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Convencionais Geometria Definida Geometria não-definida Não convencionais Abrasivos ligados Abrasivos soltos Retificação Brunimento Lixamento 1 Processos de Usinagem Torneamento Furação Fresamento Alargamento Brochamento Roscamento Rasqueteamento Aplainamento Mandrilamento Limagem Serramento Remoção eletroquímica Ultra-som Remoção térmica Remoção Jateamento Lapidação RETIFICAÇÃO NA USINAGEM COM FERRAMENTAS DE GEOMETRIA NÃO DEFINIDA A REMOÇÃO DO MATERIAL SE REALIZA PELA AÇÃO DE GRÃOS ABRASIVOS DE ALTA DUREZA, QUE ATUAM SOLTOS OU UNIDOS POR UM LIGANTE. OS ABRASIVOS DEVEM SER: - MUITO DUROS - TERMICAMENTE ESTÁVEIS - QUIMICAMENTE ESTÁVEIS DEFINIÇÃO Geometria não definida Remoção que ocorre através da ação de grãos abrasivos de alta dureza, que atuam soltos ou unidos por ligantes [Stemmer]. RETIFICAÇÃO PROCESSOS QUE UTILIZAM ABRASIVOS LIGADOS: -RETIFICAÇÃO -BRUNIMENTO -LIXAMENTO PROCESSOS QUE UTILIZAM ABRASIVOS SOLTOS: -LAPIDAÇÃO -JATEAMENTO -TAMBOREAMENTO -POLIMENTO DEFINIÇÃO CARACTERÍSTICAS GERAIS •Tolerâncias apertadas IT4 a IT6 •Rugosidade Ra – 0,2 a 1,6µm •Baixa taxa de remoção Tabela comparativa Processos de usinagem x tolerância e rugosidade Tabela comparativa Processos de usinagem x tolerância e rugosidade G e o m e tr ia d e fi n id a G e o m e tr ia n ã o d e fi n id a PROCESSOS DE RETIFICAÇÃO • Retificação cilíndrica o Externa entre pontas o Sem centros (centerless) o Interna • Retificação plana o Tangencial o Frontal RETIFICAÇÃO CILÍNDRICA EXTERNA ENTRE PONTAS • Peça fixada pelos seus dois extremos • Peça e rebolo possuem movimento de rotação • Avanço paralelo ao eixo da peça • Profundidade discreta • Pode ser de passagem ou mergulho RETIFICAÇÃO CILÍNDRICA EXTERNA ENTRE PONTAS RETIFICAÇÃO CILÍNDRICA EXTERNA RETIFICAÇÃO CILÍNDRICA EXTERNA ENTRE PONTAS De mergulho Longitudinal RETIFICAÇÃO CILÍNDRICA EXTERNA SEM CENTROS • Peças curtas ou longas de pequeno diâmetro • Retificação mais rápida, porém menos precisa e não pode ser feita em peças que apresentem escalonamentos • A peça tangencia os dois rebolos e a régua • É possível usar duas ou mais retificadoras em série • O rebolo de corte tem diâmetro entre 400 e 600mm largura de 100 a 250mm e velocidade periférica de 20 a 30 m/s • O rebolo de arraste tem diâmetro de 300 a 350 mm largura de 100 a 250mm e velocidade periférica de 8 a 30mm/s RETIFICAÇÃO CILÍNDRICA EXTERNA SEM CENTROS • Retificação cilíndrica o Externa entre pontas o Sem centros (centerless) o Interna • Retificação plana o Tangencial o Frontal RETIFICAÇÃO CILÍNDRICA INTERNA • Movimento de ida e volta axial • No retorno o rebolo sai da peça • Rebolo em balanço causa maior imprecisão • Diâmetro pequeno requer rotação bastante alta RETIFICAÇÃO CILÍNDRICA INTERNA RETIFICAÇÃO CILÍNDRICA INTERNA RETIFICAÇÃO PLANA • Tangecial: eixo do rebolo paralelo à superfície retificada • Frontal: eixo do rebolo perpendicular à superfície retificada RETIFICAÇÃO PLANA Tangencial Frontal RETIFICAÇÃO PLANA GRÃOS ABRASIVOS Forma geométrica aleatória Arestas afiadas, cantos vivos Aresta ativas Perfilômetro na superfície do rebolo Procedimentos estatísticos para determinação da geometria Materiais cristalinos duros moídos Protuberâncias do grão PERFIL MÉDIO DO GRÃO ABRASIVO MECANISMO DE CORTE NO GND • geometria do gume • ângulo de ação () • velocidade de ação (ve) • atrito do gume • condições de escoamento T - penetração de início de corte hcu eff – espessura efetiva de usinagem hcu - espessura de usinagem RETIFICAÇÃO PENETRAÇÃO DO GUME: PRINCÍPIO DE AÇÃO DEFINIDO POR TRAJETÓRIA hcu = Espessura de Usinagem Tμ= Penetração de início de corte hcu eff = Espessura de Usinagem η = Ângulo de ação Ve = Velocidade de ação RETIFICAÇÃO Tμ e hcu eff dependem: da geometria do gume do ângulo de ação da velocidade de ação das relações de atrito no gume das condições de escoamento do material da peça DESGASTE •O CEGAMENTO DOS GRÃOS ISOLADOS, DECORRENTES DO DESGASTE ABRASIVO PELA ADESÃO, CORROSÃO E DIFUSÃO E POR MICROFISSURAMENTO CONDICIONADO PELAS TENSÕES RESIDUAIS TÉRMICAS. •A QUEBRA DOS GRÃOS INTEIROS, DECORRENTE DA SOLICITAÇÃO EXCESSIVA DO LIGANTE, BEM COMO PELA AÇÃO TÉRMICA OU QUÍMICA SOBRE O LIGANTE. DESGASTE RETIFICAÇÃO Caracterização do Rebolo: - Tipo de abrasivo - Granulometria - Dureza - Estrutura - Ligante RETIFICAÇÃO Caracterização do Rebolo: - Tipo de abrasivo - Naturais: de qualidade muito diversificadas e com altas porcentagens de impurezas. -Sintéticos: Utilizados na industria, a saber: - Oxido de alumínio cristalino (coríndon, Al2O3) Qualidade, Normal – marrom escuro Média – marrom claro, cinza Extra – branco RETIFICAÇÃO Caracterização do Rebolo: - TIPO DE ABRASIVO -Sintéticos: - Carboneto de silício SiC Qualidade, Preto e Verde Os rebolos de cor verde são utilizados na afiação de metal duro Os rebolos de cor preta(cinza chumbo a preto esverdeado) são utilizados na retificação de fofo cinzento e coquilhado, aço inoxidável, não ferrosos e não metálicos – (carborundum,crystolon) RETIFICAÇÃO Caracterização do Rebolo: - Tipo de abrasivo -Sintéticos: - Carboneto de boro B4C Duro e friavel utilizado com abrasivo solto em processos de lapidação. - Diamante Sintético Utilizado na retificação do metal duro, quartzo, cristal, pedras preciosas, mármore, granito, materiais cerâmicos. - Nitreto Cúbico de Boro- CBN- Utilizado na retificação dura RETIFICAÇÃO GRANULOMETRIA: Mesh /FEPA LIGANTES: Inorgânicos: Cerâmico ou Vitrificado(V)- Mistura de argila, caolim, quartzo, feldspato. Utilizado em 75% dos rebolos. Agressivo, inelástico, resiste a temperaturas mas não a choques térmicos, alta estabilidade. Silicioso (S)- silicato de sodio, usado em operações de cutelaria. Magnesita(O)- cimento sorell- retificação à seco em retificações muito suaves. Metálico(M)-sinterização de pós de bronse e outros metais nobres, usado na fabricação de rebolos de DIAMANTE e CBN. RETIFICAÇÃO LIGANTES: Orgânicos: Goma-laca (E)- Ligante elástico, utlizado para acabamentos finos. Borracha(R)- Usado para rebolos elásticos em alta velocidade e permite a fabricação de rebolos com menos de 0,8 mm de espessura . Resinoide(B)- São ligantes orgânicos obtidos a partir de resinas termofixas com ou sem carga empregado na maioria dos rebolos de alta velocidade. RETIFICAÇÃO DUREZA: é a resistência oposta ao arrancamento dos grãos. Capacidade de retenção dos grãos abrasivos. Depende: • do tipo do ligante • do tamanho dos grãos e dos vazios • do volume de ligante ESTRUTURA : Espaçamento entre os grãos RETIFICAÇÃO RETIFICAÇÃO REFRIGERAÇÂO NA RETIFICAÇÃO TEM CARACTERÍSTICAS ESPECIAIS: O CALOR GERADO E TRANSFERIDO, EM MEDIA, PARA A: PEÇA 84% PARA OS CAVACOS 4% O REBOLO E SEUS RESÍDUOS 12% . A RETIFICAÇÃO PODE, POIS, PROVOCAR GRANDES SOLICITAÇÕES TÉRMICAS, RETIFICAÇÃO COMO O ESPAÇO PARA ALOJAR CAVACOS NOS REBOLOS É RELATIVAMENTE PEQUENO, A REMOÇÃO CONSTANTE DOS MESMOS É ESSENCIAL PARA MANTER BOAS CONDIÇÕES DE USINAGEM. EMBORA BASTANTE USADA À RETIFICAÇÃO EM SECO, ESPECIALMENTE NA AFIAÇÃO DE FERRAMENTAS, A RETIFICAÇÃO ÚMIDA OFERECE EM GERAL GRANDES VANTAGENS. RETIFICAÇÃO O FLUIDO LUBRI-REFRIGERANTE, NA RETIFICAÇÃO, TEM AS SEGUINTES FUNÇÕES: 1 - REDUÇÃO DO ATRITO ENTRE O GRÃO ABRASIVO E A PEÇA; 2 - REFRIGERAÇÃO DA SUPERFÍCIE DA PEÇA; 3 - LIMPEZA DO REBOLO, EVITANDO QUE FIQUE "CARREGADO" DE CAVACOS; 4 - PROTEÇÃO CONTRA CORROSÃO, DAS PEÇAS E DA MÁQUINA; 5 - ARRASTE DOS CAVACOS E DOS RESÍDUOS DO REBOLO. RETIFICAÇÃO A retificação úmida e vantajosa do ponto de vista: - do rebolo: aumenta a vida e a eficiência do rebolo, evitando que mesmo fique "carregado" de material (impede a soldagem ou colagem de cavacos no rebolo); -da peça:melhora o acabamento superficial, evitando trincas manchas de oxidação, descoloração, "queima" do material, empenamento deformação da peça, pontos duros ou macios; -da máquina: a refrigeração intensa arrasta o pó abrasivo e os cavacos, evitando que os mesmos contaminem o ambiente e penetrem nos mancais, guias e engrenagens da máquina, provocando desgaste; RETIFICAÇÃO - da produtividade: diminui o atrito e, conseqüentemente, temperatura de retificação, permitindo maiores velocidades e uso de rebolos mais macios com granulometria mais grossa. Isto usualmente permite obter o desejado acabamento superficial e a precisão dimensional com relações mais altas de remoção de material, reduzindo significativamente os custos. O aumento da produtividade da retificação depende da escolha do fluido lub- refrigerante adequado ao rebolo e à operação. RETIFICAÇÃO COMO FLUIDOS LUBRI-REFRIGERANTES SÃO UTILIZADOS: Óleos, apesar de seu efeito lubrificante, são pouco empregados, pelo seu alto custo, perigo de incêndio e problemas potenciais sobre a saúde dos operadores. O uso de meios não miscíveis na água é hoje geralmente restrito à retificação em cheio de formas e na retificação de materiais de difícil usinabilidade. Mesmo nestas duas aplicações, têm encontrado aplicação meios miscíveis na água, quer usando concentrações mais altas (10 a 20%) quer usando aditivos EP. RETIFICAÇÃO Soluções e emulsões: Grande aplicação na retificação. As concentrações usuais variam de 1,5 a 2%, valores que crescem para 4-8% na retificação de alto rendimento e alta velocidade. A incorporação de aditivos de extrema pressão, tais como óleos graxos e compostos orgânicos de cloro, enxofre e fósforo tem ampliado o campo de utilização destas soluções e emulsões. Na retificação de alumínio e suas ligas são usados querosene emulsões de óleos leves, para permitir a decantação dos cavacos de pouco peso. RETIFICAÇÃO SELEÇÃO DE REBOLOS Na escolha de um rebolo, devem ser determinadas as cinco características que definem um rebolo: Tipo de abrasivo Granulometria Estrutura Dureza do rebolo Tipo de Ligante RETIFICAÇÃO A determinação destas características depende de dois grupos de fatores: a) Fatores constantes que são especificados no projeto da peça e que não podem ser modificados. São eles: Material a retificar Precisão e grau de acabamento Superfície de contato entre a peça e o rebolo Natureza da operação RETIFICAÇÃO b) Fatores variáveis, que podem ser modificados no chão da fabrica, pela equipe de fabricação: Velocidade do rebolo Velocidade de avanço ou pressão entre peça rebolo estado da retifica Características pessoais do operador Cada um destes fatores influi na determinação das cinco características do rebolo. RETIFICAÇÃO a.1) Material a retificar, Influi na seleção do: Tipo de abrasivo: AI2O3 - Para retificação de aços carbono aço liga, aço rápido, ferro fundido maleável e nodular, bronze duro. SiC - Para ferro fundido cinzento, ferro fundido coquilhado, não ferrosos e não metálicos. Diamante - Para metal duro, quartzo, mármore, granito, cerâmlca. CBN - Para materiais duros, aço rápido e aços liga temperados. RETIFICAÇÃO Granulometria: Grãos finos para materiais duros e quebradiços Grãos grossos para materiais macios e dúcteis Dureza Rebolos duros para materiais macios e quebradiços Rebolos macios para materiais duros Estrutura: Fechada para materiais duros e quebradiços. Aberta para materiais macios e dúcteis RETIFICAÇÃO Ligante: Depende até certo ponto do material da peça, mas mais das condições de trabalho e dos fatores variáveis. a.2) Precisão e grau de acabamento superficial, afeta: Granulometria: Grosseira para desbaste e remoção de grande volume de material. Fina, para acabamento. RETIFICAÇÃO Ligante: Vitrificado para rebarbação e semi-acabado, efeito mais agressivo. Resinóide, borracha ou goma-laca, para acabamento finíssimo, efeito suave. Estrutura: Tanto mais densa, quanto melhor o acabamento superficial desejado. RETIFICAÇÃO a.3) Área de contato, Influi na: Granulometria: Fina, para áreas pequenas de contato. Grosseira, para áreas grandes de contato. Dureza: Quanto menor área de contato, mais duro deve ser o ligante. Áreas pequenas de contato levam a altas pressões, que tendem a remover prematuramente os grãos abrasivos. Estrutura: Pequenas áreas permitem estrutura fechada, Grandes áreas exigem grãos bem espaçados para o alojamento dos cavacos. RETIFICAÇÃO a.4) Natureza da operação influi na seleção de: Ligante: Vitrificado, na operação com retificas cilíndricas externas ou planas. Orgânico (resinoide, borracha. Goma laca) no caso de se exigir acabamento excepcional (pistas de rolamento, cilíndricos de papel). Orgânico na esmerilhação de desbaste de ferros fundidos, feita em alta velocidade (48ms) e sujeita a impactos transversais. Elástico (borracha, goma-laca) em rebolos finos (discos) para corte. RETIFICAÇÃO Estrutura: -Aberta, na retificação plana, frontal, em que a área de contato é grande. -Média, na retificação cilíndrica interna. -Fechada, na retificação cilíndrica externa, em que a área contato é muito pequena. -Fechada, na retificação de roscas. RETIFICAÇÃO b.1) Velocidade do rebolo, e um fator muito importante e deve ser o tão próximo quanto possível dos valores indicados nas tabelas dos fabricantes, os quais se baseiam em dados experimentais. Ela afeta: Dureza: Quanto maior a velocidade do rebolo, mais suave deve ser o ligante. Se por qualquer motivo se reduz a velocidade periférica do rebolo abaixo do valor recomendado, o desgaste do rebolo aumenta. Deve-se então empregar um rebolo mais duro. RETIFICAÇÃO Ligante: Cerâmico, só pode ser usado até velocidades de 30 m/s. Orgânico, admite velocidades de 48 m/s, ou até mais. Na realidade, a velocidade máxima de um rebolo, pelo perigo de explodir pela forca centrifuga, depende da forma do rebolo, da relação entre o diâmetro externo e o diâmetro do furo, do ligante, da dureza, da utilização de reforços de tela de fibra de vidro. De acordo com estes dados, alguns fabricantes indicam: Para ligantes vitrificados ate 42 m/s, excepcionalmente 60 m/s. Para ligantes resinoides até 48 m/s, para limpeza de peças fundidas até 63 m/s e para reparo de blocos de aço, até 80 m/s. RETIFICAÇÃO Operações Aço Macio Aço Temperado Ferro Fundido Bronze Desbaste 15 7.5 12 18 Acabamento 22 12 18 22 b.2) Velocidade de avanço ou pressão entre peça e rebolo. Quanto maiores estes valores, mais duro deve ser o rebolo. Maiores Profundidades de corte implicam numa maior área de contato, exigindo estrutura mais aberta. Velocidades recomendadas de avanço, em [m/min] são: RETIFICAÇÃO Maiores velocidades de avanço tangenciais vft são utilizadas na retificação em alta velocidade. Na realidade, o aumento da velocidade de corte exige o aumento proporcional da velocidade de avanço, o que retarda ou previne danos térmicos. A relação Vc/Vft deve ser mantida constante, aproximadamente igual a 60. O avanço axial vfa, ou seja, a velocidade com que a peça é deslocada transversalmente ao rebolo é indicada igual a: 25% da largura do rebolo, por volta da peça, para obter bom acabamento superficial. fA produtividade resulta baixa. 50%, ou mais, da largura do rebolo, por volta da peça. O acabamento piora, mas se obtém mais produtividade e desgaste uniforme do rebolo ao longo de sua face. RETIFICAÇÃO b.3) Estado da retifica, influi na dureza do rebolo, que deve ser tanto maior quanto pior a rigidez e estabilidade da retífica (mancais e guias com folga, vibrações, avanços desuniformes, etc.). b.4) Características individuais do operador, afetam especialmente a dureza do rebolo. O operador dinâmico, com salário proporcional à produção ou com prêmio pelo número de peças produzidas, exige o uso de rebolos mais duros, pois a utilização de avanços ou pressõesde trabalho maiores provoca maior desgaste do rebolo. Operadores menos dinâmicos ou pouco motivados, com salários fixos mensais, em geral devem usar rebolos mais macios, pois rebolos mais duros acabam espelhados. DEFEITOS NO USO DE REBOLOS . Na utilização rebolos podem ocorrer os seguintes problemas: 1. Desgaste excessivo CAUSA - Rebolo muito suave; - Velocidade do rebolo muito baixa; - Velocidade de avanço muito grande; - Pressão de contato excessiva; -Rebolo muito estreito; - Descontinuidade na peça (furos, ranhuras, etc.). DEFEITOS NO USO DE REBOLOS PROBLEMA 2."Espelhamento" do rebolo: (Face do rebolo fica lisa, com grãos abrasivos arredondados, sem gumes vivos. Rebolo não remove mais material). CAUSA - Rebolo muito duro; - Grão muito fino; - Velocidade excessiva do rebolo - Avanço muito pequeno DEFEITOS NO USO DE REBOLOS PROBLEMA 3.“Empastamento do rebolo”: (Face do rebolo carregada com cavacos de materiais macios: latão, bronze, alumínio e mesmo aço macio. Rebolo liso, não corta mais). CAUSA - Estrutura muito densa; - Rebolo muito duro; - Velocidade de avanço pequena SELEÇÃO DE REBOLOS EXEMPLOS DE SELEÇÃO DE REBOLOS. As regras de seleção de rebolos acima exposta servem de orientação para a especificação do rebolo mais adequado para uma dada tarefa ou para orientar a alteração das especificações, se os resultados obtidos numa operação de retificação não forem satisfatórios. Na realidade, para uma seleção mais correta, é preciso conhecer exatamente as condições de aplicação e muita experiência. Em gera! Será preciso recorrer aos catálogos dos fabricantes, alguns dos quais têm amplas listas de recomendações para as mais diversas situações. Os exemplos abaixo servem de orientação e de aplicação dos conceitos já vistos. EXEMPLO 1 Ex. 1 - Afiação de uma fresa de aço rápido numa afiadora universal ferramentas, a seco. Abrasivo: como a peça é de aço, o abrasivo deve ser de óxido de alumínio. O aço rápido é sensível à retificação (queima facilmente). Um abrasivo que atua mais frio e que permaneça afiado mais tempo é recomendável - Óxido de alumínio branco. Granulometria: o volume de material a remover é pequeno. Precisão e acabamento são importantes. O rebolo deve reter a medida, para que todos os dentes tenham o mesmo diâmetro. A granulometria deve ser média-fina = 60. Dureza: O rebolo deve manter ás medidas e atuar frio. Uma dureza média é recomendada = J. Uma dureza muito pequena, provocará desgaste excessivo do rebolo. Uma dureza muito alta, fará o rebolo EXEMPLO 2 Ex 2 - Esmerilhamento de cordões de solda, com esmeril portátil, de 4.400 rpm, para rebolos de 200x25x16 mm: O material é um aço de baixo teor de carbono, pouco sensível ao calor. O esmeril manual produz impactos laterais no rebolo e opera a velocidades periféricas de 46 m/s, o que exige o uso de ligantes orgânicos. Destes, o mais indicado é o resinóide, que é mais eficiente e econômico do que a borracha, usando não se necessita um acabamento fino. Resposta: A 20 - P 4 B EXEMPLO 3 E 4 Ex.3 Retificação de blocos de cilindros, de ferro fundido, de automóvel. Resposta: C 36 H 8 V Ex.4 - Retificação cilíndrica, entre centros, de eixo de aço temperado. Resposta: A 60 - L 5 V CUIDADOS NA UTILIZAÇÃO E MONTAGEM DOS REBOLOS Cuidados a serem observados na utilização e montagem dos rebolos 1- Os rebolos devem ser inspecionados visualmente e testados quanto à existência de trincas. 2- Os rebolos devem ser balanceados. 3- Os rebolos devem girar concentricamente, sem batimentos. 4- A velocidade máxima de giro do rebolo é especificada no rótulo, e corresponde à velocidade periférica do rebolo com o diâmetro inicial. CUIDADOS NA UTILIZAÇÃO E MONTAGEM DOS REBOLOS 5- Montagem adequada do rebolo. A causa mais freqüente de quebra dos rebolos (aprox. 75%) é devida a montagem inadequada. Os rebolos devem ser montados entre dois flanges, que devem ter as seguintes ; características: Diâmetro adequado. No caso de rebolos de furo pequeno, flanges devem ter no mínimo um diâmetro externo igual a 1 /3 do diâmetro do rebolo. No caso de rebolos de furo grande, o flange deve ter um diâmetro externo igual ao diâmetro do furo + 50 mm. Ajuste com folga de 0,05 a 0,20 mm entre o furo do rebolo e o diâmetro do eixo ou luva de montagem. A área mais crítica de um rebolo é na periferia do furo. Um ajuste com interferência cria tensões perigosas de tração nesta parte do rebolo. Não se deve alterar o furo do rebolo. CUIDADOS NA UTILIZAÇÃO E MONTAGEM DOS REBOLOS Os dois flanges devem ter diâmetros iguais, ter espessura suficiente, e o flange do lado motor deve ter chaveta para absorver o torque. Os flanges devem ter faces perpendiculares ao eixo, sem empenos nem rachaduras. Os flanges devem ter uma ranhura de alivio, de 1 a 2 mm de profundidade, no ajuste entre o diâmetro interno do rebolo e flange, para evitar` que os cantos do furo do rebolo sejam forçados, como mostra a Fig.Vl.B. Para uma distribuição mais uniforme da pressão entre flanges e rebolo, deve ser colocado um mata-borrão ou outro material compressível (como papelão, borracha, couro) de espessura da ordem de 0,6 mm e diâmetro externo igual ao dos flanges. CUIDADOS NA UTILIZAÇÃO E MONTAGEM DOS REBOLOS Os flanges devem estar limpos, sem cavacos ou sujeiras que possam gerar distribuição desuniforme da pressão nos mesmos. 6- Os rebolos devem ter capas protetoras contra a “explosão” do rebolo, cujas formas, espessuras mínimas e dimensões são dadas na norma ABNT-PB-26 e NB-33 7 Antes de colocar a retífica em operação, deve-se ligar o motor e deixar o rebolo girar livremente por 1 min, ficando o operador observando numa posição que ofereça segurança. 8- O operador deve usar óculos de proteção e outros equipamentos de proteção recomendados em cada caso, como luvas, avental, etc.. CUIDADOS NA UTILIZAÇÃO E MONTAGEM DOS REBOLOSfig RETIFICAÇÃO DE REBOLOS (“DRESSING” e “TRUEING” ) Rebolos recém fabricados, bem como depois de algum tempo de uso, podem apresentar problemas devidos a: Forma indesejada ou com desgaste irregular; Abrasivo com gumes arredondados e desgastados; Poros entre os abrasivos entupidos de cavacos, impedindo o alojamento de novos cavacos e, com isto, dificultando a remoção de material. Mesmo que a escolha correta da dureza assegure em grande parte a auto-afiação, a manutenção de condições perfeitas de corte exige uma periódica reafiação do rebolo. RETIFICAÇÃO DE REBOLOS (“DRESSING” e “TRUEING” ) Distinguem-se duas operações para assegurar boas condições operacionais de rebolos: “Trueing” ( = perfilamento) é a operação de dar forma a um rebolo, quer para faze-lo girar corretamente centrado, sem batimentos, quer para dar aos bordos um perfil especial, capaz de reproduzir corretamente a forma desejada. “Dressing” (= dressagem = afiação do rebolo) é uma operação destinada a fazer o rebolo atuar melhor. Uma espécie de “reafiação”, que consiste em remover grãos arredondados e cegos (rebolo espelhado) ou limpar rebolos “carregados” de cavacos (rebolo empastado). RETIFICAÇÃO DE REBOLOS (“DRESSING” e “TRUEING” ) Em rebolos convencionais, as operações de perfilamento e afiação são usualmente simultâneas, falando-se então apenas em retificação do rebolo. Para esta operação se utiliza uma variedade de ferramentas denominadas genericamente de retificadores ou dressadores e que incluem: cortadores metálicos (rosetas), bastões retificadores, rodas retificadoras, pontas simples de diamante, dressadores de diamante múltiplos e em matrizes, roletes estacionários e giratórios de diamantes, roletes de esmagamento (crusher). Cada tipo tem vantagens e aplicações específicas. RETIFICAÇÃO DE REBOLOS (“DRESSING” e “TRUEING” ) Cortadores metálicos (rosetas), constituídos de arruelas dentadas ou corrugadas de aço, são geralmente usados na dressagem de rebolos para operações de desbaste, como os usados nas fundições e na operaçãode retificação plana em retíficas verticais. Bastões retificadores são prismas de abrasivos (AI2O3 ou SiC) ligados, usados para remover a carga de rebolos diamantados, para rebolos de afiação de ferramentas e para quebrar cantos em rebolos para retificas sem centros. Rodas retificadoras de material abrasivo são usadas para obter o giro concêntrico de rebolos de diamante e de nitreto cúbico de boro e também de rebolos para operações de desbaste. A escolha da roda é determinada pelo tipo de operação. Rodas de grão fino são usados para dressar e perfilar rebolos diamantados, RETIFICAÇÃO DE REBOLOS (“DRESSING” e “TRUEING” ) Pontas simples de diamante são usadas para perfilar e dressar rebolos para operações de precisão, tais como retificação plana, cilíndrica, sem centros e interna. Está aumentando, porém, o uso de dressadores múltiplos do tipo de matriz. Pontas simples de diamante, quando usadas em rebolos duros, largos, de grande diâmetro, podem ficar com áreas achatadas, as quais cegam o rebolo nas operações subsequentes de dressagem. Para prevenir esta situação, usam-se múltiplos diamantes alinhados. Roletes rotativos de diamantes e roletes diamantados de formas especiais estão encontrando uso em muitas operações, com a vantagem de assegurarem uma forma geométrica mais precisa no rebolo e, conseqüentemente, na peça retificada. Dressadores diamantados de matriz, estacionários, são usados em operações de retificação plana. RETIFICAÇÃO DE REBOLOS (“DRESSING” e “TRUEING” ) Métodos de dressagem - A dressagem pode ser feita a seco ou com refrigeração. É recomendado que seja feita da mesma forma que se utiliza o rebolo, na sua tarefa de retificação. RETIFICAÇÃO DE REBOLOS (“DRESSING” e “TRUEING” ) A dressagem tem efeito direto sobre a eficiência de um rebolo. Dressadores gastos dão origem a rebolos lisos, pouco agressivos e que resultam num acabamento deficiente. Pontas simples de diamante exigem: 1. - Diamante suficientemente grande. Tarefas pesadas exigem diamantes maiores. Não use um diamante pequeno ,num rebolo grande. 2. - Giro freqüente da ponta em torno de seu eixo longitudinal para evitar a geração de superfícies achatadas. RETIFICAÇÃO DE REBOLOS (“DRESSING” e “TRUEING” ) 3. - Posicionamento correto da ponta durante a dressagem (Veja-se Fig. VI.11) 4. - Deslocamento uniforme (mecânico) da ponta, com avanços da ordem de 0,1 mm/rot., com mínimo de pressão. 5. - Passes leves, da ordem de 0,02 a 0,08 mm devem ser usados. 6. - Refrigeração intensiva ou a seco. 7. - Evite impactos do diamante contra o rebolo. RETIFICAÇÃO DE REBOLOS (“DRESSING” e “TRUEING” ) 4. - Deslocamento uniforme (mecânico) da ponta, com avanços da ordem de 0,1 mm/rot., com mínimo de pressão. 5. - Passes leves, da ordem de 0,02 a 0,08 mm devem ser usados. 6. - Refrigeração intensiva ou a seco. 7. - Evite impactos do diamante contra o rebolo. Perfilamento de rebolos - O perfilamento de um rebolo, como o negativo da forma da peça a ser retificada, pode ser feito de várias maneiras: - esmagamento mecânico do rebolo por meio de um rolo (crusher) de forma apropriada (Fig.Vl.l3); - cópia da forma (Fig.Vl.12) usando uma ponta simples de diamante, com um sistema pantográfico e um gabarito; mais RETIFICAÇÃO DE REBOLOS (“DRESSING” e “TRUEING” ) Roletes dressadores de forma, rotativos, diamantados são constituídos a partir de um cilindro metálico no qual é produzida a forma desejada por retificação ou usinagem, sobre a qual são impregnados diamantes. Pode-se ter um conjunto simples de diamantes ou uma composição do tipo de matriz de diamante. Durante a conformação, o rebolo gira na velocidade convencional de retificação. O rolete diamantado, rotativo, é acionado antes de ser colocado em contato com o rebolo. A redressagem se realiza em poucos segundos. Dressadores diamantados estacionários são utilizados de forma análoga, em retíficas de superfície. O dressador é executado com a forma e os diamantes são acamados, quer em jogo simples ou em forma de desejada matriz. O rebolo é conformado por contato com o dressador. RETIFICAÇÃO DE REBOLOS (“DRESSING” e “TRUEING” ) RETIFICAÇÃO DE REBOLOS (“DRESSING” e “TRUEING” ) Rolos de perfilar rebolos, por esmagamento Rebolos com ligantes cerâmicos podem ser conformados por esmagamento mecânico ("crush forming"), pela pressão contra rolos de forma adequada. A quebra das pontes de ligantes expõe grãos abrasivos de gumes vivos, fazendo com que o rebolo atue de forma mais agressiva, mais precisa e gerando menos calor do que no caso de rebolos dressados por diamantes. RETIFICAÇÃO DE REBOLOS (“DRESSING” e “TRUEING” ) Rolos de perfilar rebolos, por esmagamento Os rolos de esmagamento mecânico (“crusher") são feitos de aço rápido, metal duro ou, às vezes, até de aço macio ou ferro fundido (para aplicações pouco intensivas) com diâmetro de 1/3 a 1/4 do diâmetro e largura geralmente algo maior do que a face do rebolo. A forma periférica é produzida por usinagem ou retificação, sendo abertas ainda ranhuras longitudinais. Os rolos são rigidamente montados em suportes guiados que permitem forçar o rolo contra o rebolo. RETIFICAÇÃO DE REBOLOS (“DRESSING” e “TRUEING” ) O contato é geralmente feito com ambos parados, acelerando-se então, lentamente, o rebolo para velocidades periféricas da ordem de 0,8 a 1,5 m/s. O rolo é então avançado transversalmente com avanços da ordem de 0,05mm/rotação e forçado contra o rebolo, até que se tenha reproduzido o perfil completo na face do mesmo. . Forças da ordem de 35 a 100 N/mm de Iargura do rebolo são necessárias. RETIFICAÇÃO DE REBOLOS (“DRESSING” e “TRUEING” ) A conformação de um rebolo se realiza em poucos minutos, enquanto que a redressagem de um rebolo gasto se efetiva em segundos. Formas muito profundas ( > 7,5 mm) produzem considerável desgaste nos rolos. Suficiente rigidez, precisão e potência da máquina são pré-requisitos para uma dressagem eficiente, por esmagamento. Óleo mineral puro é o mais usado em operações de perfilamento mecânico, embora emulsões também possam ser empregadas. MANIPULAÇÃO, ESTOCAGEM E INSPEÇÃO DE REBOLOS Os rebolos são de modo geral frágeis e devem ser manipulados com cuidado para evitar danos e, especialmente, trincas. Rebolos trincados são extremamente perigosos, pois, nas altas freqüências de giro com que operam, explodem pela ação da força centrífuga. Os rebolos devem ser transportados na mão ou em carrinhos adequados. Não devem ser jogados, batidos ou movimentados rolando-os sobre si mesmos. MANIPULAÇÃO, ESTOCAGEM E INSPEÇÃO DE REBOLOS Os rebolos devem ser estocados em prateleiras adequadas, em local seco, livre de vibrações, não sujeitos a temperaturas extremas e não expostos à luz solar direta, observando-se as seguintes regras: - Rebolos retos planos e rebaixados, bem como rebolos de anel com paredes grossas, devem ser estocados em pé, apoiados em dois pontos da periferia; -Rebolos de menos de 6 mm de espessura, de ligante elástico, devem ser guardados deitados, sobre uma superfície bem plana, para evitar empenamento. -Rebolos de anel com parede fina e rebolos de copo reto de grande diâmetro, são armazenados na horizontal, em pilhas, intercalando-se papelão. MANIPULAÇÃO, ESTOCAGEM E INSPEÇÃO DE REBOLOS -Rebolos pequenos e pontas montadas são guardadas em gavetas ou caixas. -Na recepção, além da inspeção visual, os rebolos devem ser testados pela prova de som, que consiste em bater-se no rebolo levemente com o cabo de um chave de fenda, pedaço de madeira, ou malho de madeira (Para rebolos grandes). -Rebolos pequenos são suspensos pelo furo e percutidos em vários pontos. -Rebolos grandes são colocados na posição vertical, apoiados numa superfície plana, limpa e dura, sendo percutidos na parte superior da lateral do rebolo. MANIPULAÇÃO, ESTOCAGEM E INSPEÇÃO DE REBOLOS -Os rebolos devem estar limpos, livres de serragem e secos, a fim de que o ensaio não seja falseado.-Um som retinido, como de sino, indica um rebolo em boas condições. -Um som amortecido, indicando presença de uma trinca, deve determinar a imediata eliminação do rebolo. A prova de som não é muito apropriada para rebolos com ligante orgânico, pois os mesmos não emitem um som claro e metálico como os rebolos vitrificados e siliciosos.
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