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Gestão social e o mercado ISP- Investimento Social privado Profa. Patricia Mendonça ISP- Investimento Social Privado Definição de Nogueira e Schommer (2009): Investimento social privado é um conceito criado por um grupo de executivos e líderes de empresas, fundações e institutos nos anos 1990 para designar uma forma de atuação social do setor privado, principalmente empresarial, que buscava se diferenciar de formas mais tradicionais de filantropia (ligada a noção de assistencialismo). Primeira definição do GIFE sobre ISP: o repasse voluntário de recursos privados de forma planejada, monitorada e sistemática para projetos sociais, ambientais e culturais de interesse público ISP- Investimento Social Privado Definição do GIFE- Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (2020) Incluem-se no universo do investimento social privado as ações sociais protagonizadas por empresas, fundações e institutos de origem empresarial ou instituídos por famílias, comunidades ou indivíduos. Os elementos fundamentais – intrínsecos ao conceito de investimento social privado – que diferenciam essa prática das ações assistencialistas são: preocupação com planejamento, monitoramento e avaliação dos projetos; estratégia voltada para resultados sustentáveis de impacto e transformação social; envolvimento da comunidade no desenvolvimento da ação. O Investimento Social Privado pode ser alavancado por meio de incentivos fiscais concedidos pelo poder público e também pela alocação de recursos não-financeiros e intangíveis. Formas de ISP ISP Corporativo ISP familiar ISP independente Investimento de Impacto Social ou Venture Philantropy Diáspora Formas de ISP ISP Corporativo ISP familiar ISP independente Investimento de Impacto Social ou Venture Philantropy Diáspora Atualizando desafios político - institucionais Atualizando algumas questões do texto de Nogueira e Schommer (2009): Superar limites do próprio conceito de investimento social privado: consolida-se termo ISP, mas produção acadêmica ainda é muito restrita Falta de cultura de investimento social privado, baixo volume de investimentos e baixo grau de conhecimento do tema pela maioria das empresas: os maiores investidores tem mantido investimentos, mas o tema ainda é restrito em empresas médias e pequenas Baixo grau de diversificação de modelos : há muitas experiências de diferentes áreas e arranjos documentadas Dificuldade de interlocução e colaboração entre setores e lógicas distintas : esta foi uma das áreas que mais avançou, houve aproximações com o setor públicos, com as Ongs, além de aproximações com temáticas ligadas a direitos humanos, sustentabilidade, diversidade Ambiente legal instável e desfavorável ao investimento social privado : ainda persistem dificuldade para melhorar melhor ambiente jurídico para doações, mas a cultura de doação tem se expandido (vide exemplos da pandemia) Atualizando desafios estratégicos- gerenciais Atualizando algumas questões do texto de Nogueira e Schommer (2009): A pulverização dos investimentos : estão sendo criados fundos e iniciativas conjuntas, como a https://convivaeducacao.org.br/, mas ainda há certa competição por visibilidade e inovação, bem como investimentos concentrados em temas (educação) e regiões (sudeste) fragilidade nos modelos de governança : houve avanços quanto a diversidade (gênero, raça), mas ainda precisa diversificar atores (de ONGs, academia, comunidades) nos conselhos pouca experiência de avaliação : esta foi uma das áreas que mais avançou, inclusive interagindo com a academia distanciamento entre investidores sociais e comunidades : ainda permanece esta dificuldade, vida texto sobre ISP e as periferias: https://sinapse.gife.org.br/download/novas-narrativas-para-o-investimento-social-e-acesso-a-recursos-nas-periferias coerência nem sempre presente entre o realizado e o divulgado : apesar dos avanço em avaliações, pouco se vê sobre resultados negativos e possíveis aprendizados que poderiam se ter O diálogo com visões contrárias ao envolvimento de agentes privados em questões públicas : há muitos esforços no quesito promoção da transparência, este ponto depende muito de maior cobrança da sociedade Novos desenvolvimentos- ISP e PP GTs e estratégias específicas do GIFE para aproximação com o setor público Trabalho específico da https://www.comunitas.org/ CENSO GIFE e BISC são duas pesquisas com séries históricas, que tem destacado a interação ISP-Setor Público Como gestores Públicos Percebem a interação com ISP (Santos e Mendonça, 2019) “(...) influencia bastante a empresa ter um nome forte” (gestor municipal de Nobres/MT) “a importância está pela garantia da aplicação dos recursos de acordo com os objetivos que estão pactuados, e ao mesmo tempo, a transparência vai dar a segurança de que a empresa do ISP e os seus resultados estejam de acordo com o combinado” (gestor municipal de Barcarena/PA) Parcerias com ISP proporcionam: obtenção de treinamento/capacitação para a gestão pública, troca de aprendizados entre o ISP e a gestão pública, melhora no atendimento/serviço prestado pelas políticas públicas, melhora no acompanhamento/monitoramento das políticas públicas Dificuldades: ISP quer sempre fazer novos projetos, quando já existem ações públicas que poderiam ser adaptadas ou melhoras, descontinuidade, dificuldade de generalizar/ universalizar iniciativas, image2.png image3.png image4.png image5.png image1.png
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