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Mecanismo da Inflamação: Inflamação Crônica x Aguda

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a) O que é? 
A inflamação é uma resposta protetora que envolve as células do hospedeiro, vasos 
sanguíneos, proteínas e outros mediadores, é destinada a eliminar a causa da lesão 
celular, bem como as células tecidos necróticos que resultam da lesão original e iniciar 
o reparo. A inflamação é induzida por mediadores químicos produzidos pelas células 
do hospedeiro em resposta a um estímulo. 
b) Existem 2 tipos de INFLAMAÇÃO: 
A INFLAMAÇÃO AGUDA é de início rápido e de curta duração, com duração de 
poucos minutos a poucos duas e caracteriza-se pela exsudação de líquido de 
proteínas plasmáticas, e acúmulo de leucócitos predominantemenete NEUTRÓFILOS 
(células polimorfonucleadas). 
A INFLAMAÇÃO CRÔNICA pode ser mais insidiosa, é de duração mais longa e é 
caracterizada pelo influxo de linfócitos e macrofágos com proliferação vascular 
(angiogênese) associadas e fibrose (cicatrização). 
ESTÍMULO -> CÉLULAS SENTINELAS (células dendríticas, mastócitos) -> SECRETAM 
MOLÉCULAS (citocinas) -> INÍCIO DO PROCESSO INFLAMATÓRIO 
 
Os 5 sinais da inflamação são: dor, rubor (vermelhidão), calor, edema e perda de 
função. 
A inflamação é normalmente controlada e autolimitada. As células e mediadores são 
ativados apenas em resposta à lesão e, como têm vida curta, são degradados ou 
tornam-se inativos quando o agente agressor é eliminado. Além disso, vários 
mecanismos anti-inflamatórios são ativados. Se o agente nocivo não for rapidamente 
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eliminado, o resultado pode ser a inflamação crônica, que pode ter sérias 
consequências patológicas. 
 
É uma resposta rápida que leva leucócitos e proteínas para os locais da lesão, 
podendo remover os invasores e iniciar o processo de digerir e se livrar dos tecidos 
necróticos. 
a) Possui dois componentes principais: 
 
ALTERAÇÕES VASCULARES – alterações do calibre vascular (vasodilatação) que 
aumenta o fluxo sanguíneo e permite que as proteínas plasmáticas deixem a 
circulação (aumento da permeabilidade vascular); e ativação das células 
endoteliais que resulta no aumento da adesão dos leucócitos e sua migração 
através da parede dos vasos. 
 
EVENTOS CELULARES – o recrutamento e ativação celular que é a emigração dos 
leucócitos da microcirculação e seu acúmulo no foco da lesão, tornando-se aptos 
para eliminar o agente agressor. Os principais leucócitos da inflamação aguda são 
OS NEUTRÓFILOS (leucócitos polimorfonucleados). 
 
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b) Quais são os estímulos que são capazes de estimular a inflamação 
aguda? 
INFECÇÕES – bactérias, vírus, parasitas, fungos... 
TRAUMA – corte ou penetração, agente químicos e físicos como lesão térmica, 
queimaduras, irradiação... 
NECROSE TECIDUAL – lesão química ou física que provoque morte celular 
CORPOS ESTRANHOS – poeira, farpas, suturas... 
REAÇÕES IMUNOLÓGICAS – reações de hipersensibilidade contra substâncias 
ambientais ou contra os próprios tecidos; esses estímulos para as respostas 
inflamatórias não podem ser eliminados ou evitados, assim as reações tendem a serem 
persistentes, frequentemente apresentando características de inflamação crônica. 
 
 
Para que o a resposta imunológica aconteça é preciso que as células do nosso corpo 
reconheça os sinais do mecanismo invasor (não necessáriamente um patógeno) e 
assim produza um resposta. Dessa forma, células como FAGÓCITOS, CÉLULAS 
DENDRÍTICAS entre outras como CÉLULAS EPITELIAIS são responsáveis por essa 
função, essas células expressam receptores que tem como função detectar a presença 
de patogénos infecciosos e substâncias liberadas de células mortas, esses receptores 
são chamados de RECEPTORES-PADRÃO DE RECONHECIMENTO pois eles 
reconhecem os PADRÕES MOLÉCULARES (PAMP’s, DAMP’s) de vários 
microrganismos. 
Os receptores mais importantes são os receptores do tipo Toll (TLRs); reconhecem 
produtos bacterianos e outros patógenos, sendo capazes de detector organismos 
extra e intracelular. Receptores tipo Toll estimulama produção de proteínas de 
membrana e secretadas. E o inflamossomo que é um complexo multiproteico que 
reconhece produtos das células mortas. Ele ativa a enzima caspase 1, que cliva as 
formas percursoras da citocina interleucina 1B (IL-1B) em sua forma ativa. 
A IL-1 É UM IMPORTANTE MEDIADOR NO RECRUTAMENTO DE LEUCÓCITOS NA 
RESPOSTA INFLAMATÓRIA AGUDA, ONDE OS LEUCÓCITOS FAGOCITAM E 
DESTROEM AS CÉLULAS MORTAS. ANTAGONISTAS DA IL-1 PODEM FUNCIONAR 
COMO ANTI-INFLAMATÓRIOS. 
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As principais reações vasculares da inflamação aguda são o aumento do fluxo 
sanguíneo resultante da vasodilatação e o aumento da permeabilidade vascular, 
ambos processos ocorrem para TRAZER CÉLULAS SANGUÍNEAS E PROTEÍNAS PARA 
O LOCAIL DA INFECÇÃO OU LESÃO. 
As alterações do fluxo e calibre vasculares: inicia-se rapidamente após lesão; 
velocidade variável dependendo da natureza e gravidade do estímulo inflamatório 
original. 
De imediato ocorre uma VASOCONSTRIÇÃO (dura apenas segundos), logo após 
ocorre a VASODILATAÇÃO da arteríolas resultando no AUMENTO DO FLUXO 
SANGUÍNEO e abertura os leitos capilares. Esse processo é o causador da DOR e 
VERMELHIDÃO do processo inflamtório agudo. 
A microcirculação se torna mais permeável e o líquido rico em proteínas extravassa 
para os tecidos extracelulares. A perda do líquido faz com que as hemácias fiquem 
mais concentradas aumentando a viscosidade do sangue e diminuindo a velocidade 
da circulação, no processo chamado estase. 
Assim que a estase se desenvolve os leucócitos (principalmente neutrófilos) se 
acumulam ao longo da superfície endotecial vascular, no processo de MARGINAÇÃO. 
A primeira etapa dos leucócitos para a saída dos vasos para o tecído intersticial. 
a) Mecanismos que podem contribuir para o aumento da permeabilidade vascular nas reações 
inflamatórias agudas: 
Contração da célula endotelial - formando lacunas intercelulares nas vênulas pós-
capilares, é a causa mais comum do aumento da permeabilidade vascular; móleculas 
como histamina, bradicinina, leucotrienos se ligam a células edoteliais para produzir 
esse efeito, mas são de curta duração; já para a contração mais prolongada, resultante 
de contrações do citoesqueleto da célula endotelial pode ser induzido por citocinas 
como TFN, IL-1. 
Lesão endotelial – resultando em extravasamento vascular, causando necrose e 
despreeendimento da célula endotelial; geralmente causada por lesões graves. 
Aumento da transcitose – de proteínas através de canais formados pela fusão de 
vesículas intracelulares aumenta a permeabilidade das vênulas. 
Extravasamento de novos vasos sanguíneos – o reparo do tecido novo envolve a 
formação de novos vasos (angiogênese). 
Respostas dos vasos linfáticos: na inflamação, o fluxo da linfa é aumentado e auxilia 
a drenagem do fluido no edema, dos leucócitos e restos celulares do espaço 
extravascular; em inflamações mais severas, os linfáticos podem transporter o agente 
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leviso, contribuindo para sua disseminação, os vasos linfáticos podem inflamar 
secundariamente, bem como os linfonodos de drenagem. 
A principal função da resposta inflamatória é transporter os leucócitos ao local da lesão 
e ativá-los. O processo de ativação dos leucócitos se divide em fases: recrutamento e 
ativação. 
a) RECRUTAMENTO DOS LEUCÓCITOS – (1) marginação e rolagem da 
parede do vaso; (2) aderência firme ao endotélio; (3) transmigração entre as células 
endoteliais e (4) migração para os tecidos intersticiais, em direção ao estímulo 
quimiotático. Sendo a rolagem, aderência e transmigração mediadas por interações 
de moléculas de adesão nas superfícies do endotélio. 
Marginação e Rolamento: O sangue flui do capilares para as vênulas e assim as células 
circulantes são empurradas para parede do vaso, esse processo de acúmulo de 
leucócitos na periferia dos vasos, esse processo se chama marginação. Se as células 
endoteliais são ativadas por citocina e outros mediadores produzidos localmente, elas 
EXPRESSAM MOLÉCULASDE ADESÃO as quais os leucócitos aderem firmemente. 
Assim os leucócitos rolam na superfície endotelial aderindo transitoriamente no 
processo de rolamento. Essa adesão rápida e transitória é ocasionada por moléculas 
da família das SELECTINAS. 
 As selectinas: E-selectina (expressa em células endoteliais); P-selectina 
(expressa em endotélio e plaquetas) e L-selectina (expressa em leucócitos). 
Os mediadores inflamatórios IL-1 e TNF são responsáveis pela maior 
expressão dessas moléculas. 
Adesão: Os leucócitos aderem as superficies endoteliais através da ligação com as 
INTEGRINAS, expressas nas superfície celular do leucócito que interage com seus 
ligantes na célula endotelial. Elas são ativadas para possuir maior afinidade através das 
quimiocinas (quimioatraentes). Quandos os leucócitos aderentes encontram 
quimiocinas, as células são ativadas e as integrinas mudam a sua conformação em um 
estado de alta afinidade, outras citocinas como IL-1 e TNF, ativam as células endoteliais 
para aumentar a expressão de ligantes para integrinas. 
Transmigração: Após a aderêncial na superfície endotelial, os leucócitos migram pela 
parede do vaso espremendo-se através das junções intercelulares, esse movimento é 
chamado de diapedese. Essa movimentação é orientada por quimiocinas produzida 
nos tecidos extravasculares, que estimula a movimentação de leucócitos para seus 
gradientes químicos. Após a passagem os leucócitos secretam colagenase que 
degradam a membrana basal dos vasos, atravessando-a. 
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Quimiotaxia: Após o extravassamento, os leucócitos migram em direção ao local da 
infecção, ao longo de um gradiente químico no processo chamado QUIMIOTAXIA, em 
que substâncias endógenas ou exógenas podem atuar como fatores quimiotáticos, 
como; produtos bacterianos, citocinas (quimiocinas), sistema complemento C5, 
produtos da lipoxygenase vulgo Leucotrieno B4 (LTB4). 
 Na maioria das infecções agudas, os neutrófilos predminam no infiltrado 
inflamatório durante as 6-24H, isso ocorre pois são mais numerosos no 
sangue, respondem mais facilmente as quimiocinas, aderem mais 
firmemente as moléculas de adesão, possuem vida breve. 
 
b) ATIVAÇÃO DOS LEUCÓCITOS – Os leucócitos expressam em suas superficies 
diferentes classes de receptores que percebem a presença de micróbios, células 
mortas e substâncias estranhas que respondem a esses estímulos realizando ativação 
leucocitária que resulta em: fagocitose, destruição intracelular, liberação de 
substâncias microbicidas e produção de mediadores. 
Fagocitose: reconhecimento da partícula através de opsoninas (anticorpos da classee 
IgG) que revestem o alvo de fagocitose. As principais opsoninas são os anticorpos da 
classe da imunoglobuna G, produtos da degradação da proteína C3 do complemento, 
lectinas. 
Destruição e degradação intracelular: a finalização da fagocitose é a destruição e 
degradação das partículas ingeridas. Uma das substâncias microbicidas mais 
importantes são as espécies reativas do oxigênio (ERO), atraves do processo: 
 Aumento do consumo de oxigênio 
 Catablismo do glicogênio 
 Aumento da oxidação da glicos e produção de ERO 
Os microrganismos mortos são degradados pela ação de hidrolases ácidas 
losossômicas. Existem outros componentes dos grânulos que destroem agentes 
infecciosos, como: a proteína bactericida que aumenta a permeabilidade, a 
lizoenzima, proteína básica principal (citotóxica para parasitas), e as defensinas 
(destroí microbios). 
Secreção de substâncias: Os leucócitos também secretam componentes granulares 
que são antimicrobicidas, em que o conteúdo dos grânulos são secretados pelos 
leucícitos para o meio extracelular. 
Armadilhas extracelulares dos neutrófilos: As NETs contêm uma trama de cromatina 
nuclear preenchida com proteínas granulares. As armadilhas fornecem alta 
concentração de substância microbicida nos locais de infeccção e impedem a 
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disseminação dos micróbios prendendo-os nas fibrilas, nesse processo o neutrófilo 
morre. 
 
Os leucócitos secretam substância potecialmente prejudiciais, como ENZIMAS e ERO 
e são causa de LESÃO EM CÉLULAS e TECIDO NORMAIS, em certas circunstâncias. 
Dessa forma quando isso ocorre de forma indevida acarreta em muitas doenças 
humanas agudas e crônicas. 
 Parte de uma reação normal de defesa contra microrganismos. 
 Tentativa normal de remoção de tecidos lesados e mortos. 
 Quando a resposta inflamatória é dirigida contra os tecidos do hospedeiro. 
O reparo tecidual é a intenção da resposta inflamatória. 
 
 
 
Resolução: regeneração e reparo; quando a lesão é limitada ou breve, onde há pouca 
ou nenhma destruição tecidual e quando o tecido é CAPAZ de se regenerar, o 
resultado normal é a restauração da normalidade estrutural funcional. 
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Além disso, é válido ressaltar que, os leucócitos secretam citocinas que iniciam o 
processo de reparo, o qual envolve a angiogênese, proliferação dos fibroblastos. 
A inflamação crônica: pode suceder a inflamação aguda se o agente nocivo não é 
removido, dependendo da extensão da lesão inicial e da sua continuidade, bem como 
da capacidade de regeneração dos tecidos afetados, a inflamação crônica pode ser 
sucedida da estrutura e função normal ou resultar em cicatrização. 
Cicatrização: é um tipo de REPARO que ocorre após a destruição tecidual ou quando 
o tecido afetado não se regeneram e são substituídos por tecido conjuntivo. FIBROSE. 
As inflamações possuem padrões morfológicos. 
a) INFLAMAÇÃO SEROSA - extravassamento de um líquido aquoso, pobre em 
proteína, que se origina do soro sanguíneo, esse líquido é chamado de efusão. A 
bolha cutânea de uma queimadura ou infecção viral. 
b) INFLAMAÇÃO FIBRINOSA – lesões mais graves, que permitem a maior 
permeabilidade que permitem que moléculas grandes como fibrinogênio atravessem 
a barreira endotélial. É um exsudato fibrinoso característico do revestimento das 
cavidades corporais, como meninges, pericárdio e pleura. Esse exsudato ainda pode 
ser degradados por macrófagos (resolução), caso não forma-se um tecido cicatricial 
fibroso que pode atrapalhar o funcionamento das células. 
c) INFLAMAÇÃO SURUPATIVA (purulenta) á a formação de ABSCESSO: ocorre 
quando há grande quantidade de exsudato pirulento. Úlcera é um defeito local da 
superfície de um tecido produzida por necrose das células e desprendimento do 
tecido inflamatório necrótico. 
 
No local da INFLAMAÇÃO, os MACRÓFAGOS, os MASTÓCITOS e as CÉLULAS 
ENDOTELIAIS, assim como os LEUCÓCITOS são capazes de produzir mediadores da 
inflamação. 
a) AMINAS VASOATIVAS – histamina e serotonina armazenada nos 
mastócitos, são os primeiros mediadores da resposta inflamatória aguda. 
 
 Histamina: Produzida por mastócitos, basófilos e plaquetas sanguínea; a 
histamina preformada liberada dos grânuulos dos mastócitos. Ela causa 
DILATAÇÃO das arteríolas e é o principal mediador do AUMENTO DA 
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PERMEABILIDADE VASCULAR, produzindo a CONTRAÇÃO do endotélio 
venular e as lacunas interendoteliais. 
 Serotonina: É um mediador VASOATIVO, encontrado nos grânulos das 
plaquetas e liberado durante a AGREGAÇÃO PLAQUETÁRIA. Ela induz a 
VASOCONSTRIÇÃO durante a COAGULAÇÃO. 
 
b) METABÓLITOS DO ÁCIDO ARAQUIDÔNICO (AA): Prostalglandinas , 
Leucotrienos, e Lipoxinas – Os metabólitos do AA também são chamados de 
EICOSANOISDES, sua síntese é aumentada nos locais da resposta inflamatória, e os 
agentes que inibem sua síntese diminuem também a INFLAMAÇÃO. Leucócitos, 
mastócitos, células endoteliais e plaquetas são as principais fontes de metabólitos do 
AA. Sendo que o metabolismo do AA ocorre por DUAS VIAS enzimáticas: a 
CICLOXIGENASE, estimula a produção de PROSTALGLANDINAS E TROMBOXANOS 
e a LIPOXIGENASE, rreponsável pela produção de LEUCOTRIENOS e LIPOXINAS. 
 Prostalglandinas e Tromboxanos: Ambos são produtos da 
CICLOXIGENASE. As plaquetas produzem o tromboxano que é um potente agente de 
agregação plaquetária e vasoconstritor.Já as células endoteliais produz a 
prostalglandina que está envolvida na patogenia da dor e febre. Eles possuem papéis 
opostos e regulam a homeostasia dos tecidos. 
 Leucotrienos: São produzidos através da lipoxigenase, esta 
predominante nos neutrófilos. É uma potenge agente quimiotático para neutrófilos, 
são produzidos também por mastócitos e causam vasoconstricção, broncoespasmo e 
aumento da permeabilidade vascular. 
 Lipoxinas: Os leucócitos ao entrar nos tecidos começam a produzir 
mediadores anti-inflamatórios chamados de lipoxinas, inibem a quimiotaia e a 
aderência dos neutrófilos ao endotélio, funcionando como antagonistas endógenos 
dos leucotrienos. 
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O papel do eicosanoides nos processos inflamatórios são importantes na clínica visto 
que é preciso saber os agentes que bloqueiam a sua síntese. 
A aspirina e as drogas anti-inflamatórias não hormonais (AINEs), como ibrupofenos, 
INIBEM a atividade da CICLOGENASE e, assim todas inibe as sínteses de 
PROSTALGLANDINAS (por isso é eficaz contra a febre e dor). Já os glicocorticoides, 
que são agentes anti-inflamatórios potentes, atuam INIBINDO a atividade da 
fosfolipase A2, inibindo assim a liberaçãoo de AA dos lipídios da membrana. 
c) FATOR DE ATIVAÇÃO PLAQUETÁRIA: Possui a capacidade de AGREGAR 
PLAQUETAS e causa DESGRANULAÇÃO, o fator de ativação plaquetária (PAF) é 
outro mediador derivado dos fosfolipídeos em efeitos inflamatório. Gerado a partir 
da membrana de neutrófilos, monócitos, basófilos, células endoteliais e plaquetas 
pelas ação da fosfolipase A2. Atua através de um receptor específico aclopado a 
proteína G. Estimula as plaquetas, causa VASOCONTRIÇÃO, BRONCO-
CONSTRIÇÃO, VASODILATAÇÃO e AUMENTO DA PERMEABILIDADE VASCULAR. 
Além disso, estimula a síntese de outros mediadores como os eicosanoides e 
citocinas de plaquetas. O PAF produz a maioria das reações da inflamação, 
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incluindo o aumento da ADERÊNCIA dos leucócitos, a QUIMIOTAXIA, a 
DESGRANULAÇÃO e o SURTO OXIDATIVO. 
d) CITOCINAS: São polipeptídeos produzidos por muitos tipos celulares que atuam 
como mediadores da inflamação e das respostas imunes, algumas citocinas 
estmulam precursores na medula osséa para produzir leucócitos. São chamadas de 
INTERLEUCINAS dedivo a sua capacidade de mediar a comunicação entre 
leucócitos, mas outras citocinas atuam sobre outra células além dos mesmos. As 
principais citocinas na INFLAMAÇÃO AGUDA são o TNF e IL-1, IL-6 bem como as 
QUIMIOCINAS. Algumas da citocinas importantes na INFLAMAÇÃO CRÕNICA 
sçao INTERFERON (IFN-Y) e IL-12. Uma citocina chamada IL-17, produzida por 
linfócitos T e outras células exerce papel importante no recrutamento de neutrófilos 
e está envolvida na defesa contra INFECÇÕES e DOENÇAS INFLAMATÓRIAS. 
 Fator de Necrose Tumoral (TNF) e Interleucina 1: O TNF e IL-1 são produzidos 
por MACRÓFAGOS ATIVADOS, MASTÓCITOS, CÉLULAS ENDOTELIAIS e ouutros 
tipos celulares. Sua seccreção é estimulada por agentes microbianos, complexo de 
endotoxinas bascterianas, imunocomplexos, e produtos de Linfócitos T. O principal 
papel dessas citocinas na inflamação é a ATIVAÇÃO ENDOTELIAL. O TNF e a IL-1 
estimulam a EXPRESSÃO DE MOLÉCULAS DE ADESÃO, resultando no recrutamento, 
aderência de leucócitos e AUMENTO na produção de CITOCINAS adicionais 
(quimiocinas) e EICOSANOIDES. O TNF estimula a TROMBOCIDADE do endotélio, a 
IL-1 ATIVA os FIBROBLASTOS e o aumento da produção de MEC. 
O TNF e a IL-1 são secretados no local da inflamação, mas podem entrar na 
circulação e atuar em locais distantes, induxindo a REAÇÃO DE FASE AGUDA 
SISTÊMICA que é associada a infecção e de doenças inflamatórias. 
 Quimiocinas: Atuam primariamente como QUIMIOATRAENTES para 
diferentes grupos de LINFÓCITOS, tem como duas funções principais o 
RECRUTAMENTO dos leucócitos e na ORGANIZAÇÃO anatômica das células os 
tecidos linfoides. 
 Espécies Reatvas do Oxigênio: As ERO são sintetizadas e liberadas por 
NEUTRÓFILOS e MACRÓFAGOS através de estímulos inflamatórios. Quando 
produzida dentro dos lissosomas as ERO atuam DESTRUINDO os micróbios 
fagocitados e células necróticas. Em BAIXOS níveis, as EROs, podem AUMENTAR a 
EXPRESSÃO de MOLÉCULAS DE ADESÃO, CITOCINAS, QUIMIOCINAS amplificando 
a cascata de mediadores inflamatórios. Em ALTOS niveis, são responsáveis pela 
LESÃO TECIDUAL. 
 Óxido Nítrico: Os MACRÓFAGOS utilizam o NO como metabólito 
CITOTÓXICO para destruir micróbios e células tumorais. Quando produzido pelas 
CÉLULAS ENDOTELIAIS, causa RELAXAMENTO DA MUSCULATURA LISA e 
VASODILATAÇÃO. 
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 Enzimas Lisossômicas dos Leucócitos: Os grânulos dos lisossomas dos 
neutrófilos e monócitos contêm enzimas que destroem as substâncias fagocitadas e 
são capazes de gerar lesão tecidual. 
 Neuropeptídeos: Semelhantes às aminas vasoativas, podem iniciar 
respostas inflamatórias, transmitindo sinais dolorosos, regula o tônus do vaso e 
modulam a permeabilidade vascular. 
 
As proteínas circulantes de três sistemas inter-relacionasos – os sistema complemento, 
das cininas e de coagulação – em vários aspectos da resposta inflamatória. 
Complemento: São proteínas plasmáticas que exercem papel na defesa do 
hospedeiro e inflamação. Ativadas elas opsoninam as partículas invasoras, sinalizando 
o antígeno para a fagogitose e digestão. Além disso, AUMENTA A PERMEABILIDADE 
VASCULAR e a QUIMIOTAXIA DOS LEUCÓCITOS. São numerados de C1 a C9, são 
ativados por proteólise e adquire atividade proteolíticas, iniciando a cascata 
enzimática. Ocorre através de 3 via; (1) via clássica, desencadeada por fiação do 
primeiro componentes do complemento C1, a complexos antígeno-anticorpo, (2) via 
alternativa, desencadeada por polissacarídeos bacterianos, e (3) via das lectinas, uma 
lectina plasmática se liga a resíduos de manose nos micróbios e ativa um componete 
inicial da via clássica (sem anticorpos). 
Efeitos vasculares do sistema complemento: C3 a C5 AUMENTAM A PERMEABILIDADE 
VASCULAR, VASODILATAÇÃO, INDUZ os mastócitos a LIBERAR histamina. São 
chamados de ANAFILATOXINAS pois mimetizam os mastócitos, que constituemos 
principais causadores de reações alérgicas acentuadas chamadas de ANAFILÁTICAS. 
Essas enzimas, são resposáveis pela ativação, adesão e quimiotaxia dos leucócitos. 
Fagocitose, produção do MAC, que cria poros que rompem o equilíbrio osmótico. 
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Existem diversos mecanismos de controle da inflamação, principalmente, aqueles que 
envolvem ação enzimática, e também as lipoxinas e proteínas reguladoras do 
complemento. Os MACRÓFAGOS ATIVADOS e outras células secretam a citocina IL-
10, que tem como função DESCRESCER AS RESPOSTAS DOS MACRÓFAGOS, criando 
assim uma alça negativa de FEEDBACK. Outras citocinas anti-inflamtórias são o TGF-B 
(mediador da FIBROSE no tecido de reparação após inflamação), e as TIROSINA 
FOSFATASES, que inibem os cinais que reconhecem micróbios e citocinas. 
 
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A inflamação crônica é a inflamação de duração PROLONGADA, na qual 
INFLAMAÇÃO ATIVA, DESTRUIÇÃO TECIDUAL E REPARAÇÃO POR FIBROSE 
ocorrem SIMULTANEAMENTE. Ela caracteriza-se por: 
Infiltração de células MONONUCLEARES (manócitos, macrófagos, linfócitos e 
plasmócitos). 
Destruição tecidual (induzida pelos PRODUTOS das células inflamatória | EROS, 
enzimas, NO). 
Reparo/ regeneração (envolvendo a ANIGIOGÊNESE e FIBROSE). 
Sendo que, uma inflamação AGUDA pode envoluir para uma inflamação CRÔNICA, 
caso haja persistência da ÍNJURIA. 
a) MACRÓFAGOS: São as células principais da inflamação crônica, são células 
teciduais derivadas dos monócitos circulantes após a sua emigração da corrente 
sanguínea. Eles são encontrados em diversos tipos de tecidos; fígado (células de 
Kupffer); baço e linfonodos (histiócinos sinusais); sistema nervoso central (células 
microgliais); pulmões (macrófagos alveolares); além disso, contituem o 
retículoenotelial ou sistema de fagócitos mononucleares. 
Os monócitos se originam de percussores namedula óssea e circulam pelo sangue 
por 1 dia, sob a influência de moléculas de adesão migram para o local da lesão dentro 
de 24-48h, ao alcançar o tecido extravascular, sofrem tranformações e são chamados 
de macrófagos ativados. Eles por sua vez podem ser ativados por duas vias: 
VIA CLÁSSICA – Induzida por produtos MICROBIANOS, pelos sinais enviados pela 
células T (CITOCINA IFN- Y) e por SUBSTÂNCIAS ESTRANHAS. Produzem enzimas 
lisossômicas, NO e ERO. São importantes na INFLAMAÇÃO CRÔNICA. 
VIA ALTERNATIVA – Induzidas por CITOCINAS como IL-4 e IL-3, produzidas pelos 
linfócitos T, mastócitos e eosinófilos. Não são microbicidas. Seu principal papel é no 
REPARO tecidual. Secretam fatores de crescimento que promovem a ANGIOGÊNESE, 
ativam os FIBROBLASTOS e estimulam a SÍNTESE DE COLÁGENO. 
Papel dos macrófagos na defesa do hospedeiro: 
 Os macrofágos são FAGÓCITOS, ou seja, ingerem e eliminam micróbios 
e tecidos mortos. 
 Os macrófagos iniciam o processo de REPARO tecidual, e estão 
envolvidos na cicatrização e fibrose. 
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 Os macrófagos secretam MEDIADORES DA INFLAMAÇÃO, como TNF, 
IL-1 quimiocinas etc e eicosanoides. Sendo importante para o INÍCIO e a 
PROPAGAÇÃO de todas as REAÇÕES INFLAMATÓRIAS. 
 Os macrófagos expõem antígenos aos linfócitos T e respondem aos 
sinais das células T, estabelecendo um feedback para a defesa contra 
micróbios. 
 Em áreas de inflamação crônica, o recrutamento contínuo de leucócitos 
pode aumentar a produção de IFN-Y e induzir a fusão dos macrófagos 
em células gigantes. 
 
 
b) LINFÓCITOS: São mobilizados sob a manifestação de qualquer estímulo imune 
específico são os pricipais responsáveis em muitas doenças autoimunes, inflamatórias 
crônicas. A ATIVAÇÃO DOS LINFÓCITOS T e B são parte da RESPOSTA IMUNE 
ADAPTATIVA. Os linfócitos migram parar os tecidos usando moléculas de adesão 
e quimiocinas, nos tecidos os linfócitos B se diferenciam em plasmócitos, enquanto 
os linfócitos T CD4+ secretam citocinas (devido a secreção de citocinas, esses 
linfócitos promovem a INFLAMAÇÃO). Existem 3 tipos de células T auxiliadoras CD4+: 
 As células TH1 – PRODUZ IFN-Y que ativa macrófagos da VIA CLÁSSICA 
(micróbios). 
 As células TH2 – SECRETAM IL-4, IL-5 e IL-13 que RECRUTAM E ATIVAM 
EOSINÓFILOS e são resposáveis pela ativação da VIA ALTERNATIVA (reparo). 
 As células TH17 – SECRETAM IL-17 e outras citocinas que INDUZEM A 
SECREÇÃO DE QUIMIOCINAS responsáveis pelo RECRUTAMENTO DE 
NEUTRÓFILOS E MONÓCITOS. 
 A TH1 e TH17 estão envolvidas na DEFESA a bactérias e vírus e nas DOENÇAS 
AUTOIMUNES. As células TH2 são importantes contra parasitas e na inflamação 
alérgica. 
Os macrófagos apresentam os antígenos às células T, expressam moléculas de 
membrana (coestimuladoras) e produzem citocinas. Os linfócitos T, produzem 
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citocinas que recrutam e ativam macrófagos e promovem a apresentação do antígeno 
e mais secreção citocinas. O resultado é um CICLO DE REAÇÕES CELULARES que 
abastece e mantém a inflamação crônica. 
OUTRAS CÉLULAS: 
Os EOSINÓFILOS são encontrados em inflamações de infecções parasitárias ou como 
parte das reações imunes mediadas por IgE, associada a alergias. Seu recrutamento é 
decorrentes de quimiocinas específicas derivadas dos leucócitos e células epiteliais. 
Os MASTÓCITOS são células sentinelas que podem participar tano da resposta aguda 
como da crônica. Em indívuos atópicos são encontrados como anticorpo IgE 
específicos, e assim os mastócidos revestidos de IgE são induzidos a liberar histamina 
e metabóliticos do AA que provocam reações vasculares iniciais da inflamação aguda. 
É uma padrão distintivo da inflamação crônica, caracterizada po AGREGADOS DE 
MACRÓFAGOS ATIVADOS com linfócitos esparsos. Os granulomas são encontrados 
em algumas patologias e podem se formar a partir de: 
 Respostas pesistentes de células T a certos microrganisos. 
 Em doenças inflamatórias imunomediadas. 
 Doenças de etiologia desconhecidas. 
Normalmente, o granuloma encerra o agente ofensor e é um bom mecanismo de 
defesa. Entretanto em alguns aspectos ele causa intensa fibrose e consequentemente 
a disfunção do orgão. 
Os efeitos sistêmicos da inflamação são chamados de reação da fase aguda ou 
síndrome da resposta inflamatória sistêmica. As citocinas TNF, IL-1 e IL-6 são 
mediadores mais importantes da reação da fase aguda, produzidas por leucócitos. 
FEBRE – induzida ppo PIROGÊNIOS, que estimulam a síntese de 
PROSTALGLANDINAS. Os produtos bacterianos (pirogênio exógeno) estimula a 
produção de IL-1 e TNF (pirogênios endógenos) que aumentam os níveis de 
CICLOXIGENASE que converte o AA em PROSTALGLANDINAS. Essa por sua vez 
estimulam a produção de neurotransmissores que aumentam a temperatura corporal. 
Os AINEs incluindo a aspirina, reduzem FEBRE, inibindo a CICLOXIGENASE. 
NÍVEIS PLASMÁTICOS ELEVADOS DE PROTEÍNAS DE FASE AGUDA – proteínas 
plasmáticas sintetizadas no fígado, em que na inflamação aguda seis níveis podem 
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aumentar 100x como parte do estímulo inflamatório. PCR (proteína C reativa), o 
fibrinogênio e a proteína amiloide A sérica (AA). A síntese dessas moléculas é 
estimulada pela IL-6 
LEUCOCITOSE – é uma característica das reações inflamatórias, principalmente as 
bacterianas. * 
OUTRAS MANIFESTAÇÕES – aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial, 
redução de sudorese, tremores, calafrios, sonolência, mal-estar. 
INFECÇÕES BACTERIANAS GRAVES – sepse, quando a grande quantidade de 
produtos bacterianos no tecido extravascular estimula a produção de uma enorme 
quantidade de várias citocinas, TNF, IL-12 e IL-1. Altos níveis de TNF causam 
coagulação intravascular disseminada, distúrbios metabólicos, acidose, choque 
hipotensivo. Essa tríade é chamada de choque séptico. 
 Consequência de uma doença inflamatória crônica? 
Consequências nocivas da inflamação. As reações anti-inflamatórias de proteção 
contra infecções são, em geral, acompanhadas por lesão tecidual local e seus sinais e 
sintomas associados (p. ex., dor e perda funcional). Tipicamente, contudo, essas 
consequências nocivas são autolimitadas e se resolvem à medida que a inflamação vai 
se reduzindo, deixando pouco ou nenhum dano. Em contraste, há muitas doenças em 
que a reação inflamatória é mal direcionada (p. ex., contra os próprios tecidos nas 
doenças autoimunes), ocorre contrasubstâncias ambientais normalmente inofensivas 
(p. ex., em alergias), ou é inadequadamente controlada. Em casos tais, a reação 
inflamatória normalmente protetora se torna a causa da doença, e o dano que produz 
é a característica dominante. Na medicina clínica, dedica-se bastante atenção às 
consequências da inflamação. As reações inflamatórias são a base das doenças 
crônicas comuns, como artrite reumatoide, aterosclerose e fibrose pulmonar, assim 
como de reações de hipersensibilidade a picadas de insetos, fármacos e toxinas com 
risco de morte. Por essa razão, nossas farmácias estão cheias de fármacos anti-
inflamatórios, que, idealmente, deveriam controlar as sequelas nocivas da inflamação 
sem interferir em seus efeitos benéficos. De fato, a inflamação contribui para uma 
variedade de doenças que acreditamos ser primariamente metabólicas, degenerativas 
ou alterações genéticas, como o diabetes tipo 2, doença de Alzheimer e câncer. Em 
reconhecimento às consequências prejudiciais prejudiciais de amplo espectro da 
inflamação, ela é dramaticamente referida como o “assassino silencioso”. 
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ABBAS, Abul K.; PILLAI,Shiv; LICHTMAN, Andrew H.. Imunologia:Celular e Molecular. 
9 ed. Rio De Janeiro: Editora Elsevier Ltda, 2019.UNIDADE

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