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Resumo Psicologia e saúde mental

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Resumo Psicologia e saúde mental
A história da loucura
1. Na Grécia antiga: A loucura era vista como manifestação divina 
2. Hipocretes: A loucura era vista como um mal Funcionamento da natureza humana 
3. Idade média: A loucura era vista como um castigo.
4. Renascimento: Homem no centro de tudo. Todos os que “não contribuíam¨ para o trabalho, para o desenvolvimento social está sistema e eram considerados loucos e asilados. 
5. Era industrial: surgimento da casa de trabalho e de correção e logo em seguida os hospitais gerais.
6. Idade moderna: A entrada da loucura como doença. As internações em hospital psiquiátrico.
Pinel 
	Foi o fundador da psiquiatria. Para ele, os transtornos mentais eram causados por alterações no sistema nervoso central, independente de lesões. Ele achava que a melhor maneira de cuidar do louco era com um ¨tratamento moral¨ presos nos manicômios dizendo que o doente só se curaria se conseguisse reaprender a diferença entre bem e mal e certo do errado. O que cura no hospício é o próprio hospício. Fazia uma classificação dos transtornos mental através das semelhanças de sintomas. 
Loucura e estigma 
	Paulo Amarantes diz que com o surgimento da psiquiatria a ideia de que a presença do louco faz mal para a sociedade ficou em foco, sendo justificativa para a internação. Até hoje a ideia de que a loucura é um estigma associado a incapacidade e periculosidade. 
Foucault 
	Um pensador que rompe com a razão filosófica que busca a verdade absoluta. Além de rompe também com o naturalismo e objetivismo filosófico e cientifico que impem a loucura como estatuto do erro. Para ele a psiquiatria é uma estratégia de controle e dominação do sujeito dito louco. E que a doença mental foi produzida através de paradigmas transformando a experiencia individual e coletiva da loucura 
Donald Laing 
	Provocou uma reviravolta no tratamento da doença mental, principalmente da psicose. Começou a olhar seus pacientes pela expressão de seus sentimentos e ver como forma de experiencias vividas e não só como sintomas, os discursos sem sentindo e confusos são as formas de expressar seus medos e ansiedades. Dizia também sobre a influência da família e da sociedade em relação a loucura 
Reformas e rupturas (2+1)
1. Os grupos que queriam humanizar os manicômios – Comunidade terapêutica e a Psiquiatria Institucional 
2. Os grupos que queriam romper o modelo manicomial, mas manter o modelo médico - Psiquiatria de Setor e Psiquiatria Preventiva 
3. Os grupos que queriam romper com o modelo manicomial de uma forma mais radical pois questiona a psiquiatria e o manicômio ao mesmo tempo - Antipsiquiatria e Psiquiatria Democrática 
Comunidade Terapêutica e Psiquiatria Institucional
1. Mudanças dentro da instituição: Tinham em comum a convicção que seria possível qualificar a psiquiatria a partir da introdução de mudanças em hospitais psiquiátricos. 
2. Soldados/ Participavam em assembleias da construção dos Projetos Terapêuticos – O termo psicossocial surgiu aí.
3. Maxwell Jones – Organizou grupos de discussão e operativos envolvendo os internos. Ele entendia que a função terapêutica era uma tarefa que deveria ser assumida por todos 
4. Comunidade Terapêutica = horizontalização das relações; 
5. Outra experiencia de mudança nos hospitais psiquiátricos ocorreu na França no período pós guerra, uma figura importante foi François Tosquelles, protagonizou a experiencia que ficou conhecida como psicoterapia institucional 
6. Hospital de Saint Alban – trabalho/ clube terapêutico/
7. Todos teriam funções terapêuticas;
8. Transversalidade
Psiquiatria de Setor e Psiquiatria Preventiva​
1. Novos modelos. Hospitalar era considerado esgotado;​
2. Anos 50/60 – continuidade terapêutica após a alta; ​
3. Centros de Saúde Mental;​
4. Setores dentro do hospital e nas comunidades;​
5. Acompanhamento terapêutico dentro e fora do hospital; ​
6. Tratamento multiprofissional;​
7. Psiquiatria Preventiva – EUA – 1963 – discurso de Kennedy​
8. “todas as doenças mentais poderiam ser prevenidas se detectadas precocemente”.​
9. Caplan- caça aos TM. (1ª 2ª 3ª)​
10. Contenção à crise – evolutiva/acidental.​
11. Rede substitutiva: lares abrigados, hospitais dia e noite. CSM. – Aumentou demanda!​
​
Antipsiquiatria e Psiquiatria Democrática
	As críticas derrubando o conceito de doença, do psiquiatra e do manicômio:
1. Crítica ao modelo científico psiquiátrico – colocado em xeque, assim como as instituições.
2. Ronald Laing – “o essencial é o que existe entre as pessoas. E a prática psiquiátrica é, mais ou menos, a completa negação disso”.
3. 50/60 – Ronald Laing e David Cooper – discurso dos loucos denunciava tramas, conflitos e contradições presentes em nossa sociedade.
4. Crítica à importação de conceitos das ciências naturais às ciências humanas.
Franco Basaglia 
	Era um psiquiatra que criticava a postura tradicional da cultura médica, que transformava o indivíduo e seu corpo em meros objetos de intervenção clínica. Crítica à internação como modelo de tratamento. Basaglia formulou a "negação da psiquiatria" como discurso e prática hegemônicos sobre a loucura. 
	Ele não pretendia acabar com a psiquiatria, mas considerava que apenas a psiquiatria não era capaz de dar conta do fenômeno complexo que é a loucura.
Lei 180 – Reforma Psiquiátrica Italiana
	Aboli totalmente os hospitais psiquiátricos e coloca uma rede substitutiva de saúde mental na comunidade. A Lei Basaglia desconsidera o fator unicamente patológico da doença mental. Considera que a atenção à saúde mental deve ser acolhida e cuidada como qualquer outra doença crônica ou processo de adoecimento, com atendimento de urgência em momentos de crise em dispositivos territoriais e comunitários.
Inserção no Trabalho – Itália
	Como estratégia para romper com essa lógica excludente, a Itália deu espaço para a invenção das Cooperativas Sociais de Inserção no Trabalho, que se difundiram amplamente por todo país e oferecem serviços para entidades públicas e privadas e legitimam o trabalho das pessoas com desabilidades. ​
Reforma Psiquiátrica no Brasil 
	Foi um movimento que aconteceu em 3 tempos,
- 1978-1992 (1º fase) 
	Os profissionais da área de saúde começaram com esse movimento. Em 1990 tivemos o advento do SUS e a reforma democrática. No mundo houve a declaração de Caracas que fala sobre a reestruturação da assistência psiquiatria (crítica aos hospitais psiquiátricos e foco na atenção primária).
· Mudanças Institucionais:
1. O surgimento de experiências institucionais bem-sucedidas na arquitetura de um novo tipo de cuidado em saúde mental acontecia em vários pontos do país. ​
2. Duas delas são consideradas “marco inaugural e paradigmático” de uma nova prática de cuidados: ​
3. Centro de Atenção Psicossocial Professor Luiz da Rocha Cerqueira 1987 -, no Distrito da Bela Vista, na cidade de São Paulo; CLÍNICA AMPLIADA​
4. Intervenção na Casa de Saúde Anchieta, realizada pela administração municipal de Santos, em São Paulo, como um projeto mais amplo e radical de desinstitucionalização no país. Superlotação, abandono, maus tratos – Eixo de cuidado territorializados em torno nos NAPS (Núcleos de Atenção Psicossocial).​
· Declaração de Caracas 
· Seus integrantes notaram que: A atenção psiquiátrica convencional não permite alcançar os objetivos compatíveis com uma atenção comunitária, integral, descentralizada, contínua, participativa e preventiva; ​isso ocorre pelos motivos:
1. Provocar o isolamento do paciente de seu meio, gerando dessa maneira maior incapacidade para o convívio social; 
2. Criar condições desfavoráveis que põem em perigo os direitos humanos e civis do paciente; 
3. Absorver a maior parte dos recursos financeiros e humanos destinados pelos países aos serviços de saúde mental;
4. Fomentar um ensino insuficientemente vinculado às necessidades de saúde mental das populações, dos serviços de saúde e outros setores.
· Declaram:
1. Que a reestruturação da atenção psiquiátrica ligada a Atenção Primária de Saúde e nos marcos dos Sistemas Locais de Saúde permite a promoção de modelos alternativoscentrados na comunidade e nas suas redes sociais;
2. Que a reestruturação da atenção psiquiátrica na região implica a revisão crítica do papel hegemônico e centralizador do hospital psiquiátrico na prestação de serviços; ​
3. Que os recursos, cuidado e tratamento devem: Salvaguardar invariavelmente a dignidade pessoal e os direitos humanos e civis; estar baseados em critérios racionais e tecnicamente adequados; propiciar a permanência do paciente em seu meio comunitário.​
4. Que as legislações dos países devem se ajustar de maneira que: Assegurem o respeito aos direitos humanos e civis dos pacientes mentais; promovam a organização de serviços que 9 garantam seu cumprimento;​
1992-2001​(2º fase) 
	Implantação de serviços substitutivos (o primeiro caps) e a preparação para a escrita da lei 10216, sai do senado e vai para a câmara (recursos para os primeiros 400 CAPS). E as portarias e recursos para os SRT- serviços residências terapêuticas, uma política importante para que haja a desinstitucionalização. 
A Reforma no país não consistiu um desmantelamento dos hospitais psiquiátricos, mas na transformação para alternativas não hospitalares.
2001 em diante (3º fase) 
	Implantada a lei 10216 (reforma psiquiátrica). Dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental. A internação psiquiátrica somente será realizada mediante laudo médico circunstanciado que caracterize os seus motivos.
	Art. 3o : É responsabilidade do Estado o desenvolvimento da política de saúde mental, a assistência e a promoção de ações de saúde aos portadores de transtornos mentais, com a devida participação da sociedade e da família, a qual será prestada em estabelecimento de saúde mental, assim entendidas as instituições ou unidades que ofereçam assistência em saúde aos portadores de transtornos mentais
Portaria 3088- Raps (rede de atenção psicossocial) 	
	Foi implantada após 11 anos da lei 10216, vem para organizar e trazer uma noção de rede desses dispositivos: 
1. Atenção básica em saúde;
2. Atenção Psicossocial Especializada;
3. Atenção de Urgência e emergência;
4. Atenção Residencial de caráter transitório;
5. Atenção Hospitalar;
6. Estratégias de desinstitucionalização;
7. Reabilitação psicossocial
A cidade/município que não tem um caps tem a estratégia de saúde da família 
Reforma psiquiátrica no Brasil de 2001 até 2016
1. Redução expressiva no número de hospitais psiquiátricos e substituição dos serviços;
2. CAPS, SRT, De volta pra casa em expansão.
3. Solidificação do modelo de atenção baseado na comunidade.
4. Pensamento conservador e manicomial presente ainda na política e nos profissionais.
5. Estigma contra o louco PERSISTE
Raps (rede de atenção psicossocial) 
	A Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) propõe um novo modelo de atenção em saúde mental, a partir do acesso e a promoção de direitos das pessoas, baseado na convivência dentro da sociedade. A rede ainda tem como objetivo articular ações e serviços de saúde em diferentes níveis de complexidade.
O caps vai ser o articulador dessa rede. 
	A rede também trabalha com a intersetorialidade (restaurantes, yoga, assistência social, upa, justiça, universidades) 
	Serviços de Atenção Psicossocial tem essa flexibilidade justamente para não se tornar espaços burocráticos e retornar o foco na doença. Ele tem os leitos de suporte as crises.
	Os CAPS deverão constituir-se em serviço ambulatorial de atenção diária que funcione segundo a lógica do território e só poderão funcionar em área física específica e independente de qualquer estrutura hospitalar.
· A rede é formada pelos seguintes pontos de atenção: (pode sofrer alterações)
1. CAPS (Centro de Atenção Psicossocial), em suas diferentes modalidades
2. Serviço Residencial Terapêutico (SRT) 
3. Unidade de Acolhimento (adulto e infanto-juvenil)
4. Enfermarias Especializadas em Hospital Geral
5. Hospital Psiquiátrico
6. Hospital-Dia
7. Atenção Básica
8. Urgência e Emergência
9. Comunidades Terapêuticas
10. Ambulatório Multiprofissional de Saúde Mental
· Os tipos de caps 
1. CAPS I – até 70.000 (atende todo o público) 
2. *CAPS II – acima 70.000 – sofrimento mental grave e persistente que impede os laços sociais; 
3. *CAPSad II – acima 70.000 – uso abusivo de álcool e outras drogas; (redução de danos) 
4. *CAPSi – acima 70.000 – crianças e adolescentes com transtornos mentais mais graves. 
5. CAPS III – 24 horas com leitos de crise; mais de 200.000 mil habitantes 
6. CAPSad III – 24 horas com leitos de crise; mais de 200.000 mil habitantes 
*são caps com especialidade 
Obs: Se na cidade não tiver o CAPSad elas são tratadas no CAPS II ou então se o uso de álcool e drogas estiver dentro do quadro de sofrimento mental como forma segundaria. 
· As Atividades básicas do CAPS: 
1. Atendimento individual (medicamentoso, psicoterápico, de orientação, entre outros);
2. atendimento em grupos (psicoterapia, grupo operativo, atividades de suporte social, entre outras);
3. atendimento em oficinas terapêuticas executadas por profissional de nível superior ou nível médio;
4. Visitas domiciliares;
5. Atendimento à família;
6. Atividades comunitárias enfocando a integração do paciente na comunidade e sua inserção familiar e social
· Residência Terapêutica 
	Deverão acolher pessoas com internação de longa permanência, egressas de hospitais psiquiátricos e hospitais de custódia.
1. SRT Tipo I as moradias destinadas a pessoas com transtorno mental em processo de desinstitucionalização, devendo acolher no máximo oito moradores. 
2. SRT Tipo II as modalidades de moradia destinadas às pessoas com transtorno mental e acentuado nível de dependência, especialmente em função do seu comprometimento físico, que necessitam de cuidados permanentes específicos, devendo acolher no máximo dez moradores.
Ameaças e retrocessos 
· 21/12/2017​- Portaria MS 3588. Institui o CAPS ad IV (urgência e emergência/ até 30 leitos), aumenta o tamanho das residências e das enfermarias nos Hospitais Gerais. Aumenta o investimento e oferta de recursos hospitalares de cuidado. As diárias no Hospital Psiquiátrico também aumentam significativamente, indo na contramão da estratégia anterior que era com a diária mais baixa, desincentivar as internações.
· 21/12/2017​ - Portaria Interministerial n.2. – Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), Ministério da Saúde (MS), Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e Ministério do Trabalho. Institui o Comitê Gestor Interministerial, que passa a ser um “espaço permanente para articulação e integração de programas e de ações voltados à prevenção, à formação, à pesquisa, ao cuidado e à reinserção social de pessoas com transtornos decorrentes do uso, abuso ou dependência de substância psicoativa”. Aqui vemos o início da desvinculação da Política de Saúde Mental, Álcool e outras Drogas da pasta da saúde.​
· 21/12/2017​ - Portaria MS 3588. Institui o CAPS ad IV (urgência e emergência/ até 30 leitos), aumenta o tamanho das residências e das enfermarias nos Hospitais Gerais. Aumenta o investimento e oferta de recursos hospitalares de cuidado. As diárias no Hospital Psiquiátrico também aumentam significativamente, indo na contramão da estratégia anterior que era com a diária mais baixa, desincentivar as internações.
· 21/12/2017​ - Portaria Interministerial n.2. – Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), Ministério da Saúde (MS), Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e Ministério do Trabalho. Institui o Comitê Gestor Interministerial, que passa a ser um “espaço permanente para articulação e integração de programas e de ações voltados à prevenção, à formação, à pesquisa, ao cuidado e à reinserção social de pessoas com transtornos decorrentes do uso, abuso ou dependência de substância psicoativa”. Aqui vemos o início da desvinculação da Política de Saúde Mental, Álcool e outras Drogas da pasta da saúde.​
· 28/12/2017​
Portaria GM 3992 – Blocos de custeio do SUS. Os gestores municipais destinam as verbas.​· 25/01/2018​
Resolução da CIT 35​
Resolução da CIT 36​
Devolução ou bloqueio de recursos de unidades que não estavam “faturando adequadamente” – importante ressaltar que desde 2012, foi implantado o sistema de faturamento RAAS, um sistema pesado e complexo, que não se adequava aos computadores de muitas unidades, além de carecer de profissionais para fazer as entradas desse faturamento e manutenção do sistema, o que gerou enorme dificuldade em muitos CAPS brasileiros de entregar o faturamento de forma adequada, havendo então enorme subnotificação. ​
· 09/03/2018​ - Resolução n.1. do Conselho Nacional de Políticas sobre drogas (CONAD)​
· 25/04/2018​ - Edital 01/18 – Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (SENAD)/ Ministério da Justiça (MS, MT e MDS) – Cadastramento de Comunidades Terapêuticas para receberem financiamento da união.
· 07/05/2018​ - Portaria MS 544 – Caps Ad IV inserido no CNES​
· 15/08/2018​ - Portaria MS 2434 - aumentou o financiamento das internações psiquiátricas com mais de 90 dias.​
· 14/11/2018​ - Portaria MS 3718 – suspendeu o repasse do custeio mensal de 72 CAPS, 194 SRTs, 31 Unidades de Acolhimento e 22 Leitos de Saúde Mental no Hospital Geral, por conta da ausência dos registros de faturamento. ​
· 04/11/2019​ - Nota Técnica n. 11/2019 – Coordenação Geral de Saúde Mental e Álcool e Outras Drogas/ Departamento de Ações Programáticas Estratégicas/ Secretaria de Atenção à Saúde/MS – mudança no discurso sobre a PNSM, com um caráter assumidamente manicomial. Repudia o fechamento dos hospitais, critica a direção política pautada no cuidado comunitário. Debate a volta da eletroconvulsoterapia, das internações de crianças e adolescentes. Oficializa a separação da Política Nacional de Saúde Mental da Política Nacional Sobre Drogas.​
· 14/04/2019​ - Decreto Presidencial n. 9761. Aprovação presidencial da Nova política sobre drogas.​
Clinica Aplicada 
1. A proposta de clínica ampliada é ser um instrumento para que os trabalhadores e gestores de saúde possam enxergar e atuar na clínica para além dos pedaços fragmentados, sem deixar de reconhecer e utilizar o potencial desses saberes.
2. Este desafio de lidar com os usuários enquanto sujeitos buscando sua participação e autonomia no projeto terapêutico é tanto mais importante quanto mais longo for o seguimento do tratamento e maior necessidade de participação e adesão do Sujeito no seu projeto terapêutico. ​
Diagnóstico e Clinica Aplicada
	O diagnóstico pressupõe uma certa regularidade, uma repetição.​ Mas para que se realize uma clínica adequada é preciso saber, além do que o sujeito apresenta de igual, o que ele apresenta de diferente, de singular, inclusive, um conjunto de sinais e sintomas que somente nele se expressam de determinado modo. Com isso, abrem-se inúmeras possibilidades de intervenção, e é possível propor tratamentos muito melhores com a participação das pessoas envolvidas.​
Com isso a clínica aplicada é: 
1. Um compromisso radical com o sujeito, visto de modo singular; ​
2. Assumir a RESPONSABILIDADE sobre os usuários dos serviços de saúde; ​
3. Buscar ajuda em outros setores, ao que se dá nome de INTERSETORIALIDADE;​
4. RECONHECER OS LIMITES DOS CONHECIMENTOS dos profissionais de saúde e das TECNOLOGIAS por eles empregadas e buscar outros conhecimentos em diferentes setores.​
5. Assumir um compromisso ÉTICO profundo.​
Projeto Terapêutico Singular (PTS) 
	Um conjunto de propostas de condutas terapêuticas articuladas, para um sujeito individual ou coletivo, resultado da discussão coletiva de uma equipe interdisciplinar, com apoio matricial se necessário. ​Foi bastante desenvolvido em espaços de atenção à saúde mental como forma de propiciar uma atuação integrada da equipe valorizando outros aspectos, além do diagnóstico psiquiátrico e da medicação, no tratamento dos usuários
	É feito uma reunião de toda a equipe em que todas as opiniões são importantes para ajudar a entender o Sujeito com alguma demanda de cuidado em saúde e, consequentemente, para definição de propostas de ações. ​ 
	O nome Projeto Terapêutico Singular, em lugar de Projeto Terapêutico Individual, como também é conhecido, nos parece melhor porque destaca que o projeto pode ser feito para grupos ou famílias e não só para indivíduos, além de frisar que o projeto busca a singularidade (a diferença) como elemento central de articulação.​
Os PTS contêm quatro momentos:
1. O diagnóstico: que deverá conter uma avaliação orgânica, psicológica e social, que possibilite uma conclusão a respeito dos riscos e da vulnerabilidade do usuário. Deve tentar captar como o Sujeito singular se produz diante de forças como as doenças, os desejos e os interesses, assim como também o trabalho, a cultura, a família e a rede social. Ou seja, tentar entender o que o Sujeito faz de tudo que fizeram dele.​
2. Definição de metas: uma vez que a equipe fez os diagnósticos, ela faz propostas de curto, médio e longo prazo, que serão negociadas com o Sujeito doente pelo membro da equipe que tiver um vínculo melhor.​
3. Divisão de responsabilidades: é importante definir as tarefas de cada um com clareza.​
4. Reavaliação: momento em que se discutirá a evolução e se farão as devidas correções de rumo
Anamnese 
	Na lógica da Clínica Ampliada vai além da tradicional, pois considera o Sujeito.​O que chamamos de história “psi” em parte está misturado com o que chamamos de história clínica, mas aproveitamos recursos do campo da saúde mental para destacar aspectos que nos parecem essenciais. ​
Seus pontos importantes:
1. Descobrir o sentido da doença para o usuário: respeitar e ajudar na construção de relações causais próprias, mesmo que não sejam coincidentes com a ciência oficial.​
2. Conhecer as singularidades do Sujeito, perguntando sobre os medos, as raivas, as manias, o temperamento, seu sono e sonhos. São perguntas que ajudam a entender a dinâmica do Sujeito e suas características​
3. Avaliar se há negação da doença, qual a capacidade de autonomia e quais os possíveis ganhos secundários com a doença. ​
4. Perceber a chamada contratransferência, ou seja, os sentimentos que o profissional desenvolve pelo usuário durante os encontros.​
5. Conhecer quais os projetos e desejos do usuário. Os desejos aglutinam uma enorme quantidade de energia vital e podem ser extremamente terapêuticos, ou não. Só não podem ser ignorados. ​
6. Conhecer as atividades de lazer (do presente e do passado) é muito importante.​
7. Fazer a história de vida é um recurso que pode incluir grande parte das questões propostas acima. 
Determinantes Sociais e econômicos da Saúde Mental​
	O conhecimento dos determinantes sociais e econômicos da Saúde Mental é extremamente importante, na medida em que pode e deve ser integrado na formulação de políticas públicas;​
	Saúde Mental, assim como o conceito de saúde, representa mais do que a ausência de doença mental. É produto de múltiplas interações que incluem fatores sociais, biológicos e psicológicos.​Ela tem impacto na saúde física e há relações entre doenças orgânicas e SM.​ Uma grande parte dos determinantes SM é comum em todos os países do mundo.​
Os determinantes são:
1. Emprego - A estabilidade laboral, tal como a satisfação no trabalho, está relacionada com melhores níveis de saúde e bem-estar. ​O desemprego está associado a maiores níveis de doença e mortalidade precoce.​A insegurança laboral, associa-se a baixa autoestima e a sentimentos d humilhação e desespero, especialmente em contextos de falta de suporte social, nos quais a situação de desemprego pode levar à carência dos bens essenciais,​esta situação associa-se a elevadas taxas de ansiedade e depressão, bem como suicídio.​
2. Educação - 	Associação inversa entre o nível educacional e a ocorrência de doença mental (DM). Quanto maior o nível educacional, menor a incidência de PMC. ​Um dos mecanismos implicados nesta associação seria o de que um maior nível de educação permite o acesso a empregos melhor remunerados, melhores condições de habitação, conduzindo a uma maior inclusão social.​Um nível educacionalbaixo poderia ser um marcador de condições adversas na infância.​ No entanto, esses indicadores não são universal.
3. Pobreza - Numa visão estrita, refere-se à falta de dinheiro ou bens materiais. Numa perspectiva mais ampla, que é também aquela que abarca a relação com a doença mental, pode ser entendida como a falta de meios (sejam eles sociais, econômicos, educacionais).​Fator de risco + Prognóstico ruim.​ A doença mental repercutindo na baixa escolarização, desemprego, tensão familiar, estigma, isolamento, entre outros.
4. Habitação - Uma habitação digna proporciona abrigo, não só físico mas também psíquico, sendo tradutor do nível de proteção que a pessoa em causa possui (social, econômica, física, psicológica). A qualidade da habitação está também intimamente relacionada com o nível econômico, e em alguns estudos verificou-se que pode traduzir de forma mais fiável o grau de pobreza.​
5. Urbanização - Tem sido encontrada uma associação entre viver em grandes cidades e ter um maior risco de DM. ​Stress e circunstâncias adversas, o enfraquecimento dos laços familiares, a sobrepopulação e as inerentes dificuldades no acesso a bens essenciais, estilos de vida menos saudáveis (com menor prática de exercício físico, obesidade, ambiente poluído), maior stress na vivência do dia-a-dia (meios de transporte sobrelotados, condições de habitação mais precárias, níveis mais elevados de violência) e menor apoio social.​A vivência em meios rurais isolados também pode gerar condições propícias ao desenvolvimento de perturbações mentais. ​O isolamento, a falta de transportes e comunicações, a dificuldade no acesso a meios de educação e formação profissional, e ainda a falta de oportunidades podem condicionar dificuldades que favorecem o aparecimento de DM (depressão).​
6. Discriminação sexual e violência de gênero​ - Incidência de DM não é diferente entre homens e mulheres.​Mas as mulheres têm mais risco de depressão e ansiedade devido à exigência dos diversos papéis sociais que ocupa.​Abuso e violência conjugal, pouca autonomia, dificuldade no acesso à educação.​Prevalência de violência doméstica de 16% a 50% das mulheres.​Violência sexual estima-se que uma a cada cinco mulheres tenha sido vítima de violação ou tentativa de violação.​Violência obstétrica.​
7. Experiências precoces/ambiente familiar ​- Circunstâncias adversas numa fase precoce, nomeadamente a gravidez, podem condicionar défices no desenvolvimento fetal, através de alterações no desenvolvimento neurobiológico. A ocorrência de perturbação mental nas mães (nomeadamente o consumo de álcool ou drogas, stress ou depressão materna, condicionando estilos de vida pouco saudáveis) pode ter um impacto negativo na saúde dos filhos, com implicações a longo prazo. Pais que fazem uso abusivo de álcool e outras substâncias = maior índice de violência doméstica.​
8. Exclusão social e estigma​ - O desemprego, o racismo, a discriminação e estigmatização podem levar à exclusão social, condição que se associa, pelas múltiplas vulnerabilidades que condiciona, a um elevado risco de DM e morte prematura.
9. Cultura - Constitui o enquadramento de muitas patologias, contribuindo para a definição do que é considerado “doença mental” num determinado contexto cultural;​ também contribui para modular a forma de apresentação da patologia mental. A Síndrome de Dhat surgiu como conceito a partir da literatura Sânscrito e está baseada na cultura do povo do subcontinente indiano.​Caracteriza-se por uma intensa preocupação com perda de sêmen na urina associada com fadiga e outros sintomas somáticos e psíquicos
10. Acontecimentos de vida estressantes​ - Abuso infantil, violência (familiar, conjugal, em situações de guerra, entre outras), doenças crônicas ou lesões incapacitantes, exposição a situações de catástrofe natural, constituem vivências traumáticas que produzem um impacto negativo na SM, estando associados a elevado risco de depressão, ansiedade, perturbação de stress pós-traumático e suicídio.​
Alguns Determinantes Sociais:

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