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Digestão de ruminantes

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Digestão de ruminantes 
 São os bovinos, bubalinos, ovinos, 
caprinos, ilhamas e camelídeos. 
 Os ruminantes são poligástricos que 
tem capacidade de regurgitar o 
alimento. Tendo capacidade para 
ingestão de muito alimento. 
 São herbívoros e fermentadores. 
 As fibras (carboidratos estruturais) são 
digeridas pelos microrganismos do 
rúmen, que realizam a fermentação 
dessas fibras. 
OBS: as fibras são alimentos volumosos, 
sendo carboidratos estruturais. Os 
carboidratos estruturais (estrutura da planta) 
são a hemicelulose, pectina e celulose. 
Trato gastrointestinal dos ruminantes 
 Boca, esôfago, pré-estomago (rúmen 
retículo, omaso), abomaso (estômago 
verdadeiro), intestino delgado (duodeno, 
jejuno e íleo) e intestino grosso (ceco, 
colon, reto e ânus). 
 O trato digestivo ocupa ¾ da cavidade 
abdominal, preenchendo praticamente 
quase todo lado esquerdo e se 
estendendo para o lado direito. 
 
Boca 
 Lábios (pequenos ruminantes) ou língua 
(bovinos) realiza a seleção e apreensão 
do alimento. 
 Ausência de incisivos e caninos 
superiores. 
 Grande eficácia de mastigação, pela 
redução do alimento em partículas. 
Esôfago 
 Desemboca no limite entre o retículo e 
rúmen. 
Rúmen 
 Maior dos compartimentos. 
 Dividido por estruturas musculares em 
4 áreas ou sacos: saco dorsal, saco 
ventral e dois sacos caudais. 
 
 
 Repleto de papilas ruminais, que se 
desenvolve conforme a sua alimentação. 
 As papilas são vilosidades na face 
interna de sua parede. Não apresentam 
glândulas. 
 Realizam a absorção de ácidos graxos 
voláteis- AGV (principal), ácido láctico, 
eletrólitos e água. 
 Possui epitélio estratificado, o que não 
se caracteriza por uma boa absorção. 
 A superfície do epitélio apresenta 
grande extensão devido a formação de 
papilas bem vascularizadas. 
 Ácidos graxos voláteis: são produzidos a 
partir da fermentação dos 
carboidratos, pelos microrganismos do 
rúmen. 
 Rúmen é uma câmara de fermentação. 
Microrganismos ruminais 
 Composto por bactérias, protozoário e 
fungos, que realizam a fermentação 
(degradação) dos nutrientes. 
 Produzem enzimas altamente 
especializadas para digestão de fibras. 
 Ao alimentar o ruminante, se alimenta a 
microbiota ruminal. 
 Por isso, não se pode fazer mudanças 
repentinas. 
 As bactérias contêm 50-60% de 
proteína bruta, que são proteínas da 
alimentação e fontes de nitrogênio não 
proteico (ex.: ureia). 
 Os microrganismos produzem proteínas 
microbianas, AGV (ácido acético, ácido 
propiônico e ácido butírico) e vitaminas 
K e B. Essas que serão absorvidas pelo 
rúmen. 
 Os nutrientes não são absorvidos 
diretamente pelos ruminantes, eles 
necessitam que os microrganismos 
realizem a fermentação desses 
nutrientes para serem absorvidas. 
 Os microrganismos são anaeróbicos. 
 O oxigênio que entra com alimento, é 
utilizado pelos m.o anaeróbicos 
facultativos, e transformado em outros 
gases (CO2, metano...). 
 Temperatura: a temperatura corporal 
é excelente para o desenvolvimento da 
flora ruminal (38 a 41° C). 
 Umidade: 80 a 90%. 
 pH ruminal: 6 a 7 (ideal). Podendo variar 
entre 5,5 a 7,2 dependendo da 
alimentação. 
 pH<6: Leva a inibição de bactérias 
celulolitícas (realizam degradação 
de fibra). Grãos levam a baixa do 
pH 
 
Carboidratos 
 Os estruturais e não estruturais são 
fermentados pelos microrganismos 
ruminais específicos para cada 
carboidrato. 
 Quando fermentados, produzem 
energia. 
 Produzem glicose para o crescimento 
microbiano. Por meio da oxidação parcial 
da glicose, sendo transformada parte 
em ATP para os microrganismos, e 
parte em AGV. 
 Produzem AGV (ácido acético_ 60-
70%, ácido propiônico_ 15-30%e ácido 
butírico_ 5%) serão absorvidos como 
fonte de energia para o animal. 
 O ácido acético será utilizado 
como percursor para síntese de 
gordura no músculo. 
 O ácido propiônico será percussor 
da glicose (energia para a 
produção animal). 
 O ácido butírico será percursor 
na síntese de gordura. 
OBS: a produção de AGV depende da dieta. 
O aumento de forragem (CE) aumenta a 
produção ácido acético (aumento de gordura). 
O aumento de grão (CNE) aumenta a 
produção de ácido propiônico (aumenta a 
produção e abaixa a quantidade de gordura). 
 
 
Carboidratos estruturais 
 Da forma e estrutura a planta 
 Resistência a degradação em 
monogástricos 
 Fibras*: fonte de energia para a flora 
ruminal x estímulo de mastigação e 
ruminação 
 Hemicelulose, celulose e pectina 
Carboidratos não estruturais 
 Reserva de energia da planta, no 
citoplasma celular 
 São de fácil digestão. 
 Açucares, amidos, glicose, frutose 
→rápida degradação ruminal 
 Fontes: grãos, melaço, soro de leite 
 Conforme a idade da planta é 
aumentada, diminui a quantidade de 
carboidratos não estruturais, aumenta 
a lignina e a celulose. Isso diminui a 
digestibilidade do alimento. 
 Nascem com o rúmen pouco 
desenvolvido. 
Recém-nascidos e jovens 
 O rúmen é asséptico. 
 A ingestão de alimentos sólidos 
promove o desenvolvimento muscular e 
papilar do rúmen. Além disso, o 
desenvolvimento microbiano. 
 A ingestão de concentrado nas 
primeiras semanas é essencial para a 
produção de ácido propiônico, que 
aumentará o desenvolvimento das 
papilas ruminais, que aumenta a 
absorção do rúmen. 
Digestão de proteína 
 65 a 85% da proteína da dieta sofre 
degradação ruminal pelos 
microrganismos para seu crescimento. 
 100% do nitrogênio não proteico (ureia) 
é degradado pelos microrganismos. 
 Quebra das proteínas microbianas é 
feita no abomaso. 
 Absorção de proteínas ocorre no 
intestino delgado. 
 Os nutrientes e parte dos 
microrganismos são digerido no 
abomaso, pela pepsina e pH ácido. 
 Assim, o ruminante absorve os 
aminoácidos da quebra dos 
microrganismos, ou seja, absorve as 
proteínas microbianas

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