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LINFEDEMA ● edema por problemas linfáticos ● paciente reclama de inchaço, dor cansada, sensação de peso, pode apresentar hiperemia ● pode aparecer no braço, porém mais comum em MMII ● edema é duro (fases crônicas) ● fases iniciais de linfedema → edema mole ● acomete um membro ou nos dois membros, dependendo do que causou ● normalmente começa de manhã → paciente amanhece com membro inchado ● Sistema Linfático ○ iniciais e terminais: absorvem a linfa ○ coletores: transporte ○ linfonodos: filtram a linfa ○ importante na reabsorção de líquidos e macromoléculas ultrafiltradas, no nível dos capilares arteriais e devolvê-las a circulação ○ Importante na apresentação de antígenos, células imunes, micro-organismos, células mutantes aos linfonodos (1ª barreira do sistema imune); ○ Transporte e homeostase de lipídeos do tecido periférico → Aumento da deposição de gordura no linfedema ● Fisiopatologia ○ Acúmulo progressivo de fluido intersticial enriquecido com proteínas ○ Aumento de volume de segmentos corpóreos causados por distúrbios do sistema linfático (aumenta volume do membro) ○ Síndrome complexa com etiologia variada e manifestações diversas ○ Profundas alterações do membro acometido, graves repercussões funcionais, estéticas e psicossociais ○ Aumento da carga linfática, o débito linfático cresce paralelamente até que seja atingido o nível máximo de transporte. A partir desse ponto ocorre o edema ● Classificação e Etiologia ○ Primário: ■ Mulheres: 10x mais comum que homens ■ Pico de incidência: 12-16 anos ■ Causas congênitas (edemas antes de 1 ano de idade) ● origem familiar ou não familiar ● 1 a cada 6.000 a 10.0000 nascimentos; ● esporádico ● Padrão autossômico dominante (relacionado com pacientes com Sd. Turner, Sd. Klinefelter, trissomia do 21) ● edema bilateral na perna ou todo o membro inferior ● Doença de Milroy ○ linfedema periférico, congênito e de caráter familiar ○ Aplasia ou hipoplasia do sistema linfático em todos os seus níveis (capilar, coletor e troncos); → não tem ou não funciona de maneira adequada ○ edema bilateral ■ Linfedema precoce (edemas com início a partir de 1 ano a 35 anos) ● origem não familiar ● 94% dos casos ● Doença de Meige ○ padrão recessivo ○ tem início na puberdade (pico 12-16 anos) ○ mais comum em mulher ○ normalmente é unilateral (principalmente em pé e panturrilha) ○ correlação com estrógenos ■ Linfedema tardio (edemas com início após 35 anos) ● incomum ● 10% dos casos de linfedemas ○ Secundário ■ aconteceu algo que causou alteração no linfático ■ Filariose (elefantíase) ● comum nas áreas endêmicas ● Questiona-se se a filária por si só leva a obstrução do vaso linfático ou se sua presença dentro do linfático leva a crises de linfangite subaguda ou aguda; ● Lesão gradativa da circulação linfática ■ Excisão de linfonodo → radiação ● Após lesão de linfocentros e coletores; ● Propiciar aparecimento de linfedema ou piora o já existente. ■ Invasão tumoral ● Acometimento ganglionar: melanoma, linfomas, neoplasias de ovário; ● Pode ser o primeiro sinal de câncer ● melanoma pode acometer gânglios ■ Infecção ● Pós tuberculose ○ Comprometimento tuberculoso ganglionar; ○ Linfedema pós tuberculose ganglionar (TBC); ○ Melhora com o tratamento da TBC. ● Pós infeccioso ○ Associado a maus hábitos de higiene e precariedade do sistema de saúde ○ erisipelas - pode ser unilateral ou bilateral; infecção de pele, hiperemia, pele quente, dolorosa; ○ antibioticoterapia ○ combater as portas de entrada ■ Trauma ● Lesão grave de músculo, SC e pele (grandes desluvamentos) ou fraturas cominutivas, múltiplas e expostas, grandes queimados ■ Brida Amniótica ● Brida de pele e subcutâneo com constrição das estruturas que passam no local; ● Terço médio para inferior de uma das pernas; ● Cirurgia: liberação da brida com excisão em Z (zetaplastia) de imediato para evitar lesão permanente do capilar linfático ■ Pós cirúrgico ● Cirurgias com extensa retirada de gânglios: esvaziamentos ganglionares, cirurgia de melanoma, do linfoma e do câncer testicular; ● Cirurgia com lesão dos coletores linfáticos (fleboextração) ■ Pós Flebítico ● Relacionados a parte venosa ● trombose extensa e como sequela (por conta da obstrução) → dificuldade no retorno venoso → úlceras → infecções → afeta linfático ● Síndrome pós trombótica com úlceras de membro inferior e com infecção subaguda; ● Veia inflamada pode comprometer vaso linfático por contiguidade. ○ ■ ferida em linfedema não é muito comum ○ Estágio Clínico ■ Fase latente ● começa a ter um excesso de fluidos que acumulam → fibrose ao redor dos vasos linfaticos → apciente nao tem tanto edema ■ Grau I ● Edema depressível sob pressão; ● Edema amplamente ou totalmente reduzido com elevação do membro; ● Sem evidências clínicas de fibrose; ■ Grau II ● Edema não depressível sob pressão; ● Edema não é reduzido com elevação do membro; ● Fibrose moderada a grave; ○ Grau III ■ Edema irreversível; ■ Desenvolve-se por ataques inflamatórios repetidos; ■ Fibrose; ■ Esclerose de tecidos cutâneo e subcutâneo ● Quadro Clínico ○ Diagnóstico eminentemente clínico; ○ Membro com consistência firme e endurecida; ○ Perda da forma maleolar normal: aspecto de tronco de árvore ○ Dedos grossos e retangulares; ○ Dorso do pé aumenta de volume: aspecto de corcunda de búfalo ○ pele em “casca de laranja” ○ ○ Pele com coloração vermelho rosada; ○ Temperatura ligeiramente elevada (↑ vascularização); ○ Pele grossa, áreas de hiperceratose: reação inflamatória crônica ○ ○ Edema não regride com repouso de 24h, história de infecção prévia, praticamente indolor e sem lesões de pele nas fases iniciais. ○ Apresenta sinal de Stemmer (pregueamento do 2º podo; Se não consegue fazer pregueamento → sinal positivo para linfedema) ○ ○ ● Exame Diagnósticos ○ suspeita clínica e exame físico ○ não consegue ver o vaso linfático no USG Doppler ○ Tomografia → não é tão boa (restrita ao tecido subcutâneo - só se vê o edema e não o vaso linfático) ○ Linfocintilografia ■ melhor exame a se pedir ■ Melhor exame para diagnóstico e prognóstico; ■ Injeção de contraste com substância radioativa no subcutâneo dos 2 espaços interdigitais de mãos ou pés; ■ Imagens captadas em gamacâmara e processadas desde injeção e depois repetidas com 30 minutos, 1 hora e 2 horas. ■ ○ Linfografia ● Tratamento Clínico ○ Derivado Cumarínicos ■ 5,6 alfabenzopirona: Melhora a circulação linfática ordenando a abertura e fechamento das junções nos capilares linfáticos; ■ Redução das medidas dos linfedemas quando comparado a fisioterapia isoladamente; ■ Hepatotóxica: não administrar em doença hepática grave, crianças < 8 anos e adultos > 70 anos; ■ Uso prolongado: avaliar função hepática a cada 6 meses. ○ Derivados Esperidínicos ■ Diosmina: utilizados em crianças, idosos e alérgicos a benzopirona; medicamento também usado para varizes ○ Alimentos Linfogênicos ■ Crustáceos, chocolate, carne suína, aumentam a linfa intestinal (quilo), porém não a linfa periférica ■ Talvez evitar alimentos com ácidos graxos de cadeia longa e promover um emagrecimento geral do paciente tenha uma redução das medidas do membro linfadematoso. ○ Terapia Física Complexa - TFC ■ Melhor tratamento ■ Drenagem linfática manual ■ Contenção (inelástica e elástica); ■ Melhora das condições da pele, bem como exercícios linfomiocinéticos ○ ○ Compressão Pneumática Intermitente – CPI ■ CPI isolada só desloca a parte líquida de edema linfático concentrando no subcutâneo que poderia ocasionar fibrose e fibroedema; ■ Pressões elevadas (> 60mmHg) por períodos prolongados (> 30 min) podem lesar o sistema linfático. ■ pode lesionar o linfático ■ pode ser usado como início da terapia ■ Prática: CPI baixa pressão (< 60mmHg) por até 20 minutos conjuntamente com a drenagem linfática manual ou como início de sessão de TFC ○ ● Tratamento Cirúrgico ○ raramente se trata cirurgicamente ○ Reduzir peso e melhorar a forma do membro comprometido ○ diminuir a incidência de processos inflamatórios ○ tornar possívelaos portadores de elefantíase vestir roupas normais e usar calçados ○ Cirurgias Reconstrutivas ■ Pacientes com obstrução da circulação linfática proximal, com linfáticos e preservados e dilatados periféricos à obstrução; ■ Linfedema secundário a linfadenectomia axilar, inguinal ou pélvica; ■ Anastomoses linfovenosas, bypass linfovenoso ou bypass linfático linfático; ○ Cirurgia Excisional ■ Descolamento de tecido subcutâneo linfedematoso e da pele sobrejacente; ■ “Excisão subcutânea estagiada por retalhos”: procedimento de Kondoleon ou de Homan. ■ ■ Procedimento de Charles: ● Lindefema muito pronunciado, pele acometida e infectada; ● Excisão completa e circunferencial da pele e subcutâneo e da fáscia profunda da perna e dorso do pé; ● Enxerto ●