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Vacinas

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(
 Sarah 
Michalsky
 3º Período, 101
)Vacinas
VARÍOLA
- Da família dos Orthopoxvirus, um dos maiores vírus que infectam seres humanos, com cerca de 300 nanômetros de diâmetro, o que é suficientemente grande para ser visto como um ponto ao microscópio óptico.
- Teve sua vacina desenvolvida por Edward Jenner.
- As lesões são caracterizadas por serem do mesmo aspecto, ora isoladas, ora confluentes, transformando-se em pústulas e logo após em crostas, onda há descamação.
- Acomete bastante as faces e membros superiores.
- O vírus da vaccinia confere uma imunidade cruzada ao vírus da varíola.
- Pessoas imunodeprimidas (principalmente por células T) podem ter reações às vacinas.
RAIVA (HIDROFOBIA)
- Doença 100% mortal e incurável.
- É uma doença infecciosa que afeta os mamíferos causada por um vírus (Lyssavirus) que se instala e multiplica primeiro nos nervos periféricos e depois no sistema nervoso central e dali para as glândulas salivares, de onde se multiplica e propaga. Por ocorrer em animais e também afetar o ser humano, é considerada uma zoonose.
Transmissão:
- Dá-se do animal infectado para o sadio através do contato da saliva por mordedura, lambida em feridas abertas, mucosas ou arranhões. Outros casos de transmissão registrados são pela via inalatória, pela placenta e aleitamento e, entre humanos, pelo transplante de córnea.
- Infectando animais homeotérmicos, a raiva nas áreas urbanas tem como principal agente o cão, seguido pelo gato. Em zonas silvestres, se dá principalmente por lobos, raposas, coiotes e morcegos hematófagos.
- 80% dos casos registrados de animais infectados são carnívoros.
- Mesmo sendo controlada nos animais domésticos em várias partes do mundo, a raiva demanda muita atenção em razão dos animais silvestres.
- Na saúde pública gera grande despesa para seu controle e vigilância, mesmo nos locais onde é considerada erradicada ou sob controle, já que é uma doença fatal em 100% todos os casos que evoluem para a manifestação dos sintomas.
- Até 2006 apenas 6 casos de cura entre humanos foram registrados, dos quais 5 haviam recebido o tratamento vacinal pré e pós-exposição e somente um, em 2004, parece não haver recebido estes cuidados. A este caso único de cura, uma adolescente de Milwaukee, ensejou a uma segunda cura, esta feita num hospital público do Recife, no Brasil.
História:
- Tratamento antigo: a cauterização por meio de substâncias cáusticas, tais como ácidos nítrico ou sulfúrico, ou mesmo nitrato de prata e/ou ferro em brasa e também a excisão cirúrgica dos ferimentos (método de Cornelius Celsus do século I).
- Em 1530, o médico italiano Girolamo Fracastoro descreveu pela primeira vez a doença de forma correta: que sua transmissão dava-se através da saliva do animal infectado em contato com o sangue do indivíduo sadio. Foi além, dizendo que a doença progredia de modo lento, raramente aparecendo os sintomas antes de vinte dias, a maioria se manifestando após trinta dias, alguns podendo durar 4 ou 5 meses, e noutros de um até cinco anos.
- O termo hidrofobia significa que o animal não consegue engolir e possui muita sede.
Vacina tríplice bacteriana: coqueluche, tétano e difteria.
COQUELUCHE
- Tosse persistente, causando cianose.
- A secreção é espessa.
- Doença altamente contagiosa, pode durar meses.
- O diagnóstico através de PCR, deve ser feito rapidamente e possui boa resposta com uso de antibióticos logo no início.
TÉTANO
- Causado pelo bacilo Clostridium tetani, produtora de neurotoxina, que pode penetrar no organismo por ferimentos na pele ou pelo cordão umbilical do recém-nascido quando cortado com instrumentos não esterilizados.
- O doente apresenta dor de cabeça, febre e contrações musculares (espasmos), que provocam rigidez na nuca e na mandíbula (trismo e riso sardônico) de forma progressiva, até atingir os músculos respiratórios.
- Há casos de morte por asfixia.
- A vacinação e os cuidados médicos (aplicação de soro antitetânico em caso de ferimento suspeito) são essenciais.
- A toxina tetânica e diftérica. O termo toxicoide é quando pega a toxina e trata quimicamente por formol, por exemplo. Ocorre uma mudança na estrutura química e perde as propriedades de toxina e mantém as propriedade imunogênicas que conferem imunidade por meio de anticorpos. Esses toxicoides são também usados em outras vacinas, chamadas conjugadas.
Aspectos epidemiológicos:
- O tétano neonatal, no passado, foi um importante problema de saúde pública em todo o mundo, com contribuição importantíssima para a mortalidade infantil. Atualmente, é uma doença inexistente nos países desenvolvidos, rara em países em desenvolvimento, mas continua ocorrendo com frequência nos subdesenvolvidos (principalmente no continente africano e sudeste asiático). O controle desta doença se deu principalmente, devido ao desenvolvimento educacional e social, como também em função da vacinação em massa.
DIFTERIA
- Popularmente conhecida como “crupe”, é uma doença infectocontagiosa provocada por uma bactéria chamada do Corynebacterium diphtheriae e que pode acometer tanto a pele como as amígdalas, faringe, laringe, nariz e diversas mucosas.
- Muitas vezes fatal, acometendo principalmente crianças.
- Surge uma membrana branca na garganta, acompanhada de dor, febre, dificuldade de falar e engolir.
- O tratamento deve ser feito o mais rápido possível.
- A vacina antidiftérica está associada à antitetânica e antipertussis (contra a coqueluche) na forma de vacina tríplice.
TIPOS DE VACINAS
Atenuadas:
- O microrganismo (bactéria ou vírus vivos), obtido a partir de um indivíduo ou animal infectado, é atenuado por passagens sucessivas em meios de cultura ou culturas celulares, diminuindo assim o seu poder infeccioso.
- As vacinas contra a caxumba, rubéola, sarampo, febre amarela, varicela, rotavírus, BCG e poliomielite (oral) são exemplos.
Conjugadas:
- São produzidas para combater diferentes tipos de doenças causadas por bactérias chamadas encapsuladas (que possuem capa protetora composta por polissacarídeos, substâncias parecidas com açúcares).
- Estas cápsulas que envolvem estas bactérias não conseguem produzir uma boa resposta de sistema de defesa, particularmente em crianças menores de 2 anos de idade. Em maiores de 2 anos a proteção conferida tem curta duração.
- Desta forma, para que se tenha uma vacina que também possa ser aplicada em crianças pequenas e com proteção de longa duração é preciso que se junte a esta cápsula protetora uma proteína, temos assim as vacinas conjugadas.
- Não passa pela ativação de células T convencional. Junto com MHC-II, a fenda é para encaixe de peptídeo, não de polissacarídeo. A imunidade se dá pelas células B1 (5% do total) que produzem anticorpos da classe IgM, são de alta afinidade e alta especificidade porque o universo de antígenos para agirem são pequenos. Essas células possuem meia-vida curta (imunidade não é duradoura) de forma que o indivíduo precisa tomar várias vacinas para realizar a profilaxia.
- A vacina conjugada + toxoide propicia uma imunidade mais duradoura, além de células B1, também células B2 que dão origem a plasmócitos de vida longa.
Inativadas:
- Os microrganismos são mortos por agentes químicos ou físicos.
- A grande vantagem das vaginas inativadas é a total ausência de poder infeccioso do agente, mantendo as suas características imunológicas. Ou seja, estas vacinas não provocam a doença, mas tem a capacidade de induzir proteção (estimular produção de anticorpos) contra essa mesma doença.
- Estas vacinas tem com desvantagem induzir uma resposta imunitária subóptima, o que por vezes querer a necessidade de administras várias doses de reforço.
- Alguns exemplos das inativadas são as vacinas da poliomielite (injetável), hepatite A, hepatite B, influenza, HPV e a DTP (contra difteria, tétano e coqueluche).
Combinadas:
- São as vacinas que em uma única dose, isto quer dizer, uma única picada, protege a criança de várias doenças. Essas vacinas combinadas substituem a aplicação das vacinas em separado, diminuindo os efeitos colaterais, como febre e mal-estare dor.
- Exemplos: vacina hexa que é a combinação de difteria, tétano, coqueluche, pólio inativada, HIV e hepatite B.
De DNA:
- Constituem em um plasmídeo de expressão contendo genes que codificam um ou mais antígenos imunogênicos de interesse. A inoculação deste plasmídeo no organismo hospedeiro e consequente transfecção das células deste hospedeiro possibilita a produção in vivo dos alvos antigênicos desejados utilizando a própria maquinaria celular. Uma vez que esses plasmídeos recombinantes estiverem dentro da célula hospedeira o gene alvo será transcrito, processado e apresentado pelas células apresentadoras de antígenos (APCs), podendo estimular uma resposta imune celular e humoral. Vacinas de DNA têm sido aplicadas contra uma diversidade de agentes patogênicos bem como contra antígenos tumorais.

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