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CIÊNCIAS SOCIAIS - Modelos Médicos

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Ana Laura Octávio - TXXII 
 
MODELOS MÉDICOS 
INTRODUÇÃO 
- Com a trajetória humana, os indivíduos acumularam uma gama de saberes que, com o 
tempo, foi sistematizada como conhecimento. 
- Já o senso comum, utiliza conhecimentos que funciona razoavelmente bem na solução 
de problemas imediatos, apesar da não compreensão das explicações (crenças 
repassadas de gerações em gerações). 
- O conhecimento científico surge e traz com ele um conjunto de regras (baseadas na 
metodologia cientifica). 
- Dessa maneira, devido a formação técnica dos médicos, os conhecimentos são 
científicos (nada é baseado no senso comum). 
- Como nada é baseado no senso comum, esse conhecimento é desprezado. 
- A medicina (século XX) apoiou-se cada vez mais na fisiologia e na anatomia, gerando 
uma visão reduzida do paciente. 
- Nesse cenário, as ciências sociais entram contribuindo para uma visão mais completa 
dos pacientes (foco na humanização e na integralidade). 
 
 
MODELO MÉDICO BIOMÉDICO 
- Esse modelo apresenta as seguintes características: 
• A noção de que doença sempre tem causa biológica. Assim, é desconsiderado os 
aspectos sociais e psicológicos do paciente, limitando-o a um organismo biológico. 
• O modelo é reducionista, pois considera que fenômenos complexos (no caso, 
doenças) são derivados de um único fator primário, como se todos os aspectos do 
estilo de vida do paciente não interferissem diretamente em sua saúde. 
• O modelo apresenta um dualismo cartesiano, isto é, não considera uma interação 
entre corpo e mente. Pensa que essas duas entidades são separadas e 
independentes entre si; o que é um equívoco, haja vista que corpo e mente estão 
intimamente conectados e relacionados. 
• A concepção mecanicista, a qual enxerga o paciente apenas como um conjunto de 
elementos anatômicos e fisiológicos e não como um todo, possuidor de aspectos 
sociais, psicológicos, econômicos etc. 
• Considerar saúde como ausência de doença. Essa característica é a mais errônea de 
todas, pois falta de saúde não está relacionada apenas com a presença de doença, 
mais sim, com a suscetibilidade de ficar doente. Para isso, todo o estilo de vida do 
paciente deve ser levado em conta. 
 
 
 
Ana Laura Octávio - TXXII 
 
MODELO MÉDICO HEGEMÔNICO 
- Esse modelo apresenta as seguintes características: 
• Individualismo – quando o médico que formado no modelo biomédico se 
especializa, ele passa a se enquadrar no modelo hegemônico. Assim, deixa de ver o 
paciente como um todo biológico e o vê apenas como uma porção do organismo. 
• Saúde-doença como mercadoria – apenas quem possui capital terá acesso a exames 
e remédios. Dessa forma, as chances de cura são muito maiores. 
• Ênfase no biologismo – desconsidera todo o contexto psicossocial e as condições de 
vida do paciente. 
• Medicalização dos problemas – tudo é resolvido com remédios, mesmo os 
problemas de fundo emocional (que não, necessariamente, precisam de drogas para 
sua resolução). 
• Nesse modelo, o corpo humano é considerado uma máquina que pode ser analisada 
em termos de peças (cada especialista analisa uma peça). Nesse sentido, o objetivo 
do médico é consertar o ``defeito da máquina´´. 
• A medicina desse modelo perde a visão do paciente como um todo, como ser 
humano. 
• Considera a tecnológica médica como o único caminho capaz de melhorar a saúde. 
 
 
 
MODELO MÉDICO BIOPSICOSOCIAL 
- Esse modelo entendeu que as interações biomédicas, embora extremamente úteis em 
emergências individuais, poucos efeitos geravam na saúde das populações. 
- Dessa maneira, a saúde dos indivíduos é determinada por comportamentos, pela 
alimentação e pelo meio ambiente; logo, todos esses aspectos devem ser levados em 
consideração quando se busca fechar um diagnóstico. 
- Perfis epidemiológicos são muito mais bem explicados pelos determinantes ambientais 
e pelo estilo de vida do que pelas intervenções do sistema de saúde. 
- Novas concepções do processo saúde-enfermidade-cuidado surgiram, as quais 
articulam a saúde com as condições de vida. 
- O modelo médico biopsicossocial surge pós 1974 e deixa de se preocupar com a 
doença, passando a preocupar-se com a saúde (saúde não é mais apenas ausência de 
doença). 
- Nova definição de saúde → completo bem-estar funcional, social e patológico. 
- Assim, o ambiente social e físico torna-se o maior determinante da saúde. 
- Esse modelo proporciona uma visão integral do ser, a qual compreende as dimensões 
física, psicológica e social.

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