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PSICOLOGIA E 
EDUCAÇÃO ESPECIAL
DOCENTE: JOSCILANE BRITO
UNIDADE DE ENSINO 4: POSSIBILIDADES DE ATUAÇÃO 
DO PSICÓLOGO NA EDUCAÇÃO ESPECIAL
 Seção 4.1 - As deficiências e o trabalho do psicólogo na 
comunicação do diagnóstico às famílias
 Seção 4.2 - Possibilidades de intervenção do psicólogo na 
Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva
 Seção 4.3 - Estratégias para intervenção do psicólogo na 
elaboração de currículos de ensino
2
O que vimos até aqui...
 Apresentação geral sobre o tripé: 
 pessoas com deficiência;
 transtornos globais do desenvolvimento e 
 altas habilidades/superdotação
 Definição, classificação e intervenção educacional das:
Deficiência auditiva;
Deficiência física;
Deficiência visual.
3
O que vimos até aqui...
Deficiência intelectual: definição, classificação e 
intervenção educacional
Transtornos do neurodesenvolvimento: definição, 
classificação e intervenção educacional.
Altas habilidades/superdotação
4
O que vimos até aqui...
Adaptações: como e quando propor?
Braille: ensino e desafios
 Libras, bilinguismo: ensino e desafios
Plano de Ensino Individualizado (PEI): conceito, 
caracterização e elaboração
5
Na aula de hoje...
Seção 4.1 - As deficiências e o trabalho do psicólogo na 
comunicação do diagnóstico às famílias
Caracterização sobre a prevenção das deficiências
Comunicação do diagnóstico: esclarecimentos e direitos
Etiologia das deficiências
 Família, fases de aceitação do diagnóstico (choque, 
negação, reação e adaptação)
6
As deficiências e o trabalho 
do psicólogo na 
comunicação do 
diagnóstico às famílias
O que é etiologia?
8
Fonte:https://www.dicio.com.br/etiologia/
O que é semiologia? 
 a ciência dos signos; 
 não se restringindo, obviamente, à medicina, à psiquiatria ou 
à psicologia.
 É o estudo da linguagem (semiótica linguística), da música 
(semiologia musical), das artes em geral; 
 Engloba todos os campos de conhecimento e de atividades 
humanas que incluam a interação e a comunicação entre dois 
interlocutores por meio de sistemas de signos.
9
Dalgalarrondo, (2019)
10
Um dia escrevi que tudo é autobiografia, 
que a vida de cada um de nós a estamos 
contando em tudo quanto fazemos e dizemos, 
nos gestos, na maneira como nos sentamos, 
como andamos e olhamos, como viramos a 
cabeça ou apanhamos um objeto no chão. 
Queria eu dizer então que, vivendo rodeados 
de sinais, nós próprios somos um sistema de 
sinais.
José Saramago
Dalgalarrondo, (2019)
 Já a semiologia psicopatológica, por sua vez, é o estudo 
dos sinais e sintomas dos transtornos mentais.
 Implicações subjetivas no diante dos seus sintomas.
estudo dos sintomas e dos sinais das doenças, o qual 
permite ao profissional da saúde identificar alterações 
físicas e mentais, ordenar os fenômenos observados, 
formular diagnósticos e empreender terapêuticas.
11
Dalgalarrondo, (2019)
DIMENSÃO DUPLA DO SINTOMA PSICOPATOLÓGICO: 
INDICADOR E ELEMENTO SIMBÓLICO AO MESMO 
TEMPO
Os sintomas médicos e psicopatológicos têm, como 
signos, uma dimensão dupla. 
Eles são tanto um índice (indicador) como um símbolo. 
O sintoma como índice sugere uma disfunção que está 
em outro ponto do organismo ou do aparelho psíquico;
12
Dalgalarrondo, (2019)
Os sintomas psicopatológicos, ao serem nomeados pelo 
paciente, por seu meio cultural ou pelo médico, passam a 
ser “símbolos linguísticos” no interior de uma linguagem.
No momento em que recebe um nome, o sintoma 
adquire o status de símbolo.
Compreendido dentro de um sistema simbólico dado, em 
determinado universo cultural.
13
Dalgalarrondo, (2019)
 Exemplo:
 A angústia manifesta-se (e realiza-se) ao mesmo tempo como mãos 
geladas, tremores e aperto na garganta (que indicam, p. ex., uma 
disfunção no sistema nervoso autônomo), e, ao ser tal estado 
designado como nervosismo, neurose, ansiedade ou gastura, passa 
a receber certo significado simbólico e cultural.
 A semiologia psicopatológica, portanto, cuida especificamente do 
estudo dos sinais e sintomas produzidos pelos transtornos mentais, 
signos que sempre contêm essa dupla dimensão.
14
Dalgalarrondo, (2019)
 A semiologia (tanto a médica como a psicopatológica) pode 
ser dividida em duas grandes subáreas: semiotécnica e 
semiogênese. 
 A semiotécnica refere-se a técnicas e procedimentos 
específicos de observação e coleta de sinais e sintomas, 
assim como da descrição de tais sintomas. No caso dos 
transtornos mentais, a semiotécnica concentra-se na 
entrevista direta com o paciente, seus familiares e demais 
pessoas com as quais convive.
15
Dalgalarrondo, (2019)
A semiogênese, por sua vez, é o campo de investigação 
da origem, dos mecanismos de produção, do significado 
e do valor diagnóstico e clínico dos sinais e sintomas.
16
Dalgalarrondo, (2019)
SÍNDROMES E ENTIDADES NOSOLÓGICAS
(TRANSTORNOS ESPECÍFICOS)
 Na prática clínica, os sinais e os sintomas não ocorrem de forma 
aleatória;
 surgem em certas associações, certos clusters (agrupamentos) mais 
ou menos frequentes;
 ao se delimitar uma síndrome (como síndrome depressiva, 
demencial, paranoide, etc.), não se trata ainda da definição e da 
identificação de causas específicas;
 A síndrome é puramente uma definição descritiva de um conjunto 
momentâneo e recorrente de sinais e sintomas.
17
Dalgalarrondo, (2019)
18
Denominam-se, em medicina e psiquiatria, 
entidades nosológicas, doenças ou 
transtornos específicos (como esquizofrenia, 
doença de Alzheimer, anorexia nervosa, etc.). 
São os fenômenos mórbidos nos quais podem-
se identificar (ou pelo menos presumir com 
certa consistência) certas causas ou fatores 
causais (etiologia), o curso relativamente 
homogêneo, certos padrões evolutivos e 
estados terminais típicos.
Dalgalarrondo, (2019)
Nas entidades nosológicas ou transtornos, busca-se 
identificar mecanismos psicológicos e psicopatológicos 
característicos, antecedentes genético-familiares algo 
específicos e respostas a tratamentos e intervenções 
mais ou menos previsíveis.
19
Dalgalarrondo, (2019)
Definição de psicopatologia e ordenação dos 
seus fenômenos
 Um fenômeno é sempre biológico em suas raízes e social em sua extensão final. Mas 
nós não nos devemos esquecer, também, de que, entre esses dois, ele é mental. 
(Jean Piaget)
 psicopatologia como o ramo da ciência que trata da natureza essencial da 
doença ou transtorno mental – suas causas, as mudanças estruturais e 
funcionais associadas a ela e suas formas de manifestação.
 Entretanto, nem todo estudo psicopatológico segue a rigor os ditames de 
uma “ciência dura”, “ciência sensu strictu”.
 Em acepção mais ampla, a psicopatologia pode ser definida como o 
conjunto de conhecimentos referentes ao adoecimento mental do ser 
humano. 
20
Dalgalarrondo, (2019)
 Como conhecimento que visa ser científico, a psicopatologia não 
inclui critérios de valor, nem aceita dogmas ou verdades a priori.
 Não se julga moralmente aquilo que se estuda; busca-se apenas 
observar, identificar e compreender os diversos elementos do 
transtorno mental.
 Deve-se rejeitar qualquer tipo de dogma, qualquer verdade pronta e 
intocável, seja ela religiosa, seja ela filosófica, psicológica ou 
biológica.
 a psicopatologia como ciência dos transtornos mentais requer um 
debate científico e público constante de todos os seus postulados, 
noções e verdades encontradas.
21
Dalgalarrondo, (2019)
 Inclui uma variedade de fenômenos humanos especiais, associados 
ao que se denominou historicamente de doença mental.
 São vivências, estados mentais e padrões comportamentais que 
apresentam, por um lado, uma especificidade psicológica (as 
vivências das pessoas com doenças mentais apresentam dimensão 
própria, genuína, não sendo apenas “exageros” do normal).
 Por outro lado, são conexões complexas com a psicologia do normal 
(o mundo da doença mental não é totalmente estranho ao mundo 
das experiências psicológicas“normais”).
22
Dalgalarrondo, (2019)
Karl Jaspers (1883-1969), um dos principais autores da 
psicopatologia moderna, pensa que esta é uma ciência 
básica, que serve de auxílio à psiquiatria e à psicologia 
clínica, a qual é, por sua vez, um conhecimento aplicado 
a uma prática profissional e social concreta.
23
Dalgalarrondo, (2019)
VOCÊ ACHA QUE A 
PSICOPATOLOGIA, ESSA 
CIÊNCIA DO 
COMPORTAMENTO, POSSUI 
ALGUM LIMITE NO QUE DIZ 
RESPEITO AO DIAGNÓSTICO?
24
Os limites da ciência psicopatológica consistem precisamente 
em nunca se poder reduzir por completo o ser humano a 
conceitos psicopatológicos.
 Entretanto, na prática profissional, no trabalho clínico, além 
da ciência psicopatológica que o clínico deve ter, participam 
ainda opiniões instintivas, uma intuição pessoal que nunca 
se pode comunicar.
 Há, ao lado da ciência, a arte do trabalho clínico, as 
habilidades, intuições que compõem o encontro clínico.
25
Dalgalarrondo, (2019)
 Hans-Georg Gadamer (1900-2002) postula para a arte o que 
pode ser também formulado para a prática clínica (Gadamer, 
1990, p. 220):
[...] diante de uma obra de arte, experimentamos 
uma verdade inacessível por qualquer outra via; é isso o que 
constitui o significado filosófico da arte. Da mesma forma que a 
experiência da filosofia, também a experiência da arte incita a 
consciência científica a reconhecer seus limites.
26
Dalgalarrondo, (2019)
Dito de outra forma, não se pode 
compreender ou explicar tudo o que 
existe em um ser humano por meio de 
conceitos psicopatológicos!!!
27
Dalgalarrondo, (2019)
Características da psicopatologia:
multiplicidade de abordagens e referenciais teóricos
querer uma única “explicação”, uma única concepção 
teórica que resolva todos os problemas e dúvidas de uma 
área tão complexa e multifacetada como a 
psicopatologia, é impor uma solução simplista e artificial, 
que deformaria o fenômeno psicopatológico.
28
Dalgalarrondo, (2019)
Principais correntes da psicopatologia:
 Psicopatologia descritiva versus psicopatologia dinâmica;
 psicopatologia médica versus psicopatologia existencial;
 psicopatologia comportamental e cognitivista versus 
psicopatologia psicanalítica;
 psicopatologia categorial versus psicopatologia 
dimensional;
 psicopatologia biológica versus psicopatologia sociocultural 
e etc.
29
Dalgalarrondo, (2019)
A questão da 
normalidade 
e da
medicalização
que é loucura: ser cavaleiro andante
ou segui-lo como escudeiro?
de nós dois, quem o louco verdadeiro?
o que, acordado, sonha doidamente?
o que, mesmo vendado,
vê o real e segue o sonho
de um doido pelas bruxas embruxado?
CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE
30
Dalgalarrondo, (2019)
 O conceito de saúde e de normalidade em psicopatologia é questão de 
grande controvérsia
 Historicamente, essas noções receberam grande carga valorativa;
 definir alguém como normal ou anormal psicopatologicamente tem sido 
associado àquilo que é “desejável” ou “indesejável”
 comportamento e o estado mental das pessoas não são fatos neutros, 
exteriores aos interesses e preocupações humanas.
 O debate sobre normalidade em repleto de valores (explícitos ou não), 
com conotações políticas e filosóficas (explícitas ou não) e conceitos que 
implicam o modo como milhares de pessoas serão situadas em suas vidas 
na sociedade.
31
Dalgalarrondo, (2019)
 casos extremos em discussão: 
 alterações comportamentais e mentais de intensidade 
acentuada e de longa duração;
 com sofrimento mental intenso;
 disfunções graves no dia a dia como demências avançadas, 
psicoses graves ou deficiência intelectual profunda;
 o delineamento das fronteiras entre o normal e o patológico 
não é tão problemático.
32
Dalgalarrondo, (2019)
 Exemplo: 
 No CID-11, o transtorno leve de personalidade (mild
personality disorder) é um exemplo infeliz de criação de 
entidade nosológica que, por ser muito próxima ao 
comportamento de um grande número de pessoas em geral 
tidas como normais (p. ex., que, em apenas alguns contextos 
sociais, apresentam problemas não graves na identidade, 
alguma dificuldade em relações interpessoais, desempenho 
no trabalho e em relações sociais), poderá gerar diagnósticos 
psicopatológicos exagerados e medicalização inapropriada.
33
Dalgalarrondo, (2019)
O conceito de normalidade em psicopatologia também 
implica a própria definição do que é saúde e 
doença/transtorno mental.
 século XIX, usava-se o termo “alienação”;
no século XX, passou-se a usar o termo “doença mental”;
Últimas décadas: passou-se a usar o termo “transtorno 
mental”.
Doença vs transtorno mental.
34
Dalgalarrondo, (2019)
Critérios de normalidade
 Há vários e distintos critérios de normalidade e anormalidade em 
medicina e psicopatologia.
 A adoção de um ou outro depende, entre outras coisas, de opções 
filosóficas, ideológicas e pragmáticas do profissional ou da 
instituição em que ocorre a atenção à saúde (Canguilhem, 1978):
 Normalidade como ausência de doença;
 Normalidade ideal;
 Normalidade estatística;
 Normalidade como bem-estar;
35
Dalgalarrondo, (2019)
 Normalidade como processo; normalidade subjetiva;
 Normalidade como liberdade.
 os critérios de normalidade e de doença em psicopatologia variam em 
função dos fenômenos específicos com os quais se trabalha e, também, 
de acordo com as opções filosóficas do profissional ou da instituição. 
 Pode-se utilizar a associação de vários critérios de normalidade ou 
doença/transtorno, de acordo com o objetivo que se tem em mente. 
 Exige sempre uma postura permanentemente crítica e reflexiva dos 
profissionais..
36
Dalgalarrondo, (2019)
Relativo especificamente ao campo das 
deficiências, podemos pensar:
ações que podem ocorrer junto a população;
quanto antes iniciarem as intervenções preventivas, 
maiores as chances de se obter qualidade de vida, com 
um decréscimo no numero de casos.
As ações preventivas são elencadas em três níveis:
37
(RODRIGUES, 2008).
 prevenção primaria, que tem como objetivo melhorar a condição de 
vida da população a partir de ações politicas e sociais, visando a 
garantia da saúde, da educação, do trabalho e da moradia. 
 prevenção secundaria, em que a criança já foi exposta as condições 
adversas e, nesses casos, as intervenções ocorrem para minimizar 
e/ou eliminar a duração ou a intensidade dos efeitos.
 terceiro nível diz respeito a prevenção terciaria, na qual a deficiência 
já esta instalada e as ações ocorrem para ampliar a autonomia e a 
independência da pessoa com deficiência.
38
(RODRIGUES, 2008).
O psicólogo, o psicodiagnóstico e comunicação
 Divergências sobre o psicólogo realizar ou não diagnóstico;
 psicodiagnóstico como um conjunto de práticas e técnicas (testes, 
observações, entrevistas, questionários, inventários) que 
configuram um método de conhecimento do estado atual do 
psiquismo de uma pessoa, com possibilidades prognósticas. 
 Não precisa ser aquele clássico processo psicodiagnóstico, no qual 
se faz uma entrevista para saber o que se passa com uma pessoa, 
após a própria pessoa ou afamilia nos procurar com uma queixa, e, 
em seguida, se faz uma coletânea de testes psicológicos, 
observações e até se vai à família para observações de sua dinâmica. 
39
Persicano (1997)
O psicodiagnóstico não pode continuar, assim, restrito 
como conceito.
O método psicodiagnóstico de pensamento, no "bom 
psicodiagnosticador", pode capturar o Sujeito em sua 
constante mutabilidade, em seu constante pulsar, em seu 
vir a ser contínuo.
40
Persicano (1997)
Quanto ao diagnóstico:
Os profissionais envolvidos no diagnóstico e, tratamento 
dessa criança devem se preocupar com a forma mais 
adequada de fazer esse comunicado à família, para que ela se 
sinta amparada e orientada em relação aos cuidados 
necessários. 
 Não exista a forma ideal para essa tarefa, mas existe ética.
 Ambiente acolhedor e seguro.
 Disponibilização de informações sobre possíveisdireitos.
41
(PANIAGUA, 2004).
Quanto ao diagnóstico:
O diagnóstico entre a fantasia e a realidade.
O que é a realidade? O que é real? O que você ver, sente 
e toca é o mesmo para todo mundo?
 “As fantasias possuem realidade psíquica, em contraste com a realidade 
material, e gradualmente aprendemos a entender que, no mundo das 
neuroses, a realidade psíquica é a realidade decisiva. “
Sigmund Freud
42
(Coutinho Jorge, 2010)
 elevação da fantasia ao patamar de um verdadeiro conceito 
fundamental da psicanalise;
 estatuto fundador na função de mediadora do encontro do sujeito 
com o real;
 articular a fantasia com a pulsão de morte, na qual se evidencia 
melhor a relação entre real e realidade;
 freio desempenhada pela fantasia em relação ao real do gozo 
destrutivo da pulsão de morte.
 Constituem esforços simbólicos e imaginários de apaziguamento 
das invasões barbaras e inassimiláveis do real.
43
(Coutinho Jorge, 2010)
diferença entre real e realidade;
duas realidades diversas, uma interna e outra externa;
 implica a existência de uma abertura na relação do 
sujeito com o mundo externo que vem a ser preenchida 
por representações singulares que se repetem 
insistentemente, de modo a lhe oferecer alguma 
homeostase psíquica.
 filtro em relação ao mundo externo. 
44
(Coutinho Jorge, 2010)
Assim como o cérebro e o único órgão vital 
hermeticamente protegido e tornado inacessível pela 
calota craniana, o aparelho psíquico parece necessitar 
estar fechado sobre si mesmo e viver nutrido por um 
determinado numero de representações que nele são 
armazenadas com a finalidade de protege-lo do excesso 
de estímulos, não só externos como internos.
45
(Coutinho Jorge, 2010)
 Aparelho psíquico deve, assim, fazer face a duas ordens de excessos, 
externos e internos: 
 os primeiros são constantes e muitas vezes traumáticos –
representam uma elevada exigência de simbolização, isto e, de 
atividade psíquica para elaborar experiências que extrapolam a 
capacidade de assimilação de sua estrutura. 
 Os internos são igualmente poderosos, uma vez que são 
constituídos pelos constantes pedidos de satisfação passional que se 
pressentiriam através de forcas imperiosas ao longo da vida e das 
mudanças que esta propõe, sem cessar, ao sujeito.
46
(Coutinho Jorge, 2010)
Portanto, a realidade e simbólico-imaginaria. 
Assim sendo, o diagnóstico passa por esses 
mesmos registros!
47
(Coutinho Jorge, 2010)
 A forma como cada família lida com a situação do diagnostico 
e única e pode ser modificada ao longo do tempo. 
 Varia conforme:
 Idealizações em torno da criança;
 expectativas, crenças e valores.
 sentimentos de raiva, desapontamento, culpa e confusão.
 Pode haver a fase do luto.
48
(PANIAGUA, 2004).
 No cotidiano da família, tais fases podem ocorrer de maneira 
conjunta e se iniciarem ao longo de diferentes momentos da 
interação entre pais e filhos.
 A fase de choque pode ocorrer imediatamente apos a 
notificação do diagnostico e perdurar por alguns minutos ou 
ate dias e anos, dependendo de cada pessoa. 
 Reação bem comum ao informar sobre a deficiência do filho.
49
(PANIAGUA, 2004).
 Negação: em geral, os pais podem apresentar comportamentos de 
esquecimento, esquiva ou fuga da situação. 
 Essa fase pode perdurar por muito tempo.
 Reação. E um momento carregado por sentimentos confusos, 
chegando a culpabilização de si próprios ou mesmo dos 
profissionais que não contribuíram para a prevenção da deficiência. 
 Momento pode ser compreendido como uma busca por resoluções 
de problemas e encaminhamentos, visando a qualidade de vida dos 
pais, em conjunto, com um sentimento difuso de encontrar 
caminhos versus ataques de incompreensão acerca da deficiência.
50
(PANIAGUA, 2004).
Adaptação: a aceitação da deficiência do filho e, assim, 
os pais buscam por intervenções que possam contribuir 
para o seu desenvolvimento.
51
(PANIAGUA, 2004).
 Jorge, M. A. C. Fundamentos da psicanalise de Freud a 
Lacan, a clinica da fantasia. – vol.2:Rio de Janeiro: Zahar, 
2010.
 Persicano, M. L. S. Reflexões sobre α importância do 
psicodiagnóstico na atualidade. São Paulo. Rev. Latinoam. 
Psicopat. Fun., III, 2, 88-97, 1997. Acesso em 12/05/20. 21. 
Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/rlpf/v3n2/1415-
4714-rlpf-3-2-0088.pdf
52
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