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Agricultura familiar e suas dificuldades

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INSTITUTO FEDERAL DE SERGIPE
ALAN MICHEL MENDONÇA RIBEIRO
YURE VALDEMES MACHADO DE JESUS
AGRICULTURNA FAMILIAR E O ACESSO AO PRONAF: DIFICULDADES E POSSÍVEIS SOLUÇÕES
ITABAIANA/SE
2021.1
ALAN MICHEL MENDONÇA RIBEIRO
YURE VALDEMES MACHADO DE JESUS
AGRICULTURNA FAMILIAR E O ACESSO AO PRONAF: DIFICULDADES E POSSÍVEIS SOLUÇÕES
Trabalho apresentado à disciplina Sociologia Rural, ministrada pela Profª. Aline Ferreira Da Silva, 1º Semestre de 2021
ITABAIANA/SE 
2021.1.
AGRICULTURNA FAMILIAR E O ACESSO AO PRONAF: DIFICULDADES E POSSÍVEIS SOLUÇÕES
O que é agricultura familiar?
Agricultura familiar é toda forma de cultivo de terra que é administrada por uma família e emprega como mão de obra os membros da mesma. A produção de alimentos acontece em pequenas propriedades de terra e se destina a subsistência do produtor rural e ao mercado interno do país.
Esse modelo de produção tradicional, contrasta com as grandes produções do agronegócio que produzem em massa um único gênero alimentar, como soja ou milho, destinado à exportação e a alimentação de animais para pecuária.
Qual a situação da agricultura familiar no Brasil?
No Brasil, a agricultura familiar conta com uma legislação própria. É considerado agricultor familiar aquele que promove atividades no meio rural em terras de área inferior a quatro módulos fiscais, emprega mão de obra da própria família e tem sua renda vinculada a produção resultante desse estabelecimento.
Um módulo fiscal é uma unidade de medida definida em hectares que tem seu valor estipulado pelo Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) para cada município de acordo com o tipo de exploração da terra, a renda obtida, outros tipos de exploração existentes e que também gerem renda, e o conceito de propriedade familiar.
A agricultura familiar no Brasil é a principal produtora dos alimentos que vão para mesa dos brasileiros. Diferente da monocultura, esse tipo de manejo do solo produz alimentos variados, com respeito ao solo e ao ecossistema, e é feito por brasileiras e brasileiros que tem a terra como sua principal fonte de sustento. Saiba mais sobre as características e desafios da agricultura familiar no Brasil.
Dados da Agricultura Familiar
De acordo com o censo agropecuário de 2017, realizado pelo IBGE, 77% dos estabelecimentos agropecuários são classificados como sendo de agricultura familiar. A concentração desse tipo de produção é maior nas regiões norte, nordeste e em a pontos da região sul do país. Os estados de Pernambuco, Ceará e Acre possuem a maior concentração de agricultura familiar por área no país, enquanto os estados do Centro-Oeste e São Paulo, são as regiões que possuem menores níveis de concentração.
O censo agropecuário de 2017 do IBGE aponta ainda que a agricultura familiar no país é responsável por empregar 10,1 milhões de pessoas e corresponde a 23% da área de todos os estabelecimentos agropecuários. Os homens representam 81% dos produtores, e as mulheres 19%. A faixa estaria de 45 e 54 anos é a que mais concentra agricultores e apenas pouco mais de 5% deles completaram o ensino superior.
Esses pequenos agricultores são responsáveis por produzir cerca de 70% do feijão nacional, 34% do arroz, 87% da mandioca, 60% da produção de leite e 59% do rebanho suíno, 50% das aves e 30% dos bovinos.
A maioria da produção alimentícia para os brasileiros é feita por camponeses e camponesas pelo Brasil. Como dito anteriormente, a agricultura familiar é responsável pela maioria dos alimentos que vão à mesa dos brasileiros. Contudo, esses pequenos produtores têm acesso a apenas 14% de todo financiamento disponível para agricultura e se concentram em apenas 23% das terras agriculturáveis no país
Agricultura familiar X Agronegócio 
A maior diferença entre o agricultor familiar e o agronegócio é que o pequeno produtor depende da terra para sua sobrevivência. A diversidade de plantios existente no sistema familiar permite ao solo se manter saudável. O agronegócio, por sua vez, depende de grandes áreas de terra e produz um tipo único de produto em grande quantidade. Esse tipo de cultura, acaba esgotando os nutrientes do solo, uma vez que não dá tempo para que o mesmo se recupere. O principal foco desse sistema é a exportação.
O avanço dos interesses do agronegócio força muitas vezes o agricultor familiar a competir em clima desfavorável. A maior parte dos incentivos do governo para a agricultura estão concentrados no setor agrícola industrial e pouco crédito é disponibilizado aos pequenos agricultores. A busca por terras a serem explorados tem ameaçado a biodiversidade do país, com desmatamentos e assassinatos de povos indígenas, ativistas e pequenos agricultores no campo.
A importância do crédito rural
O papel do crédito rural é o de gerador de oportunidades, aproximando o beneficiário das políticas que estimulam investimentos em avanços tecnológicos e melhorias nas estruturas das propriedades, mas muito, além disso esse crédito que traz a modernização do campo também auxilia e estimula sua permanência na agricultura, e fortalece o processo de sucessão na agricultura familiar.
A inclusão social também é uma das grandes bandeiras do crédito rural. É através de ações de incentivo e busca de benefícios para os agricultores familiares, que se fortalecem os projetos de permanência dos agricultores no campo. Busca-se, portanto, maior acesso à população de menor renda, colocando à disposição da agricultura familiar programas, produtos e serviços, que possam gerar desenvolvimento e qualidade de vida no campo. 
Diante desse contexto, o crédito aliado a outras políticas de inclusão desempenha um importante papel na geração de trabalho e renda para a Agricultura Familiar, pois são inúmeros os projetos viáveis, que agregados a terra e o capital social podem desenvolver as micro finanças dos mais de 84% dos municípios brasileiro que tem uma população de no máximo 50 mil habitantes. 
A inclusão feita através do acesso ao crédito apoiou-se muito nessas políticas públicas de fomento aos agricultores. O PRONAF passou a ser a principal política pública do governo federal de apoio ao desenvolvimento rural, por meio do fortalecimento da agricultura familiar, em função de sua importância para a produção de alimentos para o mercado interno, para as agroindústrias e para as exportações brasileiras e, principalmente como geradora de postos de trabalho e renda. 
PRONAF - Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar
O PRONAF é o financiamento para custeio e investimentos em implantação, ampliação ou modernização da estrutura de produção, beneficiamento, industrialização e de serviços no estabelecimento rural ou em áreas comunitárias rurais próximas, visando à geração de renda e à melhora do uso da mão de obra familiar.
O Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) foi criado em 1995, tendo como principal objetivo oferecer crédito agrícola a taxas subsidiadas para investimento e custeio para diversos tipos de agricultores enquadrados no segmento familiar. Apesar do PRONAF atender a uma demanda reprimida dos agricultores familiares por crédito, diversas outras demandas desse segmento não foram atendidas, entre elas o acesso a serviço de assistência técnica específica para esse público.
Linhas de Crédito do PRONAF 
Atualmente, o PRONAF conta com mais de 3,5 milhões de contratos de custeio e de investimento. Abaixo algumas linhas de créditos:
· Pronaf Custeio: Destina-se ao financiamento das atividades agropecuárias e de beneficiamento ou industrialização e comercialização de produção própria ou de terceiros. 
· Pronaf Mais Alimentos Investimento: Destinado ao financiamento da implantação, ampliação ou modernização da infraestrutura de produção e serviços, agropecuários ou não agropecuários, no estabelecimento rural ou em áreas comunitárias rurais próximas. 
· Pronaf Agroindústria: Linha para o financiamento de investimentos, inclusive em infraestrutura, que visam o beneficiamento, o processamento e acomercialização da produção agropecuária e não agropecuária, de produtos florestais e do extrativismo, ou de produtos artesanais e a exploração de turismo rural. 
· Pronaf Agroecologia: Linha para o financiamento de investimentos dos sistemas de produção agroecológicos ou orgânicos, incluindo-se os custos relativos à implantação e manutenção do empreendimento.
· Pronaf Eco: Linha para o financiamento de investimentos em técnicas que minimizam o impacto da atividade rural ao meio ambiente, bem como permitam ao agricultor melhor convívio com o bioma em que sua propriedade está inserida. 
· Pronaf Floresta: Financiamento de investimentos em projetos para sistemas agroflorestais; exploração extrativista ecologicamente sustentável, plano de manejo florestal, recomposição e manutenção de áreas de preservação permanente e reserva legal e recuperação de áreas degradadas. 
· Pronaf Semiárido: Linha para o financiamento de investimentos em projetos de convivência com o semi-árido, focados na sustentabilidade dos agroecossistemas, priorizando infraestrutura hídrica e implantação, ampliação, recuperação ou modernização das demais infraestruturas, inclusive aquelas relacionadas com projetos de produção e serviços agropecuários e não agropecuários, de acordo com a realidade das famílias agricultoras da região Semiárida. 
· Pronaf Mulher: Linha para o financiamento de investimentos de propostas de crédito da mulher agricultora. 
· Pronaf Jovem: Financiamento de investimentos de propostas de crédito de jovens agricultores e agricultoras. 
· Pronaf Custeio e Comercialização de Agroindústrias Familiares: Destinada aos agricultores e suas cooperativas ou associações para que financiem as necessidades de custeio do beneficiamento e industrialização da produção própria e/ou de terceiros.
O PRONAF na prática
1. O que pode ser financiado - Implantação, ampliação ou modernização da estrutura de produção, beneficiamento, industrialização e de serviços no estabelecimento rural ou em áreas comunitárias rurais próximas 
2. Quem pode ser financiado - Cooperativas agropecuárias, produtores rurais (pessoas físicas e jurídicas) e seus familiares que possuam Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP) emitida pela Secretaria Especial da Agricultura Familiar e do Desenvolvimento 
3. Para quê? - Agricultura familiar 
4. Taxa de juros - Até 2,7,.5% a.a. ou até 4,0% a.a. (conforme o caso) Pronaf B (renda anual familiar até R$ 20 mil): 0,5% a.a. 
5. Prazos - Até 10 anos, incluídos até 3 anos de carência, conforme a finalidade Pronaf B: até 2 anos, sem carência 
6. Quanto pode ser financiado - Até 100% dos itens financiáveis, limitado a: 
▪ Até R$ 330 mil para empreendimento individual, dependendo da finalidade 
▪ Até 35 milhões para agroindústria (cooperativas) 
▪ Pronaf B - Até R$ 5 mil para agricultores individuais e até R$ 15 mil por família; 
▪ Casos específicos dependendo do subprograma
DIFICULDADES E POSSÍVES SOLUÇÕES
Acesso ao crédito/financiamento público
Para o acesso ao crédito/financiamento público o agricultor precisa possuir diversos documentos que comprovem sua atividade rural, sendo a DAP o principal referencial, além disto, o produtor rural necessita elaborar um projeto a ser anexado no processo de solicitação do crédito/financiamento.
Daí um novo problema surge, a falta de acessória/assistência técnica, cuja uma das soluções mais recorrentes tem sido através de associação, cooperativa ou até mesmo instituições e órgão que fornecem os serviços, sendo ele muitas das vezes onerosos ao produtor, porém há alguns municípios que possuem termos de cooperação com instituições como INCRA, EMDAGRO, SINDICATO RURAL e até mesmo universidades e escolas técnicas, que possibilitam um assessoramento/assistência aos produtores.
A burocracia bancária é outro problema a ser resolvido/minimizado.
Não distante do que já foi dito, é preciso destacar que a falta de conhecimento da maioria dos produtores faz com que todo esse processo seja ainda mais lento, onde abre brecha para o envolvimento de terceiros.
Organização institucional 
No tocante a organização podemos destacar a necessidade de agruparmos os produtores rurais em associação/cooperativas. 
Se organizar por meio de associação/cooperativa tem sido uma solução para muitos produtores. Mediante a estas organizações diversos resultados tem si mostrado, dentre eles podemos destacar o acesso a assessoria/assistência técnica, ao melhoramento da produção, a concorrência de mercado e que resulta também na melhor qualidade de vida dos envolvidos.
Assessoria técnica 
A assessoria técnica é uma das ferramentas essenciais para o aprimoramento e ampliação da agricultura familiar. 
O assessoramento técnico possibilitará aos produtores acesso a créditos/financiamentos, ao uso de tecnologias agrícolas, a novas técnicas de cultivo/produção, dentre outras vantagens.
A assessoria técnica pode abranger todo o processo de produção
Intervenção do Poder Público
O poder público por sua vez deve atender sempre as necessidades do município/estado/união e a agricultura familiar é uma delas.
A elaboração de planos de ação e de fomento por parte do poder público se faz necessário para melhor atender as demandas na questão da agricultura familiar, tendo como exemplo: Seminários, treinamentos, orientações e assessoria voltadas para este público.
Podemos destacar também a elaboração de leis, decretos e portarias que regulamente as políticas públicas ou até mesmo programas que venham a atender a necessidade da agricultura familiar.
Vale ressaltar que apesar dos diversos avanços, ainda há muito o que ser feito, inclusive com o aprimoramento dos programas e leis existente, impulsionando a agricultura familiar, bem como, evidenciando sua importância e resultados obtidos.
Referência Bibliográfica
https://www.gov.br/
https://www.cnabrasil.org.br/
https://www.bndes.gov.br/
https://www.ibge.gov.br

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