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GIOVANA SANTA MARIA – UFMS CPTL 1 BBPM VI FISIOLOGIA TGI = tubo oco, dividido em segmentos funcionais → boca e faringe, esôfago, estômago, duodeno, jejuno, íleo, cólon, reto e ânus. + estruturas glandulares com fundos cegos → invaginações do revestimento do tubo. + órgãos glandulares que se ligam ao GI por ductos (ex. pâncreas e glândulas salivares) OBS: duodeno + jejuno + íleo = intestino delgado; cólon é as vezes denominado de intestino grosso. ARMAZENAMENTO: estômago e cólon DIGESTÃO E ABSORÇÃO: intestino delgado REABSORÇÃO DE ÁGUA E ÍONS: cólon ATENÇÃO: CIRCULAÇÃO: ao contrário do que acontece no resto do organismo, o sangue venoso proveniente do TGI não segue diretamente para o coração, mas entra primeiro na CIRCULAÇÃO PORTA, que o conduz para o fígado. Fígado é um órgão singular = parte considerável do seu suprimento sanguíneo provém de outra fonte, e não da circulação arterial. A circulação do TGI se dirige 25% para vasos sanguíneos esplâncnicos; DRENAGEM LINFÁTICA: transporte de substâncias lipossolúveis absorvidas, já que essas são grandes demais para penetrar em capilares. PERÍODOS DE QUIESCÊNCIA RELATIVA (entre as refeições) + PERÍODOS DE INTENSA ATIVIDADE (pós- prandial) 3 mecanismos de controle envolvidos: ENDÓCRINO, PARÁCRINO e NEURAL CÉLULA ENTEROENDÓCRINA (CEEs) (sensora) responde a um estímulo (químicos ou mecânicos que atingem a parede do trato GI), secretando um peptídeo ou hormônio regulador que viaja pela corrente sanguínea até células alvo. • CEEs do tipo “aberto” = membrana apical em contato com lúmen do trato GI (local de detecção de estímulos) e membrana basolateral de secreção • CEEs do tipo “fechado” = membrana não entra em contato com a superfície luminal do intestino EX: secretina, gastrina (estimulada pela ativação da eferência parassimpática do TGI, estimulando a secreção ácida do estômago) Processo que um mensageiro químico ou peptídeo regulador é liberado por célula sensora, se difunde pelo espaço intersticial e age sobre célula alvo próxima. EX: histamina (estimula a produção de ácido em células vizinhas); serotonina (regula o funcionamento do musculo liso e a absorção de água, através da parede intestinal); prostaglandinas; adenosina; óxido nítrico; OBS: colecistocinina age como regulador parácrino e endócrino → liberada pelo duodeno em resposta a proteínas e lipídios da ingesta, age de forma parácrina sobre terminações nervosas locais e endócrina tendo influência no pâncreas. GIOVANA SANTA MARIA – UFMS CPTL 2 BBPM VI FISIOLOGIA Neurotransmissor é liberado por terminação nervosa, localizada no trato TGI e age sobre a célula inervada por esse neurônio. 2 tipos de nervos: • Sistema nervoso extrínseco: nervos que inervam o intestino, mas tem seus corpos celulares do lado de fora da parede do intestino → fazem parte do SITEMA NERVOSO AUTÔNOMO • Sistema nervoso intrínseco (entérico): neurônios cujos corpos celulares estão na parede do intestino (plexos submucoso e mioentérico) SISTEMA NERVOSO EXTRÍNSECO: Inervação parassimpática que chega ao intestino → nervos vago e pélvicos • Nervo vago = 10º nervo craniano, inerva o esôfago, o estômago a vesícula biliar, o pâncreas, a primeira parte do intestino, o ceco e a parte proximal do cólon • Nervos pélvicos: inervam a parte distal do cólon e a região anorretal e outros órgãos pélvicos, que não fazem parte do TGI. OBS: pensando na organização típica do sistema nervoso parassimpático: corpos celulares dos neurônios pré-ganglionares estão situados no tronco encefálico (vago) e na medula espinal sacra (pélvicos) → axônios cursam por nervos (vago e pélvicos) até o intestino → sinapse (acetilcolina) com neurônios pós- ganglionares na parede do órgão (neurônios entéricos da parede do intestino) Inervação simpática → corpos celulares situados na medula espinhal e fibras nervosas que terminam nos gânglios pré-vertebrais (celíaco e mesentéricos superior e inferior) (neurônios pré-ganglionares) → sinapse com neurônios pós ganglionares → fibras se dirigem ao órgão- alvo • Inervação de vasos sanguíneos do TGI e estruturas glandulares da parede do intestino. • Tende a inibir o funcionamento do TGI (fisiopatológico) O SNA também transporta fibras aferentes sensitivas para o SNC, com informações sobre o estado do órgão, sobre o conteúdo luminal (acidez, concentração de nutrientes, osmolaridade), grau de estiramento ou contração do músculo liso, transmissão de estímulos dolorosos. VIA REFLEXA= neurônios aferentes + interneurônios + neurônios eferentes → INERVAÇÃO EXTRÍNSECA que se dirige ao trato GI. Podem ser mediados totalmente pelo nervo vagal (reflexo vasovagal). → importante para regulação do funcionamento do TGI após a ingestão de refeição SISTEMA NERVOSO INTRÍNSECO/ ENTÉRICO (SNE): 2 plexos principais, ambos originados na parede do intestino. PLEXO MIOENTÉRICO: situado entre a camada muscular circular e a longitudinal PLEXO SUBMUCOSO: localizado na submucosa Obs: os neurônios dos 2 plexos são conectados por fibras interganglionares. TODOS OS COMPONENTES DE UMA VIA REFLEXA PODEM ESTAR CONTIDOS NO SNE → O SNE PODE AGIR DE MODO AUTÔNOMO, em relação à inervação extrínseca → ENTRETANTO OS NEURÔNIOS DO SNE SÃO GIOVANA SANTA MARIA – UFMS CPTL 3 BBPM VI FISIOLOGIA INERVADOS POR NEURÔNIOS EXTRÍNSECOS, DESSA FORMA O FUNCIONAMENTO DA VIA REFLEXA PODE SER MODULADO PELO SISTEMA NERVOSO EXTRÍNSECO. Dividida em fases • CEFÁLICA • ORAL • ESOGAGIANA • GÁSTRICA • DUODENAL • INTESTINAL Em cada fase, a refeição desencadeia estímulos que ativam diferentes vias (reflexos neuronais, parácrinos e humorais), que produzem alterações na função efetuadora (secreção e motilidade).
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