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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA SERGIPE Alunos: Alan Michel Mendonça Ribeiro Yure Valdemes Machado de Jesus TÉCNICO EM AGRONEGÓCIO Disciplina: Sociologia Rural Professor: Aline Ferreira Da Silva AGRICULTURNA FAMILIAR E O ACESSO AO PRONAF: DIFICULDADES E POSSÍVEIS SOLUÇÕES O que é agricultura familiar? Agricultura familiar é toda forma de cultivo de terra que é administrada por uma família e emprega como mão de obra os membros da mesma. A produção de alimentos acontece em pequenas propriedades de terra e se destina a subsistência do produtor rural e ao mercado interno do país. Esse modelo de produção tradicional, contrasta com as grandes produções do agronegócio que produzem em massa um único gênero alimentar, como soja ou milho, destinado à exportação e a alimentação de animais para pecuária. Qual a situação da agricultura familiar no Brasil? No Brasil, a agricultura familiar conta com uma legislação própria. A agricultura familiar no Brasil é a principal produtora dos alimentos que vão para mesa dos brasileiros. Diferente da monocultura, esse tipo de manejo do solo produz alimentos variados, com respeito ao solo e ao ecossistema, e é feito por brasileiras e brasileiros que tem a terra como sua principal fonte de sustento. Saiba mais sobre as características e desafios da agricultura familiar no Brasil. Dados da Agricultura Familiar De acordo com o censo agropecuário de 2017, realizado pelo IBGE, 77% dos estabelecimentos agropecuários são classificados como sendo de agricultura familiar. A concentração desse tipo de produção é maior nas regiões norte, nordeste e em a pontos da região sul do país. O censo agropecuário de 2017 do IBGE aponta ainda que a agricultura familiar no país é responsável por empregar 10,1 milhões de pessoas e corresponde a 23% da área de todos os estabelecimentos agropecuários. Os homens representam 81% dos produtores, e as mulheres 19%. A faixa estaria de 45 e 54 anos é a que mais concentra agricultores e apenas pouco mais de 5% deles completaram o ensino superior. Agricultura familiar X Agronegócio A maior diferença entre o agricultor familiar e o agronegócio é que o pequeno produtor depende da terra para sua sobrevivência. A diversidade de plantios existente no sistema familiar permite ao solo se manter saudável. O agronegócio, por sua vez, depende de grandes áreas de terra e produz um tipo único de produto em grande quantidade. Esse tipo de cultura, acaba esgotando os nutrientes do solo, uma vez que não dá tempo para que o mesmo se recupere. O principal foco desse sistema é a exportação. O avanço dos interesses do agronegócio força muitas vezes o agricultor familiar a competir em clima desfavorável. A maior parte dos incentivos do governo para a agricultura estão concentrados no setor agrícola industrial e pouco crédito é disponibilizado aos pequenos agricultores. A busca por terras a serem explorados tem ameaçado a biodiversidade do país, com desmatamentos e assassinatos de povos indígenas, ativistas e pequenos agricultores no campo. A importância do crédito rural O papel do crédito rural é o de gerador de oportunidades, aproximando o beneficiário das políticas que estimulam investimentos em avanços tecnológicos e melhorias nas estruturas das propriedades, mas muito, além disso esse crédito que traz a modernização do campo também auxilia e estimula sua permanência na agricultura, e fortalece o processo de sucessão na agricultura familiar. A inclusão social também é uma das grandes bandeiras do crédito rural. É através de ações de incentivo e busca de benefícios para os agricultores familiares, que se fortalecem os projetos de permanência dos agricultores no campo. Busca-se, portanto, maior acesso à população de menor renda, colocando à disposição da agricultura familiar programas, produtos e serviços, que possam gerar desenvolvimento e qualidade de vida no campo. Diante desse contexto, o crédito aliado a outras políticas de inclusão desempenha um importante papel na geração de trabalho e renda para a Agricultura Familiar, pois são inúmeros os projetos viáveis, que agregados a terra e o capital social podem desenvolver as micro finanças dos mais de 84% dos municípios brasileiro que tem uma população de no máximo 50 mil habitantes. A inclusão feita através do acesso ao crédito apoiou-se muito nessas políticas públicas de fomento aos agricultores. O PRONAF passou a ser a principal política pública do governo federal de apoio ao desenvolvimento rural, por meio do fortalecimento da agricultura familiar, em função de sua importância para a produção de alimentos para o mercado interno, para as agroindústrias e para as exportações brasileiras e, principalmente como geradora de postos de trabalho e renda. PRONAF - Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar O PRONAF é o financiamento para custeio e investimentos em implantação, ampliação ou modernização da estrutura de produção, beneficiamento, industrialização e de serviços no estabelecimento rural ou em áreas comunitárias rurais próximas, visando à geração de renda e à melhora do uso da mão de obra familiar. O Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) foi criado em 1995, tendo como principal objetivo oferecer crédito agrícola a taxas subsidiadas para investimento e custeio para diversos tipos de agricultores enquadrados no segmento familiar. Apesar do PRONAF atender a uma demanda reprimida dos agricultores familiares por crédito, diversas outras demandas desse segmento não foram atendidas, entre elas o acesso a serviço de assistência técnica específica para esse público. Linhas de Crédito do PRONAF Pronaf Custeio Pronaf Mais Alimentos Investimento: Pronaf Agroindústria; Pronaf Agroecologia; Pronaf Eco; Pronaf Mulher; Pronaf Jovem; Pronaf Custeio e Comercialização de Agroindústrias Familiares O PRONAF na prática O que pode ser financiado - Implantação, ampliação ou modernização da estrutura de produção, beneficiamento, industrialização e de serviços no estabelecimento rural ou em áreas comunitárias rurais próximas Quem pode ser financiado - Cooperativas agropecuárias, produtores rurais (pessoas físicas e jurídicas) e seus familiares que possuam Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP) emitida pela Secretaria Especial da Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Para quê? - Agricultura familiar Taxa de juros - Até 2,7,.5% a.a. ou até 4,0% a.a. (conforme o caso) Pronaf B (renda anual familiar até R$ 20 mil): 0,5% a.a. Prazos - Até 10 anos, incluídos até 3 anos de carência, conforme a finalidade Pronaf B: até 2 anos, sem carência Quanto pode ser financiado - Até 100% dos itens financiáveis, limitado a: ▪ Até R$ 330 mil para empreendimento individual, dependendo da finalidade ▪ Até 35 milhões para agroindústria (cooperativas) ▪ Pronaf B - Até R$ 5 mil para agricultores individuais e até R$ 15 mil por família; ▪ Casos específicos dependendo do subprograma DIFICULDADES E POSSÍVES SOLUÇÕES Acesso ao crédito/financiamento público Organização institucional Assessoria técnica Intervenção do Poder Público Acesso ao crédito/financiamento público Para o acesso ao crédito/financiamento público o agricultor precisa possuir diversos documentos que comprovem sua atividade rural, sendo a DAP (Declaração de Aptidão ao Pronaf) o principal referencial, além disto, o produtor rural necessita elaborar um projeto a ser anexado no processo de solicitação do crédito/financiamento. Daí um novo problema surge, a falta de acessória/assistência técnica, cuja uma das soluções mais recorrentes tem sido através de associação, cooperativa ou até mesmo instituições e órgão que fornecem os serviços, sendo ele muitas das vezes onerosos ao produtor, porém há alguns municípios que possuem termos de cooperação com instituições como INCRA, EMDAGRO, SINDICATO RURAL e até mesmo universidades e escolas técnicas, que possibilitam um assessoramento/assistência aos produtores. A burocracia bancária é outro problema a ser resolvido/minimizado.Não distante do que já foi dito, é preciso destacar que a falta de conhecimento da maioria dos produtores faz com que todo esse processo seja ainda mais lento, onde abre brecha para o envolvimento de terceiros. Organização institucional No tocante a organização podemos destacar a necessidade de agruparmos os produtores rurais em associação/cooperativas. Se organizar por meio de associação/cooperativa tem sido uma solução para muitos produtores. Mediante a estas organizações diversos resultados tem sido obtidos, dentre eles podemos destacar o acesso a assessoria/assistência técnica, ao melhoramento da produção, a concorrência de mercado e que resulta também na melhor qualidade de vida dos envolvidos. Assessoria técnica A assessoria técnica é uma das ferramentas essenciais para o aprimoramento e ampliação da agricultura familiar. O assessoramento técnico possibilitará aos produtores acesso a créditos/financiamentos, ao uso de tecnologias agrícolas, a novas técnicas de cultivo/produção, dentre outras vantagens. A assessoria técnica pode abranger todo o processo de produção Intervenção do Poder Público O poder público por sua vez deve atender sempre as necessidades do município/estado/união e a agricultura familiar é uma delas. A elaboração de planos de ação e de fomento por parte do poder público se faz necessário para melhor atender as demandas na questão da agricultura familiar, tendo como exemplo: Seminários, treinamentos, orientações e assessoria voltadas para este público. Podemos destacar também a elaboração de leis, decretos e portarias que regulamente as políticas públicas ou até mesmo programas que venham a atender a necessidade da agricultura familiar. Vale ressaltar que apesar dos diversos avanços, ainda há muito o que ser feito, inclusive com o aprimoramento dos programas e leis existente, impulsionando a agricultura familiar, bem como, evidenciando sua importância e resultados obtidos. Referência Bibliográfica https://www.gov.br/ https://www.cnabrasil.org.br/ https://www.bndes.gov.br/ https://www.ibge.gov.br MUITO OBRIGADO!
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