as dimensões da quadra, distinções dos tempos de jogo para cada categoria, características da bola, todos os elementos técnicos-táticos inerentes à modalidade e introdução as principais regras. Com entendimento sobre a dinâmica e os fundamentos básicos do Handebol, você terá embasamento compreender sobre as fases do processo ensino-aprendizagem da modalidade. E é sobre isso que estudará na próxima unidade. DISCIPLINA HANDEBOL 67 Exercícios – Unidade 2 1) Com relação as características do jogo de handebol, assinale a alternativa incorreta a) A bola deve ser de um material não escorregadio e não brilhante com formato esférico b) Independente da categoria, todas as partidas são jogadas em 2 tempos com intervalo de 10 minutos c) A equipe é composta por 12 atletas sendo que 6 são titulares d) A bola oficial da categoria adulta feminina é a H2L e a masculino adulta H3L e) São permitidos alguns equipamentos acessórios, porém devem respeitar as especificações do regulamento 2) Correlacione corretamente as colunas dos fundamentos técnicos com a ação e assinale a alternativa correta ( a ) Ação ofensiva ( ) Recepção ( b ) Ação defensiva ( ) Passe ( ) Técnica de goleiro ( ) Ritmo trifásico ( ) Marcação de impedimento a) a, a, b, b, a b) b, a, a, b, a c) a, b, b, a, a d) b, b, a, a, a e) a, a, b, a, b DISCIPLINA HANDEBOL 68 3) Assinale a alternativa que contenha corretamente as correlações das colunas dos fundamentos técnicos com as características I-Passe em Pronação ( ) Precisão e potência II- Passe por trás do corpo ( ) Veloz e usado nas ações táticas ofensivas III- Passe quicado ( ) Utilizado nas assistências IV- Arremesso rosqueta ( ) Geralmente usado para levar a bola até o pivô e pontas V- Arremesso apoiado ( ) Utilizado para enganar o goleiro a) I, II, III, V, IV b) V, I, II, III, IV c) I, IV, III, V, II d) III, V, II, I, IV e) IV, I, II, III, V 4) Assinale a alternativa correta a) A primeira linha ofensiva localiza entre a linha de tiro livre e a área do goleiro b) A segunda linha ofensiva é composta pelos jogadores armadores c) A primeira linha ofensiva localiza entre a linha do meio da quadra e a linha do tiro de 9 metros d) A segunda linha ofensiva é composta pelos meias (direita e esquerda) e pontas (direita e esquerda) e) A primeira linha ofensiva é composta pelo pivô e central-armador DISCIPLINA HANDEBOL 69 5) Com relação aos meios técnicos-táticos assinale a alternativa que contenha apenas ações ofensivas OU defensivas a) Permuta, cortina, sistema misto, ponte aérea b) Passa e vai, sistema zonal, sistema misto, fixações c) Cortina, ponte aérea, tirar a bola do drible, sistema individual d) Sistema zonal, sistema misto, passa e vai, fixações e) Ponte aérea, cortina, fixações, permuta 6) Correlacione corretamente as colunas e assinale a alternativa correta ( a ) meio técnico-tático individual ( ) Finta ( b ) meio técnico-tático coletivo ( ) Pantalha ( ) Fixações ( ) Flutuação ( ) Bloqueio do arremesso ( ) Cortina a) a, a, b, b, b, a b) a, b, a, b, a, a c) b, a, b, b, a, a d) a, b, b, a, a, b e) a, a, b, a, a, b 7) Assinale V para verdadeiro e F para falso para as sentenças abaixo I- É permitido usar o corpo para obstruir o adversário II- É permitido bloquear com os braços III- Não é permitido controlar e acompanhar (em contato físico) o adversário IV- Não é permitido bater na bola se ela estiver na mão do adversário DISCIPLINA HANDEBOL 70 a) V F F F b) V V V F c) F V F V d) V F F V e) F V V F 8) Sobre exclusão e desqualificação, correlacione corretamente as colunas e assinale a alternativa correta ( a ) exclusão ( ) Conduta antidesportiva ( b ) desqualificação ( ) Jogador a mais em quadra ( ) Faltas repetidas ( ) Faltas que coloquem em risco a integridade do adversário a) V F F V b) F V V V c) F F F F d) V V V F e) V F V F 9) O que é considerado jogo passivo? 10) Quais as possíveis situações para conceder tiro de 7 metros? DISCIPLINA HANDEBOL 71 3 Ensino- Aprendizagem do Handebol Educativo e Recreacional DISCIPLINA HANDEBOL 72 Nesta unidade você aprenderá sobre as principais fases de ensino do handebol e sobre os métodos que podem ser aplicados durante o processo de aprendizagem do aluno. Com isso servirá de base para a elaboração das atividades constituintes do programa de formação do aluno. Objetivos da unidade: Compreender as fases de ensino do handebol Demonstrar os principais método de ensino Planejar atividades que desenvolvam a criatividade tática Plano da unidade: 3.1- Fundamentos pedagógicos para a prática do Handebol 3.2- Fases de ensino do Handebol 3.3- Jogos e atividades complementares Bons estudos! DISCIPLINA HANDEBOL 73 MÉTODOS DE ENSINO Existem alguns procedimentos pedagógicos que levam ao mesmo objetivo: o ensino. Para isso é necessário utilizar de alguns métodos de ensino para alcançar esse objetivo. No âmbito da educação física escolar a cultura corporal é um conteúdo importante abordado nos jogos e no esporte ao longo do processo de aprendizagem, e é por esta razão que é imprescindível a compreensão deste para o planejamento eficiente de todo o ensino do aluno. Há inúmeras correntes pedagógicas para ensino de esportes coletivos, existem o método tradicional e o ativo (Greco e Romero, 2012). MÉTODO TRACIONAL Método global: não há ensino dos fundamentos de forma analítica, é baseado no jogo propriamente dito. Não é recomendado no início do processo ensino-aprendizagem devido ao alto volume de informações inerentes ao jogo de Handebol. Método parcial: é um ensino analítico, ou seja, trabalha-se os gestos e fundamentos técnicos. Ocorre a reprodução dos gestos feitos pelo professor sem necessariamente ter a consciência, de fato, do movimento. Método global-funcional: baseado no método analítico-sintético, pois o jogo é simplificado a partir do ensinamento dos fundamentos técnicos. O ensino ocorre a partir de uma série de jogos com esse propósito. Método misto: é mescla do método parcial com o global-funcional, pois existe o ensinamento do fundamento técnico e para a fixação do DISCIPLINA HANDEBOL 74 movimento ensinado propõem o jogo simplificado que seja condizente com o conteúdo ensinado. MÉTODO ATIVO Método intencional-acidental: metodologia integrada dentro da concepção de um Sistema de Formação e Treinamento Esportivo no Handebol (SFTE-HB),
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