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Concepções teóricas da crise em Saúde Mental Discentes: Aline Monteiro, Bianca Castelli, Ingridy Beatriz e Maria Eduarda Contextos históricos e Concepções teóricas da crise e urgência em Saúde Mental O conceito da loucura e suas diversas propostas de abordagem foram construídos histórica e socialmente ao longo dos séculos. Idade Antiga Saber divino Idade Média Fenômenos sobrenaturais Marginalização Séc XVIII Período Hipocrático Diferentes humores no corpo humano Reforma Psiquiátrica no Brasil Novo modelo de intervenção em saúde mental; Deixar de lado o modelo médico-biológico; Modelo psicossocial Marco Legal Lei nº 10.216, de 6 de Abril de 2001 “dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental” URGÊNCIA E EMERGÊNCIA A ocorrência imprevista de agravo à saúde com ou sem risco potencial de vida, cujo portador necessita de assistência médica imediata Condições de agravo à saúde que impliquem em risco iminente de vida ou sofrimento intenso, exigindo portanto, o tratamento médico imediato Emergências Psiquiátricas Uma condição em que há um distúrbio do pensamento, emoções ou comportamento, em que seja necessário atendimento médico imediato para evitar maiores preijúizos Priorização dos aspectos vitais biológicos e físicos em detrimento dos aspectos psíquicos e sociais constitutivos dos processos vitais; Melhor atendimento a usuários de classes sociais mais altas; A importância da identificação dos que "fingem" sobre a urgência; Se a dor ou problema é antigo, "esperou tanto, pode esperar mais"; Descrédito da equipe no que é psicológico Realidade dos serviços de Urgência Níveis de Urgência Prioridade absoluta: riscos imediato de vida ou perda funcional grave; Nivel 1 Prioridade Moderada: há necessidade de atendimento médico, mas não imediato. Nivel 2 Prioridade baixa: há necessidade de uma avaliação médica, mas não há risco de vida ou perda de funções Nivel 3 Prioridade mínima: pode ser atendimento/orientação pelo telefone Nivel 4 Urgência e Crise A palavra crise pode significar diferentes fenômenos A relação com urgências psiquiátricas é devido ao reconhecimento de que se está falando de situações de sofrimento psíquico grave, complicado ou não por comorbidades psicológicas a definição remete às percepções e concepções definidas socialmente acerca do que se entende por aceitável naquele momento histórico dentro dos paramêtros de normalidade vigente. Urgência e Crise Jardim e Dimenstein (2007) afirmam que a crise se torna urgência a partir da avaliação dos responsáveis pelo indivíduo que, ao perceberem modificações (sinais de sofrimento), acionam o serviço de saúde mental Situações de crise são aquelas nas quais se identificam pelo menos três dos seguintes critérios: → grave sintomatologia psiquiátrica aguda; → grave ruptura de relações familiares e/ou sociais; → recusa de qualquer forma de contato; → situações emergenciais no contexto familiar e/ou socia ou, ainda, impossibilidades pessoais de enfrentá-las. A atenção à crise se faz não apenas nos serviços de urgência, mas também nos lugares em que as pessoas vivem, cuja abordagem é a aproximação, o contato afetivo, a negociação, a mediação de conflitos, acordos, com a pessoa e os demais envolvidos. Pré-concepção da crise se tratar de uma questão de ordem da segurança pública, ou da redução de sintomas a serem silenciados Dicotomia entre os trabalhadores da atenção básica e de saúde mental com a rede de atenção à urgência; Produção de serviços e redes que efetivamente respondam as necessidades das pessoas em seus contextos reais de vida, que garantam liberdade, promovam direitos e propiciem novas possibilidades para a vida. Desafios Ampliando o conceito de Crise e Urgência em Saúde Mental Termo crise → ideia de de fase perigosa da qual pode resultar algo benéfico; Meio médico → construção histórica sobre a loucura dentro da qual a crise é percebida como algo relativo à instabilidade, contradição e imprevisibilidade; A crítica sobreo conceito do modelo médico baseia-se, na recusa a uma noção de cuidado restrita à sintomatologia da crise, reduzindo a sua complexidade; Crise como conceito polissêmico A crise → contexto; Atenção psicossocial → compreende a crise como um momento complexo de radicalização do sofrimento. Por outro lado, mostra a sua importância como momento de produção de mudanças A visão sistêmica da Crise Conceito de Crise focando no contexto do sujeito A ênfase clínica → a intervenção psiquiátrica/psicológica; A ênfase política → conceito de "reabilitação psicossocial"; A proposta é uma ampliação do objeto de saber e de intervenção da clínica tradicional, incluindo o sujeito e seu contexto; O objeto do processo de trabalho em saúde é a produção do cuidado. As tensões entre clínica e política Interações sociais → construídas por laços afetivos e apoio social → efeitos emocionais positivos; A família → assume um papel fundamental nas relações de cuidado e constitui-se a primeira rede social de um indivíduo; Buscar a promoção da ampliação da rede social desses sujeitos, que envolve profissionais e todos os atores do processo saúde-doença. A rede social Crise, Urgência e Relações de Poder Modelo de Atenção Psicossocial → superação da dualidade saúde- doença, sujeito-objeto, indivual-social, verticalidade do tratamento e poder biomédico Reforma Psiquiátrica → princípios do cuidado regaste do poder, participação do tratamento, afirmação da cidadania, etc. ➔ Lógica Manicômial e hospitais psiquiátricos Trabalhadores e o manejo/cuidado nas situações de crise Inclusão dos aspectos subjetivos do usuário ➔ Trabalhar em saúde é trabalhar em rede; Trabalhadores e o manejo/cuidado nas situações de crise DESAFIOS Implantação e funcionamento de uma rede de serviços Aprimoramento e qualidade técnica As urgências clinicas em pessoas em sofrimento mental costumam ser negligenciadas pelos serviços de urgência O profissional da Saúde Mental e sua relação com o Usuário Ponte entre o paciente e a realidade; Suporte; A valorização do sujeito; Escuta terapêutica; A corporeidade do sujeito; O auxilio farmacológico. Utilização de Recursos Institucionais Condições arquitetônicas que possibilitem um ambiente humanizado e que evite situações de risco; Criação e manutenção de leitos para a retaguarda noturna; Recursos Humanos; Espaços de Interlocução Comunicação clara e não contraditória; Distribuição de poder; Importância dos conhecimentos, da afetividade e da responsabilidade; Discussão e planejamento do trabalho; Socialização dos conhecimentos; Autocrítica e avaliação periódica. Equipe Integrada Referências Contextos históricos e concepções teóricas da crise e urgência em saúde mental. Modulo 2. Fundamentos da Atenção à crise e urgência em saúde mental. Em: M.T. Zeferino; J. Rodrigues, & J. T. Assis (orgs.) Crise e urgência em saúde Mental: organização da atenção psicossocial à crise em rede de cuidados. 4ª Edição – Florianópolis (SC): Universidade Federal de Santa, 2015 (pp. 11-57). Ferigato, S. H., Campos, R. T. O. & Ballarin, M. L. G. S. O atendimento à crise em saúde mental: ampliando conceitos. Revista de Psicologia da UNESP, 2007;6(1), 31- 44. Disponível em: https://seer.assis.unesp.br/index.php/psicologia/article/view/1008 Tópicos Norteadores Conceito de Crise; A importância da Escuta terapêutica no momento de crise; A relação do modelo psicossocial com a crise. 1. 2. 3.
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