Buscar

MPA, controle de dor e infusões - Opioides e Opiáceos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Autor: Lucas Braselino Borges 
OPIOIDES E OPIÁCEOS 
Qual a diferença entre os dois? 
Os opiáceos são drogas naturais e são 
usados desde 4000 AC, como o extrato da 
papoula, também chamado de ópio, onde se 
encontram a morfina e a codeína (no futuro 
viria a surgir a morfina sintética), que tem 
um potente efeito analgésico de ação 
central. 
Os opióides são sintetizados artificialmente. 
FARMACODINÂMICA 
Esses hipnoanalgésicos (opioides) agem em 
diversos receptores, os principais são os 
receptores um, Kappa, Sigma e Delta na medula 
espinhal, diminuindo a intensidade e a 
frequência dos impulsos elétricos 
somatosensórios aferentes (que vem da 
periferia). 
O QUE CAUSAM? 
Analgesia e sedação 
Queda na atividade motora 
Ação colinérgica (controlada pela atropina) 
Depressão respiratória 
Pode produzir vomito e apesar de diminuir os 
movimentos peristálticos (cuidado com 
grandes animais), eles relaxam o esfíncter 
anal (a morfina é a que mais tem esse 
efeito). 
Usado em neuroleptoanalgesia (tranquilização 
intensa e analgesia, sem perda de 
consciência e narcose. Resumindo é feita 
pela associação de um opioide e um 
tranquilizante ou sedativo). 
Pode provocar excitação paradoxal 
(principalmente em gatos) 
*Em ruminantes pode causar atonia no rúmen 
com exceção do butorfanol. 
*Gatos podem apresentar efeito de 
excitação (diminuir dose) e uso endovenoso 
agrava efeitos colaterais. 
FÁRMACOS 
Morfina: analgesia e depressão respiratória 
dose dependente e pouco efeito no rendimento 
cardíaco, além de produzir vômito, defecação e 
prurido e hipotensão, pois libera histamina. 
Meperidina ou Petidina: 10 vezes menos 
potente que a morfina e pode causar 
hipotensão e convulsão se aplicado pela via IV. 
Dura de 2 a até 4 horas. Também libera 
histamina. Tem caído em desuso, pois se tem 
duvidado do seu efeito analgésico. Em gatos 
NÃO tem efeito analgésico e em equinos há 
relatos de excitação, convulsão e choque 
anafilático. 
Fentanil: 250 vezes mais potente que a 
morfina e é dose dependente. Produz 
bradicardia, hipotensão e depressão 
respiratória com menor efeito em animais 
jovens. Tem duração de 20 a 30 minutos 
podendo ser administrado em infusão contínua 
ou Bolus fracionados (aplicação lenta) a cada 
20 minutos aproximadamente, quando o animal 
apresentar sinais de superficialização como, 
aumento da frequência cardíaca e respiratória. 
Animal pode ter uma apneia de 1 a 2 minutos. 
Com esta técnica pode-se diminuir em até 80% 
o uso do isoflurano. 
Sufentanil: 5 a 10 vezes mais potente que o 
fentanil e tem um efeito mais prolongado com 
Autor: Lucas Braselino Borges 
bradicardia com mínimos efeitos 
hemodinâmicos. 
Remifentanil: É um opióide sintético muito 
potente que é metabolizado por esterases 
plasmáticas, tendo uma duração de 
aproximadamente 6 minutos, sendo muito útil 
em pacientes hepatopatas e nefropatas. Pode 
reduzir a PA e causar bradicardia dose 
dependente. Um ponto ruim é que esse fármaco 
não tem analgesia residual. 
Butorfanol: 3 a 5 vezes mais potente que a 
morfina e tem poucos efeitos colaterais. 
Promove pouca depressão respiratória e 
discreta redução da PA, além de reverter 
efeitos colaterais dos outros opióides. A 
hipomotilidade causada pelo butorfanol é menor 
do que a causada pelos agonistas totais, mas 
ainda pode ser observada. 
Tramadol: é classificado com um opioide 
atípico que age centralmente e tem dois 
metabólitos, o O-desmetiltramadol, o qual é 
responsável pelo efeito analgésico do fármaco 
e o N-desmetiltramadol o qual não tem efeito 
analgésico. Também age inibindo a receptação 
de serotonina e noradrenalina, que podem 
contribuir para redução da transmissão 
nociceptiva da medula espinhal. Uma 
consideração importante é que os equinos e 
cães não produzem muito O-desmetiltramadol, 
assim os efeitos analgésicos do tramadol 
nessas espécies são fracos. Em dores intensas 
ele não será suficiente. 
DOSES 
Morfina 
Cães (0,1 – 1 mg/Kg) 
Gatos (0,2 – 0,5 mg/Kg) 
Metadona 
Cães (0,1 – 0,5 mg/Kg IV ou IM 
0,2 – 0,3 mg/Kg epidural) 
Gatos (0,3 – 0,6 mg/Kg IV ou IM 
 0,3 mg/Kg epidural) 
Remifentanil 
Cães (Sugerido bolus de fentanil a 3 mcg/Kg 
seguido de infusão contínua de remifentanil a 
6 – 12 mcg/Kg/h) 
Gatos (4 - 6 mcg/Kg/h infusão contínua sem 
bolus inicial) 
Equinos (6 mcg/Kg/h) -> nesses animais deve 
ser feito somente com anestesia geral, pois 
pode causar excitação no pós operatório. 
Meperidina 
Cães (3-10 mg/Kg IM) 
Gatos (1 – 5 mg/Kg IM) 
Fentanil 
Cães (2 - 5 mcg/Kg bolus. 3 - 6 mcg/Kg/h 
infusão contínua) 
Gatos (1 -3 mcg/Kg bolus. 2 – 3 mcg/Kg/h 
infusão contínua) 
Tramadol 
Cães (5 – 10 mg/Kg IM/IV) 
Gatos (2 – 4 mg/Kg) 
Butorfanol 
Cães e Gatos (0,2 – 0,4 mg/Kg) 
 
Autor: Lucas Braselino Borges 
ANTAGONISTAS 
Naltrexona (0,5 – 1,5 mg/Kg IV ou IM – 
Titular efeito) 
Naloxona (10 - 40 mcg/Kg IV ou IM – 
Titular efeito) 
ASSOCIAÇÃO PARA 
NEUROLEPTOANALGESIA 
Fentanil + Droperidol 
Acepromazina + morfina (mais barato) 
Clorpromazina ou acepromazina + meperidina 
Xilazina + butorfanol 
Dexmedetomidina + metadona 
Em cavalos: 
Detomidina + butorfanol 
CONCLUSÃO 
- Opioides são excelentes analgésicos, 
especialmente para dor aguda. 
- Efeitos dependentes da atuação nos 
receptores opioides. 
- A resposta pode variar de acordo com o 
paciente. 
- Os antagonistas (reversores) podem ser 
utilizados em caso de efeitos indesejáveis.

Outros materiais