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Modelo biomédico O que é o modelo Biomédico? Centraliza-se somente em fatores biológicos, não se concentrando em fatores psicológicos, sociais e de meio ambiente. Nesse modelo, estar bem de saúde significa a ausência de dor ou doença, focando sempre em processos físicos que podem afetar o estado de saúde, como a fisiologia e a patologia de uma condição por exemplo. O modelo biomédico também é bastante difundido e utilizado, especialmente em doenças agudas ou infectocontagiosas. Marco inicial: Origina-se no EUA seguindo o modelo capitalista norte-americano, pelo pesquisado pelo educador Abraham Flexner, e se torna o marco teórico conceitual da biomedicina. Princípios teóricos: Baseiam-se na orientação científica do séc. XVII. Onde a visão mecanicista e reducionista do Homem e da Natureza que surgiu quando filósofos como Galileu, Descartes, Newton, Bacon e outros conceberam a realidade do mundo como uma máquina. Essa visão foi seguida pelos médicos e fisiologistas mais célebres da época, fez com que, de fato, o corpo humano fosse conceituado como um grande engenho cujas peças se encaixam ordenadamente e segundo um processo racional. Características: O centro da atenção no Modelo Biomédico é o indivíduo doente, ele tem como suas principais características a: Tecnificação: onde se centraliza os processos de diagnostico e cura nos procedimentos e equipamentos tecnológicos. Biologicismo: que considera o agente causal, o causador da doença, seja ele biológico, químico ou físico. Mecanicismo: que considera o corpo como uma máquina. Fragmentação: onde o ensino tem ênfase à anatomia, aprendendo segmentos humanos, que dão origem as diversas especialidades medicinais. Positivismo: com a verdade cientifica; Hospitalocentrismo: determina que o melhor ambiente para tratar e cuidar do doente é o hospital, pois nele há exames e administração correta de medicamentos. Curativismo: sua ênfase é á cura das doenças em detrimento da promoção da saúde e da prevenção. Individualismo: foca no individuo, o que gera uma negação aos grupos sociais e a comunidade. Também há a e a negação da saúde pública, da saúde mental e das ciências sociais, assim como considera seitas formas alternativas de promoção da saúde. Centraliza-se nesse processo o: O diagnóstico individual e o tratamento, o processo fisiopatológico. Quais suas limitações? Com o avanço da biomedicina fica-se evidente a impossibilidade de obter respostas totalmente efetivas para diversos problemas de saúde, sobretudo para os componentes psicológicos ou subjetivos que acompanham a doença. Medicinas alternativas ou complementares: foram uma forma de estratégias terapêuticas para encontrar outras formas de lidar com a saúde e a doença, isso constitui uma evidência dos reais limites da tecnologia médica. Desafios: Comportamento extremamente cartesiano na separação entre o observador e o objeto observado. Custos envolvidos nas novas tecnologias médicas para cujo enfrentamento os indivíduos ou o serviço público de saúde se sentem cada vez mais impotentes. Novos paradigmas da saúde pública A noção atual de saúde, estabelecida a partir da definição da OMS (Organização Mundial de Saúde), de que ela “é um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não consiste apenas na ausência de doenças ou de enfermidades”, tem contribuído para uma reavaliação do papel e das possibilidades dos serviços de saúde. Referências: Barros, José Augusto C.Pensando o processo saúde doença: a que responde o modelo biomédico?. Saúde e Sociedade [online]. 2002, v. 11, n. 1 [Acessado 31 Julho 2021] , pp. 67-84. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0104- 12902002000100008>. Epub 05 Jun 2008. ISSN 1984-0470. https://doi.org/10.1590/S0104-12902002000100008. CARVALHO , S. R. Modelos teóricos conceituais da promoção à saúde canadense e da saúde coletiva brasileira. São Paulo: USP, 2008. Disponivel em: <http://www.fsp.usp.br/cepedoc/trabalhos/trabalho181.htm>
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