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HANDEBOL

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Prévia do material em texto

DISCIPLINA HANDEBOL 
1 
 
 
 Wellington Salgado de Oliveira 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
HANDEBOL 
Olivia Nogueira Coelho 
Olivia Nogueira 
Coelho 
 
Oli 
HANDEBOL 
Olívia Nogueira Coelho 
1
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DISCIPLINA HANDEBOL 
2 
DIREÇÃO SUPERIOR 
Chanceler Joaquim de Oliveira 
Reitora Marlene Salgado de Oliveira 
Presidente da Mantenedora Wellington Salgado de Oliveira 
Pró-Reitor de Planejamento e Finanças Wellington Salgado de Oliveira 
Pró-Reitor de Organização e Desenvolvimento Jefferson Salgado de Oliveira 
Pró-Reitor Administrativo Wallace Salgado de Oliveira 
Pró-Reitora Acadêmica Jaina dos Santos Mello Ferreira 
Pró-Reitor de Extensão Manuel de Souza Esteves 
 
DEPARTAMENTO DE ENSINO A DISTÂNCIA 
Gerência Nacional do EAD Bruno Mello Ferreira 
Gestor Acadêmico Diogo Pereira da Silva 
 
FICHA TÉCNICA 
Texto: Olivia Nogueira Coelho 
Revisão Ortográfica: Rafael Dias de Carvalho Moraes 
Projeto Gráfico e Editoração: Antonia Machado, Eduardo Bordoni, Fabrício Ramos e Victor Narciso 
Supervisão de Materiais Instrucionais: Antonia Machado 
Ilustração: Eduardo Bordoni e Fabrício Ramos 
Capa: Eduardo Bordoni e Fabrício Ramos 
 
COORDENAÇÃO GERAL: 
Departamento de Ensino a Distância 
Rua Marechal Deodoro 217, Centro, Niterói, RJ, CEP 24020-420 www.universo.edu.br 
 
Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca Universo – Campus Niterói 
 
http://www.universo.edu.br/
DISCIPLINA HANDEBOL 
3 
 
Palavra da Reitora 
 
Acompanhando as necessidades de um mundo cada vez mais complexo, exigente e necessitado de aprendizagem contínua, 
a Universidade Salgado de Oliveira (UNIVERSO) apresenta a UNIVERSOEAD, que reúne os diferentes segmentos do ensino a 
distância na universidade. Nosso programa foi desenvolvido segundo as diretrizes do MEC e baseado em experiências do 
gênero bem-sucedidas mundialmente. 
São inúmeras as vantagens de se estudar a distância e somente por meio dessa modalidade de ensino são sanadas as 
dificuldades de tempo e espaço presentes nos dias de hoje. O aluno tem a possibilidade de administrar seu próprio tempo e 
gerenciar seu estudo de acordo com sua disponibilidade, tornando-se responsável pela própria aprendizagem. 
O ensino a distância complementa os estudos presenciais à medida que permite que alunos e professores, fisicamente 
distanciados, possam estar a todo o momento, ligados por ferramentas de interação presentes na Internet através de nossa 
plataforma. 
Além disso, nosso material didático foi desenvolvido por professores especializados nessa modalidade de ensino, em que a 
clareza e objetividade são fundamentais para a perfeita compreensão dos conteúdos. 
A UNIVERSO tem uma história de sucesso no que diz respeito à educação a distância. Nossa experiência nos remete ao final 
da década de 80, com o bem-sucedido projeto Novo Saber. Hoje, oferece uma estrutura em constante processo de atualização, 
ampliando as possibilidades de acesso a cursos de atualização, graduação ou pós-graduação. 
Reafirmando seu compromisso com a excelência no ensino e compartilhando as novas tendências em educação, a 
UNIVERSO convida seu alunado a conhecer o programa e usufruir das vantagens que o estudar a distância proporciona. 
 
Seja bem-vindo à UNIVERSOEAD! 
Professora Marlene Salgado de Oliveira 
Reitora. 
DISCIPLINA HANDEBOL 
4 
 
DISCIPLINA HANDEBOL 
5 
 
 
Sumário 
 
 
Apresentação da disciplina ....................................................................................................... ...........................7 
Plano da disciplina............................................................................................................................. ....................9 
Unidade 1 – HISTÓRIA DO HANDEBOL ............................................................................... .........................10 
Unidade 2 – O JOGO DE HANDEBOL ................................................................................... .........................30 
Unidade 3 – ENSINO- APRENDIZAGEM DO HANDEBOL EDUCATIVO E RECREACIONAL.....71 
Unidade 4 – CARACTERÍSTICAS DO HANDEBOL DE ALTO HANDEBOL.........................................89 
Unidade 5 – DIFERENTES MANIFESTAÇÕES DO HANDEBOL............................................................105 
Considerações finais .................................................................................................................... ........................138 
Conhecendo o autor............................................................................................................................. ............140 
Referências..........................................................................................................................................................142 
Anexos ...................................................................................................................................................................145 
 
DISCIPLINA HANDEBOL 
6 
DISCIPLINA HANDEBOL 
7 
 
 
Apresentação da Disciplina 
 
 
Olá, Caro Aluno, 
É com imenso prazer que apresento o conteúdo deste livro-texto sobre Handebol e as aplicações práticas no âmbito 
educacional e desportivo. 
O Esporte é um fenômeno sociocultural mais importante da humanidade desde o século XX, pois desenvolve as habilidades, 
capacidades e competências do indivíduo. Tal situação é facilmente confirmada pelo crescente número de praticantes e a 
expansão do espaço no cenário internacional. Na prática, o esporte solicita ao aluno que aplique valores como ética, moral, 
respeito, tomadas de decisões, cooperação, ou seja, é uma ferramenta importante no processo de formação do indivíduo. E para 
os professores, este fenômeno é um gigante potencial pedagógico. 
O Handebol é um dos esportes coletivos mais praticados no Brasil que apresenta diferentes manifestações como handebol 
de areia, de cadeira de rodas, mini handebol, para a terceira idade e de campo, ou seja, uma ferramenta importantíssima na 
inclusão social do indivíduo, pois devido à essa pluralidade de manifestações consegue alcançar diferentes públicos. As 
características do jogo resumem à dinamicidade, alta intensidade, contato físico e é jogado com as mãos, cujo objetivo é marcar 
mais gols do que o adversário em uma baliza (3 X 2 metros) defendida por um goleiro. 
Sendo assim, o objetivo deste livro-texto, composto por cinco unidades, é fornecer embasamento teórico-prático inerentes 
à modalidade de maneira didática e clara a fim de contribuir para a sua formação, futuro profissional de educação física, 
ofertando fundamentos básicos e pedagógicos no processo ensino-aprendizagem em diferentes níveis de rendimento. 
Ao longo do trabalho é apresentado sucintamente a gênese do Handebol e a evolução histórica até à atualidade, as 
características do jogo, bem como os elementos técnicos e táticos, as diferentes manifestações da modalidade e abordagem 
pedagógica do Handebol educacional e recreativo. 
O conhecimento e a leitura são bases para o sucesso e espero que este livro-texto o ajude não somente na construção do 
saber, mas também na formação das próprias reflexões e senso crítico. 
Bons estudo e excelente leitura! 
 
Prof.ª Me. Olívia Nogueira 
 
DISCIPLINA HANDEBOL 
8 
DISCIPLINA HANDEBOL 
9 
 
Plano da Disciplina 
 
 Neste livro-texto o objetivo é compreender e demonstrar os fundamentos básicos e pedagógicos no ensino do 
Handebol no processo ensino-aprendizagem. Desta forma abordaremos ao longo das unidades os seguintes temas 
 Unidade 1: História do Handebol 
 Abordará a origem do Handebol e a evolução histórica desde os primeiros registros até a atualidade, além de descrever 
todo o processo do reconhecimento da modalidade como esporte, bem como a prática decorreu no Brasil. 
 Unidade 2: O Jogo de Handebol 
 Serão apresentadas as características do jogo, os elementostécnicos e táticos do ataque e da defesa e apresentação 
das regras resumidas são apresentados visando a familiarização do leitor à modalidade. 
 Unidade 3: Ensino-aprendizagem do handebol educativo e recreacional 
 Descreverá o processo pedagógico para a prática do Handebol, demonstra as fases do ensino e todo o sistema de 
formação do treinamento esportivo da modalidade. 
 Unidade 4: Características do handebol de Alto Rendimento 
 Será apresentado as características do alto rendimento e o perfil morfológico do atleta de handebol. 
 Unidade 5: Diferentes manifestações do Handebol 
 Descreverá as diferentes maneiras de manifestação do handebol. 
 
 
 
 
 
 
 
DISCIPLINA HANDEBOL 
10 
 
 
 
Digitar o Título da 
Unidade 
 
1 
1 HISTÓRIA DO HANDEBOL 
 
DISCIPLINA HANDEBOL 
 
11 
 
Nesta unidade faremos uma descrição sucinta da gênese do Handebol e a 
evolução histórica até a atualidade. Ainda apresentaremos como o Handebol se 
tornou esporte, bem como o processo desenvolvimento e organização da 
modalidade no Brasil. 
 
Objetivos da unidade: 
 Conhecer a gênese do handebol; 
 Organizar cronologicamente a evolução histórica do handebol, 
 Narrar o desenvolvimento do handebol de quadra 
 Identificar as principais competições nacionais e internacionais. 
 
Plano da unidade: 
1.1- Origem do Handebol 
1.2- Handebol como esporte 
1.3- Handebol de quadra 
1.4- Handebol no Brasil 
1.5- Organização da modalidade 
 
 
Bons estudos! 
DISCIPLINA HANDEBOL 
 
12 
 
ORIGEM DO HANDEBOL 
 
 A história de esportes com bola vem desde a Grécia Antiga (600 a.C.) e 
segundo Homero na Odisséia, era praticado um jogo chamado Urania com as mãos 
e sem balizas, com uma pequena bola, semelhante ao tamanho de uma maça 
(Almeida e Dechechi, 2012). Já em Roma, na época de 130-200 d.C., de acordo com 
o médico Claudio Galenus, o jogo com bola disputado por duas equipes em um 
terreno retangular demarcado e dividido ao meio por uma linha, cujo objetivo era 
enviá-la ao campo do adversário, chamava-se Harpastum e era praticado nas horas 
de lazer por rapazes e moças (Figura 1). Na Idade Média também há relatos de 
jogos com bola, como por exemplo o Esprés Jouaiant à Balle, a là Paume na França 
(1494-1533), citado pelo escritor Rabelais como um jogo similar ao handebol 
(Federação Paulista de Handebol, 2010). Todos esses jogos são considerados 
ancestrais de diversas modalidades, como o handebol, futebol e o rugby, devido à 
similaridade das regras e a organização da partida. 
 
Figura 1: Ilustração de uma partida de Harpastum 
Fonte: Futebol nos tempos Romanos: o Harpastum.https://www.zerozero.pt/text.php?id=5351/ 
acessado em 09 de junho de 2019 
 
 
DISCIPLINA HANDEBOL 
 
13 
Todavia, somente no final do século XIX na Europa e América do Sul que 
surgiram os jogos com maior similaridade com o Handebol moderno. Os primeiros 
registros aconteceram na Dinamarca em 1848, pelo professor Holger Nielsen que 
criou, no Instituto de Ortrup, um jogo chamado Haandbold. As regras foram 
publicas por ele em 1906 e consistia em um jogo composto por sete jogadores de 
cada lado em um campo de 45 X 30 metros cujo objetivo era arremessar a bola com 
as mãos em um arco de 3 X 2 metros (Camargo Netto, 1982). 
Contemporaneamente, na Checoslováquia, jogou-se a Hazena (Figura 2), uma 
espécie de handebol de campo jogado em um campo divido em três partes: zona 
neutra, zona de ataque e zona de defesa, porém com apenas sete jogadores em 
cada equipe. Na América do Sul, o Balón foi criado meados de 1911, no Uruguai, 
pelo professor de Educação Física Antonio Valeta e foi reconhecido pela Federação 
Internacional de Handebol Amador como a origem do jogo Handebol de Campo, 
tendo o professor Antonio Valeta como membro honorário da instituição. 
 
Figura 2: Ilustração do jogo Hazena 
Fonte: História do Handebol. http://travinha.com.br/2011/02/01/handebol-a-historia/acessado 
em 09 de junho de 2019. 
 Na Alemanha, na década de 1890, foram criadas modalidades semelhantes 
ao handebol, como Raftball e Torball, que também objetivavam marcação de gols 
com a mão e não podiam correr com a bola ou segurá-la por mais de três segundos 
(International Handball Federation, 2010). O Torball era praticado por mulheres da 
época nos momentos de lazer e tinham o professor Max Heiser como treinador. 
Com o sucesso da modalidade, algumas mudanças foram feitas, como por exemplo, 
DISCIPLINA HANDEBOL 
 
14 
a mudança do nome para Handball (oriundo do inglês hand= mãos e ball+ bola) e 
a implementação de regras e balizas. 
 
HANDEBOL COMO ESPORTE 
 
 O Handebol de campo foi a primeira modalidade reconhecida oficialmente 
devido a popularização na Alemanha, principalmente entre as mulheres.
 Durante a 1ª Guerra Mundial (1914 a 1918) o desenvolvimento do jogo 
ganhou força devido a criação do Handebol (derivação do Torball) pelo professor 
de ginástica Max Heiser para as mulheres operárias da Fábrica Siemens e em 1917 
elaborou as primeiras regras oficiais do handebol para o gênero feminino. 
 Em 1919, o professor alemão Karl Schelenz (figura 3) publicou na 
Federação Alemã de Ginástica regras alteradas para o gênero masculino. Esta 
modalidade era jogada com 11 jogadores em cada equipe, em um campo com as 
mesmas medidas de futebol. Além disso, como Schelenz lecionava na Universidade 
de Berlim, os alunos estrangeiros adeptos à modalidade disseminaram as regras por 
vários países e em consequência a isso foram iniciadas competições em alguns 
países como Áustria, Suíça e Alemanha (Almeida e Dechechi, 2012). 
 
Figura 3: Karl Schelenz 
Fonte: Handebol, a história. Disponível em: http://travinha.com.br/2011/02/01/handebol-a-
historia/ acessado em 10 de junho de 2019. 
 Diante disso, em 1920, o jogo Handebol foi oficializado pelo diretor da 
Escola de Educação Física da Alemanha, Carl Diem e somente em 1925, foi realizado 
DISCIPLINA HANDEBOL 
 
15 
o primeiro jogo oficial internacional entre Alemanha e Áustria, com a vitória dos 
austríacos por 6 x 3 (Federação Paulista de Handebol, 2010; International Handball 
Federation, 2010). 
 Neste período a modalidade era organizada apenas por associações 
atléticas nacionais e de Educação Física. Devido ao crescimento da Handebol, em 
1926 o Congresso da Federação Atlética Amadora Internacional organizou uma 
comissão para estabelecer as regras internacionais do Handebol de campo e como 
consequência, no mesmo ano, o Comitê Olímpico Internacional (COI) pediu a 
inclusão da modalidade no programa dos Jogos Olímpicos. 
 Em sequência, no ano de 1928, durante os Jogos Olímpicos de Amsterdã 
(Holanda), foi criada a Federação Internacional de Handebol Amador (FIHA) e teve o 
primeiro presidente o americano Avery Brudage que anos mais tarde se tornou o 
presidente do COI. 
Sendo assim, em 1933 o COI anunciou que o Handebol faria a sua estreia 
nos Jogos Olímpicos de Berlim em 1936. Nesta edição participaram seis países e 
teve como desfecho a vitória da Alemanha contra a Áustria por 10 X 6 no Olympia 
Stadium com 100 mil espectadores. 
 Ainda na Alemanha, dois anos após os Jogos Olímpicos, ocorreu o primeiro 
Campeonato Mundial com a participação de oito países com os donos da casa 
vencendo a competição. Porém apenas dez anos mais tarde (1948) foram 
retomados os campeonatos mundiais para os homens e em 1949 para as mulheres 
já sob a organização da International Handball Federation (IHF), fundada em 
Copenhagen logo após o término da 2ª Guerra Mundial em 1946 (Federação 
Paulista de Handebol, 2010). 
 Assim que a IHF foi fundada, a sede se instalou na Suécia sob a presidência 
do sueco Costa Bjork e apenas em 1950 foi transferida para a cidade de Basiléia na 
Suíça, onde se encontra até os dias atuais (Federação Paulista de Handebol, 2010; 
Almeida e Dechechi, 2012). 
DISCIPLINA HANDEBOL 
 
16 
 
Figura 4: Linha do tempo dos principais acontecimentos da históriado Handebol 
Fonte: elaboração da autora. 
 
HANDEBOL DE QUADRA 
 
O Handebol de quadra ou salão (figura 5) originou do Haandbold dinamarquês 
e era praticado apenas nos países escandinavos, pois neste período a modalidade já 
era uma paixão e devido ao rigoroso inverno juntamente com a concorrência pelo 
espaço com o futebol, o handebol de campo passou a ser menos praticado até a 
extinção dos campeonatos mundiais em 1966. Diante disso, o handebol passou a 
ser praticado em ambientes fechados, com 7 jogadores de cada lado (semelhante 
ao Hazena jogado na Checoslováquia) e devido a dinamicidade e velocidade dos 
jogos, ganhou a preferência do público (Federação Paulista de Handebol,2010). 
 
 
DISCIPLINA HANDEBOL 
 
17 
As regras foram unificadas e internacionalizadas em 1934 e somente 
quatro anos mais tarde ocorreu o primeiro Campeonato Mundial, na Alemanha, 
com a participação de apenas quatro países. Porém em 1972 os homens estrearam 
nos Jogos Olímpicos (Munique-Alemanha) e em 1976 foi a vez das mulheres 
ganharem espaço na mesma competição ocorrida em Montreal, Canadá (Federação 
Paulista de Handebol,2010; Almeida e Dechechi, 2012). A partir de então, a 
modalidade sempre esteve presente nos Jogos Olímpicos e, principalmente na 
Europa, atrai grande público nas competições nacionais (figura 6). 
 
Figura 5: Handebol de salão 
Fonte Handebol, a história. Disponível em: http://travinha.com.br/2011/02/01/handebol-a-
historia/ acessado em 10 de junho de 2019. 
 
Sugestão de vídeo: Final da Copa Européia Masculina em 1972 
https://www.youtube.com/watch?v=-e1KaMZ1i94 
 
HANDEBOL NO BRASIL 
 
 O Handebol no Brasil foi trazido na década de 30 por imigrantes europeus, 
principalmente os alemães, na época da colonização do Brasil nas regiões sul e 
sudeste. Inicialmente praticavam o handebol de campo. Em 1945, criou-se a 
DISCIPLINA HANDEBOL 
 
18 
primeira Federação Paulista de Handebol (FPH), presidida por Otto Schemelling e 
até hoje é a mais importante do país (Federação Paulista de Handebol, 2010). 
 Em 1954, a FPH organizou, no Esporte Clube Pinheiro, o primeiro Torneio 
Aberto de Handebol de quadra e foi um grande sucesso, tanto que a Confederação 
Brasileira de Desporto (CBD), organização antecessora ao COB e responsável pelos 
esportes amadores nacionais na época, criou um departamento de Handebol 
visando a coordenação de campeonatos de diferentes categorias e naipes (Almeida 
e Dechechi, 2012). 
No mesmo ano, no Curso Internacional de Santos, o professor francês 
Auguste Listello, apresentou a modalidade e a partir deste momento os professores 
de Educação Física tiveram embasamento didático-pedagógico para organizar e 
montar as aulas e treinos. Este fato foi um marco para o desenvolvimento e 
expansão do Handebol pelo país, pois se até a década de 60 o Handebol era restrito 
ao estado de São Paulo, a partir deste momento, o cenário começou a modificar. 
Como consequência, aumentou o número de adeptos à modalidade, principalmente 
no âmbito escolar e em 1971 o Handebol foi incluído no III Jogos Estudantis 
Brasileiros (JEBS) realizado em Belo Horizonte e nos Jogos Universitários Brasileiro 
(JUB’s) em Fortaleza. Foi desta maneira que a modalidade foi disseminada por todo 
o país (Federação Paulista de Handebol, 2010). 
 Na edição seguinte, em 1973, foi disputado, em Niterói, o primeiro 
Campeonato Brasileiro Juvenil Masculino e Feminino e em 1974 ocorreu para a 
categoria adulta (Federação Paulista de Handebol, 2010). 
 Com o crescimento da modalidade, outros estados passaram a disputar 
campeonatos até que em 1980, foi disputado a 1ª Taça Brasil de Clubes na cidade 
de São Paulo - um ano após a criação da Confederação Brasileira de Handebol 
(CBH). 
Em Campeonatos Mundiais, a estreia das seleções brasileiras feminina e 
masculina foram na segunda divisão em 1987 com a masculina jogado na Itália e a 
feminina na Bulgária (Vieira e Freitas, 2007). 
DISCIPLINA HANDEBOL 
 
19 
Nos Jogos Olímpicos, o Brasil teve a primeira participação em Barcelona 
em 1992 e o resultado foi a 12ª colocação da seleção masculina. Em 1996, nas 
Olimpíadas de Atlanta, o Brasil subiu uma colocação. Porém, nessas duas edições, 
nosso país só participou porque Cuba desistiu da vaga. Somente em 2000, nos 
Jogos Olímpicos de Sydney, que o Brasil debutou na competição devido à conquista 
da vaga com brilhantismo no Pan-Americano de Winnipeg (Canadá) em 1999 
(seleção masculina conquistou a prata e a feminina o ouro) (Almeida e Dechechi, 
2012). 
A melhor classificação em campeonatos mundiais das seleções foram 
quando a feminina se consagrou campeã em 2013 e a masculina em 2019 com a 9ª 
colocação. 
Em Jogos Olímpicos, os melhores resultados foram em Atenas (2004) com 
a seleção masculina na 10ª colocação e a feminina em Londres (2012) com a 6ª 
colocação (Reis, Greco e Pombo,2018). 
Diante da notória evolução e apreço dessa modalidade pelo público, em 
2005 foi televisionado um jogo de handebol pela primeira vez em rede nacional e 
aberta (Rede Globo), porém a emissora exigiu que a partida tivesse apenas 20 
minutos. O patrocinador da modalidade, Petrobrás, juntamente com a CBHb acatou 
a exigência e com isso o esporte deu mais um passo importante para seu 
desenvolvimento e propagação (Reis, Greco e Pombo,2018). 
Na tabela 1 estão os principais títulos de ambas as seleções desde 1987 
até atualidade. 
Tabela 1: Títulos das seleções brasileiras desde 1987 até a atualidade 
COMPETIÇÃO NAIPES TÍTULOS TEMPORADAS 
JOGOS FEMININO 5 1999,2003,2007,2011,2015 
DISCIPLINA HANDEBOL 
 
20 
PANAMERICAN
OS MASCULINO 3 2003,2007,2015 
CAMPEONATO 
PANAMERICAN
O 
FEMININO 10 1997,1999,2000,2003,2005,2007,2011,2013,2015,
2017 
MASCULINO 3 2006,2008,2016 
SULAMERICAN
OS 
FEMININO 3 2010,2014,2018 
MASCULINO 5 1994,2000,2010,2014,2018 
CAMPEONATO 
SULAMERICAN
O 
FEMININO 6 1988,1991,1994,1998,2001,2013 
MASCULINO 11 1985-1988,1990,1994,1996-2001 
CAMPEONATO 
MUNDIAL 
FEMININO 1 2013 
MASCULINO 0 
Fonte: elaboração da autora 
 
ORGANIZAÇÃO DA MODALIDADE 
 
O handebol é modalidade olímpica, logo o Comitê Olímpico Internacional (COI) 
reconhece a IHF como o órgão representante da modalidade no mundo. A sede é 
na Suíça, na cidade de Basileia, e compete a ele organizar a competições, promover 
e divulgar o handebol pelo mundo. 
DISCIPLINA HANDEBOL 
 
21 
A IHF organiza competições internacionais com parcerias com federações de 
todos os continentes (Ásia, África, Europa e Américas) além dos países que sediam 
os eventos. 
Abaixo estão as principais competições, categorias e naipes realizados pela IHF. 
CAMPEONATOS INTERNACIONAIS 
CAMPEONATOS MUNDIAIS JOGOS OLÍMPICOS 
Categorias: adulto, júnior e juvenil Categorias: adulto e juvenil 
Naipes: masculino e feminino Naipes: masculino e feminino 
Periodicidade: 2 anos Periodicidade: 4 anos 
 
CAMPEONATOS PANAMERICANOS* PRÉ-OLÍMPICO 
Categorias: adulto, júnior e juvenil Categorias: adulto 
Naipes: masculino e feminino Naipes: masculino e feminino 
Periodicidade: 2 anos Periodicidade: 4 anos 
*Qualificatório para o campeonato mundial 
CAMPEONATOS SUL-AMERICANO* CAMPEONATO AFRICANO* 
Categorias: adulto Categorias: adulto 
Naipes: masculino e feminino Naipes: masculino e feminino 
DISCIPLINA HANDEBOL 
 
22 
Periodicidade: 2 anos Periodicidade: 2 anos 
*Qualificatório para o pan-americano *Qualificatório para o campeonato mundial 
CAMPEONATO EUROPEU* CAMPEONATO ASIÁTICO * 
Categorias: adulto Categorias: adulto 
Naipes: masculino e feminino Naipes: masculino e feminino 
Periodicidade: 2 anos Periodicidade: 2 anos 
*Qualificatório para o campeonato mundial *Qualificatório para o campeonato mundial 
Fonte: elaboração da autora 
Em janeiro de 2019, foi realizado na Alemanha, o Campeonato Mundial 
masculino com a Dinamarca vencendo a Noruega na final por 31x 22. O Brasil ficou 
como 9°lugar, melhor resultado da história da seleção masculina. Em novembro 
acontecerá em Kumanoto (Japão) a edição feminina da competição (Confederação 
Brasileira de Handebol, 2019) 
Em julho (26) ocorrerá o campeonato Panamericano (classificatório para os 
Jogos Olímpicos de 2020) em Lima no Peru e Brasil chega com favoritismo 
(Confederação Brasileira de Handebol, 2019). 
No Brasil, o órgão que gerencia a modalidade é a Confederação Brasileira 
de Handebol (CBHb), com sede em Aracaju. No calendário da entidade temos 
competições nacionais com periodicidade anual como a Liga Nacional de Clubes do 
Norte, Nordeste e Centro Oeste, Copa brasil, Campeonato Brasileiro da Primeira 
Divisão, Campeonato Brasileiro de Clubes e Campeonato Brasileiro de Seleções. Já 
DISCIPLINA HANDEBOL 
 
23 
no âmbito regional são realizadas Ligas com diferentes categorias (Confederação 
Brasileira de Handebol, 2019). Essas são fundamentais para a adesão institucional, 
ou seja, para a aderência à modalidade em diferentes categorias. Além disso de 
suma importância para o futuro do Handebol do alto rendimento e para aqueles 
que buscam a prática nas horas livres, auxiliando no desenvolvimento e expansão 
da modalidade (Reis, Greco e Pombo,2018). 
Atualmente as federações realizam as competições nas seguintes 
categorias: 
Adulta feminina Acima de 21 anos 
Adulta masculina Acima de 21 anos 
Júnior feminina 19 a 20 anos 
Júnior masculina 19 a 21 anos 
Juvenil 17 e 18 anos 
Cadete 15 e 16 anos 
Infantil 13 e 14 anos 
Mirim 11 e 12 anos 
Mini Até 10 anos 
Fonte: (Reis, Greco e Pombo, 2018) 
DISCIPLINA HANDEBOL 
 
24 
 
CURIOSIDADE: Nos campeonatos regionais há mudança relacionada às categorias 
júnior feminina e masculina (18 a 21 anos). 
 
Nesta unidade você estudou sobre a gênese do handebol e todos os jogos 
precursores da modalidade moderna, o processo de oficialização do handebol, o 
desenvolvimento no Brasil e como ela é organizada atualmente com os principais 
campeonatos e títulos nacionais e internacionais. 
 Compreender a origem e analisar as mudanças do handebol ao longo dos 
anos desde sua criação é essencial para o entendimento do jogo moderno. 
 Por isso, na próxima unidade abordaremos os elementos que 
fundamentam o jogo como tática, técnica, ataque, defesa e as regras básicas 
resumidas. 
DISCIPLINA HANDEBOL 
 
25 
 
Exercícios – Unidade 1 
 
Chegou a hora de compilar as informações! 
1) Marque verdadeiro (V) ou falso (F) para as seguintes afirmações: 
a) Max Heiser foi o criador do Handebol ( ) 
b) Urania era um jogo praticado em Roma em 600 a.C. ( ) 
c) O jogo chamado Haandbold foi precursor do Handebol moderno ( ) 
d) Estreia do Handebol de quadra nos Jogos Olímpicos foi em 1936 em 
Berlim ( ) 
e) Atualmente a entidade máxima reguladora do Handebol é a Federação 
Paulista de Handebol ( ) 
f) No Brasil, o handebol teve início apenas na região sul devido a 
colonização alemã na década de 40 ( ) 
2) Sobre o desenvolvimento do handebol, assinale a alterativa falsa 
a) O handebol de quadra surgiu como opção para a prática da modalidade 
nos invernos rigorosos dos países escandinavos e ganhou a simpatia do 
público devido a dinamicidade e velocidade da partida. 
b) O marco da história do Handebol foi quando Carl Diem, diretor da 
Escola de Educação Física da Alemanha oficializou a modalidade em 1920 e 
a partir de então houve o desenvolvimento 
 
DISCIPLINA HANDEBOL 
 
26 
 
c) Urania, Harpastum, Esprés Jouaiant à Balle, a là Paume, Haandbold, 
Hazena, Balón, Raftball e Torball são precursores de diversas modalidades 
coletivas como o rugby, futebol e handebol. 
d) No Brasil, a modalidade era jogada apenas na região sul até a década de 
60. 
e) Atualmente o Brasil é a maior potência pan-americana, mas somente a 
feminina possui expressão no cenário mundial, com um título no 
Campeonato Mundial em 2013. 
3) Correlacione corretamente a nomenclatura dos jogos com o local que eram 
praticados. 
I- Hazena ( ) Uruguai 
II- Haandbold ( ) Roma 
III- Urania ( ) Grécia 
IV-Torball ( ) Checoslováquia 
V-Raftball ( )França 
VI- Esprés Jouaiant à Balle, a là Paume ( ) Alemanha 
VII-Harpastum ( ) Dinamarca 
VIII- Balón 
4) Em que ano o Handebol foi incluído no programa dos Jogos Olímpicos? 
a)1926 
DISCIPLINA HANDEBOL 
 
27 
b)1933 
c)1920 
d)1928 
e)1936 
5) Qual foi a precursora direta do handebol de quadra? 
 a) Urania 
 b) Hazena 
 c) Haandbold 
 d) Torball 
 e) Balón 
6) Sobre o handebol de quadra, em qual década houve a expansão da 
modalidade? 
 a) Década de 40 
 b) Década de 60 
 c) Década de 70 
 d) Década de 30 
 e) Década de 80 
7) Sobre a história do handebol brasileiro, assinale a alternativa que contém 
informações corretas. 
 a) Handebol era praticado apenas no estado de São Paulo até a década de 
60 
DISCIPLINA HANDEBOL 
 
28 
 b) Handebol chegou no Brasil na década de 30 
 c) Auguste Listello foi o criador do handebol no Brasil 
 d) Atualmente as seleções brasileiras masculina e feminina são as maiores 
potências na América do Sul 
 e) Seleção brasileira feminina possui um título mundial conquistado em 
2013 
8) Qual o órgão máximo regulador do Handebol no mundo 
 a) IHF 
 b) FPH 
 c) CBHb 
 d) COB 
 e) COI 
9) Discorra sobre o principal acontecimento, na história do desenvolvimento do 
Handebol no Brasil, para a promoção do desenvolvimento e disseminação da 
modalidade no país. 
10) Quais foram as principais causas para a extinção do handebol de campo e 
aderência do handebol de quadra? 
 
 
 
 
 
DISCIPLINA HANDEBOL 
 
29 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DISCIPLINA HANDEBOL 
 
30 
2 O JOGO DE HANDEBOL 
 
DISCIPLINA HANDEBOL 
 
31 
 
 Nesta unidade apresentarei as características de uma partida de handebol, 
bem como seus fundamentos técnicos e táticos. Ainda, abordarei de maneira bem 
simples as técnicas sistemas de ataque/defesa e para melhor compreensão do jogo 
mostrarei as regras resumidas. 
 
Objetivos da unidade: 
 Caracterizar a dinâmica da partida de Handebol 
 Transcrever os aspectos básicos táticos e técnicos do Handebol 
 Conhecer, identificar e aplicar as regras básicas do Handebol 
 
Plano da unidade: 
 2.1- Características do Handebol 
 2.2- Fundamentos técnicos 
 2.3- Fundamentos táticos 
 2.4- Regras resumidas 
 
 
 
Bons estudos! 
DISCIPLINA HANDEBOL 
 
32 
 
CARACTERÍSTICAS DO HANDEBOL 
 
 O Handebol é considerado um esporte coletivo que se encaixa em alguns 
elementos comuns as outras modalidades como o terreno de jogo, meta, bola, 
cooperação, oposição e regras (Bayer,1986; Garganta,1998). O terreno de jogo é 
o local onde ocorrem as ações dos jogadores, sejam ações individuais como 
coletivas visando uma meta que deve ser atacada ou defendida pelos jogadores da 
equipe. O objeto principal da partida é a bola que é manuseada com as mãos e há 
cooperação de todos para alcançar as ações do jogo ocorrem interações entre os 
jogadores, de maneira que toda a equipe aja em prol ao mesmo objetivo, opor-se a 
outra e finalizar a partida com vantagem no placar (Moreno,1994; Almeida e 
Dechechi,2012). 
 As fases do jogo são determinadas pela posse de bola e estão 
absolutamente interligadas, ou seja, quando a posse de bola muda 
impreterivelmente muda a função da equipe, passando do ataque para a defesa e 
vice e versa. 
 Durante a partida de Handebol, as funções dos jogadores seguem os 
princípios do jogo, exemplificando, durante a fase ofensiva, o objetivo é manter a 
posse de bola, avançar sobre a outra equipe e marcar o gol. Já na defensiva o 
objetivo é recuperar a posse de bola, evitar que o adversário avance sobre eles e 
marque o gol. Além disso, a partida segue às regras (subunidade 2.4) específicas 
que esclarece quais ações são e não permitidas pelos jogadores. Todas as ações 
ocorrem em um contexto com muita variabilidadede situações, imprevisibilidade e 
aleatoriedade, o que faz com que as equipes precisem manter a leitura do jogo para 
determinar as estratégias a tomar a fim de alcançar o objetivo, vencer. Tudo isso 
exige respostas rápidas e complexas dos jogadores, necessitando, portanto, que 
durante o processo ensino-aprendizagem trabalhe sob as situações reais do jogo 
para que no final, as respostas sejam de maneira intuitiva e velozes. 
DISCIPLINA HANDEBOL 
 
33 
 Os jogos de handebol de quadra acontecem em uma quadra de 40X20 
metros, com piso normalmente constituído de cimento ou madeira revestidos com 
borracha (Figura 1). 
 
Figura1: Dimensões da quadra de Handebol 
Fonte: International Handball Federation,2016 
 
 Existem duas áreas com 6 metros em relação a uma das balizas que é 
permitida apenas a permanência do goleiro. Os demais jogadores só podem entrar 
nessa área em algumas condições como: durante a fase de voo no arremesso ou 
retirar a bola na fase aérea, qualquer situação diferente dessa será considerada 
infração. 
 Como pode observar na figura 1, há uma linha tracejada exatamente a 9 
metros de uma das balizas, área de referência de cobranças dos tiros livres quando 
ocorre faltas regulamentadas de algum jogador ou faltas técnicas da defesa em 
distâncias menores do que 9 metros. 
Entre a linha de 6 metros e de 9, nota-se uma linha tracejada designada 
para a cobrança do tiro dos 7 metros (penalidade máxima do handebol). 
DISCIPLINA HANDEBOL 
 
34 
 As substituições ocorrem em uma zona específica demarcada por uma 
linha lateral distando 4,5 metros a partir do centro da quadra. 
 As balizas possuem 3x2 metros com traves e travessões medindo 8 
centímetros de largura, diferentemente do futebol, cujas traves e travessões são 
arrendadas (figura2). 
 
Figura 2: Dimensões da baliza 
Fonte: International Handball Federation,2016 
 
 O time é composto por 14 atletas, sendo que 7 são reservas (pode variar 
de acordo com o campeonato), 6 jogadores na linha e o goleiro. As posições dos 
jogadores da linha são armador direito, central, armador esquerdo, ponta direita, 
pivô e ponta esquerda (figura 3). 
 
DISCIPLINA HANDEBOL 
 
35 
Figura 3: Posicionamento dos jogadores no sistema ofensivo 
Legenda: A: meia esquerdo; B: central-armador; C: meia direito; D: ponta direita; E: 
pivô; F: ponta esquerda. 
Fonte: Almeida e Dechechi, 2012. Capítulo 6, página 3. 
 O tempo de partida varia de acordo com a categoria, mas para todos são 2 
tempos com o intervalo de 10 minutos. As variações estão descritas na tabela 
abaixo. 
Tabela 1: Descrição do tempo de jogo por período para cada categoria 
CATEGORIA TEMPO DE JOGO EM 
CADA PERÍODO 
(minutos) 
Maiores de 16 anos 30 
12-16 anos 25 
8-12 anos 20 
Fonte: elaboração da autora 
 
 Com relação a bola, também a diferenças no tamanho e peso não somente 
por categorias, mas também por gênero (tabela 2). Ela deve ser esférica, com 
superfícies não brilhantes e escorregadias e o material deve ser de couro ou 
sintético (International Handball Federation,2016) 
Tabela 2: Caracterização da bola de handebol 
BOLA TAMANHO 
(centímetros) 
PESO 
(gramas) 
CATEGORIA 
DISCIPLINA HANDEBOL 
 
36 
H1L 50-52 290-330 Feminino: 8-14 anos 
Masculino:8-12 anos 
H2L 54-56 325-375 Feminino: adulto e 
>14 anos 
Masculino: 12-16 
anos 
H3L 58-60 425-475 Masculino: adulto e 
>16 anos 
Fonte: elaboração da autora 
 
Segundo as regras da International Handball Federation (2016) é permitido 
o uso de alguns implementos visando a proteção dos atletas, como boqueira, 
cotoveleira, coquilhas, joelheiras, tornozeleiras, protetor bucal em ter outros. Porém 
há padronização dos equipamentos, como mostrado nas figuras abaixo. 
 
 Joelheira 
 
 Braçadeira 
 
 Máscara protetora nasal 
DISCIPLINA HANDEBOL 
 
37 
 
FUNDAMENTOS TÉCNICOS 
 
A técnica é a execução motora de uma necessidade encontrada durante 
uma partida. Existe a técnica correta e a eficaz. Os jogadores aperfeiçoam as 
técnicas (sob o parâmetro correto da biomecânica) por meio de treinamentos 
específicos e individuais (Almeida e Dechechi,2012). 
Entre as décadas de 70 e 80, no Brasil, o ensino dos jogos coletivos nas 
aulas de Educação Física tinha uma visão de educação fragmentada e mecanicista, 
pois foi um período em que a literatura se preocupou em publicar manuais e livros 
com atividades pedagógicas nessa vertente e se usava a palavra “fundamento” para 
remeter aos elementos técnicos (Reis,1994). 
Naquela época acreditava-se que os elementos técnicos eram 
imprescindíveis para a aprendizagem do jogo Handebol, pois sem o domínio da 
técnica não progrediria na modalidade. 
Em outras palavras, não se considerava outros quesitos importantes do 
processo ensino-aprendizagem como o desenvolvimento motor, psicologia do 
esporte e vários outros elementos multidisciplinares que compõem esse processo. 
Atualmente, a literatura propõe aprendizagem concomitante com os 
elementos táticos gerais e específicos (Almeida e Dechechi,2012; Graça,1998). 
Diante disso, nos próximos tópicos abordaremos os elementos da técnica 
de ataque (recepção, empunhadura, passe, drible, arremesso, ritmo trifásico e duplo 
ritmo trifásico) e de defesa (posição básica defensiva, deslocamento básico 
defensivo, bloqueio defensivo, marcação por impedimento e técnicas do goleiro. 
DISCIPLINA HANDEBOL 
 
38 
RECEPÇÃO 
 A recepção é uma técnica importante para garantir e recuperar a posse de 
bola e preparação da finalização da jogada. É um elemento técnico específico de 
receber, amortecer e dominar a bola de maneira adequada, mas difere em posições 
e situações do jogo. 
 Tecnicamente, ela deve ser feita com as mãos paralelas, sutilmente 
côncavas, com as palmas das mãos para frente e os dedos apontando para cima. 
Pode ser feita com uma ou duas mãos e parado ou em movimento (figura 1). 
 
Figura 1: Técnica de recepção 
Fonte: Fundamentos e técnicas de handebol. Disponível 
em:https://sites.google.com/site/anaeducopedia6/fundamentos-e-tecnicas-do-
handebol. Acessado em 10 de junho de 2019. 
 Abaixo estão descritos os tipos de recepção classificados pela altura, 
considerando que o jogador esteja parado. 
 Recepção alta 
 Os braços são projetados acima da cabeça, acompanhando a trajetória da 
bola até o contato com as mãos (figura 2) 
DISCIPLINA HANDEBOL 
 
39 
 
Figura 2: Recepção alta 
Fonte: Greco, P.J.;Roméro, J.J.F.Manual do handebol-da iniciação ao alto 
rendimento.1.ed. São Paulo. Phorte.2015. 
 Recepção média 
Apresentar as mãos para o passador na altura do peito, não perder o 
contato visual com a bola, cotovelos sem flexionados, tronco voltado para a bola e 
os pés afastados em posição anteroposterior com a perna oposta ao lado de 
procedência da bola à frente (figura3). 
 
Figura 3: Recepção média 
Fonte: Greco, P.J.;Roméro, J.J.F.Manual do handebol-da iniciação ao alto 
rendimento.1.ed. São Paulo. Phorte.2015. 
 
 Recepção Baixa 
DISCIPLINA HANDEBOL 
 
40 
Os braços à frente do corpo na altura da cintura, cotovelos sem 
flexionados, mãos com a palma da mão voltada para frete, mas com os dedos 
apontados para baixo, tronco inclinado à frente e voltado na direção da bola, 
pernas afastadas, sem flexionadas, em posição anteroposterior com a perna 
oposta da procedência da bola à frente (figura 4). 
Ao receber a bola, deve pressionar os dedos na bola e trazê-la até a altura 
do peito e assumir a posição vertical. 
 
Figura 4: Recepção baixa 
Fonte: Greco, P.J.;Roméro, J.J.F.Manual do handebol-da iniciação ao alto 
rendimento.1.ed. São Paulo. Phorte.2015. 
 Recepção suspensa 
Já em suspensão, a ideia é atingir durante o salto a maior altura possível 
para garantir a posse de bola. Assim, após o contato com a bola, o jogador retoma 
o contato com o solo (uni ou bipodal) e já prepara o corpo para ações 
subsequentes dependendo da situação do jogo.Por isso, é importante que ele 
tenha uma boa empunhadura, ou seja, segure a bola corretamente para ter êxito na 
jogada (figura 5). 
DISCIPLINA HANDEBOL 
 
41 
 
Figura 5: Recepção em suspensão 
Fonte: Greco, P.J.;Roméro, J.J.F.Manual do handebol-da iniciação ao alto 
rendimento.1.ed. São Paulo. Phorte.2015. 
 Recepção no solo 
Nesta técnica o jogador deve fletir os joelhos com as pernas em posição 
anteroposterior e com perna oposta ao lado da procedência da bola, o tronco 
inclinado a frente, braços estendidos, mãos com a palma voltada para bola e dedos 
apontados para bola no movimento de “colher” (figura 6). Ao ter o contato com a 
bola, deve levar a bola em direção ao peito. 
 
Figura 6: Recepção no solo (“colher”) 
Fonte: Greco, P.J.;Roméro, J.J.F.Manual do handebol-da iniciação ao alto 
rendimento.1.ed. São Paulo. Phorte.2015. 
 Recepção em deslocamento 
Durante a recepção em deslocamento, o jogador deve ajustar a velocidade 
da corrida para interceptar a trajetória da bola, antes de tocá-la. No momento do 
contato com a bola, o jogador estará em apoio unipodal e devido a inércia do 
DISCIPLINA HANDEBOL 
 
42 
movimento trocará o apoio a fim de continuar ou interromper o movimento 
(figura7). 
 
Figura 7: Recepção em deslocamento 
Fonte: Fundamentos e técnicas de handebol. Disponível 
em:https://sites.google.com/site/anaeducopedia6/fundamentos-e-
tecnicas-do-handebol. Acessado em 10 de junho de 2019. 
 EMPUNHADURA 
É a maneira de segurar a bola e tecnicamente deve-se manusear com uma 
das mãos, segurando com as falanges distais e as mãos levemente côncavas. Pode 
ser executada com o jogador parado ou em movimento (figura 8). 
 
Figura 8: Empunhadura 
Fonte: Greco, P.J.;Roméro, J.J.F.Manual do handebol-da iniciação ao alto 
rendimento.1.ed. São Paulo. Phorte.2015 
 PASSE 
DISCIPLINA HANDEBOL 
 
43 
 O passe é o modo de levar a bola até o companheiro, de maneira correta, 
da equipe a fim de continuar a jogada. Juntamente com a recepção, o passe é 
considerado elemento essencial na condução de bola entre os jogadores e na 
preparação da finalização (Almeida e Dechechi,2012). 
 Ele pode assumir trajetória reta (passe mais veloz), parabólica (por cima do 
adversário) ou quicada ( por baixo do adversário) e para todos os tipos de passes 
descritos abaixo, os jogadores podem assumir as posições estáticas, em 
deslocamento ou em suspensão. 
 Passe de ombro 
Realizado com a bola acima das linhas dos ombros. O movimento é 
descrito com a bola empunhada, palma da mão para frente, cotovelo acima dos 
ombros e a bola lançada para o companheiro (figura 9). 
 
Figura 9: Passe de ombro 
Fonte: Componentes criticas-Andebol. Disponível em: 
https://vamos_fazer_educacao_fisica.blogs.sapo.pt/1552.html. Acessado em 
10 de junho de 2019. 
 Passe em pronação 
Consiste em realizar o passe com flexão de punho para impulsionar a bola 
na direção do peito do companheiro de equipe. Geralmente esse tipo de passe é 
DISCIPLINA HANDEBOL 
 
44 
utilizado para imprimir maior velocidade nas ações táticas coletivas ofensivas (figura 
10). 
 
Figura 10: Passe em pronação 
Fonte: Fundamentos e técnicas de handebol. Disponível 
em:https://sites.google.com/site/anaeducopedia6/fundamentos-e-
tecnicas-do-handebol. Acessado em 10 de junho de 2019. 
 Passe por trás do corpo 
Geralmente esse passe é utilizado para dar assistência aos companheiros 
(figura 11) 
 
Figura 11: Passe por trás do corpo 
Fonte:Dois exercícios para passes no handebol.Diponível em: 
https://handebol-ef.blogspot.com/2015/09/dois-exercicios-para-passe-no-
handebol.html. Acessado em 10 de junho de 2019. 
 Passe por trás da cabeça 
DISCIPLINA HANDEBOL 
 
45 
Realizado através da extensão de punho lançando a bola por trás da 
cabeça (figura 12) 
 
Figura 12: Passe por trás da cabeça 
Fonte: Conteúdo Handebol 6. Ano. Disponível em: 
http://materdeiapucarana.com.br/novo/wp-
content/uploads/2018/05/6%C2%BA-ANO-HANDEBOL-2%C2%BA-
BIMESTRE-.pdf. Acessado em 10 de junho de 2019. 
 Passe quicado 
Geralmente esse tipo de passe é utilizado para levar a bola até os pontas e 
pivô (figura 13). 
 
Figura 13: Passe quicado 
Fonte:Conteúdo Handebol 6. Ano. Disponível em: 
http://materdeiapucarana.com.br/novo/wp-
content/uploads/2018/05/6%C2%BA-ANO-HANDEBOL-2%C2%BA-
BIMESTRE-.pdf. Acessado em 10 de junho de 2019. 
ARREMESSO 
DISCIPLINA HANDEBOL 
 
46 
 É fundamento utilizado para a finalização ofensiva, ou seja, sempre é em 
direção ao gol. Pode-se caracterizá-lo pela maneira de realizá-los como descritos 
abaixo. 
 Arremesso apoiado 
Os pés no momento do arremesso estão em contato com o solo e devido 
ao corpo estar mais estável, é uma técnica que imprime maior potência e precisão 
(figura 14). 
 
 
Figura 14: Arrmesso apoiado 
Fonte: Tipos de arremessos. Disponível em : 
https://sportsregras.com/tipos-arremesso-handebol/. Acessado em 11 de 
junho de 2019. 
 Arremesso em suspensão 
É caracterizado pelo momento de arremessar a bola ao gol os pés não 
podem estar em contato com o solo (figura 15). 
 
DISCIPLINA HANDEBOL 
 
47 
Figura 15: Arremesso em suspensão 
Fonte:Handebol.Disponível em: 
http://www.dicionarioolimpico.com.br/handebol/cenario/arremesso-1. 
Acessado em 11 de junho de 2019. 
 Arremesso com queda 
Ao arremessar a bola em direção ao gol, o jogador realiza uma queda 
invadindo a área do goleiro. Normalmente esse tipo de arremesso é comumente 
executado pelos pontas e pivôs (figura 16). 
 
Figura 16: Arremesso com queda 
Fonte: Tipos de arremessos. Disponível em : https://sportsregras.com/tipos-
arremesso-handebol/. Acessado em 11 de junho de 2019. 
 Arremesso com rolamento 
Após o arremesso, o jogador realiza um rolamento por cima do ombro. 
Este tipo de arremesso é normalmente executado pelos pontas e pivôs (figura 17). 
 
Figura 17: Arremeso com rolamento 
DISCIPLINA HANDEBOL 
 
48 
Fonte:Tipos de arremessos. Disponível em : https://sportsregras.com/tipos-
arremesso-handebol/. Acessado em 11 de junho de 2019. 
 Arremesso Vaselina 
A bola assume uma trajetória de forma que passe por cima do goleiro, 
encubrindo-o (figura 18). 
 
Figura 18: Arremesso vaselina 
Fonte:Tipos de arremessos. Disponível em : https://sportsregras.com/tipos-
arremesso-handebol/. Acessado em 11 de junho de 2019. 
 Arremesso de quadril 
O jogador arremessa a bola na altura da cintura com um movimento do 
braço semelhante ao chicote. Não é uma técnica muito utilizada porque necessita 
de espaço entre os adversários na defesa (figura 19). 
 
Figura 19: Arremesso de quadril 
Fonte:Tipos de arremessos. Disponível em : https://sportsregras.com/tipos-
arremesso-handebol/. Acessado em 11 de junho de 2019 
 Arremesso rosqueta 
DISCIPLINA HANDEBOL 
 
49 
Arremesso em que o jogador imprime técnica com o punho para dar efeito 
a bola que ao quicar muda a direção drasticamente e engana o goleiro. 
 
Figura 20: Arremesso rosqueta 
Fonte: Que esporte é esse. Folha de São Paulo. Disponível em: 
http://arte.folha.uol.com.br/esporte/2016/que-esporte-e-esse/handebol.html. 
Acessado em 11 de junho de 2019. 
DRIBLE 
 É o ato de quicar a bola ao chão uma ou mais vezes, sem perder o controle 
dela. Uma das maneiras de progredir na quadra com a posse de bola, ou 
apenas manter a posse de bola sem a necessidade de progressão (figura 21). 
 
Figura 21: Drible 
Fonte: How to play. Disponível 
em:https://www.tutorialspoint.com/handball/handball_how_to_play.htm. 
Acessado em 11 de junho de 2019. 
RITMO TRIFÁSICO 
DISCIPLINA HANDEBOL 
 
50 
Também é conhecido por “três passadas”, ou seja, são os três passos que o 
jogador pode realizar tendo a posso de bola. Cabe a ele desenvolver a habilidade 
de identificar o ritmo trifásico durante a partida. 
DUPLO RITMO TRIFÁSICO 
Também conhecido como “dupla passada”, ou seja, é constituído de sete 
passos pelo jogador, independente da perna escolhidapara realizar a passada. 
Primeiramente ele realizará o ritmo trifásico assim que recepcionar a bola e 
simultaneamente ao quarto passo ele realizará um quique da bola no chão para 
realizar novamente o ritmo trifásico e assim, obrigatoriamente, deve passar ou 
arremessar a bola (Almeida e Dechechi,2012). 
Relacionados às técnicas de defesa vou descrever algumas de maneira 
simples e clara. 
POSIÇÃO BÁSICA DEFENSIVA 
É a posição anatômica que favorece qualquer deslocamento pelo defensor 
para realizar a marcação. Normalmente os pés estão afastados apenas com o ante 
pé no solo, o tronco voltado para frente, com os ombros abduzidos, a palma das 
mãos voltadas para frente e os cotovelos ligeiramente flexionados (figura 22). 
 
Figura 22: Posição básica defensiva 
Fonte:Jornal Gazeta Esportiva. Disponível em: 
https://www.gazetaesportiva.com/mais-esportes/brasil-estreia-com-
DISCIPLINA HANDEBOL 
 
51 
derrota-para-a-franca-no-mundial-de-handebol/. Acessado em 11 de 
junho de 2019 
DESLOCAMENTO BÁSICO DEFENSIVO 
 É o ato em que o defensor se desloca em direção ao seu atacante com ou 
sem a posse de bola, ou desloca para o espaço aberto proporcionado por outro 
defensor a fim de não deixar que ocorra penetração do atacante (figura 23). 
 
Figura 23: Deslocamento básico defensivo 
Fonte:Handebol. Disponível em: https://escolaeducacao.com.br/handebol/. 
Acessado em 12 de junho de 2019. 
BLOQUEIO DEFENSIVO 
 Tem o objetivo de interceptar a bola arremessada ao gol e é considerado 
um dos últimos recursos do defensor de linha (figura 24) 
 
Figura 24: Bloqueio 
Fonte: Gaúcha blogs. Disponível em: 
http://wp.clicrbs.com.br/brasilolimpico/2017/01/11/franca-nao-da-
DISCIPLINA HANDEBOL 
 
52 
chances-e-atropela-o-brasil-na-estreia-do-mundial-de-handebol-
masculino/?topo=52,1,1,,171,e171. Acessado em 12 de junho de 2019. 
MARCAÇÃO POR IMPEDIMENTO 
O defensor impede o arremesso do atacante segurando com uma mão no 
quadril e a outra no braço, porém esse contato físico deve respeitar a regra que 
determina faltas e condutas antidesportivas (figura 25). 
 
Figura 25: Marcação por impedimento 
Fonte: Handebol. Disponível em: http://cliqueabc.com.br/espanha-barra-
terceira-vitoria-do-handebol-feminino-do-brasil/. Acessado em 12 de 
junho de 2019. 
TÉCNICAS DE GOLEIRO 
O goleiro tem milésimos de segundos para tomar a decisão de qual técnica 
adotar para determinada situação. Abaixo estão descritas essas técnicas. 
 Defesa alta 
A defesa pode ser efetuada com uma ou duas mãos, com ou sem saltos de 
impulsão. Normalmente essa defesa é escolhida quando o atacante 
arremessa por cima da linha dos ombros do goleiro (figura 26) 
DISCIPLINA HANDEBOL 
 
53 
 
Figura 26: Defesa alta 
Fonte: Matéria Globo esporte. Disponível em: globoesporte.globo.com. 
acessado em 12 de julho de 2019. 
 Defesa em meia altura 
Tipo de defesa para bolas arremessadas entre a linha do joelho e a do 
ombro do goleiro. A defesa pode ser realizada com o quadril, pernas ou 
mãos (figura 27). 
 
Figura 27: Defesa meia altura 
Fonte:Handebol. Disponível em: http://blog.dvdsports.net/2014/06/a-
atitude-de-pre-defesa-do-goleiro-de.html. Acessado em 13 de junho de 
2019. 
 Defesa baixa 
Defesa feita para bolas arremessadas abaixo da linha do joelho. Pode ser 
feita com os pés e as mãos alternados ou simultaneamente (figura 28) 
DISCIPLINA HANDEBOL 
 
54 
 
Figura 28: defesa baixa 
Fonte: Matéria Uol. Disponível em: 
https://esporte.uol.com.br/handebol/ultimas-noticias/2014/03/25/sabe-
como-vive-uma-atleta-bissexual-na-russia-da-lei-anti-gay-sem-
problema.htm. Acessado em 13 de junho de 2019. 
 Defesa em X 
Bolas arremessadas por pivôs ou por atacantes em contra-ataques, os 
goleiros optam por esse tipo de defesa a fim de reduzir os espaço nos 
arremessos. O goleiro realiza um salto abduzindo os ombros e pelve, alinhando 
simultamenamente, os braços à linha do ombro e as pernas à do quadril (figura 
29). 
 
Figura 29: Defesa em X 
Fonte: Melhores goleiros do mundo. Disponível em: youtube.com. 
Acessado em 13 de junho de 2019. 
 
Sugestão de vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=i7smNHdmaR0 
DISCIPLINA HANDEBOL 
 
55 
 
FUNDAMENTOS TÁTICOS 
 
 O objetivo do jogo de Handebol é marcar mais gols do que o adversário e 
para isso a equipe detentora da posse de bola deve atacar a fim de atingir esse 
objetivo enquanto os adversários devem defender. Porém existem dois momentos 
durante a partida, o momento de transição da defesa para o ataque denominado 
contra-ataque e o outro após a perda da posse de bola chamado de retorno 
defensivo. Essa alternância de ataque e defesa que ocorre ao longo de todo o jogo, 
as relações entre as equipes, as ações individuais e coletivas definem o 
comportamento tático do jogo de handebol. 
 Os jogadores utilizam de sistemas técnico-táticos para obter uma chance 
clara de arremesso para alcançar o objetivo, fazer gol. Deste modo, transportam a 
bola, jogando em equipe, criando situações em que fiquem em superioridade 
numérica em relação ao adversário a fim de ganhar espaços e ter efetividade no 
arremesso. 
 Sendo assim, mostrarei as táticas de ataque e defesa nos próximos tópicos. 
 TÁTICAS DE ATAQUE 
 Os espaços que os jogadores ocupam durante a ação ofensiva são 
divididos de acordo com as linhas e zonas da quadra. 
 As linhas de ataque referem-se à divisão da quadra pela profundida 
referenciando pela área de 9 metros e pode ser dividida em primeira e segunda 
linha ofensiva (figura 1). 
DISCIPLINA HANDEBOL 
 
56 
 
Figura 1: Linhas ofensivas 
Legenda: primeira linha ofensiva; segunda linha ofensiva. 
 Na primeira linha ofensiva, espaço entre a linha central e a linha do tiro de 
9 metros, posicionam-se os jogadores de armação (meia direita e esquerda e 
central-armador). 
 Já na segunda linha ofensiva, entre a linha da área de tiro livre a área do 
goleiro, posicionam-se os jogadores de finalização (ponta direita e esquerda e pivô). 
 A figura 2 ilustra o posicionamento dos jogadores nas linhas ofensivas. 
 
Figura 2: Pocionamento dos jogadores na ação ofensiva 
Leganda: central-armador; meia esquerda; meia direita; pivô; 
ponta direita e ponta esquerda. 
Cada posição do jogador possui uma função específica de ataque que 
compoem o sistema tático da equipe. 
DISCIPLINA HANDEBOL 
 
57 
Os meias direita e esquerda possuem a função de organizar o jogo de 
ataque e são os principais arremessadores de longa distância (mais de 9 metros de 
distância do gol). Normalmente o meia destro assumirá a posição da esquerda e 
vice e versa para aumentar o ângulo do arremesso e facilitar a angulação da corrida 
para maior proteção da bola e do braço. 
 O central-armador possue a função de organizar o jogo e criar situações 
de arremesso para todos os jogadores da equipe e para si próprio. Normalmente é 
o jogador mais experiente dotado de maiores recursos técnicos-táticos da equipe. 
 Os pontas direita e esquerda procuram, por meio e movimentações, estar 
livres para receber a bola dos companheiros de esquipe para arremessar ao gol. Eles 
podem ocupar a primeira linha ofensiva para dar apoio ao meias e central e realizar 
cruzamentos. 
 O pivô tem a função de dar apoio aos meias e é muito utilizado para 
finalização das jogadas ofensivas por meio de chamar atenção da defesa para 
facilitar a ação dos meias e central, principlamente para os arremessos. 
 O ataque é inciado no momento em que a equipe recupera a posse de 
bola, momento este que ocorre quando a equipe marca um gol ou quando o 
adversário comete algum erro técnico ou infração. Essas ações podem ocorrer 
através de meios técnicos-táticos individuais (trajetória, mudança de trajetória, 
fintas e desmarques) ou por meios técnicos-táticos coletivos (bloqueio, cortina, 
fixações, cruzamento, pantalha, permutas, engajamento, passa e vai e ponte aérea).Meios técnicos-táticos individuais ofensivos 
 Trajetória: caracterizados por deslocamentos para frente sem 
posse de bola e podem ser realizados em linha reta, curva ou diagonal. 
O objetivo principal é atrair a atenção do adversário a fim de segurá-lo 
na marcação para abrir espaço na defesa e assim, possibilitar um bom 
arremesso aumentanto, portanto, as chances de gol. 
 Mudança de direção da trajetória: caracterizados por 
deslocamentos em duas trajetórias distintas ou em trajetórias com 
sentidos opostos. Por exemplo: trajetória reta + trajetória curva ou 
DISCIPLINA HANDEBOL 
 
58 
trajetória curva para a direita + trajetória curva para a esquerda. O 
objetivo é o mesmo da trajetória. 
 Fintas: são ações com a posse de bola com mudança de direção, 
caraterizado por uma quebra de ritmo de deslocamento. O 
movimento subsequente à mudança de direção deve ser feito mais 
rápido do que a anterior objetivando desmarcar do adversário e 
realizar a penetração na defesa. 
 Desmarque: é a ação mais simples do sistema tático individual do 
handebol e consiste em o jogador (sem a posse de bola) se 
desvencilhar da marcação do adversário. 
Meios técnicos-táticos coletivos ofensivos 
 Bloqueio: objetiva dificultar a marcação de um jogador da defesa 
e impedir seu deslocamento. É realizado sem a posse de bola em 
diferentes situações e diferentes. Por exemplo, pode ser realizado nas 
costas do adversário com o objetivo de atrasar a volta dele para a 
defesa, na lateral do defensor com o intuito de impedir que ele 
atrapalhe o atacante detentor da posse de bola, nas diagonais com 
objetivo das duas anteriores ou frontal para evitar que o marcador 
flutue e o atacante detentor da posse de bola arremesse de distâncias 
mais curtas. 
 Cortina: nesta ação o atacante sem a posse de bola faz um 
deslocamento em semicírculo entre o marcador direto dele e o 
atacante com a bola. Se não houver arremesso, o mesmo jogador que 
está fazendo a cortina pode continuar até a lateral oposta da quadra 
para fazer a mesma ação para outro atacante. 
 Fixações: são deslocamentos que objetivam atrair os defensores. Em 
suma, ocorre a aproximação aos 6 metros indo de encontro ao 
DISCIPLINA HANDEBOL 
 
59 
adversário com objetivo de mantê-lo na posição, ou atrair a atenção 
para que acompanhe a trajetória do atacante e abandone a sua 
posição inicial. Existem três tipos: fixação par (atração do marcador 
direto)(A); fixação ímpar ( atração do marcador ímpar)(B) e fixação par-
ímpar (atração dos marcadores par-ímpar: intervalo) (C). 
 
Figura 3: em A: fixação par; em B: fixação-ímpar, em C: fixação par-
ímpar(intervalo) 
Fonte: Reis, Greco, Pombo,2018. 
 Cruzamento: normalmente ocorre após uma fixação em par ou par-
ímpar e occore quando o jogador que realiza a fixação faz um passe 
por trás. Em suma, ocorre uma permuta (troca de postos específicos), 
porém com a posse de bola de quem cruxou por trás do companheiro 
de equipe que iniciou o cruzamento. 
 Pantalha: realizada por dois ou mais jogadores posicionados lado a 
lado com o único objetivo de impedir a flutuação dos defensores. 
Normalmente utilizado para realizar o tiro de 9 metros. 
 Permuta: ocorre sem a posse de bola e pode ser entre os jogadores 
da mesma ou entre as linha ofensivas. 
 Passa e vai: popularmente no futebol chamado de tabelinha. 
Normalmente é o armador que realiza um passe para outro jogador 
da equipe, desloca-se na direção da defesa do adversário e recebe 
novamente a bola para realizar o arremesso. 
DISCIPLINA HANDEBOL 
 
60 
 Engajamento: são penetrações sucessivas dos atacantes em posse da 
bola com o intuito de abrir espaços na defesa para gerar uma boa 
oportunidade de arremesso a gol. 
 Ponte aérea: consiste no recebimento da bola durante a fase do voo 
do salto dentro da área do goleiro e o arremesso acontece antes do 
contato com o solo (área do goleiro). 
Meios técnicos-táticos individuais defensivos 
 Deslocamentos: são realizados em blocos pelo sistema defensivo 
acompanhando a bola com intuito de cobrir o jogador de equipe 
ocuoante do posto específico mais próximo. Existem alguns tipos de 
deslocamentos como o frontal que são realizados na direção do 
atacante que avança da linha dos 9 metros para a de 6 metros; 
delocamentos para trás em diagonal são realizados para o mesmo 
lado que a bola estiver sendo conduzida e tem o objetivo de cobrir o 
espaço do companheiro de equipe lateral; deslocamentos em diagonal 
para frente são realizados quando há uma movimentação ofensiva 
intensa e há necessidade de aproximar rapidamente do adversário que 
recebeu a bola; deslocamento para trás ocorre para repocionar ao 
posto espefícico após a flutuação do defensor. 
 Marcação: é ação do contato direto ou indireto com o adversário e 
pode ocorrer de duas maneiras: 1) tocando o adversário no quadril e 
outra em doreção à bola. 2) tocando o adversário com uma mão no 
ombro mantendo os braços semiflexionados e a outra em direção à 
bola. 
 Bloqueio de arremessos: esse movimento se assemelha ao bloqueio 
do voleibol e tem como objetivo evitar que a bola chegue ao gol após 
o arremesso do atacante. 
 Tirar a bola no drible: é uma ação precisa para recuperar a posse de 
bola durante o drible do adversário. Se o drible for com quique, o 
defensor pode dar o bote para obter vantagem na ação. Este recurso 
permite a recuperação da posse de bola e evita o arremesso ao gol. 
DISCIPLINA HANDEBOL 
 
61 
 Flutuação: é a ação de movimentar-se para frente rapidamente em 
direção ao adversário direto com o objetivo de marcá-lo atrapalhar a 
jogada. 
Meios técnicos-táticos coletivos defensivos 
 Individual: aproximação rápida do jogador defensor no atacante a fim 
de atrapalhar a continuidade da jogada. Essa ação pode ser aplicada 
meia-quadra ou quadra inteira. 
 Zonal: cada jogador é reponsável por um posto específico e possui a 
função de marcar o atacante direto e indiretos dos postos específicos. 
Normalmente formam-se blocos de defensores que se movimentam 
de acordo com a posição da bola. Os sistemas defensivos 
normalmente realizados são: 6:0; 5:1; 4:2; 3:3; 3:2:1 (aprofundados na 
unidade 4). 
 Misto: combinação do sistema indiviual com o zonal no qual um ou 
mais jogadores realizam a marcação individual. Os mais usuais são 
5+1; 4+2 e 3+3 (aprofundados na unidade 4). 
Dentre esses sistemas defensivos existem diversas ações que os jogadores 
devem fazer realizar para retomar o controle da bola e para que isso ocorra é 
preciso que haja organização da equipe de acordo com as funções dos postos 
específicos. Isto é denominado de meios técnicos-táticos coletivos defensivos que 
podem ser definidos através de oito maneiras: deslizamentos, troca de marcação, 
cobertura, contra bloqueio,ataque ao ímpar, dissuasão e dobra. 
 Deslizamentos: o jogador independente do sistema defensivo deve 
acompanhar o atacante direto em todo o deslocamento dificultando a 
comunicação deste atacante com o detentor da posse de bola. 
 Troca de marcação: quando os atacantes trocam de posição , mas os 
defensores se mantém nos seus postos específicos. Essa ação é 
importante para evitar espaços na defesa. 
 Cobertura: ocorre quando o companheiro de equipe fica em 
desvantagem numérica com relação ao ataque e essa ação visa anular 
DISCIPLINA HANDEBOL 
 
62 
a superioridade numérica evitando uma possóvel infiltração do 
atacante. 
 Contra-bloqueio: objetiva impedir o bloqueio ofensivo. É uma ação 
de troca de marcação visando antecipar os bloqueios ofensivos 
recuperando a marcação. 
 Dissuasão: nesta ação a defesa toma a iniciativa, ou seja, o defensor 
avança para a linha de passe ofensiva com o objetivo de dissuadir o 
passe e e não de interceptá-la. 
 Ataque ao ímpar: objetiva surpreender o adversário interrrompendo a 
cadência do ataque geralmente provocando erros. A moviemntação 
corresponde na subidado defensor no atacante indireto, o ímpar, 
gerando surpresa por não estar no campo visual do detentor da posse 
de bola. 
 Dobra: o objetivo é pressionar em um ponto específico do atacante, 
fechando os espaços e dificultando as progressões. 
 
REGRAS RESUMIDAS 
 
 Atualmente o handebol é composto por 18 regras e neste tópico abordarei 
um resumo das principais considerações da modalidade a partir da última 
atualização feita pela IHF em 2016. 
 Quadra do jogo 
 É um retângulo com 40 metros de comprimento e 20 metros de largura e 
consiste de duas áreas de gol e uma área de jogo. As balizas devem estar 
firmemente fixadas ao solo ou nas paredes atrás delas. Elas medem 2 metros de 
altura e 3 metros de largura em seu interior. Os postes e a barra transversal devem 
ter uma secção quadrada de 8 cm. Nas três faces que são visíveis da quadra, elas 
devem ser pintadas com faixas de duas cores contrastantes, que por sua vez, 
contrastem claramente com o fundo. 
DISCIPLINA HANDEBOL 
 
63 
 A bola 
A bola é feita de couro ou material sintético. Ela deve ser esférica. Sua 
superfície não pode ser brilhante nem escorregadia. As medidas da bola, ou seja, a 
circunferência e o peso, a serem usadas pelas diferentes categorias de equipes são 
as seguintes: 58-60cm e 425-475g (tamanho 3 da IHF) para homens e equipes 
masculinas jovens (acima de 16 anos); 54-56cm e 325-375g (tamanho 2 da IHF) para 
mulheres, equipes femininas jovens (acima de 14 anos) e equipes masculinas jovens 
(entre 12 e 16 anos); 50-52cm e 290-330g (tamanho 1 da IHF) para equipes 
femininas jovens (entre 8 e 14 anos) e equipes masculinas jovens (entre 8 e 12 
anos). 
 A equipe 
Uma equipe consiste de 14 jogadores. Não mais do que 7 jogadores 
podem estar presentes na quadra de jogo ao mesmotempo. Os demais jogadores 
são substitutos.Durante todo o tempo do jogo, a equipe deve ter um dos jogadores 
na quadra designado como goleiro. Um jogador que está jogando na posição de 
goleiro pode se tornar um jogador de quadra a qualquer momento. Do mesmo 
modo, um jogador de quadra pode se tornar um goleiro a qualquer momento. 
 Um jogador que está autorizado a participar pode, a princípio, entrar na 
quadra através da zona de substituição da sua própria equipe a qualquer momento. 
Todos os jogadores de quadra de uma equipe devem usar uniformes 
idênticos. As combinações de cores e desenhos para as duas equipes devem ser 
claramente distinguíveis uma da outra. Todos os jogadores usados na posição de 
goleiro numa equipe, devem usar as mesmas cores, cores que os difiram dos 
jogadores de quadra de ambas as equipes bem como do(s) goleiro(s) da equipe 
adversária 
 O manejo da bola 
É permitido: atirar, agarrar, parar, empurrar ou bater a bola, usando mãos 
(abertas oufechadas), braços, cabeça, tronco, coxas e joelhos; segurar a bola por um 
máximo de 3 segundos, também quando ela estiver em contato com o solo; dar um 
máximo de 3 passos com a bola; um passo é considerado dado quando: a. um 
jogador que está parado com ambos os pés no solo levanta um pé e o apoia de 
DISCIPLINA HANDEBOL 
 
64 
novo, ou move um pé de um lugar para outro; b. um jogador está tocando o solo 
somente com um pé, agarra a bola e então toca o solo com o outro pé; c. um 
jogador depois de um salto toca o solo somente com um pé, e então pula sobre o 
mesmo pé ou toca o solo com o outro pé; d. um jogador depois de um salto toca o 
solo com ambos os pés simultaneamente, e então levanta um pé e o apóia de novo, 
ou move um pé de um lugar para outro. 
Enquanto parado ou correndo: a. quicar a bola uma vez e agarrá-la de 
novo com uma ou duas mãos; b. quicar a bola repetidamente com uma mão 
(drible), e então agarrá-la ou pegá-la de novo com uma ou ambas mãos. c. rolar a 
bola sobre o solo repetidamente com uma mão e então agarrá-la ou pegá-la de 
novo com uma ou ambas mãos. Tão logo a bola, depois disso, é dominada em uma 
ou ambas mãos, ela deve ser jogada dentro de 3 segundos ou depois de não mais 
do que 3 passos. 
O quique ou drible é considerado iniciado quando o jogador toca a bola 
com qualquer parte de seu corpo e a lança em direção ao solo. Depois que a bola 
tocou outro jogador ou a baliza, ao jogador é permitido dar um toque na bola ou 
quicá-la e agarrá-la de novo 
 Jogo passivo 
Não é permitido manter a bola em posse da equipe sem fazer uma 
tentativa reconhecível de ataque ou arremesso à baliza. Similarmente, não é 
permitido atrasar repetidamente a execução de um tiro de saída, tiro livre, tiro 
lateral ou tiro de meta de sua própria equipe. Isto é considerado como jogo passivo, 
que será penalizado com um tiro livre contra a equipe em posse da bola a não ser 
que a tendência ao passivo cesse. O tiro livre é cobrado do lugar onde a bola estava 
quando o jogo foi interrompido. 
 Violações 
É permitido: usar braços e mãos para bloquear ou ganhar posse da bola; 
usar uma mão aberta para tirar a bola do adversário de qualquer direção; usar o 
corpo para obstruir um adversário, mesmo quando o adversário não está em posse 
da bola; fazer contato corporal com um adversário, quando em frente à ele e com 
os braços flexionados, e manter este contato de modo a controlar e acompanhar o 
adversário. 
DISCIPLINA HANDEBOL 
 
65 
 Não é permitido: arrancar ou bater na bola que está na mão do adversário; 
bloquear ou empurrar o adversário com braços, mãos ou pernas; deter ou segurar 
(corpo ou uniforme), empurrar, bater ou pular sobre um adversário; colocar em 
perigo um adversário (com ou sem a bola). 
 Para violações ou faltas não graves, é concedido tiro livre direto 
exatamente no local que ocorreu a falta. Se a violação ocorrer entre a linha de 9 e 6 
metros, a falta será cobrada fora da linha de 9 metros, porém na mesma direção em 
que ocorreu. Neste caso durante a cobrança o jogador deve manter um pé em 
contato com o solo e em seguida passar ou arremessar a bola. 
O tiro de 7 metros é concedido quando: a. uma clara chance de marcar um 
gol for impedida ilegalmente em qualquer lugar da quadra, por um jogador ou 
oficial da equipe adversária; b. houver um apito não autorizado no momento de 
uma clara chance de marcar um gol; c. uma clara chance de marcar um gol é 
impedida através da interferência de alguém não participante do jogo, por exemplo 
um espectador entra na quadra ou para os jogadores com um apito. 
 Durante a execução todos os jogadores devem estar atrás da linha de 9 
metros e o cobrador tem 3 segundos para realizar o arremesso. 
 Progressão das punições 
A advertência pode ser dada por faltas e infrações similares contra um 
adversário, que não se encaixam na categoria de punições progressivas. Agora, deve 
ser dada por: faltas que são para ser punidas progressivamente, conduta 
antidesportiva de um jogador ou oficial de equipe; segurar adversário por muito 
tempo ou derrubá-lo; faltas contra cabeça, pescoço ou garganta; golpes fortes 
contra o tronco ou braço de arremesso; tentar fazer o adversário perder o controle 
do corpo; saltar ou atropelar sobre um adversário em alta velocidade; conduta 
ilegal. 
Os árbitros devem indicar a advertência para o jogador faltoso ou oficial de 
equipe e para o secretário/cronometrista segurando ao alto um cartão amarelo. 
Uma exclusão (2 minutos) deve ser dada: a. por uma falta de substituição, 
se um jogador a mais entra na quadra, ou se um jogador ilegalmente interfere no 
jogo a partir da área de substituição; b. por faltas repetidas do tipo que devem ser 
DISCIPLINA HANDEBOL 
 
66 
punidas progressivamente; c. por conduta antidesportiva repetida de um jogador, 
dentro ou fora da quadra; d. por conduta antidesportiva cometida por qualquer um 
dos oficiais de uma equipe, depois que um deles tenha recebido previamente uma 
advertência; e. por conduta antidesportiva do tipo que é julgado certo como 
exclusão de 2 minutos em cada ocasião; f. como consequência de uma 
desqualificaçãode um jogador ou oficial de equipe; g. por conduta antidesportiva 
de um jogador, antes do jogo ter sido reiniciado, depois que ele recém tenha 
recebido uma exclusão de 2 minutos. 
Uma desqualificação deve ser dada: a. por conduta antidesportiva por um 
dos oficiais de equipe, depois que eles tenham previamente recebido ambos, uma 
advertência e uma exclusão de 2 minutos; b. por faltas que coloquem em perigo a 
saúde do adversário; c. por conduta antidesportiva grosseira de um jogador ou 
oficial de equipe, dentro ou fora da quadra, e no caso especial de significante ou 
repetida conduta antidesportiva durante um desempate tal como tiros de 7 metros; 
d. por uma agressão de um jogador antes do jogo ou durante um procedimento de 
desempate; e. por uma agressão de um oficial de equipe; f. por causa da terceira 
exclusão para o mesmo jogador; depois de assinalar um time out, os árbitros devem 
claramente indicar a desqualificação para o jogador faltoso ou oficial de equipe e 
para o secretário/cronometrista, segurando ao alto um cartão vermelho. 
Nesta unidade você estudou sobre as principais caraterísticas do handebol 
como as dimensões da quadra, distinções dos tempos de jogo para cada categoria, 
características da bola, todos os elementos técnicos-táticos inerentes à modalidade 
e introdução as principais regras. 
Com entendimento sobre a dinâmica e os fundamentos básicos do 
Handebol, você terá embasamento compreender sobre as fases do processo 
ensino-aprendizagem da modalidade. E é sobre isso que estudará na próxima 
unidade. 
DISCIPLINA HANDEBOL 
 
67 
 
Exercícios – Unidade 2 
 
1) Com relação as características do jogo de handebol, assinale a alternativa 
incorreta 
a) A bola deve ser de um material não escorregadio e não brilhante com 
formato esférico 
b) Independente da categoria, todas as partidas são jogadas em 2 
tempos com intervalo de 10 minutos 
c) A equipe é composta por 12 atletas sendo que 6 são titulares 
d) A bola oficial da categoria adulta feminina é a H2L e a masculino 
adulta H3L 
e) São permitidos alguns equipamentos acessórios, porém devem 
respeitar as especificações do regulamento 
2) Correlacione corretamente as colunas dos fundamentos técnicos com a 
ação e assinale a alternativa correta 
( a ) Ação ofensiva ( ) Recepção 
( b ) Ação defensiva ( ) Passe 
 ( ) Técnica de goleiro 
 ( ) Ritmo trifásico 
 ( ) Marcação de impedimento 
a) a, a, b, b, a 
b) b, a, a, b, a 
c) a, b, b, a, a 
d) b, b, a, a, a 
e) a, a, b, a, b 
DISCIPLINA HANDEBOL 
 
68 
3) Assinale a alternativa que contenha corretamente as correlações das 
colunas dos fundamentos técnicos com as características 
I-Passe em Pronação ( ) Precisão e potência 
II- Passe por trás do corpo ( ) Veloz e usado nas ações 
táticas ofensivas 
III- Passe quicado ( ) Utilizado nas assistências 
IV- Arremesso rosqueta ( ) Geralmente usado para 
levar a bola até o pivô e 
pontas 
V- Arremesso apoiado ( ) Utilizado para enganar o 
goleiro 
a) I, II, III, V, IV 
b) V, I, II, III, IV 
c) I, IV, III, V, II 
d) III, V, II, I, IV 
e) IV, I, II, III, V 
4) Assinale a alternativa correta 
a) A primeira linha ofensiva localiza entre a linha de tiro livre e a área do 
goleiro 
b) A segunda linha ofensiva é composta pelos jogadores armadores 
c) A primeira linha ofensiva localiza entre a linha do meio da quadra e a 
linha do tiro de 9 metros 
d) A segunda linha ofensiva é composta pelos meias (direita e esquerda) 
e pontas (direita e esquerda) 
e) A primeira linha ofensiva é composta pelo pivô e central-armador 
DISCIPLINA HANDEBOL 
 
69 
5) Com relação aos meios técnicos-táticos assinale a alternativa que contenha 
apenas ações ofensivas OU defensivas 
a) Permuta, cortina, sistema misto, ponte aérea 
b) Passa e vai, sistema zonal, sistema misto, fixações 
c) Cortina, ponte aérea, tirar a bola do drible, sistema individual 
d) Sistema zonal, sistema misto, passa e vai, fixações 
e) Ponte aérea, cortina, fixações, permuta 
6) Correlacione corretamente as colunas e assinale a alternativa correta 
( a ) meio técnico-tático individual ( ) Finta 
( b ) meio técnico-tático coletivo ( ) Pantalha 
 ( ) Fixações 
 ( ) Flutuação 
 ( ) Bloqueio do arremesso 
 ( ) Cortina 
a) a, a, b, b, b, a 
b) a, b, a, b, a, a 
c) b, a, b, b, a, a 
d) a, b, b, a, a, b 
e) a, a, b, a, a, b 
7) Assinale V para verdadeiro e F para falso para as sentenças abaixo 
I- É permitido usar o corpo para obstruir o adversário 
II- É permitido bloquear com os braços 
III- Não é permitido controlar e acompanhar (em contato físico) o adversário 
IV- Não é permitido bater na bola se ela estiver na mão do adversário 
DISCIPLINA HANDEBOL 
 
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a) V F F F 
b) V V V F 
c) F V F V 
d) V F F V 
e) F V V F 
8) Sobre exclusão e desqualificação, correlacione corretamente as colunas e 
assinale a alternativa correta 
( a ) exclusão ( ) Conduta antidesportiva 
( b ) desqualificação ( ) Jogador a mais em quadra 
 ( ) Faltas repetidas 
 ( ) Faltas que coloquem em 
risco a integridade do adversário 
a) V F F V 
b) F V V V 
c) F F F F 
d) V V V F 
e) V F V F 
9) O que é considerado jogo passivo? 
10) Quais as possíveis situações para conceder tiro de 7 metros? 
 
 
DISCIPLINA HANDEBOL 
 
71 
3 Ensino- Aprendizagem do Handebol Educativo e Recreacional 
DISCIPLINA HANDEBOL 
 
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Nesta unidade você aprenderá sobre as principais fases de ensino do 
handebol e sobre os métodos que podem ser aplicados durante o processo de 
aprendizagem do aluno. Com isso servirá de base para a elaboração das atividades 
constituintes do programa de formação do aluno. 
 
Objetivos da unidade: 
 Compreender as fases de ensino do handebol 
 Demonstrar os principais método de ensino 
 Planejar atividades que desenvolvam a criatividade tática 
 
Plano da unidade: 
3.1- Fundamentos pedagógicos para a prática do Handebol 
3.2- Fases de ensino do Handebol 
3.3- Jogos e atividades complementares 
 
 
 
Bons estudos! 
DISCIPLINA HANDEBOL 
 
73 
 
MÉTODOS DE ENSINO 
 
 
Existem alguns procedimentos pedagógicos que levam ao mesmo objetivo: 
o ensino. Para isso é necessário utilizar de alguns métodos de ensino para alcançar 
esse objetivo. 
No âmbito da educação física escolar a cultura corporal é um conteúdo 
importante abordado nos jogos e no esporte ao longo do processo de 
aprendizagem, e é por esta razão que é imprescindível a compreensão deste para o 
planejamento eficiente de todo o ensino do aluno. 
Há inúmeras correntes pedagógicas para ensino de esportes coletivos, 
existem o método tradicional e o ativo (Greco e Romero, 2012). 
MÉTODO TRACIONAL 
 Método global: não há ensino dos fundamentos de forma analítica, é 
baseado no jogo propriamente dito. Não é recomendado no início do 
processo ensino-aprendizagem devido ao alto volume de informações 
inerentes ao jogo de Handebol. 
 Método parcial: é um ensino analítico, ou seja, trabalha-se os gestos 
e fundamentos técnicos. Ocorre a reprodução dos gestos feitos pelo 
professor sem necessariamente ter a consciência, de fato, do 
movimento. 
 Método global-funcional: baseado no método analítico-sintético, 
pois o jogo é simplificado a partir do ensinamento dos fundamentos 
técnicos. O ensino ocorre a partir de uma série de jogos com esse 
propósito. 
 Método misto: é mescla do método parcial com o global-funcional, 
pois existe o ensinamento do fundamento técnico e para a fixação do 
DISCIPLINA HANDEBOL 
 
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movimento ensinado propõem o jogo simplificado que seja 
condizente com o conteúdo ensinado. 
MÉTODO ATIVO 
 Método intencional-acidental: metodologia integrada dentro da 
concepção de um Sistema de Formação e Treinamento Esportivo no 
Handebol (SFTE-HB),

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