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RESUMO OBSTETRÍCIA
Edema
O caracterizado como o acúmulo anormal de líquido em espaço intersticial extracelular. Ele pode ser em decorrência de dificuldades na circulação de retorno, além de confinamento, hidropisias, gestações gemelares ou múltiplas, sobrecarga, distúrbios hepato-renais e cardíacos e hipoproteinemia.
Os sintomas atingem as regiões perineal e ventral do abdômen, nos membros pélvicos pode ocorrer perda de contorno da articulação tibiometatársica, e também na glândula mamária principalmente na porção cranial, dificuldade na expulsão do feto por estreitamento da via fetal e pode ser observado, também dificuldade na locomoção, devido a dificuldade na cicatrização e risco de infecção.
O diagnóstico se faz pelos sinais clínicos e pela prova de Godet (positivo ou negativo)
O diagnóstico diferencial deve ser feito com ruptura do tentão pré púbico e hérnias ventrais.
O tratamento profilático é liberdade de pasto e alimentação adequada. Enquanto o clínico é baseado em duchas e diuréticos não hormonais.
Pseudogestação ou Pseudociese
É uma condição clínica na qual ocorrem mudanças comportamentais de ordem fisiológica e psicológica. Acomete fêmeas não gestantes durante o metaestro.
A maior ocorrência está em cadelas e gatas, porém pode ser visto em éguas e cabras.
O mecanismo de desenvolvimento ainda não está bem definido. A persistência do corpo lúteo tem sido considerada a causa, porém elevados níveis de progesterona não estão necessariamente relacionados a esta condição.
O corpo lúteo é morfofuncionalmente semelhante o da gestação, e o endométrio também se apresenta hiperplásico. Não há predisposição racial ou de idade. Em gatas não há lactação. 
Os sintomas são apetite aumentado ou caprichoso; aumento do perímetro abdominal, faz ninho, inquietação, comportamento maternal para objetos inanimados e galactopoiese.
O diangóstico é baseado nos sintomas, palpação abdominal e exame radiológico.
Diagnóstico Diferencial se faz com gestação e piometra.
A conduta do tratamento visa modificar o comportamento, inibir a lactação e propiciar a regressão das mamas à condição de não gestante. 
Pincelamento das mamas com revulsivos (iodo); evitar que a cadela sugue seu próprio leite, Modificar a dieta (pobre em proteínas); sedativos e antitérmicos, prostaglandina 2 alfa; OSH (cadelas com pseudogestação são predisponentes à piometra). Permitir que o animal fique gestante . Pode ser usado metergolina “contralac” para inibir a lactação. 
Estro durante a gestação
Na égua e na vaca pode ocorrer estro durante a gestação, em consequência da atividade estrogênica ovariana.
As demais espécies também possuem essa atividade, porém não é comum a observação do estro.
Durante a gestação há o desenvolvimento de folículos que vão formar corpos lúteos acessórios para elevar os níveis de progesterona e assim manter a gestação. Em vacas ocorre no primeira metade da gestação 4º - 5º mês , chamado cio de encabelamento de bezerro. Em éguas ocorre por volta do 4º mês. 
É fundamental um manejo adequado e bem realizado, ou seja, um diagnóstico de gestação evita que coberturas e I.A. sejam realizadas podendo desencadear superfetação e outros problemas futuros. 
Hemorragia na gestação
As hemorragias (sangramentos no aparelho geniturinário) na gestação podem ser de diferentes origens e com importâncias variáveis de acordo com sua causa.
Etiologia:
- lesões acidentais de vulva, vagina e cérvix (gestante ou não)
-cópula ou inseminação artificial em fêmeas que apresentarem estro durante a gestação (abortamentos).
-tumores venéreos transmissíveis (T.V.T.) cadelas
-hemorragia placentária → infecção por Brucella abortus, deslocamento placentário por traumatismo acidental, ou mesmo criminoso levando a formação de hematomas entre placentas fetal e materna, torção uterina, predispondo a infecção secundária e lesões do endométrio, compossíveis recidivas na próxima gestação.
-hperestrogenismo decorrente de disfunção endócrina, administração errônea de medicamentos ou o tipo de alimentação (rica em estrógenos) podendo ocorrer deslocamento placentário e abortamento.
-mola hemática ou grandes coágulos predispõem a ocorrência de morte fetal por diminuição na área de aderência ao útero (abortamento ou mumificação).
-em fêmeas multíparas a morte de um ou mais fetos pode não interromper a gestação.
O tratamento de lesões de vulva, cérvix e vagina podem ser realizadas cirurgicamente com técnicas variadas dependendo do caso. 
No tratamento médico podemos indicar transfusão sanguínea, antihemorrágicos, vitamina K, indução do parto ou abortamento.
Rupturas Uterinas 
As rupturas uterinas podem ocorrer esporadicamente em qualquer fêmea doméstica.
É uma patologia grave!
Ela pode ser consequência de: distocias, torção uterina, hidropsias; esforços exagerados (trabalhos forçados); gestação gemelar, múltipla ou sobrecarga; traumatismo (queda); sequelas de cirurgias (aderências), de fetotomia e manobras obstétricas inadequadas.
Os sintomas observados mais comumente são: sinais agudos de distúrbios digestivos (como por exemplo diminuição do apetite ou anorexia, parada da ruminação, ligeiro timpanismo ou mesmo síndrome cólica); sinais de desconforto abdominal que podem ser confundidos com involução uterina; nas grandes rupturas o feto pode passar para a cavidade abdominal advindo: compressão de alças intestinais, aderências graves, peritonite asséptica ou não, hemorragia interna; vaginal ou eliminação de líquido peritoneal pela vagina.
Entre as complicações podemos citar a evisceração via vaginal, peritonite, hemorragia, choque e morte.
O diagnóstico é feito com base nos sintomas, anamnese e palpação retal e vaginal, onde se pode, nesta última palpar as vísceras.
O prognóstico é mau.
O tratamento pode ser médico ou cirúrgico: fluidoterapia, transfusão de sangue, antibioticoterapia, evitar administração de drogas intrauterinas e quando for observado feto no útero promover extração forçada ou cesariana. 
Gestação extrauterina ou ectópica
É uma condição patológica em que o feto se desenvolve primária ou secundariamente fora do útero.
Primariamente → desde o início o feto se desenvolve fora do ambiente uterino (condição rara).
Secundariamente → ocasionalmente em todas as fêmeas domésticas; decorrente de rupturas uterinas (traumáticas ou espontâneas) normalmente na 2ª metade da gestação devido a torção uterina, hidropisias, enfisema fetal, distocias e administração de ocitocina e PGF2α.
A evolução do quadro se dá: ruptura → feto na cavidade abdominal → ruptura ou não do cordão umbilical → involução uterina → morte fetal → cicatrização ou não do útero → mumificação → nova gestação ou morte da fêmea.
Diagnóstico → a fêmea gestante perde repentinamente as características da gestação. Desse modo a confirmação prévia da gestação facilita o diagnóstico. Através da palpação retal pode-se identificar a extremidade do feto na cavidade abdominal, o decúbito sabidamente facilita a palpação. Outro modo de se promover o diagnóstico é pelo RX e US. 
Ruptura do tendão pré-púbico
Caracteriza-de pelo rompimento do tendão do músculo reto abdominal na sua inserção.
Mais comum em éguas
Fatores predisponentes: final de gestação; hidropisias, gestação gemelar, múltipla, gigantismo fetal ou sobrecarga; traumatismos (queda); processo degenerativo do tendão; animais senis com excesso de trabalho (égua).
Sintomas: afundamento do flanco; porção ventral do abdômen pode tocar o solo; glândula mamária edemaciada e desviada no sentido caudal; dificuldade no andar; perda do contorno dos membros pélvicos; desconforto abdominal; taquicardia; taquipneia; hemorragia e choque; deslocamento da pelve no sentido ventro caudal como consequente desvio dorsal do sacro (luxação das articulações coxofemoral lombossacra podendo provocar paraplegia).
O diagnóstico é baseado nos sintomas
Diagnóstico diferencial é feito com hérnias, eventrações e edema acentuado.
Prognóstico → mal para fêmea e feto
Tratamento → não há; medidas paliativas podem ser tomadas : cesariana quando o feto está a termo; colocaçãode cintas e pensos envolvendo o abdômen com intuito de alongar a gestação. 
Histerocele Gravídica
Patologia caracterizada pela presença parcial ou total do útero gravídico como conteúdo único ou não em hérnias inguinais, umbilicais, perineais, diafragmáticas e ventrais.
A ocorrência é esporádica em todas as fêmeas domésticas especialmente no final da gestação. Na cadela é mais comum histerocele inguinal gravídica(ponto anatomicamente frágil) no início da gestação. Na vaca é mais frequente a ocorrência de hérnias espúrias.
Etiologia: hereditariedade; hidropisias; gigantismo fetal; sobrecarga; gestações gemelares e múltiplas; traumatismo.
Sintomas: pode ser verificado aumento de volume acompanhado de edema em área localizada, geralmente unilateral, além de contrações improdutivas no parto, no caso principalmente de fêmeas multíparas.
Diagnóstico: pelos sintomas observados; palpação (redutível ou não); exames radiológicos
Diagnóstico diferencial : ruptura do tendão pré púbico; edema acentuado; hematoma ou abscesso; tumor de mama em cadela.
Prognóstico: reservado a mau
Tratamentos:
-cesariana
-OSH
-indução do parto ou abortamento
-redução cirúrgica no início da gestação
-descarte (hereditário)
INVERSÃO E PROLAPSOS VAGINAL E CERVICAL
Aparecimento de um ou mais órgãos e ou estruturas, íntegras ou não, em posição anatômica anômala através da rima vulvar de modo recorrente, parcial ou total em caráter temporário ou definitivo.
O prolapso vaginal normalmente é parcial, recorrente ou não. Acomete especialmente vacas quando em decúbito e cadelas com hiperplasia. 
Prolapso cervicovaginal : caracterizado prolapso completo da vagina, expondo a cérvix e tampão mucoso, quando a fêmea está gestante, não regride espontaneamente e acomete principalmente vaca e ovelha. É de frequência esporádica nas fêmeas domesticas.
Etiologia: as causas são provavelmente múltiplas 
→ predisposição hereditária (raças leiteiras – bovinos) e boxer, bulldog,fila brasileiro e doberman – em fêmeas caninas
→ flacidez do diafragma pélvico (devido ao edema e efeito estrogênico)
→ período de gestação (normalmente nos últimos dois meses)
→ Idade da fêma(fêmeas idosas)
→ decúbito ( aumento da pressão intra-abdominal)
→debilidade da fêmea (nutricional)
→ distensão exagerada do útero (hidropisia, sobrecarga etc.)
→ tenesmos (inversão)
→ confinamento (falta de exercícios)
→ inclinação do piso 
→ cistos ovarianos
→ alimentação rica em estrógenos
→ separação forçada no momento da cópula ou quando o macho é de porte bem maior que a fêmea
→ em porcas normalmente existe associação do prolapso retal com o vaginal
Sintomas → mais comumente são o de exposição parcial ou total da vagina através da rima vulvar, tenesmos e inquietação, lesões na porção evertida de leve a grave, dissolução parcial ou total do tampão mucoso, retenção urinária devido ao deslocamento da bexiga com dobramento da uretra, prolapso retal que é secundário ao tenesmo, congestão venosa passiva com consequente desvitalização da estrutura prolapsada, vulvite, vaginite, cervicite e finalmente abortamento ou morte fetal por contaminação com enfisema fetal.
Diagnóstico : fácil de ser realizado, principamente baseado nos sintomas.
Diagnóstico Diferencial : ruptura da vagina e prolapso da bexiga (retroflexão) ou inversão da bexiga sem ruptura vaginal (égua); cistos das glândulas de Bartolin, hematomas de vulva, tumores como o TVT, lipomas e prolapso de gordura perivaginal quando ocorre ruptura da vagina. 
Procedimento para redução do prolapso: posição quadrupedal; local adequado e limpo; pisão não derrapante; lavagem do períneo e da região prolapsada com água e sabão neutro; antisséptico não irritante; anestesia epidural; lubrificação e reparação de lacerações.
Tratamento: Será de acordo com as estruturas envolvidas no prolapso, espécie e raça do animal, gravidade da afecção e período gestacional.
→ Não cruentos: no caso da inversão sem prolapso não há tratamento, a mudança de manejo é recomendada, de confinamento para liberdade de pasto; não deixar as fêmeas em pisos ou terrenos inclinados; redução manual e finalmente o descarte devido a possível hereditariedade.
→ Cruentos: método de Buhner que simula ação do músculo constrictor do vestíbulo vaginal; vaginoplastia no caso de hiperplasia vaginal de cadelas; fixação da vagina ao tendão pré-púbico, método este de difícil execução além do risco de lesar a bexiga; cesariana quando o feto está a termo; traqueostomia é método coadjuvante pois diminui o tenesmo. 
Torção Uterina
A torção uterina consiste na rotação do órgão sobre seu eixo longitudinal.
É frequente próximo ao parto, em maior frequência em vacas, porém pode ocorrer em todas as fêmeas domésticas.
Na gata a incidência é maior que na cadela → devido ao pedículo ovariano ser mais frouxo.
Etiologia:
- Sustentação e posição do útero na cavidade abdominal
-Assimetria dos cornos uterinos. Assim em vaca a gestação normalmente é cornual e na égua geralmente no corpo do útero. 
- maneira como a vaca se levanta e se deita
- diminuição da quantidade dos líquidos fetais, favorece a ocorrência de estímulos mecânicos no feto, propiciando sua movimentação no útero.
- Flacidez da musculatura abdominal principalmente em fêmeas idosas.
- Contrações uterinas no pré-parto, principalmente hipertonias
- Hipermotilidade fetal
- Animais com grande capacidade digestiva (vacas de leite) permitindo maior deslocamento do útero no interior da cavidade.
-Pastagens em terrenos inclinados, predispondo a ocorrência de quedas e rolamentos.
Sintomas → são variáveis de acordo com o grau de rotação. Sinais leves nas torções de 45 a 90º apresentando: sinais brandos de cólica, normalmente sem comprometimento da gestação e da vida do feto, sendo possível a regressão espontânea. Nos casos de torções de 90º e 180º (média) e acima de 180º (grave) os animais apresentam sintomas evidentes de inquietação e cólica; o abdômen se apresenta distendido e tenso; distúrbios digestivos com diminuição ou parada dos movimentos peristálticos (timpanismo); dificuldade de locomoção; cabeça voltada em direção ao flanco; dispneia, taquicardia; hipertermia; sudorese; inapetência e repuxamento da rima vulvar observada em casos de torção cervical.
Evolução → pode ocorrer reversão espontânea nos casos de até 90º com desaparecimento dos sintomas. Por outro lado, quando ocorrer desvitalização do órgão devido a congestão venosa passiva, poderá ocorrer também desparecimento dos sintomas; morte e retenção do feto; ruptura uterina e morte da fêmea nos casos mais graves.
Diagnóstico → nas vacas ocorre em amior frequência no sentido anti-horário; em éguas e outras fêmeas é indiferente o sentido da torção. Nas multíparas normalmente a torção é pré-cervical e nas uníparas a torção é cervical. A palpação retal e vaginal são importantes meios de diagnóstico, onde se percebe a direção, situação e grau de torção, além de tensão e posição anômala dos ligamentos uterinos (palpação retal), o ligamento uterino mais tenso indica o direcionamento da torção (lado oposto). Na palpação vaginal nota-se pregueamento da mucosa em casos de torção cervical. 
Diagnóstico Diferencial → é feito com retículo pericardite traumática, intussuscepção, vólvulo e pielonefrite.
Prognóstico → é de reservado a mau, estando na dependência do grau de torção e tempo de ocorrência.
Tratamento:
a) Cruento → laparatomia com recolocação manual do útero em posição anatômica normal seguida ou não de cesariana.
b) Incruento → se faz através da correção manual via vaginal com movimentos pendulares, estando o animal em posição quadrupedal; correção por rolamento do animal auxiliado por uma tábua no flanco ou por manutenção da posição to útero através da fixação manual do feto pela vagina, em ambos os casos o animal em decúbito lateral, direito ou esquerdo. 
Ectopias Uterinas 
As ectopias uterinas são desvios acentuados do útero e se classificam em:
Versão: são desvios transversais ou laterais ao eixo longitudinal do útero e pode ser lateral, dorsal e ventral.
Flexão: é o agravamento da versãoe pode ocorrer no sentido dorsal e ventral sempre em direção caudal.
Etiologia: a versão ventral até certo ponto é fisiológica em ruminantes, e pode ocorrer especialmente nos casos de flacidez abdominal em fêmeas velhas; ruptura da musculatura abdominal, ruptura do tendão pré-púbico e hérnias. No caso de versão dorsal diríamos que até certo ponto é fisiológico nas demais espécies domésticas, observado ainda em gestação bicornual e versão lateral no caso de gestação unicornual em éguas. 
Sintomas: trabalho de parto improdutivo, sem insinuação de fetos e anexos, devido ao dobramento do útero.
Diagnóstico: se faz através da palpação retal e exame vaginal.
Prognóstico: de reservado a mau.
Tratamento: os únicos eficazes são a cesariana e fetotomia nos casos mais graves.
MUMIFICAÇÃO FETAL
Caracterizada pela morte do feto, ausência de abortamento, absorção de fluidos placentários, desidratação da placenta e feto, seguindo-se de involução uterina que obedece os contornos fetais. Existem dois tipos de mumificação: hemática e papirácea.
Hemática: é comum na vaca, o feto se apresenta recoberto por uma substância de aspecto viscoso e espessa com coloração escura (sangue metabolizado).
Papirácea : feto e placenta com aspecto de papiro, devido ao processo de desidratação.
Acomete esporadicamente todas as fêmeas domésticas, mais frequentemente no 2º terço de gestação.
Etiologia: Entre as causas descritas podemos enumerar o comprometimento do fluxo sanguíneo, na placenta e no cordão umbilical, devido a torções (cordão umbilical e útero). Deficiência na placentação; infecções transplacentárias (placentites); presença de toxinas na alimentação; traumatismos; hereditariedade, principalmente em porcas devido a alta consanguinidade.
Sintomas: os sintomas não são evidentes; Pode-se no entanto verificar: desconforto abdominal discreto em animais uníparos; prolongamento em até 24 mees do período de gestação normal da espécie, pela persistência do corpo lúteo; perda gradual das características clínicas da gestação; e em multíparas poderá, eventualmente, causar distocias, devido a aderência do feto ao útero.

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