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Homicídio e seus tipos no Direito Penal

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DIREITO PENAL – PARTE ESPECIAL 
Homicídio 
• No DP existe tanto a vida intrauterina e extrauterina, dependendo da situação vai existir crime 
ou não. 
o Homicídio → Art. 121 
o Induzimento, instigação, auxílio ao suicídio → Art. 122 
o Infanticídio → Art. 123 
o Aborto → Art. 124, 125, 126 
▪ Apenas ocorre quando a vida é intrauterina, único tipo penal nesses casos 
 
• Competência para processo e julgamento: 
o Se doloso, Tribunal do Júri (art. 5º, XXXVIII, “d”, CF/88). 
o Se culposo, de regra, Vara Criminal comum. 
o Obs.: o único crime contra a vida que admite a forma culposa é o homicídio. Os demais 
só existem na forma dolosa e somente terá a competência do tribunal do júri 
 
• Homicídio → crime mais perfeito juridicamente no Direito Penal, por toda a extensão no artigo 
121. Único que pode ser tanto culposo como dolosa. 
• Doloso: 
o Simples (caput) → pena de 6 a 20 anos de reclusão; 
▪ Matar alguém: pena de seis a vinte anos – entende-se o “alguém” como ser 
humano nascido de mulher, por isso animais não podem ser considerados 
nesse caso; 
▪ É a supressão da vida humana extrauterina praticada por outra pessoa 
(quando a vida é intrauterina o único delito contra a vida possível é aborto). 
▪ Quando a vida se considera encerrada? Quando a atividade encefálica acaba. 
▪ Quando a vida deixa de ser intrauterina e passa a ser extrauterina? Com o 
início do parto e não com a conclusão do parto (rompimento do saco 
amniótico, mesmo sem haver a expelirão da criança) 
▪ É necessário que tenha havido respiração? Não! 
▪ Após o início do parto e durante este se fala em ser “nascente”; após a 
conclusão do parto se fala em ser “nascido” ou neonato. 
▪ Tanto a nascente quanto o nascido podem, portanto, ser vítimas de homicídio 
(se for no estado puerperal será infanticídio), não cabendo se falar em aborto. 
• Privilegiado (§ 1º) → no caso do privilegiado vai haver uma diminuição de pena, caso seja 
condenada; não impede a instauração de nada, apenas beneficia no caso da diminuição de 
pena; 
o § 1º Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou 
moral, ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação 
da vítima, o juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço. 
▪ Polêmica: pode ou deve → nesse caso, o pode ler-se “deve-se” 
o Natureza jurídica: causa de diminuição de pena. 
o Perceba: o fato de o homicídio ser privilegiado não exclui o crime, nem impede que o 
sujeito ativo seja processado e condenado. Para que o homicídio seja considerado 
privilegiado basta que o sujeito tenha o cometido em uma destas 3 situações: 
o Por relevante valor social; 
▪ Motivo de relevante valor social: é aquele motivo que atende aos interesses 
da coletividade. Não interessa tão somente ao agente, mas, sim, ao corpo 
social. Ex: a morte de um político corrupto por um agente revoltado com a 
situação de impunidade no país, em que o Direito Penal, segundo este agente, 
apenas pune as pessoas que não tem dinheiro ou poder (exemplo dado por 
Rogério Greco). Outro exemplo seria o sujeito matar um perigoso estuprador 
que aterroriza as mulheres e crianças de uma pacata cidade interiorana. 
▪ Permite premeditação 
o Por relevante valor moral; 
▪ Motivo de relevante valor moral: é aquele que se relaciona a um interesse 
particular do responsável pela prática do homicídio, aprovado pela 
moralidade prática e considerado nobre e altruísta. Exemplo: matar aquele 
que estuprou sua filha ou esposa. 
▪ Eutanásia é o modo comissivo (pratica uma ação) de abreviar a vida de pessoa 
portadora de doença grave, em estado terminal e sem previsão de cura ou 
recuperação pela ciência médica. É também denominada de homicídio 
piedoso, compassivo, médico, caritativo ou consensual. Configura, sim, 
homicídio. Contudo, há homicídio privilegiado pelo relevante valor moral. 
• De forma geral, a eutanásia pode ser definida como o ato de 
"antecipar a morte", a distanásia como uma "morte lenta, com 
sofrimento", enquanto a ortotanásia representa a "morte natural, 
sem antecipação ou prolongamento”. 
▪ Permite premeditação 
o Sob domínio de violenta emoção logo em seguida a injusta provocação da vítima. 
(requisitos cumulativos, um depende do outro) 
▪ Tem que ser domínio. Influência não caracteriza. 
▪ Tem que ser provocação injusta. Se for agressão injusta, em tese, temos 
legítima defesa em favor de quem matou. 
▪ Observação: a premeditação do homicídio é incompatível com essa hipótese 
de privilégio. A tarefa de arquitetar minuciosamente a execução do crime não 
se coaduna com o domínio da violenta emoção, seja pela existência de ânimo 
calmo e refletido, seja pela ausência de relação de imediatidade entre 
eventual injusta provocação da vítima e a prática da conduta criminosa. 
▪ A premeditação, entretanto, é compatível com as privilegiadoras do relevante 
valor moral e do relevante valor social. 
• Qualificado (§ 2º) → se for em alguma situação que o qualifique, muda o patamar de pena, 
passa a ser de 12 a 30 anos de reclusão; 
o § 2° Se o homicídio é cometido: 
▪ I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe; 
• Motivo torpe é o vil, repugnante, abjeto, moralmente reprovável. 
Exemplo: matar um parente para ficar com sua herança. Fundamenta-
se a maior quantidade de pena pela violação do sentimento comum 
de ética e de justiça 
• O executor (quem recebe) a qualificadora vai existir; o mandante 
(quem paga ou promete), não necessariamente vai existir a 
qualificadora, mas pode aplicar-se outra. 
• Observações: a) A vingança não caracteriza automaticamente a 
torpeza. Será ou não torpe, dependendo do motivo que levou o 
indivíduo a vingar-se de alguém, o qual reclama avaliação no caso 
concreto. b) O ciúme não é considerado motivo torpe. Quem mata por 
amor, embora criminoso, não pode ser taxado de vil ou ignóbil, e 
tratado à semelhança de quem mata por questões repugnantes, tais 
como rivalidade profissional, pagamento para a prática do homicídio, 
etc. 
• Morte por questões de dívidas → se for dívidas oriundas de atividades 
ilegais é motivo torpe, se for por uma dívida de 2 reais é motivo fútil 
▪ II - por motivo fútil; 
• Motivo fútil é o insignificante, de pouca importância, completamente 
desproporcional à natureza do crime praticado. Exemplo: Age com 
motivo fútil o marido que mata a esposa por não passar 
adequadamente uma peça do seu vestuário. 
• Fundamenta-se a elevação da pena na resposta estatal em razão do 
egoísmo, da atitude mesquinha que alimenta a atuação do 
responsável pela infração penal. 
• Observações: a) A ausência de motivo não deve ser equiparada ao 
motivo fútil. (STJ – para que haja precisa haver um motivo para que 
seja chamado de fútil). b) O ciúme não pode ser enquadrado como 
motivo fútil. Esse sentimento, que destrói o equilíbrio do ser humano 
e arruína sua vida, não deve ser considerado insignificante ou 
desprezível. c) A embriaguez não afasta a motivação fútil (“[...] a 
embriaguez, causada pela ingestão voluntária de bebida alcoólica, não 
é incompatível com a qualificadora do motivo fútil.” (STJ - REsp 
1298688/MG, Rel. Min. LEOPOLDO DE ARRUDA RAPOSO - 
CONVOCADO DO TJ/PE, DJ 10/04/2015)) 
▪ III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio 
insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum; 
• Meio insidioso é o que consiste no uso de estratagema, de perfídia, 
de uma fraude para cometer um crime sem que a vítima o perceba. 
Exemplo: retirar o óleo de direção do automóvel para provocar um 
acidente fatal contra seu proprietário. 
• Meio cruel é o que proporciona à vítima um intenso e desnecessário 
sofrimento físico ou mental, quando a morte poderia ser provocada 
de forma menos dolorosa. Exemplo: matar alguém lentamente com 
inúmeros golpes de faca, com produção inicial dos ferimentos em 
região não letal do seu corpo. 
• Meio de que possa resultar perigocomum é aquele que expõe não 
somente a vítima, mas também um número indeterminado de 
pessoas a uma situação de probabilidade de dano. Exemplo: diversos 
tiros certeiros contra a vítima quando se encontrava em movimentada 
via pública. 
• Veneno é a substância de origem química ou biológica capaz de 
provocar a morte quando introduzida no organismo humano. 
o No caso concreto pode ser um meio insidioso se a vítima não 
souber que está tomando e meio cruel se a vítima souber e 
estiver tomando por ser obrigada. 
o Observação: Se a vítima não souber, temos a qualificadora do 
veneno como espécie de meio insidioso; se a vítima souber, 
temos a qualificadora do veneno como espécie de meio cruel 
(em provas, não diga que houve a qualificadora do uso de 
veneno se ela souber). 
• Fogo é o resultado da combustão de produtos inflamáveis, da qual 
decorrem calor e luz. Trata-se, em geral, de meio cruel. Exemplo: 
queimar a vítima até a morte. 
o Todavia, se do seu emprego um número indeterminado de 
pessoas puder ser exposto a perigo de dano, o crime será 
qualificado pelo meio de que possa resultar perigo comum. 
Exemplo: matar uma pessoa mediante o incêndio de seu 
imóvel, situado ao lado de diversas outras moradias. 
• Explosivo é o produto com capacidade de destruir objetos em geral, 
mediante detonação e estrondo. Caracteriza, normalmente, meio de 
que possa resultar perigo comum. Exemplo: explodir o automóvel da 
vítima que trafegava em movimentada via pública. Nada impede, 
porém, a configuração do meio cruel. Exemplo: amarrar a vítima em 
uma árvore e prender uma bomba ao seu corpo, de forma a matá-la 
com a força da explosão. 
• Asfixia é a supressão da função respiratória, com origem mecânica ou 
tóxica. Observação: A asfixia pode constituir meio cruel (exemplos: 
afogamento ou soterramento, entre outros) ou insidioso (exemplo: 
uso de gás tóxico, inalado pela vítima sem notá-lo). 
• Tortura é “qualquer ato pelo qual dores ou sofrimentos agudos, físicos 
ou mentais, são infligidos intencionalmente a uma pessoa a fim de 
obter, dela ou de terceira pessoa, informações ou confissões; de 
castigá-la por ato que ela ou uma terceira pessoa tenha cometido ou 
seja suspeita de ter cometido; de intimidar ou coagir esta pessoa ou 
outras pessoas; ou por qualquer motivo baseado em discriminação de 
qualquer natureza. 
o Homicídio qualificado pelo emprego de tortura é diferente de 
crime de Tortura qualificada pelo resultado morte. 
▪ IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que 
dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido; 
• A traição pode ser física (exemplo: atirar pelas costas) ou moral (atrair 
a vítima para um precipício). Nessa qualificadora, o agente se vale da 
confiança que o ofendido nele previamente depositava para o fim de 
matá-lo em momento em que ele se encontrava desprevenido e sem 
vigilância. 
• Ressalte-se que na traição a relação de confiança preexiste ao crime e 
o sujeito dela se aproveita para executar o delito. De fato, se o agente, 
para se aproximar da vítima, faz nascer esse vínculo de confiança, a 
qualificadora será a da dissimulação. 
• Emboscada é a tocaia. O agente aguarda escondido, em determinado 
local, a passagem da vítima, para matá-la quando ali passar. A 
emboscada pode ser praticada tanto em área urbana como em área 
rural. 
• Dissimulação é a atuação disfarçada, hipócrita, que oculta a real 
intenção do agente. O agente aproxima-se da vítima para 
posteriormente matá-la, valendo-se das facilidades proporcionadas 
pelo seu modo de agir. A dissimulação pode ser material (emprego de 
algum aparato, tal como uma farda policial) ou moral (demonstração 
de falsa amizade ou simpatia pela vítima, para, exemplificativamente, 
levá-la a um local ermo e matá-la) 
• E quanto à arma de fogo? Ela, por si só, não qualifica o homicídio (para 
provas); nos casos concretos, é utilizada pois considera que o simples 
uso de arma de fogo impossibilita a defesa. 
• A premeditação, por si só, qualifica o homicídio? Não. Se houver 
premeditação e um motivo torpe, incide sobre o motivo torpe e não 
pela premeditação. 
▪ V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de 
outro crime: (possui dois tipos) 
• Na conexão teleológica o homicídio é praticado para assegurar a 
execução de outro crime. O sujeito primeiro mata alguém e depois 
pratica outro delito. Exemplo: matar o segurança de um empresário 
para em seguida sequestrá-lo. 
• Conexão consequencial, por sua vez, é a qualificadora em que o 
homicídio é cometido para assegurar a ocultação, a impunidade ou a 
vantagem de outro crime. Ex.: o sujeito comete um crime e só depois 
o homicídio. 
▪ VI - contra a mulher por razões da condição de sexo feminino: (Incluído pela 
Lei nº 13.104, de 2015) 
• O nome é homicídio, apenas a qualificadora se chama feminicídio 
• Necessariamente precisa ser mulher, a motivação tem que ser razão 
de sexo feminino. MULHER + MOTIVAÇÃO. 
• § 2º - A - Considera-se que há razões de condição de sexo feminino 
quando o crime envolve: (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015) 
o I - Violência doméstica e familiar; (Incluído pela Lei nº 13.104, 
de 2015) 
o II - Menosprezo ou discriminação à condição de mulher. 
(Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015) 
▪ § 7o A pena do feminicídio é aumentada de 1/3 (um 
terço) até a metade se o crime for praticado: (Incluído 
pela Lei nº 13.104, de 2015) 
▪ I - durante a gestação ou nos 3 (três) meses 
posteriores ao parto; (Incluído pela Lei nº 13.104, de 
2015) 
▪ II - contra pessoa (mulher, interpretação restritiva de 
acordo com o caput) menor de 14 (catorze) anos, 
maior de 60 (sessenta) anos, com deficiência ou 
portadora de doenças degenerativas que acarretem 
condição limitante ou de vulnerabilidade física ou 
mental; (Redação dada pela Lei nº 13.771, de 2018) 
▪ III - na presença física ou virtual de descendente ou 
de ascendente da vítima; (Redação dada pela Lei nº 
13.771, de 2018) 
▪ IV - em descumprimento das medidas protetivas de 
urgência previstas nos incisos I, II e III do caput do art. 
22 da Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006. (Incluído 
pela Lei nº 13.771, de 2018/Lei Maria da Penha) 
▪ VII – contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da 
Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional 
de Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou 
contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro 
grau, em razão dessa condição: (Incluído pela Lei nº 13.142, de 2015) Pena - 
reclusão, de doze a trinta anos 
• Arts. 142 e 144 da Constituição → Forças armadas 
• Se a pessoa estiver no exercício da função entra na qualificadora; fora 
do exercício, precisa que a motivação seja em decorrência da função. 
Pode existir a qualificadora nos parentes como indicado no artigo e 
tem que ter a ver com a função exercida/motivação. 
o Quando já se aposentou: existe divergência doutrinaria, mas 
o entendimento majoritário para provas é que não se 
configura. 
▪ VIII - com emprego de arma de fogo de uso restrito ou proibido: (Incluído 
pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência). Pena - reclusão, de doze a trinta anos. 
• Majorado (§ 4º, 2ª parte, § 6º e § 7º) → aumenta alguma fração na fase da dosimetria; 
 
• Culposo: § 3º Se o homicídio é culposo: (Vide Lei nº 4.611, de 1965); Pena - detenção, de um 
a três anos. 
o Quando é culposo precisa saber se foi ou não na condução de veículo automotor, se 
for será o artigo 302 do CTB. Doloso seja ou não com a condução de veículo automotor 
vai ser aplicado o CP. 
• Aumento de pena no homicídio culposo: 
o § 4o No homicídio culposo, a pena é aumentada de 1/3 (um terço), se o crime resulta 
de inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de 
prestar imediato socorro à vítima, não procura diminuir as consequências do seu ato, 
ou fogepara evitar prisão em flagrante. 
o Imperícia → não tem a habilidade e o conhecimento; o sujeito tem a perícia, mas por 
negligência ou imprudência e aí sim aplica o aumento de pena do §4 
• Aumento de pena no homicídio doloso: 
o § 4o (...) sendo doloso o homicídio, a pena é aumentada de 1/3 (um terço) se o crime 
é praticado contra pessoa menor de 14 (quatorze) ou maior de 60 (sessenta) anos. 
(Redação dada pela Lei nº 10.741, de 2003) 
o § 6o A pena é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for praticado por 
milícia privada, sob o pretexto de prestação de serviço de segurança, ou por grupo de 
extermínio. (Incluído pela Lei nº 12.720, de 2012) 
• Pode ser: 
o Simples (§ 3º) 
o Majorado (§ 4º, 1ª parte) 
o Com perdão judicial (§ 5º) 
 
• Perdão judicial (causa de exclusão de punibilidade; não gera reincidência) 
o § 5º - Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de aplicar a pena, se as 
consequências da infração atingirem o próprio agente de forma tão grave que a 
sanção penal se torne desnecessária. (Incluído pela Lei nº 6.416, de 24.5.1977) 
o Pode, um homicídio ser, ao mesmo tempo, privilegiado e qualificado? Sim, desde que 
esteja previsto uma das privilegiadoras e uma qualificadora de natureza objetiva 
(incisos III, IV); todo homicídio qualificado é hediondo, sendo simples a regra é não ser 
hediondo, a exceção é quando é praticado em atividade típica de grupo de extermínio 
ainda que praticado por uma única pessoa. Na situação de ser privilegiado e 
qualificado ele perde a hediondez. 
o Observação: Na hipótese de estarem presentes duas ou mais qualificadoras (exemplo: 
homicídio qualificado pelo motivo torpe, pelo meio cruel e pelo recurso que dificultou 
a defesa do ofendido), o magistrado deve utilizar uma delas para qualificar o crime e 
as demais qualificadoras devem atuar como circunstâncias judiciais desfavoráveis, 
influenciando na dosimetria da pena-base (1.a fase). 
 
 
 
 
 
 
 
 
Induzimento, instigação e auxílio ao suicídio ou à automutilação (Art. 122) 
• O crime não é para quem pratica, mas para quem induz, instiga ou auxilia 
• Art. 122. Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou a praticar automutilação ou prestar-lhe 
auxílio material para que o faça: (Redação dada pela Lei nº 13.968, de 2019) Pena - reclusão, 
de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos. (Redação dada pela Lei nº 13.968, de 2019) 
o § 1º Se da automutilação ou da tentativa de suicídio resulta lesão corporal de natureza 
grave ou gravíssima, nos termos dos §§ 1º e 2º do art. 129 deste Código: (Incluído pela 
Lei nº 13.968, de 2019) Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos. (Incluído pela Lei nº 
13.968, de 2019) 
o § 2º Se o suicídio se consuma ou se da automutilação resulta morte: (Incluído pela Lei 
nº 13.968, de 2019) Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos. (Incluído pela Lei nº 
13.968, de 2019) 
o § 3º A pena é duplicada: (Incluído pela Lei nº 13.968, de 2019) I - se o crime é praticado 
por motivo egoístico, torpe ou fútil; (Incluído pela Lei nº 13.968, de 2019) II - se a vítima 
é menor ou tem diminuída, por qualquer causa, a capacidade de resistência. (Incluído 
pela Lei nº 13.968, de 2019) 
o § 4º A pena é aumentada até o dobro se a conduta é realizada por meio da rede de 
computadores, de rede social ou transmitida em tempo real. (Incluído pela Lei nº 
13.968, de 2019) 
o § 5º Aumenta-se a pena em metade se o agente é líder ou coordenador de grupo ou 
de rede virtual. 
o § 6º Se o crime de que trata o § 1º deste artigo resulta em lesão corporal de natureza 
gravíssima e é cometido contra menor de 14 (quatorze) anos ou contra quem, por 
enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática 
do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência, responde o 
agente pelo crime descrito no § 2º do art. 129 deste Código. (Incluído pela Lei nº 
13.968, de 2019) 
o § 7º Se o crime de que trata o § 2º deste artigo é cometido contra menor de 14 
(quatorze) anos ou contra quem não tem o necessário discernimento para a prática 
do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência, responde o 
agente pelo crime de homicídio, nos termos do art. 121 deste Código. (Incluído pela 
Lei nº 13.968, de 2019) 
• Principais observações PENAIS: 
• O tipo penal criminaliza a conduta de quem induz (faz nascer a ideia), instiga (potencializa uma 
ideia já existente) ou auxilia (ajuda materialmente) alguém (terceira pessoa determinada; 
quando fala pela tv ou em um livro, não é determinável e seria uma conduta atípica) a cometer 
suicídio ou a se automutilar. 
• Este tipo penal é misto alternativo, o que significa dizer que que há crime único na conduta de 
quem induz, instiga ou auxilia alguém se automutilar e a se suicidar em seguida, desde que, 
claro, no mesmo contexto. 
• Com a modificação introduzida pela Lei 13968/19, o crime passou a ser formal. Isto significa 
dizer que a simples conduta de induzir, instigar ou auxiliar alguém a se automutilar ou a 
cometer suicídio já consuma o delito, independentemente de a vítima sequer chegar a tentar 
qualquer coisa. 
• São possíveis os seguintes cenários de configuração do delito, de acordo com a nova redação 
legal: 
▪ O agente induz, instiga ou auxilia alguém a se automutilar ou a cometer 
suicídio e nada acontece: CRIME CONSUMADO SIMPLES (art. 122, caput, CP). 
▪ O agente induz, instiga ou auxilia alguém a se automutilar ou a cometer 
suicídio e disso decorre lesão corporal de natureza leve na vítima: CRIME 
CONSUMADO SIMPLES (art. 122, caput, CP). 
▪ O agente induz, instiga ou auxilia alguém a se automutilar ou a cometer 
suicídio e disso decorre lesão corporal de natureza grave ou gravíssima na 
vítima: CRIME CONSUMADO QUALIFICADO (art. 122, § 1º, CP). 
▪ O agente induz, instiga ou auxilia alguém a se automutilar ou a cometer 
suicídio e disso decorre morte da vítima: CRIME CONSUMADO QUALIFICADO 
(art. 122, § 2º, CP). 
▪ O agente induz, instiga ou auxilia alguém MENOR DE 14 ANOS OU QUE POR 
ENFERMIDADE OU DEFICIÊNCIA MENTAL NÃO TEM O NECESSÁRIO 
DISCERNIMENTO PARA A PRÁTICA DO ATO OU QUE, POR QUALQUER OUTRA 
CAUSA, NÃO POSSA OFERECER RESISTÊNCIA a se automutilar ou a cometer 
suicídio e disso decorre lesão corporal de natureza gravíssima na vítima: 
CRIME DE LESÃO CORPORAL DE NATUREZA GRAVÍSSIMA (art. 129, § 2º, CP). 
▪ O agente induz, instiga ou auxilia alguém MENOR DE 14 ANOS OU QUE POR 
ENFERMIDADE OU DEFICIÊNCIA MENTAL NÃO TEM O NECESSÁRIO 
DISCERNIMENTO PARA A PRÁTICA DO ATO OU QUE, POR QUALQUER OUTRA 
CAUSA, NÃO POSSA OFERECER RESISTÊNCIA a se automutilar ou a cometer 
suicídio e disso decorre morte da vítima: CRIME DE HOMICÍDIO CONSUMADO. 
• Como regra, o tipo penal inadmite tentativa. Esta será possível, contudo, se a conduta, sendo 
plurissubsistente, não chegar à vítima pretendida por circunstância alheia à vontade do 
agente. 
o Causas de aumento de pena. 
o Em dobro: 
▪ se o crime é praticado por motivo egoístico, torpe ou fútil; 
▪ se a vítima é menor ou tem diminuída, por qualquer causa, a capacidade de 
resistência. 
o Até o dobro: 
▪ se a conduta é realizada por meio da rede de computadores, de rede social ou 
transmitida em tempo real. 
o Em metade: 
▪ se o agente é líder ou coordenador de grupo ou de rede virtual. 
• Principais observações PROCESSUAIS PENAIS: 
o Por estar capitulado (dentro do capítulo) como crime contra a vida, temos que a 
competência para processo e julgamento é do Tribunal do Júri, mesmo no que tange 
à conduta direcionada à automutilação. Se este critério (capitulação de bens jurídicos) 
não fosse levado tão a sério pelo ordenamento, o crime de latrocínio onde a morte 
fosse dolosa deveria ser julgado pelo Júri e não é, simplesmente porque está situado 
dentro do capítulo dos crimes contra o patrimônio. 
o O crime, em sua forma simples, é de menor potencial ofensivo (pena máxima não 
suplanta 2 anos). Precisamos,contudo, entender o seguinte: as competências do Júri 
e dos Juizados Especiais Criminais tem previsão constitucional (respectivamente, art. 
5º, XXXVIII, “d” e art. 98, I). Assim, como não existe hierarquia entre normas 
constitucionais deve-se adotar o princípio da concordância prática ou harmonização 
e, assim, preservar a competência do júri e permitir a aplicação dos institutos 
despenalizadores trazidos pela Lei 9099/95.

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