Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Radiografia de tórax: • Método diagnóstico mais utilizado • Geralmente é o 1º exame de imagem feito • Baixo custo • Amplamente disponível ✓ Incidência radiológica: • Nome da incidência segue direção e sentido dos feixes de raio x; • Posições que paciente fica em relação a mesa do raio x • Regra geral na radiologia sugere que são necessárias no mínimo 2 incidências feitas o mais próximo possível de 90 graus entre si para a maioria dos procedimentos radiológicos o A 2ª incidência é para definir a topografia das estruturas • A realização de 2 incidências permite: o Diferenciar estruturas anatômicas sobrepostas o Melhor localização de lesões ou corpos estranhos o Determinar alinhamento de fraturas o Na esquerda, não é possível identificar se estrutura radiopaca está no pulmão/ mediastino/ pele; mas ao olhar a incidência em perfil é possível visualizar que está na topografia do hilo pulmonar ✓ Incidências: • Incidência de rotina (básica): o São comumente feitas em todos os pacientes que podem cooperar totalmente o PA e perfil • Incidências complementares: o Realizadas para melhor demonstrar partes anatômicas específicas, ou em determinadas condições patológicas, ou que podem ser necessárias para pacientes que não conseguem cooperar completamente ✓ Distância padrão: • Paciente fica a cerca de 180 cm do tubo de raio x; a radiação atravessa o paciente e chega ao chassi, queima o filme e forma a imagem ✓ Incidência póstero-anterior (PA): • O raio entra na superfície posterior e sai na anterior • O raio incide perpendicular ao plano coronal do corpo e paralelo ao plano sagital ✓ Posicionamento das escápulas: • Braços junto ao corpo – escápula sobrepõe tecido pulmonar, prejudicando a visualização do pulmão • Deve-se pedir para paciente jogar para lateral as escápulas, tirando a sobreposição que teria, facilitando a avaliação • ✓ Incidência lateral (perfil) • Deve incluir termo de qualificação da posição como posição lateral esquerda ou direita (direita apenas quando solicitado) • A parte lateral esquerda vai estar em contato com o chassi/ filme radiográfico – raio x entra pela superfície direita, e sai pelo lado esquerdo • Perfil direito, quando solicitar? Quando se quer avaliar algo mais específico, lesões a direita • Área retroesternal e área retrocardíaca: devem ser mais radiotransparentes, pois não há estrutura que normalmente ocupa essas regiões; radiopacidade indica algo anormal • Coluna é mais branca no ápice pulmonar e fica mais preto à medida que desce; ✓ Incidência ântero-posterio (AP) • O raio entra na superfície anterior e sai na posterior do tórax • Realizado quando paciente não consegue ficar em pé/ na posição ortostática – se faz com paciente em decúbito dorsal ou sentado ✓ PA X AP no leito • Qualidade da imagem é superior em PA • AP – não há boa definição do parênquima pulmonar e mediastino fica mais alargado • Hipoexpansão - parece que há infiltrado • Na incidência em AP a sombra cardíaca apresenta um aumento em relação a projeção PA devido a difusão dos feixes de raio X • Do foco de raio x sai a radiação – e ao fazer radiografia em PA, o coração fica mais próximo do chassi; na imagem em AP, no chassi o coração fica de tamanho aumentado • Maior sera a sombra quanto mais distante o anteparo está do chassi ✓ AP em decúbito lateral (Laurell) • Usar quando se pesquisa derrames pleurais, principalmente em volumes menores • Pede para paciente deitar de lado • Utilizado para diferenciar derrame pleural de espessamento pleural ✓ Incidências oblíquas • Deve incluir um termo de qualificação descrevendo posição do corpo como OAD (oblíquo anterior-direita), OAE (oblíquo anterior-esquerdo), OPD (oblíquo posterior direito) e OPE (oblíquo posterior esquerdo) • Boas para avaliar arco costal • Incidência realizada para melhor localização ou caracterização de lesões parcialmente encobertas por outras estruturas ✓ AP lordótica ou APicolordótica • Faz-se quando se quer avaliar ápice pulmonar • Não é realizado o PA normal para essa avaliação do ápice pois pode haver sobreposição da clavícula nessa região • Usada como estudo complementar ✓ Considerações técnicas: • A aquisição adequada da radiografia de tórax é mais difícil que a de outras partes do corpo devido ao contraste produzido pelas diversidades de tecidos existentes: espaço aéreo, alvéolos, estruturas ósseas • Exposição correta permite visualizar: o Vasos periféricos o Campos pulmonares o Margens paraespinhais – da coluna dorsal o Hemidiafragma esquerdo (atrás do coração) • A superexposição aos raios x produz uma imagem mais penetrada (mais escura), que favorece a visualização da coluna dorsal, estruturas do mediastino, área retrocardíaca e tubos nasogástricos ou endotraqueais • Pequenos nódulos ou estruturas vasculares pulmonares não são visualizados • Lesão no pulmão não é visualizável, pois o raio x foi muito queimado • Quando ocorre uma exposição reduzida aos raios x, a imagem torna-se mais clara e dificulta a interpretação • A vascularização pulmonar fica mais proeminente e pode induzir a uma percepção de infiltrados generalizados, quando em realidade não estão presentes • Além disso, os detalhes do mediastino, o espaço retrocardíaco ou a coluna dorsal ficam prejudicados ✓ Hiperpenetrada X hipopenetrada ✓ Masculino X feminino • A principal diferença nas radiografias é a quantidade de tecido mamário, que pode interferir na interpretação da projeção PA ou AP • O tecido mamário absorve boa parte da radiação, resultando em um aspecto mais esbranquiçado da imagem atrás das mamas, e um padrão vascular pulmonar mais proeminente • Um problema comum de interpretação radiológica é a ocorrência de mastectomia unilateral, que resultará em densidade pulmonar assimétrica o Observar margens da mama e procuras história clinica da paciente • O campo pulmonar atrás da mastectomia estará mais escuro que o contralateral, o qual poderá ser interpretado erroneamente como um infiltrado pulmonar o Direita: lado esquerdo – parênquima mais penetrado/ mais escuro – lado que mastectomia foi realizada • Os mamilos podem apresentar uma imagem semelhante a um nódulo bem definido nas bases pulmonares, na exposição em AP ou PA • Contudo, essas imagens não apresentarão correspondência na radiografia em projeção lateral (perfil), e serão na maioria das vezes vistas bilateralmente • Pode-se pedir para fazer marcação do mamilo, e técnico cola clipe/ algo metálico Qualidade da radiografia: • Confirmar a incidência • Orientação • Alinhamento • Exposição • Inspiração • Centralização ✓ Confirmar a incidência: • PA ou AP? • Se for feita em AP, hipoexpansão pulmonar é esperada, hemicúpulas mais elevadas, coração maior • Quando há aumento da sombra cardíaca: quanto mais próximo do feixe de raio x, maior a sombra na imagem • PA – feita em ortostatismo, com maior nitidez dos campos pulmonares/ margens do mediastino e menor magnificação de estruturas, como do coração; feito com inspiração mais profunda • AP – feita em pacientes debilitados/ em decúbito dorsal ou sentado, onde há inspiração insuficiente com pior avaliação do parênquima pulmonar, magnificação do coração e diafragma mais elevado ✓ Orientação: • Identificação: dados; siglas; sempre vai estar na região supero-lateral direita do paciente; orienta posicionamento no negatoscópio ✓ Alinhamento • Extremidades mediais das clavículas devem estar equidistantes em relação ao processo espinhoso vertebral ✓ Exposição: • Hiperexposição: muita dosagem de radiação • Hipoexposição: utiliza dose menor de radiação do que a necessária para o paciente – definição ruim; coluna branca, mal visualizadae vasos pulmonares muito evidentes • Raio x adequado: exposição adequada – coluna visualizável, arco aórtico, margens cardíacas, hilos pulmonares, vasos saindo do parênquima pulmonar, arcabouço ósseo, costelas, clavículas • ✓ Inspiração: • Avalia-se a partir dos arcos costais • Deve contar a quantidade de arcos costais acima do diafragma • 10 arcos costais posteriores devem estar acima do diafragma – inspiração adequada • Porção mais anterior dos arcos costais – pelo menos 6 ou 7 arcos costais terminando acima do diafragma – inspiração adequada • Posterior é mais horizontal e anterior mais verticalizado • Ao seguir arco costal vê-se que faz articulação com coluna vertebral na parte posterior – como saber se é posterior • Hipoexpandido: menos de 10 arcos costais posteriores acima do diafragma • Má inspiração: área cardíaca aumentada que prejudica avaliação do parênquima pulmonar ✓ Centralização: • Numa radiografia centralizada, há simetria das clavículas, escápulas, seios costofrênicos com angulação aguda • Região cervical mais baixa • Deve conter na imagem abdômen superior e cabeça do úmero Avaliação da radiografia: • Avaliação de partes moles e abdômen superior • Avaliação do arcabouço ósseo • Avaliação das hemicúpulas diafragmáticas, seios costofrênicos e cardiofrenicos • Avaliação do mediastino • Avaliação da traqueia e hilos pulmonares • Avaliação da pleura e fissuras • Avaliação do parênquima pulmonar • Avaliação de partes moles e abdômen superior: o Alteração 1: foco radiotransparente; enfisema subcutâneo – tem ar no tecido subcutâneo do paciente; paciente foi submetido a punção venosa profunda e entrou ar o Alteração 2: entre o fígado e o diafragma há acumulo de gás = pneumoperitônio = rotura de víscera oca – indicação cirúrgica; a bulha gástrica faz nível e pneumoperitonio não o Alteração 3: Pneumoperitonio; acima do diafragma é tórax e abaixo abdômen • Avaliação do arcabouço ósseo: o Avaliação dos arcos costais deve ser feita 1 a 1 o Avaliar corpos vertebrais da coluna torácica o Setas azuis: mancha mal delimitada em cima dos arcos costais – fratura de arco costal que está formando calo ósseo • Avaliação das hemicúpulas diafragmáticas, seios costofrênicos o Derrame pleural no pulmão esquerdo – apagamento do seio costofrenico esquerdo o Ângulo do seio costofrênico deve ser agudo • Avaliação do mediastino: o Avaliação das câmaras cardíacas, da aorta e vasos pulmonares o Margem lateral esquerda do coração é composta pelo VE na radiografia; a borda lateral a direita é o AD o VD é a câmara mais anterior, ficando em maior contato com parede torácica, sendo melhor avaliada em incidência em perfil o Primeiro arco – artéria pulmonar o Saindo do AD há linha que sobe junto a coluna vertebral, que é a VCS o Perfil: região mais posterior do coração é VE, e mais anterior é VD o Aorta sai e da a volta para região posterior e desce junto a coluna vertebral o AE é uma câmara mais posterior, que fica escondida atrás do hilo pulmonar – ruim de ser avaliada no raio x o Região retrocardíaca e região retroesternal: pretas; não deve haver área branca nessa região; mas se tiver, pode indicar aumento do VE ou pneumonia por ex o Índice cardio-torácico: A + B/ C < 0,5 ▪ Maior diâmetro que ocupa hemitórax direito e maior que ocupa hemitórax esquerdo e somar, depois dividir soma pelo tamanho do tórax, e isso deve ser menor que 0,5, para coração ter tamanho normal; maior que 0,5 = cardiomegalia o Crianças: mancha branca do lado direito – timo (delimitado por tracejado amarelo) – sinal da vela de barco; timo pode ser uni/ bilateral; timo involui com o tempo; persiste até 2/3 anos de idade, e depois começa a involuir • Avaliação da traqueia e hilos: o Geralmente hilo pulmonar a esquerda é um pouco mais alto o Região que bifurca: região da carina o Bronquio fonte direito é mais vertical, mais curto e mais largo o Intubação orotraqueal seletiva geralmente ocorre a direita • Avaliação da pleura e fissuras: o Lado direito: fissura horizontal e obliqua; e esquerdo – fissura obliqua o Fissura – melhor avaliada no perfil o Na tomografia é possível delimitar bem as fissuras • Avaliação do parênquima pulmonar: o Ápices pulmonares: ter atenção a sobreposição o Hilo pulmonar: tem lifonodo? Massa? Tumor? o Avaliar imagem retrocardíaca o Avaliar bases pulmonares (verificar simetria das cúpulas diafragmáticas) ✓ Avaliação sistemática: • 1 – Identificação • 2 – História clinica • 3 – Qualidade da radiografia (incidência, orientação, alinhamento, exposição, inspiração e centralização) • 4 – analisar partes moles e abdômen superior • 5 – analisar arcabouço ósseo • 6 – analisar hemicúpulas diafragmáticas e seios costofrênicos e cardiofrênicos • 7 - Analisar mediastino • 8 - analisar traqueia e hilos pulmonares • 9 - analisar pleura e fissuras • 10 - analisar parênquima pulmonar • ABCDE o A – Airways: ▪ Traqueia (centrada? Desvio contra/ipsilateral?) ▪ Pulmões (nódulos, opacidades, hipertransparencia) ▪ Bronquios (posição/ orientação) ▪ Pleura (seios costofrênicos, cardiofrenicos, simetria) o B – Bones ▪ Fraturas ▪ Tumores o C – circulation ▪ Coração (índice cardiotorácico) ▪ Mediastino (alargamento de mediastino) ▪ Vasos (olhar aorta e tronco pulmonar) o D – Diafragma ▪ Hérnia ▪ Elevação do diafragma: unilateral (atelectasia) ▪ Olhar andar superior do abdômen (abaixo do diafragma) – avaliar pneumoperitonio o E – externo ▪ Cateter ▪ Marcapasso ▪ Tubo orotraqueal e posição do tubo ▪ Corpo estranho
Compartilhar