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Patologia Cirúrgica Ocular ANATOMIA OCULAR O QUE O PATOLOGISTA RECEBE? O QUE O PATOLOGISTA RECEBE? Em 98% dos casos não se envia material para a patologia. Pálpebras; Conjuntiva; Córnea; Enucleações (retirada do globo ocular); Exenterações (esvaziamento de toda a câmara ocular, incluindo pálpebras). PÁLPEBRAS PÁLPEBRAS: Possui funções de prote do olho e produção da lágrima. É revestida por pele externamente e conjuntiva internamente. Na altura do fechamento das pálpebras, há uma região chamada comissura palpebral. Essa região é importante porque é a parte que fica menos protegida pelas pálpebras da radiação solar. Na sua porção interior há a musculatura orbicular e dois conjuntos de glândulas sebáceas modificadas Patologia Cirúrgica Ocular RECEBE? Em 98% dos casos Exenterações (esvaziamento de toda a câmara ocular, funções de proteção física evestida por pele conjuntiva internamente. Na altura do fechamento das pálpebras, há uma região chamada comissura palpebral. Essa região é importante porque é a parte que fica menos protegida musculatura orbicular e modificadas. Glândulas de Zeis (se pronuncia essa disgraça como Záis), ficam junto à borda ciliar, sendo mais superficiais. Glândulas de Meibomio à musculatura orbicular. NÃO NEOPLÁSICO XANTELASMA: Placas amareladas elevadas, correspondentes à acúmulo de gordura, associado de maneira indireta ao metabolismo do colesterol e hipercolesterolemia. São lesões totalmente benignas. Podem ser únicas ou múltiplas, uni ou bilaterais. Microscopia: Abaixo da pele, agrupamentos de células (macrófagos espumosos) contendo lipídios no seu interior. Essas células são microscopicamente semelhantes às vistas na colesterolose. Tratamento: Excisão cirúrgica das lesões (por questões estéticas), geralmente sem complicações. CALÁZIO: Cisto das localizado longe da borda ciliar, não comprometendo os cílios. É uma inflamação crônica ductos de secreção dessas g Patologia Cirúrgica Ocular (se pronuncia essa disgraça como Záis), ficam junto à borda ciliar, sendo mais mio, mais profundas em relação à musculatura orbicular. NÃO NEOPLÁSICO Placas amareladas, discretamente correspondentes à acúmulo de gordura, associado de maneira indireta ao metabolismo do colesterol e hipercolesterolemia. São lesões totalmente benignas. Podem ser únicas ou múltiplas, uni ou bilaterais. Abaixo da pele, se acumulam de células (macrófagos espumosos) contendo lipídios no seu interior. Essas células são microscopicamente semelhantes às vistas na Excisão cirúrgica das lesões (por questões estéticas), geralmente sem complicações. Cisto das glândulas de Meibomian, localizado longe da borda ciliar, não comprometendo inflamação crônica, que obstrui os ductos de secreção dessas glândulas. Clínica: Cisto não doloroso ou com pouca dor, sem sinais flogísticos. Etiologia desconhecida. Microscopia: Pode ter células gigantes multinucleadas e o infiltrado inflamatório é linfoplasmocitário, típico de uma inflamação crônica. Pode ser uma manifestação clínica tardia do terçol, mas é mais difícil de se resolver, às vezes excisão cirúrgica. HORDÉOLO/TERÇOL: Comprometimento das de Zeis, próximo a borda ciliar. É uma inflamação aguda. Clínica: Doloroso, com edema e eritema. Etiologia traumática ou infecciosa. Tratamento: Se resolve espontaneament dias. Compressas de água quente são ótimas. MOLUSCO CONTAGIOSO: Lesão inflamatória infecciosa, causada pelo Poxvírus, que pode acometer qualquer região do corpo. Em crianças: Comum, ocorre principalmente nas mãos e na face, sendo uma doença de contágio. Em adultos: Caso ocorra na região anogenital, é considerada uma DST. Clínica: Lesão de bordas elevadas e centro deprimido (lesões umbilicadas). Não possui nenhum risco de transformação maligna. Microscopia: Marcado espessamento e hiperplasia epitelial, cujo interior há numerosas inclusões virais características. Cisto não doloroso ou com pouca dor, sem desconhecida. Pode ter células gigantes multinucleadas é linfoplasmocitário, típico Pode ser uma manifestação clínica tardia do terçol, mas é mais difícil de se resolver, às vezes precisando de etimento das glândulas Doloroso, com edema e eritema. Etiologia Se resolve espontaneamente em poucos dias. Compressas de água quente são ótimas. Lesão inflamatória infecciosa, causada pelo Poxvírus, que pode acometer Comum, ocorre principalmente nas mãos ça de contágio. Caso ocorra na região anogenital, é Lesão de bordas elevadas e centro deprimido Não possui nenhum risco de transformação maligna. Marcado espessamento e hiperplasia epitelial, cujo interior há numerosas inclusões virais NEOPLASIAS BENIGNAS ACROCÓRDON (PFE /PÓLIPO FIBRO Pequenas projeções proliferativas, papilares, elevadas, polipoides, totalmente escamoso normal benigno, de eixo conjuntivo vascular. Tratamento: Excisão cirúrgica simples, por estética. PAPILOMA ESCAMOSO: Pode ser de origem traumática (mais raro). É benigno, sem chance de ma Clínica: Lesão polipoide possui aspecto mais grosseiro, Microscopia: Epitélio escamoso muito com várias lobulações. NEOPLASIAS MALIGNAS CARCINOMA BASOCELULAR: comum na pálpebra. Possui potencial de metastatização, mas de invasão/agressividade local. face e atingir meninges/SNC. Clínica: Lesão bem delimitada, brilhosa/perolada. Inicia-se como pápula rósea. NEOPLASIAS BENIGNAS ACROCÓRDON (PFE /PÓLIPO FIBRO-EPITELIAL): Pequenas projeções proliferativas, papilares, elevadas, polipoides, totalmente revestidas por epitélio escamoso normal benigno, de eixo conjuntivo vascular. Excisão cirúrgica simples, por estética. PAPILOMA ESCAMOSO: Lesão causada pelo vírus HPV. Pode ser de origem traumática (mais raro). É benigno, sem chance de malignização. polipoide/vegetante, cuja superfície possui aspecto mais grosseiro, verrucoso e lobulado. Epitélio escamoso muito mais espessado, NEOPLASIAS MALIGNAS CARCINOMA BASOCELULAR: É a lesão maligna mais potencial de metastatização, mas potencial de invasão/agressividade local. Pode invadir ossos da face e atingir meninges/SNC. esão bem delimitada, brilhosa/perolada. se como pápula rósea. Microscopia: Lesão quase que circunscrita Imita a conformação da camada basal da epiderme, formando ninhos. Essas lesões adquirem um comportamento mais agressivo próximas à orifícios, porque se tenta fazer a excisão de forma mais econômica possível pa causar prejuízos estéticos e funcionais ao paciente, mas ao se deixar a menor margem possível, corre risco de deixar uma ilhota de células neoplásicas no paciente, que por vezes cresce por baixo da cicatriz. Carcinoma basocelular ocular infiltrativo CARCINOMA EPIDERMOIDE: Lesão maligna também com potencial de destruição local. Ocorre em áreas expostos ao sol (assim como o basocelular). Maior poder metastático que o carcinoma basocelular Clínica: Lesão ulcerada. Microscopia: Ilhotas e epitélio escamoso que deveria estar só na superfície, mas está por toda a derme, se diferenciando, formando ninhos e pérolas córneas. Há, ainda, importante reação inflamatória contra o antígeno (células neoplásicas). Lesão quase que circunscrita e expansiva. Imita a conformação da camada basal da epiderme, Essas lesões adquirem um comportamento mais s, porque se tenta fazer a excisão de forma mais econômica possível para não causar prejuízos estéticos e funcionais ao paciente, mas ao se deixar a menor margem possível, corre-se o risco de deixar uma ilhota de células neoplásicas no paciente, que por vezes cresce por baixo da cicatriz. infiltrativo Lesão maligna também Ocorre em áreas expostos ao sol (assim como o poder metastático que o carcinoma basocelular. e epitélio escamoso que deveria estar só na superfície,mas está por toda a derme, se diferenciando, formando ninhos e pérolas córneas. Há, ainda, importante reação inflamatória contra o Carcinoma epidermoide CARCINOMA SEBÁCEO: principal local de ocorrência é a pálpebra. Pode se originar tanto das glândulas de Zeis quanto das de Meibomian. Bastante agressivo, é a neoplasia mais letal, poder de destruição local, recidiva e metástases. Clínica: Geralmente no interior da pálpebra, com aspecto amarelado, brilhoso amareladas e ulcerações. Microscopia: Hiperproliferação das glândulas sebáceas, com suas células claras contendo lipídios. mais agressivo, não se identifica tantas glândulas sebáceas. Há muitas atipias e mitoses. Tratamento: Cirurgias amplas. Carcinoma epidermoide infiltrativo CARCINOMA SEBÁCEO: Pouco comum, mas seu principal local de ocorrência é a pálpebra. e originar tanto das glândulas de Zeis quanto das Bastante agressivo, é a neoplasia mais letal, com alto local, recidiva e metástases. Geralmente no interior da pálpebra, com , brilhoso, às vezes com placas amareladas e ulcerações. Hiperproliferação das glândulas sebáceas, com suas células claras contendo lipídios. Quando é mais agressivo, não se identifica tantas glândulas Há muitas atipias e mitoses. Cirurgias amplas. CONJUNTIVA CONJUNTIVA: Fina membrana mucosa transparente que circunda a córnea. Conjuntiva bulbar: Recobre o globo ocular e é formado por epitélio estratificado escamoso não queratinizado. Conjuntiva tarsal/palpebral: Reveste a pálpebra internamente, é contínua com a fórnice que é formada por epitélio pseudoestratificado com células caliciformes. Fórnices ou fundos de saco: Superior e inferior, são formados pela união dessas 2 conjuntivas. Possui epitélio colunar pseudoestratificado rico em células caliciformes. Epitélio de 3 camadas: Basal, alar (wing) e superficial (cuboidal). Células caliciformes, de Langerhans e (pigmentada em pessoas com pele preta). Estroma: Vasos, nervos, glândulas, linfócitos e macrófagos. O limbo é o local das células tronco da conjuntiva. LESÕES NÃO NEOPLÁSICA PINGUÉCULA: Lesão conjuntival que não compromete a córnea e não se sobrepõe ao limbo (transição). É discretamente elevada e grosseiramente triangular. Ocorre predominantemente na linha média do globo ocular, na altura da fenda palpebral. Etiologia: Radiação solar. Pode atrapalhar a distribuição lacrimal ( focal, com depressão em forma de disco Conjuntiva dos fórnices Conjuntiva palpebral Fina membrana mucosa transparente Recobre o globo ocular e é ormado por epitélio estratificado escamoso não Reveste a pálpebra a conjuntiva do nice que é formada por epitélio caliciformes. Superior e inferior, são formados pela união dessas 2 conjuntivas. Possui epitélio colunar pseudoestratificado rico Epitélio de 3 camadas: Basal, alar (wing) e superficial Células caliciformes, de Langerhans e melanócitos (pigmentada em pessoas com pele preta). Estroma: Vasos, nervos, glândulas, linfócitos e limbo é o local das células tronco da conjuntiva. NÃO NEOPLÁSICAS ´ Lesão conjuntival que não compromete ao limbo (transição). É discretamente elevada e grosseiramente triangular. Ocorre predominantemente na linha média do globo palhar a distribuição lacrimal (desidratação depressão em forma de disco na córnea). Microscopia: Há destruição das fibras elásticas da derme pela radiação solar, processo chamado elastose solar. Há aumento da espessura do às vezes com substituição do epitélio conjuntival por epitélio escamoso puro e simples. Presença de infiltrado inflamatório e proliferação vascular. PTERÍGIO: Lesão triangular que recobre tant conjuntiva quanto a córnea, pelo submucoso de tecido conjuntivo Etiologia: Raios solares. Microscopia: Igual à da pinguécula. Pode causar leve astigmatismo, mas não impõe risco à visão. Maioria benigna, mas deve anatomopatológico porque pode conter prec de neoplasias actinoinduzidas (CEC e melanoma). Tratamento: Excisão cirúrgica. METAPLASIA ESCAMOSA: epidermização da conjuntiva, ocasionada geralmente por trauma ou processo inflamatório muito severo, como em lesões cáusticas ou doenças autoimunes. Clínica: Córnea opaca. Microscopia: Epitélio conjuntival passa a ser espesso e queratinizado e o estroma corneano apresenta proliferação vascular. Tratamento: Transplante de córnea, com recuperação de boa parte da visão. Há destruição das fibras elásticas da derme pela radiação solar, processo chamado elastose solar. Há aumento da espessura do epitélio escamoso, às vezes com substituição do epitélio conjuntival por epitélio escamoso puro e simples. Presença de infiltrado inflamatório e proliferação vascular. Lesão triangular que recobre tanto a conjuntiva quanto a córnea, pelo crescimento submucoso de tecido conjuntivo fibromuscular. Igual à da pinguécula. Pode causar leve astigmatismo, mas não impõe risco à visão. Maioria benigna, mas deve-se fazer anatomopatológico porque pode conter precursores de neoplasias actinoinduzidas (CEC e melanoma). Excisão cirúrgica. METAPLASIA ESCAMOSA: Condição em que há uma epidermização da conjuntiva, ocasionada geralmente por trauma ou processo inflamatório muito severo, sticas ou doenças autoimunes. Epitélio conjuntival passa a ser espesso e queratinizado e o estroma corneano apresenta Transplante de córnea, com recuperação DOENÇAS AUTOIMUNES: Podem causar encurtamento de fórnices, o que gera menor mobilidade do globo ocular. Se estabelecem ligações de pontes fibrosas entre a conjuntiva e o bulbo ocular propriamente dito. Pode ter alterações epiteliais. Diagnóstico diferencial através de imunofluorescência, conforme o tipo de depósito e sua localização. Penfigóide cicatricial: Mais comum, há acúmulo de complexos autoimunes, formando uma bolha que afasta o epitélio com um processo inflamatório crônico. Há presença de IgG e C3b. AMILOIDOSE: Crescimento firme por dentro da pálpebra, visível com a sua eversão. Primária ou secundária. Rara – 0,002%. Clínica: Adultos jovens/meia idade. bilateral (20%). Nódulo firme ou massa com aspecto de cera. Ptosis pode estar presente (~60%). Microscopia: Grande massa de tecido eosinófilo/rosa, de colágeno meio quebrado, que desestrutura a conjuntiva. Diagnóstico: Coloração por vermelho congo. A deposição amiloide fica de coloração rosa salmão e, na bi-refringência, adquire coloração verde. O amarelo não é diagnóstico de amiloidose. Podem causar encurtamento de fórnices, o que gera menor mobilidade do globo ocular. Se estabelecem ligações de pontes fibrosas entre a conjuntiva e o bulbo ocular propriamente dito. l através de imunofluorescência, conforme o tipo de depósito e sua localização. Mais comum, há acúmulo de complexos autoimunes, formando uma bolha que afasta o epitélio com um processo inflamatório Crescimento firme por dentro da Unilateral ou Nódulo firme ou massa com aspecto de presente (~60%). Grande massa de tecido eosinófilo/rosa, de colágeno meio quebrado, que desestrutura a Coloração por vermelho congo. A deposição amiloide fica de coloração rosa salmão e, na loração verde. O amarelo NEOPLASIAS MELANOCÍTICA NEVOS MELANOCÍTICOS: malignização. Raramente invadem a córnea Também são raros no palpebral, mas nessas zonas geralmente melanomas ou precursores de melanomas Clínica: Lesão pigmentada bem delimitada, pequena, sem ulceração. Microscopia: Cistos subepiteliais revestidos pelo epitélio superficial. Visualiza do epitélio conjuntival, onde é possível se identificar cistos (áreas desprovidas de qualquer celularidade), que só ocorre em situações benignas/nevos. No final da infância ou na conjuntivais podem adquirir um componente inflamatório rico em linfócitos, plasmócitos e eosinófilos. O nevo juvenil inflamado totalmentebenigno. MELANOSE PRIMÁRIA ADQUIRIDA: evoluem para malignidade. Clínica: Lesão pigmentada pouco delimitada, plana, de aspecto irregular, com vários tons de cor. Microscopia: Grande quantidade de células pigmentares dentro do epitélio conjuntival. Não se visualiza células névicas nos tecidos subepiteliais. Tratamento: Acompanhame Aqui é um nevo composto, que creio eu ser nevo simples + melanose. MELANOCÍTICAS NEVOS MELANOCÍTICOS: Menos de 1% de risco de invadem a córnea. fórnice ou sobre a conjuntiva , mas nessas zonas geralmente representam melanomas ou precursores de melanomas. Lesão pigmentada bem delimitada, pequena, istos subepiteliais revestidos pelo Visualiza-se células névicas abaixo do epitélio conjuntival, onde é possível se identificar cistos (áreas desprovidas de qualquer celularidade), que só ocorre em situações benignas/nevos. No final da infância ou na adolescência, os nevos is podem adquirir um componente inflamatório rico em linfócitos, plasmócitos e eosinófilos. O nevo juvenil inflamado resultante é MELANOSE PRIMÁRIA ADQUIRIDA: 50% dos pacientes evoluem para malignidade. são pigmentada pouco delimitada, plana, de aspecto irregular, com vários tons de cor. Grande quantidade de células pigmentares dentro do epitélio conjuntival. Não se visualiza células névicas nos tecidos subepiteliais. Acompanhamento regular com oftalmo. Aqui é um nevo composto, que creio eu ser nevo simples + melanose. MELANOMA: Lesão maligna agressiva. unilaterais, tipicamente afetando louros Se desenvolvem de precursores (melanose primária adquirida com atipia e melanoma in situ Clínica: Grande massa conjuntival pigmentada tridimensional, às vezes com melanose ao redor. Microscopia: Melanócitos malignos atípicos, com nucléolos grandes, fendas nucleares, e pigmentos espalhados pelo estroma conjuntival. Tratamento: Enucleação ou exenteração através da extirpação de sua lesão precursora Tendem a se espalhar primeiramente para os linfonodos parotídeos ou submandibulares. Cerca de 25% dos melanomas conjuntivais são fatais. NEOPLASIA EPITELIAL ESCAMOSA PAPILOMA ESCAMOSO: Lesão benigna que também pode afetar a conjuntiva. Clínica: Lesão lobulada, aspecto verrucoso. Microscopia: Muito semelhante ao papiloma escamoso da pálpebra, com múltiplas lobulações, aumento da espessura do epitélio, coriocitose. Tratamento: Ressecção estética. CARCINOMA IN SITU: Começa no epitélio, mas não ultrapassa a membrana basal e não invade os tecidos subepiteliais. Microscopia: Mitoses atípicas e grosseiras no epitélio, muitas atipias celulares (macronucleose, hipercromasia nuclear, anisocariose) e perda da maturação (células na superfície epitelial são tão atípicas quanto junto da membrana basal, que está íntegra. Lesão maligna agressiva. Neoplasias louros na meia-idade. melanose primária in situ). Grande massa conjuntival pigmentada tridimensional, às vezes com melanose ao redor. Melanócitos malignos atípicos, com índice mitótico e pigmentos espalhados pelo estroma conjuntival. ção ou exenteração. Prevenção através da extirpação de sua lesão precursora. Tendem a se espalhar primeiramente para os parotídeos ou submandibulares. 25% dos melanomas conjuntivais são fatais. EPITELIAL ESCAMOSA Lesão benigna que também Lesão lobulada, aspecto verrucoso. Muito semelhante ao papiloma escamoso da pálpebra, com múltiplas lobulações, aumento da Começa no epitélio, mas não ultrapassa a membrana basal e não invade os tecidos Mitoses atípicas e grosseiras no epitélio, muitas atipias celulares (macronucleose, hipercromasia nuclear, anisocariose) e perda da maturação (células na superfície epitelial são tão atípicas quanto as células junto da membrana basal, que está íntegra. CÓRNEA CÓRNEA: Possui 5 camadas. 1. Epitélio corneano: Camada mais externa. 2. Membrana de Bowman: 3. Estroma corneano: 4. Membrana de Descemet: 5. Endotélio: Responsável por parte da nutrição da córnea (a outra parte é feita pelo limbo). PROCESSOS INFECCIOSO ACANTHAMOEBA: Doença causada por p em pacientes usuários de lentes de contato que não mantém adequada higiene das lentes. Contaminação por água contaminada e permanência da lente por longo período no olho. Microscopia: Formação de cistos e presença de trofozoítos, com processo INFECÇÕES FÚNGICAS: endoftalmite e de perda do olho Etiologia: Aspergillus, Candida e Fusarium. Clínica: Manchas brancas na córnea. Diagnóstico: Colorações de prata. Em meio ao verde água, tudo o que está escuro é fungo, muitas vezes presentes em todas as 5 camadas corneanas. O dx diferencial de qual fungo específico é feito pela cultura. CÓRNEA Possui 5 camadas. Camada mais externa. 2. Membrana de Bowman: Membrana glicoproteica. 3. Estroma corneano: É a camada mais espessa. 4. Membrana de Descemet: Delgada. Responsável por parte da nutrição da córnea (a outra parte é feita pelo limbo). PROCESSOS INFECCIOSOS Doença causada por protozoário, em pacientes usuários de lentes de contato que não mantém adequada higiene das lentes. Contaminação por água contaminada e permanência da lente por longo período no olho. Formação de cistos e presença de trofozoítos, com processo inflamarório ao redor. Uma das principais causas de e de perda do olho. Aspergillus, Candida e Fusarium. Manchas brancas na córnea. Colorações de prata. Em meio ao verde água, tudo o que está escuro é fungo, muitas vezes presentes em todas as 5 camadas corneanas. O dx diferencial de qual fungo específico é feito pela cultura. PROCESSOS DEGENERATI DISTROFIAS: Doenças genéticas (rece dominantes) que comprometem um/ambos os olhos. Podem ser epiteliais, Bowman, estromais e endoteliais, sendo que as 2 últimas são as mais comuns. Caracterizadas por acúmulos. Distrofia lattice: Depósito de amiloide. 3 subtipos. Estromal, autossômica dominante. É a mais comum, Clínica: Estruturas rajadas, córnea com “raios”. Microscopia: Coloração rosa mais escura no HE, indicando os depósitos de amiloide no estroma da córnea. Na coloração de vermelho congo, vê depósitos verdes maçã na birrefringência. Distrofia granular: Depósito de material hialino positivo tricrômico. Estromal, autossômica dominante. Adultos jovens, mutação gene BIGH3. Clínica: Aspecto de “grãos de pipoca” na córnea. Microscopia: Múltiplos depósitos avermelhados no estroma corneano. Distrofia macular: Depósito de mucopolissacarídeos. Estromal, recessiva, cromossomo 16. 2ª - 3ª década de vida. Deficiência de sulfato de queratan, que não metaboliza o mucopolissacarídeo. Diagnóstico: Coloração de Alcian Blue. PROCESSOS DEGENERATIVOS Doenças genéticas (recessivas e dominantes) que comprometem um/ambos os olhos. Podem ser epiteliais, Bowman, estromais e endoteliais, sendo que as 2 últimas são as mais comuns. Estruturas rajadas, córnea com “raios”. Coloração rosa mais escura no HE, pósitos de amiloide no estroma da córnea. Na coloração de vermelho congo, vê-se birrefringência. Depósito de material hialino Aspecto de “grãos de pipoca” na córnea. Múltiplos depósitos avermelhados no Depósito de mucopolissacarídeos. Deficiência de sulfato de queratan, que não Coloração de Alcian Blue. Distrofia de Fuchs: Endotelial, etiologia indeterminada é consequência da perda das células endoteliais e dos resultantes edema e espessamen As células endoteliais produzem depósitos em forma de gotas de material anormal da (gutata) que lembram o componente fetal da membrana de Descemet ultraestruturalmente. Mulheres, 50 anos. Principais manifestações: ceratopatia bolhosa. Microscopia: Compromete apenas o endotélio, que passa a ter o formato de grega (fita tortuosa). Em cima de cada uma dessas protrusões, se deposita o núcleo de uma célula endotelialestromal ( da entrada de líquido pra dentro da córnea), deixando-a opaca e causando visão borrada. CERATOCONE: A córnea passa a ter formato pelo marcado estreitamento do estroma, que ao ficar delgada, acaba projetando a córnea nessa região. O adelgaçamento da córnea camada de Bowman, sem evidências de inflamação ou vascularização. A membrana de Descemet pode romper precipitadamente, permitindo humor aquoso para o estroma da córnea Acomete jovens da 2ª e 3ª década. Diferente dos muitos tipos de degeneração, é tipicamente bilateral. Gera astigmatismo de difícil correção com óculos. Relacionado à predisposição genética sobreposta por uma agressão ambiental, como a fricção dos olhos em resposta às condições atópicas. Tratamento: Lente rígida ou transplante de córnea. Endotélio com saliências em “gotas” ou “dentinhos” Endotelial, etiologia indeterminada, é consequência da perda das células endoteliais e dos resultantes edema e espessamento do estroma. As células endoteliais produzem depósitos em forma de gotas de material anormal da membrana basal (gutata) que lembram o componente fetal da membrana de Descemet ultraestruturalmente. Principais manifestações: Edema do estroma e Compromete apenas o endotélio, que passa a ter o formato de grega (fita tortuosa). Em cima de cada uma dessas protrusões, se deposita o núcleo de uma célula endotelial “dentinhos”. Há edema da entrada de líquido pra dentro da a opaca e causando visão borrada. A córnea passa a ter formato cônico arcado estreitamento do estroma, que ao ficar delgada, acaba projetando a córnea nessa região. adelgaçamento da córnea ocorre com rupturas na sem evidências de inflamação ou rana de Descemet pode romper-se permitindo extravasamento do estroma da córnea Hidropisia. e jovens da 2ª e 3ª década. Diferente dos muitos tipos de degeneração, é Gera astigmatismo de difícil correção com óculos. predisposição genética sobreposta por agressão ambiental, como a fricção dos olhos em resposta às condições atópicas. Lente rígida ou transplante de córnea. Endotélio com saliências “dentinhos” Edema estromal ENUCLEAÇÃO/EXENTERAÇ TUMORES DAS PÁLPEBRA TUMORES PALPEBRAIS: Já discutidos previamente, costumam levar à exenteração. Ca epidermoide, Ca basocelular e Ca sebáceo. TUMORES DO GLOBO OCULAR TUMORES DO GLOBO OCULAR: Geralmente levam à enucleação. MELANOMA: Tumor mais frequente em adultos e está relacionado à exposição à radiação UV. Compromete o trato uveal: Íris, corpo ciliar e coroide. Afeta principalmente caucasianos. Oncogenes mais importantes são GNAQ e GNA11 (mutações de ganho de função que ativa vias de proliferação celular). Nevos raramente malignizam, mas se relacionam à mutação de perda do cromossomo 3, que carrega o gene supressor tumoral BAP1. 40% mutação do gene GNA11. 1% mutação BRAF. Ipilimumab e vemurafenib. Macroscopia: Massa tumoral saliente crescendo pra dentro da câmara vítrea, descolando a retina. Podem ser amelanóticos (não pigmentados). Podem ser polipoides e pigmentadas, sólidas. Comprometimento e invasão extraocular: prognóstico de qualquer tumor ocular. Microscopia do melanoma de coroide: Células fusiformes: Células em forma de fuso, mais homogêneas, apresenta melhor prognóstico. Células epitelioides: Claras, atípicas e nucléolos proeminentes. Pior prognóstico. Prognóstico: que o melanoma de pele, porque ficam ocultos por mais tempo. ENUCLEAÇÃO/EXENTERAÇÃO TUMORES DAS PÁLPEBRAS Já discutidos previamente, Ca sebáceo. OCULAR Geralmente levam à Tumor mais frequente em adultos e não está relacionado à exposição à radiação UV. Íris, corpo ciliar e coroide. Oncogenes mais importantes são GNAQ e GNA11 (mutações de ganho de função que ativa vias de Nevos raramente malignizam, mas se relacionam à perda do cromossomo 3, que carrega o Massa tumoral saliente crescendo pra dentro da câmara vítrea, descolando a retina. Podem ser amelanóticos (não pigmentados). Podem ser etimento e invasão extraocular: Pior fator Células em forma de fuso, mais homogêneas, apresenta melhor prognóstico. , atípicas e arredondadas, proeminentes. Pior prognóstico. que o melanoma de pele, porque ficam RETINOBLASTOMA: Malignidade intraocular primária mais comum das crianças bilateral) ou esporádico (mais unilateral). Gene: RB. Clínica: Olho de boneca em foto com flash, porque o tumor não deixá passar luz pra dar o reflexo vermelho. Macroscopia: Massa tumoral de aspecto brancacento granular e fosco. Microscopia: Blastoma significa tumores indiferenciados, então identificam chamadas rosetas de Flexner possuem os núcleos todos pra fora, com estruturas fibrilares no centro. Se der aquela forçadinha básica, tu vai enxergar tipo uma florzinha. de diferenciação neural. Comprometimento extra prognóstico. Sobrevida: 86-95% se doença intraocular localizada; 60% se envolvimento do nervo óptico; 20% se células neoplásicas na margem cirúrgica; 8 meses se envolvimento do SNC. Tratamento: Radioterapia ou cirurgia. alignidade intraocular primária mais comum das crianças. Hereditário recessivo (mais esporádico (mais unilateral). Olho de boneca em foto com flash, porque o tumor não deixá passar luz pra dar o reflexo vermelho. Massa tumoral de aspecto brancacento, Blastoma significa tumores mais indiferenciados, então identificam-se estruturas chamadas rosetas de Flexner-Wintersteiner, que possuem os núcleos todos pra fora, com estruturas no centro. Se der aquela forçadinha básica, tu vai enxergar tipo uma florzinha. Rosetas são aspectos de diferenciação neural. Comprometimento extra-ocular: Pior fator 95% se doença intraocular localizada; 60% se envolvimento do nervo óptico; 20% se células neoplásicas na margem cirúrgica; 8 meses se envolvimento do SNC. Radioterapia ou cirurgia. NÃO TUMORAL OLHO CEGO DOLOROSO (PHTHISIS BULBI): atrófico, terminal. Causada por trauma, processos infecciosos (principalmente fúngicos), descolamento crônico de retina, entre outros. Exame de imagem: Olho atrófico, diminuído e com áreas brancas que correspondem à calcificação distrófica que ocorre no olho. Microscopia: Tecidos desorganizados por inflamação ou hemorragia e calcificação. Alterações: Exsudato ou sangue entre o corpo ciliar e a esclera e entre a coróide e a esclera ciliocoroidal (tipicamente associado à hipotonia baixa PIO); Membrana que se estende por todo o olho, de um lado do corpo ciliar ao outro →Membrana ciclítica Descolamento crônico da retina; Atrofia do nervo óptico; Osso intraocular/calcificação distrófica; Espessamento da esclera, especialmente posterior. Tratamento: Cirurgia para aliviar a dor. enucleação e mantém as pálpebras pra colocar uma prótese e preservar a estética facial do paciente. OLHO CEGO DOLOROSO (PHTHISIS BULBI): Olho cego, Causada por trauma, processos infecciosos ), descolamento crônico de Olho atrófico, diminuído e com áreas brancas que correspondem à calcificação Tecidos desorganizados por inflamação xsudato ou sangue entre o corpo ciliar e a esclera a esclera → Derrame ciliocoroidal (tipicamente associado à hipotonia - embrana que se estende por todo o olho, de um embrana ciclítica; Osso intraocular/calcificação distrófica; spessamento da esclera, especialmente posterior. Cirurgia para aliviar a dor. Se faz enucleação e mantém as pálpebras pra colocar uma prótese e preservar a estética facial do paciente. Pré Teste - Patologia Ocular 1- Lesão nodular palpebral, longe da borda ciliar e sem sinais flogísticos, caracterizada por inflamação crônica com granulomas, provavelmente é um: a) Xantelasma. b) Calázio. c) Hordéolo. d) Acrocórdon. e) Molusco contagioso. 2- A neoplasia maligna que mais frequentemente acomete as pálpebras é o: a) Melanoma.b) Carcinoma sebáceo. c) Carcinoma epidermoide. d) Carcinoma basocelular. e) Adenocarcinoma. 3- Lesão conjuntival na altura da fenda palpebral, de forma triangular e que recobre a córnea, provavelmente será chamada: a) Pinguécula. b) Pterígio. c) Depósito de imunocomplexo. d) Xeroftalmia. e) Xantelasma. 4- O principal agente causal das infecções que acometem a córnea de usuários de lentes de contato é: a) Um protozoário. b) Um fungo. c) Uma bactéria. d) Um vírus. e) Um corpo estranho. 5- Qual das distrofias abaixo cora pelo vermelho congo? a) Macular. b) Granular. c) Lattice. d) Fuchs. e) Ceratocone. 6- Qual das distrofias abaixo é endotelial? a) Macular. b) Granular. c) Lattice. d) Fuchs. e) Ceratocone. 7- Assinale a alternativa que expressa um fator de mau prognóstico dos melanomas uveais: a) Alto percentual de melanina. b) Alto percentual de calcificação distrófica. c) Alto percentual de células fusiformes. d) Alto percentual de células epitelioides. e) Alto percentual de rosetas. 8- O mais importante fator prognóstico dos retinoblastomas é: a) Percentual de rosetas. b) Presença de necrose. c) Comprometimento extra-ocular. d) Idade ao diagnóstico. e) Comprometimento uni ou bilateral. GABARITO: 1- B 2- D 3- B 4- A 5- C 6- D 7- D 8- C