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Perguntas de Nutrição de Ruminantes:
1) Quais são as características da ordem Artiodactyla?
Mamíferos com número par de dedos nas patas, geralmente ungulados à exceção dos camelídeos. A maior parte dos animais desta ordem é herbívora, porém existem onívoros como o porco.
2) Cite exemplos de pseudo-ruminantes e diga quais são suas características?
Camelo e lhama, estômago dividido em 3 compartimentos (omaso pouco desenvolvido), pernas alongadas, número par de dedos com almofada carnosa no lugar de casco.
3) Cite exemplo de ruminantes verdadeiros e diga suas características?
Bovinos, bubalinos, ovinos e caprinos, estômago dividido em 4 compartimentos, pernas alongadas, número par de dedos nos membros (geralmente dois) e o plano de simetria do pé passa entre o terceiro e quarto dedos. São ungulados e podem ou não apresentar chifres.
4) Classifique os ruminantes quanto ao tipo de alimento e digam quais são suas características?
Seletores de concentrado: altamente seletivos, buscam alimentos pouco fibrosos com muito conteúdo celular facilmente digestível. Ex.: cervo, alce, caribú e rena.
Intermediários (mistos): capacidade limitada para digerir alimentos fibrosos preferindo desta forma o conteúdo celular. Ex.: caprino e bisão.
Comedores de gramíneas e forrageiras: aproveitam alimentos mais fibrosos e também utilizam o conteúdo celular. Ex.: bovino, bubalino e ovino.
5) Quais são as funções do aparelho digestivo dos ruminantes?
Digerir os alimentos para fornecer ao organismo, de forma contínua, nutrientes, água e eletrólitos. Absorver e metabolizar os nutrientes. Excretar o material não digerido e/ou proveniente do metabolismo intermediário.
6) Quais são as funções da boca em ruminantes?
Apreensão, mastigação (digestão mecânica), insalivação, deglutição, remastigação e redeglutiçao do alimento.
7) Como os ruminantes domésticos apreendem os alimentos?
Caprinos (altamente seletivos) e ovinos (seletivos) utilizam os dentes e os lábios para a apreensão. Bovinos e bufalinos utilizam a língua para a apreensão (não seletivos).
8) Diga quanto tempo o ruminante destina à ingestão de alimento e ruminação e de que depende essa duração.
Dedicam em média 12 horas/dia. Em dependência da espécie animal, do tipo de alimento e quantidade ingerida.
9) Quais são as glândulas salivares encontradas na boca dos ruminantes?
Parótidas, submandibulares, sublinguais, bucal dorsal, bucal media, bucal ventral e faríngea.
10) Quais os tipos de salivas produzidas pelas glândulas salivares em ruminantes?
Fluido seroso, sero-mucoso e mucoso.
11) Quais os componentes da saliva?
Matéria seca, Na, P, CO2, Cl, K, Ca, Mg, N e S
12) Que espécie de ruminantes apresentam glândulas nasolabiais e quais as características da sua secreção?
Bovinos e bufalinos. É secretada quando os animais esfregam o focinho no alimento e/ou lambem o focinho e as fossas nasais. Esta secreção possui alta amilase.
13) Quais são as funções da saliva em ruminantes?
Umedece o alimento, facilitando a mastigação e a deglutição do bolo alimentar;
Solubiliza os nutrientes liberados durante a mastigação;
Hidrolisa ácidos graxos de cadeia curta (butírico e capróico) pela ação da lipase salivar;
Tamponam ácidos ruminais (ação dos bicarbonatos e fosfatos da saliva);
Antiespumante (meteorismo).
14) Quais são os fatores que influenciam a produção de saliva em ruminantes?
O ato de comer;
Textura física (fibra) e umidade do alimento;
Sabor e cheiro (possível).
15) Relacione o tipo de alimento (volumoso: concentrado) e a produção de saliva. Explique.
O volumoso pela maior quantidade de fibra necessita maior tempo de mastigação e, por conseguinte maior produção de saliva do que os alimentos concentrados que têm ‘passagem’ mais rápidas.
16) Quais são as fases de desenvolvimento do rúmen de animais jovens e qual a duração de cada uma?
1ª Fase: Fase de não ruminante (0-3 semanas de idade). Rúmen, retículo e omaso pouco desenvolvidos;
2ª Fase: Transição (3-8 semanas de idade). Os animais começam a ingerir alimentos sólidos;
3ª Fase: Estômago de Ruminante (a partir da 8ª semana). Sistema ruminal amadurecido em dependência do nível de leite consumido e da disponibilidade e consumo de alimentos de fácil digestão.
17) Quais são as característica da fase de não ruminante em animais recém-nascidos?
Rúmen é pequeno e flácido com papilas rudimentares. Presença da goteira esofágica.
18) Quais são as características da fase de transição?
Começo da ingestão de alimentos sólidos estimulando o desenvolvimento das papilas.
19) Quais são as característica da fase de ruminante?
Possui os pré-estômagos bem desenvolvidos e funcionais.
20) O que é goteira reticular ou esofágica?
É uma prega muscular que se estende de forma descendente na parede do retículo desde a cárdia até o orifício retículo-omasal.
21) Como funciona a goteira esofágica?
Só funciona com alimentos líquidos e se deve a um reflexo que é independente da temperatura do líquido, da composição, da postura do animal e do ato de mamar. A agitação juvenil demonstrada no ato faz a goteira reticular fechar eficientemente.
22) Quando inicia a ingestão de fibras em pré-ruminante e quando eles começam a mastigar e ruminar como adultos?
A ingestão de fibras pode iniciar em torno da segunda semana de vida (imita a mãe) e o começo da mastigação e ruminação de adultos em torno de 12 semanas.
23) Relacione o desenvolvimento das vilosidades do rúmen com o tipo de dieta (leite, forragem e concentrado).
O leite provoca um desenvolvimento das vilosidades mais lento, já as forragens um desenvolvimento mais rápido que o leite, porém não o ideal, sendo melhor para o desenvolvimento a administração de feno e concentrado (moderadamente) junto ao leite.
24) Relacione o desenvolvimento do ruminante jovem, do aparelho digestivo, a ingestão de alimento, o conteúdo e o volume do aparelho digestivo com o tipo de dieta (leite, feno, concentrado)
Quando há apenas ingestão de leite, o desenvolvimento total é menor. Por outro lado, quando temos alimentação rica em feno há bom desenvolvimento e maiores valores de volume do trato. Quando rica em concentrados, há melhores valores de peso corporal, com menor volume do trato e conteúdo da digesta. 
25) Quais são os efeitos da alimentação a base de feno, concentrado rico em fibras e pobre em fibras sobre as papilas do rumem?
Feno: papilas normais em forma de língua.
Concentrado rico em fibras: papilas com formas variadas, mais arredondadas.
Concentrado pobre em fibras: intensamente queratinizadas.
26) Quais são os fatores que influenciam a distribuição, tamanho e número de papilas do rúmen?
Hábitos alimentares (SC, IM, GF), disponibilidade e digestibilidade dos alimentos (forragem).
27) Como atuam os ácidos graxos formados no rúmen no desenvolvimento da mucosa?
Ácido butírico e propiônico estimulam o fluxo de sangue (estimula mitose). 
Ácido acético (alimento fibroso) provoca aumento de tamanho e número das papilas ruminais em comedores de gramínea e forragem (GF), por outro lado, em seletores de concentrado (SC) e intermediários (IM) provoca destruição destas estruturas (inverno, seca, etc.).
28) Qual a proveniência do amoníaco que se forma no rúmen e qual a sua utilização nesse segmento?
Proveniente da degradação microbiana de proteína da dieta, da hidrólise do nitrogênio não proteico e do intercâmbio e degradação de células microbianas. O NH3 é utilizado para produção de aminoácidos. 
29) Qual a influência do pH na formação e absorção do amoníaco no rúmen?
Quanto mais alcalino, maior a absorção e, logo, quanto mais ácido menor a absorção. 
30) Quais os produtos finais da digestão ruminal dos carboidratos?
Acetato, propionato e butirato.
31) Quais os produtos finais da digestão ruminal da fibra bruta?
Acetato, propionato e butirato.
32) Quais os produtos finais da digestão ruminal da proteína?
Acetato, propionato, butirato, isobutirato, isovaleriato e amoníaco.
33) Quais os produtos finais da digestão ruminal da gordura?
Propionato e ácidos graxos saturados
34) Como ocorre a produção (teor) deácidos graxos voláteis do rúmen relativamente à relação forragem/concentrado na alimentação dos ruminantes?
Quanto maior a forragem, há predominância de acetato no rúmen com níveis gerais de AGV’s, mais baixos, porém, quando aumentamos a participação do concentrado, além de aumentarmos os níveis globais de AGV’s, a proporção de propionato também aumenta.
35) O que é ruminação?
Regurgitação, reinsalivação e remastigação do bolo alimentar seguido da redeglutição.
36) Como ocorre a regurgitação?
Ocorre contração da musculatura da cavidade torácica, a glote se fecha, faz pressão negativa e a cavidade torácica se expande. 
37) Qual é a relação existente entre o teor de fibra em detergente neutro e o tempo de ruminação?
Quanto maior a quantidade de FDN no alimento maior será o tempo de ruminação
38) Descreva o tráfego no esôfago entre o segmento retículo-rúmen e a boca (direção cefálica) durante a ruminação?
Digesta (não necessariamente material grosseiro)
Arrotos provenientes da fermentação microbiana
39) Descreva o tráfego no esôfago entre o segmento retículo-rúmen e a boca (direção caudal) durante a ruminação?
Excesso de digesta (boca cheia) é deglutido imediatamente
Deglutições intermediárias da digesta parcialmente ruminada
Deglutição final da digesta totalmente ruminada
40) Quais são os padrões de ingestão de forragem e de ruminação diário em ruminantes (bovinos e ovinos)?
Padrões de ingestão e ruminação altamente dependentes dos teores de FDN.
Os ruminantes, entre si, apresentam padrões semelhantes de ingestão de forragem e de ruminação, sendo que para o pastejo, são preferidos os períodos do dia com temperaturas mais amenas. Entretanto, enquanto os ovinos cessam a ingestão mais cedo na manhã, os bovinos seguem esta atividade até o final da manhã. No final da tarde os bovinos pastam até o começo da noite. Os ovinos aproveitam as horas mais frescas do dia e pastam até o início da madrugada. Os bovinos ruminam, sobretudo no período da noite até o início da manhã, já os ovinos, normalmente na madrugada até o início da manhã. Ambos aproveitam as horas mais quentes do dia para ruminar.
41) Como se comportam os ruminantes quanto a pastar e ruminar relativamente ao tempo utilizado para estas atividades?
Os ruminantes, gastam mais tempo ruminando do que ingerindo alimento, sendo as proporções de tempo fortemente influenciadas pelo teor de fibra da dieta.
42) Para que serve a eructação em ruminantes?
Tem por finalidade expelir os gases formados em função da fermentação microbiana.
43) Quando aparece a flora típica do rúmen e quais as condições para o seu desenvolvimento?
Aparece quando o animal é alimentado com pasto, feno, concentrado, etc. As condições devem ser de temperatura adequada (39°C - 40°C), alta umidade, pH adequado (5,5 – 7) e constante fornecimento de alimentos.
44) Qual a composição da flora do rúmen?
Possui principalmente bactérias, protozoários, fungos, micoplasmas, bacteriófagos e leveduras (enzimas).
45) Do que depende a composição e a quantidade de bactérias no rúmen, quanto tempo os ruminantes necessitam um determinado tipo de alimento, para que a flora atinja um equilíbrio, e quais são as condições para tal?
Depende do tipo de alimento, proporção de fibra no alimento (relação volumoso: concentrado), do ambiente, etc. Quando a dieta é definida, após um determinado tempo (2–3 semanas) se estabelece um equilíbrio dinâmico.
46) Como são classificadas as bactérias quanto a sua morfologia?
Forma principal (cocos, bacilos e espirilos)
Tamanho (0,30 – 0,50 µm)
Estrutura (envoltura, estrutura citoplasmática)
47) Como são classificadas as bactérias quanto a sua funcionalidade?
Está embasada no tipo de substrato que elas utilizam (dieta):
Celulolíticas, hemicelulolíticas e pectinolíticas; 
Amilolíticas; Sacarolíticas; Acidolíticas; Metanogênicas; Proteolíticas; Ureolíticas; Lipolíticas.
48) Qual é a função das bactérias celulolíticas, hemicelulolíticas e pectinolíticas e quais os substratos que elas degradam?
Degradam carboidratos estruturais como celulose, hemicelulose, pectina. Algumas celulolíticas são também amilolíticas.
49) Qual é a função das bactérias amilolíticas e quais os substratos que elas degradam?
Digerem o amido através da intervenção da alfa amilase extracelular e em dietas ricas em concentrado, aumentam sua proporção.
50) Qual é a função das bactérias sacarolíticas e quais os substratos que elas degradam?
Degradam açucares simples. Alimentos ricos em açúcares solúveis, principalmente os de rápida degradação.
51) Qual é a função das bactérias acidolíticas e quais os substratos que elas degradam?
Realizam a fermentação secundária dos produtos finais de outras bactérias (lactato, succinato, metanoato).
52) Qual é a função das bactérias metanogênicas e quais os substratos que elas degradam?
Reduzem CO2 e H2 gasoso para CH4, mantendo assim a concentração de H2 baixa favorecendo o crescimento de outras bactérias e permitindo a fermentação mais eficaz. Utilizam metanol, metilamina e acetato para produzir CH4.
53) Qual é a função das bactérias proteolíticas e quais os substratos que elas degradam?
Essas bactérias tem por função a degradação da proteína dietética, porém, não dependem apenas de proteína como fonte de energia. Liberam amônia (NH3), AGV e H2.
54) Qual é a função das bactérias ureolíticas e quais os substratos que elas degradam?
Degradam a ureia a CO2 e NH3 e fazem a desaminação de aminoácidos.
55) Qual é a função das bactérias lipolíticas e quais os substratos que elas degradam?
Hidrolisam triglicerídeos, fosfolipídeos, galactolipídeos e sulfolipídeos e são responsáveis pela hidrogenação dos AGI.
56) Quais são as espécies de protozoários encontradas no rúmen?
Ciliados (principais) e flagelados.
57) Quais são as principais características dos protozoários do rúmen?
São anaeróbios estritos e sua a massa pode ser igual ou superior à das bactérias. São muito sensíveis às oscilações de pH (pH < 6,0 limita o crescimento e o pH 5,0 mata).
58) Quais são os substratos fermentados pelos protozoários no rúmen?
Degradam essencialmente proteínas, porém, podem degradar açúcares simples, amido, pectina, celulose, hemicelulose.
59) Quais são os produtos finais da degradação das proteínas pelos protozoários?
Aminoácidos e amoníaco.
60) Cite 5 produtos finais da degradação dos carboidratos pelos protozoários?
Propionato, butirato, lactato, hidrogênio, formato, lipídeos e CO2.
61) Como ocorre o desenvolvimento da população de micro-organismos em ruminantes jovens?
A população de micro-organismos em ruminantes jovens começa a se desenvolver desde o momento do parto, através do contato com a mãe (vagina, saliva, úbere e leite), bolo alimentício, esterco, cama e flora ambiental.
62) Quais são os modos de interações entre distintos micro-organismos no ecossistema do rúmen? Explique.
Mutualismo: interações benéficas para ambos
Comensalismo: benéfica para um sem afetar o outro
Parasitismo: um tem prejuízo
63) Qual é a relação entre a anaerobiose e a predominância e localização dos micro-organismos do rúmen?
Aderidos à parede do rúmen (anaeróbio facultativos), a maioria aderida às partículas e os que flutuam no líquido ruminal (anaeróbios estritos).
64) Quais são as características normais do ambiente ruminal?
PH oscila entre 5,5 e 7,2, potencial redox demostra ausência de O2.
65) Quais são os principais fatores que influenciam as características do ambiente ruminal?
Tipo de alimento, mudança pós-prandial, relação concentrado: volumoso, etc.
66) Por que a concentração de ácidos totais é maior em dietas ricas em concentrados?
Devido a menor produção de saliva, menor tamponamento do meio ambiente, menor multiplicação de micróbios celulolíticos devido à queda no pH para 6,0 a 5,5 favorecendo a seleção de cepas amilolíticas.
67) Qual é o efeito de dietas ricas em celulose, amido ou açucares sobre a quantidade de micróbio no ambiente ruminal?
Ricos em celulose: quantidade relativamente pequena de micróbio
Ricos em amido: quantidade relativamente alta de micróbios
Ricosem açucares: quantidade relativamente pequena de micróbios
68) Qual é o efeito de dietas ricas em celulose, amido ou açucares sobre o valor do pH no rúmen?
Ricos em celulose: alto (6,5);
Ricos em amido: baixo (5,7);
Ricos em açucares: muito baixo (5,1).
69) Qual é o efeito de dietas ricas em celulose, amido ou açucares sobre a degradabilidade ruminal do alimento?
Ricos em celulose: lenta
Ricos em amido: rápida
Ricos em açucares: muito rápida
70) Como se comportam os valores de pH, salivação e a ruminação em relação às dietas ricas em forragem e ricas em concentrado?
O pH em dietas com forragens fica acima de 6 e em dietas com concentrado fica abaixo de 6. A produção de saliva (l/kg ms) é maior em dietas com forragens (acima de 12) e menor em dietas com concentrados (abaixo de 12). O tempo destinado à ruminação (min./kg ms) é maior em dietas com fibras (acima de 40 minutos) do que em dietas com concentrados (abaixo de 40 minutos).
71) Relacione dietas ricas em fibra (celulose) e ricas em concentrado com: salivação, tempo de ruminação, concentração relativa de ácidos graxos, ácidos predominantes, pH do rúmen e bactérias predominantes.
	
	Rica em fibra
	Rica em concentrado
	Salivação
	Alta (± 13 l/kg ms)
	Baixa (± 11 l/kg ms)
	Tempo de ruminação
	Longa 
	Curta
	Concentração relativa de ácidos graxos
	Baixa 
	Alta 
	Ácidos predominantes
	Ácido acético
	Ácido propiônico
	PH do rúmen
	Alto (6,8 - 6,0)
	Baixo (6,0 – 5,4)
	Bactérias predominantes
	Zona ótima de pH para bactérias celulolíticas
	Zona ótima de pH para bactérias amilolíticas
72) Descreva anatomicamente o omaso.
Terceira câmara do estômago dos ruminantes, tem a mucosa em estrutura folhosa (pregas).
73) Quais são as funções do omaso?
Absorção de água, minerais (Mg) e AGV (limitada).
74) Descreva anatomicamente o abomaso.
Quarta câmara, estômago verdadeiro, conhecido como coagulador ou coalheira, tem formato de um saco alongado.
75) Quais são os tipos de células gástricas e quais são as substâncias secretadas por elas?
Células mucosas: secretam muco, água e bicarbonato;
Células parietais: H+ e Cl- e fator intrínseco (absorção de B12 no íleo terminal);
Células principais: pepsinogênio, gastrina;
Células enterocromafins: histamina.
76) Quais são os fatores que influenciam a secreção no abomaso?
Aumento da ingestão, distensão do abomaso e acidez do conteúdo abomasal.
77) De que depende e qual é o tamanho do intestino nas distintas categorias dos ruminantes (GF, IM, SC)?
Depende do tipo de alimentação e com isto da espécie de ruminantes. Em bovinos e ovinos (GF) é mais longo que espécies mais seletivas (SC, IM).
Quociente corpo: intestino
GF – 1:22 até 30
IM – 1:15 até 20
SC – 1:12 até 15
78) Compare o tamanho dos intestinos delgado e grosso nas distintas categorias dos ruminantes (GF, IM, SC)?
Animais com rúmen amplo e especializado em digerir celulose (GF) apresentam proporção menor de IG.
Quanto mais seletivos (IM e SC), apresentam proporção maior de IG.
79) Descreva anatomicamente o intestino delgado dos ruminantes e a função dos seus componentes.
Túnica muscular é composta por duas capas: Capa circular interna mais grossa e capa longitudinal externa mais frágil: peristaltismo
Vilosidades e microvilosidades: absorção, tem forma de fita (raramente pontiagudas, língua)
Glândulas tubulares simples de Lieberkühn: secretam muco para a proteção do intestino.
Enterócitos: células absortivas, porém, limitam a entrada de toxinas e patógenos
Glândulas submucosas de Brünner: muco alcalino
Células globulosas: proteção
80) Descreva anatomicamente o intestino grosso dos ruminantes e a função dos seus componentes.
Diferenciam do id por :
Ausência de vilosidades
Dobras da mucosa semicirculares
Maior nº de células globosas (proteção, secreção e absorção)
Glândulas tubulares longas de Lienberkühn: secreção de muco.
Ceco de maior ou menor volume em dependência do hábito alimentar.
81) Quais são as características dos micro-organismos do intestino grosso?
População semelhante à encontrada no rúmen. As espécies anaeróbias predominam e os anaeróbios estritos superam em no mínimo 100 vezes os anaeróbios facultativos.
82) Quais são os substratos que chegam no intestino grosso e ficam disponíveis aos micro-organismos?
Alimento não digerido 
Alimento parcialmente digerido
Células da descamação epitelial 
Secreções intestinais (bílis, enzimas, mucinas)
83) Como se comporta o pH do ceco em relação aos alimentos volumosos e concentrados?
Volumosos apresentam pH cecal entre 6,6 – 7,8
Concentrados apresentam pH cecal entre 5,7 – 7,2
84) Por que em ruminantes recém-nascidos as células parietais do abomaso são escassas até às 72 horas pós-parto?
Principalmente para que ocorra a passagem intacta das imunoglobulinas contidas no colostro que serão absorvidas no intestino.
85) Qual é a função da renina em ruminantes jovens?
Coagular o leite (caseína e gordura) aumentando a permanência do leite no trato digestório o que evita a diarreia.
86) Qual é o caráter do pH duodenal, quando o pH atinge a neutralidade?
É ácido e oscila entre 2,6 e 3,0. Alcança a neutralidade a 7 metros ou mais após esfíncter pilórico.
87) De onde provém e que tipos de enzimas promovem a digestão do quimo no intestino delgado?
Provém do pâncreas e do próprio intestino, são elas: amilolíticas, lipolíticas e proteolíticas.
 
88) Onde é produzido o suco pancreático no pâncreas e quais são os seus componentes?
É produzido no pâncreas exócrino (ácinos pancreáticos). Contém água, grandes quantidades de íons bicarbonato, enzimas, tripsinogênio e quimotripsinogênio.
89) Quais são os hormônios que promovem a liberação do suco pancreático e onde são produzidos?
São a colecistocinina e a secretina produzidos no intestino delgado.
90) Onde é produzida a bile, qual é a sua função e quais são os hormônios envolvidos na sua liberação/secreção?
A bile é produzida pelo fígado e armazenada na vesícula biliar e tem por função emulsionar e solubilizar os lipídeos. Os hormônios envolvidos na sua liberação são colecistocinina e secretina.
91) O que acontece com os sais biliares após a digestão das gorduras no intestino delgado dos ruminantes?
95% são reabsorvidos no jejuno distal e íleo
92) Qual é a importância da absorção de carboidratos no intestino de ruminantes, explique por que e qual o mecanismo de absorção?
É pouco importante em ruminantes sendo a absorção de glicose quase nula. Mesmo assim, a glicose é absorvida na luz intestinal via transporte ativo (bomba de sódio/potássio).
93) Como ocorre a degradação dos carboidratos, que por ventura escapem da degradação ruminal, no intestino delgado?
São hidrolisados pelas enzimas pancreáticas e intestinais, liberando glicose, que será absorvida. Parte dos residuais que chegam ao intestino grosso podem ser fermentados da mesma forma que no rúmen, mas a maior parte é excretada nas fezes.
94) Quais são as formas que as gorduras se encontram no quimo, onde são digeridas e absorvidas no intestino delgado e qual é a enzima responsável pela digestão?
70 a 80% chegam ao abomaso como ácidos graxos livres e o restante consta de fosfolipídeos de origem microbiana. A absorção delas ocorre na metade proximal do intestino delgado. A digestão depende principalmente da lipase pancreática.
95) Qual é o meio em que ocorre a digestão das gorduras no intestino delgado em ruminantes e qual é a melhor forma de absorção das gorduras?
A digestão ocorre em meio bifásico, sendo a melhor forma de absorção a solução micelar.
96) Quais são as fontes de proteína disponíveis para a digestão no intestino delgado de ruminantes?
Proteína não digerida no rúmen, proteína microbiana, proteínas endógenas.
97) Quais são as formas de absorção das proteínas no intestino delgado dos ruminantes?
Absorção de aminoácidos e pequenos peptídeos.
98) Em que segmentos do intestino delgado os aminoácidos são absorvidos? Explique.
Absorção no jejuno e íleo. Porque as proteases são ativadas a pH 7,5, o qual é atingido aos 7 a 15 metros.
99) Qual é o mecanismo de absorção das proteínas e qualé o coeficiente de absorção no intestino delgado?
Transporte ativo secundário - bomba de sódio/potássio -, cerca de 65a80% dos aminoácidos que chegam ao ID são absorvidos.
100) Qual é o teor de matéria seca das fezes de bovinos e de ovinos e qual é o seu conteúdo?
Ovinos: 30-50%; bovinos 15-30%. Conteúdo das fezes: alimento não digerido, membranas de micro-organismos não digeridas, células microbianas e resíduos de substâncias endógenas.
101) Qual é o teor de material dietético e endógeno nas fezes de ruminantes que ingerem volumosos e concentrados?
Volumoso: muito; concentrado: pouco.
102) Qual é o caráter do nitrogênio total das fezes de ruminantes?
Cerca de 86% de origem bacteriana e endógena.
103) Por que dietas ricas em concentrados aumentam a excreção de nitrogênio bacteriano nas fezes?
Porque ocorre aumento na fermentação, tanto ruminal quanto no intestino grosso.
104) Por que as fezes de ovinos apresentam um teor de matéria seca maior que a de bovinos?
Porque as fezes dos ovinos permanecem mais tempo no colón espiral (20 horas) que nos bovinos (8 horas) possibilitando maior absorção de água.
105) Quais são os fatores que influenciam a excreção urinária?
A excreção depende do consumo de água e sais, composição da dieta, exercício físico e temperatura ambiente.
106) Quais são os cátions e ânions encontrados na urina de ruminantes?
Potássio é o principal cátion excretado (pastejo) e bicarbonato e cloro são os principais ânions.
107) Por que o pH da urina de ruminantes é alcalino?
Porque a maioria das forrageiras, base da nutrição de ruminantes, é rica em potássio.
 Este mineral que alcaliniza a urina destes animais.
108) Em que casos a urina de ruminantes pode ser ácida?
Quando se tem uma forragem rica em sulfato e/ou fosfato e quando a dieta é rica em concentrados (menos bicarbonato na urina).
109) Cite cinco componentes da urina de ruminantes.
Ureia, alantoína, ácido úrico, amoníaco, creatinina, creatina, ácido hipúrico.
110) Como ocorre a modulação da frequência, forma e amplitude das contrações do trato gastrointestinal?
São causadas pelas sensações no conduto digestivo (SNE), que enviam sinal para o sistema nervoso central.
111) Como a estrutura dos alimentos influencia a frequência e a amplitude das contrações?
Quando se tem um feno longo aumenta a frequência e a amplitude destas contrações no retículo-rúmen, e quando temos um feno com partículas menores (moído) diminui.
112) De que tipo são as contrações do retículo e o que ocorre em cada uma delas?
Primárias: retículo se contrai (metade),ciclo misturador;
Secundárias: mais potente, eructação.
113) De que tipo são as contrações no omaso, quando e como ela ocorre?
Contrações α e β são síncronas com as contrações primárias e secundárias do rúmen. Contrações γ são mais prolongadas, propagam-se às lâminas.
114) Quando e como ocorre a passagem da digesta para o omaso?
Acontece no final da contração reticular, há abertura e fechamento do orifício retículo omasal (5-7 vezes/min.). O fluxo da digesta para o omaso aumenta com a ingestão de alimentos.
115) Quais são os fatores que influenciam a passagem da digesta pelo abomaso?
O fator mais importante é a distensão do órgão, além da osmolaridade, pH do quimo no ID e produtos (proteína, gordura) que penetram no duodeno.
116) Qual é o efeito do número de vezes que o animal se alimenta e a passagem do quimo para o duodeno e por quê?
Quanto mais vezes o animal se alimenta por dia, aumenta o fluxo da digesta para o duodeno em virtude da maior atividade motora e secretora do abomaso, aumento da secreção de saliva e aumento da motilidade do rúmen.
117) Qual é o principal fator que induz a passagem da digesta pelo intestino grosso e qual é o seu tempo de retenção em ovinos e bovinos?
A ingestão de alimento que duplica a atividade do cólon e o tempo de retenção da digesta no cólon espiral é maior em ovinos do que em bovinos.
118) Quais são as principais funções do esôfago em ruminantes?
Passagem do bolo alimentar para o rúmen
Regurgitação da digesta (ruminação)
Escapes de gases da fermentação (eructação)
119) Quais são as principais funções do retículo em ruminantes?
Auxiliar o rúmen na função principal, regurgitação da digesta, eructação, passagem da digesta para omaso.
120) Quais são as principais funções do rúmen em ruminantes?
Digestão de celulose, hemicelulose e amido;
Fermentação de açucares a acetato, propionato e butirato, CO2 e CH4
121) Quais são as principais funções do omaso em ruminantes?
Absorção de água e minerais, e, limitada de AGV’s.
122) Quais são as principais funções do abomaso em ruminantes? 
A secreção ácida mata micro-organismo (barreira sanitária), digestão péptica dos micro-organismos
123) Quais são as principais funções do intestino delgado em ruminantes?
Digestão tríptica dos micro-organismos;
Absorção de aminoácidos;
Absorção de ácidos graxos e glicerol;
Absorção “glicose” (açucares, amido).
124) Quais são as principais funções do intestino grosso em ruminantes?
Absorção de água, minerais e ácidos graxos voláteis (não significativa).
125) Diferencie digestibilidade de absorvibilidade?
Digestibilidade: Expressa o quanto do ingerido permaneceu no corpo do animal, porém, apresenta resultados imprecisos pois não considera as perdas endógenas.
Absorvibilidade: procura definir o quanto de nutrientes o animal conseguiu absorver em relação ao que foi ingerido. Nesta determinação procura-se descontar as perdas endógenas.
126) Quais são os fatores limitantes da determinação da digestibilidade?
Composição de nutrientes, tipo de dieta, não se considerar o lugar de digestão dos nutrientes e absorção dos produtos finais e o aporte de energia no IG.
127) Diferencie a digestibilidade verdadeira da aparente considerando o tipo de nutriente. Explique.
As diferenças de digestibilidade verdadeira e digestibilidade aparente da fibra bruta e do extrato não nitrogenado são pequenas, pois estas substâncias não são secretadas ou são em pequenas quantidades pelo metabolismo intermediário. O mesmo ocorre com a gordura, pois dietas para ruminantes devem conter pouca gordura. No caso das proteínas, a diferença pode variar muito, uma vez que mesmo livre das dietas, aparecem nas fezes proteínas de origem endógena, no caso da proteína, o valor sempre será menor na digestibilidade verdadeira do que na aparente.
128) Quais são os fatores que influenciam a digestibilidade dos alimentos em ruminantes?
Nível de consumo, composição da dieta, tratamento, maturação da forragem, temperatura ambiente, umidade (frio, calor), raça, idade e estágio de produção, poucos ácidos graxos insaturados, alta quantidade de proteína.
129) O que é degradabilidade ruminal?
Técnica ‘in situ’ de determinação da qualidade do alimento que é fracionado diretamente em ambiente ruminal.
130) Qual é o tempo necessário para a preparação de bovinos e ovinos para a análise da digestibilidade “in vivo” de alimentos? Explique.
12 a 13 dias para bovinos, 16 a 21 dias para ovinos. Em função do tempo de permanência no trato digestório.
131) Qual é o tempo que os ruminantes destinam diariamente à ingestão de alimentos e a ruminação?
Bovinos = 13,25 horas
Ovinos = 12,18 horas
Caprinos = 11,66 horas
132) Do que depende a seleção da forragem pelos ruminantes em pastejo?
Disponibilidade de alimento, palatabilidade, qualidade nutricional.
133) Quais são os fatores que influenciam o tempo de ingestão de forragem por ruminantes em pastejo? Explique
Depende da densidade da forragem, qualidade da forragem (mais fibrosa ou menos fibrosa), clima (quente diminui a ingestão de alimento), FDN, FDA.
134) O que é consumo voluntário e quais são as unidades que o caracterizam?
É a quantidade de alimento ingerido por um animal ou grupo de animais durante um determinado período de tempo, onde eles têm acesso livre ao alimento. Caracterizam-se nas unidades kg de ms/animal dia, kg de ms/kg de pv/dia, kg de ms/kg0,75/dia.
135) Como o hipotálamo regula o consumo de alimento em curto e em longo prazo?
Curto prazo é regulado através dafome e saciedade
Longo prazo é regulado através do peso corporal
136) Onde se localizam os centros da fome e da saciedade no hipotálamo?
O centro da fome se localiza no núcleo lateral e o da saciedade no núcleo ventromediano.
137) Quais são os mecanismos que regulam a ingestão de alimentos em ruminantes?
Físico; fisiológico; psicogênico.
138) Explique o funcionamento do mecanismo físico de regulação da ingestão de alimentos.
Físico (alimentos volumosos): distensão de reticulo rúmen; relacionado ao teor de FDN; taxa de passagem mais lenta; tempo de ruminação mais longo.
139) Explique o funcionamento do mecanismo fisiológico de regulação da ingestão de alimentos.
Fisiológico (demanda energética)
Regulação: equilíbrio nutricional (status energético); ingestão de energia=exigências (mantença e produção); controle do consumo energético semelhante aos não ruminantes quando: alta densidade de nutrientes, sem restrições físicas (alta digestibilidade, menor IMS)
140) Explique o funcionamento do mecanismo psicogênico de regulação da ingestão de alimentos.
Psicogênico (alimento e meio ambiente)
Efeitos psicogênicos podem modificar a intensidade de consumo de um alimento (aditivo). São eles: sabor, odor, textura; aparência visual; status emocional do animal.
141) Como funciona a regulação do consumo de alimentos no sistema nervoso central?
O cérebro coleta informações de sensores e receptores especiais da parede do trato digestivo. Estas informações são integradas de tal forma a determinar: que alimento ingerir e se o consumo deve iniciar ou cessar.
142) Quais são os principais hormônios responsáveis pela sensação de fome e onde são secretados?
Grelina: produzida na parede do abomaso. Somatotropina: produzida na hipófise anterior
143) Quais são os principais hormônios responsáveis pela sensação de saciedade e onde são secretados?
Leptina: tecido adiposo branco. Colecistocinina: produzida no duodeno. Adrenalina: liberação na medula adrenal.
144) Qual é o efeito da gordura corporal sobre a ingestão de alimento?
O monitoramento deste fato pode ser usado para se determinar o momento apropriado para o abate.
145) Qual é o efeito do sexo e da idade do animal sobre a ingestão de alimento?
Sexo: novilhas e bois= efeito limitado; somente em determinados períodos: ate os 250 kg novilhas tem capacidade de ingestão maior.
Idade: terneiros jovens x sobreano, tem IMS 10% maior, efeito associado ao ganho compensatório.
146) Qual é o efeito do estagio fisiológico e da raça do animal sobre a ingestão de alimento?
Vacas em lactação aumentam a IMS (31-51%)
Vacas prenhes diminuem a IMS (+-20%)
Tamanho das raças de gado de corte (IMS variável)
Raças leiteiras a IMS é maior
147) Qual é o efeito da temperatura ambiente sobre a ingestão de alimento?
Frio: motilidade ruminal e taxa de passagem aumentam para acomodar mais alimento;
Calor: diminui a IMS (energia);
Vento, precipitação e umidade podem acentuar os efeitos (frio, calor).
148) Relacione o teor de fibra em detergente neutro da dieta (MS) com a ingestão de alimento?
Menor teor de FDN na dieta: - maior densidade de energia e menor ingestão;
Maior teor de FDN na dieta: - menor densidade de energia e menor ingestão.
149) Como se encontra distribuída a água do corpo em ruminantes?
A água (70% do peso vivo) é distribuída em:
45% água intracelular;
25% água extracelular (plasma 5%, fluídos intersticiais 20%);
Troca diária de água entre 5 e 30%.
150) Como se comporta o metabolismo em relação à utilização e o teor de água corporal em animais adultos e jovens?
Em animais adultos à utilização e o teor de água corporal é baixo, apresentam maior gordura e menor quantidade de água;
Já animais jovens à utilização e o teor de água corporal são bem maiores.
151) Quais são as funções da água em ruminantes?
Fisiológica: (digestão e absorção, fluído para o feto em desenvolvimento);
Metabolismo intermediário: (manutenção dos fluídos corpóreos, transporte de nutrientes entre os tecidos, metabolização de nutrientes);
Refrigeração corporal (dissipação de calor).
152) Cite as principais funções da água no metabolismo intermediário.
Liberadores de energia (O e C) são transportados por água;
A água atua como solvente no ambiente intra e extracelular;
Transporte de nutrientes e eliminação de resíduos (CO2 e NH3);
Controle da pressão osmótica (distribuição de fluidos).
153) Explique a atuação da água na refrigeração corporal.
Atua na condutividade térmica, manutenção da temperatura corporal (evita câmbios bruscos de temperatura, dissipação de calor – regiões profundas).
154) De onde provém a água utilizada pelo organismo dos ruminantes?
Água de beber (água de rios, riachos, sangas, açudes), água contida nos alimentos, água metabólica produzida na oxidação de nutrientes orgânicos: (importante em ambientes áridos), absorção através da pele, secreções do organismo (saliva, leite).
155) Quais são os fatores que contribuem para a eliminação de água corporal e quais são as formas de eliminação?
A perda de água está associada à energia procedente dos alimentos (calor) e/ou fontes radiantes (clima):
Aumenta com a quantidade de IMS: principalmente alimentos fibrosos (mais componentes indigestíveis);
Fezes (até 1/3 da perda total) - bovino de 350 kg – 10 litros/dia;
Urina;
Pulmões;
Suor (zebuínos).
156) Quais são as estruturas (órgãos) que regulam a ingestão e a excreção da água?
A ingestão é regulada por impulsos provenientes do córtex límbico do hipotálamo, gerados por fatores genéticos e ambientais. A excreção de água é regulada pelos rins e intestino.
157) O que é água metabólica e qual a importância para os ruminantes?
É a proveniente da oxidação de nutrientes nos tecidos, importante em ambientes áridos e semiáridos.
158) Quais os fatores fisiológicos que influenciam as necessidades e o consumo de água em ruminantes? Explique.
Idade – animais mais novos ingerem mais água (alta taxa metabólica)
Gestação e lactação – maior ingestão para a manutenção do feto e líquidos fetais, e secreção de leite (bebe 8,5 litros de água para sintetizar 1 de leite).
159) Quais os fatores não fisiológicos que influenciam as necessidades e o consumo de água em ruminantes? Explique.
Alimentação, clima (altas temperaturas, maior ingestão de água), manejo e deslocamento (quando há muitos declives, morros, o animal tem que fazer um maior esforço para se alimentar, ou quando há disponibilidade de água é longe do local, onde tem uma maior oferta de forragem).
160) Descreva o comportamento de ingestão de água e matéria seca em ruminantes nos períodos de inverno e verão.
Verão: IA 32,4 (l/cab./dia) IMS 9,6 (kg/ cab./dia)
Inverno: IA 17,3 (l/cab./dia) IMS 11,2 (kg/ cab./dia)
161) Onde se localizam os centros da sede e da ingestão de água no hipotálamo e como são regulados?
Nas zonas laterais do hipotálamo e são regulados pelo estímulo de osmorreceptores e barorreceptores (pressão osmótica, volemia, temperatura, etc.).
162) Quais são os tipos de receptores que regulam a sede e a ingestão de água em ruminantes e quais são os estímulos a que eles respondem?
Osmorreceptores e barorreceptores estimulados por pressão osmótica, volemia, temperatura, etc.
163) O que é o equilíbrio hídrico e como ele ocorre?
É o ajuste de entrada e saída de água do corpo do ruminante e ocorre de forma constante.
164) Descreva o mecanismo que desencadeia a sede.
Quando ocorre muita perda de água corporal ou pouca ingestão de água a volemia diminui estimulando os osmorreceptores dos órgãos, a pressão osmótica do sangue aumenta forçando a água extra e intercelular para o sangue.
165) Como o hipotálamo regula a diurese?
O hipotálamo regula aumentando ou diminuindo a secreção de vasopressina (ADH) pela neuro-hipófise, menos ADH na circulação sanguínea provoca uma maior diurese, mais ADH menor diurese.
166) Quais são os carboidratos que os ruminantes utilizam para sua nutrição e qual é a importância deles na dieta destes animais?
Estruturais (importantíssimo, pois são bem utilizados por ruminantes (pastagens));
Amido (utilizado como aceleradorda produção);
Carboidratos de fácil digestão (pouco importante).
167) Relacione a formação de metano com o tipo de dieta dos ruminantes.
Concentrado: menos metano;
Volumoso: mais metano.
168) Quais são os produtos finais da degradação dos carboidratos no trato digestivo dos ruminantes e onde são absorvidas?
São degradados em AGV que são absorvidos rúmen, retículo e omaso. Pouca quantidade chega ao abomaso.
169) O que ocorre com o acetato após sua absorção?
Pequena parte do acetato se converte em corpos cetônicos na parede do rúmen. Produção de acetato no rúmen é essencial para se manter quantidades adequadas de gordura no leite. Acetato é precursor dos ácidos graxos do leite.
170) O que ocorre com o propionato após a sua absorção? 
É convertido em lactato na absorção (2% a 5%);
171) Qual é o efeito de dietas ricas em celulose, amido e açúcar sobre o teor de ácidos graxos no rúmen?
	Participação relativa
	Dieta rica em:
	
	Celulose
	Amido
	Açúcar
	Ác. Acético
	Alta
	Baixa
	Baixa
	Ác. Propiônico
	Baixa
	Média-alta
	Alta
	Ác. Butírico
	Baixa
	Média-alta
	Alta
172) O que ocorre com os carboidratos não degradados no rúmen?
Muito poucos escapam à degradação ruminal, por conseguinte, são degradados por enzimas do intestino delgado ou micro-organismos do intestino grosso (AGV) e posteriormente absorvidos nestes locais.
173) Qual é a forma e a velocidade com que os ácidos graxos voláteis de cadeia curta são absorvidos no rúmen?
São absorvidos na forma de ânions ou ácidos não dissociados, sendo que na forma de ácidos não dissociados a absorção é mais rápida.
174) Como são utilizados os ácidos graxos voláteis absorvidos no rúmen e quais são as substâncias sintetizadas a partir deles?
São utilizados como fonte de energia e para síntese de distintas substâncias no metabolismo intermediário de ruminantes como:
Conversão em glicogênio no fígado e musculatura;
Formação de ácido láctico a partir da dissociação anaeróbica da glicose no músculo;
175) Qual é o precursor da glicose no metabolismo intermediário dos ruminantes?
Propionato.
176) Quando e como ocorre a formação de glicogênio no organismo dos ruminantes?
A formação aumenta após a ingestão de alimento, é uma reação mediada pela insulina que ocorre nas células do fígado e dos músculos quando há elevados níveis de glicose na corrente sanguínea.
177) Como e quando ocorre a formação de ácido lático no metabolismo dos carboidratos?
O ácido lático se forma a partir da dissociação anaeróbica da glicose, isso ocorre quando há um gasto excessivo de glicose como, por exemplo, em um exercício físico.
178) Como e onde ocorre a formação de lactose, glicerol e aminoácidos não essenciais a partir da glicose?
Lactose – propionato-glicose+galactose e ocorre na glândula mamária; glicerol – diidroxicetona forma glicerol com a redução de NADH, geralmente o corre no tecido adiposo; Aminoácidos – a partir de transaminações de intermediários do ciclo de Krebs.
179) Como ocorre a formação de ácido acético ativado e qual é a sua função no organismo?
Formado através de piruvato e é importante para a formação de corpos cetônicos.
180) Por que e quando se formam os corpos cetônicos no metabolismo dos carboidratos em ruminantes?
Formam-se quando há pouco oxaloacetato. Ocorre quando a dieta é pobre em carboidratos.
181) Onde e como ocorre a formação de ácidos graxos e gorduras a partir do metabolismo dos carboidratos em ruminantes?
No rúmen são formados os ácidos graxos a partir da fermentação de carboidratos pela microbiota ruminal. Os lipídios serão formados a partir do ácido acético (acetil-CoA) no tecido adiposo.
182) Descreva o processo da glicogênese em ruminantes.
Processo pelo qual se forma o glicogênio e é controlado pelo aumento da insulina em resposta à elevação da glicemia. 
183) O que é glicólise?
É a sequência metabólica de várias reações catalisadas por enzimas, na qual a glicose é oxidada produzindo duas moléculas de piruvato, duas de ATP e dois equivalentes reduzidos de NAD+, que serão introduzidos na cadeia respiratória ou na fermentação (lática ou alcoólica).
184) Quais são as vias da glicólise?
Com oxigênio (glicólise aeróbica): Fosforilação em nível de substrato. Sem oxigênio (glicólise anaeróbica): piruvato + NADH > lactato + ATP.
185) O que é gliconeogênese e quais são os seus precursores?
É a rota pela qual é produzida a glicose com precursores aglicônicos (propionato, lactato, aminoácidos glicoplásticos, glicerol) no fígado e em menor parte no córtex adrenal.
186) Quando ocorre a gliconeogênese em ruminantes?
Em ruminantes ocorre após a alimentação (síntese de AGV). Ocorre também quando a glicose circulante diminui e o suprimento de glicose do glicogênio hepático e muscular foi degradado, principalmente entre as refeições e durante longos jejuns, ou após exercícios vigorosos.
187) Quais são os aminoácidos utilizados para a gliconeogênese e de onde provém?
Todos os aminoácidos podem produzir glicose, exceto (lisina, leucina e taurina).
Alanina, glutamina, glicina e serina produzem 70% da glicose. Os aminoácidos são provenientes de excedentes da dieta e do intercambio das proteínas corporais.
188) De onde provem o lactato utilizado na formação de glicose e qual é a proporção de participação na sua formação?
Proveniência: rúmen (dietas ricas em cereais) e do metabolismo anaeróbio da glicose nos tecidos. 
189) De onde provem o glicerol utilizado na formação de glicose e qual é a proporção de participação na sua formação ?
É liberado após a lipólise (matriz mitocondrial do fígado). 1/3 do glicerol retirado do sangue é transformado em glicose.
190) Descreva o mecanismo de regulação da gliconeogênese?
Controle dietético e hormonal, dependente da quantidade de propionato e lactato disponíveis para o processo, quantidade da dieta ingerida, concentração de glicose no sangue (insulina X glucagon). 
191) Descreva o ciclo de Cori.
Consiste na conversão da glicose em lactato.
192) Qual é a utilização do ciclo da alanina, onde e como ocorre?
É uma importante via de produção de glicose. Ocorre somente no musculo esquelético.
193) Por que as gorduras são dispensáveis nas dietas para ruminantes e qual é a forma que elas aparecem nos alimentos típicos consumidos por estas espécies?
Porque os ruminantes podem utilizar as gorduras provenientes do metabolismo de carboidratos e proteínas.
194) Em que meio, como ocorre a hidrolise das gorduras e quais são as substancias hidrolisadas?
A hidrólise ocorre no meio extracelular onde o glicerol e os carboidratos são metabolizados rapidamente. São hidrolisadas pelos micro-organismos ruminais as ligações ésteres dos triglicerídeos, fosfolipídios e glicolipídeos, gerando ácidos graxos livres, glicerol (fermentado) e outros.
195) Quais são os produtos finais da degradação das gorduras no rúmen?
AG livres, glicerol, além de outros compostos como: ác. fosfórico, galactose, manose, frutose, glicose. 
196) O que ocorre com o glicerol e com os carboidratos liberados na lipólise?
O glicerol e os CHO liberados são metabolizados rapidamente (AGV).
197) O que é e como ocorre a biohidrogenação ruminal?
É um processo de adição de H aos AG de ligações duplas (insaturados), transformando-os em AG simples (saturados). A maior parte da biohidrogenação ocorre em associação com pequenas partículas de alimento.
198) Por que a hidrólise e a biohidrogenação são importantes para o ambiente ruminal?
Hidrólise: São processos importantes para que os micro-organismos possam dispor de H (ambiente ruminal em vias de redução).
Biohidrogenação: AGI livres em excesso inibem a função microbiana.
199) Quais são os micro-organismos responsáveis pela síntese de gorduras no rúmen e que tipo de substratos que eles utilizam?
Protozoários e bactérias. Utilizam como substratos AG de cadeia ímpar, AG de cadeia par e AG de cadeia ramificada.
200) O que é, para que serve e como funciona a gordura protegida na nutrição de ruminantes?
São gorduras que passam através do rúmen sem sofrer degradação e chegam ao intestinodelgado, onde são absorvidas. Geralmente, são utilizadas com animais de grande produtividade. Ao chegar ao abomaso, o meio torna-se extremamente ácido (pH = 2-3) ocorrendo o desdobramento do sabão de cálcio, com a liberação para o intestino dos ácidos graxos e íons de cálcio, que serão absorvidos e levados pela corrente sanguínea.
201) Como ocorre a digestão dos ácidos graxos saturados e insaturados no intestino delgado dos ruminantes?
A digestão de AG saturados é quase completa, a digestão de AG insaturados é menos eficiente, é necessária a presença dos sucos pancreático e biliar, AG são emulsionados (melhor forma de absorção).
202) Que tipos (origem) de lipídeos e em que região do intestino delgado eles são digeridos?
Lipídeos exógenos, lipídios endógenos (microbiota e escamação) e são digeridos na porção média do jejuno.
203) O que ocorre com os quilomicra sintetizados no aparato de Golgi?
Seguem para o sistema linfático e via ducto torácico, já no sangue, a lipoproteína lipase do endotélio dos vasos sanguíneos hidrolisa os mesmos liberando o glicerol e os ácidos graxos.
204) Por que e como ocorre a degradação das gorduras nos depósitos do corpo do animal e qual é o destino dos produtos de degradação?
Ocorre por necessidade de energia, disponibilizando ácidos graxos e glicerol por ação das lipases dos adipócitos. Glicerol segue pela circulação até fígado e outros tecidos onde é convertido e entra no metabolismo dos carboidratos. Os ácidos graxos, por sua vez, seguem pela circulação (ligados à albumina) até os tecidos de ação (energia e quando em grandes quantidades, depósitos).
205) Diferencie a síntese da degradação dos ácidos graxos.
A degradação de ácidos graxos é importante para o fornecimento de energia para as reações bioquímicas do organismo e síntese de substâncias (ocorre na matriz mitocondrial, enzimas atuam individualmente, é uma reação irreversível e tem seus intermediários ligados à CoA).
 
206) Onde e como ocorre a oxidação dos ácidos graxos?
Ocorre na matriz mitocondrial via -oxidação (cadeia simples). Este processo só é possível graças ao sistema ‘carnitina acil-transferase’ que transfere o grupo Acil para dentro da matriz mitocondrial através da membrana interna impermeável.
207) Quais são os produtos finais da oxidação dos ácidos graxos?
Acil-CoA, Acetil-CoA, Flavina Adenina Dinucleotídeo (FADH2) e Nicotinamida Adenina Dinucleotídeo (NADH).
208) O que ocorre com os lipídeos após a sua reesterificação nos enterócitos?
São reunidos em partículas de lipoproteínas nos enterócitos.
209) Quais são lipoproteínas predominantes em ruminantes e por quê?
Predomínio de VLDL. Porque o processo de absorção das gorduras é lento e há maior absorção de AG saturados. AG insaturados formam quilomicras.
210) De onde provêm as lipoproteínas envolvidas no transporte dos triglicerídeos aos órgãos de ação?
A maioria das lipoproteínas em ruminantes procede da absorção intestinal. Uma exceção ocorre no inicio da lactação quando grandes quantidades de ácidos graxos são mobilizadas do tecido adiposo.
211) Como é realizado o transporte das lipoproteínas até os órgãos de ação?
LDL + HDL + complexos de ácidos graxos não esterificados unidos à albumina no sangue.
212) Quais são as funções das gorduras e do tecido adiposo em ruminantes?
Fonte de energia imediata, reserva de energia. Atuam na termorregulação corporal. Oferecem proteção mecânica contra choques, servem como gordura estrutural (membrana celular, suporte aos órgãos). Servem também como veículo na absorção de vitaminas lipossolúveis e para o transporte de substrato nas reações enzimáticas.
213) Quais são os tipos de tecido adiposo encontrados no corpo dos animais?
Tecido adiposo unilocular.
Tecido adiposo multilocular.
214) Do que depende a localização do tecido adiposo?
Composição da gordura, tamanho dos adipócitos (marrom menor), distribuição dos adipócitos, prioridades.
215) Quais são os fatores que influenciam localização do tecido adiposo?
Etapa de crescimento, espécie de ruminante, sexo, estação do ano, dieta.
216) Quais são as características das gorduras do tecido adiposo dos ruminantes?
Quase que totalmente triglicerídeos, nos depósitos predominam AG de 16C e 18C, pouca quantidade de 18:2 e 18:3.
217) Por que o efeito da dieta é considerado marginal sobre a amostra de ácidos graxos da gordura de ruminantes?
Devido à hidrólise, biohidrogenação e resíntese ocorridos no metabolismo do animal.
218) Qual é o efeito do tipo de dieta (forragem: concentrado) sobre a amostra de ácidos graxos da gordura de ruminantes?
Dietas ricas em concentrado: maior produção de propionato no rúmen, aumenta a deposição de AG de cadeia ramificada em ovino e caprino, aumenta a deposição de AG monoinsaturados (oleico).
Dietas ricas em volumoso: aumenta a quantidade de AG saturados.
219) Qual é o caráter da gordura corporal dos ruminantes quanto ao grau de insaturação?
A gordura subcutânea é a que tem maior proporção de ácidos graxos insaturados, comparando-se com inter e intramuscular > órgãos internos.
220) Quais são os efeitos da espécie, raça, idade, sexo e velocidade de crescimento sobre a deposição e a localização das gorduras em ruminantes?
Entre espécies: maior ou menor grau de saturação das gorduras (tipo de ruminante)
Entre raças (bovinos): europeus possuem maior deposição de gordura subcutânea e maior instauração devido à função de isolante térmico que ela exerce em comparação aos zebuínos que são mais adaptados a regiões mais quentes não necessitando desta deposição tão grande. Raças leiteiras apresentam preferencialmente maior proporção de gordura interna em virtude da melhor capacidade de mobilização rápida para o leite.
A deposição de gordura aumenta quanto mais aumentam: o peso, a idade e a maturação.
Fêmeas tendem a maior deposição de gordura que os machos.
221) De onde provêm os ácidos graxos da gordura do leite de ruminantes?
50% são formados a partir de AG de cadeia curta na glândula mamária (síntese de novo (acetato)), os outros 50% provém parte dos alimentos (protegido) e do depósito de gordura.
222) Qual é a participação dos ácidos graxos na gordura do leite quanto ao grau de saturação e tamanho da cadeia?
Saturados (62,3%) e insaturados (31,1%). 
Quanto ao tamanho da cadeia: 
Curta (7,3%) - butírico (3,3%)
Média (44,4%) - ácido palmítico (26,5%)
Longa (41,7%) - oleico (26,6%)
223) Quais são as fontes para a produção de proteína microbiana no rúmen?
Proteína da dieta, NNP e nitrogênio reciclado.
224) Qual a proporção de proteína bruta microbiana que chegam ao intestino delgado quando os animais são alimentados com dietas ricas ou pobres em proteína bruta e com dietas purificadas suplementadas com nitrogênio não proteico?
Dietas ricas em PB -> 40%
Dietas pobres em PB -> 60%
Purificadas (NNP) -> 100%
225) Compare a importância das bactérias e protozoários para a produção de proteína bruta microbiana.
Apesar de os protozoários e fungos serem bastante ativos no rúmen, tanto a síntese, como o fluxo de proteína bruta microbiana é principalmente de origem bacteriana. Entretanto, os protozoários podem chegar a produzir até cerca de 50% da proteína bruta microbiana.
226) Qual é a qualidade da proteína bruta microbiana produzida pelas bactérias e protozoários ruminais?
Alta qualidade porém não é ideal.
Bactérias: valor biológico menor, digestibilidade verdadeira menor e utilização líquida menor.
Protozoários: valor biológico maior, digestibilidade verdadeira maior e utilização líquida maior.
227) Qual é a proporção da proteína e do que depende a degradação das proteínas no rúmen?
De 20 a 100% das proteínas são degradadas até NH3 e de 0 a 80% escapam à degradação. A degradação de proteínas depende, principalmente, do alimento utilizado como fonte proteica na alimentação dos ruminantes (mais ou menos degradável no rúmen).
228) Como ocorre a solubilização das proteínas ingeridas pelos micro-organismos do rúmen?
As proteases e peptidases unidas às membranas das células microbianas degradam a proteína dietética gerando produtoscomo peptídeos, amidas e AG de cadeia ramificada, que em solução, são absorvidos pelos micro-organismos e sofrem digestão enzimática sendo assim, solubilizados.
229) Por que o aumento da ingestão de alimento aumenta o escape de proteína do rúmen?
Devido ao menor tempo de permanência do alimento no rúmen (maior taxa de passagem) e pelas mudanças nas condições ruminais (pH, população microbiana).
230) Quais são os fatores responsáveis pela variabilidade da degradação das proteínas insolúveis no rúmen?
Características da proteína, características do solvente (pH, intensidade iônica e pressão osmótica) e bloqueio dos pontos acessíveis na molécula da proteína (AA terminais).
231) Qual é o efeito do tipo de dieta e do tratamento dos alimentos sobre a solubilidade das proteínas no rúmen? Explique.
Dieta a base de forragem aumenta a solubilidade (>pH), dieta a base de concentrado diminui a solubilidade da proteína (<pH). 
232) Quais são as fontes de proteína e como os micro-organismos as utilizam para a síntese de proteína microbiana?
Fontes: degradação das proteínas do alimento (peptídeos, aminoácidos, amoníaco) e degradação de compostos nitrogenados não proteicos NNP (amoníaco, nitrato(limitada)). Algumas cepas utilizam somente NH3, outras necessitam de muitas fontes, porém a população total produz todos os aminoácidos essenciais, que podem ser sintetizados a partir de NH3.
233) Quais são as condições necessárias para a síntese de proteína microbiana?
Concentração ótima de NH3: 5 – 15mmol NH3/l de líquido ruminal, na prática 13% de PB na dieta (equilíbrio de estrada e saída), sendo que a síntese de proteína microbiana é proporcional ao abastecimento de energia, portanto, o bom aporte de energia é fundamental.
234) De onde provém a energia necessária para a síntese de proteína microbiana?
Da fermentação de CHO (AGV) e da degradação de AA.
235) Como ocorre a síntese de proteína microbiana?
- a proteína insolúvel se torna solubilizada
- a cadeia peptídica sofre a ação de exo e endoproteases
- peptídeos e aminoácidos livres são absorvidos pelos micro-organismos
- maioria da população apta a produzir proteínas a partir de NH3.
- síntese de AA microbianos.
236) Do que depende a quantidade de proteína microbiana produzida e qual é a capacidade de produção?
A capacidade de produção é variável e depende da quantidade de energia disponível para os micro-organismos, da eficiência da utilização da energia, da quantidade de proteína dietética e da quantidade de proteína microbiana produzida.
A produção é proporcional à taxa de crescimento microbiano. É maior com dietas a base de forragem, maior em ovinos do que em bovinos. É baixa com a falta de nutrientes.
237) Que tipos de proteína chegam ao intestino delgado e qual é a sua digestibilidade nesse segmento?
Proteína bruta dietética (resistente à degradação microbiana) e proteína bruta microbiana, sendo que a digestibilidade das duas é igual, apenas a das células microbianas é menor.
238) Em que parte do intestino delgado os aminoácidos e peptídeos são absorvidos e quais são as formas de absorção?
Jejuno e íleo. Absorção passiva, ativa e AA livres, di e tri peptídeos.
239) Quais são as enzimas e como ocorre a digestão enzimática das proteínas no abomaso e no intestino delgado de ruminantes?
A digestão enzimática das proteínas ocorre pela ação das endopeptidades e exopeptidases no abomaso, o ácido clorídrico catalisa a conversão do pepsinogênio em pepsina, após a própria pepsina catalisa a reação. No intestino deplgado, as enteropeptidases catalisam a conversão do tripsinogênio do pâncreas em tripsina, após a própria tripsina catalisa a reação e também catalisa a conversão do quimotripsinogênio em quimotripsina. Estas enzimas degradam as proteínas em peptídeos. Os peptídeos sofrem então a ação das exopeptidases. As carboxipeptidases irão agir nos teminais carboxílicos e as aminopeptidases nos terminais amínicos, degradando peptídedeos em dipeptídeos e aminoácidos. Os dipeptídeos são degradados por dipeptidases em aminoácidos.
240) O que ocorre com os aminoácidos absorvidos no ID?
Vão para um pool de aminoácidos (fase mista lábil) e a partir deste reservatório, de acordo com a necessidade, são mobilizados para síntese de proteínas do corpo, de compostos como creatina, purina, hormônios, porfirinas, etc., síntese de produtos específicos como leite, lã, concepto, e também são utilizados na conexão com os metabolismos de carboidratos e gordura e ciclo da ureia (degradação e síntese).
241) Onde e como ocorre a síntese de proteínas?
Ocorre no citoplasma. O ADN fornece o padrão e ocorre a produção de ARN (transcrição). Geralmente, são necessárias bases nitrogenadas (adenosina, citidina, guanosina e uridina) ou outras bases modificadas (inosina, metilinosina, dimetilguanosina, pseudouridina e dihidrouridina). Aminoácidos são ativados e formam complexos com o tARN. O mARN é anexado pelo ribossomo da célula onde ocorre, a partir da ‘leitura’ dos tripletos, iniciando-se no códon de ‘ativação’ (AUG – Metionina), a formação da cadeia peptídica por meio do pareamento do códon do mARN com o anticódon do tARN, com posterior ligação peptídica entre os aminoácidos transportados. O tARN traz o aminoácido e anexa-o à cadeia, sendo, após liberado. Conforme os aminoácidos vão sendo anexados, há o ‘deslizamento’ do ribossomo para o próximo códon, continuando o elongamento da cadeia peptídica, até ser alcançado o códon de parada (UAG). Após este processo, que é conhecido por tradução, a proteína é liberada, indo ter no retículo endoplasmático, onde pode ser levada ao meio extracelular, ou armazenada o complexo de Golgi.
242) Quais são os fatores que influenciam a meia –vida das proteínas nos tecidos?
Tipo de proteína (globular ou fibrosa), tipo de órgão (fígado<músculo), espécie animal (aminoácidos específicos para o crescimento), tipo de alimento (teor proteico) e influência hormonal (estado fisiológico).
243) Como ocorre a utilização sequencial das proteínas no organismo animal?
É utilizada para suprir necessidades; geração de energia; formação de gordura e carboidratos. Pode ocorrer alteração desta sequência em casos específicos, como: crescimento, trabalho corporal, gestação e convalescência.
244) Qual é a importância do fator tempo na disponibilidade de aminoácidos na formação das proteínas?
É uma especificidade geneticamente definida. E é muito importante, pois os aminoácidos devem estar no local da síntese (mistura ideal de aminoácidos absorvidos). Quando isto não ocorre, há o bloqueio da síntese (prejuízo energético), inclusive a microbiana.
245) Como são determinadas as necessidades proteicas das diferentes categorias de ruminantes e como elas são obtidas?
Necessidades proteicas são obtidas em experimentos com diferentes categorias (ganho de peso, produção de leite e produção de lã). São obtidas pela avaliação da utilização (menor quantidade com maior produtividade) e das necessidades (balanço de N).
246) Como se comportam animais jovens e adultos quanto ao equilíbrio de nitrogênio?
Animais em crescimento: maior utilização, menor excreção, exceção (penúria).
Animais adultos: geralmente em equilíbrio, quantidade excretada é quase equivalente à consumida (geralmente em dietas com 13% de PB).
247) Como reage o organismo do animal na abstinência ou penúria de alimento quanto ao metabolismo proteico?
Quando há abstinência é mobilizada a ‘reserva proteica’ (conversão de N), há também diminuição da excreção via fezes e urina. Após a gordura é mobilizada para gerar energia (sobrevivência), mantendo-se a excreção de N constante (secreções digestivas e descamações epiteliais). Na fase avançada de penúria, há degradação substancial das proteínas corporais para o suprimento energético, levando ao aumento da excreção de N.
248) Como e por que ocorre o ganho de peso compensatório após épocas adversas (estação fria, seca)?
Está ligado ao “turnover” proteico (metabolismo da proteína). Quando há deficiência de proteína os reservatórios dos tecidos metabolicamente ativos (intestino,fígado (principal)) diminuem. Quando ocorre ingestão de proteína, aumenta a eficiência de utilização (tecidos menos ativos).
249) O que é nitrogênio não proteico (NNP) e qual é a sua utilidade para ruminantes?
São compostos nitrogenados: sais amoniacais de ácidos orgânicos, amidas (tioureia, hidracina, biureto) e ureia (42-46% de N). É utilizado em dietas ricas em amido (silagem rica em grãos; concentrados).
250) Quais são os fatores que influenciam a liberação de amoníaco do nitrogênio não proteico da dieta do rúmen?
Os fatores que influenciam são: ração alimentar (quantidade e espécie de açúcares), número e espécie de bactérias ruminais, valor do pH (6,4 aumenta), adaptação.
251) Relacione a utilização de dietas ricas em fibra e ricas em amido (açúcares) com a utilização de nitrogênio não proteico. Explique.
Ricas em fibra: degradação de carboidratos estruturais é lenta, salivação aumenta (ruminação) – mais NH3, pH aumenta – uréase microbiana aumenta.
Ricas em amido: queda do pH, desaceleração na liberação de NH3, melhor utilização pelos micro-organismos, absorção de NH3 no rúmen diminui.
252) Quais são as condições e cuidados que se deve ter quando se utiliza nitrogênio não proteico na dieta de ruminantes?
Utilizar em dietas ricas em amido (silagem rica em grãos; concentrados), não utilizar em dietas ricas em fibra e ricas em proteína (quanto mais proteína, menos utilização de NH3). Nunca utilizar na forma líquida (toxidez). Adaptar lentamente os animais.
253) Quais são as condições fisiológicas para que os micro-organismos possam produzir aminoácidos a partir do nitrogênio não proteico?
Bom suprimento de energia (esqueletos de carbono). Decréscimo da concentração de NH3 no rúmen: dietas com amido, glicose e xilano, celulose. Dietas com outros nutrientes: certos aminoácidos (leucina, isoleucina e valina) aumentam a atividade microbiana, bases púricas (purina, pirimidina), elementos minerais (P, S (aa sulfurados), Cu, Mn e Co (ativadores)), vitaminas do complexo B (B12 produzida a partir do Co).
254) O que ocorre com a proteína e com o nitrogênio não proteico da dieta no rúmen?
A proteína é degradada a peptídeos e depois em aminoácidos. O NNP é transformado em NH3. O amoníaco gerado a partir da degradação da proteína de do NNP é utilizado pela flora bacteriana para síntese de proteína microbiana e pode, também, ser absorvido na parede do rúmen via difusão (gradiente de concentração). O restante, segue pelo trato gastrointestinal, chegando ao fígado via veia porta. Neste órgão o amoníaco é convertido à ureia e volta ao rúmen via saliva, fechando, desta forma, o ciclo da ureia.
255) Descreva o metabolismo das proteínas no segmento abomaso-intestino em ruminantes.
A proteína que chega ao abomaso, tanto dietética (pouca quantidade) quanto microbiana, é degradada a aminoácidos, os quais, ao chegarem no intestino, são absorvidos. Após, chegam ao fígado via veia porta. No fígado, os aminoácidos servem à síntese proteica ou são degradados a amoníaco.
256) Descreva o metabolismo das proteínas no fígado em ruminantes.
No fígado, os aminoácidos servem à síntese proteica ou são degradados a amoníaco. Este composto é convertido à ureia, que, por sua vez, volta ao rúmen via saliva.
257) O que é ciclo rumino-hepático? Explique.
Processo relacionado à obtenção de nitrogênio ruminal. A parte de N (NH3) não utilizada pelas bactérias ingressa através das paredes do rúmen na corrente sanguínea. No fígado, o amoníaco é transformado em ureia, perdendo assim seu caráter tóxico. Uma parte desta ureia pode retornar ao rúmen através da parede ruminal (gradiente de concentração) ou através da saliva. A ureia logo é hidrolisada pela flora ureolítica do rúmen e transformada em CO2 e NH3. Esta substância ali originada, constitui para as bactérias ruminais uma fonte adicional de N de caráter endógeno. Desta maneira, se completa um ciclo rumino-hepático.
258) Em que formas aparecem as vitaminas nos alimentos utilizados na nutrição de ruminantes e do que depende a sua biodisponibilidade?
A maioria das vitaminas dos alimentos aparece na forma de precursores ou coenzimas que são liberadas ou convertidas no aparelho digestivo. A biodisponibilidade depende da estabilidade das vitaminas livres provenientes da dieta ou suplementos vitamínicos, do estado fisiológico do indivíduo e, principalmente, da eficiência de utilização pelo animal.
259) Qual é a importância das vitaminas na nutrição de ruminantes e quais são as suas funções?
Tanto as vitaminas lipossolúveis quanto as hidrossolúveis, são vitais aos ruminantes por apresentarem funções específicas no organismo, e assim, participam de rações metabólicas importantes à sobrevivência do animal. As lipossolúveis servem principalmente para a formação e manutenção da estrutura de tecidos; as hidrossolúveis são componentes de sistemas enzimáticos essenciais e estão envolvidas em reações de manutenção do metabolismo energético.
260) Quais são os principais fatores que influenciam os teores de vitaminas nos alimentos destinados à alimentação de ruminantes?
Tipo de alimento, época da colheita e condições de armazenagem, processamento do alimento ou ração, biodisponibilidade das fontes de vitaminas.
261) Quais são os fatores que influenciam a utilização das vitaminas pelos ruminantes? Explique.
Condição fisiológica do animal, confinamento total (necessita suplemento), estresse, doenças, condições ambientais adversas (frio, calor), transtornos digestivos (baixo aproveitamento), drogas antimicrobianas e outras substâncias (modificam o ambiente ruminal), redução do consumo do alimento (restrição alimentar, rações com alta energia (modificam o ambiente ruminal), temperatura ambiente (consumo alimentar)).
262) Por que as vitaminas do complexo B não apresentam maiores problemas na nutrição de ruminantes? Quais são as exceções?
Porque os micro-organismos do rúmen estão aptos a produzir grandes quantidades destas vitaminas, até mais do que o teor contido nos alimentos. As exceções são: B1 (menores reservas do complexo B), B3 (ruminantes jovens dependentes – niacina dietética, triptofano), B12 (vitamina limitada nas plantas).
263) Quais são as funções gerais das vitaminas do complexo B?
Estão envolvidas no metabolismo de carboidratos, das gorduras e proteínas como cofatores(catalisadoras) ou substâncias utilizadas (participantes) nas reações bioquímicas do corpo do animal. Estão diretamente ligadas ao funcionamento do sistema nervoso central e periférico; na conversão de substâncias em outras, inclusive em vitaminas do complexo B, algumas potenciam o efeito de outras vitaminas do complexo B envolvidas na formação de heme e das hemácias.
264) Quais são os principais sintomas de deficiência de vitaminas do complexo B e quais são as fontes alimentares destas vitaminas?
Retardo no crescimento, fraqueza, anorexia, diarreia, perda de pelos, etc. Fontes: plantas verdes (gramíneas, leguminosas), farelos de arroz, trigo, linhaça, farinha de peixe, glute de milho, etc.
265) Quais são as funções da vitamina C?
Formação e manutenção do colágeno (importante para a saúde de dentes e ossos e tendões (resistência); paredes dos vasos sanguíneos), metabolismo das gorduras (controle do colesterol, antioxidante), metabolismo dos aminoácidos (tirosina e triptofano), absorção e movimentação do Ferro.
266) Qual é a importância da vitamina C na dieta de ruminantes?
Importante para saúde de dentes, ossos e tendões, e para parede dos vasos sanguíneos. Biodisponibilidade e necessidades carecem de importância.
267) De que fontes os ruminantes obtêm a vitamina A necessária ao seu organismo?
De gramíneas e leguminosas (imaturas), silagem de gramíneas e vagens.
268) Quais são as funções da vitamina A no organismo dos ruminantes?
Formação da rodopsina (púrpura visual), crescimento e manutenção das células do epitélio escamoso (mucosas), crescimento ósseo (sulfato de condroitina), crescimento corporal, integridade das mucosas (sistema imune), atua como coenzima, reprodução (parâmetros).
269) Onde é absorvidaa vitamina A/precursores e quais são os fatores que estimulam a absorção?
No rúmen↓ (20-80% atividade), principal no ID; dieta rica em concentrado < e dietas ricas em forragem >. Estimulantes da absorção: Bile, Gordura e Antioxidantes.
270) Quais são as principais consequências da deficiência de vitamina A em ruminantes?
Redução da ingestão, pelo áspero, lacrimejamento, crescimento lento, diarreia, convulsões e abortos.
271) Quais são as funções da vitamina D em ruminantes?
Regulação do metabolismo do Ca e do P (assimilação, utilização), promove o crescimento e a mineralização dos ossos, mantém a normalidade dos níveis de citrato no sangue e evita a perda de aminoácidos nos rins.
272) Quais são as principais consequências da deficiência de vitamina D em ruminantes?
Articulações inchadas, rígidas e inflamadas, dorso arqueado, tornozelos retos, andar rígido, raquitismo (jovens), osteomalácia (velhos), tetania possível, convulsões, etc.
	
273) Quais são as funções da vitamina E em ruminantes?
A vitamina E é um potente antioxidante que aparece nas plantas e no organismo dos animais. Ela retarda a rancificação das gorduras, minimiza a destruição dos ácidos graxos insaturados e da vitamina A no trato intestinal e nos tecidos. É responsável pela integridade dos glóbulos vermelhos e essencial para a respiração celular. Outra função importante é a regulação da síntese DNA e da vitamina C. Uma das funções mais importantes é como substitutivo do Se, parcialmente e vice-versa. Entretanto, esta substituição é limitada.
274) Quais são as funções da vitamina K em ruminantes?
É responsável pela coagulação sanguínea.
275) Quais são as funções dos minerais no organismo dos ruminantes?
São participantes ativos em reações bioquímicas e têm especificidade funcional. Componentes estruturais de órgãos e tecidos, constituintes de tecidos e fluidos corporais como eletrólitos e catalisadores em sistemas hormonais e enzimáticos.
276) Defina sinergismo mineral.
É a ação cooperativa de um ou mais minerais, cujo efeito resultante é maior que a soma dos efeitos individuais de cada um deles (absorção).
277) O que é antagonismo mineral?
É quando a presença de um mineral inibe a absorção de outro (Competitiva (local de absorção) ou não competitiva (formação de complexos))
278) Do que depende a disponibilidade de minerais no solo para a absorção pela planta?
Depende do tipo de solo (deficiência x suficiência), complexos minerais (interações), estação do ano, espécie (sistema radicular).
279) Do que depende o teor de minerais nas plantas?
Da capacidade de extração (raízes), mecanismos de absorção (interceptação radicular, fluxo de massa, difusão), espécie (gramínea x leguminosa), estação do ano, maturação.
280) Qual é a faixa de pH ideal no solo para que a absorção dos minerais pelas plantas seja otimizada? Explique.
O pH ideal do solo para se otimizar a absorção dos minerais pelas plantas deve ser entre 6,0 e 7,0. O valor de 6,5 seria do ideal, visto que neste valor há considerável absorção dos macro e microminerais, aliada à baixa absorção de tóxicos como o Al.
281) Do que depende a disponibilidade dos minerais aos animais?
Complexos minerais (rúmen, sangue), interferências entre minerais, inibição de minerais no rúmen, biodisponibilidade, animais em crescimento
282) Compare os teores de macrominerais (Ca, P, Mg e Na) nas gramíneas, herbáceas e leguminosas?
	Ca
	Leguminosa (15,8) > herbácea (14,9) > gramínea (4,2)
	P
	Herbácea (4,3) > leguminosa (3,4) > gramínea (2,9)
	Mg
	Herbácea (4,1) > leguminosa (3,4) > gramínea (1,2)
	Na
	Leguminosa (0,15) > herbácea (0,14) > gramínea (0,09)
283) Compare os teores de microminerais (Fe, Cu, Co, Zn e Mo) nas gramíneas, herbáceas e leguminosas?
	Fe
	Herbáceas > Leguminosas > Gramíneas
	Cu
	Herbáceas > Leguminosas > Gramíneas
	Co
	Herbáceas > Leguminosas > Gramíneas
	Zn
	Herbáceas > Leguminosas > Gramíneas
	Mo
	Leguminosas >Herbáceas > Gramíneas
284) Qual é a importância dos microminerais para o organismo dos ruminantes?
Os microminerais são importantes para: processos metabólicos (ativadores e/ou parte de enzimas), crescimento e reprodução (perturbações), influenciam no equilíbrio homeostático.
285) Quais são os fatores que influenciam a disponibilidade dos microminerais em ruminantes?
No trato gastrointestinal (complexos), depende da união química no alimento, das interações com outros componentes e do pH no segmento abomaso-intestino.
No metabolismo intermediário depende da formação de produtos (leite) e da reutilização.
286) O que é pica, porque ela ocorre e quais são as suas características?
É quando o animal apresenta apetite depravado. Ocorre devido à deficiência de alguns minerais. O animal come ossos, pedra, terra, etc.
287) Quais são as principais funções do cálcio?
Calcificação dos ossos e dentes, é ativador de enzimas (digestivas: tripsina e metabolismo intermediário: tromboquinase), tem função na excitabilidade dos nervos e contrações da musculatura.
288) Como ocorre a regulação do metabolismo do cálcio no organismo?
Calcitonina (tireoide): inibe a absorção de Ca²+ no intestino, inibe a atividade dos osteoclastos nos ossos;
Paratormônio (glândulas paratireóides): catalisa a hidroxilação da posição 1 para 25-hidroxicolocalciferol (ativa a vitamina D); aumenta a absorção de Ca²+ no intestino, aumenta o teor de Ca no sangue, reabsorção de cálcio nos rins.
289) Quais são as principais funções do fósforo no organismo?
Formação de ossos e dentes, formação de tecido muscular, manutenção do equilíbrio acidobásico e osmótico, além de exercer varias funções metabólicas como formação de fosfolipídeos, proteínas, utilização de energia e participação em sistemas enzimáticos. Outra função é de auxiliar na digestão da fibra pelos micro-organismos.
290) Quais são as principais funções do potássio no organismo?
Envolvido na regulação do equilíbrio acidobásico, transfere nutrientes para dentro e para fora das células, necessário para a secreção de insulina pelo pâncreas, relaxa a musculatura do coração (Ca). Está envolvido no metabolismo de carboidratos, na síntese de proteínas e reações de fosforilação da creatina (contração muscular).
291) Quais são as principais funções do magnésio no organismo?
É constituinte de ossos e dentes, flora microbiana (intracelular), excitabilidade dos nervos, contrações da musculatura esquelética, ativador de complexos enzimáticos
292) Em que locais do trato digestivo o magnésio é absorvido e quais são os fatores que afetam a absorção desse elemento?
Principalmente no rúmen e no omaso, mas também no intestino delgado e cólon. Essa absorção é afetada pelos teores de Ca, P e K no rúmen, influência do mecanismo de absorção (ativo=pouco na dieta; passivo=muito na dieta), alto teor de NH3 diminui a absorção, pouca energia na dieta também diminui a absorção e absorção intestinal e mobilização óssea decrescem com a idade.
293) Quais são as principais funções do sódio no organismo?
Regulação da pressão osmótica, regulação do equilíbrio acidobásico, constituinte dos sucos pancreático e biliar, faz parte dos ossos e está associado às funções nervosas e contrações musculares.
294) Quais são as principais funções do cloro no organismo?
Presente na maioria dos tecidos e fluidos corporais, intervém na regulação do equilíbrio acidobásico, importante para o suco gástrico.
295) Quais são as principais funções do enxofre no organismo?
É componente de aminoácidos sulfurados, componente da biotina (metabolismo dos nutrientes), componente das pontes dissulfeto, componente da tiamina e da insulina (metabolismo dos carboidratos), componente da glutationa (regula metabolismo energético, junto à insulina) componente da coenzima A, componente do pelo e da lã.
296) Qual é a função do cobalto no organismo de ruminantes?
Faz parte da vitamina B12 (importante na formação de eritrócitos), componente dos ossos.
297) Quais são as principais funções do cobre no organismo?
Componente ou ativador de sistemas enzimáticos, facilita a absorção de Fe no trato intestinal,

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